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Prévia do material em texto

Curso de 
Assistência de Enfermagem 
em Pós-operatório 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 75 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
MÓDULO III 
 
CUIDADOS NO PÓS-OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES 
 
Segundo GAMBOA (1997), cuidar não é um ato único ou a soma de 
procedimentos técnicos, é o resultado de um processo no qual delicada e 
estreitamente se conjugam sentimentos, valores, atitudes e princípios científicos 
que perpassam pela cultura, estética e arte. 
Conforme (MENDELSSONH; BARBOSA, 1992), a realização de uma 
cirurgia envolve uma série de distúrbios fisiopatológicos que implicam em prejuízos 
reais e perigos como: risco de vida, perda de órgãos e de partes ou funções do 
corpo, ameaça de invalidez, despesas médico-hospitalares, prejuízos econômicos 
pela inatividade e decisões importantes, além de conviver com sofrimento, dor e 
medo da morte. Somam-se a esses fatos o trauma cirúrgico e a insegurança ou 
ansiedade em face da expectativa quanto à capacidade técnica da equipe cirúrgica 
e a qualidade da assistência hospitalar. 
Portanto, a enfermagem tem a função de contribuir para o conforto e 
segurança do paciente cirúrgico, preparando-o psicologicamente e fisicamente para 
as fases do trans e pós-operatório. 
O cuidar do paciente no pós-operatório envolve um arcabouço técnico e 
científico para o devido atendimento das necessidades do indivíduo e 
reconhecimento das possíveis complicações. A enfermagem atua no pós-operatório 
imediato e mediato/tardio como grande interlocutor do cuidado humano, procurando 
garantir a autonomia e independência aos seus clientes. 
Define-se como: 
Pós-operatório 
• depois de cirurgia 
Pós-operatório imediato 
• Período de recobro e primeiras 24h ( dependendo do tamanho da cirurgia) . 
 
 
 
 
 76 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Pós-operatório tardio 
• A partir do momento em que o doente faz as 24h (mais ou menos, depende 
da cirurgia) de cirurgia. 
Após o processo cirúrgico o paciente é encaminhado à SRPA (SALA DE 
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA), onde permanece monitorado por um período 
de 6 (seis) horas para que possa ser liberado para a Unidade de Internamento ou 
Unidade de Terapia Intensiva. 
Nesta perspectiva, o período pós-operatório tem início logo após o término 
da cirurgia e vai até a alta do paciente podendo se estender até a fase de 
atendimento ambulatorial. Alguns autores dividem este período em três fases: 
imediato ( primeiras 24h da cirurgia), mediato (após as 24horas até a alta hospitalar) 
e tardio (inicia-se após a alta e dura enquanto o paciente necessitar de atenção 
especial. 
Como foi colocado anteriormente, a assistência de enfermagem deve atuar 
de forma sistematizada, sendo um processo interativo que promove e/ou recupera a 
integridade e a plenitude bio-psico-sócio-espiritual do paciente. Esta envolve 
sentimentos, emoções, comprometimento, ética e comunicação efetiva que promova 
a troca de experiências entre o enfermeiro e o cliente. 
Para GRITTEM (2006), a assistência de enfermagem deve ser integral e 
individualizada, estando aliada a um marco conceitual em todas as fases, com 
envolvimento dos familiares, possibilitando ainda, a identificação dos diagnósticos e 
a implementação de um plano de cuidados durante o procedimento cirúrgico em 
continuidade à assistência iniciada no pré-operatório. É de fundamental importância 
a sistematização como forma de integração da equipe multidisciplinar com o 
paciente e a família, com diminuição de suas ansiedades; assim, este passará a se 
integrar de forma participativa em todo processo. 
Neste sentido, o enfermeiro faz o diagnóstico de enfermagem para 
posteriormente, traçar um plano assistencial. Podemos citar como exemplos de 
diagnósticos reais ou potenciais: 
 
 
 
 
 77 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 - Integridade tissular prejudicada; 
 - Risco para infecção; 
 - Percepção sensorial perturbada; 
 - Risco para aspiração; 
 - Risco para função respiratória alterada; 
 - Hipotermia; 
 - Risco para temperatura corporal desequilibrada; 
 - Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais; 
 - Dor aguda. 
A partir do momento em que se sutura a incisão cirúrgica e se realiza o 
curativo, já é a fase do pós-operatório. É comum o paciente apresentar hipotermia 
no centro cirúrgico e nas primeiras horas de pós-operatório devido à circulação 
extracorpórea, à refrigeração da sala cirúrgica e à recuperação, devendo voltar à 
temperatura normal após algumas horas de pós-operatório. 
Os principais fatores de risco para infecção pós-operatório são: a exposição 
ambiental, os procedimentos invasivos, a manipulação e antecedentes pessoais 
como diabetes, IRC, idade e outras condições clínicas associadas. 
Percebe-se que ao ser encaminhado para o centro cirúrgico ele está com a 
pele íntegra, quando retorna apresenta um rompimento da pele, no caso de uma 
incisão cirúrgica; o enfermeiro então irá orientar o paciente em relação aos cuidados 
que deverá ter, evitando assim complicações como hemorragias e infecções. 
Conhecer os diagnósticos de enfermagem dos pacientes no período pós-
operatório possibilita aos enfermeiros que atuam nos centros de recuperação pós-
anestésica, planejar individualmente o cuidado prestado a essa clientela. Mediante a 
identificação dos diagnósticos de enfermagem nessa clientela, os enfermeiros 
podem propor intervenções fundamentadas e específicas, proporcionando a 
implementação de ações eficazes e imediatas para a resolução dos problemas 
identificados. 
 
 
 
 
 
 
 78 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
PERCEPÇÃO DO PACIENTE E O CUIDADO NA ENFERMARIA DE 
CLÍNICA CIRÚRGICA 
O paciente tem no pós-operatório um período de fragilidade não só do ponto 
de vista biológico, mas da perspectiva espiritual, psicológica e social. Entender a 
vulnerabilidade do indivíduo que passa por um momento de tensões, ansiedades e 
incertezas é de grande importância para a enfermagem que passa a ter a empatia e 
a alteridade como marcas de sua prática profissional. 
Com base em Laplantine (2000:21), a experiência da alteridade (e a 
elaboração dessa experiência) leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido 
imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, 
familiar, cotidiano, e que consideramos evidente. Aos poucos, notamos que o menor 
dos nossos comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem 
realmente nada de natural. Começamos, então, a nos surpreender com aquilo que 
diz respeito a nós mesmos, a nos espiar. O conhecimento (antropológico) da nossa 
cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos 
especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas 
não a única. 
Por empatia entende-se, segundo Hoffman (1981), comoa resposta afetiva 
vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de 
outra pessoa, e não à própria situação. 
O indivíduo hospitalizado tem que romper com sua rotina diária, ausentar-se 
de sua função social, família e seu espaço particular; além de ter a sua privacidade 
em risco tem que se submeter a práticas profissionais que desconhece e não tem 
arcabouço técnico para discordar do procedimento médico e de enfermagem. 
Muitas vezes este paciente tem que se despir para outras pessoas, retirar 
objetos tão valiosos sentimentalmente como a aliança, terço, para poder adentrar no 
ambiente hospitalar, submeter sua rotina à rotina hospitalar, como horário de banho 
e refeições. 
 
 
 
 
 79 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Todas estas situações nos remetem à Humanização da Assistência de 
Enfermagem proposta através da Política Nacional de humanização que defende: 
1. Ampliar o acesso por meio da redução de filas com 
acolhimento/classificação de risco; 
2. Garantir o direito à informação por meio da responsabilização e vínculo 
dos profissionais e unidades de saúde; 
3. Assegurar o direito ao acompanhante em todos os momentos do 
cuidado; e 
4. Consolidar a gestão participativa aos trabalhadores e usuários e a 
educação permanente aos trabalhadores de saúde. 
Para alguns estudiosos, humanizar a assistência em saúde é algo 
incompreensível, sendo impossível humanizar o humano. Considera-se humanizar 
tornar as ações de enfermagem acolhedoras e que através do respeito e do vínculo 
exercem sua ação para cuidar da vida humana. 
Entender a importância desses princípios é tarefa simples para quem usa os 
serviços de saúde e que tem se deparado com a mecanização da ação e o 
desrespeito e falta de valor que é dado aos valores individuais de cada ser que 
necessita deste cuidado. 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO 
 
São muitos os cuidados efetuados pela enfermagem no período pós-
operatório e estes perpassam não só pelo componente individual, mas também pelo 
componente familiar. É a família que faz a extensão e continuidade desse cuidado 
no âmbito familiar. 
A enfermagem utiliza a ferramenta da educação em saúde como elemento 
chave na condução do processo relacional profissional/família e paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 80 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PACIENTE 
FAMÍLIA 
PROFISSIONAL 
PREVENÇÃO CURA E REABILITAÇÃO 
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PROCESSO RELACIONAL 
 
 
 
 
 81 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
O processo educacional emerge da comunicação e abrange duas tópicas 
necessárias para estabelecer as bases conceituais para as ações de educação em 
saúde: a Tópica Funcional e a Tópica Epistemológica. Na primeira, as funções de 
técnica, método e meio de veiculação conformam os instrumentos de ação. Na 
Tópica Epistemológica, a tríade é formada pela ciência (através do rigor científico), 
educação e comunicação, que fornecem as diretivas de ação. 
Considerar a educação em saúde como disciplina de ação significa dizer que 
o trabalho será dirigido para atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que elas 
desenvolvam juízo crítico e capacidade de intervenção sobre suas vidas e sobre o 
ambiente com o qual interagem e, assim, criem condições para se apropriarem de 
sua própria existência. 
Estabelecer o espaço de atuação entre a esperança do indivíduo e os 
projetos governamentais significa, primordialmente, considerar a pessoa como ser 
vivente, com alma, com idéias, com sentimentos e desejos, como gente, enfim. 
Representa, ainda, aproximar as conquistas técnicas e científicas do homem comum 
e a ação governamental do cidadão. 
A transmissão do conhecimento técnico-científico não pode ser considerada 
como uma benesse assistencial ou ato de favor dos detentores, tanto do poder como 
do conhecimento. As pessoas devem ter acesso fácil, oportuno e compreensível a 
dados e informações de qualidade sobre sua saúde (desde o prontuário médico ou 
ficha clínica) e sobre as condições de vida de sua comunidade, cidade, município, 
estado e país. 
Os dados e informações devem ser claros, sem conter ambigüidade, 
precisos e fidedignos e serem transmitidos de maneira adequada, através de 
sistemas visuais e auditivos que mobilizem a atenção e motivem sua utilização. 
Deve ficar absolutamente claro que assim como o indivíduo tem direito à 
informação, o cidadão tem o dever de se informar. As ações de educação em saúde 
devem contribuir, decisivamente, para transformar o dever do estado (em relação ao 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
disposto na Constituição) em estado de dever, que é função de todos, indivíduos, 
instituições, coletividades e governos. 
Neste sentido, o indivíduo e a família devem ser vistos e amplamente 
informados pelos interlocutores da saúde: médicos, enfermeiros, técnicos de 
enfermagem, dentre outros. A enfermagem tem se despontado enquanto profissão 
que atua na educação para informação dos indivíduos a fim de estabelecer 
processos de cura, prevenção e reabilitação. 
Nestes processos, os cuidados de enfermagem além de serem técnicos e 
científicos, são pedagógicos. É o momento de ensino, interação e compartilhamento 
das dificuldades e necessidades dos doentes. No caso de pós-operatórios, às 
demandas de sono, temperatura, higiene, eliminações, respiração, circulação, 
alimentação, são acrescentadas técnicas e procedimentos de curativos, banho no 
leito, punção venosa, administração de medicamentos, preparo pós-alta, aferição de 
dados vitais e oxigenoterapia. 
• AVALIAÇÃO FÍSICA GERAL 
 
A avaliação física do paciente deve ser realizada com base em três 
momentos: 
Anamnese; 
Entrevista; 
Exame físico: Ausculta, 
 Palpação, 
 Percussão. 
Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) é uma 
entrevista realizada por um profissional da área da saúde com um paciente, que tem 
a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras 
palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam 
com a doença e à pessoa doente. 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Uma anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, possui formas ou 
técnicas corretas de serem aplicadas. Ao seguir as técnicas pode-se aproveitar ao 
máximo o tempo disponível para o atendimento, o que produz um diagnóstico 
seguro e um tratamento correto. Sabe-se hoje que a anamnese, quando bem 
conduzida, é responsável por 85% do diagnóstico na clínica médica, liberando 10% 
para o exame clínico (físico) e apenas 5% para os exames laboratoriais ou 
complementares. 
Após a anamnese é realizado o exame físico, onde se procuram os sinais e 
sintomas da doença. 
Elementos da Anamnese 
Identificação: A identificação é o início do relacionamento com o paciente. 
Adquire-se o nome, idade, sexo, cor (raça), estado civil, profissão atual, profissãoanterior, local de trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência atual e residência 
anterior. 
Queixa principal (QP): Em poucas palavras, o profissional registra a queixa 
principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda do profissional. 
História da doença atual (HDA): No histórico da doença atual é registrado 
tudo que se relaciona quanto à doença atual: sintomatologia, época de início, 
história da evolução da doença, entre outros. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la 
por completo. 
História médica pregressa (HMP): Adquire-se informações sobre toda a 
história médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas 
com a doença atual. 
Histórico familiar (HF): Neste histórico é perguntado ao paciente sobre sua 
família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação de 
hereditariedade das doenças. 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
História pessoal e social: Procura-se a informação sobre a ocupação do 
paciente,como: onde trabalha, onde reside, se é tabagista, alcoolista ou faz uso de 
outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se 
determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais). Suas atividades 
recreativas, se faz uso de algum tipo de medicamentos (inclusive os da medicina 
alternativa), pois estas informações são muito valiosas para o médico levantar 
hipóteses de diagnóstico. 
Revisão de sistemas: Esta revisão, também conhecida como interrogatório 
sintomatológico ou anamnese especial, consiste num interrogatório de todos os 
sistemas do paciente, permitindo ao médico levantar hipóteses de diagnósticos. 
Caracterização da dor 
As principais perguntas que se referem à dor nos dão bons indicativos para 
continuação da anamnese. São elas: 
 Onde dói? (o paciente deve mostrar o local). 
 Quando começou? 
 Como começou? (súbito ou progressivo). 
 Como evoluiu? (como estava antes e como está agora). 
 Qual o tipo da dor? (queimação, pontada, pulsátil, cólica, constritiva, 
contínua, cíclica, profunda, superficial) 
 Qual a duração da crise? (se a dor for cíclica). 
 É uma dor que se espalha ou não? 
 Qual a intensidade da dor? (forte, fraca ou usar escala de 1 a 10). 
 A dor impede a realização de alguma tarefa? 
 Em que hora do dia ela é mais forte? 
 Existe alguma coisa que o sr. faça que a dor melhore? 
 E que piora? 
 A dor é acompanhada de mais algum sintoma? 
Questionário 
 
 
 
 
 85 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
As perguntas a serem feitas ao pacientes dividem-se em 3 tipos: abertas, 
focadas e fechadas. 
 Perguntas Abertas - As do tipo abertas devem ser feitas de tal maneira 
que o paciente se sinta livre para expressar-se, sem que haja nenhum tipo de 
restrição. Ex: "O que o sr. está sentindo?" 
 Perguntas Focadas - As focadas são tipos de perguntas abertas, 
porém sobre um assunto específico, ou seja, o paciente deve sentir-se à vontade 
para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma apenas. Ex: "Qual 
parte dói mais?". 
 Perguntas Fechadas - As perguntas fechadas servem para que o 
entrevistador complemente o que o paciente ainda não falou, com questões 
diretas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o sr. anda ou quando o 
sr. está parado?". 
Do exame físico podemos definir sendo uma atividade de grande 
importância, correspondendo o olhar o outro de maneira acurada e técnica, 
abrangendo sinais (o que se vê) e sintomas (aquilo que é referido) além de 
subjetividades e expressões valorozas do ponto de vista do diagnóstico do paciente. 
 
No exame físico, observa-se na seqüência cefalo-caudal: estado geral, 
aparelho respiratório, temperatura corporal, coloração da pele, perfusão, hidratação, 
peso, dados vitais. SEGMENTAR: turgor e elasticidade, tronco, dorso, pescoço e 
face. Fâneros, pêlos espessos, endurecidos em face, mucosas, linfonodos; cavidade 
oral: língua; tórax: expansibilidade simétrica, tiragem, murmúrios ventriculares, 
aparelho cardiovascular; abdômen, fígado, baço, genitália, extremidades, sistema 
nervoso central. 
Devemos descrever tudo que o paciente estiver usando, seu funcionamento, 
quantidade de líquido drenada, descrição da ferida cirúrgica, além das condutas e 
cuidados de enfermagem. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
Em estudo recente, pode-se identificar as ocorrências do diagnóstico de 
enfermagem nos pacientes pós-cirúrgicos. ROSSI et al. (1997) trazem os principais: 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
Todas as categorias representadas neste estudo indicam caminhos para o 
cuidado em enfermagem com o paciente cirúrgico e estabelecem a prevenção e 
promoção da saúde como eixo estruturante da ação. A enfermagem, desde a SRPA 
até a unidade de internação, acompanha e monitora o paciente para detecção de 
possíveis complicações provenientes ou não da cirurgia. 
Durante a permanência do paciente na unidade de recuperação pós-
anestésica, cabe à equipe de enfermagem dispensar os seguintes cuidados: 
- Receber o operado, certificando-se do tipo de operação e de anestesia a 
que foi submetido; 
- Checar condições ventilatórias (obstrução e permeabilidade de vias 
aéreas) e circulatórias (perfusão tecidual) na sua chegada; 
- Observar estado de consciência; 
- Posicionar o paciente no leito, de acordo com a operação e anestesia; 
- Checar acesso venoso no que tange a funcionamento e calibre; 
- Comunicar e orientar familiares quanto à cirurgia, e cuidados pós-
operatórios; 
- Aquecer o paciente e monitorá-lo; 
- Atentar para posicionamento do paciente, lateralizando sua cabeça para 
prevenir aspiração de secreção orotraqueal para os pulmões; 
- Conectar sondas e drenos, atentando para o seu funcionamento; 
- Abrir folha de balanço hídrico; 
 
 
 
 
 89 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Controlar infusões venosas; 
- Controlar sinais vitais: - de 15 em 15 minutos na primeira hora; 
 - de 30 em 30 minutos na segunda hora até a quarta 
hora; 
 - de 2 em 2 horas, da quinta hora até 24 horas após 
a cirurgia; 
- Controlar diurese; 
- Estimular o paciente a realizar exercícios respiratórios e a tossir; 
- Administrar os medicamentos prescritos; 
- Realizar mudança de decúbito; 
Quando o paciente recebe alta da SRPA, ele é encaminhado ao seu leito de 
origem; nesse momento, é importante que seja acompanhado por um profissional de 
enfermagem. 
 
• PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM 
 
A prescrição de enfermagem é um conjunto de medidas, preferentemente, 
decididas pelo enfermeiro, demais membros da equipe de enfermagem e paciente, 
direcionadas à assistência a este último, de maneira individualizada. Sua elaboração 
exige a reaproximação do enfermeiro ao paciente, uma vez que a entrevista clínica e 
o exame físico são necessários para a detecção de problemas prévios, 
oportunizando o estabelecimentodos objetivos da assistência e prioridades na 
solução dos problemas, contemplando o planejamento de cuidados e ações 
específicas para alcançá-los, executando ou supervisionando sua execução, com 
posterior avaliação dos resultados (COFEN, 2002). 
A característica de ser a prescrição de enfermagem uma orientação escrita 
dos cuidados a serem prestados para a resolução dos problemas prioritários de 
determinado paciente constitui um registro das ações de enfermagem e também um 
meio de informação acessível a toda equipe de saúde sobre as necessidades de 
saúde do paciente. 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A credibilidade da prática de enfermagem repousa, principalmente, sobre as 
atividades de enfermagem resultantes de diagnósticos. Quando um diagnóstico é 
feito, o enfermeiro tem a obrigação ética e legal de prestar um determinado tipo de 
tratamento ou cuidado. 
Com a identificação de diagnósticos surge, concomitantemente, o 
questionamento sobre a seleção e prescrições de cuidados para os mesmos. 
Considera-se essa prática importante porque o conhecimento de diagnósticos 
freqüentes em uma determinada clientela pode facilitar o planejamento global da 
assistência (CRUZ, 1995). 
Desse modo, pode-se considerar que a prescrição de enfermagem é um 
método de comunicação de informações importantes sobre o paciente, concebida 
para promover cuidados de qualidade, através da facilitação do cuidado 
individualizado e da continuidade deste mesmo cuidado, constituindo-se, além disso, 
num mecanismo para a avaliação da assistência prestada (LUNARDI FILHO, 1997, 
p. 65). 
A prescrição de enfermagem envolve cuidados que são aprazados para 
serem implementados de modo contínuo. Ex: aferir dados vitais de 2h em 2 h, 
efetuar/estimular mudança de decúbito de 2h em 2 h. 
No entanto, estes cuidados devem ser traçados conjuntamente com o 
paciente e familiares, atentando para o respeito às individualidades do ser cuidado, 
sua cultura. Tal entendimento perpassa pelo cuidado emancipatório que enfatize a 
cidadania e a subjetividade do outro. 
A equipe de enfermagem deve participar desta elaboração e principalmente 
da implementação dos cuidados para que não haja solução de continuidade destes 
processos. 
 
• CUIDADOS ESPECÍFICOS 
 
Os cuidados específicos do paciente em período pós-operatório abrangem: 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPTALAR. 
ILUMINAÇÃO, HIGIENE, AERAÇÃO E VENTILAÇÃO. 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE. 
PROMOÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS E DE ENTRETENIMENTO. 
 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPTALAR. 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. 
ELIMINAÇÕES FISIOLÓGICAS. 
CONTROLE HIDRO-ELETROLÍTICO. 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS. 
MUDANÇA DE POSIÇÃO NO LEITO. 
REALIZAÇÃO DE CURATIVOS. 
MONITORIZAÇÃO CÁRDIO-VASCULAR. 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE. 
PROMOÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS E DE ENTRETENIMENTO. 
APOIO EMOCIONAL. 
PROMOÇÃO DE ATIVIDADES DE FORTALECIMENTO ESPIRITUAL. 
COLABORAR PARA A INTEGRAÇÃO DO PACIENTE PARA FAMILIARES 
E AMIGOS. 
EFETUAR A ESCUTA ATIVA. 
 
• COMPLICAÇÕES PÓS–OPERATÓRIAS 
 
Referindo-se às complicações no período pós-operatório, Speranzini e 
Deutsch (2005, p. 659) salientam: existem poucas restrições à indicação de cirurgias 
alicerçadas apenas na idade, mas a tolerância e a demora do diagnóstico podem 
ASPECTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS 
ASPECTOS BIOLÓGICOS 
ASPECTOS PSICOLÓGICOS 
 
 
 
 
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desencadear eventos como sangramento, deiscência de anastomose ou infecção 
intracavitária, comprometendo órgãos vitais e com risco de causar óbito ao doente. 
As principais complicações observadas no pós-operatório (pulmonares, 
cardiovasculares, infecciosas) são devidas à nítida prevalência de afecções 
pulmonares e cardíacas associadas à enfermidade cirúrgica, sendo o óbito 
resultante, freqüentemente, da junção destas levando à insuficiência de múltiplos 
órgãos. 
Embora indesejáveis as complicações do pós-operatório são bastante 
freqüentes e demandam cuidados de enfermagem. No pós-operatório imediato 
podemos citar: 
Hipóxia: caracterizada pela oxigenação deficiente dos tecidos, tendo como 
causas a depressão respiratória provocada por anestésicos ou analgésicos em 
excesso como a morfina, obstrução de vias aéreas superiores, respiração 
inadequada devido à dor e ansiedade. 
Entre sinais e sintomas podemos citar: cianose, dispnéia, sensação de morte 
iminente, ansiedade e agitação. E no que tange aos cuidados de enfermagem é 
preconizado seguir o A,B,C,D,E do atendimento de emergência: 
A: desobstruir vias aéreas, retirar próteses, aspirar secreções, colocar 
cânula de Guedel para prevenir a queda de língua. 
B: permeabilizar vias aéreas, instalar oxigênio por máscara com reservatório 
de O2, cateter nasal e ou máscara de Venturi. 
C: atentar para acesso venoso, quanto ao seu funcionamento, se tem algo 
impedindo a circulação, favorecer retorno venoso, aferir dados vitais; 
D: exame neurológico, estabelecer escala de Glasgow; 
E: atentar para exposição do paciente. 
 
 
 
 
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Dor: um dos primeiros sintomas do pós-operatório, gerando ansiedade e 
tensão, além de contribuir para a disfunção respiratória, pois limita a mobilidade da 
caixa torácica e favorece o acúmulo de secreções. 
A identificação e graduação da dor; 
Administrar analgésicos quando prescritos; 
Possibilitar ambiente terapêutico; 
Registrar queixas do paciente; 
Vômito: desconforto comum pode estar relacionado ao efeito da anestesia, 
assim como à deglutição de sangue, muco e saliva, no período de inconsciência. 
 
 
 
 
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Dos cuidados, incluem: 
- lateralização da cabeça do paciente; 
- administrar antiemético; 
- deixar o paciente em decúbito lateral; 
- montar aspirador para aspirar secreções, se necessário; 
- proceder à lavagem da sonda, caso o paciente esteja em uso, pois a 
mesma pode estar obstruída; 
- fazer a higiene oral do paciente após cada vômito; 
- registrar as ocorrências, medindo a quantidade de vômito eliminado. 
Obstipação: pode ocorrer pela estase e pela diminuição do peristaltismo 
intestinal; devemos estimular a deambulação, tão logo o médico libere, oferecer 
alimentos desobstipantes, encorajar o paciente frente à dejeção e orientá-lo a 
envolver o abdome com as mãos para realizar a manobra de Valsalva. 
As principais complicações empiricamente observadas no pós-operatório do 
idoso são as pulmonares, cardiovasculares e infecciosas, sendo o óbito resultante 
freqüentemente da conjunção destas, levando à insuficiência de múltiplos órgãos. Às 
complicações citadas se acrescentam as comentadas por Petroianu e Pimenta 
(1998): a deiscência de ferida operatória, atelectasia e pneumonia, trombose venosa 
profunda, embolia pulmonar, queda da função renal e hipotermia. 
Para KüsterFilho et al. (2002), em estudo realizado no serviço de cirurgia 
geral na cidade de Curitiba-Paraná, foram evidenciadas seis principais complicações 
pós-operatórias no idoso: a broncopneumonia, sepse, Síndrome da Angústia 
Respiratória Aguda (SARA), pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva e choque 
cardiogênico. 
Os hábitos de vida são fatores predisponentes dos riscos de complicação 
pós-operatória, dentre eles: 
Sobrepeso e obesidade; 
Tabagismo; 
Hábitos alimentares; 
Alcoolismo; 
Stress; 
 
 
 
 
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Acrescendo-se a estes, doenças prévias, porte da cirurgia, intercorrências 
do transoperatório, não seguimento dos cuidados pré-operatórios. Cabe à equipe de 
enfermagem rastrear estes riscos e prevenir complicações. 
 
 
• RETENÇÃO URINÁRIA 
 
É a incapacidade de urinar, apesar da vontade, tendo como causas: 
espasmo do esfíncter externo, anestesia profunda e de longa duração, cistite aguda 
pelo uso de sondas, hipertrofia prostática, perfuração da uretra, cálculo uretral, 
vesical ou coágulo, paralisia dos nervos da bexiga por lesão medular. 
Dos cuidados de enfermagem citam-se: minimizar medos ou timidez, fazer o 
paciente ouvir o barulho da água, verter água na região suprapúbica, passar sonda 
vesical de foley ou de nelaton quando prescritas, realizar balanço hídrico e atentar 
para as características das eliminações. 
 
• HEMORRAGIA 
 
Perda anormal de sangue, cuja conseqüência dependerá da quantidade de 
sangue perdido, caracterizando-se em externa e interna. As causas estão 
associadas a erros nos processos cirúrgicos, defeitos na ligadura dos vasos, 
distúrbios de coagulação, tensão no local da operação, hipertensão arterial. 
Se o paciente estiver sangrando pelo penso cirúrgico não devemos retirá-lo 
e sim, acrescentar nova compressa fazendo uma leve pressão. Cabe à enfermagem 
puncionar dois acessos venosos calibrosos, gelco de nº 14, instalar ringuer lactato 
que é um espansor, aferir dados vitais, privilegiar o fornecimento de sangue para o 
cérebro e elevar parte do corpo afetada. 
Se o sangue se exteriorizar por um orifício natural deve-se fazer uma 
compressão com chumaço de gaze e ou atadura. 
Nas hemorragias externas temos várias denominações, que se dão com 
base no local do sangramento: 
 
 
 
 
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Epistaxe: sangue eliminado pelo nariz; 
Hematêmese: sangue eliminado sob a forma de vômito; 
Hemoptise: sangue espumoso eliminado pela tosse; 
Hematúria: sangue eliminado pela urina; 
Melena: sangue preto, eliminado pelo ânus; 
 
• CHOQUE 
 
O choque é a diminuição da passagem do sangue pelos tecidos, provocando 
sofrimento aos órgãos, com conseqüente risco de vida. 
CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS BÁSICAS DO CHOQUE (RAISER,1995): 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
Insuficiência da bomba cardíaca, com decréscimo primário no débito 
cardíaco. 
1-Interferência com o fluxo cardíaco e retorno venoso (tamponamento 
cardíaco). 
2- Interferência com esvaziamento do ventrículo (distúrbios de condução). 
 
CHOQUE VASCULOGÊNICO 
Aumento agudo da capacitância do leito vascular sem perda do volume 
intravascular. 
1- Paralisia vasomotora (trauma medular, barbitúricos, fármaco hipotensor). 
2- Agentes vasoativos de anafilaxia (picadas de serpentes, transfusões de 
sangue). 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
Diminuição aguda no volume sangüíneo circulante para fora do espaço 
vascular. 
1- Hemorragia: 
1.1 – Externa (ferimentos traumáticos, cirurgias prolongadas). 
 
 
 
 
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1.2 – Interna (ruptura de víscera compacta e vasos, fraturas). 
2- Hemoconcentração: queimaduras, desidratação, gastrenterites, peritonite, 
obstrução e torção intestinal. 
Quanto aos sinais e sintomas podem-se destacar: taquipnéia, taquisfigmia, 
hipotensão, pele fria e pegajosa, extremidades cianóticas, enchimento capilar > que 
2 (dois) segundos. 
Dentre os cuidados tem-se: detectar precocemente o aparecimento dessa 
complicação e agir mantendo o equilíbrio hidroeletolítico, implementando a reposição 
volêmica, corrigindo a causa principal do choque, conforme a prescrição médica. 
 
 
• TROMBOSE VENOSA PROFUNDA – TVP 
Trombo (gr. Thrómbos) significa coágulo sangüíneo. Trombose é a formação 
ou desenvolvimento de um trombo. A trombose pode ocorrer em uma veia situada 
na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização, é chamada de 
tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite. 
 Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos músculos, 
caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP. Em qualquer localização, o trombo 
irá provocar uma inflamação na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de 
formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstrução parcial ou 
total. 
Nosso corpo é dotado de mecanismos que mantêm constante o seu 
equilíbrio. No sangue há fatores que favorecem a coagulação do sangue, chamados 
pró-coagulantes, e fatores que inibem a formação de coágulos, chamados 
anticoagulantes, responsáveis pela manutenção do sangue em estado líquido. 
Quando ocorre um desequilíbrio em favor dos pró-coagulantes, desencadeia a 
formação do trombo. 
Os fatores que favorecem a coagulação são classificados em três grupos: 
1. Estase: é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a 
 
 
 
 
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inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de 
tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias 
prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc. 
 2. Traumatismo na veia: qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa 
camada interna da veia, tais como: trauma, introdução de medicação 
venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode desencadear a 
trombose. 
3. Coagulação fácil ou estado de hipercoagulabilidade: situação em que há 
um desequilíbrio em favor dos fatores pró-coagulantes. Isto pode ocorrer 
durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, pelo uso de 
anticoncepcionais orais, hormonioterapia, portadores de trombofilia 
(deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc. 
O tratamento só deve ser instituído por um especialista. As informações aqui 
expostas têm como objetivo único a orientação para que se procure um médico logo 
que for notado qualquer dos sintomas acima relatados, nunca a automedicação. 
Se a trombose é superficial, recomendam-se cuidados especiais, tais como 
aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de antiinflamatórios 
não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao 
especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico. 
Na TVP pode ser necessário manter-se internado durante os primeiros dias, 
a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (Heparinas). Estes previnem o 
crescimento do trombo e diminuem o risco de embolia pulmonar. Atualmente, pode-
se evitar a hospitalização com o uso de heparinas de baixo peso molecular, 
injetados pelo próprio paciente no espaço subcutâneo da barriga. Depois do 
tratamento com Heparina, deve-se continuar com o uso de anticoagulantes orais 
(Warfarin)por um período de três a seis meses. 
 
 
 
 
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Concomitante com esta medicação, o paciente deve fazer repouso com as 
pernas elevadas e fazer uso de meia elástica adequada à sua perna. Alguns 
medicamentos que interferem na ação dos anticoagulantes são proibidos neste 
período. O médico deve ser consultado sempre que julgar necessário fazer uso de 
outro tipo de medicação 
 Existem procedimentos de exceção para coibir complicações, tais como: 
colocação de filtro de veia cava, remoção do coágulo (trombectomia) e angioplastia 
com stent (dispositivo aramado e recoberto com um tecido, o qual evita que a veia 
se feche novamente). 
A principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue 
venoso circular, facilitando seu retorno ao coração. 
Dentro do possível, atente para estas recomendações: 
 •Faça caminhadas regularmente. 
 • Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, 
procure movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura. 
• Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse 
andando sem sair do lugar. 
 • Antes das viagens de longa distância, fale com seu médico sobre a 
possibilidade de usar alguma medicação preventiva. 
 • Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. 
Se necessário, solicite ajuda de alguém. 
 • Evite qualquer uma daquelas condições que favorecem a formação do 
coágulo dentro da veia, descritas anteriormente. 
• Evite fumar e o sedentarismo. 
 
 
 
 
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• Controle seu peso. 
 • Se você necessita fazer uso de hormônios ou já foi acometido de 
trombose ou tem história familiar de tendência à trombose (trombofilia), consulte 
regularmente seu médico. 
 • Use meia elástica se seu tornozelo incha com freqüência. 
 • Nunca se automedique. 
• EMBOLIA PULMONAR 
A embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria pulmonar, 
geralmente devido a um coágulo sanguíneo que viajou de uma veia da perna até 
o pulmão. Um coágulo que se forma em uma parte do corpo e viaja pela corrente 
sangüínea até outra parte é chamado de êmbolo. 
A embolia pulmonar é uma condição grave, que pode causar: 
 * Dano permanente ao pulmão devido à falta de fluxo sangüíneo no 
tecido pulmonar. 
 * Baixos níveis de oxigênio no sangue. 
 * Danos a outros órgãos do corpo por falta de oxigênio. 
 * Se o coágulo for muito grande, ou se houver vários coágulos, embolia 
pulmonar pode causar morte. 
Causas da embolia pulmonar 
De cada dez casos de embolia pulmonar, nove começam com um coágulo 
nas veias profundas da perna, uma condição chamada de trombose venosa 
profunda. O coágulo é liberado da veia e viaja pela corrente sanguínea até os 
pulmões, onde pode bloquear uma artéria. 
 
 
 
 
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Coágulos nas pernas podem se formar quando o fluxo sanguíneo é 
restringido e diminui. Isso pode acontecer se a pessoa não se mover por muito 
tempo, como quando: 
 * Depois de algumas cirurgias. 
* Durante longas viagens de carro ou avião. 
 * Se ficar na cama por um período longo de tempo. 
Outras formas de formação de coágulos são veias danificadas por cirurgia ou 
lesão. 
Sinais e sintomas da embolia pulmonar 
Os sinais e sintomas da embolia pulmonar incluem perda de fôlego sem 
explicação, dificuldade de respirar, dor no peito, tosse ou tosse com sangue. Arritmia 
(batimento cardíaco rápido e irregular) também pode indicar embolia pulmonar. 
Tratamento da embolia pulmonar 
Os objetivos principais do tratamento da embolia pulmonar são: 
 * Impedir que o coágulo sanguíneo cresça. 
* Impedir a formação de novos coágulos. 
 O tratamento pode incluir medicamentos anticoagulantes para diminuir a 
propensão de o sangue coagular. 
Em ocasiões raras, recorre-se à cirurgia ou algum outro procedimento para 
remover o coágulo. 
• ASPECTOS PSICOLÓGICOS 
 
 
 
 
 
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O paciente em pós-operatório tem sentimentos próprios de uma nova fase 
de vida: insegurança, ansiedade e medo. Paralelo a isto, tem a necessidade de 
adaptação a esta fase, aceitação das dificuldades e até as amputações de um 
processo cirúrgico. 
Estas situações abalam a auto-imagem do individuo, mexem com seus 
preconceitos e sua auto-estima. Por isso é de suma importância o apoio emocional, 
encorajamento, estimulo à independência do paciente frente às suas necessidades. 
O entendimento do profissional frente aos dilemas da nova fase de vida para 
o paciente e a alteridade, tem em si mesmo a humanização da assistência e busca a 
integralidade como princípio norteador da prática em saúde. 
 
INCISÃO/ FERIDA CIRÚRGICA 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 
Também as feridas podem ser classificadas de acordo com o GRAU DE 
CONTAMINAÇÃO. Esta classificação tem importância, pois orienta o tratamento 
antibiótico e também nos fornece o risco de desenvolvimento de infecção. 
1. Limpas - são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não 
foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário. A 
probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%. 
2. Limpas-contaminadas – também são conhecidas como 
potencialmente contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por 
exemplo, nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas 
em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. 
O risco de infecção é de 3 a 11%. 
3. Contaminadas - há reação inflamatória; são as que tiveram contato 
com material como terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas 
aquelas em que já se passou seis horas após o ato que resultou na ferida. O 
risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. 
 
 
 
 
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4. Infectadas - apresentam sinais nítidos de infecção. 
 
 
AVALIAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO DURANTE A FASE INFLAMATÓRIA 
 
O processo de restauração da ferida inicia-se nas primeiras fases do 
processo de inflamação, resultando em reparo e substituição de células mortas e 
danificadas por células saudáveis, constituindo assim o tecido conjuntivo 
denominado cicatriz 4-5. 
O achado mais importante nos primeiros 4 dias pós-operatório é a 
identificação de inflamação. A incisão cirúrgica pode apresentar-se quente ao toque 
e com eritema e edema ao seu redor. Nesta fase é normal observar sinais 
inflamatórios ou flogísticos tais como calor, eritema ou descoloração, dor e edema 6-
8. 
No entanto, pacientes com comprometimento do sistema imune devido à 
idade, à doença de base ou terapias, tais como, o uso de corticóides, podem não 
demonstrar resposta inflamatória efetiva, não sendo distinguíveis os sinais 
inflamatórios esperados nesta fase, o que caracteriza um sinal não desejado (8-9). 
Nesta fase, ocorre, também, o processo de reepitelização. Neste tipo de 
ferida, a nova epiderme é produzida rapidamente devido à presença de folículos 
pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas intactas, somando-se a isto, o fato da 
curta distância que as novas células epiteliaistêm que percorrer para reepitalizar a 
ferida. O sítio cirúrgico é reepitelizado dentro de 72 horas, e a nova epiderme 
promove uma barreira a microrganismos e, em pequeno grau, o trauma externo. A 
força tênsil da incisão é relativamente pequena não resistindo à tração 1. 
O enfermeiro deve observar mudanças na incisão cirúrgica, em busca da 
presença do novo tecido epitelial. Desta forma, a incisão é avaliada quanto à 
aproximação das bordas e cor da linha de sutura que pode mudar de vermelho claro 
para rosa, demonstrando a maturação do tecido epitelial. As margens devem se 
apresentar bem-alinhadas e nenhuma tensão deve ser observada (8-9). 
 
 
 
 
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Outro ponto a ser avaliado pelo enfermeiro são as reações ocasionadas pelo 
material de sutura que podem criar pequenas lesões ao lado da incisão cirúrgica, 
prolongando desta forma a fase inflamatória. A presença contínua de sutura 
promove força tênsil adicional à ferida, mas pode também, causar aumento do risco 
de infecção. Assim, recomenda-se que a remoção da sutura seja feita entre o sétimo 
e décimo dia, levando em consideração a situação clínica do paciente e a 
localização topográfica do sítio cirúrgico 1. 
 
AVALIAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO DURANTE A FASE PROLIFERATIVA 
 
Nesta fase, através da palpação da incisão cirúrgica, percebe-se o processo 
de deposição de colágeno subjacente à incisão. Este novo tecido pode ser palpado 
e percebido como um halo rígido ao longo da incisão, estendendo-se 
aproximadamente a um centímetro de cada lado. Este halo cicatricial deve ser 
palpado ao longo da incisão cirúrgica entre o 5º ao 9º dias pós-operatório e, caso 
não o seja, a ferida está em risco de desenvolver um processo de deiscência ou 
infecção 5-6. Outro ponto importante a ser observado é quanto ao exsudato, que 
varia em característica e quantidade, de acordo com o processo de cicatrização. O 
exsudato imediatamente após a cirurgia é sanguinolento. Dentro de 48 horas, a 
drenagem do sítio cirúrgico se torna serossanguinolenta e posteriormente serosa. 
Durante este curso o exsudato tende a diminuir gradualmente e caso aumente há 
indicação de retardo da cicatrização que pode ter uma das causas da infecção 5-6. 
Caso ocorra extravasamento de exsudato após a cicatrização do sítio cirúrgico, o 
enfermeiro deve suspeitar de uma provável deiscência iminente, infecção ou 
formação de fístula 1. 
Nesta fase, deve-se observar e palpar o tecido subjacente à incisão à 
procura de edema, enduração, flutuação e mudanças na cor. Recordando que a 
presença de edema retarda o processo de cicatrização, uma vez que o excesso de 
fluidos nos tecidos age como obstáculo à angiogênese e aumentando desta forma o 
risco de isquemia. As mudanças na cor da pele podem indicar trauma ou formação 
de hematomas causados durante a cirurgia. 
 
 
 
 
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A cor da pele poderá ser vermelha escura ou roxa, lembrando que a 
mudança da cor da pele pode indicar infecção iminente, bem como sinais de 
eritema, calor, edema e dor 1-4. 
 
 
AVALIAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO DURANTE A FASE DE 
REMODELAÇÃO 
 
É nesta fase que a cicatrização da ferida é mais bem avaliada, 
considerando-se a cor da incisão, uma vez que, o tecido cicatricial é remodelado e 
organizado estruturalmente, fazendo com que a cor da cicatriz mude. Esta fase pode 
levar de 1 a 2 anos. A cor da incisão muda, gradualmente, ao longo do primeiro ano, 
de vermelho claro ou rosa para uma cor acinzentada ou branca 5-7. 
A força tênsil do tecido aumenta gradualmente no primeiro ano, mas 
somente alcança 80% da força do tecido original. O foco de atenção nesta fase é 
limitar forças no sítio cirúrgico que pode ser alcançado através de ensinamento ao 
paciente para evitar elevar peso, curvar-se ou tracionar o sítio cirúrgico 5-6. 
 
 
TRATAMENTO DE ENFERMAGEM E SEUS EFEITOS NA 
CICATRIZAÇÃO DA FERIDA 
 
FONTE: www.forp.usp.br. 
 
 
 
 
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Fonte: www.forp.usp.br. 
 
 
 
 
 
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FONTE: www.into.saude.gov.br 
 
Atividades: 
Explicar o procedimento ao paciente, usando preparação sensorial; 
Examinar o local da incisão na busca de hiperemia, edema ou sinais de 
deiscência ou evisceração; 
Observar as características de toda drenagem; 
Monitorar o processo de cicatrização no local da incisão; 
Limpar a área em torno da incisão com solução de limpeza adequada; 
Limpar da área limpa para área menos limpa; 
Monitorar sinais e sintomas de infecção na incisão; 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Usar aplicadores com extremidades de algodão, esterilizados, para uma 
limpeza eficiente de suturas apertadas, feridas profundas e estreitas ou com bolsas; 
Limpar a área em torno de qualquer local de drenagem ou onde houver 
sonda de drenagem; 
Manter todas as sondas de drenagem bem posicionadas; 
Aplicar tiras de aproximação de bordas, quando adequado; 
Aplicar ungüento anti-séptico, conforme a necessidade; 
Remover as suturas, grampos ou clipes, conforme indicado; 
Mudar o curativo a intervalos apropriados; 
Aplicar curativo apropriado para proteger a incisão; 
Facilitar ao paciente a visão da incisão; 
Orientar o paciente sobre as formas de cuidar da incisão, durante o banho 
de banheira ou de chuveiro; 
Ensinar ao paciente como minimizar o estresse sobre o local da incisão; 
Ensinar ao paciente e/ou à família como cuidar, inclusive quanto a sinais e 
sintomas de infecção. 
 
COMPLICAÇÕES DA FERIDA CIRÚRGICA 
 
� HEMORRAGIA 
Entende-se por hemorragia a perda anormal de sangue, cuja implicação 
depende do volume de sangue perdido, de questões pertinentes ao indivíduo 
(estado nutricional, peso, antecedentes patológicos) e das características do 
ferimento resultante. 
Classificação 
Primária: quando ocorre durante o procedimento cirúrgico. 
Secundária: quando ocorre durante o pós-operatório, podendo ser: 
Externa: se o sangramento é visível; 
Interna: se o sangue é eliminado dentro de cavidades internas. 
 
 
 
 
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Como as causas já foram discutidas anteriormente, só mais uma nota 
importante: hemorragia na ferida cirúrgica traz um agravante para o processo 
cicatricial, retardando-o, além de potencializar os riscos de infecção no sitio cirúrgico. 
 
� DEISCÊNCIA E EVISCERAÇÃO 
 
DEISCÊNCIA DE SUTURA: é caracterizada pelo rompimento da sutura e 
separação das bordas da ferida cirúrgica. 
CAUSAS: 
Infecção da ferida; 
Rejeição ao fio de sutura; 
Obesidade; 
Desnutrição; 
Doenças como diabetes e anemia; 
Para Borile et al (2003), diversos fatores estão implicados em sua etiologia, 
agindo de forma sinérgica. A falta de significância clínica dos ensaios experimentais, 
no entanto, dificultam o estudo de fatores de risco de forma independente. Dentre os 
fatores sistêmicos destacam-seanemia, hipoalbuminemia, desnutrição, obesidade, 
neoplasias, icterícia, uremia, uso de corticóides, entre outros. Entretanto, há uma 
tendência da literatura em destacar os fatores locais (mecânicos) como causadores 
principais. Entre eles, destacam-se: o fechamento inadequado da parede abdominal, 
o aumento da pressão intra-abdominal e a cicatrização deficiente 
 
PREVENÇÃO 
 Uso de faixas elásticas; 
 Antibióticos; 
 Alimentação saudável; 
 Melhorar o tônus muscular no pré-operatório; 
 Perda de peso; 
 Orientar o paciente cirúrgico frente à tosse e ao ato de defecar; 
 Compensar as patologias de base; 
 
 
 
 
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SINAIS E SINTOMAS 
 Dor; 
 Eliminação de secreção sanguinolenta no sítio da ferida; 
 Sensação do paciente de abertura da ferida; 
 Evisceração. 
Nela ocorre a separação das bordas da ferida abdominal com a saída das 
vísceras, constituindo-se uma emergência cirúrgica. 
Também se constitui numa situação de pânico que deve ser conduzida com 
a máxima cautela. O profissional de saúde deve ter um apport técnico-científico e 
humanitário para dar apoio ao paciente que está nesta situação. 
Entre as condutas destaca-se a colocação de compressa estéril, umidificada 
com soro fisiológico sobre as vísceras expostas. Orientar o paciente para que não se 
movimente, comunicar ao médico plantonista e encaminhar este paciente ao centro 
cirúrgico. 
È importante destacar que não se deve tentar colocar as vísceras para 
dentro da cavidade abdominal. 
Portanto deiscência da ferida operatória constitui-se na ruptura parcial ou 
total de seus planos constituintes, enquanto que a ruptura de todas as camadas da 
parede abdominal com extrusão ou exposição das vísceras abdominais denomina-se 
evisceração. 
 
FONTE: www.famema.br. 
 
 
 
 
 
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� INFECÇÃO 
 
 
FONTE: www2.uepa.br. 
 
 
Para Oliveira e Ciosak (2003), dentre as infecções hospitalares, a infecção 
do sitio cirúrgico (ISC) é a segunda mais importante entre os pacientes 
hospitalizados, sendo suplantada somente pela infecção urinária. No entanto, em 
diversas instituições, a ISC ainda ocupa o primeiro lugar, sendo a infecção mais 
prevalente. 
Ainda para a mesma autora, a ISC, especialmente aquela relacionada a 
órgãos ou cavidades profundas, é importante causa de morbi-letalidade e da 
variação do custo do tratamento relacionado à necessidade da terapia 
antimicrobiana, ocasionais reintervenções cirúrgicas com aumento do tempo de 
permanência e ainda a possibilidade de exposição à patógenos multirresistentes. 
A ocorrência da ISC não deve ser considerada apenas no período de 
hospitalização, segundo a vigilância do paciente cirúrgico, proposta pelo Centro de 
Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, (CDC) em 1992. Os pacientes 
cirúrgicos devem ser acompanhados desde a cirurgia até a alta hospitalar e 
seguidos após a alta hospitalar, pelo período de até trinta dias da data da cirurgia ou 
em caso de implante de prótese, até um ano. 
Pode-se afirmar que a infecção da ferida cirúrgica é um risco inerente ao ato 
cirúrgico, sendo a complicação mais freqüente, que pode manifestar-se pela 
presença de eritema local, edema, calor, dor, deiscência e secreção purulenta. 
Porém, pela subjetividade/dificuldade na interpretação dos sinais de inflamação e, 
também pelo fato de que estes podem estar atribuídos a outro evento que não 
especificamente a ISC, é que se aceita a definição de infecção da ferida cirúrgica 
 
 
 
 
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como aquela que apresenta drenagem de secreção purulenta isoladamente, desde 
que não restrita ao ponto, com ou sem confirmação laboratorial. 
CAUSAS: 
Operações infectadas; 
Contaminação durante a cirurgia; 
Contaminação pós-cirurgia; 
 
PREVENÇÃO: 
Uso de Equipamento de Proteção Individual; 
Realização de técnica de curativo com base nos princípios científicos; 
Vigilância das práticas dos profissionais de saúde pela Comissão de 
Controle a Infecção Hospitalar; 
Orientar pacientes e familiares quanto à técnica de curativo, cuidados de 
higiene, alimentação, técnicas de curativo e cuidados com a ferida; 
Manter ambiente sempre limpo; 
Lavagem das mãos. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
GERAIS: febre, mal-estar e cefaléia; 
ESPECÍFICOS: dor, hiperemia, rubor local, edema; 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
 
FONTE: www.eerp.usp.br. 
 
 
 
 
 
 
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Realizar troca de curativos; 
Colher secreção da ferida para cultura e antibiograma; 
Medir diâmetro da ferida com régua específica; 
Não utilizar antibiótico tópico; 
Limpar a ferida delicadamente para não retirar tecido de granulação; 
Realizar limpeza com soro fisiológico e nunca com PVPI tópico; 
Anotar aspecto, coloração, quantidade e odor da secreção da ferida; 
Administrar antibiótico e analgésico conforme prescrição médica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------FIM DO MÓDULO III -----------------

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