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Estudos de Processo Civil II - com exercícios

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1
Direito Processual Civil 
 
1. Procedimento 
 O procedimento não se confunde com o processo, vez que, enquanto este 
constitui o instrumento do Estado para a prestação da tutela jurisdicional, aquele 
caracteriza o rito pelo qual os atos processuais serão praticados dentro do processo, 
dentro de uma seqüência lógica (um ato praticado após outro em ordem prevista na lei). 
O procedimento caracteriza o modo e a forma para a prática dos atos processuais 
dentro do processo. 
Assim, o rito ou procedimento1 poderá ser: 
a) ordinário ou comum; 
b) sumário; 
c) especial. 
 
2. Rito ordinário 
No processo de conhecimento o rito ordinário constitui o procedimento comum, ou seja, 
a regra geral que se aplica para todas as causas que não foram submetidas ao rito 
especial ou sumário. 
O procedimento ordinário é constituído pelas seguintes fases e atos principais: 
a) fase postulatória (282/318 CPC): petição inicial, despacho inicial (recebimento, 
emenda da petição inicial ou extinção liminar), citação e defesa do réu; 
 
b) fase saneadora ou ordinária (319/331 CPC): verificação dos pressupostos 
processuais, extinção do processo sem julgamento do mérito, julgamento antecipado, 
especificação das provas, ou seja, a regularidade do processo; 
c) fase de tentativa de conciliação: antes do início da produção de provas, em se 
tratando de direitos disponíveis, é realizada audiência para tentativa de conciliação (art. 
331 do CPC); 
d) fase instrutória ou probatória (337/457 CPC): fase da dilação probatória, momento da 
colheita de provas, audiência de instrução: oitiva das partes em depoimento pessoal ou 
interrogatório, oitiva de testemunhas ou dos esclarecimentos dos expertos. 
e) fase decisória (458/475 CPC): após o encerramento da instrução o juiz proferirá 
sentença; 
f) fase recursal (496 ss CPC): a parte sucumbente poderá interpor recurso próprio. Com 
o esgotamento dos recursos haverá o trânsito em julgado. 
 
1 Por exclusão o procedimento que não for sumário será ordinário. Os casos de procedimento sumário encontram-se 
no art 275 CPC. 
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3. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – FASE POSTULATÓRIA 
 
Petição inicial citação resposta 
 
3.1 PETIÇÃO INICIAL: dá início ao processo de conhecimento, é subscrita por 
advogado, onde o autor indicará a sua pretensão (pedido - “petitum”) e os fundamentos 
jurídicos do pedido (causa de pedir - “causa petendi”); deve conter todos os requisitos 
mencionados no artigo 282, especialmente a indicação das provas; em princípio 
devem-se juntar desde logo todos os documentos que serão usados no processo; ela 
deve ser redigida de maneira lógica e compreensível, de modo que o réu possa 
entender o pedido e defender-se. 
* o artigo 39 exige que na petição inicial conste o endereço do advogado, mas tem se 
admitido que ele conste apenas da procuração. 
Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se 
desenvolve por impulso oficial. 
Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial 
seja despachada, onde houver mais de uma vara. A propositura da 
ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no 
art. 219 depois que for validamente citado (torna prevento o juízo, 
induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando 
ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e 
interrompe a prescrição). 
Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o “pedido” ou 
a “causa de pedir”, sem o consentimento do réu, mantendo-se as 
mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. 
§ único. A alteração do “pedido” ou da “causa de pedir” em 
nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo. 
Art. 282. A petição inicial indicará: 
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e 
residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido, com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos 
fatos alegados; 
VII - o requerimento para a citação do réu. 
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. 
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Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os 
requisitos exigidos nos art. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 
dias. 
§ único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a 
petição inicial. 
Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, 
ordenando a citação do réu, para responder; do mandado constará 
que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, 
como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor. 
- defere: o juiz entende que a petição inicial está em ordem, determinando a citação do 
réu. 
- emenda: o juiz ordena que o autor corrija ou complete a petição inicial (art. 282). 
- indefere: o juiz indefere a petição inicial nos casos do artigo 295. 
Art. 295. A petição inicial será indeferida: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a 
prescrição (art. 219, § 5º); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não 
corresponder à natureza da causa, ou ao valor da 
ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao 
tipo de procedimento legal; 
VI - quando não atendidas as prescrições dos art. 39, § único, 1ª 
parte, e 284. 
§ único. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
III - o pedido for juridicamente impossível; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, 
facultando ao juiz, no prazo de 48 h, reformar sua decisão. 
§ único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão 
imediatamente encaminhados ao tribunal competente. 
 
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3.2 DO PEDIDO 
- generalidades 
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É ilícito, porém, 
formular pedido genérico: 
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição 
os bens demandados; 
II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as 
conseqüências o ato ou do fato ilícito; 
III – quando a determinação do valor da condenação depender de 
ato que deva ser praticado pelo réu. 
Art. 287. Se o autor pedir a condenação do réu a abster-se da 
prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato 
que não possa ser realizado por 3°, constará da petição inicial a 
cominação da pena pecuniária para o caso de descumprimento da 
sentença (art. 644 e 645). 
 
- alternância de pedidos 
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da 
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um 
modo. 
§ único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao 
devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de 
um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado 
pedido alternativo. 
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, 
a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o 
anterior. 
Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas, 
considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de 
declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo, 
deixar de pagá-las ou de consigná-las, a sentençaas incluirá na 
condenação, enquanto durar a obrigação. 
Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, 
aquele que não participou do processo receberá a sua parte, 
deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. 
 
 
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- cumulação de pedidos 
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o 
mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja 
conexão. 
§ 1°. São requisitos de admissibilidade da cumulação: 
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de 
procedimento. 
§ 2°. Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de 
procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o 
procedimento ordinário. 
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, 
compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais. 
Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo 
à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. 
 
3.3 CITAÇÃO: ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado, a fim de se 
defender; estando em termos a petição inicial, o juiz ordenará a citação do réu, devendo 
nela constar que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como 
verdadeiros, os fatos articulados pelo autor; a falta ou a nulidade de citação, não 
suprida pelo comparecimento espontâneo do réu, é um defeito que não se apaga 
nunca, nem pelo trânsito em julgado da sentença, nem pelo término do prazo para a 
ação rescisória; esse defeito pode ser alegado a qualquer tempo, até em execução. 
* a citação válida tem o condão de gerar efeitos processuais (prevenção, litispendência 
e litigiosidade do objeto discutido em juízo) e materiais (constituição do devedor em 
mora), além de ser o ato marcante na retroação da interrupção da prescrição à data da 
inicial. 
* depois da citação, não pode mais o autor modificar o pedido ou a causa de pedir sem 
o consentimento do réu; mas pequenos erros podem ser corrigidos a qualquer tempo, 
desde que isso não modifique a inicial. 
 
- intimação: é a forma pela qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do 
processo (ato já praticado). 
- notificação: é a comunicação da prática de um ato a ser realizado, convocando 
alguém para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (ato futuro). 
* esta definição é dada pela doutrina; o CPC não estabelece distinção entre ambas. 
 
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4. RESPOSTA DO RÉU: uma vez efetuada a citação válida, a relação jurídica 
processual está completa, surgindo o ônus do réu de oferecer a defesa contra os fatos 
e direito sustentados pelo autor na inicial; é um ônus processual porque não está o réu 
obrigado a defender-se, já que lhe é facultado até mesmo o reconhecimento jurídico do 
pedido formulado pelo autor (reconhecimento do pedido) (art. 269,II); entretanto, 
conforme se verá, a ausência de contestação à pretensão do autor importa na 
aplicação dos efeitos decorrentes da revelia (art. 319 a 322). 
 
4.1 REVELIA: ocorre quando o réu não responde à citação, deixando de comparecer 
em juízo e oferecer resposta (conceito doutrinário); entretanto, a revelia recebeu 
definição mais restrita no artigo 319, o qual afirma sua ocorrência apenas quando o réu 
deixar de contestar a ação (conceito legal); é a situação do réu que não contesta a 
ação; é a falta de resposta do réu no prazo. 
- efeitos: 
- presunção da veracidade dos fatos narrados na inicial – este efeito não está 
propriamente ligado ao conceito correto de revelia (doutrinário), mas sim à ausência de 
contestação (revelia pelo CPC); a ausência de contestação faz com que os fatos 
constitutivos do direito do autor não se tornem controversos, gerando a presunção 
relativa de sua veracidade. - desnecessidade de intimação dos atos do processo – 
este efeito não está ligado à ausência de contestação pelo réu, mas sim ao seu não-
comparecimento ao processo, após a citação. 
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros 
os fatos afirmados pelo autor. 
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no 
artigo antecedente: 
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; 
II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento 
público, que a lei considere indispensável à prova do ato. 
Art. 321. Ainda que ocorra revelia, o autor não poderá alterar o 
pedido, ou a causa de pedir, nem demandar declaração incidente, 
salvo promovendo nova citação do réu, a quem será assegurado o 
direito de responder no prazo de 15 dias. 
Art. 322. Contra o revel correrão os prazos independentemente de 
intimação. Poderá ele, entretanto, intervir no processo em qualquer 
fase, recebendo-o no estado em que se encontra. 
• pode haver revelia sem acontecer os seus efeitos. 
 
 
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4.2 EXCEÇÃO (ataca o processo) – é a forma de defesa (no sentido amplo) contra 
o órgão jurisdicional ao qual foi a causa distribuída, em virtude de possível parcialidade 
(impedimento ou suspeição) ou de incompetência relativa para julgar a demanda. É 
a defesa contra o processo, restrita à argüição de exceções de impedimento (quando 
o juiz tem algum vínculo com a causa, a lei proclama não ter ele a imparcialidade 
necessária para julgá-la, ele deve se considerar impedido para atuar no processo; caso 
isso não ocorrer, caberá à parte interessada argüir), suspeição (a imparcialidade do 
juiz pode ser afetada por suas relações com a causa, algum seu interesse pessoal, ou 
com as partes, ele deve ser considerado suspeito e sair do caso; caso isso não ocorrer, 
caberá à parte interessada argüir), incompetência (é um remédio processual para 
afastar o juiz que não pode decidir o processo e garantir que o processo seja julgado 
pelo juiz que a lei manda; diz-se incompetente o juiz que não tem poder legal para 
julgar aquela causa), litispendência e coisa julgada (ambas tem por objetivo evitar 
que o autor promova 2 processos idênticos contra o mesmo réu, que, assim, poderia 
ser obrigado a pagar 2 vezes, ou, até mesmo, inocentando num e condenando em 
outro; haverá sempre que se reproduzir uma ação anteriormente ajuizada, tais ações 
serão idênticas entre si se tiverem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo pedido; a diferença entre litispendência e coisa julgada, reside no fato de que a 
ação repetida ainda está em curso “a lide ainda está pendente” na primeira hipótese, 
enquanto na Segunda a causa já foi julgada); são argüições de defesa indireta 
(argumentos para se impedir a instauração ou o prosseguimento do processo, 
independentemente do mérito, pertinência ou justiça da pretensão deduzida pela outra 
parte), por isso mesmo devem ser argüidas desde o início, no pórtico da defesa. 
* é defesa contra o processo, formulada através de uma petição escrita, autuada em 
apenso (apensada aos autos principais), referente à incompetência relativa do juiz 
(capacidade objetiva), bem como ao impedimento ou suspeição (capacidade subjetiva). 
* o juiz que é impedido tem nulo todos os seus atos praticados no processo; já o 
suspeito não tem nulo seus atos, se ninguém alegar a sua suspeição, passando assim 
a ser imparcial. 
* deve-se contestar todos os itens aduzidos na petição inicial2. 
Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, 
a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a 
suspeição (art. 135). 
Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa. 
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo 
contencioso ou voluntário: 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como órgão do MP, ouprestou depoimento como 
testemunha; 
 
2 O mesmo prazo para contestar será o prazo para excetuar. 
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III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe 
proferido sentença ou decisão; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o 
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em 
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; 
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das 
partes, em linha reta ou, na colateral, até o 3° grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa 
jurídica, parte na causa. 
§ único. No caso do nº IV, o impedimento só se verifica quando o 
advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, 
vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o 
impedimento do juiz. 
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, 
quando: 
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu 
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o 
3° grau; 
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das 
partes; 
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; 
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou 
subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das 
partes. 
§ único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. 
Art. 305. Este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau 
de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de 15 
dias, contado do fato que ocasionou a incompetência, o 
impedimento ou a suspeição. 
Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, 
III), até que seja definitivamente julgada. 
 
 Neste contexto, as exceções assumem a natureza de defesa específica contra 
defeito ou vício com relação ao órgão jurisdicional, e não contra o mérito da ação. Com 
efeito, a exceção prevista no artigo 304 do Código de Processo Civil tem por finalidade 
a argüição de incompetência do juízo, o impedimento ou a suspeição do juiz. 
 
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4.2.1 INCOMPETÊNCIA 
A incompetência pode ser: 
a) Absoluta: a infração de regra que disponha a respeito de competência absoluta, 
ou seja, que tenha como critério matéria e função, gera vício incomparavelmente 
mais grave. Desta maior gravidade decorre a diversidade de regimes jurídicos 
entre este vício e o vício ocasionado pela incompetência relativa. A competência 
absoluta é determinada por regras imperativas ou de ordem pública, sendo, 
portanto, inderrógavel, já que essas normas incidem independentemente da 
vontade da parte (art. 111CPC). 
Está-se, aqui, diante de vício que pode ser argüido3 a qualquer tempo pelo réu, 
embora o momento adequado seja o da resposta e o meio apropriado seja a 
contestação (art. 301, II), por razoes ligadas à economia processual. 
Não alegando o réu a incompetência absoluta neste momento oportuno, poderá 
posteriormente faze-lo por meio de simples petição, ficando, todavia, sujeito a 
responder pelas custas de retardamento (art. 113 e 268, § 3º, 2ª parte, que se 
refere ao art. 267, IV, que diz respeito não só, mas também aos pressupostos 
processuais de validade). 
Justamente por se tratar de vício de maior gravidade, deve o juiz dele conhecer 
de ofício, durante o procedimento em primeiro grua de jurisdição, na fase de 
apelação e durante o julgamento de todos os recursos ordinários. É nesse 
sentido da expressão em qualquer tempo e grau de jurisdição constante do art. 
267, §3º. 
Ainda, não tendo o réu alegado (ou mesmo tendo feito a alegação, que teria sido 
rechaçada), não se tendo manifestado de ofício a respeito da incompetência 
absoluta, e tendo havido, nesse processo, decisão de mérito transitada em 
julgado, está-se diante de sentença rescindível (art. 485, II). Sentença proferida 
por juízo absolutamente incompetente fica maculada por vício que terá, na 
verdade, normalmente, ocorrido quando da propositura da ação, como se o 
defeito se tivesse “propagado” ao longo do processo. Torna-se, por isso, apesar 
do trânsito em julgado, passível de ser impugnada durante os dois anos 
subseqüentes (art. 495). 
 
b) Relativa: trata-se de competência estabelecida por regras derrogáveis (art. 111, 
2ª parte, cuja infração gera, no processo, vício sanável). Portanto, trata-se de 
defeito que não pode ser argüido pelas partes a qualquer tempo, ficando 
escoado o prazo dentro do qual essa argüição pode ser feita, acobertado pela 
preclusão. Também não pode o juiz conhecer de ofício vício de competência 
relativa. O único meio adequado para que a parte se insurja contra a situação de 
a ação ter sido movida em juízo relativamente incompetente é a exceção (art. 
304 a 311). 
 
3 A competência absoluta se dá por argüição. 
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 Dispõe, para manejar a exceção, do prazo de 15 dias (art. 297). Poderá, todavia, 
faze-lo antes de apresentar contestação e reconvenção, ficando o processo 
suspenso até que a exceção seja definitivamente julgada, quando então poderá 
apresentar as demais peças de defesa (em sentido lato) no resto do prazo. 
 Não tendo a parte feito uso do instituto da exceção para se insurgir contra a 
incompetência relativa, ocorre a prorrogação da competência, tornando-se 
competente o juízo que antes incompetente era, não havendo mais oportunidade 
para que, durante o processo, se levante esse defeito. A prorrogação de 
competência nada mais é do que efeito específico da preclusão, que ocorre 
neste caso. 
 Como o vício se considera como tendo sido sanado, se não argüido em tempo e 
através do meio hábil, tem-se como conseqüência ser absolutamente imaculada 
sentença proferida por juízo relativamente incompetente. 
 
4.2.2 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO4 
 A imparcialidade do juiz é pressuposto de toda atividade jurisdicional. A 
imparcialidade pode ser Examinada sob um aspecto objetivo e um aspecto 
subjetivo. No aspecto objetivo, a imparcialidade se traduz na eqüidistância prática 
do juiz no desenvolvimento do processo, dando às partes igualdade de tratamento. 
 Como conseqüências dessa imparcialidade objetiva existem, por exemplo, o 
princípio da iniciativa de partes, que proíbe ao juiz conhecer de questões de mérito não 
suscitadas porque, em caso contrário, estaria beneficiando a uma das partes e o 
princípio de que em todos os momentos do processo as partes devem ter 
oportunidades processuais análogas. Todavia, para que se concretize a imparcialidade 
objetiva, é preciso que o juiz seja subjetivamente imparcial, isto é, que seja 
verdadeiramente um estranho à causa e às partes. 
 O juiz, que de qualquer modo esteja vinculado à causa, por razões de ordem 
subjetiva, tem comprometida a sua imparcialidade e, portanto, não deve atuar no 
processo. As razões que comprometem, ou, pelo menos, colocam em risco a 
imparcialidade do juiz são as razões de impedimento e de suspeição, conforme 
relacionadas no Código. Os casos de impedimento são mais graves e têm como 
conseqüência a subtração do poder de decidir do juiz em relação a determinada causa. 
 Nos casos em que a lei considera o juiz impedido, está ele proibido de exercer 
sua função jurisdicional. A violação dos casos de impedimento acarreta a nulidade do 
processo, gerando a possibilidade da ação rescisória se, apesar da proibição legal, o 
juiz impedido proferiu sentença que se tornou definitiva com trânsito em julgado (art. 
485, III). 
 Já os casos de suspeição não inibem o poder jurisdicional do juiz, suscitando 
apenas a dúvida quanto à imparcialidade, o que é suficiente para afastá-lo do processo,4 Note-se que a competência para julgar a exceção não é do juiz de primeiro grau (como ocorre na exceção de 
incompetência), mas concerne ao tribunal proceder o julgamento da alegação de imparcialidade. 
 
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mas não para tornar a sentença nula. A suspeição deve ser argüida e resolvida no 
curso do processo, tornando-se impossível a alegação após o trânsito em julgado da 
sentença. Os casos de impedimento do juiz estão relacionados no art. 134, que assim 
dispõe: 
"Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo 
contencioso ou 
voluntário: 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento 
como testemunha; 
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe 
proferido sentença ou decisão; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o 
seu cônjuge ouqualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em 
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; 
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das 
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa 
jurídica, parte na causa. 
Parágrafo único. No caso do número IV, o impedimento só se 
verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da 
causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim 
de criar o impedimento do juiz". 
 
 Como se vê, são circunstâncias objetivas que geram a presunção absoluta de 
que o juiz tem comprometida a eqüidistância subjetiva em relação às partes. Em todas 
as hipóteses legais, o juiz participou do processo ou está intimamente ligado à lide, o 
que gera a necessidade de seu afastamento do processo. 
 As hipóteses de suspeição encontram-se relacionadas no art. 135 do Código de 
Processo e também podem comprometer a imparcialidade, por via de uma presunção 
estabelecida na lei. São hipóteses em que o juiz ou está psicologicamente vinculado às 
partes ou tem interesse na solução da causa de seu cônjuge ou de parentes deste em 
linha reta, ou na colateral até o terceiro grau. São casos de fundada suspeita de 
parcialidade do juiz: 
a) ser ele amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
b) algumas das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou parentes 
deste, em linha reta ou colateral até o terceiro grau; 
c) ser herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; 
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d) se receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar algumas das 
partes acerca do objeto da causa ou subministrar meios para atender às despesas do 
litígio; 
e) for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. 
 É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, afastando-se do processo se 
ocorrem as hipóteses dos arts. 134 e 135. Todavia, o juiz que deixa de se abster ou de 
se declarar suspeito poderá ser recusado por qualquer das partes. O meio processual 
para a formulação da recusa do juiz pela parte é a exceção, regulada nos arts. 304 e s. 
O direito de apresentar exceção pode ser exercido, em qualquer tempo ou grau de 
jurisdição, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do fato que ocasionou o impedimento 
ou a suspeição. Ao oferecer a exceção, a parte deverá especificar o motivo da recusa, 
podendo ser instruída com documentos em que o excipiente funda suas alegações, 
contendo, se for o caso, o rol de testemunhas. Despachando a petição, o juiz, se 
reconhecer o impedimento ou a suspeição, remeterá os autos ao seu substituto legal, 
afastando-se do processo. Em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias dará suas razões 
acompanhadas de documentos e rol de testemunhas, se houver, ordenando em 
seguida a remessa dos autos ao Tribunal. 
 O Tribunal, se verificar que a exceção não tem fundamento legal, determinará o 
seu arquivamento. Caso contrário, julgando procedente a exceção, condenará o juiz 
nas custas, mandando remeter os autos ao seu substituto legal. Recebida a exceção e 
até que seja definitivamente julgada, o processo ficará suspenso. 
 Observe-se que nos casos de impedimento, mesmo sem ter sido oposta a 
exceção no prazo e segundo o procedimento legal, por se tratar de matéria de ordem 
pública o Tribunal poderá conhecê-la de ofício, anulando a sentença proferida por juiz 
impedido, devolvendo o processo para julgamento por outro juiz. Já em relação à 
suspeição, o rito procedimental da exceção é condicionante do exame da matéria. 
 Os motivos de impedimento ou de suspeição aplicam-se também ao órgão do 
Ministério Público, todos eles, quando este não for parte, e, sendo parte, todos eles, 
salvo o inc. V, do art. 135, que considera o juiz suspeito se interessado no julgamento 
da causa em favor de uma das partes. 
 Evidentemente esse inciso é inaplicável se o Ministério Público for parte, porque 
como substituto processual ele demandará em favor do interesse de alguém e, 
portanto, não há, por isso, motivo de suspeição, porque a lei determina sua atuação 
nesse sentido. Ademais, os mesmos motivos de impedimento ou suspeição aplicam-se 
aos serventuários da justiça, perito e assistentes técnicos e ao intérprete. 
 A arguição de impedimento ou suspeição do Ministério Público, serventuário da 
justiça, perito e intérprete, deverá ser feita, mediante petição fundamentada e 
devidamente instruída, na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos. 
O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa, 
ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova, quando necessária, e 
em seguida julgando o pedido. 
 Nos tribunais, o relator do processo processa e julga o incidente. Neste último 
caso, bem como também na exceção de impedimentos ou suspeição argüidos contra o 
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juiz, a doutrina entende que o juiz ou a pessoa argüida de impedida ou suspeita é parte, 
havendo, no caso, uma decisão declaratória da imparcialidade ou parcialidade do juiz 
ou dos órgãos relacionados no art. 138. Esta decisão refere-se à capacidade subjetiva 
desses órgãos de participação no processo. 
 
4.3 CONTESTAÇÃO (ataca o pedido e/ou a causa de pedir) 
 A contestação é o instrumento de oposição do réu à ação proposta pelo autor; é 
o ato pelo qual o réu resiste em juízo a pretensão do autor aduzida na inicial, podemos 
dizer que é o direito de ação do réu contra o direito de ação do autor, ou, ainda, a 
resistência do demandado contra a pretensão do demandante, ou seja, é a defesa 
propriamente dita, consistente na antítese da tese até então existente nos autos, 
mediante dedução de toda a matéria possível, e na exposição dos motivos de fato e de 
direito do porquê da resistência à pretensão; considerando que o processo regula duas 
relações distintas e independentes, a primeira envolvendo o juiz e as partes, de cunho 
estritamente processual, e a segunda envolvendo apenas autor e réu, de natureza 
material, a contestação pode desenvolver defesas processuais e materiais. É defesa 
contra o mérito (pedido do autor); a sua ausência acarreta a revelia; contesta o pedido, 
expondo as razões com que impugna a pretensão do autor; é a modalidade mais 
importante de resposta, pois, em regra, se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão 
verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, salvo se não for admissível, a seu respeito, a 
confissão, se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei 
considerar da substância do ato, ou se estiverem em contradição com a defesa, 
considerada em seu conjunto; o réu que não contesta é considerado revel e não é mais 
intimado dos atos do processo, que segue sem a sua participação; na contestação, o 
réu deverá levantar as preliminares (defesaprocessual direta) que tiver, antes de entrar 
no mérito da questão; se o réu levantar alguma preliminar, ou alegar fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do pedido do autor, será este ouvido, no prazo de 10 dias; em 
princípio, deve o réu juntar à contestação todos os doc. que irá usar no processo. 
 É na contestação, pelo princípio da eventualidade, que o réu deverá alegar 
toda a matéria processual e de mérito que lhe competir naquele momento, afirmando a 
lei (art. 300), que compete ao réu alegar na contestação toda matéria de defesa. 
Diante disso, prevê a legislação: 
 
4.3.1 Defesa Processual – preliminares, que pode ser: 
4.3.1.1 Dilatória – quando visa prorrogar, postergar o momento processual. 
 Com efeito, antes de discutir o mérito da ação, o réu deverá argüir: 
a) inexistência ou nulidade da citação – como vimos anteriormente, sem citação não 
existe processo; 
b) incompetência absoluta – aquelas relacionadas à matéria e hierarquia. A 
incompetência relativa (territorial ou valor da causa) deverá ser alegada em exceção de 
incompetência (petição autônoma); 
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c) inépcia da petição inicial – a inépcia se verifica quando existe vício no pedido da 
petição inicial, ou seja, quando faltar pedido ou causa de pedir, quando da narração dos 
fatos não decorrer logicamente o pedido, quando o pedido for juridicamente impossível, 
quando os pedidos cumulados forem incompatíveis entre si (art. 295, parágrafo único); 
d) perempção – ocorre quando a ação é extinta, sem julgamento do mérito, por mais de 
três vezes (art. 268, parágrafo único); 
e) litispendência – quando houver em trâmite outra ação idêntica (mesmas partes, 
causa de pedir e pedido), quando se repete ação que ainda está em trâmite ou 
pendente de julgamento (art. 301, § 3º); 
f) coisa julgada – quando for repetida ação já decidida por sentença definitiva (de que 
não caiba mais recursos); 
g) conexão – quando por identidade de causa de pedir ou objeto o processo deva 
ser julgado simultaneamente com outro, idêntico; 
h) incapacidade da parte, defeito de representação processual ou falta de autorização – 
a falta de autorização ocorre naquelas hipóteses do artigo 10, em que há 
obrigatoriedade de outorga do cônjuge; 
i) convenção de arbitragem – uma vez que o compromisso arbitral afasta a jurisdição 
estatal, havendo a convenção o juiz não poderá analisar o mérito da demanda; 
j) carência de ação – impossibilidade jurídica do pedido, falta de legitimidade einteresse 
de agir; 
k) falta de caução ou outra prestação, que a lei exige como preliminar – hipótese, por 
exemplo, da ação rescisória que determina a prestação de caução pelos autos como 
pressuposto da ação. 
 As preliminares de contestação são incidentes processuais que impedem o 
magistrado de conhecer o mérito da ação, são questões de ordem pública que podem 
ser conhecidas de ofícios, salvo as hipóteses de compromisso arbitral (art. 301, § 4º). 
Por sua vez, na defesa de mérito, o réu deverá alegar toda a defesa pertinente, 
inclusive manifestando-se precisamente sobre todos os fatos deduzidos pelo autor, sob 
pena de preclusão e presunção de veracidade. Em outras palavras: os fatos não 
contestados são tidos por incontroversos, gerando a confissão do réu em favor do 
autor. 
 
4.3.1.2 Peremptória – extingue o processo. Ocorre perempção quando o autor 
der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no art. 267, 
III, não poderá intentar nova ação com o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe 
ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu mérito (art. 268, § 
único CPC). 
 
4.3.2. Defesa de Mérito – contra a pretensão ou pedido da ação. 
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4.3.2.1 Ônus da impugnação especificada – impugnar especificadamente 
todos os requisitos da inicial. A regra da impugnação específica apenas não se 
aplica nos seguintes casos (art. 302 e parágrafo único): 
a) se não for admissível a confissão – nos casos de direitos indisponíveis; 
b) se a petição inicial não estiver instruída com o documento público que a lei obrigar 
para a validade do ato; 
c) se estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto; 
d) quando a defesa for elaborada por advogado dativo, curador especial e por órgão do 
Ministério Público. 
4.3.2.2 Defesa de mérito – deduzir na contestação toda a matéria da defesa. Da 
mesma forma, após a apresentação da contestação, apenas se admitem novas 
alegações quando (art. 303): 
a) forem relativas a direito superveniente; 
b) competir ao juiz conhecer a matéria de ofício (questão de ordem pública); 
c) puderem ser alegadas a qualquer tempo por expressa previsão legal. 
 
5. Reconvenção 
 A reconvenção é o instrumento colocado à disposição do réu para o exercício de 
ação contra o autor nos próprios autos da ação iniciada por este. Em outras palavras, 
trata-se da possibilidade do réu de formular pedido contra o autor, sem a necessidade 
da propositura de uma nova demanda. 
 A reconvenção é cabível quando: 
? a ação reconvencional for conexa com a ação principal (mesmo pedido ou causa de 
pedir ou identidade de objeto); 
? a ação reconvencional for conexa com o fundamento da defesa (contestação). 
Dessa forma, nota-se que a reconvenção é uma verdadeira ação que tramitará nos 
autos de outra. 
 
5.1 Prazo e requisitos 
 A reconvenção deve ser apresentada no prazo de 15 dias, simultaneamente com 
a contestação. Ressalte-se que nada impede a apresentação de reconvenção sem 
contestação, ou seja, a parte poderá apenas reconvir, no entanto, se for contestar, 
deverá protocolar ambas as petições, simultaneamente. 
Requisitos: 
a) petição inicial (petição autônoma em relação à contestação) – devem ser observados 
todos os requisitos previstos no artigo 282 do CPC, devendo a reconvenção ser 
proposta por petição autônoma; 
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b) competência do juiz para conhecimento da reconvenção – o juízo da ação principal 
também deve ser competente para o julgamento da reconvenção; 
c) compatibilidade entre os ritos procedimentais (ação e reconvenção); 
d) simultaneidade (contestação e reconvenção); 
e) a ação principal deve admitir reconvenção – uma vez que alguns procedimentos 
admitem pedidos na própria contestação, não havendo necessidade de reconvenção, 
por exemplo, rito sumário e ações possessórias. 
 
 PC Livro IV (890 ss) 
 Especiais 
 Legislação extravagante 
 
Procedimento 
 
 Súmario 
 Comum 
 Ordinário 
 
? Rito ordinário – é a materialização do procedimento, aplica-se supletivamente às 
lacunas dos demais processos. 
 Fases do rito ordinário: postulatória, ordinária ou saneadora, probatória, 
decisória, recursal. 
 Por exclusão o que não for sumario será ordinário, ver se é sumário art. 275 
CPC. 
? Procedimento ordinário – fase postulatória. 
 
Petição inicial citação resposta (15 dias) 
 A resposta pode ser: revelia, contestar, exceção (incompetência [relativa 
ou abasoluta], impedimento), suspeição, reconvenção. 
 
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 Revelia5 (319 ss) 
 Impedimento 
 parcialidade6 
 Exceção suspeição 
 
 
 Incompetência relativa7 
 
Citação Resposta 
 
 Dilatória8 
 Defesa preliminar9 
 Peremptória10 
 
 Contestação 
 Ônus da impugnação especificada11 
 Defesa de mérito12 
 Eventualidade13 
 
 Reconvenção14 (no rito sumário é pedido contraposto) 
 
 
 
5 Não é sinônimo de concordância com o pedido. 
6 Parcialidade dojuízo, existe uma causa maior que poderá influir na decisão do magistrado. 
7 Só pode ser argüida momento da resposta. Incompetência relativa = EXCEÇÃO; incompetência absoluta = ARGÜIÇÃO (pode ser argüida a qualquer tempo) 
8 Visa prorrogar, postergar o momento processual. 
9 Defesa que antecede o mérito. (301 CPC). 
10 Extingue o processo sem julgamento de mérito (CPC 267, V e 268, § único). 
11 Impugnar especificamente todos os requisitos da petição inicial (302 CPC). 
12 Arts. 300 – 303 CPC. 
13 Deduzir na contestação toda a matéria da defesa (303 CPC). 
14 Art. 282 CPC: dirigida contra o autor; conexão com ação ou com fundamento da defesa; identidade de rito; juízo competente. Vedações: emenda; reconvenção de 
reconvenção; necessidade de contestar; diferente de pedido contraposto. 
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19
 
 1 
 
 2 3 
 
 
 
 4 
 5 
 6 7 8 
 9 
 
 10 
 
 11 12 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jurisdição 
Procedimento 
em 
contraditorio
processo 
Processo e 
procedimento 
Ação 
Petição 
Inicial 
(282) 
Extinção do 
processo com 
julgamento de 
mérito (269) 
Extinção do 
processo sem 
julgamento de 
mérito (267) 
- Requisitos 
(282/283) 
 
- Emenda à 
inicial (284) 
 
- Indeferimento 
da inicial (295 
e § único 284) 
 
- Antecipação 
dos efeitos da 
tutela (273 
diferente 461 - 
tutela 
específica) 
Comunicação 
dos atos
Intimação 
(234)
Efeitos 
(219) 
Citações 
(213/233)
Exceção 
(304/314) 
Resposta 
(297/299)
Revelia 
(319/322)
Posturas 
do réu
Reconvenção 
(315/319)
Contestação 
(300/303) 
Incompetência 
Parcial
Mérito
Preliminar
Relativa 
Suspeição 
Impedimento 
Réplica autor
(326/327)
Citação do réu 
ADI (325)
Especificação 
provas (324)
Providências 
preliminares 
Audiência 
preliminar 
(331)
Dos 
procedimentos 
nos tribunais 
 
Provas 
(332/45) 
Sentença 
coisa julgada 
(458/475) 
 
Recursos 
ETC. 
AI 
AP 
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Teste seus conhecimentos 
 
Tomo I 
Incompetência 
 
01 Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao excepto por 
a. 24 (vinte e quatro) horas. 
b. 48 (quarenta e oito) horas. 
c. 5 (cinco) dias. 
d. 10 (dez) dias. 
 
02 O prazo legal destinado para, respectivamente, apresentar defesa oral, em 
audiência; vista dos autos ao exceto para contestar a exceção de incompetência; 
designação de audiência de instrução e julgamento das exceções de suspeição; 
efetivar o pagamento ou a garantia da execução, é de 
 
a. 20 minutos; 24 horas; 48 horas; 48 horas. 
b. 15 minutos; 24 horas; 48 horas; 24 horas. 
c. 20 minutos; 48 horas; 24 horas; 48 horas. 
d. 15 minutos; 48 horas; 24 horas; 24 horas. 
 
03 Jonas propôs ação de investigação de paternidade contra Túlio, alegando que o réu 
e sua mãe mantiveram relações sexuais que resultaram em sua concepção. Com base 
na farta prova testemunhal colhida, o juiz julgou procedente o pedido do autor e 
reconheceu a paternidade questionada. O réu, apesar de inconformado com a decisão, 
não interpôs nenhum recurso contra ela, mas dirigiu-se a um laboratório médico onde, 
juntamente com Jonas, submeteu-se à coleta de sangue com a finalidade de realizar 
exame de DNA para a determinação do vínculo de parentesco biológico entre eles. O 
exame concluiu pela exclusão da paternidade de Túlio, que, sabendo que jamais havia 
mantido qualquer relacionamento íntimo com a mãe de Jonas, requereu a instauração 
de inquérito policial para apurar a prática do delito de falso testemunho por parte das 
testemunhas arroladas pelo autor que depuseram no processo, especialmente porque a 
sentença que julgou procedente a ação baseou-se nos depoimentos de tais 
testemunhas. Os réus foram condenados pela prática do crime de falso testemunho. 
Embasado na sentença penal condenatória e no resultado negativo do exame de DNA, 
Túlio propôs, no prazo legal, ação rescisória da sentença que reconhecera a 
paternidade em relação a Jonas. Com relação a essa situação hipotética, julgue os 
itens que se seguem. 
A) Falta ao autor interesse de agir para a rescisória porque, não havendo recorrido da 
sentença rescindenda, demonstrou haver com ela se conformado. Além disso, ele não 
atendeu ao requisito de exaurimento das instâncias, exigível para a admissibilidade da 
rescisória. 
B) O juízo que prolatou a sentença rescindenda em primeiro grau, na hipótese, está 
prevento para conhecer e julgar a rescisória, tendo em vista a clara conexão existente 
entre ambas as ações. 
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C) Se o réu da rescisória houver mudado de endereço, poderá opor exceção de 
incompetência relativa, pleiteando que a rescisória tramite no foro de seu domicílio, já 
que o investigante conserva o foro privilegiado também para a rescisória. 
D) A partir da prolação da sentença cível, não mais se poderia instaurar a persecutio 
criminis relativa ao falso testemunho, eis que a lei penal prevê expressamente a 
possibilidade de o agente vir a retratar-se do depoimento prestado perante o juiz cível 
antes que este prolate sentença, ficando, desse modo, isento de pena. Assim, como 
corolário da garantia da ampla defesa, a prolação da sentença cível é fato impeditivo à 
instauração da ação penal relativa ao falso testemunho. 
E) Com a decisão penal transitada em julgado, na ação rescisória já não mais se 
poderá discutir a existência da falsidade, devendo a defesa do réu, de meritis, cingir-se 
à demonstração de que a sentença rescindenda não se haja fundada na prova 
declarada falsa, ou seja, à comprovação de que houvera outro fundamento suficiente 
para a decisão. 
 
04 O recurso cabível contra a decisão que julga uma exceção de incompetência é: 
A) apelação; 
B) embargos infringentes; 
C) agravo de instrumento; 
D) nenhuma das hipóteses. 
 
05 O juiz deve declarar-se incompetente, de ofício: 
A) em todos os casos de incompetência absoluta; 
B) por incompetência territorial, nunca; 
C) em alguns casos de incompetência relativa; 
D) só quando lhe faltar competência de jurisdição. 
 
06 Dois dias após ter sido validamente citado para oferecer contestação em uma ação 
cognitiva de natureza pessoal, Augusto, funcionário público, por força de movimentação 
funcional, mudou sua residência para outra cidade e comarca. Graças ao fato pretende 
ingressar com exceção de incompetência, invocando a regra do art. 94 do Código de 
Processo Civil (''Aação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real 
sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.''). A 
mudança de domicílio do réu, na hipótese: 
A) não é causa de modificação da competência, inclusive já se fazendo prevento o 
juízo; 
B) é causa de modificação da competência, dado que o domicílio do réu, em ações 
dessa natureza, se mostra como critério determinativo de cunho inderrogável; 
C) é causa de modificação da competência, uma vez que não se acha esgotado o 
prazo de contestação; 
D) não é causa de modificação de competência, porque o domicílio do réu é de todo 
irrelevante para sua determinação. 
 
07 Assinale a opção correta: 
A) as competências territorial e funcional podem ser modificadas pela conexão e 
continência; 
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23
B) dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre quando há identidade de 
partes e de objeto; 
C) a prevenção, entre juízos de comarcas distintas, dar-se-á em favor do juízo que 
despachar primeiro a petição inicial; 
D) a conexão ocorrerá quando duas ou mais ações tiverem o mesmo objeto ou a 
mesma causa de pedir; 
E) declarada a incompetênciaabsoluta, todos os atos são nulos. 
 
08 É certo dizer: 
(I) recebida a exceção, o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente 
julgada; 
(II) a desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não impede 
o prosseguimento da reconvenção; 
(III) no procedimento ordinário, a reconvenção e a exceção devem ser oferecidas 
simultaneamente, mas processadas em apenso aos autos principais; 
(IV) as exceções de coisa julgada e litispendência devem ser opostas por meio de peça 
autônoma; 
(V) a incompetência absoluta deve ser argüida mediante oposição de exceção. 
As proposições corretas são 
A) as proposições I e II são verdadeiras; 
B) as proposições III e IV são verdadeiras; 
C) as proposições IV e V são verdadeiras; 
D) as proposições I e III são verdadeiras; 
E) as proposições II e V são verdadeiras. 
 
09 Assinalar a alternativa correta. 
A) É permitida a cumulação de vários pedidos contra o mesmo réu, num único 
processo, ainda que entre eles não haja conexão, desde que sejam compatíveis entre 
si, seja competente para conhecer deles o mesmo juízo e seja adequado para todos o 
mesmo tipo de procedimento. 
B) A incompetência absoluta pode ser argüida por meio de exceção e, neste caso, 
suspende o curso do processo, até que seja definitivamente julgada. 
C) Em caso de litisconsórcio passivo, computar-se-á em quádruplo o prazo para 
responder e em dobro para recorrer, bem como, de modo geral, para falar nos autos. 
D) Verificando que a exceção de suspeição não tem fundamento legal, o juiz 
determinará o seu arquivamento, condenando o excipiente nas custas do processo. 
 
10 Em cautelar de protesto contra alienação de bens, ajuizada na Comarca da Capital, 
contra a empresa e seu diretor, fiador do contrato, foi argüida exceção de 
incompetência, alegando o excipiente que não tem dupla residência, que é domiciliado 
no interior do Estado, onde também está a sede da empresa, desde antes do 
ajuizamento da ação. A credora replica e alega que o excipiente tem duplo domicílio, no 
interior e na Capital, que a empresa tinha sede na Capital e só registrou a alteração do 
contrato social, com transferência da sede depois de proposta a ação, afirmando que o 
excipiente tem duas residências, podendo ser acionado em qualquer delas.A sentença, 
nesse caso, acolhendo a exceção, 
A) deve ser mantida porque ninguém pode ter mais de um domicílio ou residência e a 
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empresa deve ser acionada onde tem sua sede. 
B) deve ser reformada porque não há impedimento legal para que a pessoa tenha duas 
residências, podendo ser acionada em qualquer delas. 
C) deve ser reformada porque a empresa mudou sua sede depois da assinatura do 
contrato e só registrou a alteração após ajuizada a ação. 
D) deve ser mantida porque o réu deve ser acionado no lugar em que é domiciliado, 
segundo a prova dos autos. 
 
11 Caio propôs demanda que foi distribuída à 15a Vara Federal de São Paulo. Esse 
juízo entendeu que não tinha competência para julgar a demanda, remetendo os autos 
para a Justiça Comum do Estado de São Paulo, onde foram distribuídos à 5a Vara 
Cível. Este Juízo entende que a competência é efetivamente da Justiça Comum 
Federal, razão pela qual: 
A) deverá suscitar o conflito negativo de competência, que será julgado pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
B) deverá suscitar o conflito negativo de competência, que será julgado pelo Tribunal 
de Justiça de São Paulo. 
C) deverá extinguir o processo sem julgamento de mérito, diante de sua incompetência 
absoluta. 
D) nada poderá ser feito, diante da impossibilidade de um juiz estadual descumprir a 
decisão de um juiz federal do mesmo grau de jurisdição. 
 
12 Incompetência relativa 
A) é atributo do órgão julgador. 
B) não pode ser declarada de ofício. 
C) discrimina qual o juízo prevento. 
D) decreta a nulidade dos atos processuais. 
 
 
Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – A 
2 – A 
3 – 
E 
E 
E 
E 
C 
4 – C 
5 – A 
6 – A 
7 – D 
8 – A 
9 – A 
10 – D 
11 – A 
12 – B 
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Tomo II 
Impedimento e suspeição 
 
01 Marque a opção correta: 
A suspeição e o impedimento do Juiz são argüíveis por meio de incidente ao processo, 
em petição fundamentada e devidamente instruída. A competência para julgar o 
incidente é do: 
A) Tribunal de Justiça. 
B) Conselho da Magistratura. 
C) Juiz Corregedor. 
D) Próprio Juiz. 
 
02 Ao serventuário de justiça: 
A) não se aplicam quaisquer motivos de impedimento ou de suspeição; 
B) aplicam-se os mesmos motivos de impedimento e de suspeição aplicáveis aos 
magistrados; 
C) aplicam-se apenas os motivos de impedimento; 
D) aplicam-se apenas os motivos de suspeição; 
E) aplicam-se apenas os motivos relativos ao assistente técnico. 
 
03 Caio propõe demanda em face de Tício. No prazo legal, Tício interpôs exceção de 
suspeição, acolhida pelo Juiz de primeiro grau. 
A) Inconformado com a decisão, Caio pode interpor agravo de instrumento. 
B) Não sendo admissível recurso contra essa decisão, Caio poderá acionar mandado 
de segurança. 
C) Contra essa decisão não é admissível qualquer espécie de recurso ou medida 
judicial. 
D) Caio poderá aforar reclamação perante o órgão de segundo grau, na medida em 
que o julgamento da exceção de suspeição não pode ser feito pelo próprio Juiz de 
primeiro grau. 
 
04 O Ministério Público, obrigatoriamente, será ouvido: 
A) em todas as exceções de incompetência; 
B) em todas as ações de divisão; 
C) em todos os conflitos de competência; 
D) em todas as ações usucapionárias de coisa móvel; 
E) em todas as exceções de suspeição. 
 
05 Marque a opção correta 
Na previsão do artigo 802, do CPC, o requerido será citado, qualquer que seja o 
procedimento cautelar, para, no prazo de cinco (5) dias, contestar o pedido, indicando 
as provas que pretende produzir. O exercício do seu direito de defesa 
A) comporta reconvenção. 
B) não abrange as argüições das exceções. 
C) abrange somente a exceção de suspeição. 
D) não abarca a reconvenção. 
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06 Marque a opção correta: 
A suspeição e o impedimento do Juiz são argüíveis por meio de incidente ao processo, 
em petição fundamentada e devidamente instruída. A competência para julgar o 
incidente é do: 
A) Tribunal de Justiça. 
B) Conselho da Magistratura. 
C) Juiz Corregedor. 
D) Próprio Juiz. 
 
 
Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tomo III 
 
Contestação – Reconvenção - Revelia 
 
01 Assinale a alternativa incorreta. Revelia. 
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da 
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas da 
lide. 
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor 
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado 
tornou-se revel. 
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada, 
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim de 
deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão. 
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser 
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer no 
processo. 
 
02 Denunciação à lide. Assinale a alternativa correta. 
A) fato de a parte ter mencionado, em sua petição, que estava deduzindo chamamento 
ao processo em caso típico de denunciação da lide, não inibe o juiz de determinar o 
1 – D 
2 – B 
3 – C 
4 – C 
5 – D 
6 – D 
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procedimento correto,pois o co-réu pode denunciar a lide ao litisconsorte passivo. 
B) Verificando-se, a teor da contestação, menção a fatos atribuídos a terceiro, e como 
a denunciação à lide é obrigatória nas hipóteses indicadas no CPC, sendo o caso, 
nada impede que a citação daquele, como denunciado, seja determinada de ofício 
pelo juiz. 
C) No procedimento sumário, a contestação deve ser deduzida na audiência, razão 
pela qual é nesse momento que o demandado deve denunciar à lide o terceiro, 
impondo-se a suspensão do processo para a citação do denunciado. 
D) Diz o CPC, para os casos que menciona, ser obrigatória a denunciação à lide, mas 
se o juízo da ação principal for absolutamente incompetente para julgar a ação de 
denunciação da lide, o processo será deslocado para o juízo competente. 
 
03 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista, 
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua 
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré, 
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso, 
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos 
da revelia são 
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida. 
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública. 
C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito. 
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público 
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis. 
 
04 O prazo para a contestação do réu citado por edital começa a correr a partir do (da) 
A) primeiro dia útil seguinte ao da última publicação do edital 
B) primeiro dia útil seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital 
C) décimo quinto dia seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital 
D) data em que se certificar nos autos que os editais foram devidamente publicados 
E) primeiro dia útil seguinte ao da primeira publicação do edital 
 
05 Caio propõe demanda pelo procedimento comum ordinário, em face de Tício, 
pleiteando sua condenação ao pagamento de dívida oriunda de contrato de mútuo no 
valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Apresentada a contestação e oferecida a 
réplica, Caio requer a designação de audiência de conciliação e fixação de pontos 
controvertidos. O juiz indefere o pedido, designando audiência de instrução e 
julgamento. Caio interpõe agravo de instrumento. Do exposto, resulta que 
A) agravo de instrumento não será conhecido, na medida em que contra decisões 
interlocutórias no procedimento comum ordinário somente é admissível o agravo 
retido. 
B) agravo de instrumento não será provido, por caber ao juiz, na condição de 
responsável pelo comando do processo, decidir quais os atos processuais que 
deverão ou não ser praticados. 
C) agravo de instrumento não será provido, de vez que necessário seria o seu 
conhecimento no efeito ativo, o que é vedado pelo sistema processual. 
D) agravo de instrumento será provido, pois que, tratando-se de matéria de ordem 
pública, não pode o juiz alterar o procedimento. 
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06 João e Mário, menores impúberes, representados por sua mãe, Cornélia, 
propuseram em face de seu pai, Caio, ação revisional de alimentos. Citado 
regularmente, Caio pretende que sejam abatidos do valor pleiteado R$ 10.000,00 (dez 
mil reais), que lhe são devidos por Cornélia. Aponte a alternativa correta. 
A) A compensação, neste caso, não é permitida, na medida em que os alimentos são 
requeridos pelos filhos, enquanto a dívida seria da mãe. 
B) Caio pode pleitear a compensação em contestação como matéria de defesa de 
mérito. 
C) Tendo em vista a presença dos requisitos subjetivos específicos, Caio pode pleitear 
a compensação por meio de reconvenção. 
D) Caio pode pleitear a compensação em contestação, formulando pedido 
contraposto. 
 
07 Oferecida a reconvenção 
A) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é citado para contestá-la no 
prazo de cinco dias e o juiz, com ou sem a colheita de provas, proferirá sentença 
julgando a reconvenção e determinando o prosseguimento, ou a extinção do processo 
principal. 
B) o autor reconvindo será intimado na pessoa de seu procurador para contestá-la no 
prazo de quinze dias e o juiz, ao final, proferirá sentença única, julgando a ação e a 
reconvenção. 
C) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é intimado na pessoa de seu 
advogado para apresentar contestação no prazo de cinco dias e o juiz, ao final, 
proferirá sentença julgando a reconvenção para, só depois, retomar a ação principal o 
seu curso normal, uma vez que o julgamento da reconvenção não interfere no 
julgamento da ação. 
D) a ação principal não é suspensa, o autor reconvindo é citado para responder aos 
termos da reconvenção no prazo de dez dias e o juiz proferirá decisão admitindo a 
reconvenção, ou negando-lhe seguimento para, no primeiro caso, julgá-la em conjunto 
com a ação ou, no segundo caso, determinar a sua extinção e arquivamento. 
 
08 Caio propõe demanda em face de Tício, pelo procedimento ordinário, pleiteando 
seja o réu condenado a lhe pagar indenização. Ocorre que, por força de contrato, caso 
Tício venha a ser condenado a pagar qualquer importância, será indenizado, até o 
limite contratual, por Semprônio. Em sua contestação, o réu deixa de requerer a citação 
de Semprônio para intervir na demanda na condição de terceiro. A demanda 
processou-se e o réu foi condenado a pagar a indenização, tendo a decisão sido 
integralmente cumprida. Diante da hipótese, assinale a alternativa correta 
A) Tício, não tendo denunciado a lide a Semprônio, perdeu o direito à ação regressiva 
em face deste, na medida em que a denunciação da lide no direito brasileiro é 
obrigatória. 
B) Apesar da sua omissão, Tício poderá propor ação regressiva em face de 
Semprônio, porque a denunciação da lide nessa hipótese não é obrigatória. 
C) Tício não poderá propor a ação regressiva, uma vez que a nomeação à autoria 
deveria ter ocorrido na contestação. 
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D) Como Tício não denunciou a lide a Semprônio, o direito de regresso somente 
poderia ser exercido caso Semprônio tivesse ingressado na demanda como assistente 
litisconsorcial; como isto não ocorreu, perde Tício o direito de regresso. 
 
09 Na formação do convencimento do juiz, no âmbito do direito processual, para 
demonstração da verdade de uma situação de fato, deduzida na inicial ou na 
contestação: 
A) uma testemunha não faz prova, como prestigiado pelos Direitos Canônicos e 
Muçulmanos. 
B) somente duas ou mais testemunhas constituem prova integral, decisiva. 
C) basta a simples alegação da parte, ainda que não provada. 
D) são hábeis todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos. 
 
10 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista, 
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua 
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré, 
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso, 
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos 
da revelia são 
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida. 
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública. 
C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito. 
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público 
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis. 
 
11 O prazo para a contestação do réu citado por edital começa a correr a partir do (da) 
A) primeiro dia útil seguinte ao da última publicação do edital 
B) primeiro dia útil seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital 
C) décimo quintodia seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital 
D) data em que se certificar nos autos que os editais foram devidamente publicados 
E) primeiro dia útil seguinte ao da primeira publicação do edital 
 
12 José ingressou com ação de conhecimento contra Mário, pelo procedimento 
sumário, pretendendo ser ressarcido por danos causados em seu veículo automotor, 
em virtude de acidente de trânsito provocado pelo réu. O autor compareceu 
pessoalmente à audiência, e o réu fez-se representar por preposto com poderes para 
transigir. Contudo, não houve acordo. A parte ré, assim, ofereceu contestação escrita, 
reconvenção e impugnação ao valor da causa. Com base nessa situação hipotética, 
julgue os itens a seguir. 
A) Em razão de o réu não ter comparecido pessoalmente à audiência, deverá o juiz 
considerar verdadeiros os fatos alegados na petição inicial, salvo se o contrário resultar 
da prova dos autos. 
B) A contestação apresentada por escrito não deve ser recebida, considerando que a 
peça de defesa, em ação de procedimento sumário, oferecida em audiência, 
necessariamente deve ser oral, em razão dos princípios da celeridade, da economia 
processual e da concentração que norteiam esse procedimento. 
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C) A peça de reconvenção deve ser de pronto indeferida, pois a ação de procedimento 
sumário comporta que o réu, na contestação, formule pedido em seu favor, desde que 
fundado nos mesmos fatos referidos na inicial. 
D) No procedimento sumário, não são admissíveis a impugnação ao valor da causa 
nem a intervenção de terceiro. 
E) Cabe ao juiz, na audiência, decidir de plano todas as questões incidentes, podendo 
a parte prejudicada recorrer da decisão, sempre por meio do recurso de agravo retido. 
 
13 A reconvenção, se o réu quiser ajuizá-la, 
A) pode ser ajuizada no mesmo momento da contestação. 
B) deve ser ajuizada no mesmo momento da contestação. 
C) só pode ser ajuizada se o réu contestar também. 
D) deve ser deduzida como capítulo da contestação. 
E) é admissível em ações de procedimento sumário. 
 
14 João e Mário, menores impúberes, representados por sua mãe, Cornélia, 
propuseram em face de seu pai, Caio, ação revisional de alimentos. Citado 
regularmente, Caio pretende que sejam abatidos do valor pleiteado R$ 10.000,00 (dez 
mil reais), que lhe são devidos por Cornélia. Aponte a alternativa correta. 
A) A compensação, neste caso, não é permitida, na medida em que os alimentos são 
requeridos pelos filhos, enquanto a dívida seria da mãe. 
B) Caio pode pleitear a compensação em contestação como matéria de defesa de 
mérito. 
C) Tendo em vista a presença dos requisitos subjetivos específicos, Caio pode pleitear 
a compensação por meio de reconvenção. 
D) Caio pode pleitear a compensação em contestação, formulando pedido contraposto. 
 
15 Oferecida a reconvenção 
A) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é citado para contestá-la no 
prazo de cinco dias e o juiz, com ou sem a colheita de provas, proferirá sentença 
julgando a reconvenção e determinando o prosseguimento, ou a extinção do processo 
principal. 
B) o autor reconvindo será intimado na pessoa de seu procurador para contestá-la no 
prazo de quinze dias e o juiz, ao final, proferirá sentença única, julgando a ação e a 
reconvenção. 
C) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é intimado na pessoa de seu 
advogado para apresentar contestação no prazo de cinco dias e o juiz, ao final, 
proferirá sentença julgando a reconvenção para, só depois, retomar a ação principal o 
seu curso normal, uma vez que o julgamento da reconvenção não interfere no 
julgamento da ação. 
D) a ação principal não é suspensa, o autor reconvindo é citado para responder aos 
termos da reconvenção no prazo de dez dias e o juiz proferirá decisão admitindo a 
reconvenção, ou negando-lhe seguimento para, no primeiro caso, julgá-la em conjunto 
com a ação ou, no segundo caso, determinar a sua extinção e arquivamento. 
 
16 É certo dizer: 
(I) recebida a exceção, o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente 
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julgada; 
(II) a desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não impede 
o prosseguimento da reconvenção; 
(III) no procedimento ordinário, a reconvenção e a exceção devem ser oferecidas 
simultaneamente, mas processadas em apenso aos autos principais; 
(IV) as exceções de coisa julgada e litispendência devem ser opostas por meio de peça 
autônoma; 
(V) a incompetência absoluta deve ser argüida mediante oposição de exceção. 
As proposições corretas são 
A) as proposições I e II são verdadeiras; 
B) as proposições III e IV são verdadeiras; 
C) as proposições IV e V são verdadeiras; 
D) as proposições I e III são verdadeiras; 
E) as proposições II e V são verdadeiras. 
 
17 Dentro da sistemática de defesa no CPC, a incompetência relativa deve ser alegada: 
A) por meio de exceção 
B) através de reconvenção 
C) em preliminar, na contestação 
D) a qualquer tempo até a sentença 
 
18 Quanto à reconvenção, não se pode afirmar que: 
A) não é admitida nas causas de procedimento sumário; 
B) será julgada na mesma sentença que julgar a ação principal; 
C) da sentença que extingue a reconvenção, mantendo a ação principal, cabe recurso 
de apelação; 
D) a desistência da ação principal não impede o prosseguimento da reconvenção. 
 
19 Além daqueles que são comuns a toda e qualquer relação processual, em sede de 
reconvenção, existem três pressupostos específicos: 
A) existência de conexão, pendência de processo e identidade de procedimentos; 
B) existência de conexão, pendência de processo e diversidade de procedimentos; 
C) existência de conexão, necessidade de litisconsórcio e diversidade de 
procedimentos; 
D) inexistência de conexão, pendência de processo e diversidade de procedimentos. 
 
20 Marque a opção correta 
Na previsão do artigo 802, do CPC, o requerido será citado, qualquer que seja o 
procedimento cautelar, para, no prazo de cinco (5) dias, contestar o pedido, indicando 
as provas que pretende produzir. O exercício do seu direito de defesa 
A) comporta reconvenção. 
B) não abrange as argüições das exceções. 
C) abrange somente a exceção de suspeição. 
D) não abarca a reconvenção. 
 
21 Marque a única alternativa correta: 
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A) O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja 
conexa com a ação principal ou com fundamento da defesa, podendo o réu, em seu 
próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem; 
B) Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será citado, pessoalmente, para 
contestá-la do prazo de quinze (15) dias; 
C) Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será citado, na pessoa de seu 
procurador, para contestá-la no prazo de dez(10) dias; 
D) O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja 
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa; 
 
22 José ajuizou ação em relação a Raimundo, pleiteando danos ocasionados em 
acidente automobilístico. Raimundo pretende apenas não contestar o pedido, como 
requerer a condenação de José a indenizar os prejuízos que sofreu, sob o argumento 
de que José foi efetivamente o culpado pelo acidente. 
A) O pedido de indenização de Raimundo deverá ser feito em processo autônomo, eis 
que não se admite reconvenção em procedimento sumário. 
B) Raimundo poderá pedir a condenação de José na sua contestação, mediante 
pedido contraposto. 
C) Raimundo poderá ingressar com reconvenção contra José. 
D) Raimundo poderá interpor exceção substancial e culpabilidade cumulada com 
pedido de indenização. 
E) Raimundo poderá denunciar alide à sua seguradora, que ingressará com 
reconvenção em face de José. 
 
23 Assinale a alternativa incorreta. Revelia. 
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da 
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas 
da lide. 
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor 
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado 
tornou-se revel. 
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada, 
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim 
de deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão. 
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser 
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer 
no processo. 
 
24 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista, 
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua 
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré, 
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso, 
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos 
da revelia são 
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida. 
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública. 
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33
C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito. 
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público 
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis. 
 
25 Ocorrendo a revelia, o juiz 
A) é obrigado a nomear curador especial ao revel, para que o represente em juízo, sob 
pena de anulação do processo. 
B) é obrigado, em qualquer tipo de ação, a julgar antecipadamente a lide, pois os fatos 
argüidos pelo autor, na inicial, tornaram-se incontroversos. 
C) pode determinar a realização de provas, pelo autor, a fim de esclarecer os fatos 
narrados na inicial, se sobre eles ainda tiver dúvida. 
D) deverá determinar de ofício, ou a requerimento da parte, a expedição de ofícios aos 
órgãos públicos competentes, a fim de confirmar se o endereço onde o réu não foi 
encontrado é o seu atual domicílio. 
 
26 Foi aforada ação declaratória de nulidade de atos da Câmara de Vereadores de 
Manacá, representados pelos Decretos Legislativos nos 010 e 011/90, que, aprovando 
pareceres técnicos do Tribunal de Contas, rejeitou as prestações de contas do ex-
Prefeito, referentes aos anos de 1984/1986, constando, da peça inaugural, o que se 
segue:O autor requer, além de todas as provas admitidas em direito, a citação do réu 
para, querendo, contestar, sob pena de revelia, inclusive respondendo a questão de 
mérito da presente ação.Após a resposta, o demandante requereu perícia nas contas 
apresentadas, pedido que foi afastado na sentença, que julgou antecipadamente a 
lide.Este é um caso de 
A) preclusão no requerimento de produção da prova 
B) pedido genérico de produção de prova, formulado na inicial, o que não se 
compadece com o art. 282,VI, do CPC, que diz: as provas com que o autor pretende 
demonstrar a verdade dos fatos alegados 
C) perícia, cujo resultado seria inócuo, posto que o Tribunal de Contas não integra a 
relação processual 
D) cerceamento de defesa do réu, surpreendido com pedido de perícia, após sua 
resposta 
E) cerceamento de defesa, pelo indeferimento de prova essencial. 
 
27 A presunção de veracidade que decorre da revelia 
A) é absoluta. 
B) incide sobre o direito da parte. 
C) atinge todos os fatos da causa, independentemente da natureza do direito nela 
discutido. 
D) incide sobre os fatos descritos na petição inicial, desde que a ação verse sobre 
direitos disponíveis. 
E) torna inadmissível o exame de prova em contrário. 
 
28 O julgamento antecipado da lide pode ocorrer, quando: 
A) quando houver necessidade somente da realização de prova pericial; 
B) a questão de mérito for unicamente de direito, ou sendo de direito e de fato, não 
houver necessidade da produção de provas em audiência, na hipótese de revelia; 
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C) quando houver a contestação sem pedido de provas pelo réu; 
D) somente quando ocorrer a revelia. 
 
29 Assinale a opção incorreta: 
A) a revelia do réu conduz, necessariamente, à procedência do pedido do autor; 
B) contra o revel correrão os prazos independentemente de intimação; 
C) no caso de revelia, o autor não poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir, nem 
demandar declaração incidente, salvo se promover nova citação do réu; 
D) o revel poderá intervir no processo, em qualquer fase, recebendo-o no estado em 
que se encontra; 
E) o curador especial não tem o ônus de impugnar especificamente todos os fatos 
alegados pelo autor. 
 
30 Sobre a revelia e seus efeitos, é correto se afirmar: 
A) o revel não pode se manifestar nos autos. 
B) acarreta a procedência da ação em que for declarada. 
C) sempre que o réu não contestar a ação, haverá o efeito da revelia. 
D) ocorrendo revelia, o autor poderá alterar o pedido. 
E) o revel poderá intervir em qualquer fase do processo. 
 
31 Indique a opção correta. A desapropriação por utilidade pública processa-se nos 
termos do Decreto-Lei no 3.365, de 21.06.1941, mas, feita a citação, a causa seguirá 
com o rito ordinário (art. 19), previsto no Código de Processo Civil (art. 42). Na ação 
expropriatória, a revelia do expropriado 
A) implica a aceitação do valor da oferta, mas não autoriza a dispensa da avaliação 
B) não dispensa a avaliação, mas esta fica restrita às benfeitorias alcançadas pelo ato 
expropriatório 
C) não implica a aceitação do valor da oferta e, por isso, não autoriza a dispensa da 
avaliação 
D) não implica a aceitação do valor da oferta, mas difere a avaliação para a execução 
E) não implica a aceitação do valor da oferta, mas o expropriante fica desobrigado do 
depósito, em caso de urgência 
 
32 Assinale a alternativa incorreta. Revelia. 
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da 
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas 
da lide. 
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor 
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado 
tornou-se revel. 
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada, 
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim 
de deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão. 
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser 
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer 
no processo. 
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Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tomo III 
 
Citação – Estudo Dirigido 
 
Explique: 
 
1 – Os efeitos da citação (art.219): 
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se 
defender. 
Torna provento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e ainda quando 
ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. 
 
2 – Diferença de citação para intimação (art. 213 e 234): 
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se 
defender. 
A intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, 
para que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
 
3 –

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