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aula processo penal

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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
APRESENTAÇÃO 
Caros alunos, meu nome é JULIO MARQUETI, sou bacharel em Direito, Analista 
Judiciário - Área Judiciária - especialidade Executante de Mandados no Tribunal 
Regional Federal da 3a Região, professor de Direito Penal em vários cursos 
preparatórios, em São Paulo e em outras localidades, além de autor do livro 
DIREITO PENAL - PARTE GERAL - EDITORA CAMPUS/ELSEVIER - 2008. 
Mais uma vez aqui estou, pois fui honrado com o convite a integrar o grupo de 
profissionais que trabalham neste célebre curso. Digo célebre tendo em conta a 
qualidade do trabalho desempenhado e o bom nível dos alunos que buscam este 
instrumento de aprendizado. 
Pois bem. Passaremos, então, a desenvolver um trabalho sintético, onde 
trataremos de QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL PARA O 
CONCURSO DE AGENTE E ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL. 
O nosso trabalho será REALIZADO EM 3 AULAS, além da aula 0. As aulas serão 
semanais. Resolveremos questões com a exposição de uma boa base teórica. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL. 
0 Inquérito policial. 
1 Inquérito policial (01/07/2011). 
2 Prova (artigos 158 a 239 do CPP); Busca e Apreensão (08/07/2011).. 
3 Prisão em flagrante. Prisão preventiva. Prisão temporária (Lei n° 7.960/1989) 
(15/07/2011). 
Em nossas aulas serão utilizados vários elementos visuais para chamar a sua 
atenção e fixar de maneira eficiente a informação. Veja exemplo: 
Prof. Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 1 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
A experiência já nos mostrou que o fórum de dúvidas é instrumento indispensável 
para que haja eficiência em nosso trabalho. Assim, sugiro aos alunos que dele se 
valham para que possamos extrair o melhor dos resultados. 
Os assuntos já tratados em aula não impedem que sejam objeto de estudo nos 
encontros seguintes, oportunidade em que novas questões sobre eles serão 
trazidas à colação. 
A aula 0, que segue adiante, dar-lhes-á uma boa visão do modo em que nosso 
curso irá se desenvolver. 
Com isso, vamos ao trabalho. 
Boa sorte a todos e que Deus nos abençoe. 
Professor JULIO MARQUETI. 
Prof. Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 2 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
AULA 0 - DO INQUÉRITO POLICIAL 
Caros Alunos, recomendo-lhes a utilização do Código de Processo Penal. Para esta 
aula, trataremos dos artigos iniciais do CPP (1o ao 23 do CPP). Assim, objetivando 
facilitar a consulta, ao final da aula vocês terão à disposição os mencionados 
dispositivos. 
DAS QUESTÕES 
1. (CESPE/DPU) Acerca da aplicação da lei processual penal no tempo, julgue os 
itens que se seguem. 
75 O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos 
processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando 
o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
2.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 104 Considere que um promotor de justiça 
tenha recebido, por escrito, informações referentes a um fato delituoso e sua 
autoria, de modo a subsidiar a ação penal com os elementos necessários ao 
oferecimento da denúncia. Nessa situação, deverá o promotor de justiça enviar as 
peças à autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial. 
3.(CESPE/DELEGADO/TO) 100 O inquérito policial, procedimento persecutório de 
caráter administrativo instaurado pela autoridade policial, tem como destinatário 
imediato o Ministério Público, titular único e exclusivo da ação penal. 
4.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) Quanto ao processo penal, seus princípios e 
procedimentos, julgue os itens a seguir. 
81 Sendo o inquérito policial um procedimento realizado pela polícia judiciária cujo 
destinatário é o juiz, são aplicáveis em sua elaboração e tramitação todos os 
princípios processuais inerentes à instrução criminal, entre os quais o contraditório 
e a ampla defesa. 
5.(CESPE/MP/RO) A respeito do inquérito policial, julgue o item: 
1. Com o advento da CF, que assegurou o contraditório e a ampla 
defesa nos procedimentos administrativos, o IP atual deve observar tais 
princípios, apesar da ausência de previsão no CPP. 
Prof. Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 3 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
6.(CESPE/ESCRIVÃO/PF) Acerca do inquérito policial, julgue os itens que se 
seguem. 
95 O inquérito policial tem natureza judicial, visto que é um procedimento 
inquisitório conduzido pela polícia judiciária, com a finalidade de reunir elementos 
e informações necessárias à elucidação do crime. 
7.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 105 A garantia constitucional do 
contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito 
policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de 
elementos que possibilitem a instauração do processo. 
8.(CESPE) Acerca do inquérito policial e da ação penal e suas espécies, julgue os 
itens a seguir. 
97 Diante de requerimento da vítima ou de seu representante legal à autoridade 
policial noticiando fato infringente da norma, diz-se que há notitia criminis de 
cognição imediata. 
Gabarito das questões tratadas em aula 
1.(CESPE/DPU) Acerca da aplicação da lei processual penal no tempo, julgue os 
itens que se seguem. 
75 O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos 
processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando 
o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
Gabarito: CERTO 
2.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 104 Considere que um promotor de justiça 
tenha recebido, por escrito, informações referentes a um fato delituoso e sua 
autoria, de modo a subsidiar a ação penal com os elementos necessários ao 
oferecimento da denúncia. Nessa situação, deverá o promotor de justiça enviar as 
peças à autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial. 
Gabarito: ERRADO 
3.(CESPE/DELEGADO/TO) 100 O inquérito policial, procedimento persecutório de 
caráter administrativo instaurado pela autoridade policial, tem como destinatário 
imediato o Ministério Público, titular único e exclusivo da ação penal. 
Gabarito: ERRADO 
Prof. Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 4 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
4.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) Quanto ao processo penal, seus princípios e 
procedimentos, julgue os itens a seguir. 
81 Sendo o inquérito policial um procedimento realizado pela polícia judiciária cujo 
destinatário é o juiz, são aplicáveis em sua elaboração e tramitação todos os 
princípios processuais inerentes à instrução criminal, entre os quais o contraditório 
e a ampla defesa. 
Gabarito: ERRADO 
5.(CESPE/MP/RO) A respeito do inquérito policial, julgue o item: 
1. Com o advento da CF, que assegurou o contraditório e a ampla 
defesa nos procedimentos administrativos, o IP atual deve observar tais 
princípios, apesar da ausência de previsão no CPP. 
Gabarito: ERRADO 
6.(CESPE/ESCRIVÃO/PF) Acerca do inquérito policial, julgue os itens que se 
seguem. 
95 O inquérito policial tem natureza judicial, visto que é um procedimento 
inquisitório conduzido pela polícia judiciária, com a finalidade de reunir elementos 
e informações necessárias à elucidação do crime. 
Gabarito: ERRADO 
7.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 105 A garantia constitucional do 
contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito 
policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de 
elementosque possibilitem a instauração do processo. 
Gabarito: CERTO 
Resolução das questões tratadas em aula 
1.(CESPE/DPU) Acerca da aplicação da lei processual penal no tempo, julgue os 
itens que se seguem. 
75 O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos 
processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando 
o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
Prof. Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 5 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
Resolução: CERTO 
A lei processual regerá os atos processuais1 que vierem a ser praticados desde 
sua vigência. Impera, portanto, a regra "tempus regit actum" (a lei regerá os 
acontecimentos de seu tempo). Os atos processuais deverão respeitar a lei do 
momento de sua prática. Com isso, mesmo que o processo tenha se iniciado sob 
o império da lei anterior, os atos processuais atuais deverão respeitar a lei 
vigente. 
Assim, se um processo tenha se iniciado antes do advento da nova lei, esta ser-
lhe-á aplicada nos atos que lhe sucedam. Portanto, o fato de determinado 
processo ter se iniciado antes da lei, não impede a sua aplicação, ainda que 
prejudicial ao acusado. 
Tratando-se, assim, de norma de direito processual penal, não haverá a 
incidência da exceção contida na Constituição Federal2, isto é, a lei nova, se mais 
benéfica ao acusado, NÃO RETROAGIRÁ PARA ATINGIR OS ATOS 
PROCESSUAIS PRATICADOS SOB O IMPÉRIO DA LEI ANTERIOR. Com isso, 
a lei processual penal não será aplicada aos atos processuais da lei anterior, 
mesmo que esta, já revogada, seja prejudicial ao acusado frente à lei nova. 
2.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 104 Considere que um promotor de justiça 
tenha recebido, por escrito, informações referentes a um fato delituoso e sua 
autoria, de modo a subsidiar a ação penal com os elementos necessários ao 
oferecimento da denúncia. Nessa situação, deverá o promotor de justiça enviar as 
peças à autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial. 
Resolução: ERRADO 
O inquérito policial é uma peça informativa e dispensável. Caso o membro do 
Ministério Público já possua os elementos necessários para a propositura da ação 
penal, não se exige a instauração do inquérito policial. Portanto, na situação 
apresentada na questão o Promotor não deverá enviar as peças à autoridade 
policial para a instauração do inquérito policial. Caber-lhe-á a propositura da ação 
penal. 
O Ministério Público, de posse das peças informativas, poderá tomar uma das 
seguintes medidas: 
:Ato processual: O ato processual é um ato jurídico. Portanto, é a manifestação de vontade de um sujeito, como todo ato jurídico o é. 
Todavia, é peculiarizado pelo ambiente em que é praticado. O ato processual é um ato jurídico praticado dentro do processo, respeitando, 
sempre, as regras processuais que norteiam a sua prática (ex: interrogatório do réu - artigos 185 e seguintes do CPP). 
2 Artigo 5°, inc. XL, da CF : "A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu ". 
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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
1- Se presentes os requisitos necessários para a ação penal (indícios de 
autoria e prova da materialidade delitiva) deverá oferecer a DENUNCIA. 
2- Se entender que não há provas para a denúncia, poderá requerer a 
remessa à autoridade policial para diligências ou requerer o seu 
arquivamento. 
Na questão é evidente que o Ministério Púbico já possuía elementos para o 
oferecimento da denúncia. Observe, no texto, a expressão "informações 
referentes a um fato delituoso e sua autoria, de modo a subsidiar a ação penal 
com os elementos necessários ao oferecimento da denúncia". Portanto, deverá 
oferecer a peça acusatória (denúncia) e não remeter os autos à autoridade 
policial. 
3.(CESPE/DELEGADO/TO) 100 O inquérito policial, procedimento persecutório de 
caráter administrativo instaurado pela autoridade policial, tem como destinatário 
imediato o Ministério Público, titular único e exclusivo da ação penal. 
Resolução: ERRADO. 
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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
O Ministério Público não é o único destinatário imediato do Inquérito Policial. 
Estaria correta a afirmativa se estivesse tratando tão só dos casos de ação penal 
pública. Mas, como não o fez, não podemos tê-la como correta. Nos crimes de 
ação penal privada, o destinatário imediato do inquérito policial não é o Ministério 
Público, mas sim o ofendido ou seu representante legal. Em síntese: O 
Ministério Público, na ação penal pública, e o ofendido, além de seu 
representante legal, na ação penal privada, SÃO OS DESTINATÁRIOS 
IMEDIATOS DO INQUÉRITO POLICIAL. O juiz, por sua vez, figura como 
DESTINATÁRIO MEDIATO. 
4.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) Quanto ao processo penal, seus princípios e 
procedimentos, julgue os itens a seguir. 
81 Sendo o inquérito policial um procedimento realizado pela polícia judiciária cujo 
destinatário é o juiz, são aplicáveis em sua elaboração e tramitação todos os 
princípios processuais inerentes à instrução criminal, entre os quais o contraditório 
e a ampla defesa. 
Resolução: ERRADO 
Vamos, antes de tudo dispensar atenção às características do inquérito policial. 
Vejamos: 
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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
De acordo com a doutrina, o inquérito policial tem certas características. 
Trataremos, todavia, daquelas em que a uniformidade doutrinária impera. São 
elas: 
PROCEDIMENTO ESCRITO 
De acordo com o artigo 9° do Código de Processo Penal, todas as peças do 
inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
A exigência do procedimento escrito é necessária para que, pela ausência 
de contraditório e ampla defesa, se possa, com maior eficiência, aferir a 
legalidade ou não dos atos praticados. 
DISPENSÁVEL 
O inquérito policial é um procedimento informativo, cujo objetivo é 
subsidiar eventual ação penal. Caso o titular da ação penal disponha de 
documentos que demonstrem a existência de indícios de autoria e prova da 
materialidade delitiva (JUSTA CAUSA), não se imporá a necessidade de 
instauração do inquérito policial, pois a ação penal pode ser proposta sem ele. 
Segundo a jurisprudência, não é essencial ao oferecimento da denúncia a 
instauração de inquérito policial, desde que a peça acusatória esteja 
sustentada por documentos suficientes à caracterização da materialidade do 
crime e de indícios suficientes de autoria. 
SIGILOSO 
Trata-se, ademais, de um procedimento sigiloso já que, à luz do artigo 20 
do Código de Processo Penal, caberá à autoridade assegurar no inquérito 
policial o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da 
sociedade. 
O sigilo imposto ao procedimento não é, todavia, absoluto. O Ministério 
Público e o Poder Judiciário têm a prerrogativa de acompanhar a atividade 
policial. 
Com o advento da Lei 8.906/94, instalou-se grande celeuma sobre o acesso 
do advogado ao inquérito policial. De acordo com o seu artigo 7°, XIV, é 
direito do advogado examinar em qualquer repartição autos em flagrante e de 
inquérito policial. 
Lei 8.906/94 - Estatuto da Advocacia. 
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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
Art. 7° São direitos do advogado: 
XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo semprocuração, autos de flagrante e de inquérito, 
findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; 
Sobre o tema, manifestou-se da seguinte maneira o STF3: 
"Do plexo de direitos dos quais é titular o indiciado - interessado primário no procedimento 
administrativo do inquérito policial -, é corolário e instrumento a prerrogativa do advogado de 
acesso aos autos respectivos, explicitamente outorgada pelo Estatuto da Advocacia (L. 
8906/94, art. 7°, XIV), da qual - ao contrário do que previu em hipóteses assemelhadas - não 
se excluíram os inquéritos que correm em sigilo: a irrestrita amplitude do preceito legal 
resolve em favor da prerrogativa do defensor o eventual conflito dela com os interesses do 
sigilo das investigações, de modo a fazer impertinente o apelo ao princípio da 
proporcionalidade. 3. A oponibilidade ao defensor constituído esvaziaria uma garantia 
constitucional do indiciado (CF, art. 5°, LXIII), que lhe assegura, quando preso, e pelo menos 
lhe faculta, quando solto, a assistência técnica do advogado, que este não lhe poderá prestar 
se lhe é sonegado o acesso aos autos do inquérito sobre o objeto do qual haja o investigado 
de prestar declarações. 4. O direito do indiciado, por seu advogado, tem por objeto as 
informações já introduzidas nos autos do inquérito, não as relativas à decretação e às 
vicissitudes da execução de diligências em curso". 
Assim, de acordo com a decisão do STF, em síntese, ao advogado se deve 
permitir o acesso ao inquérito policial. No entanto, não se permitirá o acesso a 
diligências sigilosas ainda em curso (Exemplo: interceptação telefônica). Com 
o seu término, caberá à autoridade policial permitir o acesso do advogado à 
prova colhida. Assim, estamos diante de uma hipótese de publicidade 
postergada ou diferida. 
INQUISITIVO 
O caráter inquisitivo do inquérito policial decorre do fato de não se aplicar a 
este procedimento o contraditório e a ampla defesa. De fato, caberá à 
autoridade que o preside, de maneira unilateral, dar cabo à atividade 
persecutória. 
A impossibilidade de se opor suspeição às autoridades policiais nos atos do 
inquérito (artigo 107 do CPP) denota o seu caráter inquisitivo. 
Há, todavia, inquéritos que admitem o contraditório e a ampla defesa. 
Exemplo é o do inquérito administrativo instaurado pela Polícia Federal com o 
objetivo expulsão do estrangeiro. 
Sobre a garantia do contraditório no processo penal, Scarance4 observa que: 
3 
STF - HC 82.354/PR - Relator: Ministro Sepúlveda Pertence - Órgão julgado: 1a Turma - Data do julgamento: 10/08/2004 
4 Scarance Fernandes - Antônio - Processo Penal Constitucional - Editora RT - 2005 
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POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
A oficialidade do inquérito policial se dá pelo fato de a atividade persecutória 
ficar a cargo da polícia judiciária, ou seja, de órgãos oficiais. Com isso, é 
evidente a impossibilidade de inquérito policial realizado por particular. No 
entanto, não se deve afirmar que o particular não possa empreender 
diligências investigativas. 
O inquérito policial é considerado oficioso nos casos de crimes que devam ser 
apurados através de ação penal pública incondicionada, pois, neste caso 
caberá à autoridade policial, de ofício, independentemente de provocação de 
qualquer pessoa a instauração do procedimento. 
OFICIAL 
OFICIOSO 
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INFORMATIVO 
O inquérito policial tem CARATER MERAMENTE INFORMATIVO. Conquanto 
tenha por finalidade última possibilitar a punição daqueles que infringem a 
ordem penal, não se presta, sem si mesmo, como instrumento punitivo, uma 
INDISPONÍVEL 
A indisponibilidade do inquérito policial advém de não se permitir que a 
autoridade policial arquive o inquérito policial ou a ele não dê o necessário 
andamento. 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
vez que não é idôneo a provocar a manifestação jurisdicional. A pretensão 
punitiva pode apenas ser veiculada pela ação penal, que não pode ser 
exercida pela autoridade policial5. 
A prova produzida no inquérito policial, por si só, não tem o condão de levar a 
uma sentença condenatória, pois o inquérito constitui peça informativa que 
objetiva, tão-só, dar subsídio para eventual ação penal. 
Ademais, eventuais irregularidades em peças que integram o inquérito policial 
não contaminam o processo, nem ensejam a sua anulação, dado que o 
INQUÉRITO É MERA PEÇA INFORMATIVA da denúncia ou da queixa. 
5.(CESPE/MP/RO/ADAPTADA) A respeito do inquérito policial, julgue o 
item: 
1. Com o advento da CF, que assegurou o contraditório e a ampla 
defesa nos procedimentos administrativos, o IP atual deve observar tais 
princípios, apesar da ausência de previsão no CPP. 
Resolução: ERRADO 
O INQUÉRITO POLICIAL É INQUISITO. O caráter inquisitivo do inquérito 
policial decorre do fato de não se aplicar a este procedimento o contraditório e a 
ampla defesa. De fato, caberá à autoridade que o preside, de maneira unilateral, 
dar cabo à atividade persecutória. 
6.(CESPE/ESCRIVÃO/PF) Acerca do inquérito policial, julgue os itens que se 
seguem. 
95 O inquérito policial tem natureza judicial, visto que é um procedimento 
inquisitório conduzido pela polícia judiciária, com a finalidade de reunir elementos 
e informações necessárias à elucidação do crime. 
5 Mougenot Bonfim - Edilson - Código de Processo Penal - Anotado - Editora Saraiva. 
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INQUISITIVO. 
Portanto, o inquérito policial não é caracterizado pela aplicação de todos 
princípios processuais inerentes à instrução criminal. Sabe-se que 
os 
de não se aplicar a este procedimento o contraditório e a ampla defesa. De fato, 
caberá à autoridade que o preside, de maneira unilateral, dar cabo à atividade 
persecutória. 
O caráter inquisitivo do inquérito policial decorre do fato 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
Resolução: ERRADO 
O inquérito policial não tem natureza judicial. Trata-se de um PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO, sendo certo, no entanto, que um de seus destinatários é o 
membro do Poder Judiciário. 
7.(CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS) 105 A garantia constitucional do 
contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito 
policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de 
elementos que possibilitem a instauração do processo. 
Resolução: CERTO 
O inquérito policial é um PROCEDIMENTO INQUISITIVO DE NATUREZA 
ADMINISTRATIVA. Assim, por não ser instrução criminal em sentido estrito, não há 
que se falar em contraditório e ampla defesa. 
8.(CESPE) Acerca do inquérito policial e da ação penal e suas espécies, julgue os 
itens a seguir. 
97 Diante de requerimento da vítima ou de seu representante legal à autoridade 
policial noticiando fato infringente da norma, diz-se que há notitia criminis de 
cognição imediata. 
Resolução: ERRADO 
O inquérito policial só terá início quando à autoridade policial é dado o 
conhecimento de que houve a prática de fato que, em tese, poderá constituir 
crime. 
Assim, para que se inicie o inquérito policial é necessário a "NOTITIA 
CRIMINIS", ou seja, a notícia de que houve um crime. Segundo a doutrina, há 
várias espécies de "notitia criminis". São elas: 
^ "NOTITIA CRIMINIS" DE COGNIÇÃO (CONHECIMENTO) IMEDIATA: 
De cognição imediata ou direta ou espontânea é a notícia de crime que 
chega ao conhecimento da autoridade policial em razão de sua atividade 
funcional, ou seja, sem que haja uma provocação de terceiro, 
comunicando formalmente eventual fato delituoso. 
Prof.Júlio Marqueti www.pontodosconcursos.com.br 13 
POLÍCIA FEDERAL - AGENTE E ESCRIVÃO - PROCESSO PENAL -
EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: JULIO MARQUETI 
É o que se dá, por exemplo, quando diante de uma notícia jornalística 
(TV) a autoridade policial toma conhecimento da prática de um crime. 
^ "NOTITIA CRIMINIS" DE COGNIÇÃO (CONHECIMENTO) MEDIATA: 
Será de cognição mediata ou indireta ou provocada aquela notícia que 
chega ao conhecimento da autoridade policial por meio de 
comunicação formal de terceiro. 
É o que ocorre, por exemplo, quando a autoridade policial é comunicada 
pelo juiz ou pelo Ministério Público de que houve um crime, 
oportunidade em que, à luz do disposto no artigo 5°, II, do CPP, lhe é 
requisitada a instauração do inquérito policial. 
No artigo 5°, II e parágrafos 1°, 3° e 5° do CPP estão elencadas 
hipóteses em que o inquérito policial se inicia por meio de notitia 
criminis mediata. 
^ "NOTITIA CRIMINIS" COERCITIVA: 
A notícia de crime será coercitiva quando a autoridade policial efetua a 
prisão em flagrante delito daquele que provavelmente praticou o 
crime. Portanto, nos casos do artigo 302 do CPP, dá-se, de fato, a 
notitia criminis coercitiva. 
É certo, todavia, que, apesar de coercitiva, poderá a notícia do crime ter 
chegado ao conhecimento da autoridade policial em razão de sua 
atividade de oficio (notitia criminis imediata) ou por provocação de 
terceiro (notitia criminis mediata). 
^ "NOTITIA CRIMINIS" POR DELAÇÃO: 
Haverá a notitia criminis por delação ou "delatio criminis", espécie de 
notitia criminis de cognição mediata, quando qualquer do povo, nos 
termos do artigo 5°, parágrafo 3°, do CPP, comunica o fato à autoridade 
policial. 
Neste caso, age a autoridade policia porque alguém, tendo 
conhecimento de fato delituoso, requereu, verbalmente ou por escrito, a 
tomada de providências. 
Quando a vítima (ofendido) ou seu representante legal, nos termos do 
artigo 5°, II, "in fine" e parágrafo 5°, do CPP, noticiam a existência de 
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um crime e requerem a instauração do inquérito policial há a chamada 
DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA. 
Diferente, no entanto, é a delação feita por qualquer pessoa (artigo 5o, 
parágrafo 3o, do CPP), pois não há, por parte do delator, um interesse 
que não seja comunicar à autoridade policial a ocorrência de eventual 
infração penal. Não há, em verdade, no caso do parágrafo 3o, uma 
postulação, mas tão-só uma delação. 
No caso apresentado, há uma situação de notitia criminis de cognição mediata. 
Certamente, estamos diante de uma DELATIO CRIMINIS POSTULATÓRIA. 
Não podemos esquecer que a notitia criminis de cognição imediata ocorrerá, 
segundo a doutrina, quando o fato chega ao conhecimento da autoridade policial 
em razão de sua atividade funcional, ou seja, sem que haja uma provocação 
de terceiro, comunicando formalmente eventual fato delituoso. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
1. Capez - Fernando - Curso de Processo Penal - Editora Saraiva. 
2. Mougenot Bonfim - Edilson - Código de Processo Penal Anotado - Editora Saraiva. 
3. Nucci - Guilherme de Souza/Nucci - Nália Cristina Ferreira - Pratica Forense Penal - Editora RT. 
4. Nucci - Guilherme de Souza - Código de Processo Penal Comentado - Editora RT. 
5. Greco Filho - Vicente - Manual de Processo Penal - Editora Saraiva. 
6. Scarance Fernandes - Antônio - Processo Penal Constitucional - Editora RT - 2005 
DISPOSITIVOS LEGAIS RECOMENDADOS À LEITURA 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos 
com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos n°s. IV e V, quando as leis 
especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a 
vigência da lei anterior. 
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
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TÍTULO II 
DO INQUÉRITO POLICIAL 
Art. 4° A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por 
lei seja cometida a mesma função. 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de 
quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de 
ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação 
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência 
das informações, mandará instaurar inquérito. 
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser 
iniciado. 
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de 
quem tenha qualidade para intentá-la. 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, 
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua 
folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos 
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridadepolicial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a 
ordem pública. 
Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. 
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, 
neste caso, rubricadas pela autoridade. 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver 
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, 
ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar 
onde possam ser encontradas. 
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do 
inquérito. 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
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Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para 
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao 
requerente, se o pedir, mediante traslado. 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse 
da sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial não poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes, salvo no caso de 
existir condenação anterior. 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida 
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. 
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho 
fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em 
qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 
4.215, de 27 de abril de 1963) 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com 
exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição 
de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a 
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto 
de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e 
os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
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