Buscar

EBC - Resumão para a 2ª prova do prof. Marcelo Fernandes

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EBC
Estudo emergencial, rs.
Cap. 7
7 - Milagre econômico:
- Maior crítica: concentração de renda; aumentar a poupança para gerar crescimento interno.
- A concentração de renda é uma tendência natural de uma economia em rápido crescimento?; Inflação e poupança forçada.
Cap. 8
8 - 1º Choque do Petróleo:
- 73; guerra entre Israel e seus inimigos árabes.
- Primeiro choque na OPEP (org. dos países export. de petróleo) >> preço do barril 4x^
- Preocupação no ocidente; protestos em várias partes do mundo.
- Países desenvolvidos: aumento da taxa de juros e contração das atividades econômicas (1974-75).
- Países periféricos: suas dificuldades foram aliviadas por conta do aumento da liquidez internacional devido aos "petrodólares".
- Governo Geisel: após a crise: Ajustamento ou Financiamento?
Petrodólares são as divisas da exportação de petróleo. Os países export. usaram as divisas no mercado internacional, gerando grande liquidez financeira.
Cap. 9
9 – II PND:
- Situação herdada do Milagre:
1. Falta de capacidade ociosa;
2. Aparecimento de desequilíbrios, gerando pressões inflacionárias.
- O cenário externo favorável foi rompido com a primeira crise do Petróleo em 1973 (crise política pela crise do petróleo: sucessão presidencial; aumento das pressões por democratização, melhor distribuição de renda).
Cap. 9
9 – II PND:
- Reviravolta no foco da industrialização: bens de consumo duráveis para bens de produção; foco do II PND: industrialização rápida, completar o processo iniciado no Plano de Metas.
Crescimento econômico: 10% a.a. 
Crescimento industrial: 12% a.a.
- O PIB, apesar dos avanços gerados, não cresceu acima de 9,8%
- A dívida externa e a inflação só cresceram
Cap. 9
9 – II PND:
- Investimentos dirigidos aos pontos de estrangulamento: infra-estrutura, bens de produção, energia e exportação.
- Três pontos fundamentais para atingir seu objetivo: 
1. Ampliar o mercado interno consumidor;
2. PSI; e 
3. Ampliar a capacidade exportadora.
1. Os salários baixos não condiziam com a expectativa do alcance do “mercado de massas”.
2. Para enfrentar a situação de crise na economia mundial, o PSI seria direcionado para a indústria básica: máquinas, siderurgia, fertilizantes, prospecção de petróleo.
3. As exportações teriam como fonte principal a agricultura (soja) e pecuária.
Cap. 10
10 - INFLAÇÃO E INSTABILIDADE FIN. NA SEGUNDA METADE DE 70:
- Estatização da dívida externa: Rápido crescimento da Dívida Externa 
(US$ 17 bilhões em 74 para US$ 49,9 bilhões em 79) >> Restrição do acesso ao crédito das estatais que foram obrigadas a se endividarem externamente.
- Transferência da dívida das estatais para o BC através de depósitos em moeda nacional (cruzeiro).
- Cronologia:
1. 74-76: a entrada de recursos externos (facilidade ligada aos petrodólares) serviu para cobrir os déficits em transações correntes, a partir de 76 direcionou-se à acumulação de reservas internacionais.
2. 77-78: a enorme pressão fiscal e cambial exercida pelos gastos do governo mostrou os problemas do Estado e do Balanço de Pagamentos, agravando o problema inflacionário. 
De 74 a 76:
os déficits comerciais > juros pagos pela dívida externa
depois de 77 as posições se invertem.
Cap. 11
11 - 2º Choque do Petróleo :
79; Irã - 2º maior exportador da OPEP.
Guerra civil no Irã.
Queda do ditador = queda da produção = Preço do petróleo reajustado na OPEP.
 ^taxa de juros internacional^: endividamento externo do Brasil era crescente. 
Crédito caro e escasso no mercado financeiro internacional.
A segunda crise do Petróleo foi o fim desse processo, que culminaria com a explicitação da dívida externa (82), gerando a conscientização de que era preciso cessar as atividades expansionistas ainda em andamento.
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
Início do governo de João Figueiredo em 79: cômodo níveis de reservas internacionais, inflação persistente, dívida externa.
Geisel >> João Figueiredo - Mais poder ao MIN. DE PLAN.
Políticas restritivas buscadas desde 76 para baixar a inflação poderiam ser atingidas;
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
MARÇO de 79 >> Mário Henrique Simonsen (ministro do Plan.) = Política recessiva -> prioridade ao problema da inflação
No curto período que Simonsen esteve à frente do MIN. DE PLAN., o governo acumulou dívida com taxa de juros flutuantes em grande escala.
Pressões internas deixaram-no apenas 5 meses no cargo.
Em AGOSTO de 79, Delfim Netto, que ocupava o MIN. DA AGRIC., é alçado ao MIN. DE PLAN.
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
Mudança gerencial: Primeira mudança importante durante um mandato presidencial desde o golpe de 1964. 
Mudança no discurso: antes o governo estava disposto a executar políticas recessivas, mas com Delfim Netto o discurso passou a exaltar o crescimento econômico.
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
Cronologia:
DEZEMBRO (79): Delfim anuncia (“pacote de dezembro”) uma maxidesvalorização de 30% no cruzeiro em relação ao dólar, na tentativa de estimular as exportações.
OUTUBRO (80): Delfim anuncia um novo pacote econômico. Medidas condizentes com as propostas do FMI em relação à política econômica com:
- Aperto monetário e no crédito, 
- Elevação das taxas de juros, 
- Aumento da capacidade fiscal do Estado com corte nos gastos públicos.
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
- Em 81 pela primeira vez no pós-guerra, houve crescimento negativo do produto de -4,3%.
- Em 82, o déficit do balanço de pagamentos atingiu a marca de US$ 8,8 bilhões. 
- Para ajudar a financiar o déficit no balanço de pagamentos o Brasil recorreu a Empréstimos compensatórios de curto-prazo no valor de US$ 4,3 bilhões financiados pelo:
1. Tesouro Americano
2. Bancos privados
3. FMI e
4. Bank for International Settlements (BIS). 
- O restante foi financiado com a perda de reservas.
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
- Cronologia do cap 12:
1. Segundo choque do Petróleo
2. Violenta elevação das taxas de juros internacionais (política monetária restritiva com política fiscal expansiva nos EUA)
3. Forte aumento das taxas de juros desencadeou a maior recessão do pós-guerra no 1º Mundo 
4. Grande redução da demanda pelas exportações dos países periféricos
5. A completa interrupção dos empréstimos voluntários no segundo semestre de 82
Cap. 12
12 - RECESSÃO, ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA E CRISE EXTERNA NA 1ª METADE DE 80:
- Em meados de 83, um total de mais de 40 países havia concluído ou iniciado acordos de reescalonamento da dívida e/ou acumulado um volume substancial de pagamentos em atraso.
- Em JANEIRO de 83, o Brasil submeteu a primeira carta de intenções ao FMI com a meta de atingir um superávit comercial de US$ 6 bilhões (meta bastante ambiciosa se for levado em consideração o resultado do ano anterior de US$ 780,1 milhões).
- Em 21 de FEVEREIRO, enquanto a primeira carta de intenções era analisada pelo comitê executivo do Fundo, o governo promoveu uma nova maxidesvalorização do cruzeiro de 30%.
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Inflação inercial
A ideia de inflação inercial parte da hipótese que nos processos inflacionários crônicos, a inflação passada é a principal causa da inflação presente. 
Isso quer dizer que os preços são reajustados de acordo com a inflação observada no período imediatamente anterior.
A inércia é resultado dos mecanismos de indexação (correção monetária de preços, correção de salários etc). 
Na ausência de choques a inflação permanece no patamar vigente de acordo com esta teoria.
A oferta de moeda não é causa, e sim consequência dos aumentos de preços. A moeda opera como variável sancionadora da inflação.
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO
E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Duas propostas de combate à inflação:
Choque heterodoxo: congelamento de preços.
Moeda indexada:
- buscava a desindexação da economia através da indexação total
>> Provocando um encurtamento do período de ajuste dos preços
>> assim permitiria uma sincronização perfeita dos reajustes. 
- Isto seria obtido atrelando os preços a ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional).
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Plano Cruzado (Principais Medidas) (José Sarney)
1. Congelamento de preços no dia da publicação do decreto (02/86), por tempo indeterminado.
2. Os salários foram ajustados pela média do seu valor nos últimos seis meses.
3. Alteração da unidade do sistema monetário que passou a se chamar Cruzado.
4. Substituição da ORTN, instituída em 1964, pela Obrigação do Tesouro Nacional (OTN).
5. A taxa de câmbio foi fixada no nível de 02/86; não houve uma desvalorização.
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Plano Cruzado II
- Pacote fiscal (políticas fiscais = aumento dos impostos)
>> Reajuste dos preços públicos e administrados pelo governo 
(energia elétrica, telefone, gasolina, tarifas postais, cigarros, bebidas e automóveis) 
>> visando aumentar a arrecadação.
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Plano Bresser
1. Congelamento de preços por três meses (os preços públicos foram aumentados antes do Plano), anunciado em 06/87. 
2. Ao contrário do Plano Cruzado, não visava a inflação “zero”;
3. Desvalorização cambial de 9,5% em 06/87. As minidesvalorizações diárias foram mantidas;
4. Nova base de indexação salarial para vigorar após o congelamento: Unidade de Referência de Preços (URP). A cada três meses seriam pré-fixados os percentuais de ajustes da URP para os três meses subsequentes;
5. Políticas monetária e fiscal ativas.
Cap. 13 e 14
(13) OS PLANOS HETERODOXOS DE ESTABILIZAÇÃO: CRUZADO, BRESSER, VERÃO 
(14) O DEBATE SOBRE CONGELAMENTO E A INFLAÇÃO INERCIAL
- Plano Verão
1. Congelamento dos preços por prazo indefinido em 01/89;
2. Extinção da OTN e da URP e criação do Cruzado Novo;
3. Desvalorização do câmbio em 18% e depois foi congelado;
4. Os salários foram convertidos pela média dos últimos 12 meses mais aplicação da URP de janeiro;
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
As dificuldades do fim dos anos 80 fomentou o neoliberalismo (menor intervenção do Estado na economia).
Collor foi eleito em 89.
Com o novo governo: teve início a abertura comercial e financeira da economia brasileira, que se prolonga até nossos dias.
- Esta abertura comercial adotada pelo novo governo e assentada nas “Diretrizes Gerais para a Política Industrial e de Comércio Exterior” e na nova “Política Industrial e de Comércio Exterior”:
1. aboliu a maioria dos controles administrativos sobre as importações 
2. promoveu a redução do imposto de importação (\/ IPI)
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
- No segundo semestre de 91 as autoridades iniciaram a abertura da conta financeira do balanço de pagamentos.
- PLANO COLLOR (Plano Brasil Novo) (Março de 89)
1. Reintrodução do Cruzeiro;
2. Reforma monetária que reduziu drasticamente a liquidez da economia. Bloqueou-se em torno de 70% do M4. Todas as importâncias superiores a 50.000 cruzados novos foram confiscados. O confisco da liquidez foi considerado a âncora do Plano.
3. Reforma administrativa e fiscal com o objetivo de promover um ajuste fiscal. Programa de privatizações, eliminação de subsídios e fim dos incentivos fiscais;
4. Congelamento de preços e salários até maio de 90;
5. Mudança do regime cambial para um sistema de taxas flutuantes;
6. Liberalização do comércio exterior;
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
Algo radical aconteceria >> aumento da especulação em torno do Plano Collor: aumento da compra de bens, dólar etc. 
Indignação da classe média acusada de “especulação”. Assim justificado o bloqueio das aplicações financeiras por meio do governo... (falsidade, galeris rs)
Impacto imediato: desestruturação do sistema produtivo:
semiparalisia na produção,
demissão, 
corte nas encomendas, 
atraso nos pagamentos de dívidas e 
desenvolvimento de meios de pagamento alternativos.
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
- O choque do Plano Collor I teve um efeito quase instantâneo sobre os preços. 
- A inflação baixou rapidamente dos 80% ao mês para 10% nos meses seguintes, embora ao custo de uma severa recessão econômica. 
- A reação do público ao bloqueio dos ativos foi muito desfavorável (lógico, porra! Haha). E os bons resultados em relação à inflação foram bastante efêmeros.
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
- Observou-se a expansão da liquidez através das chamadas “torneirinhas” do Bacen.
- Apenas uma pequena parcela da sociedade ficou com os cruzados bloqueados durante os 18 meses estabelecidos (fdp!)
- Duraram seis meses a tentativa de estabilização.
- Problema na atividade dos bancos pela impossibilidade de detalhamento das regras de um plano elaborado em sigilo. Os bancos passaram a operar às “cegas”.
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
- Plano Collor II – 02/91
O Plano pretendia racionalizar os gastos da administração pública. 
Eliminar toda indexação da economia, considerada a principal causa da retomada da inflação (inflação inercial)
- Uma sucessão de escândalos políticos culminou no processo de impeachment de Collor (09/92). 
- Logo em seguida o vice-presidente Itamar Franco assume a presidência em outubro de 1992.
Cap. 15
15 - O GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS, A ABERTURA COMERCIAL E FRAGILIDADE POLÍTICA
 
 		
PASMEM!!!
Cap. 16
16 - O PLANO REAL: DIAGNÓSTICO SOBRE A INFLAÇÃO, ANÁLISE DO PROGRAMA E IMPACTOS
- O lançamento da nova moeda aconteceu por meio da Medida Provisória nº 542 em 30 de junho de 1994, e finalmente entrou em vigência no dia 1º de julho de 1994. 
(i) Mudança na unidade monetária, que passou a ser designada de Real (Essa foi a quinta vez desde o Plano Cruzado em 1986 que a denominação da moeda foi modificada). A paridade entre o cruzeiro real e o real ficou em R$1,00 = CR$ 2750,00 em 30 de junho; 
(ii) a correção monetária contraída a partir de 1º de julho ficou limitada à variação acumulada do IPCr; 
(iii) ancoragem do real em relação ao dólar.
Cap. 16
16 - O PLANO REAL: DIAGNÓSTICO SOBRE A INFLAÇÃO, ANÁLISE DO PROGRAMA E IMPACTOS
- Plano Real (3 fases):
1ª Ajuste fiscal, criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) e do Fundo Social de Emergência (FSE).
2ª Criação da Unidade Real de Valor (URV).
3ª Transformação da URV em Real.
Cap. 16
16 - O PLANO REAL: DIAGNÓSTICO SOBRE A INFLAÇÃO, ANÁLISE DO PROGRAMA E IMPACTOS
O plano foi um sucesso:
Reduziu gradativamente o déficit das Contas Financeiras;
Reduziu maciçamente a inflação.
Cap. 17
17 - REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO: O PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÃO E SANEAMENTO FINANCEIRO
Formalmente o Brasil iniciou um programa de privatizações em 81 por meio da criação de uma Comissão Especial de Privatização. 
A Comissão identificou 140 empresas suscetíveis de serem vendidas.
Porém a maioria não saiu do papel: entre 81 e 89 somente 28 empresas foram vendidas.
Cap. 17
17 - REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO: O PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÃO E SANEAMENTO FINANCEIRO
- Governo Collor/Itamar
O Plano Nacional de Desestatização (PND) foi uma das prioridades na agenda do governo Collor de Mello.
Objetivo fundamental: 
reduzir a dívida pública, 
diminuir a presença do estado, 
retomar os
investimentos nas empresas privatizadas e 
contribuir para modernização do parque industrial brasileiro.
Cap. 17
17 - REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO: O PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÃO E SANEAMENTO FINANCEIRO
Na primeira semana do governo Collor foram extintas: onze empresas estatais e treze agências do governo (estratégia para desestatização).
Nesta etapa o programa visava todas as empresas do setor siderúrgico, petroquímico e de fertilizantes.
No governo Collor e Itamar foram privatizadas 33 empresas federais. 
O total de receitas foi de US$ 8,6 bilhões.
Cap. 17
17 - REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO: O PROGRAMA DE PRIVATIZAÇÃO E SANEAMENTO FINANCEIRO
- Governo FHC
- Criação do Conselho Nacional de Desestatização.
- As privatizações do governo FHC caracterizaram-se pela venda de empresas prestadoras de serviços públicos, especialmente nas áreas de telecomunicação e energia (estratégia para desestatização).
- Ao contrário do período Collor, no governo FHC as privatizações estavam ligadas a necessidade de atrair capital estrangeiro.
- A receita acumulada atingiu cerca de 100 US$ bilhões.
Cap. 18
18 - AS CRISES EXTERNAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1990 E SEUS IMPACTOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA
- Entre o fim de 94 e o ano de 98, o mercado financeiro internacional sofreu três crises importantes.
1. 94-95: Crise mexicana – ataque especulativo contra o peso.
2. 97-98: Crise asiática – ataque especulativo e crise bancária em vários países da Ásia. Inicialmente na Tailândia, rapidamente se espalhou para outros países, principalmente Coréia do Sul, Indonésia e Malásia.
3. 98: Crise russa – ataque especulativo contra o rublo e moratória da Rússia.
Cap. 18
18 - AS CRISES EXTERNAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1990 E SEUS IMPACTOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA
- Em todas elas o Brasil sofreu o “efeito contágio” associado à redução dos fluxos de capitais aos países “emergentes”.
Depois de três ataques especulativos contra o Real (95, 97 e 98) 
>> o instrumento clássico a esses ataques (alta da taxa de juros), já não funcionava. 
- Apenas entre o mês de agosto e setembro de 1998 o BCB perdeu US$ 24 bilhões em reservas internacionais
Cap. 18
18 - AS CRISES EXTERNAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1990 E SEUS IMPACTOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA
- A partir de 98 o Brasil realizou uma série de conversações com o FMI para acordos. A obtenção dos recursos do FMI deveriam:
restaurar o nível adequado de reservas internacionais e
reconquistar a confiança dos investidores externos na economia brasileira.
- Faltando poucas semanas para as eleições presidências de 98, o governo brasileiro iniciou novas negociações com o FMI para enfrentar a conjuntura externa muito desfavorável. O acordo foi anunciado oficialmente em 11/98, após as eleições.
Cap. 18
18 - AS CRISES EXTERNAS FINANCEIRAS DA DÉCADA DE 1990 E SEUS IMPACTOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA
Pelo acordo firmado, o FMI juntamente com o Banco Mundial, BID e dezenove países coordenados pelo BIS colocaram a disposição do Brasil uma linha de crédito no valor de US$ 41,5 bilhões.
- Logo no inicio de 99, ocorre um novo ataque especulativo contra o Real. Em Janeiro, o governo anunciou oficialmente a decisão de adotar o regime de flutuação cambial.
- Logo, a taxa de câmbio que estava em torno de R$ 1,20 caminhou rapidamente para mais de R$ 2,00.
- Após o início da flutuação cambial as autoridades brasileiras concentraram todos os esforços na geração de superávits fiscais e na implementação do sistema de metas de inflação.
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
- Consenso de Washington
A expressão "Consenso de Washington”, criado por John Williamson, surgiu num encontro organizado em Washington, em 11/89 pelo Institute for International Economics e patrocinado pelo FMI, Banco Mundial, BID e pelo governo norte-americano com o objetivo de discutir políticas econômicas para América Latina.
- Os principais pontos de “consenso”:
1. Disciplina fiscal, 
2. corte nos gastos públicos, 
3. reforma tributária, 
4. administração das taxas de juros e câmbio, 
5. abertura comercial, 
6. eliminação das restrições ao investimento externo direto com:
eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação da economia, redução dos direitos trabalhistas e direito à propriedade intelectual.
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
- Vulnerabilidade Externa
- A vulnerabilidade externa refere-se à baixa capacidade de resistência aos choques externos.
- A vulnerabilidade da posição externa da economia brasileira na segunda metade dos anos 90 durante o governo FHC (95-2002) decorria basicamente de três fatores: 
O elevado déficit em conta corrente, 
A excessiva abertura da conta de capitais e 
A insuficiência das reservas internacionais do país.
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
Após a crise cambial em 01/99 foi estabelecido o tripé macroeconômico: 
política fiscal direcionada a reduzir a relação dívida/PIB; 
política monetária (juros elevados) como único instrumento de controle da inflação (âncora);
política de câmbio flutuante.
As políticas adotadas durante o governo Lula (2003-2010) para o enfrentamento da vulnerabilidade externa foram contraditórias. 
Mas o país estava mais solvente, (aumentou sua capacidade de cumprir seus compromissos externos). 
Entretanto, com o aprofundamento da liberalização financeira, o país se tornou mais exposto à fuga de capitais. Desde 2008 o país apresenta déficits em transações correntes.
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
O governo buscou colocar a política industrial no escopo da política econômica. 
Em 03/2004 foi lançada a "Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior“ (PITCE). 
Seguiram-se a "Política de Desenvolvimento Produtivo" (PDP), de 05/2008 (segundo governo Lula).
E o atual "Plano Brasil Maior" (PBM), divulgado em 08/2011 e amplificado em 04/2012 (governo Dilma).
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
Cap. 19
19 - A DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADE EXTERNA, CONSENSO DE WASHINGTON E DILEMAS ATUAIS
Cap. 20
20 – A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL DE 2008, SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS DESDOBRAMENTOS
- A crise iniciada nos Estados Unidos em meados de 2007 no mercado imobiliário subprime se espalhou pela Europa, atingindo uma série de instituições financeiras importantes.
- A eclosão da crise financeira em 2008 criou um ambiente de pessimismo e retração na economia mundial, ameaçando a continuidade do cenário favorável construído pelo Brasil que permitiu que a economia iniciasse uma trajetória consistente de crescimento em 2004.
Cap. 20
20 – A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL DE 2008, SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS DESDOBRAMENTOS
Quando a crise se aprofundou no último trimestre de 2008, o Brasil, que acumulou reservas internacionais muito acima da capacidade de empréstimo do FMI, estava bem menos vulnerável em comparação com a situação dos anos 1990.
Além disso, em 2009 o governo federal adotou algumas medidas que ajudaram a mitigar os efeitos da crise.
Cap. 20
20 – A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL DE 2008, SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS DESDOBRAMENTOS
Entre as medidas adotadas estão: 
1. ampliação do crédito dos bancos públicos federais, 
2. redução do IPI para veículos, eletrodomésticos, materiais de construção, setor de máquinas e equipamentos; 
3. redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP) usada nos empréstimos do BNDES;
4. parcelas extras do seguro-desemprego para os trabalhadores demitidos durante entre dezembro (2008) e janeiro (2009).
- A economia brasileira começou a mostrar seus primeiros sinais de recuperação após o 2º trimestre de 2009.
Cap. 20
20 – A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL DE 2008, SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS DESDOBRAMENTOS
Cap. 20
20 – A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL DE 2008, SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS
DESDOBRAMENTOS

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais