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AULA+5-ESTRUTURA+DA+CONSTITUIÇÃO

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ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
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Discussão acerca da relevância jurídica do Preâmbulo.
A)Tese da irrelevância jurídica
B)Tese da plena eficácia
C)Tese da Relevância Jurídica indireta
Na ADI nº 2076-5-AC o STF firmou entendimento de que o preâmbulo não constitui norma central e que a invocação da “proteção de Deus” não se trata de norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.
No Mandado de Segurança nº 24.645/DF, deixou assente que o conteúdo do preâmbulo não impõe qualquer limitação de ordem material ao poder reformador outorgado ao Congresso Nacional.
PREÂMBULO
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Das decisões e pelo posicionamento da melhor doutrina podemos concluir que o preâmbulo:
A) Não tem força normativa;
B) Não é norma de observância obrigatória para os Estados membros, DF e municípios;
C) Não serve de parâmetro para a declaração da inconstitucionalidade das leis;
D) Não se constitui limitação à atuação do poder constituinte derivado, ao modificar o texto constitucional.
PREÂMBULO
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Função de diretriz interpretativa de texto constitucional.
PREÂMBULO
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Corpo principal
250 artigos distribuídos em 9 títulos: (I) Dos Princípios Fundamentais; (II)Dos Direitos e Garantias Fundamentais; (III) Da Organização do Estado; (IV)Da Organização dos Poderes; (V) Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas; (VI)Da Tributação e do Orçamento; (VII) Do Ordem Econômica e Financeira; (VIII) Da Ordem Social; (IX) Das Disposições Constitucionais Gerais;
PARTE DOGMÁTICA
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Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino reúne dois grupos distintos de preceitos:
A) Os que contém regras para assegurar uma harmoniosa transição de regime constitucional;
B) Os que estabelecem regra de caráter transitório e têm sua eficácia jurídica exaurida quando ocorre a situação nelas previstas;
Característica singular da norma integrante do ADCT: eficácia jurídica somente até o momento em que ocorre a situação nela prevista.
ADCT
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As normas de uma nova Constituição projetam-se sobre o ordenamento jurídico, revogando aquilo que com elas seja incompatível, conferindo novo fundamento de validade às disposições infraconstitucionais e reorientando a atuação de todas as instâncias de poder.
ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTUTUIÇÃO
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Corresponde ao interregno entre a publicação do ato de sua promulgação e a data estabelecida para a entrada em vigor dos seus dispositivos.
Nesse período embora já promulgada a nova constituição não tem vigência e a ordem jurídica continua a ser regida pela constituição que já existia.
A Constituição de 1988 entrou em vigor na data de publicação do ato de sua promulgação.
Há dispositivos para os quais foi estipulada uma outra data de início de vigência, ex: art. 34 do ADCT.
VACATIO CONSTITUTIONIS
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O poder constituinte originário tem como características principais o fato de ser inicial, ilimitado e incondicionado. Havendo disposição expressa na Constituição é possível que as normas da mesma retroajam, atingindo inclusive o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.
No RE 242.740/GO o STF consolidou entendimento de que as normas constitucionais, salvo disposição em contrário, se aplicam de imediato, alcançando sem limitações os efeitos futuros de fatos passados. Essa eficácia especial das normas constitucionais recebe a denominação de retroatividade mínima.
RETROATIVIDADE MÍNIMA
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A perda da vigência da constituição anterior é sempre total. Há uma autêntica revogação total ou ab-rogação.
Há uma corrente minoritária que trata sobre a tese da desconstitucionalização, em que os dispositivos da antiga constituição compatíveis com os da nova seriam considerados por ela recepcionados, como normas infraconstitucionais.
CONSTITUIÇÃO PRETÉRITA
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Caso a nova Constituição revogasse automaticamente todas as normas infraconstitucionais pretéritas, um verdadeiro caos assolaria o ordenamento jurídico.
Assim as leis anteriores são aproveitadas, desde que o seu conteúdo não conflite com o novo texto constitucional.
Todas as leis (leia-se leis ordinárias, decretos, regimentos, portarias, atos administrativos em geral) pretéritas conflitantes com a nova constituição serão revogadas por esta.
NORMAS PRETÉRITAS
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Uma corrente minoritária de doutrinadores é adepto da chamada INCONSTITUCIOONALIDADE SUPERVENIENTE, na qual ocorreria não uma revogação das normas infraconstitucionais pretéritas incompatíveis com a nova Constituição, mas sim a declaração da inconstitucionalidade superveniente do direito subconstitucional anterior com ela incompatível.
Segundo entendimento do STF o juízo de constitucionalidade pressupõe contemporaneidade entre a lei e a constituição.
NORMAS PRETÉRITAS
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Para que uma norma seja recepcionada ela deverá cumprir cumulativamente três requisitos:
A)Estar em vigor no momento da promulgação da Constituição;
B)Ter conteúdo compatível com a nova Constituição;
C) Ter sido produzida de modo válida (de acordo com a Constituição de sua época)
NORMAS PRETÉRITAS
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Nosso ordenamento não é juridicamente possível a ocorrência de constitucionalidade superveniente, tampouco da inconstitucionalidade superveniente.
O critério utilizado é o da compatibilidade material, sendo irrelevante a incompatibilidade formal.
O status no novo ordenamento, de norma pré-constitucional, será determinado pela nova Constituição. Ex: CTN de 1966, embora editado como lei ordinária, possui hoje status de lei complementar.
NORMAS PRETÉRITAS
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A análise quanto à compatibilidade material deve ser feita de maneira individualizada, item por item, sendo possível de uma norma com 40 artigos, por exemplo, que só 8 sejam aproveitados, podendo inclusive parte de um mesmo artigo ser recepcionada e outra parte não
Quando uma Lei é elabora em desacordo com a Constituição de sua época, não poderá ser recepcionada pela constituição futura.
NORMAS PRETÉRITAS
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Desta feita caso haja controvérsia a respeito de revogação ou recepção de norma, cabe ao Poder Judiciário decidir se a norma foi recepcionada ou revogada. Independente da data da decisão, que é meramente declaratória, a recepção ou revogação do direito pré-constitucional acontece sempre na data da promulgação do novo texto constitucional.
Normas que na data de promulgação da CF/88 estivessem em período de vacatio legis, não seriam recepcionadas pela nova constituição, mesmo que materialmente compatível, pois ainda não estariam em vigor.
NORMAS PRETÉRITAS
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Há possibilidade de pedir ao Poder Judiciário hoje a declaração de inconstitucionalidade de lei antiga, em face da Constituição vigente à época da edição de determinada lei?
Controle Abstrato: ADI, ADC, ADPF.
Controle Difuso – diante de um caso concreto (RE)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DO DIREITO PRÉ-CONSTITUCIONAL
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O controle de norma pré-constitucional em relação à constituição futura não visa a declaração de inconstitucionalidade, mas tão somente a solução de dúvida em relação à recepção ou revogação de norma pré-Constitucional pela nova Constituição.
Para esta verificação leva-se em conta somente a compatibilidade material, não cabendo cogitar nesses casos a incompatibilidade formal.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DO DIREITO PRÉ-CONSTITUCIONAL
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O Poder Judiciário pode se utilizar dos seguintes instrumentos de controle para apreciar o conflito entre lei pré-constitucional e Constituição futura:
Controle Difuso-Casos Concreto-RE-eficácia inter-partes.
Controle Abstrato-ADPF-por um dos legitimados no art. 103-eficácia erga-omnes.
Nos dois casos não há incidência da regra de reserva de plenário, ou seja a decisão pode ser feita por órgão fracionário de tribunal
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DO DIREITO PRÉ-CONSTITUCIONAL
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A nova Constituição não restaura automaticamente, tacitamente, a vigência das leis que não mais estejam em vigor no momento da sua promulgação.
Se o legislador desejar restaurar a vigência de determinada lei que já estava revogada ou declarada inconstitucional antes da promulgação da Constituição de 1988, deve fazê-lo por meio de disposição
expressa, tem-se nesse caso o fenômeno da repristinação.
REPRISTINAÇÃO
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