Buscar

A Inadmissibilidade da Prova Ilícita e o Princípio da Proporcionalidade no Ordenamento Jurídico Brasileiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

A Inadmissibilidade da Prova Ilícita e o Princípio da Proporcionalidade no Ordenamento Jurídico Brasileiro
Magistratura Federal / 2 Região). Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição Federal? Justifique a sua resposta.
O Magistrado, ante o conjunto probatório, tem ciência de que o direito à prova é direito não contrário ao ordenamento jurídico. Pelo poder-dever, o Juiz possui livre convicção para absorvê-lo, como mandamenta o artigo, 155 do Código de Processo Penal, in verbis:
´´ O Juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.´´
Esta convicção do Magistrado, reforça o conceito de que a carta (prova subtraída pelo réu), poderá absorvê-lo, se tão somente, ele se aquilatar do Princípio da Proporcionalidade ou da razoabilidade, sendo o direito tutelado, superior ao da intimidade.
O Princípio do in dúbio pro reo, perpassa a proibição do artigo 5º, LVI da Constituição que normatiza:
´´ São inadmissíveis no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.´´
Aqui, quanto a carta subtraída pelo réu, na verdade é prova ilegítima de natureza processual, porque ele a anexou ao processo e nessa juntada, ocorreu a violação da produção probatória.
Esta inadmissibilidade, está positivada no artigo 157, do Código de Processo Penal, o qual adverte:
´´ São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a norma constitucional ou legais. ´´
Logo, no caso concreto proposto, o Magistrado poderá absorver o réu, porque a carta (prova), favorece sua inocência.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CÚRIA, Roberto. CÉSPEDES, Lívia. NICOLETTI, Juliana. Vade Mecum Completo/Obra coletiva da Ed. Saraiva – 9 ed. Atual e ampl. – São Paulo, 2013.
FONSECA, Letícia de Assis. Provas Ilícitas. Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/index.php/cadernovirtual/article/viewFile/704/482
LFG. Quando uma prova ilícita pode ser admitida no Processo Penal? Disponível em: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1972597/provas-ilicitaseilegitimas-distincoes-fundamentais
Sueli Bianca - Historiadora & Acadêmica de Direito

Outros materiais