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Discutidos os principais aspectos ligados à Microeconomia PIB

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1 
 
Discutidos os principais aspectos ligados à Microeconomia, vamos agora 
passar à Macroeconomia 
 
No início do século XXI, a abordagem dos economistas tem-se dirigido à Nova 
Economia, à tecnologia da informação, ao ajuste externo e interno, à globalização dos 
mercados, etc. Assistimos às evidências do impacto dessas mudanças no nosso dia-a-
dia, às vezes, sem nos preocuparmos muito com as conseqüências. Por isso, fazemos 
diversas indagações: 
 
1. quais são exatamente os efeitos dessas mudanças?; 
2. como elas podem afetar os padrões de vida e a taxa de crescimento da 
economia?; 
3. como estas mudanças na economia atingem o emprego e o desemprego, os 
preços e o equilíbrio do balanço de pagamentos?; 
4. por que razão as rendas são atualmente mais elevadas do que em 1970 e por que, 
em 1970, eram mais altas do que tinham sido em 1930?; 
5. ainda, por que razão alguns países têm inflação, alta enquanto outros têm preços 
estáveis?; 
6. quais as causas da recessão e da depressão, e como as políticas públicas podem 
evitá-las?; 
7. por que a região onde você mora é mais ou menos desenvolvida? 
 
Todas as questões levantadas acima estão no campo da Macroeconomia. Não estamos 
mais preocupados em compreender ou discutir as unidades de forma isolada. Estamos, 
sim, analisando algo sobre a Economia como um todo: o sistema econômico completo 
(agregado). 
Na Macroeconomia, são observados os pontos principais da análise do equilíbrio parcial 
e geral, levando-se em conta a busca do pleno emprego. 
 
Como explicar taxas tão elevadas de desemprego no Brasil e no mundo? Várias são as 
explicações para a questão do desemprego. Em muitos casos, a razão é atribuída ao 
próprio indivíduo, por não estar preparado para as exigências do mercado de trabalho ou 
por não aceitar reduções salariais. 
 
Na verdade, trata-se da “dança das cadeiras”, conforme argumentou Souza (2000). Será 
que, por mais preparado que o indivíduo esteja, haverá local para ele sentar-se? Do 
ponto de vista individual, estar melhor preparado significa a possibilidade de primeiro 
sentar-se na cadeira. Contudo, devemos analisar a questão na totalidade, ou seja, se a 
economia não é capaz de gerar cadeiras suficientes, inevitavelmente, pessoas ficarão de 
pé, por mais preparados que estejam. Bom, mas aí argumentam que é a inovação 
tecnológica que destrói as cadeiras existentes na economia; o trabalho humano passa a 
ser substituído por máquinas. Estaríamos vivendo a época do fim do emprego, ou seja, 
nada podemos fazer, e o desemprego é algo inevitável. 
 
Novamente, ao observarmos a questão do ponto de vista individual, a inovação 
tecnológica causa desemprego. Contudo, ao mesmo tempo em que destrói, cria novos 
produtos, empresas, atividades econômicas e empregos. Em outras palavras, a inovação 
tecnológica, embora possa modificar o nível de emprego, não determina, a priori, seu 
resultado. Generalizando, os vários argumentos, tais como rigidez no mercado de 
trabalho, altos encargos trabalhistas, salários nominais rígidos, etc., são facilmente 
refutáveis e não determinam, a princípio, o nível de emprego. 
2 
 
 
O que queremos argumentar é que estar ou não empregado não é uma mera escolha 
individual. O aumento do nível de emprego ocorre quando a taxa de expansão da 
economia supera o aumento da produtividade do trabalho (que significa um mesmo 
indivíduo passar a produzir mais no mesmo espaço de tempo, fruto de inovações 
tecnológicas). Simplificando, o aumento da produtividade dispensa cadeiras. Contudo, o 
crescimento econômico deve ser capaz de gerar cadeiras suficientes para compensar as 
perdas e ainda absorver os jovens entrantes no mercado de trabalho. 
 
Deparamo-nos, então, com duas variáveis que, de fato, determinam, a priori, a 
quantidade de cadeiras existentes na economia: o crescimento econômico e a 
produtividade do trabalho. E quem são os “atores” que decidem sobre essas variáveis? 
 
Como anteriormente afirmamos, a inovação tecnológica, a princípio, não determina o 
nível de emprego. Essa é uma faceta menos grave do problema. A outra é a questão do 
crescimento econômico. Vamos considerar como dada a variável produtividade. Caso 
não houvesse um crescimento da economia suficiente para absorver os entrantes no 
mercado de trabalho, inevitavelmente teríamos desemprego, pois não haveria emprego 
para os novos profissionais. Percebe-se que isso é o que acontece no Brasil atualmente. 
Dessa forma, a questão agora é entender o porquê de taxas tão medíocres de 
crescimento, como por exemplo, o da economia brasileira, principalmente nos anos 
1990 – justamente a década em que assistimos a uma das maiores taxas de desemprego 
de nossa história. Agora, trata-se de uma escolha, principalmente, política. Em suma, a 
verdadeira explicação para o desemprego é justamente a estagnação do crescimento 
econômico. 
 
Os conceitos mais abrangentes de política são úteis para definirmos política econômica, 
dado que esta não pode ser vista como um conjunto de procedimentos estanques e 
isolados. A política econômica abrange uma das partes integrantes da política pública. 
Situa-se no campo da Economia Normativa, por se sustentar não apenas no 
conhecimento positivo da Economia, mas também em juízos de valor, decorrentes de 
posições filosóficas e culturais assumidas pelos formuladores. 
 
Para ser direto, podemos resumir os objetivos da política econômica em quatro, a saber: 
 
 crescimento da produção e do emprego; 
 controle da inflação; 
 equilíbrio nas contas externas; e 
 melhor distribuição da renda gerada no país. 
 
 
Note-se que os objetivos de política econômica são amplos. Segundo Lanzana (2002), 
“[...] é preciso ter consciência de que os objetivos de política econômica não são 
independentes, sendo, no mais das vezes, conflitantes”. 
 
O crescimento econômico é expresso usualmente por intermédio do acompanhamento 
de algumas variáveis, traduzidas em indicadores. As análises macroeconômicas 
tomaram impulso com o desenvolvimento da chamada contabilidade nacional, ou seja, 
de um instrumental capaz de mensurar a totalidade das atividades econômicas 
praticadas em um determinado período de tempo. O crescimento econômico está entre 
3 
 
as metas dos formuladores da política econômica e refere-se à expansão da produção do 
país, uma quantidade maior de bens e serviços à disposição da sociedade. 
 
O Sistema de Contas Nacionais, tal como é empregado no Brasil e no resto do mundo, 
deve-se aos trabalhos de vários economistas que se dedicaram à tarefa de homogeneizar 
a linguagem e definiram as principais variáveis como: consumo, investimento, renda, 
poupança, produto interno e nacional. 
Se observarmos o comportamento da economia de um determinado país, facilmente 
notaremos que as atividades econômicas oscilam com o decorrer do tempo. Para medir 
as oscilações referidas, entre os vários tipos de indicadores, um dos mais representativos 
desta performance é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado trimestralmente e que 
deve ser acompanhado com atenção. 
 
Sistema de Contas Nacionais (SCN): que segue o 
Manual de Contas Nacionais das Nações Unidas com 
o objetivo de evidenciar o processo produtivo e de 
melhor descrever todos os fluxos entre os agentes 
econômicos que ocorrem em uma economia. Fonte: 
http://www.ibge.gov.br/ 
 
O PIB faz uma radiografia de toda atividade econômica. 
O PIB é identificado como o valor monetário de todos os bens e serviços finais 
produzidos em um país em dado período de tempo. Dividindo-se o PIB pela população 
residente no país, você acha o PIB per capita. 
 PIB Per Capita 
O PIB per capita é calculado a partir da divisão doPIB pelo número de habitantes da 
região e indica quanto cada habitante produziu em determinado período. 
Cálculo do PIB per capita 
PIB per capita = PIB / N 
N = Número de habitantes 
PIB per capita: indicador de qualidade de vida 
O PIB per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em 
um país. Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos 
habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda total é dividida 
por muitas pessoas. 
O PIB per capita é um bom indicador de qualidade de vida? 
O PIB per capita é frequentemente usado como um indicador de qualidade de vida, 
seguindo a ideia de que os cidadãos se beneficiariam de um aumento na produção 
agregada do seu país. Similarmente, o PIB per capita não é uma medida de renda 
pessoal. Entretanto, o PIB pode aumentar enquanto a maioria dos cidadãos de um país 
4 
 
ficam mais pobres, ou proporcionalmente não tão ricos, pois o PIB não considera o 
nível de desigualdade de renda de uma sociedade. 
O PIB não leva em consideração diferenças na distribuição de renda entre pobres e 
ricos. Entretanto, diversos economistas ressaltam a importância da consideração sobre 
desigualdade sobre o desenvolvimento econômico e social de longo prazo. 
PIB Brasileiro 
PIB Brasileiro Anual 
 
Variação Histórica do PIB Brasileiro 
2000 4,30 - - - - - - - - - - - 
2001 1,30 - - - - - - - - - - - 
2002 2,70 - - - - - - - - - - - 
2003 1,10 - - - - - - - - - - - 
2004 5,70 - - - - - - - - - - - 
2005 3,20 - - - - - - - - - - - 
2006 4,00 - - - - - - - - - - - 
2007 6,10 - - - - - - - - - - - 
5 
 
2008 5,20 - - - - - - - - - - - 
2009 0,30 - - - - - - - - - - - 
2010 7,50 - - - - - - - - - - - 
2011 2,70 - - - - - - - - - - - 
2012 1,00 - - - - - - - - - - - 
2013 2,30 - - - - - - - - - - - 
 
Hipoteticamente, podemos dizer que, se a produção de bens e serviços de um país 
cresce mais rapidamente que a taxa de crescimento da população, em média, a produção 
por pessoa deve aumentar. Contudo, lembre-se de que o que importa para as pessoas é o 
valor real da moeda, traduzido no poder de compra da sua renda (salários, juros e 
aluguéis). Onde estiver ocorrendo um processo de mudança de preços (inflação ou 
deflação), vamos falar em PIB real. Portanto, o PIB real deve ser compreendido como 
uma medida de produto que leva em conta as alterações dos preços e não pode ser 
desprezado. 
 
Existem três formas de medir a atividade econômica 
de um país: a ótica da produção, que é o próprio 
conceito de PIB; a ótica da renda, que se refere à 
remuneração dos fatores que participam do processo 
de produção como salários, juros, aluguéis e lucro; e 
a ótica da despesa, que se refere aos agentes que 
compram a produção – como as famílias, o 
investimento das empresas, os gastos do governo e as 
exportações e importações. 
 
Mas o que determina o crescimento? 
 
Como explicitado anteriormente, a variação do PIB é a medida do crescimento 
econômico. Assim, é necessário determinar quais são os componentes do PIB para saber 
o que realmente determina o crescimento econômico de um país. A seguinte equação 
representa os condicionantes do crescimento econômico: 
 
PIB = consumo das famílias + gasto do governo + investimento das empresas + 
exportação líquida. 
 
Vamos analisar, agora, cada um dos componentes separadamente. 
 
Consumo das famílias: ao se apropriarem de suas rendas, as famílias destinam uma 
parte ao consumo de bens e serviços. Quanto mais as famílias consumirem, mais as 
empresas terão que produzir para suprir as demandas por bens e serviços das pessoas. 
Vale ressaltar que famílias de baixa renda tendem a consumir proporcionalmente mais 
de suas rendas, pois não adquiriram todos os bens de que necessitam. Destaca-se, então, 
6 
 
a importância de uma distribuição de renda eqüitativa no país, pois famílias de baixa 
renda consomem pouco e, caso tenham incrementos em seus ganhos, passarão a 
consumir mais, impulsionando o crescimento econômico. 
 
Investimento das empresas: é uma das mais importantes variáveis para o crescimento 
de um país. Ao investirem, as firmas elevam o nível de emprego, produto e renda. As 
indústrias, na maioria das vezes, não possuem recursos suficientes para realizar seus 
planos de investimento e, com isso, precisam recorrer a empréstimos junto às 
instituições financeiras, pagando uma determinada taxa de juros pelo dinheiro que 
tomam emprestado. Ao fazerem seus planos de investimento, as empresas calculam, 
aproximadamente, a rentabilidade que tal investimento vai lhe proporcionar. Caso a 
lucratividade do investimento seja maior que os juros que deverão ser pagos pelo 
financiamento, a empresa realizará seus planos; caso contrário, tal investimento torna-se 
inviável. Portanto, para que exista um nível de investimento elevado na economia, é 
necessário que se mantenha a taxa de juros baixa. 
 
Gasto público: ao fazer obras, construir, operar suas estatais, etc., o governo está 
empregando mais pessoas, expandindo o nível de emprego e, ao mesmo tempo, dando 
condições para que as empresas produzam mais. Assim, ao comprar e produzir mais, o 
governo causa uma elevação da produção e do nível de emprego, e aumenta o nível de 
renda da economia. 
 
Exportação líquida: são as exportações menos importações de um país. Quanto maior 
o saldo, maiores o nível de emprego e o crescimento econômico, já que a produção deve 
aumentar; quanto menor o saldo, menor o nível de emprego, pois produtos que eram 
produzidos aqui passam a ser comprados do exterior, piorando a produção da economia. 
É óbvio que nenhum país fica sem comprar e vender para o exterior, mas o ideal é 
aumentar o nível de exportações e diminuir o de importações. O Sistema de Contas 
Nacionais e a conseqüente mensuração dos agregados possibilitam uma avaliação 
quantitativa do produto que uma economia pode ser capaz de gerar num determinado 
período de tempo. Tal medida vem sendo considerada um importante indicador de 
desempenho econômico e mostra a capacidade de geração de renda das economias. 
Portanto, quando o objetivo da política econômica for de crescimento econômico, 
automaticamente, se estará procurando expandir o nível de produção e, 
conseqüentemente, o nível de emprego da economia. 
 
A mensuração das variáveis econômicas possibilita a avaliação quantitativa do produto 
que uma economia se torna capaz de gerar num determinado período de tempo. Tal 
medida é considerada um importante indicador de desempenho econômico e identifica 
a capacidade de geração de renda da economia. Entretanto, se a preocupação for com 
a qualidade de vida da população, o produto agregado mostra-se inadequado. 
 
Na avaliação da qualidade de vida da população, faz-se necessário considerar não 
apenas os aspectos econômicos, mas também aqueles ligados à oferta de bens públicos, 
como saúde e educação, que afetam diretamente o bem-estar. A utilização de 
indicadores sociais como parte da avaliação da riqueza de uma região insere-se na 
discussão entre crescimento e desenvolvimento econômico. 
 
A preocupação com o bem-estar da sociedade nos remete ao confronto de dois 
importantes conceitos: crescimento econômico versus desenvolvimento econômico. 
7 
 
Desse modo, observa-se nas sociedades em fase de desenvolvimento ou 
subdesenvolvidas a ocorrência de crescimento sem desenvolvimento. Se o crescimento 
for muito concentrado, isto é, mal distribuído, a maior parte da população não se 
beneficia da elevação da renda gerada na economia. 
 
Vale a pena observar que uma das formas de avaliar o desenvolvimento é acompanhar aevolução de alguns indicadores relativos à saúde e à educação, porque seu 
comportamento fornece uma boa aproximação do que está ocorrendo com a qualidade 
de vida da população. 
 
Algumas instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento – PNUD –, vêm divulgando sistematicamente dados 
como os de expectativas de vida, mortalidade infantil, condições sanitárias, nível e 
qualidade da educação do país. 
 
Tais estatísticas, além de permitirem avaliar a qualidade de vida de um país, 
possibilitam comparações entre os países e fornecem uma idéia mais precisa do que 
vem a ser caracterizado como um país desenvolvido. 
 
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado nos Relatórios do Programa 
das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, tem como objetivo avaliar a 
qualidade de vida nos países. O PNUD calcula o IDH desde o início dos anos 1990 e, 
atualmente, o estima para muitos outros países. 
 
O IDH agrega, em sua metodologia de cálculo, três variáveis: 
 
 indicador de renda: é a renda per capita, ajustada para refletir a paridade do 
poder de compra (PPP) entre os países (portanto, renda avaliada em US$ PPP); 
 indicador das condições de saúde: é a expectativa de vida (índice de 
longevidade); e 
 indicador das condições de educação: é uma média ponderada de outros dois 
indicadores, a taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada de matrícula 
nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior. 
 
O IDH varia de zero a um e permite classificar os países em três grupos distintos: baixo 
desenvolvimento: IDH menor ou igual a 0,5; médio desenvolvimento: IDH entre 0,5 e 
0,8; e países de alto desenvolvimento: IDH maior que 0,8. 
 
Cálculo do PIB pela ótica da demanda 
 
De acordo com a ótica da demanda, o valor do PIB é calculado a partir das despesas em 
bens e serviços de utilização final contraídas pelos diversos agentes econômicos. É 
importante salientar que esse tipo de cálculo exclui todos os bens e serviços 
intermediários utilizados na produção dos bens e serviços finais. 
 
Segundo a ótica da demanda, o PIB corresponde à despesa interna total do país, que 
inclui a despesa das famílias em bens de consumo (consumo privado), a despesa do 
Estado em bens de consumo (consumo público) e a despesa das empresas com 
investimento em bens de capital (formação bruta de capital fixo) e em existências de 
matérias-primas e produtos (variação de existências). 
 
8 
 
A utilização da despesa interna como base de cálculo do Produto Interno Bruto deve 
também considerar a soma das exportações e importações do país durante o período de 
apuração. Uma vez que a despesa interna é dirigida não só a bens que foram produzidos 
no país, mas também a bens que não foram produzidos no país (bens importados), esses 
não devem ser incluídos no PIB. Por outro lado, há bens que devem ser incluídos no 
PIB, mas que não serão consumidos no país (as exportações), e que por isso não estão 
incluídos na despesa interna. 
 
PIB = C + G + O + Q - M 
 
C = CONSUMO PRIVADO 
 
G = CONSUMO PÚBLICO 
 
O = INVESTIMENTO = FBCF + VEST 
 
Q = EXPORTAÇÃO 
 
M = IMPORTAÇÃO 
 
PIB = C + G + FBCF + VEST + Q - M 
 
FBCF = FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO 
 
VEST = VARIAÇÃO NOS ESTOQUES 
 
Ao divulgar os resultados do PIB, o IBGE também divulga a Formação Bruta de Capital 
Fixo (FBCF), que é justamente a conta de investimentos do PIB e mede o quanto as 
empresas aumentaram os bens de capital – aqueles que servem para produzir outros 
bens, como máquinas, equipamentos e construção civil. 
 
Cálculo do PIB pela ótica da oferta 
 
De acordo com a ótica da oferta, o valor do PIB é calculado a partir do valor gerado em 
cada uma das empresas que operam na economia. Esse valor gerado é o VAB (Valor 
Acrescentado Bruto), que representa a diferença entre o valor da produção e os 
consumos intermediários de cada empresa. Conhecendo o VAB de cada empresa, 
podemos calcular o PIB como a soma de todos os valores gerados pelas empresas dessa 
economia. Para obtermos o valor do PIB a preços de mercado (PIBpm), o único ajuste a 
ser realizado é a soma dos impostos, líquidos de subsídios, que incidem sobre os bens e 
serviços entre o fim da produção e a venda (impostos sobre o consumo). 
 
PIB = ∑ VABI + (Impostos - Subsídios) 
 
∑ VABI = Soma do VAB de cada uma das empresas da economia 
 
Empresas estrangeiras com atuação na região avaliada também são consideradas no 
cálculo do PIB segundo a ótica da oferta. Apenas os produtos finais vendidos por essas 
empresas são levados em consideração. O cálculo é ponderado de acordo com o setor de 
atuação das empresas: agropecuário (5%), industrial (30%) e de serviços (65%). 
 
9 
 
Cálculo do PIB pela ótica do rendimento 
 
De acordo com a ótica do rendimento, o valor do PIB é calculado a partir dos 
rendimentos de fatores produtivos distribuídos pelas empresas. Segundo essa ótica, o 
PIB corresponderá à soma dos rendimentos do fator trabalho com os rendimentos dos 
outros fatores produtivos (Excedente Bruto de Exploração). 
 
PIB = Remunerações do trabalho + Excedente Bruto de Exploração 
 
PIB Real 
 
Quando se procura analisar o comportamento do PIB de um país ao longo do tempo, é 
preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real. 
 
O PIB nominal refere-se ao valor do PIB calculado a preços correntes, ou seja, no ano 
em que o produto foi produzido e comercializado. Já o PIB real é calculado a preços 
constantes, onde é escolhido um ano-base, eliminando assim o efeito da inflação. 
 
 
Produto Interno Líquido 
 
PIL (Produto Interno Líquido) refere-se ao valor do PIB (Produto Interno Bruto) após o 
desconto da depreciação do capital. 
 
PIL = PIB - depreciação do capital 
 
Cáculo do PIB per capita 
 
O PIB per capita é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da 
região e indica quanto cada habitante produziu em determinado período. 
 
PIBpc = PIB / N 
 
N = Quantidade de indivíduos da região aferida 
 
Cálculo do PNB 
 
Produto Nacional Bruto (PNB) refere-se a soma de todas as riquezas produzidas por 
uma nação durante determinado período, seja em território nacional ou não. Assim, 
empresas brasileiras que tenham fábricas no exterior também se somam a este 
indicador. 
 
O PIB difere do Produto Nacional Bruto (PNB) basicamente pela renda líquida enviada 
ao exterior (RLEE). Essa é desconsiderada no cálculo do PIB, e considerada no cálculo 
do PNB, inclusive porque o PNB é gerado a partir da soma do PIB mais entradas e 
saídas de capital. Esta renda representa a diferença entre recursos enviados ao exterior 
(pagamento de fatores de produção internacionais alocados no país) e os recursos 
recebidos do exterior a partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, 
encontram-se em atividade em outros países. 
 
PNB = PIB - RLEE 
10 
 
 
RLEE = Renda Líquida Enviada ao Exterior 
 
 
 
O conceito de agregados macroeconômicos está diretamente relacionado ao conceito de 
macroeconomia em si. A macroeconomia é, por definição, o estudo dos agregados 
macroeconômicos de determinado(s) país(es). 
Agregados macroeconômicos são as tendências gerais de funcionamento da economia, 
estas tendências são estabelecidas pelos processos microeconômicos. 
Em linhas gerais, é a análise de fatores referentes à geração de renda, à produção de 
bens, uso dos recursos disponíveis, ao comércio exterior e ao comportamento dos 
preços de uma série de itens base. 
OS AGREGADOS MACROECONÔMICOS 
 
Os principais agregados macroeconômicos são: renda, despesase produto. 
É preciso que analisemos cada um desses agregados separadamente para compreendê-
los mais a fundo e verificarmos sua relação com a economia. 
1) Renda: 
A renda está relacionada à renda pessoal ou ao consumos das famílias de um 
determinado local. 
Ela é calculada pela soma de toda a remuneração recebida por aqueles que são 
proprietários das forças de produção. Essa remuneração é recebida pela retribuição pelo 
uso de seus serviços na própria atividade produtiva do local em questão. 
Os salários, juros, lucros e aluguéis são alguns exemplos do agregado macroeconômico 
conhecido como renda. 
2) Despesas: 
As despesas são o total de gasto que é feito pelos agentes do sistema econômico 
analisado para adquirir serviços e bens que essa sociedade produz. 
Existe uma sub-categoria dentro da categoria despesa que são os investimentos. Os 
investimentos diferenciam-se das despesas por ser despesas utilizadas para investir na 
ampliação da capacidade produtiva da economia, como por exemplo: investimento em 
novas máquinas para uma fábrica, aluguel de um novo local para abrir uma filiar entre 
outros. 
3) Produto: 
11 
 
O produto é aquilo que é produzido. É o total da produção desenvolvida pelos meios de 
produção daquela sociedade. 
Importante frisar que esta análise é sempre estabelecida em um determinado período de 
tempo e em um determinado local. 
COMPREENDENDO A RELAÇÃO ENTRE OS AGREGADOS 
MACROECONÔMICOS 
 
Produto = Produção – consumo intermediário 
Produto = bens finais + serviços finais 
Renda = fatores de produção = terra, capital e trabalho. 
Produto = Renda 
Conceito e Cálculo dos Agregados Macroeconômicos 
 A expressão agregados macroeconômicos é empregada para designar, 
genericamente, os resultados da mensuração da atividade econômica considerada como 
um todo. A referência básica é a soma de todas as transações, realizadas por todos os 
agentes, na totalidade dos mercados. É a dimensão total, o todo, não as partes 
isoladamente consideradas. 
 Conceitos básicos: o valor adicionado, renda e dispêndio. 
 A multiplicidade de transações que compõe a vida econômica, a diversidades 
agentes e envolvidos e as diferentes categorias de fluxos resultantes foram, entre outras, 
as dificuldades que exigiriam esforços de classificação e de sistematização, bem como 
de uniformização de bases conceituais. 
 A classificação dos agentes econômicos em unidades familiares, empresas e 
governo resultou destes trabalhos de sistematização. Também resultou deles a 
compreensão da interdependência dos fluxos de produção, de geração de renda e de 
dispêndio, a diferenciação entre consumo e a acumulação, a identificação dos setores e 
subsetores em que as atividades econômicas podem ser classificadas e a tipificação dos 
seus resultados. 
 Dos conceitos básicos que resultam desse trabalho sistematizador um dos mais 
importantes é o de valor adicionado. Esse conceito é um ponto de partida para a 
descrição e compreensão dos sistemas de cálculo agregativo. Ele tem a ver com uma 
diferenciação essencial entre os fluxos de produção e o conceito macroeconômico de 
produto. E é fundamental para contornar um dos problemas cruciais do cálculo 
macroeconômico, o da dupla contagem dos bens e serviços intermediários, que são 
utilizados no processo de outros bens e serviços, que por sua vez podem não ter, ainda, 
a destinação final do consumo e da acumulação. 
12 
 
 A produção é um fluxo de processamento, em cujas extremidades se encontram 
suprimentos e saídas. As empresas são os agentes econômicos que realizam esse 
processamento. Na complexa teia das relações de produção que se estabelece nas 
modernas economias, não há uma só empresa auto-suficiente. Independentemente das 
estruturas de mercado de que participa ou das atividades a que se dedica, toda empresa 
depende de alguma forma de suprimentos, procedente de outras empresas. A empresa k 
recebe suprimentos de a, b,...,n, sob a forma de bens e serviços de utilização 
intermediária. Processa insumos recebidos e da saída a produção resultante. 
 Entre os valores das saída e dos suprimentos há, sob condições normais, uma 
diferença positiva, que se define como valor adicionado pela empresa. Este valor é que 
se considera para o cálculo do produto agregado. Valor adicionado e produtos são, 
assim, sob óptica macroeconômica, conceitos equivalentes. O produto nacional, 
depurada das transações múltiplas, resulta da soma dos produtos ou dos valores 
acionados por cada uma das empresas que compõem o aparelho de produção da 
economia nacional. 
 Assim, em síntese: 
 A produção é um fluxo de suprimentos - processamento - saídas. 
 O valor adicionado é a diferença entre o valor das saídas e o dos 
suprimentos. Ele corresponde aos custos internos de processamento em 
que as empresas incorrem, remunerado os fatores de produção por ela 
mobilizados. 
 Valor adicionado e produto, sob óptica macroeconômicas são expressões 
equivalentes. 
 O produto nacional resulta da soma dos valores adicionados (ou dos 
produtos) de todas as empresas que compõem o aparelho de produção da 
economia nacional. 
 
 O valor adicionado está diretamente relacionado ao segundo conceito 
macroeconômico básico: o da renda nacional (ou de remunerações pagas aos fatores de 
produção mobilizados pelas empresas). 
 A geração do produto nacional ocorre simultaneamente com os pagamentos que 
totalizam a renda nacional. Isto porque produto e custo dos fatores são, também, 
expressões equivalentes. 
 O processo de produção está dividido em três etapas: suprimentos, 
processamento e saídas. 
 Suprimentos: a as empresas recebem suprimentos originários de outras 
empresas, de que são exemplos as matérias-primas, os componentes semi-elaborados, os 
materiais de embalagem, a energia, os serviços de comunicações e transportes e outras 
formas características de insumos. Estes suplementos dão origem a transações entre 
empresas, denominada as transações intermediárias. Empresas pagam a empresas por 
esses suprimentos. São pagamentos entre pessoas jurídicas, sob a forma de preços e 
tarifas. 
13 
 
 Processamento: todas as empresas mobilizam fatores de produção pertencentes 
a unidades familiares, para o processamento dos insumos adquiridos de outras 
empresas. Os fatores básicos de produção são o trabalho, o capital e a empresariedade. 
Estas recebem dez empresas pagamentos, sob a forma de remunerações, constituídos 
por salários, aluguéis, arrendamentos, juros e lucros. Além do pagamento dessas 
remunerações, as empresas remuneram seus capitais imobilizados próprios através de 
depreciações. Este conjunto de remunerações pagas aos fatores de produção é que 
totaliza o valor agregado pelas empresas no processamento da produção. 
 Saídas: definem-se pela produção realizada e vendida. As saídas podem 
destinar-se de novo para a utilização como insumos ou atender as duas categorias 
básicas da demanda final, o consumo e a acumulação. 
 Assim, em síntese: 
 O valor adicionado e remunerações pagas aos fatores de produção 
são expressões equivalentes. 
 As remunerações pagas aos fatores de produção são fluxos de 
renda que saem das empresas e se destinam às unidades 
familiares. 
 Renda nacional é a soma das remunerações pagas aos fatores de 
produção. É uma grande totalização dos custos dos fatores. 
 Como o valor é acionado é igual ao produto, que também é igual 
ao custo dos fatores, que por sua vez é igual à renda, podemos 
então dizer que o produto nacional e a renda nacional são, em 
termos líquidos, expressões que se equivalem. 
 
 Um terceiro conceito básico diz respeito à destinação que é dada ao produto e a 
renda nacional.Este terceiro enfoque vai conduzir-nos ao conceito de dispêndio 
nacional, completando-se com ele o conjunto dos grandes fluxos macroeconômicos que 
se derivam da atividade fundamental da produção. 
 As nações produzem bens e serviços que se destinam a duas grandes categorias 
de dispêndio final - o consumo e a acumulação. 
 Conceitualmente, o consumo associa-se a idéia de destruição da riqueza. 
Consumir um bem ou serviço final, utilizando-o na satisfação de determinada 
necessidade, significa destruí-lo, no sentido econômico do termo. A destruição pode ser 
imediata, ou prolongar-se por dias, semanas ou meses, ou ainda prolongar-se por anos. 
 A acumulação está ligada ao processo de formação de capital, a acepção 
macroeconômica de investimento e, genericamente, aos acréscimos líquidos na 
capacidade nacional de produção. Constituem dispêndios tipificados com de 
acumulação as edificações e as aquisições de máquinas e equipamentos. 
 Assim, os bens e serviços produzidos destinam-se a duas grandes categorias de 
dispêndio: o consumo e a acumulação. 
14 
 
 A soma do consumo e da acumulação, está representada pelos investimentos em 
bens de capital, é igual ao dispêndio nacional. 
 A renda, o produto e o dispêndio nacional são expressões contabilmente 
equivalentes. São três abordagens diferentes, ou caminhos diferentes de avaliação, que 
conduzem a mensurações iguais. Para que esta tríplice igualdade se realize, o total dos 
investimentos em acumulação deve igualar-se ao total da renda poupada, não 
consumida. 
 
Os fluxos do produto 
 Empregando os conceitos macroeconômicos básicos de valor adicionado, 
produto, renda e dispêndio, vamos considerar uma hipótese simplificada de economia 
nacional, constituída apenas por duas categorias de agentes econômicos - empresas e 
unidades familiares. Nesta primeira aproximação simplificada, não ha governo e não 
ocorrem, também, transações econômicas com outras nações. Esta hipótese é 
usualmente definida pela expressão economia fechada sem governo. 
 O produto nacional é expresso pela diferença entre o valor total das saídas dos 
bens e serviços produzidos e o valor dos fornecimentos intermediários. A soma do valor 
dos bens e serviços finais produzidos é igual à totalização dos valores adicionados. Nem 
poderia ser outro o resultado, pois, conceitualmente, o produto nacional expressa a soma 
dos bens e serviços finais produzidos pela economia. Tanto por um critério como por 
outro, as transações intermediárias são excluídas, evitando-se contagens múltiplas. 
 Os fluxos da renda 
 O segundo caminho para o cálculo do agregado macroeconômico do produto 
nacional é a abertura do valor adicionado, segundo os custos dos fatores que o 
totalizam. Trata-se da totalização dos fluxos de renda gerados internamente pelas 
empresas, durante o processamento da produção e pagos às unidades familiares, 
detentoras dos recursos, sob a forma de salários, aluguéis, arrendamentos, juros e 
depreciações e lucros. 
 Estes pagamentos totalizam os custos dos fatores, diferenciando-se dos 
pagamentos por transações intermediárias que se referem aos custos de suprimentos. 
 As depreciações têm o significado de reduções de riqueza acumulada. Elas 
indicam o valor estimado do desgaste, da obsolescência e dos danos acidentais aqueles 
que estão sujeitos os bens de capital mobilizados no processamento da produção. São 
lançadas nas estruturas de custos das empresas, como mecanismos de alto ressarcimento 
pelo processo de desgaste a que os bens de capital investidos estão sujeitos ao longo do 
tempo. Daí por que as depreciações são deduzidas dos investimentos brutos, para a 
aferição dos investimentos líquidos. E são também deduzidas do produto nacional, para 
se chegar ao conceito de produto nacional liquido. E são também deduzidas do produto 
nacional, para se chegar ao conceito de produto nacional líquido. Na realidade, este 
15 
 
último conceito é que equivale ao de renda nacional ao custo dos fatores: a renda 
agregada efetivamente recebida pelas unidades familiares em uma economia fechada 
sem governo. 
 Os fluxos do dispêndio 
 O terceiro grande fluxo macroeconômico que completa a hipótese simplificada 
de economia que estamos desenvolvendo é o do dispêndio. Dispêndio é a diferença 
entre renda nacional e consumo, corresponde ao fluxo de poupança: um vazamento que 
se destinou ao financiamento dos investimentos em acumulação de capital. 
 O produto nacional menos as depreciações é igual ao produto nacional líquido, 
que equivale a renda nacional. Uma parte desta é consumida; outra, poupada. A 
poupança e a depreciação, na hipótese simplificada adotada, são às duas fontes do 
processo de acumulação que, somando ao consumo, totaliza o dispêndio nacional. 
 Os fluxos de receita do governo 
 Mantendo a economia ainda fechada, sem transações econômicas com outras 
nações, admitindo também a existência do governo como agente econômico. A 
introdução desse terceiro agente implicará mudanças nos fluxos de produção, de 
apropriação e de destinação da renda e de composição dos dispêndios. 
 As atividades do governo são financiadas por duas categorias de receitas, 
tributárias e não tributárias. As primeiras resultam da exação fiscal, realizada através de 
dois tipos de tributos, os diretos e os indiretos. As segundas resultam de taxas cobradas 
por prestações de serviços, arrendamento de propriedades e participação acionária em 
empresas. As receitas do governo agrupam-se, assim, em três categorias: 
 Tributos diretos - Englobam a arrecadação tributária que incide sobre ativos e 
rendas das unidades familiares e das empresas. Salários, aluguéis, arrendamentos, juros 
e lucros são tributados diretamente, em geral por taxas progressivas. 
 Tributos indiretos - Eles são incorporados aos preços dos bens e serviços 
transacionados. Geralmente, os tributos indiretos são recolhidos pelas empresas durante 
o processamento da produção, mas efetivamente pagos pelos agentes que adquirem, na 
etapa final do processo, os bens e serviços finais produzidos. 
 Outras receitas correntes - Esta é a denominação genérica de um amplo 
conjunto de receitas não tributárias do governo, como taxas, dividendos, laudêmios e 
vários fluxos de recebimentos originários de ativos públicos mobiliários e imobiliários. 
 Os fluxos de dispêndio do governo 
 O governo emprega as receitas resultantes dessas três fontes em quatro 
categorias distintas de dispêndios, que exercem diferentes impactos sobre os grandes 
fluxos macroeconômicos da produção, da renda e do dispêndio. As quatro categorias 
são: 
16 
 
 Consumo - A manutenção da estrutura do setor público com um todo, incluindo 
pagamentos ao pessoal civil e militar, mais os gastos com a aquisição de bens e serviços 
destinados às atividades exercidas nas repartições públicas, totalizam o consumo do 
governo. 
 Investimentos - Os dispêndios de capital ou de investimento realizados pelo 
governo são caracterizados por adições ao estoque de capital da economia. 
 Transferências - A maior parte das transferências é representada pelos 
benefícios pagos pelo sistema de previdência social, sob a forma de aposentadoria, 
pensões e auxílios para a educação, transporte pessoal, alimentação, nascimento e 
funerais. 
 Subsídios - Trata-se de pagamentos que fluem do governo para as empresas, 
constituindo uma espécie de tributos indiretos como sinal negativo. 
 Com a inclusão do governo, junto com as modificações na composição do valor 
agregado, dois novos conceitos de produtos se estabelecem. O de produto ao custo dos 
fatores, que totaliza os pagamentos das empresas pelos fatores de produção das 
unidades familiares, e o de produto a preçosde mercado, que adiciona ao custo dos 
fatores as depreciações e os tributos indiretos líquidos. 
 Há também impactos relevantes na renda agregada. Estes decorrem da tributação 
direta que incide sobre a remuneração dos fatores. De outro lado, decorrem das 
transferências do governo para ativos e inativos. Enquanto os tributos diretos reduzem a 
renda agregada disponível das famílias, as transferências a ampliam. 
 As transações externas: principais categorias 
 A expressão economia fechada é usualmente empregada para designar modelos 
teóricos de economias sem quaisquer transações comerciais ou financeiras com exterior. 
Em contraposição, emprega-se a expressão economia aberta para designar sistemas 
nacionais que mantém transações econômicas com outras nações. 
 Nas contas nacionais, os fluxos de exportações incluem as vendas de 
mercadorias para o exterior e as receitas cambiais com serviços prestados a estrangeiros. 
Os fluxos de importações incluem as compras de mercadorias, as despesas cambiais 
com serviços adquiridos de estrangeiros e os dispêndios das representações 
diplomáticas da nação no exterior. Já os pagamentos e recebimentos pelo emprego de 
fatores de produção incluem remunerações como salários, os juros, arrendamentos e 
aluguéis, patentes e de direitos autorais e lucros, remetidos ou recebidos do exterior, 
como contrapartida pela utilização interna de recursos pertencentes a estrangeiros. 
 O resíduo final desses fluxos é o saldo do balanço internacional de pagamentos 
em transações correntes. 
 Em um modelo completo de economia aberta diferenciam-se os conceitos 
agregados de interno e de nacional. 
17 
 
 Internos são os produtos e a renda gerados dentro do território econômico de um 
país; de igual forma, o dispêndio interno é o que ocorre dentro dessas mesmas fronteiras 
econômicas. Nacionais são os produtos gerados pelos recursos de propriedade de uma 
nação, os fluxos de renda por ela apropriados e os dispêndios que ela realiza, 
independentemente das bases territoriais onde ocorrem. 
 Assim, em um modelo completo da economia, os conceitos convencionais dos 
agregados macroeconômicos são: 
 
 
Produto Interno Bruto, PIB menos 
 Rendas liquidas enviadas para o exterior é igual a 
 Produto Nacional Bruto, PNB menos 
 Depreciação do capital fixo é igual a 
 Produto Nacional Líquidos, PNL menos 
 Tributos indiretos mais 
 Subsídios é igual a 
 Renda Nacional,RN menos 
 Tributos diretos mais 
 Transferências é igual a 
 Renda Pessoal Disponível, RPD 
 
MEDINDO O PRODUTO NACIONAL E OS AGREGADOS 
MACROECONOMICOS 
 
É o somatório de todas as transações que são realizadas pelas entidades que intervêm no 
processo produtivo da economia. E as entidades são os agentes econômicos. E os 
agentes são as empresas, as famílias, o governo e o resto do mundo. 
Para se entender a formação do produto e da renda nacional, é bom lembrar os fatores 
de produção. Por isso inicia-se com o Fluxo Circular da Renda. 
As duas identidades básicas: 
a) O gasto total é igual à renda total b) A produção total é igual a venda total- 
18 
 
São mostradas no Fluxo Circular da Renda. 
As famílias são as proprietárias de todos os fatores de produção, são as que fornecem a 
mão-de-obra, terra, capital e propriedade para as firmas- esse é o fluxo "A" Estas 
recebem salários, aluguéis, juros e lucros- esse é o fluxo "B". As firmas fornecem bens e 
serviços para as famílias - esse é o fluxo "C". As famílias compram os bens e serviços - 
seus gastos são o fluxo "D". 
Nesse processo são identificados dois fluxos: Um de produto (bens e serviços) e outro 
de renda (salários, aluguéis, juros e lucro). Isso é o que ocorre diariamente na economia. 
O que se percebe, com o estudo do Fluxo Circular da Renda é que há uma equivalência 
entre o fluxo de dispêndio de bens e serviços finais e o fluxo da remuneração dos fatores 
produtivos. Daí surge a identidade onde Produto é equivalente a renda. 
 O objetivo é contabilizar a produção de um determinado país, durante um 
certo período de tempo, admite duas formas de analise. 
- GASTOS, somar todos os gastos com bens e serviços das famílias, 
firmas, governos e estrangeiros. PNB= C +1 + G + NX 
- RENDA, um modo de calcular a renda total é somar a renda de cada 
tipo de fator, fazendo dois ajustes: 
a) Subtraímos a depreciação do PNB para considerar que o estoque de 
capital se desgasta, um pouco todos os anos. 
b) Depois são subtraídos os impostos indiretos das firmas, que incluem 
os impostos sobre vendas e outros não baseados na renda. 
Isso nos mostra a fórmula: PNB - Depreciação - Impostos indiretos = RN 
Onde a Renda nacional = salários + aluguéis + juros + lucros. 
 
FÓRMULAS A SEREM USADAS: 
1) Produto Nacional Bruto (PNB) = C + Investimento bruto + G + NX 
2) Produto Nacional Líquido (PNL)= PNB - Depreciação e/ou PNL= C + 
Investimento Líquido + G + NX 
3) Investimento Líquido= Investimento bruto - depreciação 
4) Renda nacional (RN)= PNL - Impostos indiretos das firmas e/ou RN= soma fator 
pagamentos. 
19 
 
5) Renda Pessoal(RP) == RN - contribuições do seguro social - imposto de renda 
das corporações - lucros não distribuídos das corporações + pagamentos de 
transferência. E/ou RP= Renda familiar. 
6) Renda Pessoal Disponível (RD) 
a) RD = RP - Imposto da pessoa física 
b) RD = Renda familiar pós impostos. 
c) RD = despesa com consumo + poupança pessoal+ pagamentos de juros 
para firmas. 
d) RD = RN - lucros da corporação - impostos + receita pessoal de 
dividendos + juros pagos pelo governo + pagamentos de transferência 
do governo e firmas para as famílias. 
Renda nacional é igual a renda total que é igual ao dispêndio total, daí teremos: 
Renda Nacional =G + I + G + NX 
Numa economia sem governo e sem comércio exterior, têm-se a poupança = 
Investimento. 
O investimento real (inclusive aumento de estoques) sempre é igual à poupança se, e 
somente se, não houver setor governamental e comércio exterior. 
Com os dados da tabela abaixo, calcule o PN real, bem como a sua variação percentual 
a cada ano. 
ANOS PNpcorrentes Variação % dos 
preços 
PN real Varia% anual do 
PN real 
To 543.087 100,0 
Tl 705.449 121,98 
T2 774.961 109,12 
T3 807.771 104,34 
T4 787.720 102,49 
T5 531.135 108,43 
T6 593.758 105,27 
 
20 
 
Considere que no mês base o preço médio de uma cesta básica seja R$500,00, e nos 
meses subseqüentes seja R$510,00, R$ 520,00 e R$ 530,00. Obter a taxa de inflação de 
cada mês, em relação ao mês anterior. 
 
A tabela seguinte resume as avaliações, em bilhões de unidades monetárias e referentes 
a determinado ano, da remuneração dos fatores, das depreciações, dos impostos 
indiretos e dos subsídios de determinada economia. 
 
 
 
Categorias Bilhões de u.m. 
Salários 2.300 
Aluguéis 150 
Juros 50 
Lucros 200 
Depreciações 190 
Impostos Indiretos 470 
Subsídios 60 
 
Calcule, para essa economia; 
a) O Produto Nacional a custo de fatores e 
b) O Produto nacional a preços de mercado. 
 
Quatro diferentes economias, A,B,C e D, apresentam os seguintes agregados, expressos 
na mesma unidade monetária e referente a igual período: 
 
Categorias A B C D 
Produto Nacional 
A custo de fatores 
100 1800 550 2400 
Depreciações 10 150 30 200 
Produto nacional a 
Preço de mercado 
130 2100 700 2900 
 
21 
 
Com base nestes dados: 
a) Calcule, o valor dos impostos indiretos líquidos de cada uma das quatro economias, 
b) Determine, em relação ao Produto Nacional a preços de mercado, qual a economia 
apresentoua mais alta % de pressão tributária indireta liquida. 
Com os dados da tabela abaixo, calcule o Produto Nacional real, bem como sua variação 
% a cada ano. Registre os resultados dos cálculos nas duas últimas colunas da tabela: 
 
 
Anos PN a preços 
correntes 
Ìndices de 
Variação 
preços 
PNreal a 
preços do 
ano base 
Variação 
anual % do 
PNreal 
To 75000 100,0 
Tl 81000 110,1 
T2 84000 112,0 
T3 98000 120,0 
T4 103 500 127,5 
T5 108.000 130,4 
 
Considere os seguintes dados: 
Anos PN a preço 
correntes 
Deflatores PNreal População 
total 
Renda percapita Produto Real 
percapita 
Al 150 000 100 75 
A2 168 000 105 80 
Calcule o PNreal e a renda percapita. bem como o crescimento percentual do produto 
real 
percapita do ano A2 em relação ao ano A1.

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