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Direito Previdenciário - Aulas de 1 a 5

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
A disciplina de Direito Previdenciário trata do estudo da Seguridade Social, a Previdência Social e o Direito Previdenciário, seus institutos básicos e os Planos de Organização, Custeio e Benefícios da Previdência Social.
Trata-se de disciplina determinante para a compreensão das outras disciplinas do curso relacionados aos sistemas de Direito Público Subjetivo, para como para a atuação acadêmica e profissional do egresso.
Objetivos da Disciplina: demonstrar, em visão ampla e didática, a Seguridade, a Previdência Social e o Direito Previdenciário.
Identificar o surgimento dos institutos;
Olhar de forma clara os princípios próprios e exclusivos da Seguridade Social, da Previdência Social e do Direito Previdenciário.
Saber como funcionam os Planos de Organização, Custeio e Benefícios da Previdência Social.
Bibliografia
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 15ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2010.
Bibliografia complementar
http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/38/inss-pres/2010/45.htm
Medida provisória nº 619, de 6 de junho de 2013.
Aula 01 – Origem e Evolução Histórica da Proteção Previdenciária. Fases do Seguro Social.
Introdução – Nesta aula, vamos iniciar nossos estudos de Direito Previdenciário, verificando a origem e a evolução histórica da proteção e as fases do seguro social. Bons Estudos!
Previdência no mundo
Karl Heinrich Marx foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalística.
Quando falamos de proteção social devemos relacioná-la ao período de grandes modificações nas relações sociais ocorridas a partir da segunda fase da Evolução Industrial.
Antes disso, a proteção dos riscos em que a humanidade sempre esteve exposta se dava com a utilização de mecanismos de direito privado (mutualismo, proteção familiar, corporações de ofício etc.)
Surge como fruto da pressão dos trabalhadores urbanos, porque esses foram seus primeiros destinatários. Essa pressão estava alinhada a novas teorias socioeconômicas empregadas neste período. Sua maior expressão foi a do socialismo pregada por Karl Marx na sua obra “O Capital”.
Seguro Social
O modelo de proteção social como dever e responsabilidade do Estado foi fruto do projeto Legislativo do Chanceler alemão Otto Von Bismark em 1873.
O projeto determina a proteção social aos trabalhadores, uma vez que o seu não reconhecimento aumentaria a pressão dos trabalhadores que transformaram a Europa naquela época.
O modelo de proteção social foi denominado de seguro social. Suas princiáis características são:
Proteção exclusiva dos trabalhadores urbanos;
Modelo contributivo – adotava a fórmula tripartite de custeio (financiamento compartilhado entre trabalhadores, empregadores e Estado);
Gestão estatal.
Atenção!!!
Este modelo passa a ser fonte de inspiração aos demais países não só da Europa, mas também de outros continentes. Será o modelo9 que permeará a proteção social até a Segunda Guerra Mundial.
Lorde Beveridge foi um economista britânico e reformador social associado com o desenvolvimento do bem estar social.
Pouco antes da finalização da Segunda Grande Guerra, a Inglaterra encomenda relatório ao Lorde Beveridge visando, naquele momento, empregar u novo modelo de proteção social capaz de possibilitar a recuperação social do país, em curto espaço de tempo, em razão da degradação promovida pelo conflito social.
Propôs-se então um novo princípio de proteção social fundado na universalidade, ou seja, na extensão da proteção social a todos os integrantes da sociedade. Esse modelo foi denominado de seguridade social.
Modelo
O modelo da seguridade social é apresentado aos demais países na convenção da OIT, em 1944, nos Estados Unidos.
Em 1948, a proteção social é erigida como uma das partes componentes dos Direitos Humanos (artigos 20 e 21 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, 10 de dezembro de 1948).
Em 1952, é aprovada a Convenção n° 102 da OIT, a qual trata da norma mínima de seguridade social. O mínimo exigível em termos de seguridade social é composto por 9 elementos.
Atenção!!!
Esses elementos configuram o “ideal de cobertura”. A norma mínima prevê que o Estado-membro signatário proteja pelo menos 3, dentre eles a proteção contra o desemprego, velhice e acidente de trabalho.
Elementos
Os elementos são:
Serviços médicos;
Prestações pecuniárias de doenças;
Prestações de desemprego;
Prestações velhice (idade);
Prestações em caso de acidente de trabalho e de doenças profissionais;
Prestações familiares;
Prestações de maternidade;
Prestações de invalidez;
Prestações de sobreviventes.
O brasil ratificou a Convenção n° 102 da OIT, por meio do Decreto Legislativo n° 269, de 19 de setembro de 2008.
Previdência no Brasil
1923 – Lei ELOY CHAVES (Decreto Legislativo 4.682, de 24 de janeiro de 1923). É considerado o marco inicial da proteção previdenciária no Brasil. Com elas foram criadas as caixas de aposentadoria e pensão. Eram privadas, realizadas pela própria empresa e vinculadas a seus empregadores. Previam proteção aos riscos de doença, invalidez, idade e morte.
O mais importante momento histórico do INSS, 24 de janeiro é a data comemorativa dentro do INSS. (Aniversário da Previdência Social no Brasil).
Essa Lei instituiu as caixas de aposentadorias e pensões, primeiramente para empresas ferroviárias. Porém ela se tornou o Marco da Previdência Social, pois foi abrangido para diversas categorias profissionais.
Não eram mantidos pelo Poder Público, e sim por particulares as empresas e seus empregados. Assim, as empresas gerenciavam as caixas de pensões, era no âmbito empresarial da empresa que gerenciavam essas caixas de aposentadoria e pensões sem a iniciativa, sem colaboração do Poder Público.
O Poder público determinava através deste decreto sobre as boas Empresas instituírem essas caixas de aposentadoria ou pensão.
Exemplo: Hoje em dia você está trabalhando, fica doente, precisa se afastar do trabalho por 60 (sessenta) dias será amparado, você receberá um auxílio. Nessa época não tinha esse amparo, não tinha o que fazer.
Em 24 de janeiro de 2013 se iniciou toda construção da previdência que conhecemos hoje. Por isso é tratado como Marco Inicial da Previdência Social.
Era instituído no âmbito das empresas as empresas gerenciavas essas caixas de aposentadoria e pensões e depois foi ampliado para as demais categorias profissionais e foi evoluindo.
1931 – GOVERNO VARGAS. Foi determinada a intervenção nas caixas previdenciárias até então existentes em face de problemas de gestão e efetivação da proteção. Foi determinado u novo modelo previdenciário para o Brasil. O Decreto n° 20.465/31 veio a lume prevendo um amplo leque de proteção cobrindo os já existentes riscos de invalidez, velhice e morte, bem como concedendo outras prestações. No modelo criado em 1931, a gestão passa a se estatal (autarquias previdenciárias) e a proteção por segmentos profissionais (por categorias profissionais).
1933 – Frutos do modelo criado em 1931, criam-se os institutos de aposentadorias e pensões:
Dos marítimos (IAPM) EM 1933;
Dos comerciários (IAPC) em 1934;
Dos bancários (IAPB) em 1934;
Dos industriários (IAPI) em 1936;
Dos servidores da União e dos empregados em transportes e cargas (IAPTEC) em 1938.
1960
Unificação de previdência social brasileira com a edição da Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS
Lei n° 3.807/60
- Representou a unificação legislativa do sistema previdenciário brasileiro.
Começa a ter ampliação de Previdência, de cuidado com o trabalhador. Diversas categorias profissionais.
LOPS (LEI 3.807/60) 1966 – INSS
Unificação legislativa e administrativa
Temos uma unificação legislativa através da lei orgânica da previdência 3. 807/60 e na sequência em 1966 temos a criação do INPS (Instituto Nacional da Previdência Social).
Então todos os institutos que foram criados até a década de 50 foram unificadosem um só.
1966
Decreto Lei n° 72/66:
- Unificação administrativa do sistema previdenciário.
- Fusão dos principais institutos previdenciários.
Surge o INPS – Instituto Nacional de Previdência Social.
1977
Criação do Sistema Integrado Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS.
Com atribuições de concessão e manutenção das prestações previdenciárias, custeio de atividades e programas, e gestão administrativa, financeira e patrimonial. 
Era integrado pelos seguintes órgãos: Dataprev, INPS, Funabem, Inamps, Ceme, Iapas e LBA. 
Nesse sistema diversos órgãos fizeram parte, então falaremos dele. (Formam a palavra DIFICIL)
Surgiram na década de 70 e na década de 90. Muitos dos órgãos foram extintos, mas alguns ainda existem.
Dataprev – Órgão de processamento de dados (Temos até hoje);
Inamps - Encarregado em relação à saúde (Trabalhadores contribuíam e tinham acesso à saúde e amparo – perícias eram através do INAMPS);
Funabem – Assistência e bem estar do menor;
Iapas – Instituto de administração (Responsável pela fiscalização, cobrança de contribuições relativas a previdência);
Ceme – Distribuição de medicamentos;
Inps – Tinha surgido em 1886 e depois unificou em 1977;
Lba – LegiãoBrasileira de Assistência.
O IAPAS e o INPS em 1990 vão formar o atual INSS! Pela fusão em 1990 temos o INSS.
Continuando as datas importantes, temos em 1988 a nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1988 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Foi organizada o que a gente chama de SEGURIDADE SOCIAL – Onde temos as políticas com relação à saúde, à assistência e a previdência social. Nossa CF foi uma grande revolução. E ai surge também nosso sistema único de saúde dentro da seguridade social. SEGURIDADE SOCIAL
1990 – Com a Lei 8.029 temos a fusão do IAPAS e o INPSS para formar o INSS. Então o INSS a partir deste momento tem a obrigação de fazer a concessão de benefícios, a manutenção desses benefícios que já era uma atribuição do INPS e temos também a arrecadação, a fiscalização, cobrança das contribuições que são devidas para a Previdência Social. Então nós já tínhamos uma contribuição. Não foi CF e sim na década de 30 que nós tivemos a questão de gestão tripartite. (Custeio por parte do Estado, dos Trabalhadores e por parte dos empregadores) Esses três são que financiam esse sistema. INSS.
1988
Constituição Federal. Conceito de seguridade social determinava a criação de um sistema de proteção social mais amplo que alcançasse todos os integrantes da sociedade brasileira e não mais apenas os trabalhadores.
A seguridade está prevista nos artigos 194 a 204 da Carta da República.
1998
Emenda Constitucional n° 20, de 15 de setembro:
- Primeira reforma constitucional do sistema previdenciário brasileiro após a Constituição de 1988.
- Reformou o regime geral e estabeleceu diretrizes para os demais regimes de proteção previdenciária.
2003
Emenda Constitucional n° 41, de 19 de dezembro:
-Tratou da reforma de regimes próprios de previdência social atingindo colateralmente o regime geral de previdência social.
2005
Emenda Constitucional n° 47, de 05 de julho:
- Regulamentou o aspecto pendente na EC n° 41/2003.
2007 – A Lei n° 11.457, de 16 de março, criou a Receita Federal do Brasil, unificando a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária.
Leis e regulamentos
Lei dos Planos de Custeio da Previdência Social – n° 8.212 de 24 de julho de 1991;
Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social – n° 8.213 de 24 de julho de 1991;
Regulamento da Previdência Social (custeio e benefícios) – Decreto n° 3.048 de 06 de maio de 1999.
Nesta aula, você estudou:
O surgimento da Previdência Social;
Suas fases da evolução no Brasil;
Bem como sobre os regulamentos previdenciários.
Na próxima aula, você vai estudar:
Fontes do direito previdenciário;
As relações do Direito Previdenciário com os demais ramos jurídicos;
Regimes previdenciários;
Conceito de seguridade social;
Beneficiários da previdência social.
Aula 02 - Segurados obrigatórios e facultativos. Dependentes do segurado
Olá, seja bem-vindo! Esta é a nossa segunda aula e nós vamos iniciar nossos estudos de Direito Previdenciário, verificando a origem e a evolução histórica da proteção e fases do seguro social. Bons Estudos!
Fontes do Direito Previdenciário
Fonte do Direito é entendido como o local de onde surge o Direito ou como os meios pelos quais se formam as regras jurídicas. A principal fonte do direito previdenciário é a norma jurídica, estabelecida pela Constituição Federal e pelas leis.
Mas o que determina a Constituição Federal de 1988?
A Constituição Federal de 1988 determina, em seu artigo 22, XXIII, que compete privativamente à União legislar sobre seguridade social (saúde, assistência social e previdência social - regime geral).
O Direito Previdenciário, ramo do Direito Público, é regido por normas de Direito Público de caráter cogente, ou seja, não passiveis de mútuas concessões entre as partes (artigo 59 da Constituição Federal).
As relações do Direito Previdenciário com os demais ramos jurídicos
O Direito Previdenciário é ramo de Direito Público, que se relaciona com vários outros ramos do Direito, notadamente com:
Direito Constitucional;
Direito Civil;
Direito Tributário;
Direito Empresarial;
Direito Administrativo;
Direito Penal;
Direito do Trabalho;
Direito Internacional Público.
Em inúmeras passagens da Carta Magna são encontradas previsões relativas à previdência social, por exemplo:
Artigo 6º que determina dentre os direitos sociais o direito à saúde, previdência social e assistência aos desamparados.
O artigo 7º estabelece os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, assegurando salário família, licença à gestante, aposentadoria e seguro contra acidente de trabalho.
O artigo 22, XXIII, estabelece competência privativa da União para legislar sobre seguridade social, dentre outros.
O artigo 193 determina que a ordem social tenha como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Há forte conexão entre o Direito Previdenciário e o Direito Tributário, tendo em vista o caráter contributivo do sistema previdenciário, cuja natureza jurídica das contribuições sociais é tributária.
Nessa relação, aplica-se a lei de custeio - Lei 8.212/91 - e subsidiariamente o CTN (Código Tributário Nacional).
As prestações previdenciárias são serviços públicos e cabe a uma autarquia federal o seu processamento, concessão e pagamento. Há necessidade de provocação da Administração, em regra, para entrega das prestações previdenciárias. Essa provocação é efetivada, via procedimento administrativo, logo em um ambiente de Direito Administrativo.
Os ramos do Direito Previdenciário e Direito do Trabalho estão intimamente ligados, notadamente quanto aos conceitos de:
Empregador (art. 2º da CLT); 
Empregado (art. 3º da CLT);
Remuneração (art. 457 da CLT); 
Salário-utilidade (art. 458 da CLT); 
Trabalhador doméstico (art. 1º da Lei 5859/72);
Trabalhador temporário (art. 16 do Decreto 7.384/74);
Verbas indenizatória e interrupção e suspensão dos efeitos do contrato de trabalho.
Surgem pontos de conexão entre o Direito Civil e o Previdenciário como na análise dos conceitos de emancipação, ausência, casamento, união estável, separação, divórcio, dentre outros.
Percebe-se um elo entre o Direito Previdenciário e o Direito Empresarial em relação ao conceito de falência e à recuperação de empresas, no tocante à restituição e habilitação de créditos previdenciários e empresas que tiveram suas falências decretadas.
 O Direito Penal visa proteger os bens jurídicos mais relevantes, daí porque os tipos penais previdenciários encontram-se inseridos no Código Penal.
 O Direito Internacional Público mantêm estreito o relacionamento com o Direito Previdenciário, em face da tendência de internacionalização do Direito Previdenciário, como aquele que diz respeito aos acordos internacionais de previdência social.
Regime previdenciário
O sistemaprevidenciário brasileiro é composto por três subsistemas, a saber:
• o regime geral de previdência social (INSS);
• os regimes jurídicos próprios (previdência do servidor público);
• a previdência complementar (previdência privada, aberta e fechada).
O RGPS é de caráter obrigatório para aqueles que exercem atividade remunerada e facultativo (por força do princípio da universalidade de atendimento) para pessoas que não exercem atividade remunerada ou que não estejam abrangidas por regime próprio de previdência social.
O RGPS é regido pelas Leis nº. 8.212/91 (custeio) e 8.213/91 (benefícios). 
Os regimes próprios de previdência visam dar cobertura previdenciária aos servidores públicos. A União possui dois regimes próprios de previdência, um dos militares e outros dos servidores civis.
Todos os estados brasileiros já possuem regimes próprios para atender seus servidores; entretanto, nem todos os municípios têm regimes próprios previdenciários. Os servidores de município que não têm regime próprio estão vinculados ao regime geral de previdência social.
O regime previdenciário complementar ou previdência privada tem suas características determinadas no artigo 202 da Constituição Federal. É regido pelas Leis Complementares nº. 108 e 109, ambas de 2001. As características marcantes são:
1 – Caráter facultativo;
2 – Autonomia em relação ao regime geral;
3 – Funcionamento calcado na Constituição de reservas financeiras;
4 – Caráter contratual privado.
A Seguridade Social é um direito social. E isto podemos verificar através da leitura do art. 6º da Constituição da República de 1988 (CRFB/88).
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010).
A Seguridade Social, como direito social, traduz-se em um conjunto de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social e à assistência social. Este conceito está insculpido no art. 194 da CFRB:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A Seguridade Social é gênero, e se compõe de três ramos: saúde, previdência social e assistência social.
Segundo Fabio Zambitte, a seguridade social pode ser conceituada como a rede protetiva formada pelo estado e por particulares, com contribuição de todos, incluindo parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida digna.
A manutenção de um padrão mínimo de vida digna traduz o conceito de “mínimo existencial”. Podemos então afirmar que a Seguridade Social é meio para se atingir a justiça social. A justiça, por sua vez, é o fim da ordem social.
A Saúde é direito de todos e dever do Estado (art. 196 CRFB), ou seja, independe de contribuição e, sendo assim, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pública de Saúde.
A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar (art. 203 da CRFB/88), ou seja, aqueles que não têm condições de manutenção própria. Assim como a Saúde, a assistência social independe de contribuição direta do beneficiário.
Conforme menciona Marcelo Leonardo Tavares:
“A assistência social é um plano de prestações sociais mínimas e gratuitas a cargo do Estado para prover pessoas necessitadas de condições dignas de vida. É um direito social fundamental e, para o Estado, um dever a ser realizado por meio de ações diversas que visem atender às necessidades básicas do indivíduo em situações críticas de existência humana, tais como maternidade, infância, adolescência, velhice, e de pessoas portadoras de limitações físicas. As prestações de assistência social são destinadas aos indivíduos sem condições de prover o próprio sustento de forma permanente ou provisória, independentemente da exigência de contribuição para o sistema de seguridade social.”
Assistência Social, Saúde e Previdência Social
Assistência Social
Direcionada àqueles que não conseguem subsistir com seus próprios recursos e do seu núcleo familiar. Tem previsão nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal que garantem prestações assistenciais a todos que necessitarem, independentemente de contribuição. Os recursos são do orçamento da seguridade social que estão determinados no artigo 195 da Carta Política. A Lei 8.742/93 – LOAS (LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL) a regulamenta.
Saúde
A Carta Política reservou os artigos 196 a 200 para o regramento da matéria. É de caráter universal, independentemente de contribuição e seu financiamento é feito com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, além de outras fontes. A Lei nº 8.080/90 regula o denominado SUS – Sistema único de Saúde.
Previdência Social
A previdência social é disciplinada nos artigos 201 e 202 da Carta Magna. É organizada sob a forma de regime geral de caráter contributivo e de filiação obrigatória. 
 Logo, em face do caráter contributivo, só terão direitos às prestações previdenciárias aquelas pessoas que contribuírem para o sistema. As Leis nºs. 8.212/91 e 8.213/91 tratam respectivamente sobre o custeio e as prestações de cobertura para os riscos e as contingências sociais. O Decreto 3.048/99 regulamenta ambas.
Beneficiários da Previdência Social
Beneficiários são pessoas que têm direito às prestações (benefícios e serviços) previdenciárias. É um gênero que comporta duas espécies: segurados (obrigatórios – art. 11 da Lei 8.213/91; e facultativos - art. 13 da Lei 8.213/91) e dependentes (I, II e III, art. 16 da Lei 8.213/91).
 Dependentes para fins previdenciários estão relacionados no art. 16 da Lei 8.213/91. A relação jurídica previdenciária não deve, portanto, ser confundida pela cível no tangente aos direitos entre familiares na condição de ascendentes e descendentes. Por ser tratar de proteção social, há regramento próprio que se distancia da relação de dependência tanto para fins civis como tributários.
A lei divide os dependentes em classes, sendo que a existência de dependentes da classe superior exclui da percepção do benefício aos dependentes das classes inferiores.
Mesma classe - Os dependentes da mesma classe concorrem entre si, em igualdade de condições. A regra concessória determina que a qualidade de dependente é verificada no momento da concessão do benefício. A regra de manutenção determina o direito de um dependente acrescer a sua cota a parte de outro que tenha perdido a condição de dependente.
Demais classes - A dependência econômica da classe I é presumida bastando somente comprovar a condição de cônjuge, companheiro ou filho. Quanto às demais classes a dependência econômica deverá ser comprovada, não necessitando, contudo, ser uma dependência total. 
 Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso deve ser apresentado, no mínimo, três dos documentos previstos no § 3º do art. 22 do Decreto 3.048/99.
Princípios da Seguridade social
Os princípios da Seguridade Social estão previstos no Parágrafo Único do art. 194 da CRFB/88 conforme verificamos abaixo:
I - Universalidade da cobertura e do atendimento: significa que as prestações decorrentes do sistema da seguridade social serão destinadas a quem necessitar, de forma mais abrangente que puder.
II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: consiste em que as diferenças de tratamento às populações urbanas e rurais no Brasil devem ser superadas, de forma a garantir um tratamento equânime.
III - Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: com a aplicação deste principio,há uma ponderação dos critérios de atendimento pela necessidade, dando vantagem aos mais necessitados.
IV - Irredutibilidade do valor dos benefícios: tem por objetivo assegurar a manutenção do poder aquisitivo das prestações pecuniárias.
V - Equidade na forma de participação no custeio: consiste na igualdade de cobrança quando os financiadores se encontrarem sob a mesma condição fática.
VI - Diversidade da base de financiamento: significa que o ingresso no cofres públicos de valores em favor da seguridade social são obtidos com arrecadação de contribuições sociais a cargo de trabalhadores e empregadores, bem como do orçamento dos entes da Federação.
VII - Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados: trata-se de participação dos representantes do governo, dos trabalhadores ativos e inativos e das empresas em órgãos colegiados da administração.
Nesta aula, você:
As fontes do direito previdenciário com base na nossa Constituição Federal;
As relações do Direito Previdenciário com os demais ramos do direito;
Regimes previdenciários;
O que significa seguridade social;
Quais os Beneficiários da previdência social e os
Princípios da Seguridade Social;
Na próxima aula, você vai estudar:
Manutenção e perda da qualidade de segurado beneficiário da previdência social;
Restabelecimento da qualidade de segurado.
Aula 03 – Manutenção e perda da qualidade de segurado
A qualidade de segurado é mantida, em regra, pela continuidade do pagamento das contribuições, uma vez que o subsistema previdenciário fulcra-se na contributividade.
Essa foi a opção do constituinte buscando manter o equilíbrio financeiro atuarial. Com isso, para ter acesso ás prestações, faz-se necessário verter contribuições para o sistema.
No entanto, como se trata de uma relação de Direito Social (seguro social), o legislador previu algumas circunstâncias nas quais, sempre que nelas se encontrar, o segurado tem garantida a qualidade de tempo determinado em lei, independentemente do pagamento de contribuições.
O período, que independe do pagamento de contribuições e mantém a qualidade de segurado, foi denominado pela doutrina como período de graça.
O artigo 15 da Lei n° 8.213/91 expressa às hipóteses de período de graça (vide o artigo).
No artigo 15, parágrafo 1° e 2°, o legislador trouxe previsões de prorrogação dos prazos transcritos (vide o dispositivo citado).
QUALIDADE – Por força da Lei n° 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão dos aposentados por tempo de contribuição e especial.
APOSENTADORIA – No caso de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será considerada desde que o segurado comprove o número mínimo de contribuições exigido para o efeito de carência na data do requerimento do benefício.
MORTE – Não será concedida a pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda dessa qualidade, salvo se já tiverem sido cumpridos os requisitos para concessão de aposentadoria (direito adquirido) ou se comprovarem que, no momento do óbito, o segurado estava incapacitado laboralmente.
Índice
Item 1 – Manoel perdeu seu emprego em 31/12/2009, tendo mantido a qualidade de segurado até 31/12/2011. Em março de 2012, Manoel faleceu devido à metástase de tumor maligno. Sua esposa, Maria, pleiteou o benefício de pensão por morte, tendo juntado atestados e exames que demonstraram que a incapacidade de Manoel teve início ainda no ano de 2010.
Maria, desta forma, faz jus ao benefício de pensão por morte, pois Manoel tinha direito adquirido ao benefício por incapacidade laborativa. (Súmula 26 da AGU).
Sendo assim, podemos concluir que durante o período de graça, ou seja, nos prazos concedidos pelo legislador, o segurado conserva tosos os seus direitos perante a previdência social, Conforme art. 15, § 3° da lei n° 8.213/91, tendo direito de gozos dos benefícios da Previdência Social.
O artigo 15, § 4° da lei n° 8.213/91 determina o momento da caracterização da perda da qualidade de segurado. Esse momento está ligado ao mecanismo legal de pagamento das contribuições determinadas na lei de custeio (Lei 8.212/91), a qual estabelece que os fatos geradores das contribuições de um mês serão pagos no mês seguinte. Assim, traduzindo a previsão legal, a caracterização da perda da qualidade de segurado ocorre a partir do 16° dia do segundo mês após o término do período de graça.
Teste seus conhecimentos
Mário, contribuinte individual, após 2 anos de contribuição, interrompeu os pagamentos à Previdência Social em 31/12/2002. Recolheu, então, a última GPS em 15/01/2003, referente ao mês de 2002.
Quando ele perderá a qualidade de segurado?
Perceba que Mário poderá ficar sem contribuir, pelo prazo de 12 meses, mantendo, mesmo assim, a qualidade de segurado até a competência de dezembro de 2003. Terá, no entanto, que recolher a contribuição referente a janeiro de 2004, sob pena de perder a qualidade de segurado. Para isso, poderá efetuar o recolhimento até o dia 15/02/2004.
Desta forma, seguem alguns questionamentos com respostas de modo que o você possa melhor concluir o estudo ora abordado, senão vejamos:
a) O período de graça de Mário termina em que mês?
Resposta: DEZEMBRO DE 2003.
b) Qual é o mês imediatamente posterior ao período de graça?
Resposta: JANEIRO DE 2004.
c) Quando é o vencimento da contribuição individual referente ao mês de Janeiro de 2004, se o dia for útil?
Resposta: 15/02/2004
d) Quando vai ocorrer a perda de segurado, se o dia 15 for útil?
Resposta: 16/02/2004
Podemos concluir que, a perda da qualidade de segurado de Mario se deu no dia seguinte (16/02/04) ao vencimento da contribuição do contribuinte individual, relativa ao mês posterior (Janeiro/2004) ao término do período de graça (Dezembro/2003).
Em suma, se o período de graça não for observado pelo segurado, haverá a perda dessa qualidade, o que significa a caducidade de seus direitos, especialmente o cumprimento das carências até então e o acesso às prestações previdenciárias.
Assim, quando o segurado não conseguir retornar ao mercado de trabalho (situação de desempregado) para garantir a continuidade da proteção previdenciária, pouco antes da expiração do período de graça, deverá, para manter a qualidade de segurado, passar a contribuir como segurado facultativo.
O período de graça pode ser utilizado inúmeras vezes, sempre que o segurado estiver em uma das hipóteses previstas em lei. No entanto, deve ser ressaltado que o período de graça não conta como carência nem como tempo de contribuição.
Restabelecimento da qualidade de segurado
Havendo a fatal perda da qualidade de segurado as contribuições anteriores a esta data só serão computadas para efeito de carência depois de o segurado contar na nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. É o que está previsto no artigo 24, parágrafo único da Lei 8.213/91.
Portanto, quando ocorrer a perda da qualidade de segurado deve, necessariamente, haver nova filiação.
Com isto, fechamos o conteúdo na nossa terceira aula deste módulo.
Até a próxima!
Nesta aula, você viu:
A manutenção e perda da qualidade de segurado, bem como acontece o restabelecimento da qualidade de segurado.
Na próxima aula, você vai estudar:
Dependentes;
Perda da qualidade de dependente.
Aula 04 – Dependente e perda da qualidade de dependente
DEPENDENTES: A remuneração do trabalhador garante não só a sua subsistência como a dos seus dependentes. Se a finalidade da relação jurídica previdenciária é a garantia de subsistência, a proteção previdenciária deve ser provida não só para o trabalhador, mas, também, para aquelas pessoas que dele dependem.
Os dependentes são denominados beneficiários indiretos do Regime Geral da Previdência Social. Fala-se em beneficiários indiretos pelo modocomo adquirirem o direito à proteção previdenciária.
Enquanto os segurados adquirem a condição de beneficiário por ato próprio (exercendo atividade remunerada prevista em lei ou contribuindo, caso não exerça atividade remunerada), o direito dos dependentes fica condicionado à existência da qualidade de segurado de quem dependem economicamente.
A proteção previdenciária que é devida ao dependente, contudo, é direito próprio. Quando ocorre o evento legalmente previsto (morte, reclusão etc.), o dependente passa a ter direito subjetivo, em nome próprio, em face do ente segurador estatal.
Com efeito, os dependentes são agrupados por classes, isto é, cada inciso do artigo 16 da Lei 8.213/91, representa uma classe. Essas classes formam a ordem de vocação previdenciária, visto que a existência de dependentes de qualquer das classes, do referido artigo, exclui do direito às prestações os das classes seguintes, senão vejamos:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I, do artigo 16 da Lei 8.213/91 é presumida e a das demais deve ser comprovada. O legislador, levando em conta os estreitos laços existentes entre os dependentes preferenciais e o segurado, tomou como verdadeiro um fato que é normal, comum, qual seja, a dependência econômica daquelas pessoas relacionadas no inciso I do artigo mencionado acima.
Para a comprovação do vínculo de companheirismo e da dependência econômica, conforme o caso deve ser apresentado, no mínimo três dos documentos relacionados no artigo 22, parágrafo 3° do Decreto n° 3.048/99.
§ 3° Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentadas no mínimo três dos seguintes documentos:
Certidão de nascimento de filho havido em comum;
Certidão de casamento religioso;
Declaração do imposto de renda do segurado, m que conste o interessado como seu dependente;
Disposições testamentárias;
Anotações constante na carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, feita pelo órgão competente; (Revogado pelo Decreto n° 5.699, de 2006)
Declaração especial feita perante tabelião;
Prova de mesmo domicílio;
Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;
Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
Conta bancária conjunta;
Registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado;
Anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária;
Ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável;
Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;
Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou
Quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.
A dependência econômica do companheiro ou companheira é presumida legalmente. Os documentos referidos não dizem respeito à comprovação da dependência econômica, mas à comprovação do próprio vínculo de companheirismo. Assim como a resposta deve provar o casamento válido, presumindo-se a dependência econômica, a companheira provará a vida em comum, presumida, não obstante a mesma dependência.
PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
A perda da qualidade de dependência no caso do cônjuge se dá por separação judicial ou divórcio sem previsão de prestação de alimentos, ou enquanto a prestação não for determinada, bem como por anulação do casamento, óbito ou sentença judicial transitada em julgado, nos termos do §2°, do artigo 17, da Lei n° 8.213/91.
Sobre esse tema, cabe a leitura da súmula 336 do C. STJ. STF Súmula n° 336 – 25/04/2007 – DJ 07.05.2007.
Renúncia aos alimentos da Mulher na separação judicial – Direito à Pensão Previdenciária por Morte do Ex-Marido. A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito á pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
Para companheiro ou companheira a perda da qualidade de dependente ocorre por cessação da união estável sem pagamento de pensão alimentícia ou enquanto ela não for determinada para filho e irmão por completarem 21 anos ou se emanciparem, por cessação de invalidez ou por falecimento e para os pais por falecimento.
Por que os dependentes são denominados beneficiários indiretos do regime Geral da previdência Social?
Os dependentes são denominados beneficiários indiretos do Regime Geral da Previdência Social. Fala-se em beneficiários indiretos pelo modo como adquirem o direito à proteção previdenciária.
Enquanto os segurados adquirem a condição de beneficiário por ato próprio (exercendo atividade remunerada prevista em lei ou contribuindo, caso não exerça atividade remunerada), o direito dos dependentes fica condicionada à existência da qualidade de segurado de quem dependem economicamente.
Como ocorre a perda da qualidade de dependentes perante a Previdência Social?
A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (artigo 195, § 4°, CRFB/88).
Trata-se da competência residual da União para a instituição de novas contribuições. O constituinte, já prevendo dificuldades na manutenção da seguridade social, possibilitou a criação de novas fontes de custeio, além das contribuições já previstas no texto Constitucional.
De modo a atender ao princípio da não surpresa, dando tempo as contribuintes e segurados para adequada preparação financeira do pagamento da contribuição, somente poderão ser exigidas depois de decorridas 90 dias da data da publicação da lei, que as houver, instituído ou modificado (artigo 195, §6°, da CRFB).
Nesta aula, você estudou:
Como a CF define o custeio da seguridade social, contribuições sociais e suas espécies bem como as criações de novas contribuições sociais.
Na próxima aula, você vai estudar:
Dos contribuintes da Previdência Social;
Dos salários de contribuição;
Da arrecadação e recolhimento das contribuições.
Aula 05 – O financiamento da seguridade social
Custeio da seguridade social
Dispõe a Constituição que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito federal, dos Municípios e das contribuições sociais (artigo 195, caput).
Em tese, todas as contribuições sociais do artigo 195 da constituição, são vinculadas à manutenção da seguridade social, mas as cotizações previdenciárias são ainda mais específicas, pois somente poderão ser utilizadas no custeio da previdência social.
Contribuições sociais: Espécies
Como determina o artigo 149, da Constituição, a instituição das contribuições sociais, e, em regra, da União. Somente caberá aos Estados, Distrito Federal e Municípios a criação de contribuições para o custeio de sistema securitário de seus servidores. São as contribuições responsáveis pelo sustento dos regimes próprios de previdência destes componentes da Federação.
A natureza jurídica das contribuições sociais é entendida como tributo, sendo espécie autônoma inconfundível com imposto, taxa e contribuição de melhoria.
O direito da seguridade social de apurar e constituir seus créditos, somenteé extinta após 5 anos, valendo o mesmo interregno para prescrição do crédito. O tema foi objeto da Súmula Vinculante n° 08 do STF.
As espécies de contribuições sociais têm previsão a partir do artigo 195, da Carta Magna, a saber:
Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre:
Folha de salários e demais rendimentos de salários pagos ou creditados a qualquer título à pessoa física que lhe presta serviço mesmo sem vínculo empregatício. A Lei 8.212/91 (Custeio previdenciário), no artigo 22, institui tais contribuições (vide a redação do dispositivo);
A receita ou o faturamento – COFINS – instituído pela LC 70/91;
O lucro – CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que foi instituída pela Lei n° 7.689/88.
Do trabalhador e os demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadorias e pensões concedidas pelo regime geral de previdência social. A contribuição dos segurados do RGPS é tratada nos artigos 21 e 22 da Lei n° 8.212/91.
Sobre a receita de concurso de prognósticos. São autorizados pelo Poder Público, como a loteria federal. São todos e quaisquer concursos de sorteio de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito federal e municipal.
Esta contribuição é prevista no artigo 26 da Lei n° 8.212/91, cabendo o pagamento à seguridade social toda a renda líquida do concurso, quando organizado pelo Poder Público (vide artigo 212 e §5° do Regulamento da Previdência Social – RPS – aprovado pelo DECRETO N° 3.048/99).
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Esta nova contribuição foi criada pela reforma tributária criada pela Emenda Constitucional n° 42/2003, inserido mais um inciso no artigo 195. A Lei n° 10.165/2004 instituiu a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (COFINS – Importação);
V – PIS/PASEP – Os seus recursos são prioritamente direcionados aos FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), para manutenção do seguro desemprego que é atualmente administrado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não sendo benefício previdenciário, apesar de previsão constitucional neste sentido (artigo 201, III, CRFB/88).
VI – Salário-Educação. É prevista no artigo 212, § 5°, da CRFB/88), com redação dada pela EC N° 53/2006, que define que “a educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei”.
A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (artigo 195, § 4°, CRFB/88.
Trata-se da competência residual da União para a instituição de novas contribuições. O constituinte, já prevendo dificuldades na manutenção da seguridade social, possibilitou a criação de novas fontes de custeio, além das contribuições já previstas no texto Constitucional.
De modo a atender o princípio da não surpresa, dando tempo aos contribuintes e segurados para adequada preparação financeira do pagamento da contribuição, somente poderão ser exigidas depois de decorridos 90 dias da data da publicação da lei, que as houver, instituído ou modificado (artigo 195, § 6°, CRFB/88).
1 – Como determina o artigo 149, da Constituição, a instituição das contribuições sociais, é, em regra, da União. Somente caberá aos Estados, Distrito Federal e Municípios a criação de contribuições para o custeio de sistema securitário de seus servidores.
2 – O direito da seguridade social de apurar e constituir seus créditos, somente é extinta após 5 anos, valendo o mesmo interregno para prescrição do crédito.
3 – A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (artigo 195, §4°, CRBF/88).
Trata-se da competência residual da União para a Instituição de novas contribuições. O constituinte, já prevendo dificuldades na manutenção da seguridade social, possibilitou a criação de novas fontes de custeio, além das contribuições já previstas no texto Constitucional.
De modo a atender ao princípio da não surpresa, dando tempo aos contribuintes e segurados para adequada preparação financeira do pagamento da contribuição, somente poderão s exigidas depois de decorridos 90 dias da data da publicação da lei, que as houver, instituído ou modificado (artigo 195, §6°, CRFB/88).
Nesta aula, vimos
Como a CF define o custeio da seguridade social, contribuições sociais e suas espécies bem como as criações de novas contribuições sociais.
Na próxima aula, estudaremos:
Dos contribuintes da previdência social;
Dos salários de contribuições;
Da arrecadação e recolhimento das contribuições.

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