Buscar

assi_enf_po_mod_IV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Curso de 
Assistência de Enfermagem 
em Pós-operatório 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
MÓDULO IV 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR 
Infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa que o indivíduo adquire após 
a sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Sua manifestação 
pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento 
realizado durante a internação. 
 São consideradas infecções hospitalares (IH) toda infecção adquirida pelo 
paciente depois de 48 horas de entrada no ambiente hospitalar, excluindo as 
infecções que estão incubadas no momento da internação. Mesmo quando o 
paciente recebe alta e logo depois desenvolve uma infecção, ela também é 
considerada uma IH, desde que esteja relacionada à internação ou ao procedimento 
hospitalar realizado. 
No Brasil, a preocupação com o controle de infecções hospitalares surgiu na 
década de 60, através de publicações dos primeiros relatos sobre o tema. A primeira 
iniciativa para criação de uma comissão datada de 1963 aconteceu no Hospital 
Ernesto Dornelles, em Porto Alegre-RS. As próximas décadas foram contempladas 
com a publicação do Manual de Controle de Infecção Hospitalar, pelo Ministério da 
Saúde, e com a promulgação de leis e portarias, tornando obrigatória a instituição de 
CCIH em todos os hospitais brasileiros. 
A primeira intervenção governamental no Brasil, para o controle das 
infecções hospitalares, aconteceu com a emissão da Portaria nº 196, de 24 de junho 
de 1983, pelo Ministério da Saúde onde “... todos os hospitais do País deverão 
manter Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) independentemente da 
natureza da entidade mantenedora”. Essa mesma Portaria estabelecia as indicações 
para organização e formação do processo de trabalho da comissão (CCIH), 
caracterizando seus agentes e as suas atividades, como, também, os critérios para 
 
 
 
 
 
117 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
identificação e o diagnóstico dos diferentes tipos de infecções hospitalares. É 
importante ressaltar que as normas para seleção de germicidas, também estão 
incluídas nessa portaria. Daí por diante, a organização de ações para o controle das 
infecções hospitalares, em nível ministerial, sofreu várias modificações, revogando 
portarias já existentes e regulamentando outras. 
 Oferecemos destaque para a lei federal nº 9431/MS que obrigou os 
hospitais a manter um Programa de Infecção Hospitalar e estabeleceu a vigilância 
epidemiológica para identificar ocorrências, determinar causas e possibilitar a 
proposição de medidas administrativas coerentes e oportunas. 
Tal iniciativa partiu da necessidade do controle e acompanhamento dos 
registros de infecção, que surgiam nos hospitais após os procedimentos realizados e 
internamento do cliente. 
 
LEI Nº 9.431 DE 06 DE JANEIRO DE 1997 
 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de 
infecções hospitalares pelos hospitais do País. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º Os hospitais do País são obrigados a manter Programa de Controle 
de Infecções Hospitalares - PCIH. 
§ 1° Considera-se programa de controle de infecções hospitalares, para os 
efeitos desta Lei, o conjunto de ações desenvolvidas deliberada e 
sistematicamente com vistas à redução máxima possível da incidência e da 
gravidade das infecções hospitalares. 
§ 2° Para os mesmos efeitos, entende-se por infecção hospitalar, também 
denominada institucional ou nosocomial, qualquer infecção adquirida após a 
internação de um paciente em hospital e que se manifeste durante a 
 
 
 
 
 
118 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a 
hospitalização. 
Art. 2° Objetivando a adequada execução de seu programa de controle de 
infecções hospitalares, os hospitais deverão constituir: 
I - Comissão de Controle de Infecções Hospitalares; 
II - (VETADO) 
Art. 3° (VETADO) 
Art. 4° (VETADO) 
Art. 5° (VETADO) 
Art. 6° (VETADO) 
Art. 7° (VETADO) 
Art. 8° (VETADO) 
Art. 9° Aos que infringirem as disposições desta Lei aplicam-se as 
penalidades previstas na Lei n° 6.437, de 20 de agosto de 1977. 
Art. 10º (VETADO) 
Art. 11º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 12º Revogam-se as disposições em contrário. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
119 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
PORTARIA Nº 2.616/MS/GM, DE 12 DE MAIO DE 1998 D.O.U. 13/05/98 
O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das atribuições que lhe 
confere o art. 87, inciso II da Constituição, e 
Considerando as determinações da lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, 
que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, 
de programa de controle de infecções hospitalares; 
Considerando que as infecções hospitalares constituem risco significativo à 
saúde dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolvem 
medidas de qualificação de assistência hospitalar, de vigilância sanitária e 
outras, tomadas no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, 
atinentes ao seu funcionamento; 
Considerando que o Capítulo I art. 5º e inciso III da Lei nº 8.080 de 19 de 
setembro de 1990, estabelece como objetivo e atribuição do Sistema Único 
de Saúde (SUS), "a assistência às pessoas por intermédio de ações de 
promoção, proteção e recuperação da Saúde com a realização integrada 
das ações assistenciais e das atividades preventivas", 
Considerando que no exercício da atividade fiscalizadora os órgãos 
estaduais de saúde deverão observar, entre outros requisitos e condições, a 
adoção, pela instituição prestadora de serviços, de meios de proteção 
capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes e 
dos circunstantes (Decreto nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, art. 2º, 
inciso IV); 
Considerando os avanços técnico-científicos, os resultados do Estudo 
Brasileiro da Magnitude das Infecções Hospitalares, Avaliação da Qualidade 
das Ações de Controle de Infecção Hospitalar, o reconhecimento mundial 
destas ações como as que implementam a melhoria da qualidade da 
 
 
 
 
 
120 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
assistência à Saúde, reduzem esforços, problemas, complicações e 
recursos; 
Considerando a necessidade de informações e instrução oficialmente 
constituída para respaldar a formação técnico-profissional, resolve: 
Art. 1º Expedir, na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas 
para a prevenção e o controle das infecções hospitalares.Art. 2º As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e 
sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da 
gravidade das infecções dos hospitais, compõem o Programa de Controle 
de Infecções Hospitalares. 
Art. 3º A Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde, prestará 
cooperação técnica às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a fim 
de orientá-las sobre o exato cumprimento e interpretação das normas 
aprovadas por esta Portaria. 
Art. 4º As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde poderão adequar as 
normas conforme prevê as Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988. 
Art. 5º A inobservância ou o descumprimento das normas aprovadas por 
esta Portaria sujeitará o infrator ao processo e às penalidades na Lei nº 
6.437, de 20 de agosto de 1977, ou outra que a substitua, com 
encaminhamento dos casos ou ocorrências ao Ministério Público e órgãos 
de defesa do consumidor para aplicação da legislação pertinente (Lei nº 
8.078/90 ou outra que a substitua). 
Art. 6º Este regulamento deve ser adotado em todo território nacional, pelas 
pessoas jurídicas e físicas, de direito público e privado envolvidas nas 
atividades hospitalares de assistência à saúde. 
 
 
 
 
 
121 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Art. 7º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. 
Art. 8º Fica revogada a Portaria nº 930, de 27 de agosto de 1992. 
BARJAS NEGRI 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
ANEXO I 
ORGANIZAÇÃO 
1. O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto 
de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à 
redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções 
hospitalares. 
1. Para a adequada execução do PCIH, os hospitais deverão constituir 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à 
autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de 
infecção hospitalar. 
1.1. A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de 
nível superior, formalmente designados. 
2.2 Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. 
2.2.1. O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos 
membros da mesma, indicado pela direção do hospital. 
2.3. Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: 
2.3.1. Serviço médico; 
2.3.2. Serviço de enfermagem; 
2.3.3. Serviço de farmácia; 
 
 
 
 
 
122 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
2.3.4. Laboratório de microbiologia; 
2.3.5. Administração. 
2.4. Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) 
atendem os números 2.3.1. e 2.3.2. 
2.5. Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle 
de Infecção Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das 
ações programadas de controle de infecção hospitalar; 
2.5.1. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível 
superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste 
número com carga horária diária, mínima de 6 (seis) horas para o 
enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. 
2.5.1.1. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um 
enfermeiro. 
2.5.1.2. A carga horária diária, dos membros executores, deverá ser 
calculada na base da proporcionalidade de leitos indicados no número 2.5.1. 
2.5.1.3. Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH 
deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de 
saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais 
de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; 
2.5.1.3.1. Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: 
2.5.1.3.1.1. Pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal); 
2.5.1.3.1.2. Pacientes de berçário de alto risco; 
2.5.1.3.1.3. Pacientes queimados; 
 
 
 
 
 
123 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
2.5.1.3.1.4. Pacientes submetidos a transplantes de órgãos; 
2.5.1.3.1.5. Pacientes hemato-oncológicos; 
2.5.1.3.1.6. Pacientes com Síndrome da Imunodeficiênica Adquirida. 
2.5.1.4. Admite-se, no caso do número 2.5.1.3., o aumento do número de 
profissionais executores na CCIH, ou a relativa adequação de carga horária 
de trabalho da equipe original expressa no número 2.5.1; 
2.5.1.5. Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente-dia, 
deve-se atender aos números 2.1, 2.2 e 2.3, e com relação ao número 
2.5.1., a carga de trabalho dos profissionais será de 2 (duas) horas diárias 
para o enfermeiro e 1 (uma) hora para os demais profissionais, 
independente do número de leitos da instituição. 
2.5.1.6. Os hospitais poderão consorciar-se no sentido da utilização 
recíproca de recursos técnicos, materiais e humanos, com vistas à 
implantação e manutenção do Programa de Controle da Infecção Hospitalar. 
2.5.1.7. Os hospitais consorciados deverão constituir CCIH própria, 
conforme os números 2 e 2.1, com relação aos membros consultores, e 
prover todos os recursos necessários à sua atuação. 
2.5.1.8. O consórcio deve ser formalizado entre os hospitais componentes. 
Os membros executores, no consórcio, devem atender aos números 2.5.1, 
2.5.1.1, 2.5.1.2, 2.5.1.3 e 2.5.1.4. 
COMPETÊNCIAS 
3. A CCIH do hospital deverá: 
3.1. Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de 
infecção hospitalar, adequado às características e necessidades da 
instituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a: 
 
 
 
 
 
124 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3.1.1. Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das 
Infecções Hospitalares, de acordo com o Anexo III; 
3.1.2. Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas 
técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções 
hospitalares; 
3.1.3. Capacitação do quadro de funcionário e profissionais da instituição, 
no que diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares; 
3.1.4. Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares; 
3.2. Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo 
Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar 
as medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH; 
3.3. Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que 
indicado, e implantar medidas imediatas de controle; 
3.4. Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, 
periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os 
setores do hospital, a situação do controle das infecções hospitalares, 
promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar; 
3.5. Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas 
técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes 
nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e 
de isolamento; 
3.6. Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas 
técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções 
hospitalares; 
 
 
 
 
 
125 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seusrespectivos autores
3.7. Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, 
política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares para a instituição; 
3.8. Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo 
treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de 
funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções 
hospitalares; 
3.9. Elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar; 
3.10. Cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como 
fornecer, prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas 
autoridades competentes; 
3.11. Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo 
de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças 
sob vigilância epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em 
qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente 
com os serviços de saúde coletiva; 
3.12. Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do 
organismo de gestão do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou 
suspeitos de infecções associadas à utilização e/ou produtos 
industrializados. 
4. Caberá à autoridade máxima de instituição: 
4.1. Constituir formalmente a CCIH; 
4.2. Nomear os componentes da CCIH por meio de ato próprio; 
 
 
 
 
 
126 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
4.3. Propiciar a infra-estrutura necessária à correta operacionalização da 
CCIH; 
4.4. Aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH; 
4.5. Garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados 
deliberativos e formuladores de política da instituição, como, por exemplo, 
os conselhos técnicos, independente da natureza da entidade mantenedora 
da instituição de saúde; 
4.6. Garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela 
Coordenação Municipal, Estadual/Distrital de Controle de Infecção 
Hospitalar; 
4.7. Informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da 
CCIH, e às alterações que venham a ocorrer; 
4.8. Fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar. 
5. À Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, do Ministério da 
Saúde, compete: 
5.1. Definir diretrizes de ações de controle de infecção hospitalar; 
5.2. Apoiar a descentralização das ações de prevenção e controle de 
infecção hospitalar; 
5.3. Coordenar as ações nacionais de prevenção e controle de infecção 
hospitalar; 
5.4. Estabelecer normas gerais para a prevenção e controle das infecções 
hospitalares; 
5.5. Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle de infecção 
hospitalar; 
 
 
 
 
 
127 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
5.6. Promover a articulação com órgãos formadores, com vistas à difusão 
do conteúdo de conhecimentos do controle de infecção hospitalar; 
5.7. Cooperar com a capacitação dos profissionais de saúde para o controle 
de infecção hospitalar; 
5.8. Identificar serviços municipais, estaduais e hospitalares para o 
estabelecimento de padrões técnicos de referência nacional; 
5.9. Prestar cooperação técnica, política e financeira aos Estados e aos 
Municípios, para aperfeiçoamento da sua atuação em prevenção e controle 
de infecção hospitalar; 
5.10. Acompanhar e avaliar as ações implementadas, respeitadas as 
competências estaduais/distrital e municipais de atuação, na prevenção e 
controle das infecções hospitalares; 
5.11. Estabelecer sistema nacional de informações sobre infecção hospitalar 
na área de vigilância epidemiológica; 
5.12. Estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional dos 
indicadores da magnitude e gravidade das infecções hospitalares e da 
qualidade das ações de seu controle; 
5.13. Planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os Estados, 
Distrito Federal e os Municípios; 
5.14. Acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de 
infecção hospitalar. 
6. Às Coordenações Estaduais e Distrital de Controle de Infecção 
Hospitalar, compete: 
6.1. Definir diretrizes de ação estadual/distrital, baseadas na política 
nacional de controle de infecção hospitalar; 
 
 
 
 
 
128 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
6.2. Estabelecer normas, em caráter suplementar, para a prevenção e 
controle de infecção hospitalar; 
6.3. Descentralizar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar 
dos Municípios; 
6.4. Prestar apoio técnico, financeiro e político aos municípios, executando, 
supletivamente, ações e serviços de saúde, caso necessário; 
6.5. Coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as ações de prevenção e 
controle de infecção hospitalar do Estado e Distrito Federal; 
6.6. Acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de 
infecção hospitalar; 
6.7. Informar, sistematicamente, à Coordenação de Controle de Infecção 
Hospitalar, do Ministério da Saúde, a partir da rede distrital, municipal e 
hospitalar, os indicadores de infecção hospitalar estabelecidos. 
7. Às Coordenações Municipais de Controle de Infecção Hospitalar, 
compete: 
7.1. Coordenar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar na 
rede hospitalar do Município; 
7.2. Participar do planejamento, da programação e da organização da rede 
regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com a Coordenação 
Estadual de controle de infecção hospitalar; 
7.3. Colaborar e acompanhar os hospitais na execução das ações de 
controle de infecção hospitalar; 
7.4. Prestar apoio técnico à CCIH dos hospitais; 
 
 
 
 
 
129 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
7.5. Informar, sistematicamente, à Coordenação Estadual de controle de 
infecção hospitalar do seu Estado, a partir da rede hospitalar, os indicadores 
de infecção hospitalar estabelecidos. 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
ANEXO II 
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES 
HOSPITALARES: 
 
1. Conceitos básicos. 
1.1. Infecção comunitária (IC): 
1.1.1. é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do 
paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo 
hospital. 
1.1.2. São também comunitárias: 
1.1.2.1. a infecção que está associada com complicação ou extensão da 
infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de 
microorganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da 
aquisição de nova infecção; 
1.1.2.2. a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via 
transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente 
logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, 
citomegalovirose, sífilis e AIDS); 
1.1.2.3. As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior 
a 24 (vinte e quatro) horas. 
 
 
 
 
 
130 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1.2. Infecção hospitalar (IH): 
1.2.1. é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste 
durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a 
internação ou procedimentos hospitalares. 
2. Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar, previamente 
estabelecidose descritos. 
2.1. Princípios: 
2.1.1. o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações 
oriundas de: 
2.1.1.1. evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da 
análise de seu prontuário; 
2.1.1.2. resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames 
microbiológicos, a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de 
visualização realizados. 
2.1.1.3. evidências de estudos com métodos de imagem; 
2.1.1.4. endoscopia; 
2.1.1.5. biópsia e outros. 
2.2. Critérios gerais: 
2.2.1. quando, na mesma topografia em foi diagnosticada infecção 
comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das 
condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como 
infecção hospitalar; 
 
 
 
 
 
131 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
2.2.2. quando se desconhecer o período de incubação do microorganismo e 
não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento 
da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica 
de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a 
admissão; 
2.2.3. são também convencionadas infecções hospitalares aquelas 
manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando 
associadas a procedimentos diagnósticos e ou terapêuticos, realizados 
durante este período; 
2.2.4. as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das 
transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota 
superior a 24 (vinte e quatro) horas; 
2.2.5. os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com 
infecção, são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de 
origem infecção hospitalar. Neste caso, a Coordenação 
Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser 
informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele 
hospital. 
3. Classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão 
cirúrgica 
3.1. as infecções pós-cirúrgica devem ser analisadas conforme o potencial 
de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de 
microorganismos presentes no tecido a ser operado; 
3.2. a classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, 
pelo cirurgião, de acordo com as seguintes indicações: 
3.2.1. Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou 
passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e 
 
 
 
 
 
132 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com 
cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que 
não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário; 
3.2.2. Cirurgias Potencialmente Contaminadas - são aquelas realizadas em 
tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de 
dificil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e 
com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem 
aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos 
digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. 
3.2.3. Cirurgias Contaminadas - são aquelas realizadas em tecido 
recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana 
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como 
todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na 
ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão 
e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do 
tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclue nesta 
categoria. 
3.2.4. Cirurgias Infectadas - são todas as intervenções cirúrgicas realizadas 
em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso 
(supuração local) e/ou tecido necrótico. 
ANEXO III 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 
DAS INFECÇÕES HOSPITALARES. 
1. Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação 
ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre 
pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o 
 
 
 
 
 
133 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de 
prevenção e controle. 
2. A CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais 
adequada às características do hospital, à estrutura de pessoal e à natureza 
do risco da assistência, com base em critérios de magnitude, gravidade, 
redutibilidade das taxas ou custo; 
2.1. São indicados os métodos prospectivos e transversais, visando 
determinar taxas de incidência ou prevalência. 
3. São recomendados os métodos de busca ativos de coleta de dados para 
Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares. 
4. Todas as alterações de comportamento epidemiológico deverão ser 
objeto de investigação epidemiológica específica. 
5. Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados 
periodicamente no hospital e, especialmente, nos serviços de Berçário de 
Alto Risco, UTI (adulto/pediátrica/neonatal) Queimados, são; 
5.1. Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o 
número de episódios de infecção hospitalar no período considerado e como 
denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas 
no mesmo período; 
5.2. Taxa de Pacientes com Infecção Hospitalar, calculada tomando como 
numerador o número de doentes que apresentaram infecção hospitalar no 
período considerado, e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e 
transferências) ou entradas no período; 
5.3. Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização 
topográfica no paciente, calculada tendo como numerador o número de 
episódios de infecção hospitalar em cada topografia, no período 
 
 
 
 
 
134 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
considerado e como denominador o número total de episódios de infecção 
hospitalar ocorridos no período; 
5.4. Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento, calculada tendo 
como numerador o número de pacientes submetidos a um procedimento de 
risco que desenvolveram infecção hospitalar e como denominador o total de 
pacientes submetidos a este tipo de procedimento. 
 Exemplos: 
 Taxa de infecção do sítio cirúrgico, de acordo com o potencial de 
contaminação. 
Taxa de infecção urinário após cateterismo vesical. 
 Taxa de pneumonia após uso de respirador. 
5.5. Recomenda-se que os indicadores epidemiológicos dos números 5.1. e 
5.2. sejam calculados utilizando-se no denominador o total de pacientes dia, 
no período. 
5.5.1. O número de pacientes dia é obtido somando-se os dias totais de 
permanência de todos os pacientes no período considerado. 
5.6. Recomenda-se que o indicador do número 5.4 pode ser calculado 
utilizando-se como denominador o número total de procedimentos dia. 
5.6.1. O número de pacientes dia é obtido somando-se o total de dias de 
permanência do procedimento realizado no período considerado. 
5.7. Outros procedimentos de risco poderão ser avaliados, sempre que a 
ocorrência respectiva o indicar, da mesma forma que é de utilidade o 
levantamento das taxas deinfecção do sítio cirúrgico, por cirurgião e por 
especialidade. 
 
 
 
 
 
135 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
5.8. Freqüência das Infecções Hospitalares por Microorganismos ou por 
etiologias, calculada tendo como numerador o número de episódios de 
infecção hospitalar por microorganismos e como denominador o número de 
episódios de infecções hospitalares que ocorreram no período considerado. 
5.9. Coeficiente de Sensibilidade aos Antimicrobianos, calculado tendo 
como numerador o número de cepas bacterianas de um determinado 
microorganismos sensível a determinado antimicrobiano e como 
denominador o número total de cepas testadas do mesmo agente com 
antibiograma realizado a partir das espécimes encontradas. 
5.10. Indicadores de uso de antimicrobianos. 
5.10.1. Percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilático 
ou terapêutico) no período considerado. Pode ser especificado por clínica 
de internação. É calculado tendo como numerador o total de pacientes em 
uso de antimicrobiano e como denominador o número total de pacientes no 
período. 
5.10.2. Freqüência com que cada antimicrobiano é empregado em relação 
aos demais. É calculada tendo como numerador o total de tratamentos 
iniciados com determinado antimicrobiano no período, e como denominador 
o total de tratamentos com antimicrobianos iniciados no mesmo período. 
5.11. Taxa de letalidade associada à infecção hospitalar, é calculada tendo 
como numerador o número de pacientes que desenvolveram infecção 
hospitalar no período. 
5.12. Consideram-se obrigatórias as, informações relativas aos indicadores 
epidemiológicos 5.1, 5.2, 5.3 e 5.11., no mínimo com relação aos serviços 
de Berçário de alto risco, UTI (adulto/pediátrica/neonatal) e queimados. 
6. Relatórios e Notificações 
 
 
 
 
 
136 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
6.1. A CCIH deverá elaborar periodicamente um relatório com os 
indicadores epidemiológicos interpretados e analisados. Esse relatório 
deverá ser divulgado a todos os serviços e à direção, promovendo-se seu 
debate na comunidade hospitalar. 
6.2. O relatório deverá conter informações sobre o nível endêmico das 
infecções hospitalares sob vigilância e as alterações de comportamentos 
epidemiológicos detectadas, bem como as medidas de controle adotadas e 
os resultados obtidos. 
6.3. É desejável que cada cirurgião receba, anualmente, relatório com as 
taxas de infecção em cirurgias limpas referentes às suas atividades, e a 
taxa média de infecção de cirurgias limpas entre pacientes de outros 
cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente. 
6.4. O relatório da vigilância epidemiológica e os relatórios de investigações 
epidemiológicas deverão ser enviados às Coordenações Estaduais/Distrital/ 
Municipais e à Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar do 
Ministério da Saúde, conforme as normas específicas das referidas 
Coordenações. 
ANEXO IV 
LAVAGEM DAS MÃOS 
1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das 
mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue 
abundante em água corrente. 
2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a 
prevenção e controle das infecções hospitalares. 
 
 
 
 
 
137 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos 
que envolvam mucosas, sangue ou outros fluídos corpóreos, secreções ou 
excreções. 
4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, 
durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato 
com diversos sítos corporais, entre cada uma das atividades. 
4.1. A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos são realizadas sempre 
antes dos procedimentos cirúrgicos. 
5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve 
considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do 
paciente e o procedimento a ser realizado. 
5.1. A Lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em: 
 realização de procedimentos invasivos; 
 prestação de cuidados a pacientes críticos; 
 contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e 
drenos. 
6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar 
a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar. 
6.1. A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das 
mãos, de forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, 
além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da 
prática. 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
138 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
ANEXO V 
RECOMENDAÇÕES GERAIS 
1. A utilização dos anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as 
determinações da Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de 
Vigilância Sanitária (SVS)/ do Ministério da Saúde e o Processamento de 
Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde/MS, 2º edição, 1994, 
ou outras que as complementem ou substituam. 
1.1. Não são recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as 
formulações contendo mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de 
amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio. 
2. As Normas de limpeza, desinfecção e esterilização são aquelas definidas 
pela publicação do Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e 
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde, 2º edição, 1994 - princípios 
ativos liberados conforme os definidos pela Portaria nº 15, SVS, de 23 de 
agosto de 1988, ou outras que a complementem ou substituam. 
3. As normas de procedimentos na área de Microbiologia são aquelas 
definidas pela publicação do Ministério da Saúde - Manual de 
Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção Hospitalar, 1º edição, 1991 ou outras que as complementem o 
substituam. 
4. As normas para lavanderia são aquelas definidas pela publicação do 
Ministério da Saúde - Manual de Lavanderia Hospitalar, 1º edição, 1986, ou 
outras que as complementem ou substituam. 
5. A Farmácia Hospitalar seguirá as orientações contidas na publicação do 
Ministério da Saúde - Guia Básico para a Farmácia Hospitalar, 1º edição, 
1994, ou outras que as complementem ou substituam. 
 
 
 
 
 
139 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
(Of. nº 31/98). 
PRECAUÇÕES PADRÕES 
 
Na exposição-contaminação ao sangue ou a outros materiais biológicos, a 
principal medida para que não ocorra a contaminação por patógenos de transmissão 
sangüínea nos serviços de saúde é a prevenção. 
Na existência de qualquer risco de contaminação durante a prestação da 
assistência ao cliente, devem ser utilizadas as precauções padrões básicas, que são 
normatizações que visam reduzir a exposição aos materiais biológicos. Tais 
precauções consistem do uso, por parte dos profissionais, de equipamentos e 
materiais que servem de barreira protetora diante da manipulação com sangue, 
líquidos corpóreos, secreções e excreções, peles não-íntegras e mucosas. Têm por 
objetivo evitar a transmissão de infecções (conhecidas ou não) do paciente parao 
profissional de saúde. 
Historicamente, os trabalhadores da área da saúde nunca foram 
considerados uma categoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho. O 
risco ocupacional com agentes infecciosos é conhecido desde o início dos anos 40 
do século XX. Porém, as medidas profiláticas e o acompanhamento clínico-
laboratorial, de trabalhadores expostos aos patógenos de transmissão sangüínea, só 
foram desenvolvidos e implementados a partir da epidemia de infecção pelo 
HIV/aids, no início da década de 80. Os acidentes de trabalho com sangue e outros 
fluidos potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de emergência 
médica, uma vez que, para se obter maior eficácia, as intervenções para profilaxia 
da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência 
do acidente. As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do 
HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são definidas como: 
• Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos 
perfurantes e cortantes (p.ex.agulhas, bisturi, vidrarias); 
• Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos na face 
envolvendo olho, nariz ou boca; 
 
 
 
 
 
140 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato com pele com 
dermatite ou feridas abertas; 
São ações de precauções padrões: 
- Higienização das mãos: lavar sempre antes e após contato com o paciente, 
após o uso de luvas, realização de técnicas e procedimentos com o paciente e 
manipulação de equipamentos e artigos contaminados; 
- Uso de luvas descartáveis: Usar sempre que houver risco de contato das 
mãos com sangue, líquidos corporais, secreções e excreções (exceto suor), 
mucosas ou pele não-íntegra, atentar para retirar as luvas imediatamente após o 
uso, e antes de tocar em outro paciente ou qualquer material ou superfície; 
- Uso de avental: Usar avental de tecido sempre que houver risco de 
contaminação da roupa com sangue e líquidos corporais. Descartá-los após o uso; 
- Uso de protetores de face: Máscaras, óculos e protetores faciais devem ser 
utilizados sempre que houver risco de contaminação por respingo de sangue ou 
secreções corpóreas, em mucosa oral, nasal ou ocular; 
- Manuseio de materiais perfuro-cortantes: utilizar cautela no uso, 
manipulação, transporte e descarte dos materiais perfuro-cortantes, não reencapar 
agulhas, manter as caixas de descarte em fácil acesso e próximas aos locais de 
maior geração de materiais perfuro-cortantes. 
 
Foto: Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área 
de Enfermagem, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
141 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
TÉCNICAS BÁSICAS PREVENTIVAS 
 
CONCEITUAÇÃO 
 
ANTI-SEPSIA 
Anti-sepsia significa destruição ou inibição do crescimento de 
microorganismos dos tecidos ou fluidos, através de técnicas especiais, utilizando 
produtos químicos. 
 
ASSEPSIA 
Conjunto de procedimentos e atitudes que visam a impedir a penetração de 
microrganismos em um local em que não existam, bem como evitar que outros 
sejam levados para uma área já contaminada. 
 
DESINFECÇÃO 
É a destruição de microorganismos patogênicos a níveis suportáveis. Termo 
usado preferencialmente para referir-se a ambientes. 
ESTERILIZAÇÃO 
Qualquer procedimento físico (vapor saturado sobre pressão . autoclave e 
vapor seco, estufa) ou químico (óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, 
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético) que elimine todas as formas de vida, 
ou seja, tornando o metabolismo microbiano irreversível. 
Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três 
categorias, conforme o grau de risco de provocar infecção nos pacientes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
142 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
CLASSIFICAÇÃO CONCEITO PROCESSO 
Artigos críticos Materiais com elevado potencial 
de risco de provocar infecção, 
porque são introduzidos 
diretamente em tecidos 
normalmente estéreis. 
Esterilização 
Artigos semicríticos Aqueles que entram em contato 
com mucosa íntegra e pele não-
intacta; pode-se tornar artigo 
crítico se ocorrer lesão acidental 
durante a realização do 
procedimento. 
A esterilização não é 
obrigatória, porém 
desejável; há indicação 
de, no mínimo, 
desinfecção de alto nível. 
Artigos não-críticos Materiais que entram em 
contato somente com a pele 
íntegra e geralmente oferecem 
baixo risco de infecção. 
Dependendo do grau de 
contaminação, podem ser 
submetidos à limpeza ou 
desinfecção de baixo ou 
médio nível. 
 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
 
A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da 
infecção hospitalar ou domiciliar. As práticas adotadas para sua prevenção visam 
controlar a propagação de microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e 
diminuir os riscos do paciente vir a adquirir uma infecção. Por outro lado, tanto as 
medidas gerais como as específicas de prevenção e controle de infecção 
implantadas na instituição, também se direcionam para proteger o próprio 
trabalhador que ali desempenha sua função, quer seja prestando assistência direta 
ao paciente, como no caso do auxiliar de enfermagem ou do enfermeiro, quer seja 
indiretamente, como o funcionário da higiene hospitalar, da lavanderia ou da nutrição 
e dietética. Um dos procedimentos de controle da propagação de infecção hospitalar 
é a realização de maneira responsável e consciente, da lavagem das mãos. 
Embora na pele das mãos existam bactérias com variados graus de 
patogenicidade, em situação normal elas não causam infecção por haver uma 
barreira fisiológica protetora. Entretanto, na ocorrência de rompimento da solução de 
continuidade da pele, ou no caso de pacientes imunodeprimidos, poderá haver a 
 
 
 
 
 
143 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
instalação de um processo infeccioso. Esse fato, por si só, destaca a importância da 
lavagem das mãos na remoção das bactérias e na prevenção da infecção hospitalar. 
 
Quadro 1* - MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NA PELE 
 
Microrganismos Incidência 
Staphylococcus epidermidis 
(coagulase - negativa) 
85 a 100 % 
Staphylococcus aureus 
(coagulase - positiva) 
5 a 25 % 
Streptococcus pyogenes 
 (grupo A) 
0 a 4 % 
Propionibacterium acnes 
(corinebactérias anaeróbias) 
10 a 45 % 
Corynebacterium sp. 
(anaeróbias) (difteróides) 
55% 
Lactobacilos 55% 
Cândida albicans Incomum 
Outras espécies de Cândida, 
especialmente, 
C. parapsilosis 
1 a 15 % 
Clostridium perfringens 
(especialmente nas 
extremidades inferiores) 
40 a 60 % 
Enterobacteriaceae Incomum 
Acinetobacter calcoaceticus 25 % 
Moraxella sp. 5 a 15% 
Mycobacterium sp. Raro 
• Adaptado de YOUMANS, S., et alli. The biologic and clinical basis of infeccious diseases. 3. 
ed. Philadelphia, Saunders Company, 1986, 1v. 
 
 
 
 
 
 
 
144 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Lavagem básica das mãos 
 
É o simples ato de lavar as mãos com água e sabão, visando à remoção de 
bactérias transitórias ealgumas residentes, como também células descamativas, 
pêlos, suor, sujidades e oleosidade da pele. O profissional de saúde deve fazer 
desse procedimento um hábito, seguindo as recomendações e etapas de 
desenvolvimento da seguinte técnica: 
• Fique em posição confortável, sem tocar a pia, e abra a torneira, de 
preferência, com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, 
e com a direita, se for canhoto; 
• Mantenha, se possível, a água em temperatura agradável, já que a 
água quente ou muito fria resseca a pele. Use, de preferência, 2 ml de sabão 
líquido, ou o sabão em barra. Nesse caso, enxágüe o sabão antes do uso; 
• Ensaboe as mãos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos, 
em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e 
extremidades dos dedos; 
• Enxágüe as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão; 
• Enxugue-as com papel-toalha descartável; 
• Feche a torneira utilizando o papel-toalha descartável (evite encostar-
se à mesma ou na pia). 
 
 
 
 
 
 
 
145 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Foto: Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área 
de Enfermagem, 2003. 
 
 
Indicações 
Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas 
seria uma tarefa prolongada e incompleta. De modo geral, entretanto, o bom senso 
autoriza e recomenda que o profissional de saúde lave as mãos nas situações 
abaixo indicadas: 
• Sempre que estiverem sujas. 
 
Antes de 
• Ministrar medicamento oral; 
• Preparar nebulização. 
 
Antes e após 
• A realização de trabalhos hospitalares; 
 
 
 
 
 
146 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• A realização de atos e funções fisiológicas e ou pessoais (se alimentar, 
limpar e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar 
qualquer parte do corpo); 
• O manuseio de cada paciente e, às vezes, entre as diversas atividades 
realizadas num mesmo paciente (por exemplo: higiene, aspiração 
endotraqueal, esvaziamento da bolsa coletora de urina etc.); 
• O preparo de materiais ou equipamentos (respiradores, nebulizadores, 
etc.), durante seu reprocessamento; 
• A manipulação de materiais ou equipamentos (exemplo: cateter 
intravascular, sistema fechado de drenagem urinária e equipamentos 
respiratórios); 
• A coleta de espécimes; 
• A aplicação de medicação injetável; 
• A higienização e troca de roupa dos pacientes. 
 
Existem outras particularidades no desenvolvimento da técnica de lavagem 
das mãos diante da participação em procedimentos cirúrgicos e de procedimentos 
de risco, dentre elas, podemos destacar a lavagem e anti-sepsia das mãos com o 
auxilio de produtos como solução alcoólica, anti-sépticos degermantes e solução de 
iodo a 0,5 a 1%, além da variação do tempo dispensado para a realização da 
técnica. 
 
MANIPULANDO MATERIAL PERFURO-CORTANTE 
 
Entre as recomendações específicas que devem ser seguidas, durante a 
realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material perfuro-
cortante, destacam-se: 
• Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos; 
• Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de 
procedimentos; 
 
 
 
 
 
147 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• As agulhas não devem ser jamais reencapadas, entortadas, quebradas 
ou retiradas da seringa com as mãos; 
• Todo material perfuro-cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, 
vidrarias, entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em 
recipientes resistentes à perfuração e com tampa; 
• Os coletores específicos para descarte de material perfuro-cortante não 
devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e 
devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o 
procedimento. 
 
 
Foto: Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área 
de Enfermagem, 2003. 
 
OUTROS CUIDADOS 
 
- cabelos longos devem ser mantidos presos, acima do ombro; 
- jóias, bijuterias, aliança e relógios devem ser removidos; 
- unhas devem ser mantidas limpas e curtas; 
- lavar bem qualquer área do corpo que entre, acidentalmente, em contato 
com sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
148 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A OSTOMIA E O CUIDADO COM O OSTOMIZADO 
 
Ostomia é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação 
entre o órgão interno e o exterior, com a finalidade de eliminar os dejetos, secreções, 
fezes e/ou urina do organismo. A nova abertura que se cria com o exterior, chama-
se ostoma. 
As palavras ostomia, ostoma, estoma ou estomia são de origem grega. Elas 
significam boca ou abertura e são utilizadas para indicar a exteriorização de 
qualquer víscera oca no corpo. Conforme o segmento exteriorizado, as ostomias 
recebem nomes diferenciados: no intestino grosso = cólon é conhecido como 
colostomia, no intestino delgado = íleo chama-se ileostomia, na bexiga = urostomia. 
Dependendo da etiologia da doença, o procedimento pode ser feito em 
caráter temporário ou definitivo. As ostomias temporárias são realizadas para 
proteger uma anastomose - comunicação, natural ou resultante de processo 
cirúrgico, entre tubos, vasos sanguíneos ou nervos da mesma natureza, tendo em 
vista o seu fechamento num curto espaço de tempo. As ostomias definitivas são 
realizadas quando não existe a possibilidade de restabelecer o trânsito intestinal, 
geralmente na situação de câncer. 
Na assistência de Enfermagem, além dos problemas comumente 
enfrentados pelos pacientes que são submetidos a uma cirurgia, eles necessitam de 
cuidados específicos para conseguirem a re-inserção social. Normalmente esses 
problemas podem ser compreendidos sob as dimensões físico, psicológica e social. 
No que se refere aos aspectos físicos, podemos ressaltar a dificuldade do 
cliente em conviver com as mudanças fisiológicas, com os mecanismos de 
eliminação intestinal e vesical modificados, e todas as implicações decorrentes 
destas alterações, além do uso obrigatório de uma bolsa aderida ao abdome. 
Nos aspectos psicológico e social, uma das preocupações para o cuidado é 
na alteração da imagem corporal, que leva à sensação de mutilação e rejeição de si 
mesmo. O paciente pode sentir-se vulnerável e acabar por se isolar da família e do 
convívio social. 
Alguns dos efeitos emocionais mais comumente observados nos pacientes 
com algum tipo de ostomia são: 
 
 
 
 
 
149 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
? Baixa estima; 
? Isolamento; 
? Depressão; 
? Perda da libido; 
? Negação. 
 
O cuidado de enfermagem ao paciente ostomizado, inicia-se desde o 
momento do diagnóstico, com as orientações acerca do procedimento que o mesmo 
deverá ser submetido, passando pelo pós-operatório e incentivo ao auto cuidado 
pós-alta. A monitorização do aspecto da pele ao redor do estoma que deverá 
sempre ter a cor vermelha ou rosa vivo, brilho, umidade, presença de muco, 
tamanho e forma definidos, também é de fundamental relevância. A pele ao seu 
redor deve estar lisa sem vermelhidão, coceira, feridas ou dor. 
 
 
 
O paciente deveráser orientado pela enfermagem quanto à higiene do local 
do estoma, troca da bolsa coletora, mudanças no padrão alimentar, prática de 
atividade física, além de outros cuidados específicos. 
Algumas orientações da enfermagem para estimular no cliente o auto 
cuidado englobam: 
 
 
 
 
 
 
150 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
? Trocar a placa, no máximo, a cada 6 dias ou quando necessário. 
? Limpar diariamente o ostoma com água e sabão, preferencialmente, 
neutro, com gaze para evitar sangramentos. 
? Secar bem a pele depois da limpeza do ostoma e do banho. Isso evita 
que a pele fique vermelha e sensível. 
? Não usar óleo de cozinha ou outras substâncias oleosas para retirar a 
placa, isso pode dificultar a aderência da nova placa. Usar água e sabão e 
descolar com cuidado para não machucar a pele. 
? Soluções que contenham éter ou álcool para remover resíduos de cola 
da placa que adere ao estoma devem ser evitadas, pois podem causar 
irritação local. 
? Evitar que a bolsa coletora fique em contato direto com a pele, sempre 
colocando um pano de algodão entre a bolsa e pele evitando umidade, 
dificultando o aparecimento de alergias. 
? Observar e registrar presença de vermelhidão ou coceira na pele ou 
outra alteração. 
? Orientar o uso de roupa confortável. 
 
As fezes e a urina, pela sua composição, são capazes de causar grandes 
lesões na pele. Portanto é importante que se utilize uma bolsa que proteja bem a 
pele fixando e adaptando-se bem o ostoma. Na urostomia é indicada uma bolsa que 
tenha válvula anti-refluxo que direcione o jato, proporcionando um esvaziamento da 
bolsa sem vazamento. 
Há diversos tipos de bolsas para atender melhor às diferentes necessidades 
e tamanhos de ostomas. Podem ser, basicamente, de dois tipos, de acordo com a 
finalidade – as INTESTINAIS (que coletam fezes), e as URINÁRIAS (que 
armazenam urina). 
Elas podem ser: 
FECHADAS (Não drenáveis) - São descartadas após o uso. 
ABERTAS (drenáveis) Podem ser esvaziadas quando necessário. 
 
 
 
 
 
151 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
UMA PEÇA - São dispostas a bolsa coletora e a barreira protetora de pele 
(placa). 
 DUAS PEÇAS - Barreira protetora de pele e bolsa separadas. 
 
 ABERTAS FECHADAS 
 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS OSTOMIZADOS 
É objetivo principal da "International Ostomy Association" que todas as 
pessoas ostomizadas tenham direito a uma qualidade de vida satisfatória após suas 
cirurgias e que esta Declaração seja reconhecida em todos os países do mundo. 
1. Receber orientação pré-operatória, a fim de garantir um total 
conhecimento dos benefícios da operação e os fatos essenciais 
a respeito de viver com uma ostomia. 
2. Ter um ostoma bem feito, local apropriado, proporcionando 
atendimento integral e conveniente para o conforto do paciente. 
3. Receber apoio médico experiente e profissional, cuidados de 
enfermagem especializada no período pré-operatório e pós-
operatório, tanto no hospital como em suas próprias 
comunidades. 
4. Ter acesso a informações completas e imparciais sobre o 
fornecimento e produtos adequados disponíveis em seu país. 
5. Ter a oportunidade de escolha entre os diversos equipamentos 
disponíveis para ostomia sem preconceito ou constrangimento. 
 
 
 
 
 
152 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
6. Ter acesso a dados acerca de sua Associação Nacional de 
Ostomizados e dos serviços e apoio que podem ser oferecidos. 
7. Receber apoio e informação para benefício da família, dos 
cuidadores e dos amigos a fim de aumentar o entendimento 
sobre as condições e adaptações necessárias para alcançar um 
padrão de vida satisfatório para viver com a ostomia. 
8. Estar seguro de que toda informação pessoal relacionada à sua 
cirurgia de ostomia será tratada com discrição e 
confidencialidade para manter sua privacidade; e que nenhuma 
informação sobre sua condição clínica será divulgada por 
qualquer pessoa que a possua, para entidades envolvidas com 
a fabricação, comércio ou distribuição de materiais relacionados 
à ostomia; nem poderá ser divulgada para qualquer pessoa que 
se beneficiará, direta ou indiretamente, por causa de sua relação 
com o mercado de produtos de ostomia, sem o consentimento 
expresso do ostomizado. 
 (Comitê Executivo da IOA – Associação Internacional dos Ostomizados em junho de 
1993 e revisado em junho de 1997 – Canadá, Revisado pelo Conselho Mundial em 
2004 e 2007). 
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
 
Traçar comentários sobre a Humanização da Assistência a principio é meio 
embaraçoso, haja vista que se torna um pouco contraditório o ato de fazer 
humanizar o humano. Se por um lado, podemos ressaltar uma evolução na 
descentralização e na regionalização da atenção e da gestão da saúde, com 
projeção das diretrizes do Sistema Único de Saúde - universalidade, eqüidade, 
integralidade e controle social, por outro, a fragmentação dos processos de trabalho 
desgastam as relações entre os diferentes profissionais da saúde e entre estes e os 
 
 
 
 
 
153 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
usuários; o trabalho em equipe, assim como o preparo para lidar com as dimensões 
sociais e subjetivas presentes nas práticas de atenção, fica fragilizado. 
 
Foto: Brasil. Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área 
de Enfermagem, 2003. 
 
 
O pouco ou quase nenhum investimento na qualificação dos profissionais, 
diminui a possibilidade de um processo crítico e comprometido com as práticas de 
saúde e com os clientes em suas diferentes necessidades. Há poucos incentivos de 
fomento à co-gestão, à valorização e à inclusão dos profissionais e usuários no 
processo de produção de saúde, com forte desrespeito aos seus direitos. O quadro 
se complexifica quando também verificamos que o modelo de formação dos 
profissionais de saúde mantém-se distante do debate e da formulação das políticas 
públicas de saúde. 
Neste contexto, foi proposta a criação de uma Política Nacional de 
Humanização da Assistência em Saúde, visando aperfeiçoar as relações humanas 
existentes, tanto entre os profissionais da saúde, quanto entre estes e os usuários 
do serviço. A legitimidade da temática ganha novo status quando, em maio de 2000, 
o Ministério de Saúde regulamenta o Programa Nacional de Humanização da 
Assistência Hospitalar (PNHAH) e a humanização é também incluída na pauta da 
11a Conferência Nacional de Saúde, realizada em dezembro do mesmo ano. 
 
 
 
 
 
154 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Apenas para complementação e melhor assimilação dos princípios da 
Política de Humanização da Assistência Hospitalar, vamos resgatar alguns conceitos 
diretamente relacionados ao Sistema Único de Saúde. 
UNIVERSALIDADE 
A Saúde é reconhecida como um direito fundamental do ser humano, 
cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o 
acesso à atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade. 
EQÜIDADE 
Isto significa tratar desigualmente os desiguais,investindo mais onde a 
carência é maior. 
INTEGRALIDADE 
Significa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de 
ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para 
todos os níveis de complexidade de assistência. Engloba ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde. 
DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO 
Um único gestor responde por toda a rede assistencial na sua área de 
abrangência, conduzindo a negociação com os prestadores e assumindo o comando 
das políticas de saúde. 
CONTROLE SOCIAL 
Como forma de garantir a efetividade das políticas públicas de saúde e como 
via de exercício do controle social, é preciso criar canais de participação popular na 
gestão do SUS, em todas as esferas, municipal, estadual e federal. 
 
 
 
 
 
155 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Tematizar a humanização da assistência abre, assim, questões 
fundamentais que podem orientar a construção das políticas em saúde. Humanizar 
é, então, ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com 
acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho 
dos profissionais (MS, 2000). 
A humanização trata-se de um conjunto de estratégias para alcançar a 
qualificação da atenção e da gestão em saúde no SUS, estabelecendo-se, portanto, 
como a construção de atitudes ético-estético-políticas em sintonia com um projeto de 
co-responsabilidade e qualificação dos vínculos inter-profissionais e entre estes e os 
usuários na produção de saúde. 
Esse conjunto de iniciativas dá voz a demandas antigas na saúde: 
a) Pela democratização das relações que envolvem o atendimento 
(Carapinheiro, 1993); 
 b) Por maior diálogo e melhoria da comunicação entre profissional de 
saúde e paciente (Caprara e Franco, 1999); 
c) Pelo reconhecimento das expectativas dos próprios profissionais e as 
dos pacientes, como sujeitos do processo terapêutico (Laplantine, 1991). 
Considerando a organização e estrutura física das instituições de saúde da 
rede pública, a formação biomédica, as relações de trabalho e sua lógica de 
produção, podemos afirmar que para a implementação de novos conceitos e práticas 
voltados para a humanização da assistência, necessita-se de mudanças de ordem 
estrutural e filosófica na prestação da assistência. 
Compreendemos que a humanização dos serviços de saúde implica em 
transformação do próprio modo como se concebe o usuário do serviço - de objeto 
passivo a sujeito, de necessitado de atos de caridade àquele que exerce o direito de 
ser usuário de um serviço que garanta ações técnica, política e eticamente seguras, 
prestadas por trabalhadores responsáveis. Enfim, essa transformação refere-se a um 
 
 
 
 
 
156 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
posicionamento político que enfoca a saúde em uma dimensão ampliada, relacionada 
às condições de vida inseridas em um contexto sócio-político e econômico. 
 
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO 
 
São princípios norteadores da PNHAH, conforme o Ministério da Saúde: 
 
1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de 
atenção e gestão, fortalecendo e estimulando processos integradores e 
promotores de compromissos e responsabilização; 
2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e com a 
produção de sujeitos; 
3. Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a 
transdisciplinaridade e a grupalidade; 
4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e 
solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS; 
5. Utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e 
dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de 
sujeitos e coletivos. 
 
PRIORIDADES 
 
Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), 
trabalhamos para consolidar, prioritariamente, quatro marcas específicas (MS,2000): 
1. Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e 
atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; 
2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de 
sua saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência 
territorial; 
 
 
 
 
 
157 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
3. As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o 
acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os 
direitos do código dos usuários do SUS; 
4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus 
trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos 
trabalhadores. 
 
DIRETRIZES GERAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA PNH 
 
 - Ampliar o diálogo entre os trabalhadores, entre trabalhadores e a 
população e entre os trabalhadores e a administração, promovendo a gestão 
participativa, colegiada e compartilhada dos cuidados/atenção; 
- Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho e Câmaras Técnicas 
de Humanização com plano de trabalho definido; 
- Estimular práticas de atenção compartilhadas e resolutivas, racionalizar e 
adequar o uso dos recursos e insumos, em especial o uso de medicamentos, 
eliminando ações intervencionistas desnecessárias; 
- Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu 
coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e co-responsabilidade de 
gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde; 
- Sensibilizar as equipes de saúde ao problema da violência em todos os 
seus âmbitos de manifestação, especialmente a violência intrafamiliar (criança, 
mulher, idoso), a violência realizada por agentes do Estado (populações pobres e 
marginalizadas), a violência urbana e para a questão dos preconceitos (racial, 
religioso, sexual, de origem e outros) nos processos de recepção/acolhida e 
encaminhamentos; 
 - Adequar os serviços ao ambiente e à cultura dos usuários, respeitando a 
privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável; 
- Viabilizar participação ativa dos trabalhadores nas unidades de saúde por 
meio de colegiados gestores e processos interativos de planejamento e de tomada 
de decisão; 
 
 
 
 
 
158 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Implementar sistemas e mecanismos de comunicação e informação que 
promovam o desenvolvimento, a autonomia e o protagonismo das equipes e da 
população, ampliando o compromisso social e a co-responsabilização de todos os 
envolvidos no processo de produção da saúde; 
- Promover ações de incentivo e valorização da jornada de trabalho integral 
no SUS, do trabalho em equipe e da participação do trabalhador em processos de 
educação permanente em saúde que qualifiquem sua ação e sua inserção na rede 
SUS; 
- Promover atividades de valorização e de cuidados aos trabalhadores da 
saúde, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida 
no trabalho. 
 
 
 
 
 
--------------------FIM DO MÓDULO IV------------------------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
159 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autoresBIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 
ADAMS,H.R. Physiologic, pathologic, and therapeutic implication for endogenous 
nitric oxide. Journal Am. Vet. Med. Assoc., v.209,n.7,p.1297- 1302, 1996. 
 
AHRONHEIM JC, Moreno S, Zuckerman C. Ethics in Clinical Practice. Boston: 
Little,Brown, 1994:21. 
 
ARAÚJO, I.E.M.; NORONHA, R. Proposta de Comunicação em Enfermagem: 
Visita Pré-Operatória de Enfermagem. 48o. Congresso Brasileiro de Enfermagem. 
Livro de Resumos. São Paulo: ABEn, p.399.1995. 
BIANCHI, E.R.F.; CASTELLANOS, B.E.P. Considerações sobre a visita pré-
operatória do enfermeiro da unidade de centro cirúrgico: resenha da literatura 
estrangeira. Rev Paul. Enf., v. 5, n.3, p.161-166. 1983. 
BILEY FC, WRIGHT GS. Towards a Defence of Nursing Routine and Ritual. J 
Clin Nurs 1997; 6: 115-19. 
BORGHI Ângela Cristina da Silva.AS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DO 
PACIENTE IDOSO E AS IMPLICAÇÕES AO CUIDADO DE ENFERMAGEM 
GERONTOLÓGICO. Dissertação de Mestrado, Curitiba, 2007. 
 
BORILE, Giuliano et al. DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO DE EVISCERAÇÃO EM 
CIRURGIA GERAL. São Paulo, Rev. Col. Bras. Cir. Vol. 30 - Nº 5: 388-391, Set. / 
Out. 2003. 
BOSK CL. Occupacional rituals in patient management. N Engl J Med 1980; 
303:71-6. 
 
 
 
 
 
160 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 9.431 de 6 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a 
obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecções hospitalares 
pelos hospitais do Pais. Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, p. 265, 7 jan., 
1997. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos Centros de Referência de 
Imunobiológicos Especiais . Brasilia, 2001. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2616, Diário Oficial da União, Brasília, 12 
de maio de 1998. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria N.º 196 de 24 de junho de 1983. Dispõe 
sobre as normas técnicas sobre a prevenção de infecções hospitalares. Diário 
Oficial da União, Brasília, Seção 1, p.11.319-23, 28 jun.,1983. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria N.º 930 de 27 de agosto de 1992. Estabelece 
normas para o controle da infecção hospitalar e revoga a Portaria n.196. Diário 
Oficial da União, Brasília, Seção 1, p.12.279 – 81, 4 set. ,1992. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Organização E 
Desenvolvimento de Serviços de Saúde. Manual de Controle de Infecção 
Hospitalar. Brasília, 1987. 
 
BRASIL.Ministério da Saúde. Recomendações para atendimento e 
acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: Hiv e 
Hepatites B e C. Brasília, 2004. 
 
CAMIGNOTTO A. A Humanização do Hospital: fator de eficiência. Rev Paul 
Hosp 1972 novembro; 20(11):27-30. 
 
 
 
 
 
161 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
CAPRARA A & Franco ALS. A relação paciente-médico: para uma humanização 
da prática médica. Cadernos de Saúde Pública 15(3): 647-654, 1999. 
CARAPINHEIRO G. Saberes e Poderes no Hospital - Uma sociologia dos 
serviços hospitalares. Afrontamento, Porto, 1993. 
CARVALHO, E.C. de (orgs.) Comunicação como Meio de Promover Saúde. 
Ribeirão Preto, SP. FIERP. P.37- 
CASTELANOS, B. E. P. et al.. Visita pré-operatória do enfermeiro da unidade de 
centro cirúrgico: marcos referenciais para seu ensino no curso de graduação 
de enfermagem. Rev Paul. Enf., v.4, n.1, p.10-14. 1984. 
COTRAN R.S.;KUMAR,V. & ROBBINS.S.L. Robbins - Pathologic Basis of Disease. 
5 ed. Philadefphia, Saunders Company, 1994. 1400p. 
DE LUCA EK. Reconsidering rituals: a vehicle for education as change. J Contin 
Educ Nurs 1995; 26: 139-44. 
DiBARTOLA,S.P. FIuid therapy in small animal practice. 1 ed. Philadelphia, 
Saunders Company, 1992. 720p. 
EKMAN I, SEGESTEN K. Deputed power of medical control: the hidden 
message in the ritual of oral shift reports. J Adv Nurs 1995; 22: 1006-11. 
ENGLISH DC. Bioethics: A Clinical Guide for Medical Students. New York: Norton, 
1994:33-5. 
 
ÉVORAYDM & ALMEIDA ECS. Comissão de controle de infecção hospitalar de um 
hospital - escola. Rev Paul Hosp 31: 70-76, 1983. 
 
FARIAS, J.N. et al. Diagnóstico de enfermagem: uma abordagem conceitual e 
prática. João Pessoa: Santa Maria, 1990. 
 
 
 
 
 
 
162 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
FERNANDES, Maria das Gracas Melo; ASSIS, Juracy Farias de; BARRETO, 
Elissandra Ferreira. Registro das ações de cuidado no contexto da enfermagem 
clínica: análise do conteúdo. NURSING, n.37, p.31-34, jun. 2001 
FERREIRA , Adriano M.; ANDRADE, Denise de .Sítio cirúrgico: avaliação e 
intervenções de enfermagem no pós-operatório.Rio de Janeiro: Arq Ciênc Saúde 
2006 jan-mar;13(1):27-33. 
 
FERREIRA,R.A. Barrando o Invisível. Revista da APCD, v.49,n.6, Nov./Dez.,p.417-
27,1995. 
 
FILHO MB; GRINBAUM RS & RICHTMANN R.. Infecções Hospitalares Prevenção 
e Controle, Sarvier, São Paulo, p.37- 41, 1997. 
FORD P, WALSH M. New rituals for old: nursing throught the looking glass. 2nd 
ed. Oxford: Butterwork - Heinemann; 1995. 
FORTES PAC, Martins CL. A ética, a humanização e a saúde da família. Rev 
Bras Enfermagem 2000 dezembro; 53(nº especial): 31-9. 
FOX NJ. The social meaning of surgery. Buckingham: Open University Press; 
1992. 
FRANCO Jr, A. Exame do Tórax e Pulmões. In: BENSENÕR, I. M. et al. 
Semiologia clínica: sintomas gerais, sintomas e sinais específicos, dor, 
insuficiências. São Paulo: Sarvien, 2002. p. 39 - 49. 
 
GAMELLI, L. M. Goetem e ZAGO, M. M. Fontão – A interpretação do cuidado com 
o ostomizado na visão do enfermeiro: Um estudo de caso. Rev. Latino-
Americana de Enfermagem vol.10, nº1 p 34-40 ISSN 104-1169. Online em: Acedido 
em 29/05/2008 
 
GARCIA, T. R.; NÓBREGA, M. M. L. Sistematização da assistência de 
enfermagem: reflexões sobre o processo. In: 52º Congresso Brasileiro de 
 
 
 
 
 
163 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Enfermagem, Apresentado na Mesa Redonda “A sistematização da assistência de 
enfermagem: o processo e a experiência”. Recife/Olinda – PE, 2000. 
GORDON, M. Nursing diagnosis: process and application. 2. ed. New York: 
McGraw HilI, 1987. 
GRANDI, Ana Lucia de; BRAZ, Elizabeth. A educação continuada: avaliação de 
anotações de enfermagem na UTI do Hospital Universitário. NURSING, v.09, 
n.92, p.622-627, jan. 2006. 
GRESPAN SUAREZ, Gisele; ALBINI, Leomar; SEGUI, Maria Luiza Hexsel; 
PAGANINI, Maria Cristina. Anotações de enfermagem: padronização no Hospital 
de Clínicas da UFPR. Cogitare enferm, v.5, n.esp., p.12-5, jan./jun. 2000. 
GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro. Ed: Guanabara Koogan. 1988. 
GUZZETTA, C. E. et al. Clinical assessment tools for use with nursing 
diagnoses. St. Louis: Mosby, 1989. 
 
HASKINS,S.C. Management of septic shock. Joumal Am. Vet. Med. 
Assoc.,v.200,n.12, p.1915-1924, 1992. 
 
HAUPTMAN,J., CHALJDRY,I.H. Shock: Phathophysiology and management of 
hypovolemia and sepsis. ln: Slatter,D. Textbook of Small Animal Surgery,2a ad, 
Saunders Company, Philadelphia, 1993, p.1 –11. 
HELMAN CG. Cultura, saúde e doença. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 
1994. 
HERBERT, Rejane Ribeiro; SCUPINARI, Suzi Maria de Souza; CASTANHA, Maria 
de Lourdes; SARQUIS, Leila Maria Mansano. Proposta de modelo de histórico de 
enfermagem segundo padrões de respostas humanas. RECENF, v.02, n.08, 
p.76-80. mar./abr. 2004. 
 
 
 
 
 
164 
Este material deve ser utilizado

Outros materiais