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RESUMÃO de História da Enfermagem

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RESUMÃO de História da Enfermagem – ESTÁCIO – AV2 – Por Heloísa Nogueira
 Na antiguidade remota, cabia às mulheres cuidar da habitação e da prole, além de feridos e idosos; aos homens cabia prover as necessidades com alimentação, deveriam cuidar de ferimentos de guerra, traumatismos e fraturas, assim como dominar pessoas agitadas ou embriagadas. Dessa organização de tarefas surgiu a primeira divisão sexuada do trabalho.
 O cristianismo exerceu enorme influência na ação de cuidar, pois, ao valorizar o cuidado com pobres e doentes, fez com que pessoas da nobreza, como reis e rainhas, se despojassem de seus bens para se dedicar à caridade
 A queda do Império Romano, em 476, foi seguida por um grande caos, e a Igreja teve dificuldade em organizar-se, mas conseguiu fazê-lo em três frentes: a luta pelo poder que mantinha nas cidades com os aristocratas e monarcas; o desenvolvimento da vida monástica como alternativa para dar proteção a homens e mulheres nos mosteiros; e a organização e patrocínio das Cruzadas para libertar a Terra Santa do poder de muçulmanos.
 As Cruzadas eram expedições militares que contavam com os guerreiros, monges e senhores feudais. Todos estampavam uma cruz vermelha nos ombros, no peito e nas bandeiras. A Terra Santa era buscada por peregrinos que queriam visitar o túmulo de Cristo, mas eles sofriam perseguições de muçulmanos. Para cuidar dos cruzados e peregrinos feridos, surgiram ordens militares, muitas delas formadas por monges enfermeiros, basicamente por homens. Assim, a enfermagem era uma atividade masculina e havia entre eles muitas regras rígidas de hierarquia e obediência.
 Lutero provocou uma grande divisão na Igreja Católica, por causa das indulgências, em 1520. Depois de romper com a Igreja, traduziu a Bíblia para o alemão e aumentou o número de seguidores. João Calvino, convertido ao luteranismo, introduziu uma reforma mais severa e intransigente. O rei Henrique VIII, da Inglaterra, também rompeu com o catolicismo, o que levou a expulsão de religiosos que cuidavam dos abrigados nos conventos e mosteiros católicos. Era o período negro da enfermagem.
 Grécia e Roma → Inicialmente acorria-se aos templos para pedir ajuda aos deuses. Depois Hipócrates dissociou a medicina das superstições, começando a estudar o lado biológico dos indivíduos. Ele foi considerado também o pai da enfermagem.
 Roma, por seu lado, distinguiu-se pelas obras de saneamento, com água abundante, banhos públicos, redes de esgoto, sepultamento de mortos e outras práticas. Sendo um império de guerreiros, era natural que, em vez de templos, tivessem casas para abrigar guerreiros feridos, gladiadores e atletas, que eram cuidados inicialmente pelos escravos e depois, pelas matronas e diaconisas. Seriam as bases dos futuros hospitais de Roma. 
 Interessante observar que as diaconisas foram tidas como as primeiras damas da lâmpada, pois Florence Nightingale muitos séculos depois seria considerada a autêntica Dama da Lâmpada. São João de Deus, ao construir um hospital, em Granada, foi provavelmente um dos pioneiros que no século XVI destinou uma cama para cada paciente e separou os enfermos por doenças. Já na Grécia existiam os iatrions para atender doentes que não precisassem ficar hospedados.
 Theodor Fliedner, pastor protestante, fundou na Alemanha a Ordem das Diaconisas, com sua mulher, Frederika, onde ensinavam a arte da enfermagem e onde Florence recebeu os primeiros ensinamentos. 
 A Cruz Vermelha foi outra instituição que surgiu para o alívio de feridos de guerra e se internacionalizou com a fundação de instituições com objetivos comuns. Uma das formas de dar alívio aos soldados foi a criação de escolas de enfermagem.
HISTÓRIA: A palavra História é de origem grega e significa aquele que conhece. Tem um sentido ambíguo quando significa o passado e tudo que aconteceu no passado e também o registro do passado – tudo o que foi dito ou escrito. O passado independe de nós para existir, existe em si. Aconteceu mesmo que os historiadores tenham deixado de registrá-lo. O estudo da História é a exposição da vida em movimento contínuo. Um povo ignorante de sua história é como um homem sem memória.
 Ciência e Arte: É produto da imaginação e do estilo literário. É matéria definida, trabalho científico.
 
PORQUE ESTUDAMOS HISTÓRIA DA ENFERMAGEM: Stewart (1977) destaca: “Nenhuma ocupação pode ser compreendida inteligentemente sem ter sido pelo menos em alguns de seus aspectos analisada à luz da história interpretada sob o ponto de vista humano”. Portanto, a enfermeira que conhece apenas acontecimentos do presente deixa não somente de usufruir de uma fonte perene de interesse, como também se torna incapaz de avaliar e julgar corretamente os acontecimentos atuais. 
CUIDAR / CUIDADO: O papel da enfermeira, como mãe, nutridora e educadora, amplia-se para o cuidado de doentes, idosos e necessitados. Com a ameaça da segurança e da doença a cuidadora (em geral papel atribuído à mulher) dedica-se a prover, além da atenção e do afeto, o conforto e demais atividades que possibilitem o bem-estar, a restauração do corpo e da alma e a dignidade. Mais tarde a cuidadora auxilia no desenvolvimento de atividades, não só do conforto, mas daquelas que promovam a redução da dor e da incapacidade.
 Portanto, cuidar é um ato individual que prestamos a nós próprios, desde que adquirimos autonomia, mas é, igualmente, um ato de reciprocidade que somos levados a prestar a toda pessoa que, temporária ou definitivamente, tem necessidade de ajuda para assumir as suas necessidades vitais. 
 Segundo COLLIÉRE: Cuidados cotidianos e habituais são os ligados às funções de manutenção e continuidade da vida. Representa todos os cuidados permanentes e cotidianos (alimentação, hidratação, calor, luz, etc). Já os cuidados de reparação ou tratamento da doença asseguram a continuidade da vida. Tem como fim limitar a doença ou lutar contra ela e atacar as suas causas.
 Cuidar não pode ser um ato isolado, amputado de toda a inserção social. Cuidar é um ato social que só atinge plenitude se tiver em conta um conjunto de dimensões sociais.
 Segundo WALDOW: Cuidar significa comportamentos e ações que envolvem conhecimento, valores, habilidades e atitudes empreendidas no sentido de favorecer as potencialidades das pessoas para manter ou melhorar a condição humana no processo de viver e morrer. E cuidado é entendido como o fenômeno resultante do processo de cuidar.
ORIGENS DA ENFERMAGEM:
- A mãe como primeira enfermeira da família; Plena convicção de que as doenças eram um castigo de Deus, ou efeitos do poder diabólico exercido sobre os homens; Tais crenças levaram os povos primitivos a recorrer a seus sacerdotes e feiticeiros, acumulando estes as funções de médico, farmacêutico e enfermeiro.
 Segundo Geovanini o desenvolvimento histórico das práticas de saúde obedece à relação do objeto de pesquisa com a realidade histórica, ficando assim subdividido:
As práticas de saúde instintivas: grupos nômades primitivos. Pano de fundo: as concepções evolucionistas e teológicas.
As práticas de saúde mágico-sacerdotais: aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência: relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência. Inicia-se no século V antes de Cristo, estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.
As práticas de saúde monástico-medievais: focaliza a influência dos fatores socioeconômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta entre os séculos V e XIII.
As práticas de saúde pós-monáticas: prática de enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Período que vai do final do século XIII ao início do século XVI.
As práticas de saúde no mundo moderno: práticas de saúde e de enfermagem soba ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista e o surgimento da enfermagem como prática profissional. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
OS POVOS ANTIGOS E A ENFERMAGEM: 
 - Egito: Realizaram a descrição de doenças, operações e drogas; Faziam orações durante a administração de drogas; Iniciaram as técnicas do uso de bandagens para o preparo do corpo das múmias; Acreditavam na influência dos astros sobre a saúde; A religião proibia a dissecção do corpo humano, opondo barreiras para o progresso científico.
 - China: Deram também às suas experiências de cuidado um caráter religioso; Os médicos que se faziam notar eram adorados como deuses; O cuidado dos enfermos era função sacerdotal; Descreveram em sua Farmacopéia mais de 2000 medicamentos; A dissecção de cadáveres era proibida.
 - Índia: O período áureo da medicina e da enfermagem hindu foi devido ao budismo; O tratamento geral das doenças consistia em: dieta, banhos, clisteres, inalações; Os hindus queriam que seus enfermeiros tivessem: asseio, habilidade, inteligência, conhecimento de arte culinária e de preparo de remédios. Deveriam ser moralmente puros, dedicados e cooperantes; Era proibido dissecar cadáveres de animais e de seres humanos; Leis de Manu: as doenças eram consideradas produções de espíritos malignos ou um castigo que Deus impunha aos culpados. Atribuíam doenças a crimes.
 - Japão: O cuidado também possuía um caráter religioso; A eutanásia era lícita; A única terapêutica era das águas termais.
 - Palestina: Crença em um só Deus (monoteísmo). Os preceitos religiosos prevaleciam como deveres sagrados: a proteção aos órfãos, às viúvas e a hospitalidade ao estrangeiro.
 - Grécia: No Pré-Hipocrático, as primeiras teorias se prendiam a mitologia; Haviam as Xenodóquias (primeira menção de um ambiente para o cuidado) para o tratamento de doentes; Havia também os Iatrions que correspondiam aos nossos atuais ambulatórios. No Pós-Hipocrático, Hipócrates, o Pai da Medicina, conseguiu explicar a cientificidade das doenças: Insistia sobre a observação cuidadosa do doente para o diagnóstico, o prognóstico e a terapêutica; Desenvolveu a Teoria Humoral pela qual considerava a saúde como o equilíbrio dos humores: sangue, linfa e bile (branca e negra). O seu desequilíbrio significava a doença; Teve uma grande importância no desenvolvimento da anatomia, através da dissecção de cadáveres.
 - Assíria e Babilônia: Estabelece castigos rigorosos para os médicos em caso de fracasso; Os cuidados eram todos baseados na magia e orações, acreditando-se que sete demônios causavam as doenças; Deitavam os enfermos nas ruas para que os transeuntes receitassem conforme suas experiências; As epidemias eram atribuídas às influências astrais.
 - Roma: Distinguiram-se pelas obras de saneamento, ruas limpas, redes de esgoto, casas bem ventiladas, água pura abundante, banhos públicos, combate à malária; Os serviços de enfermagem eram também confiados aos escravos; Com a influência grega crescendo Júlio César começou a conceder título de cidadão romano aos médicos estrangeiros.
PERÍODO DA UNIDADE CRISTÃ: A sublimidade de sua doutrina e a força de seus meios de santificação levaram seus primeiros cristãos a uma vida tão santa que seu exemplo foi seguido por muitos anos, através da Lei da Caridade.
Diáconos (ou diaconisas): As viúvas que dispunham de tempo, assim como as virgens que se consagravam a Deus, tomavam arte ativa no socorro aos pobres e aos doentes; 
Diaconias e xenodoquia: Diaconias eram lugares onde se recolhiam os doentes em casas particulares ou hospitais; Edito de Milão: possibilitou aos cristãos a liberdade de culto e estimulou a fundação de hospitais cristãos.
As grandes abadessas: Eram as diretoras dos conventos femininos; Destacam-se: Santa Radegunda e Santa Hildegarda (esta possuía grandes conhecimentos de ciências naturais, enfermagem e medicina e dava importância à água na terapêutica).
Ordens militares: Jerusalém caiu em poder dos muçulmanos; Com a perseguição aos cristãos pelos muçulmanos cresceu a ideia de libertação do túmulo de Cristo; Esse período foi marcado pelas Cruzadas; Devido às perseguições aos peregrinos cristãos, foram criados para socorrê-los os Hospitais de São João e de Santa Maria Madalena (o primeiro para homens e o segundo para mulheres).
Ordens seculares: As Cruzadas não atingiram seu objetivo de tomar o túmulo de Cristo dos muçulmanos; São Francisco fundou a Ordem dos Frades Franciscanos; Priorizavam a pregação religiosa, visitavam hospitais, curavam as chagas; Fundou também a segunda ordem de religiosas chamadas de Clarissas; São Francisco instituiu a Ordem Terceira, cujos membros praticavam a perfeição cristã, mas não faziam votos e nem deixavam seus lares, sendo em maioria nobres.
Decadência da enfermagem: Sendo a enfermagem exercida exclusivamente pela Igreja, a baixa nas suas doutrinas repercutiu na quantidade e na qualidade do atendimento às pessoas enfermas; Escasseavam donativos e leitos.
Período crítico da enfermagem = reforma religiosa: Sua causa principal era o afastamento dos princípios cristãos; Ao protestar contra os abusos, arrastaram a cristandade à quebra de sua unidade; Renunciaram ao catolicismo, expulsaram dos hospitais as religiosas que se dedicavam aos doentes; Não havia nenhuma organização religiosa ou leiga específica para o cuidado dos enfermos; Foram obrigados a fechar um grande número de hospitais; As pessoas que realizam os cuidados eram das mais baixas escalas sociais e de duvidosa moralidade; As pessoas relutavam a se internar nos hospitais.
 Charles Dickens nesta época descreveu uma personagem caricata chamada Sairy Gamp, nome este que serve para designar enfermeiras ignorantes e sem ideais.
CONCÍLIO DE TRENTO: Criado para esclarecer os pontos doutrinários atacados pelos protestantes e tomar as necessárias providências para os problemas emergentes; Durou 18 anos; Foram feitas recomendações aos bispos para organização, manutenção e fiscalização dos serviços hospitalares e orientações para a assistência espiritual nos hospitais; Não havia nenhuma menção do ponto de vista técnico e científico.
Bases introdutórias das PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA ENFERMAGEM:
Imagem folclórica da Enfermagem (tempos primitivos): Primeira mãe; A educação destas “enfermeiras” era em grande parte por tentativa e erro; Os avanços dos métodos utilizados eram realizados pela troca de informações; Superstição e magia; Existia uma relação íntima entre a religião e as artes curativas; As habilidades da enfermagem evoluíram pela intuição. 
Imagem Religiosa da Enfermagem (período medieval): As mulheres solteiras tinham oportunidades de trabalho que não eram imaginadas antes (atividades inerentes ao seu lar); Integrava-se os rígidos preceitos religiosos a uma estrutura disciplinar rígida, de obediência absoluta.
As diaconisas eram mulheres que deveriam ser solteiras ou viúvas. Praticavam trabalho de caridade: incluíam alimentar os pobres, visitar prisioneiros, abrigo, cuidar dos doentes e enterrar os mortos; Usavam cesta com remédios entre outros utensílios; Das viúvas eram exigidos votos de castidade; Por visitarem os doentes nas residências, são reconhecidas como o primeiro grupo organizado de Enfermeiras de Saúde Pública.
As Ordens Monásticas: Os monastérios desempenhavam um grande papel na preservação da cultura e do aprendizado exercendo refúgio para os perseguidos, cuidados aos doentes e ensino para os analfabetos; As ordens militares de enfermeiras evoluíram como um resultado das cruzadas; Defendiam os hospitais e seus pacientes e por essa razão vestiam uma armadura e por baixo de seus hábitos usavam o símbolo da Cruz de Malta.
Imagem Servil da Enfermagem (reforma protestante): Monastérios foram fechados, ordens religiosas dissolvidas e o trabalho das mulheres extinto; Mudança no papel da mulher: seu papel era definido nos limites do seu lar e suas obrigações eram cuidar dascrianças e da casa; O trabalho em hospitais foi realizado pelas mulheres “incomuns”: prisioneiras; prostitutas; mulheres de baixa renda; O pagamento era baixo, as horas de trabalho eram longas e o trabalho estressante; Foram considerados os anos negros da enfermagem.
Florende Nightingale: Devido à alta posição econômica e social de sua família, ela era culta, muito viajada, e educada.
 Queria se tornar enfermeira, o que para sua família isto era impensável. Em uma de suas viagens, conheceu o Sr. e Sra. Sidney Herbert, que estavam interessados na reforma dos hospitais naquela época. Ela, então, começou a coletar informações sobre a saúde pública e sobre os hospitais e logo se tornou autoridade no assunto.
 Por intermédio de amigos ela aprendeu a respeito do Instituto do Pastor Fliedner em Kaiserswerth. Como era uma instituição religiosa sob o auspício da igreja, ela poderia ir lá. Em 1851 ela passou três meses estudando em Kaiserswerth.
 Com o tempo ela era consultada por reformuladores e médicos, que estavam começando a ver a necessidade de enfermeiras “treinadas”.
 Quando a Guerra da Criméia explodiu, Florence escreveu para seu amigo Sir Sidney Herbert que era então o Secretário da Guerra e ofereceu-se para levar um grupo de 38 auxiliares para a Guerra da Criméia. Ao mesmo tempo ele havia escrito uma carta requisitando sua assistência. Suas conquistas na Criméia foram enormes, embora tenham afetado a sua própria saúde. Florence conseguiu reduzir taxas de mortalidade entre os soldados britânicos por meio de seus esforços como enfermeira.
 Florence não conhecia o conceito de contato por microorganismos, uma vez que este ainda não tinha sido descoberto, porém, já acreditava em um meticuloso cuidado quanto à limpeza do ambiente e asseio pessoal, ar fresco e boa iluminação, etc.
 Durante sua vida, Florence escreveu intensamente sobre hospitais, medidas sanitárias, saúde e estatísticas de saúde, e especialmente sobre a enfermagem e o ensino em enfermagem. 
 Em 1860 dedicou seus esforços para a criação de uma escola de enfermagem no St. Thomas’ Hospital em Londres, onde:
- As enfermeiras deveriam ser treinadas em hospitais associados com escolas médicas.
- Deveriam ser cuidadosamente selecionadas e deveriam residir em casas de enfermeiras.
- A matrona da escola deveria ter a autoridade final sobre o currículo e sobre o dia a dia da escola.
- O currículo deveria incluir material teórico e experiências práticas.
- Os estudantes seriam obrigados a assistir as aulas, submeter-se a provas orais, escrever artigos e manter diários.
 Florence baseava-se em 4 ideias-chave: O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras; Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de treinamento; O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras profissionais; Deveria ser oferecido às estudantes residência com ambiente confortável e agradável, próximo ao local.
 Florence deu origem às prescrições médicas por escrito e também exigia que suas enfermeiras acompanhassem os médicos em suas visitas aos pacientes. Preconizava a ideia de que a saúde era não apenas estar bem, mas ser capaz de usar toda a nossa capacidade. Florence julgava que o propósito da enfermagem era colocar as pessoas na melhor condição possível para que a natureza possa restaurar ou preservar a saúde, prevenir ou curar as doenças.
 Ela foi reconhecida em 1907 pela Rainha da Inglaterra com a condecoração da Ordem ao Mérito. De diversas formas, Florence projetou a enfermagem como profissão. Ela acreditava que as enfermeiras deveriam gastar seu tempo cuidando dos pacientes, não limpando; que as enfermeiras deveriam continuar estudando ao longo de suas vidas e não se tornar “estagnadas”. Em 1901, completamente cega, parou de trabalhar. Morreu em Londres, em 13 de agosto de 1910, durante o sono, aos 90 anos.
FLORENCE E SUA ABORDAGEM: Antes de seu tempo, o trabalho de cuidar de doentes era realizado por indigentes e bêbados, pessoas incapacitadas a qualquer espécie de trabalho. O que predominava em todo o lugar eram cirurgias sem anestesia, pouca ou nenhuma higiene e a sujeira nos hospitais.
 As crenças de Nightingale acerca da enfermagem constituem o fundamento básico sobre o qual se pratica a profissão atualmente. Sua capacidade de escritora foi bem evidenciada em Notes on Nursing (Notas sobre Enfermagem), aptidão explicada por sua educação, conquistada principalmente por meio dos ensinamentos do pai.
TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE: Enfatizou o ambiente físico preponderantemente em relação ao meio psicológico e social. O ambiente era visto como fator que influencia no organismo. Falava sobre ventilação, ar e água limpos e calor, de modo que o processo de reparação, instituído pela natureza (MEIO), não seja impedido. Além disso cita os elementos ambientais que perturbam a saúde, tais como: sujeira, umidade, baixa temperatura, correntes de ar, emanações, barulho e escuridão. O meio é encarado como uma maneira de estimular o desenvolvimento da saúde.
No âmbito do processo de enfermagem o paciente deve ser encarado no seu contexto.
O ambiente em que se encontrava o paciente, para Florence, era abrangente.
Os 
3
 componentes: FÍSICO, SOCIAL E PSICOLÓGICO precisam ser entendidos com inter-relacionados; e não como partes distintas.
O AMBIENTE
A limpeza do ambiente físico relaciona-se diretamente com a prevenção da
 
doença e as taxas de mortalidade no âmbito do ambiente social da comunidade.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DE SEU MODELO: Moralização da profissão, introduzindo mulheres de classes altas na enfermagem; Promoveu a divisão do trabalho, caracterizando como inferiores as habilidades manuais que aproximavam o enfermeiro do enfermo, desviando suas ações para uma pseudo-administração.
ENFERMAGEM NO BRASIL: Descoberto o Brasil, as primeiras tentativas de colonização incluíram, em seu programa, a abertura de Santas Casas. Incluíam elas hospitais e recolhimento para pobres e órfãos. 
 José de Anchieta, tendo chegado ao Rio na esquadra de Diogo Flores Valdez, trazendo grande número de enfermos, tratou de recolher os mesmos para tratamento, improvisando o núcleo hospitalar que se tornou a grande Casa de Misericórdia (RJ). Plantas medicinais eram utilizadas em cirurgias, nas quais se aplicavam talas de casca de árvores, ligaduras de cipó e ventosas de chifre de boi. Anchieta mencionava a ausência de defeitos físicos entre os selvagens.
 Além do serviço voluntário, os religiosos usavam os serviços de escravos. Em geral, eram analfabetos; outros poucos, mais educados. À medida que chegavam as religiosas ao Brasil, iam lhes entregando os estabelecimentos de assistência (as Santas Casas). 
 Francisca de Sande foi a primeira voluntária de enfermagem no Brasil, tendo vivido na Bahia no fim do século XVII, dedicando sua viuvez ao cuidado dos doentes.
MATERNIDADE E INFÂNCIA: Em 1693, aparece a primeira manifestação oficial de proteção direta à infância do Brasil. Pouco a pouco, com a vinda das Irmãs de Caridade, em 1856, diminuiu consideravelmente a mortalidade infantil.
 Em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à Maternidade que se conhecem na legislação mundial. São elas devidas a José Bonifácio de Andrada e Silva. Referem-se à mãe escrava e dizem: “A primeira escrava, durante a prenhez e passado o 3º mês, não será obrigada a serviços violentos e aturados; no 8º mês, só será ocupada em casa; depois do parto, terá um mês de convalescença e, passado este, durante um ano não trabalhará longe da cria.”. 
ANNA NERY: A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem à primeira enfermeira brasileira, que serviu como voluntária na Guerra do Paraguai.
 Ela viu seus filhos e seus irmãos Manuel serem convocados para a Guerra do Paraguai. Então, escreveu ao presidente da província uma carta em que oferecia seus serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito. Partiu daBahia, de onde nunca saíra, em 1865, para auxiliar o corpo de saúde do Exército. Começou seu trabalho no hospital de Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas. 
 Mulher de posses, com seus recursos montou na capital conquistada, na própria casa onde morava, uma enfermaria limpa e modelar. Ali trabalhou, abnegadamente, até o fim da guerra, na qual perdeu seu filho Justiniano e um sobrinho.
 De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens. Seu retrato de corpo inteiro, obra de Vítor Meireles, figura em lugar de honra no paço municipal de Salvador. Ana Néri morreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de Maio de 1880.
A CRUZ VERMELHA: Instituição universalmente conhecida foi fundada por Henri Dunant (1828-1910).
 Suas ideias floresceram por ter presenciado, em 1859, os resultados desastrosos da batalha de Solferino, onde procurou organizar um serviço de assistência voluntária aos feridos. 
 Em 1863, constituiu Dunant o primeiro Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Uma de suas recomendações foi a criação de sociedades nacionais de socorro aos feridos, para os quais solicitou-se o apoio dos governos. Na conferência de 1864, foi ultimada a Convenção de Genebra e escolhido o emblema da sociedade: cruz vermelha sobre o fundo branco.
 A ação eficiente de Florence na Guerra da Crimeia e a Organização da Escola de Enfermagem estimularam Dunant no prosseguimento de sua iniciativa.
 Durante as duas Guerras Mundiais, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha preocupou-se, em primeiro lugar, com os prisioneiros de guerra, fazendo visitá-los por delegados e instalando, em Genebra, um serviço central de informações que transmitiu milhões de notícias entre os prisioneiros e suas famílias.
 A assistência prevista para os feridos de guerra estendeu-se aos prisioneiros, aos feridos civis, aos deportados, aos refugiados, às populações das regiões ocupadas. Em vários países, a Cruz Vermelha tem fundado e mantido escolas de enfermagem, além de cursos de voluntários.
A CRUZ VERMELHA BRASILEIRA: Seu primeiro presidente foi Oswaldo Cruz, célebre por suas grandes realizações sanitárias. 
 Em 1912, a Cruz Vermelha Brasileira foi reconhecida oficialmente pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Genebra. O setor feminino da Cruz Vermelha resolveu iniciar um curso para o preparo de profissionais: Curso de Auxiliares de Enfermagem (1916). A Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918) incentivou muito o progresso da Cruz Vermelha. Fundaram-se filiais em diversos estados e abriram-se cursos de voluntários. Realizações da Cruz Vermelha Brasileira: Fundação de hospitais de emergência em épocas de epidemias. Hospitais de crianças. Curso de socorrista. Escolas para profissionais. Auxílio a vítimas de desastres, secas e inundações.
ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO BRASIL – ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO: As atividades de enfermagem eram relegadas ao plano doméstico ou religioso, sem nenhum caráter técnico ou científico. Foi caracterizado por um processo de dominação da loucura pela razão. E, na modernidade, loucura diz respeito à psiquiatria: o louco, como doente mental.
 O marco institucional da etapa do processo da dominação da loucura pela razão é a criação por Luiz XIV, em 1656, em Paris, do Hospital Geral. Não se tratava de uma instituição médica, mas de uma estrutura semijurídica, entidade de assistência administrativa.
 No mundo em geral, a compreensão era de que não havia hospital ou prisão para o louco. Ele vivia solto, era um errante, às vezes expulso das cidades, frequentemente vagando pelos campos, entregue a comerciantes, peregrinos ou navegantes.
 Nos primeiros 300 anos da sociedade brasileira inexistia uma política social e sanitária para o índio e para a população negra, para o louco, para o escravo. Os loucos eram colocados nas cadeias com vagabundos, criminosos ou indiciados. 
 O desequilíbrio mental e as personalidades anormais com condutas fortemente desviadas não eram considerados como doença, mas como um desequilíbrio que perturbava a ordem social. A psiquiatria surgiu, então, com a função de tomar para si a normatização social.
 A Sociedade de Salubridade, designada pela Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, protestou, pela primeira vez, contra o tratamento bárbaro dado aos alienados. O médico José Martins da Cruz Jobim fez um relatório e também realizou, pela primeira vez, os escritos sobre as doenças mentais no Brasil. Com a intervenção de José Clemente Pereira, então Ministro da Guerra, e o apoio do jovem monarca Pedro II, somada a pressão da sociedade e dos higienistas, surgiu a ideia da criação do hospício. Porém, essa proteção aos alienados também se apresentou de forma ambivalente com a organização de asilos construídos em locais afastados das cidades, cuja real finalidade era isolar o doente do convívio social, ou melhor, proteger a sociedade. Aos loucos o atendimento era deficiente quantitativamente e qualitativamente; os doentes eram tratados como delinquentes.
→Em 1890 foi criada a Assistência Médico-Legal aos Alienados com Direção do médico João Carlos Teixeira Brandão, que estabeleceu as seguintes modificações:
 1º- Criação de seção masculina cuja vigilância ficou sob a responsabilidade dos “guardas” e “enfermeiros”.
 2º- Dispensou as irmãs de caridade e suas agregadas, até então responsáveis pelo serviço de enfermagem. 
 Esse fato colocou em confronto o poder do Estado e o poder clerical: era uma questão explicitamente política. Com os problemas políticos e financeiros que o Brasil atravessava cada vez mais se deteriorava a assistência aos alienados. Nesse momento de crise de pessoal para cuidar dos doentes mentais, era criada a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, em 1890.
 A formação das enfermeiras era de dois anos, tendo sido a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto a primeira escola de enfermagem no Brasil. Destacou-se, também, na transformação da Psiquiatria no Brasil através do médico Juliano Moreira que inaugurou a psiquiatria.
TRANSIÇÃO MONARQUIA-REPÚBLICA – RIO DE JANEIRO – HIGIENIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO: 
1) TRANSIÇÃO MONARQUIA/REPÚBLICA:
   1.1 .Segundo Reinado de 1870-1889:
 Capitalismo industrial no plano internacional com a generalização do trabalho livre e assalariado tornou a escravidão insustentável. Problemas da mão de obra na economia cafeeira, sustentada pela escravidão. Introdução do trabalho assalariado, desenvolvimento das atividades industriais e o crescimento da população livre e das cidades.
- Lei Eusébio de Queirós (1850): abolição do tráfico negreiro no Brasil; Lei do ventre Livre (1871): liberdade aos filhos de mulheres escravas nascidos a partir da data da lei; e Lei do sexagenário (1885): liberdade aos escravos com mais de 60 anos.
 O escravo não era consumidor e era considerado um entrave à expansão do capitalismo. → Abolição da escravidão em 1888 – LEI ÁUREA – Princesa Isabel.
 Fatores de declínio do Império: o catolicismo, religião oficial do estado brasileiro, instituiu o Padroado: O papa Pio IX proibiu a ligação de católicos com a maçonaria. Não foi obedecido por D. Pedro II, que era maçom. D. Pedro II perdeu o apoio da Igreja católica e dos militares. Várias críticas foram publicadas na imprensa pelos militares. Tal fato culminou em punições e houve revolta. Brasil deixava de ser uma sociedade escrava para ser uma sociedade capitalista.
 Não houve a integração do negro na sociedade sem indenização ou assistência pela escravidão. Surgiram subempregos com baixas remunerações. A maioria dos negros deslocou-se para as cidades, onde ficaram sem emprego e marginalizados.
 * Proclamação da República em 1889 – 15 de Novembro (Golpe Militar).
2) A CIDADE DO RIO DE JANEIRO - HIGIENIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO:
• República Velha: (1889-1930): A maior preocupação quanto à saúde era sanear a cidade e libertá-la dos desequilibrados mentais. A psiquiatria se desenvolveu para normalizar a sociedade na cidade. O serviço de saúde privilegiavao porto como alvo de intervenção por exigência da economia agroexportadora. Havia preocupação com a cidade do Rio de Janeiro por ser a capital da República. Exigiam que acabassem com as ruas estreitas e escuras, bem como os cortiços, ou seja, a preocupação era dirigida à aparência da cidade e não à saúde da população. Faltavam condições higiênicas e a insalubridade era geral. As autoridades sanitárias invadiam as casas para inspecionar as condições de higiene.
 Foram abertas novas avenidas na cidade do Rio de Janeiro. Cortiços foram demolidos. Essa situação levou a população a áreas mais distantes, subúrbios e encostas de morros, onde temos as FAVELAS. A falta de esclarecimento ao público era grande. Foram realizados a vacinação obrigatória e o isolamento forçado dos doentes, tal fato provocou a revolta da população.
 MEDIDAS: Fim do Padroado; Naturalização de estrangeiros; e a Instituição do Casamento e Registro Civil.
ENFERMAGEM NO BRASIL ATRAVÉS DO SÉCULO XX – SAÚDE PÚBLICA – OSWALDO CRUZ E A MISSÃO PARSONS; ESCOLA ANNA NERY: A organização da colônia era voltada para a produção e exportação de gêneros tropicais eram fornecidos ao comércio europeu. Emergiram três grupos sociais: a classe superior representada pelos proprietários rurais; os escravos, índios e negros, que trabalhavam nas terras; e a classe flutuante, composta por um aglomerado de mestiços sem posição social.
 As ações de saúde estavam vinculadas aos rituais místicos, realizados nas tribos pelos pajés e feiticeiros, e às práticas domésticas desenvolvidas pelas mulheres índias para o cuidado de velhos, crianças e enfermos.
 Com a chegada do colonizador europeu e do negro africano, doenças infecto-contagiosas, como tuberculose, febre amarela, varíola, lepra e doenças venéreas, passaram a compor o cenário brasileiro, iniciando as epidemias e a extinção dos nativos. Somente com a chegada do Príncipe Regente é que o ensino médico teve início no Brasil. Foi estabelecido pelos jesuítas e houve a formação das Santas Casas de Misericórdia.
 Tanto as Santas Casas de Misericórdia quanto os hospitais militares eram mantidos por iniciativa privada e filantrópica (amor à humanidade). Os médicos eram figuras esporádicas (só apareciam às vezes) nos hospitais.
 Os países que comercializavam com o Brasil advertiam constantemente a persistência de epidemias e endemias que ameaçavam não só as tripulações dos navios como as suas populações. A mão de obra da população dos grandes centros urbanos era considerada importante para o desenvolvimento industrial e estava em um estágio de calamidade pública em relação às condições de higiene. Logo, a disponibilidade de trabalhadores sadios não era equivalente às necessidades capitalistas da época.
 O Serviço de Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, principal porta de entrada de doenças, já existia desde 1828, mas sua atuação era deficiente.
 A Escola de Enfermagem Anna Nery, em 1923, primeira escola de enfermagem baseada na adaptação norte-americana com atuação inicial na área de Saúde Pública, tornou-se a “escola padrão” para as que se espalharam por todo o Brasil. Para muitos, ser enfermeira naquela época subentendia ser formada pela Escola de Enfermagem Anna Nery. A Escola amplia as características próprias das candidatas de acordo com a posição social ocupada por elas na sociedade. Nesse período, vamos encontrar a enfermagem profissional voltada para a área de ensino e de saúde pública, enquanto nos hospitais predominava a prática leiga e subserviente da enfermagem, por religiosas.
 Oswaldo Cruz e Carlos Chagas foram responsáveis pela criação da medicina preventiva e pela formação da enfermagem em saúde pública no Brasil.
 OSWALDO CRUZ realizou grandes feitos contra a febre amarela. Criou o Instituto de Pesquisas que hoje tem seu nome, conhecido pelo local onde foi construído: Manguinhos. A Fundação Oswaldo Cruz – Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
 Em 2 de Janeiro de 1920 foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública. Por iniciativa de CARLOS CHAGAS, então diretor do Departamento, e com a cooperação da Fundação Rockefeller, chegou ao Rio de Janeiro, em 1921, um grupo de enfermeiras norte-americanas que iniciou um curso intensivo de enfermeiras visitadoras.
 A primeira orientadora das enfermeiras entre nós foi Ethel Parsons, a qual fundou, junto com Carlos Chagas, a Escola de Enfermagem Anna Nery, hoje pertencente à UFRJ.
 A formação técnica em enfermagem de saúde pública abrange, em teoria e prática, cursos básicos em escolas de enfermagem e cursos de especialização. A eficiência do treinamento depende de unidades sanitárias em bom funcionamento, demonstrando a aplicação prática dos conceitos. A cooperação de sanitaristas, enfermeiras de saúde pública, escolas de enfermagem e poderes públicos, reunindo todos os esforços e recursos, tornará possível introduzir, no setor de saúde pública, reformas que garantirão o melhoramento do exercício e do ensino de enfermagem de saúde pública no Brasil.
ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO – DEFINIÇÃO E CARCTERÍSTICAS: Os desenvolvimentos históricos da Enfermagem e da Medicina se entrelaçam. A medicina preocupa-se com o diagnóstico e o tratamento (a cura, quando possível) da doença. A enfermagem preocupa-se com os cuidados à pessoa em uma variedade de situações relacionadas à saúde. A medicina se envolve com a cura do cliente e a enfermagem com o cuidado dele. 
 Avanços tecnológicos desde a década de 50 com o final da 2º Guerra Mundial. Ex: aneurisma de aorta – década de 50 para o século 21; garrote para bebê; cama para banho no leito. Tudo isso gerou ampliação de responsabilidades para a enfermagem.
 Enfermeira é uma pessoa que nutre e protege, ou seja, uma pessoa preparada para cuidar dos enfermos, dos deficientes, idosos, adultos, jovens e crianças. “Enfermeira” é uma palavra derivada do latim nutrix que significa “mãe enfermeira”. Em outros dicionários há o significado de Amã ou nutriz – Imagem Feminina: MULHER. Atualmente, o Conceito enfermeira (o) possui outras conotações inerentes ao sexo (masculino ou feminino).
 “A função única da enfermeira é assistir o indivíduo, doente ou sadio, no desempenho daquelas atividades que contribuem para a sua saúde ou recuperação (ou para a sua morte tranquila) que ele seria capaz de realizar por si próprio, caso tivesse a força necessária, o desejo ou o conhecimento. E deve fazê-lo de tal modo a auxiliá-lo a adquirir a independência o mais rápido possível.” (1958 – Virginia Henderson).
Qualquer definição de enfermagem deve indicar que se trata de uma arte e uma ciência:
ARTE no sentido de que é composta de habilidades que exigem a excelência e a proficiência para a sua execução.
CIÊNCIA no sentido de que exige conhecimento sistematizado obtido a partir da observação, do estudo e da pesquisa.
Falhas que decorrem nos últimos anos: Surgimento de determinadas profissões através da enfermagem. Exemplo: fisioterapia, nutrição e fonoaudióloga; Tentativa de realizar procedimentos que não competem à sua profissão; e Falta de registro no próprio atendimento.
Em geral, uma profissão deve ter como características: Possuir um corpo de conhecimento bem organizado e bem definido; Ampliar o corpo de conhecimento sistemático e melhorar o ensino e os serviços através do uso do método científico; Formar seus profissionais em instituições de ensino superior; Funcionar de maneira autônoma na formulação de políticas profissionais e no controle da atividade profissional; Criar, dentro do grupo, um código de ética; e Lutar para garantir autonomia, desenvolvimento profissional continuado e segurança econômica aos profissionais. OBS: A enfermagem não possui um CORPO DE CONHECIMENTO ESPECIALIZADO. Utiliza-se de diversas áreas para explicar seu corpo de conhecimento. 
AS TRADIÇÕES DE ENFERMAGEM:
O BROCHE DA ENFERMAGEM: Pode datar do tempo das Cruzadas, quando os Cruzados, marchando até Jerusalém para reaver a Terra Sagrada, tiveram cruzes gravadas em suas cabeças ou peitos como símbolosde boa fortuna. Após a captura de Jerusalém em 1099, alguns dos Cruzados notaram o excelente cuidado de enfermagem fornecido pelo St. John Hospital e decidiram incorporar o grupo de enfermagem. Um uniforme foi concebido para o grupo que incluía uma túnica negra com uma Cruz de Malta branca no peito. 
A TOUCA DE ENFERMAGEM: A touca branca da diaconisa dos primórdios da Era Cristã e o véu de freira da Idade Média são apontados como os precursores da touca de enfermagem. Era considerado próprio para as mulheres manter a cabeça coberta naqueles dias. A touca adquirida pelos estudantes em Kaiserwerth, quando Florence Nightingale era uma estudante, tinha forma de um capuz, com um franzido em volta da face, e era amarrado em baixo do queixo. Além disso, o corte curto de cabelo não era aceitável para as mulheres e o uso de uma cobertura na cabeça ajudava a prender o cabelo.
O UNIFORME DE ENFERMAGEM: Oriunda da história religiosa e militar. O uniforme fornece uma mensagem forte, não verbal, sobre a imagem de alguém. A enfermeira vestida em um uniforme branco, nos anos 50 e 60, veiculava uma impressão de confiança, competência, profissionalismo, autoridade, atribuições e responsabilidade.
A LÂMPADA: É o símbolo significante ou dominante (de maior relevância) da enfermagem e Florence Nightingale, o mito da categoria. A cerimônia da lâmpada era realizada durante as solenidades de formatura e tinha como objetivo homenagear a aluna que, durante a formação, havia “incorporado”, de maneira exemplar, os princípios apregoados por Florence Nightingale. Essa aluna passava a ser a Dama da Lâmpada e conduzia, em silêncio, a lâmpada acesa por entre as alunas que formavam um corredor, levando-a até a mesa onde estavam as autoridades presentes. Essa lâmpada permanecia acesa durante toda a solenidade de formatura, remetendo o espírito de “doação” e de “amor” com que Florence cuidou dos doentes.
HISTÓRIA DO CUSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA ESTÁCIO: A enfermagem nasce como um serviço organizado nos primórdios do cristianismo, através do sistema de diaconato. Com um corpo de conhecimento organizado, com o sistema Nightingaleano, a enfermagem atinge o status de profissão e se expande no mundo com a denominação de “Enfermagem Moderna”.  
 Somente no início do século XX, é que surgiu, no ano de 1923, na cidade do Rio de Janeiro, uma escola na área de saúde pública (Escola Ana Néri). O surgimento do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) e a criação da Escola de Enfermagem Ana Néri representaram o verdadeiro marco referencial da enfermagem profissional no Brasil. 
 A sociedade brasileira no início do século XX tinha como sustentáculo, tanto no plano político quanto no plano econômico, o setor agrário-exportador cafeeiro. Tal fato tem uma repercussão em relação à saúde, pois na medida em que se alastravam as epidemias e endemias nas cidades portuárias, constituía uma ameaça concreta à sobrevivência dessa economia. Nesse contexto, a saúde pública cresceu como uma questão social juntamente com o capitalismo. 
 O modelo de enfermagem anglo-americano, implantado na capital do Brasil no início da década de 1920, ocorreu em uma conjuntura de forte influência americana nos domínios da economia e da tecnologia. Para efetivar seu projeto, a Missão Parsons atuou simultaneamente em três frentes de trabalho: Organização de um serviço unificado de enfermeiras (na área de saúde pública) que fazia a visitação domiciliar para controle sanitário na cidade do Rio de Janeiro e promovia orientações de cunho educativo; Criação da escola padrão pelo DNSP; e reorganização de um Hospital Geral da Assistência do DNSP cujo propósito era promover um campo de estágio favorável às alunas ingressantes.
 Somente com a implantação de programas de formação acadêmica podemos fornecer ao espaço social um conhecimento com nível de impacto exequível às inovações técnicas e científicas. Portanto, a formação da enfermeira em pleno século XXI deve vislumbrar uma incessante aquisição de conhecimentos de modo a atuar efetivamente na equipe de saúde.
 Nesse sentido, o currículo do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estácio de Sá implementa concepções pedagógicas problematizadoras, cujo enfoque parte da base que, em um mundo de mudanças rápidas, o importante não são os conhecimentos ou ideias, nem os comportamentos corretos e fáceis que se espera, mas sim o aumento da capacidade do aluno para detectar os problemas reais e buscar para eles soluções originais e criativas. Por essa razão, a capacidade que se deseja desenvolver é a de se fazer perguntas relevantes em qualquer situação, para entendê-las e ser capaz de resolvê-las. 
 As enfermeiras devem estar preparadas para compreender, discutir e decidir com um enfoque humanístico, tecnicamente correto, legalmente e eticamente apoiado e, principalmente, com suas bases científicas devidamente fundamentadas.
 O Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estácio de Sá foi autorizado pela Resolução nº. 32/CONSUNI/AR, de 07 de março de 1997, tendo sido implantado somente no segundo semestre do ano de 2000, quando a Universidade considerou haver condições técnicas e operacionais adequadas para implantação do curso.
 Formar enfermeiros qualificados para atuar em todos os níveis de complexidade da assistência ao ser humano em sua integralidade, no contexto do Sistema Único de Saúde e do sistema de saúde complementar, numa perspectiva crítico-reflexiva-criativa, compromissado com a qualidade de vida da população.
 Tem-se a intenção de desenvolver a proposta da Educação Problematizadora, também chamada de Libertadora por Paulo Freire. Dessa forma, Freire contribui afirmando que para se exercer um ato comprometido este necessita de sua atuação e reflexão. É essa capacidade de atuar, operar e transformar a realidade de acordo com finalidades propostas pelo homem, à qual está associada sua capacidade de refletir, que o faz um ser da práxis (ação, atividade prática). 
 A Pedagogia Problematizadora traz no seu bojo um modelo de processo ensino-aprendizagem que se dá numa relação entre dois elementos: um sujeito que aprende e um objeto que é aprendido, tendo-se em conta os padrões culturais dos elementos envolvidos no processo. Propõe o aluno como construtor do seu conhecimento a partir da reflexão e indagação de sua prática. Isso porque Freire vai além, ressaltando que, para problematizar o melhor ponto de partida para estas reflexões é a não conclusão do ser humano de que se tornou consciente. 
 Traz também o professor como orientador-condutor do processo, um provocador de dúvidas, organizando sistematicamente uma série gradual e encadeada de situações observadas numa realidade, através de sucessivas aproximações, desencadeando um processo de ação. Essa proposta pedagógico-metodológica baseia-se na tríade ação-reflexão-ação, considerando que a aprendizagem se dá a partir de uma realidade vivenciada, que é problematizada, teorizada, refletida e transformada. A adoção dessa concepção de ensino-aprendizagem produz no aluno um espírito crítico e investigativo, transformando-o em agente ativo da sua formação. 
 Assim, o Curso de Graduação em Enfermagem da UNESA busca a formação de enfermeiros generalistas, humanistas, criativos, críticos e reflexivos, orientados para atuar com senso de responsabilidade social, ética e compromisso com a cidadania. 
 Entendemos que a área de saúde é essencialmente interdisciplinar. A interdisciplinaridade no ensino de saúde implica a integração disciplinar – currículo integrado – em torno de problemas oriundos da realidade de saúde, onde os conteúdos das disciplinas que auxiliam na compreensão daquela realidade de saúde interagem dinamicamente estabelecendo entre si conexões e mediações. Nessa proposta, o princípio da hierarquia entre as ciências é substituído pelo princípio da cooperação, possibilitando a transitividade interna entre fragmentos de ciência, conceitos e linguagens. 
 Além disso, este curso de graduação possui um perfilmulticampi, ou seja, há a presença de diversas unidades de ensino superior na enfermagem em diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro em que a UNESA foi pioneira.
O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E SUAS CONQUISTAS: 
► Reconhecer as múltiplas dimensões da prática profissional (técnica/científica, ética, social, política) 
► A interdisciplinaridade como realidade na ótica pluralista das concepções de ensino.
► A importância do raciocínio clínico ampliado
►A indissociabilidade entre as bases biológicas e sociais da atenção à saúde/enfermagem.
►Valorização da articulação teoria e prática, contemplando a articulação da pesquisa com o ensino e a extensão.
►Diversificação de cenários de atenção à saúde (visualizado inclusive nas peculiaridades entre os campi).
►Utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, saindo do pólo do ensino para o da aprendizagem e da centralidade do professor para a centralidade do aluno como sujeito e cidadão e a flexibilidade curricular.
 Tal fato nos permite afirmar que a universidade possui um olhar interdisciplinar que busca a articulação contínua das disciplinas visando à formação de um aluno de enfermagem que busca sua emancipação e desenvolvimento como cidadão.
 Segundo Pinhell e Kurcgantll assim se concretizará um novo modo de pensar e de agir na educação em enfermagem, objetivando a melhoria no atendimento das demandas sociais, com a construção de competências ético-sociais, envolvendo a capacidade de colaboração e cooperação com o outro (estudantes, usuários, docentes e demais profissionais), estabelecendo relações humanas participativas e construtivas, assumindo a responsabilidade de ser um agente transformador social sob a égide da ética, especialmente a ética no cuidado, respeitando a autonomia, a diversidade e a responsabilidade nas relações com o outro. 
 No entanto, sobre a importância da Educação à Distância no Curso de Graduação em Enfermagem da universidade, percebemos que o uso das novas tecnologias para educação à distância tornam possível concatenar conhecimentos norteadores de uma prática profissional engajada no mercado de trabalho. É a possibilidade da inclusão digital sem deixar de fomentar novas questões dentro da prática educativa via web que busca inserir o discente num mercado de trabalho conectado à interatividade da construção do conhecimento. 
 A educação à distância tem desempenhado uma ampla adequação nas modalidades de ensino tanto de cursos de graduação como em cursos de extensão oferecidos pelas instituições de ensino. Tal fato tem exigido dos serviços de saúde e, também, da equipe enfermagem uma qualificação diferenciada, visando à atualização com novas tecnologias oferecidas. 
A MEDICALIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE: O empobrecimento da população, nos últimos anos, fez com que as pessoas limitassem seus gastos a itens básicos de sobrevivência. O orçamento de verbas necessárias à manutenção da capacidade operacional das instituições públicas mostra-se afetado pelo processo inflacionário. A previsão de recursos para os serviços de saúde das instituições públicas não atende ao programado.
 Os primeiros anos da década de 90 denunciam a falta de respeito da classe política com as instituições de saúde. Em contrapartida, os meios de comunicação anunciam e vendem planos de saúde com promessa de atendimento de alto nível. A atual política de desmoralização dos serviços públicos de saúde vem atender aos interesses dos grupos empresariais do setor.
 SABER MÉDICO: traz sérios problemas ao relacionamento multidisciplinar e grandes prejuízos à clientela. A medicalização do Sistema de Saúde é um comportamento profissional elitista e preconceituoso, que é cultuado na estrutura do sistema de formação médica e causa profundos danos na assistência multiprofissional nas necessidades do paciente, família e sociedade.
 Favorecimento de indústrias médico-hospitalares e farmacêuticas; Deficiência na relação médico-paciente; Ausência de comunicação com o cliente. Surgem os profissionais especializados em uma única área; O homem que apresenta um problema de saúde passa a ser considerado um instrumento de produção de riquezas, com características consumistas. Ocorre uma nova epidemia: Manifesta sob a forma de invalidez, exclusão social e angústia que são produto do diagnóstico e tratamento inadequados.
 O enfermeiro funciona como mediador entre as inconsequências médicas, a ética e o paciente. A falta de segurança no argumento teórico do enfermeiro faz com que este assuma uma postura passiva diante da dúvida para execução das prescrições médicas. Os avanços tecnológicos em saúde, com a utilização de equipamentos eletrônicos sofisticados, estão sugerindo a mecanização do trabalho da equipe de enfermagem.
 Para que novos procedimentos sejam realizados, são elaboradas rotinas de serviço que caracterizam o trabalho do técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem como atividade de atendimento às necessidades do médico e não do paciente
 O despreparo do pessoal é disfarçado pela falta de manutenção do equipamento especializado. 
 É frequente a ocorrência de omissão de atendimento, situação em que o cliente passa por períodos de até sete dias sem visita ou prescrição médica. São rotineiras as avaliações e prescrições de medicamentos sem que o médico sequer entre na enfermaria para ver o doente. Falta de organização e supervisão da equipe médica no serviço público contribui para incidência de casos agravados, o que dificulta o serviço de enfermagem. E falta preparo do médico para prescrição do cliente. 
Posição atual de alguns profissionais de enfermagem:
- O saber da enfermagem é ampliado através do exercício crítico da assistência sistematizada do cliente.
- Discussão da prática, na prática.
- Parte para o exercício político de uma atividade social de importância singular na preservação da qualidade de vida e saúde da sociedade.
- A evolução acadêmica na formação de enfermeiros em cursos de pós-graduação já demonstra seus reflexos no perfil social da profissão (escalões federais, estaduais, municipais e projetos ousados na iniciativa privada).
Importante saber: A enfermagem é uma atividade que permanece estável em sua essência, pois a humanização do cuidado e a ajuda ao cliente não pode ser atribuída a máquinas. É a enfermagem que sustenta a atenção e apoio, tão necessário ao conforto e segurança do cliente, família e comunidade.

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