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NOTAS DO AUTOR Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro e Ex-Presidente da ANPAC. Aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais destacam-se Técnico Judiciário da Justiça Federal do Rio de Janeiro e Fiscal de Tributos do Espírito Santo, já atuou em diversos cursos preparatórios, em vários Estados e, atualmente, é professor na Rede LFG (tele-presencial) LIVROS PUBLICADOS: Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas FCC – Editora Ferreira (2ª. Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas CESGRANRIO – Editora Ferreira (1ª. Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas FUNRIO – Editora Ferreira (1ª. Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino Comentários à Lei 8.112/90 – Teoria mais 500 questões de provas anteriores – Editora Ferreira (1ª. Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino FANPAGE: https://www.facebook.com/lgbezerrademenezes BIBLIOGRAFIA DE APOIO E APROFUNDAMENTO ALEXANDRINO, Marcelo, PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. Ed. Método. KNOPLOCK, Gustavo. Manual de Direito Administrativo. Campus. SCATOLINO, Gustavo e TRINDADE João. Manual de Direito Administrativo. Ed. Jus Podium. MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Saraiva. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO INSS 2012 (FCC) 1 Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. 2 Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 3 Organização administrativa da União; administração direta e indireta. 4 Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6 Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 7 Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, permissão, autorização. 8 Controle e responsabilização da administração : controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº. 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências). 9 Lei n°9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Processo Administrativo). ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA 1(FCC/PGMMT/Procurador Municipal/2014) Determinado Município, visando promover prestação mais eficiente de serviço municipal de coleta de lixo domiciliar, edita lei específica, por meio da qual cria empresa pública dedicada ao referido serviço antes praticado por órgão municipal. No caso, houve: (A) concentração de um serviço uti possidetis. (B) desconcentração de um serviço uti universi. (C) descentralização de um serviço uti universi. (D) descentralização de um serviço uti singuli. (E) desconcentração de um serviço uti singuli. 2(FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário/2014) As autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista são entidades estatais. É correto afirmar quanto a referidas instituições que as: (A) autarquias e empresas públicas integram a Administração pública direta, enquanto que as sociedades de economia mista, por possuírem personalidade de direito privado, integram a Administração pública indireta. (B) empresas públicas detêm personalidade de direito público e integram a Administração pública indireta, as autarquias, da mesma forma, detêm personalidade jurídica de direito público, mas integram a Administração pública direta. (C) autarquias detêm personalidade jurídica de direito público, enquanto as empresas públicas e sociedades de economia mista detêm personalidade jurídica de direito privado, integrando, todas elas, a denominada Administração pública indireta. (D) sociedades de economia mista prestadoras de serviço público integram a Administração pública direta, enquanto as exploradoras de atividade econômica integram a Administração pública indireta. (E) autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mista detêm personalidade jurídica de direito privado, razão pela qual integram a denominada Administração pública indireta. 3(FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário/2014) As autarquias possuem personalidade jurídica própria, autonomia financeira e autoadministração. Partindo dessa premissa, é correto afirmar que: (A) o ente instituidor mantém em relação à autarquia poder hierárquico e poder disciplinar, em razão do controle de tutela. (B) a despeito de assumirem obrigações em nome próprio por ser sujeito de direitos, é o ente instituidor quem responde por seus atos. (C) não se submetem ao controle de tutela do ente instituidor, para conformá-las aos cumprimento dos objetivos públicos em razão dos quais foram criadas. (D) seus recursos e patrimônio, independentemente da origem, configuram recursos e patrimônio do ente instituidor. (E) têm liberdade para gerir seus quadros funcionais sem interferências indevidas do ente instituidor. 4(FCC/MPE-PE/Promotor/2014) Em relação às empresas públicas, NÃO é aspecto obrigatório a ser observado em seu regime jurídico a: (A) realização de licitação para contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública. (B) criação por meio de registro de seus atos constitutivos, na forma do Código Civil. (C) forma societária de sociedade anônima. (D) personalidade jurídica de direito privado. (E) vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas. 5(FCC/MPE-PA/Promotor/2014) A doutrina e a jurisprudência nacional reconhecem a existência de dois tipos de fundação governamental: as de direito público e as de direito privado. NÃO faz parte dos traços comuns dessas duas espécies: (A) a imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (B) a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos. (C) a submissão às normas gerais de licitação estabelecidas por lei federal. (D) o controle pelos Tribunais de Contas. (E) a inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 6(FCC/TRT-11ªRegião/Analista Judiciário/2012) Existem vários critérios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre outros. No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos (A) autônomos. (B) superiores. (C) singulares. (D) centrais. (E) independentes. 7(FCC/ALEPB/Consultor Legislativo/2013) Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em independentes, autônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as Secretarias de Estado e as Casas Legislativas são classificadas, respectivamente, em órgãos públicos: (A) superiores e superiores. (B) independentes e autônomos. (C) independentes e superiores. (D) superiores e autônomos. (E) autônomose independentes. 8(FCC/TRE-PR/Analista Judiciário /2012) Em princípio, órgãos públicos, como ministérios, não têm personalidade jurídica, no entanto, (A) têm capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações em nome próprio. (B) podem ter representação própria e ingressar em juízo, na defesa de suas prerrogativas, contra outros órgãos públicos. (C) podem receber de outro órgão público a titularidade de determinada competência. (D) podem criar entidades, a exemplo das autarquias e fundações públicas. (E) têm capacidade legislativa, dentro das competências a eles delegadas. 9(FCC/PGM/Procurador de Recife/2014) Considere: I. É característica recorrente nas agências reguladoras estabelecidas no Brasil a partir da década de 90 a definição de mandato aos seus dirigentes, com duração fixada em suas respectivas leis instituidoras. II. Para as empresas públicas, a Constituição Federal prevê uma espécie de investidura especial aos seus diretores, que dependerá de prévia aprovação do poder legisla t ivo respectivo. III. Nas sociedades de economia mista, desde que se preservem o capital social exclusivamente público e a maioria do capital votante nas mãos da União, é possível a transferência das demais ações a outros entes federados. Está correto o que consta em (A) I, II e III. (B) I, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E) II e III, apenas. 10(FCC/TRT-18/Juiz Substituto/2014) Ao criar uma entidade da Administração indireta, o ente político pode optar por constituí-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podem ser instituídas sob tal regime, estão: (A) as autarquias, as fundações e as agências executivas. (B) as sociedades de economia mista, os consórcios públicos e as fundações. (C) as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as agências reguladoras. (D) as autarquias corporativas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (E) as agências reguladoras, as sociedades de economia mista e as fundações. 11(FCC/DPEP/Defensor Público/2014) A Administração indireta pode ser estruturada por meio da (A) instituição de pessoas jurídicas de diversas naturezas, que não guardam vínculo hierárquico com a Administração direta. (B) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada. (C) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, todas criadas por meio de lei. (D) criação de órgãos integrantes de sua estrutura, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada. (E) criação de órgãos distintos da Administração direta, vinculados hierarquicamente à Administração central. 12(FCC/TJ-AP/Analista Administrativo/2014) A criação de pessoas jurídicas para composição e estruturação da Administração indireta é uma opção de organização administrativa de competência do Poder Executivo. Para tanto, pode se valer de propostas de edição de lei para criação de determinados entes ou para autorização da instituição na forma prevista na legislação. A efetiva criação desses entes (A) acarreta dissociação de qualquer vínculo ou relação jurídica com o Executivo, na medida em que possuem personalidade jurídica própria. (B) não afasta o vínculo hierárquico com a Administração pública central, na medida em que integram a estrutura do Poder Executivo. (C) é expressão do modelo de descentralização, mantendo a Administração pública central apenas o controle finalístico sobre aqueles, expressão do poder de tutela. (D) acarreta a derrogação do regime jurídico de direito público e aplicação do direito privado, o que confere maior celeridade à Administração pública. (E) consubstancia-se em desconcentração, na medida em que não possuem personalidade jurídica própria. 13(FCC/PGMMT/Procurador Municipal/2014) Observe as seguintes características, no tocante a determinadas entidades da Administração Indireta: I – sua criação deve ser autorizada por lei específica. II – a contratação de seus servidores deve ser feita por concurso público, porém, eles não titularizam cargo público e tampouco fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal. III – seus servidores estão sujeitos à proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas, com as exceções admitidas pela Constituição; porém, nem sempre é aplicável a essas entidades a regra do teto remuneratório. Estamos nos referindo à: (A) empresas públicas e às sociedades de economia mista. (B) autarquias e às sociedades de economia mista. (C) fundações governamentais e às empresas públicas. (D) sociedades de economia mista e aos consórcios públicos. (E) agências e às empresas públicas. 14(FCC/TRF-2/Técnico Judiciário/2014) A Administração pública de determinada esfera promoveu planejamento e reestruturação de sua organização, cujo resultado recomendou a criação de uma autarquia para desempenho de serviço público, uma empresa estatal para desempenho de atividade econômica e uma fundação para atrelar recursos e patrimônios fundiários necessários para ditar a política agrária. O movimento levado a efeito pelo ente federado demonstra que a organização administrativa seguiu o modelo de (A) desconcentração, utilizando pessoas jurídicas distintas para distribuição de competências. (B) descentralização administrativa vertical, na qual se instaura hierarquia entre os entes das diversas pessoas políticas criadas. (C) descentralização política, na qual se instaura vínculo hierárquico entre os diversos entes e pessoas jurídicas envolvidas, subordinados ao Chefe do Poder Executivo. (D) desconcentração política, na qual se instaura vínculo hierárquico entre as diversas pessoas políticas e jurídicas envolvidas, não obstante esses entes guardem algum grau de autonomia. (E) descentralização, por meio da qual há distribuição de competências entre as pessoas jurídicas envolvidas, que detêm capacidade de autoadministração e não se subordinam por vínculo hierárquico com o Chefe do Executivo. 15(FCC/ TRT--18ªRegião/Oficial de Justiça Avaliador/2013) Com relação à composição do capital das empresas estatais, que integram a administração indireta, considere: I . A sociedade de economia mista é composta por capital público, enquanto a empresa pública admite capital privado, desde que não implique controle acionário. II . A sociedade de economia mista é composta por capital público e privado, devendo o poder público participar da gestão da mesma, observando-se a condição de acionista majoritário. III . Na empresa pública o capital votante é público, admitindo-se no capital a participação de outras pessoas de direito público interno. Está correto o que se afirma em (A) I e III , apenas. (B) I e II , apenas. (C) II e III , apenas. (D) I , II e III . (E) II , apenas. 16(FCC/TRT 16/Analista Judiciário/2014) Facundo, Auditor Fiscal da Receita Federal, pretende multar a Fundação “Vida e Paz”, fundação instituída e mantida pelo Poder Público, haja vista que a mesma jamais pagou imposto sobre seu patrimônio, renda e serviços. Nesse caso, (A) Facundo apenas pode cobrar tributo pelos serviços exercidos pela fundação, mas não sobre a renda e o patrimônio, os quais detém imunidade tributária. (B) correta a postura de Facundo, vez que a citada fundação não detém imunidade tributária. (C) correta a postura de Facundo, pois apenas as autarquias possuem imunidade tributária. (D) incorreta a postura de Facundo, vez que a fundação possui imunidade tributária relativa aos impostos sobre seu patrimônio, renda e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. (E)Facundo apenas pode cobrar tributo sobre a renda da fundação, mas não sobre seus serviços e patrimônio, os quais detém imunidade tributária. 17(FCC/TRT 2/Analista Administrativo/2014) A propósito de semelhanças ou distinções entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista sabe-se que, (A) as duas pessoas jurídicas de direito público integram a Administração indireta e podem ser constituídas sob quaisquer das formas disponíveis às empresas em geral, distinguindo-se pela composição do capital, 100% público nas sociedades de economia mista e com participação privada empresas públicas. (B) as duas pessoas jurídicas de direito público submetem-se ao regime jurídico de direito privado, com exceção à forma de constituição, na medida em que são criadas por lei específica, enquanto as empresas não estatais são instituídas na forma da legislação societária vigente. (C) ambas submetem-se ao regime jurídico de direito público, não se lhes aplicando, contudo, algumas normas, a fim de lhes dar celeridade e competitividade na atuação, tal como a lei de licitações e a realização de concurso público para contratação de seus servidores. (D) as empresas públicas submetem-se integralmente ao regime jurídico de direito público, na medida em que seu capital é 100% público, enquanto as sociedades de economia mista podem se submeter ao regime jurídico de direito privado, caso a participação privada no capital represente maioria com poder de voto. (E) as sociedades de economia mista admitem participação privada em seu capital, enquanto as empresas públicas não; ambas se submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, embora possam ter que se submeter à regra de exigência de licitação para contratação de bens e serviços. 18(FCC/CNMP/Administração/2015) Os agentes públicos subdividem-se em cinco espécies ou categorias bem diferenciadas, dentre elas, o agente (A) investigador. (B) corporativo. (C) integral. (D) supervisor. (E) delegado. 19(FCC/CNMP/Administração/2015) Corresponde à espécie agente político: (A) Dirigentes de empresas estatais. (B) Membros do Conselho Tutelar. (C) Membros do Ministério Público. (D) Agentes Comunitários de Saúde. (E) Mesário da Justiça Eleitoral. 20(FCC/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal/2015) Considere as seguintes afirmações sobre Administração Direta e Indireta: I. Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que desempenham serviço público descentralizado, com capacidade de auto-administração. II. Sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico de direito público e têm por objeto, exclusivamente, o exercício de atividade econômica em regime de competição no mercado. III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que podem desempenhar apenas serviços públicos ou atividade econômica em regime de monopólio. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II. (B) I. (C) I e III. (D) II e III. (E) III. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO e CONCEITOS BÁSICOS 1(FCC/CNMP/Administração/2015) Corresponde a um dos princípios básicos da Administração pública a: (A) universalidade. (B) livre iniciativa. (C) solidariedade. (D) legalidade. (E) precaução. 2(FCC/TRT-19/Técnico Judiciário/2014) Roberto, empresário, ingressou com representação dirigida ao órgão competente da Administração pública, requerendo a apuração e posterior adoção de providências cabíveis, tendo em vista ilicitudes praticadas por determinado servidor público, causadoras de graves danos não só ao erário como ao próprio autor da representação. A Administração pública recebeu a representação, instaurou o respectivo processo administrativo, porém, impediu que Roberto tivesse acesso aos autos, privando-o de ter ciência das medidas adotadas, sendo que o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses de sigilo previstas em lei. O princípio da Administração pública afrontado é a: (A) publicidade (B) eficiência (C) isonomia (D) razoabilidade (E) improbidade 3(FCC/TCEPI/Assessor Jurídico/2014) A Administração pública se sujeita a princíp ios na execução de suas funções, expressamente consagrados na Constituição Federal ou implícitos no ordenamento jurídico. Dessa realidade se pode depreender que (A) somente os princípios expressos na Constituição Federal possuem coercibilidade para conformar a Administração pública ao atendimento de seu conteúdo. (B) os princípios previstos na legislação infraconstitucional são regras desprovidas de sanção pelo seu descumprimento, de modo que sua violação não se consubstancia em ilegalidade. (C) a violação aos princípios que regem a atuação da Administração pública dá lugar a tutela judicial dos interesses em questão, desde que também tenha havido infração à legislação vigente. (D) os princípios expressos na Constituição Federal são hierarquicamente superiores aos demais princípios gerais de direito, ainda que previstos na legislação setorial, posto que estes possuem natureza apenas opinativa para a atuação da Administração pública. (E) a violação a algum dos princípios constitucionais permite a tutela judicial para que sejam conformados ou anulados os atos da Administração pública 4(FCC/TRT 16/Oficial de Justiça/2014) O Diretor Jurídico de uma autarquia estadual nomeou sua companheira, Cláudia, para o exercício de cargo em comissão na mesma entidade. O Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imediata demissão de Cláudia, sob pena de caracterizar grave violação a um dos princípios básicos da Administração pública. Trata-se do princípio da (A) presunção de legitimidade. (B) publicidade. (C) motivação. (D) supremacia do interesse privado sobre o público. (E) impessoalidade. 5(FCC/MPE-PE/Promotor/2014) Em sua formação, o Direito Administrativo brasileiro recebeu a influência da experiência doutrinária, legislativa e jurisprudencial de vários países, destacando-se especialmente a França, considerada como berço da disciplina. No rol de contribuições do Direito Administrativo francês à prática atual do Direito Administrativo no Brasil, NÃO é correto incluir: (A) a adoção de teorias publicísticas em matéria de responsabilidade extracontratual das entidades estatais. (B) a adoção do interesse público como eixo da atividade administrativa. (C) a ideia de exorbitância em relação ao direito comum, aplicável aos particulares. (D) a teoria do desvio de poder. (E) o sistema de contencioso administrativo. 6(FCC/SAEB-BA/Perito Criminal/2014) O Estado da Bahia, ao exercer o controle sobre autarquia estadual por ele instituída, de modo a assegurar que esta última está agindo em conformidade com os fins que justificaram sua criação, observa o princípio da (A) impessoalidade. (B) autotutela. (C) hierarquia. (D) presunção de legitimidade. (E) tutela. 7(FCC/TRT-18/Juiz Substituto/2014) Acerca dos princípios da Administração pública, é correto afirmar: (A) O princípio da boa-fé não vigora no Direito Administrativo, eis que é atinente ao relacionamento entre sujeitos movidos pela autonomia da vontade e a ele se contrapõe o princípio da impessoalidade, que impera nas relações jurídico-administrativas. (B) Os princípios do Direito Administrativo são mandamentos de otimização; portanto, sua aplicação só é possível quando deles decorrerem consequências favoráveis ao administrado. (C) No tocante ao princípio da motivação, admite-se, excepcionalmente, a convalidação do ato imotivado, por meio da explicação a posteriori dos motivos que levaram à sua prática, desde que tal vício não acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. (D) Por força do princípio da legalidade, atos praticadosde forma inválida devem ser anulados, independentemente das consequências decorrentes da anulação. (E) Sendo a lei um mandamento moral e visto que, no âmbito da Administração pública, só é permitido aos agentes públicos atuarem nos estritos limites da lei, para atender à moralidade administrativa basta que o agente observe fielmente os mandamentos legais. 8(FCC/TRT-23a./Técnico Judiciário/2011) O Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello apresenta o seguinte conceito para um dos princípios básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. (...) Compreendem-se em seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da lealdade e boa-fé. Trata-se do princípio da (A) motivação. (B) eficiência. (C) legalidade. (D) razoabilidade. (E) moralidade. 9(FCC/TRF-1a./Analista Administrativo/2011) Carlos, auditor fiscal do tesouro nacional, ao preencher incorretamente documento de arrecadação do tesouro, causou prejuízo ao fisco na ordem de trinta reais. Tal fato acarretou sua demissão do serviço público. Em razão disso, postulou no Judiciário a anulação da pena, o que foi acolhido pelos seguintes fundamentos: o servidor procurou regularizar o erro, buscando recolher aos cofres públicos a quantia inferior recolhida; sua ficha funcional é boa e não desabona sua atuação; a quantia inferior recolhida é irrisória; a pena de demissão é ato extremo que deve ser efetivado apenas em casos gravíssimos. O exemplo citado refere-se ao restabelecimento dos princípios, que devem sempre nortear a atuação da Administração Pública: (A) moralidade e impessoalidade. (B) eficiência e motivação. (C) motivação e moralidade. (D) razoabilidade e proporcionalidade (E) probidade e eficiência. 10(FCC/Analista/TJ-RJ/Execução De Mandados/2012) O Poder Público contratou, na forma da lei, a prestação de serviços de transporte urbano à população. A empresa contratada providenciou todos os bens e materiais necessários à prestação do serviço, mas em determinado momento, interrompeu as atividades. O Poder Público assumiu a prestação do serviço, utilizando-se, na forma da lei, dos bens materiais de titularidade da empresa. A atuação do poder público consubstanciou-se em expressão do princípio da (A) continuidade do serviço público. (B) eficiência. (C) segurança jurídica. (D) boa-fé. (E) indisponibilidade do interesse público. 11(FCC /Técnico Ministerial Auxiliar Administrativo/MPE-AP/2012) O Prefeito de determinado Município, a fim de realizar promoção pessoal, utilizou-se de símbolo e de slogan que mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do Município. A utilização de publicidade governamental para promoção pessoal de agente público viola o disposto no artigo 37, § 1º , da Constituição Federal, ora transcrito: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. O fato narrado constitui violação ao seguinte princípio da Administração Pública, dentre outros: (A) Eficiência. (B) Publicidade. (C) Razoabilidade. (D) Impessoalidade. (E) Supremacia do Interesse Particular sobre o Público. 12(FCC/TRF-4ª./Oficial de Justiça/2014) O princípio que traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou peculiares denomina-se princípio da (A) impessoalidade. (B) responsabilidade. (C) moralidade. (D) publicidade. (E) supremacia do interesse público. 13(FCC/DPEP/Defensor Público/2014) A necessidade de publicação dos atos administrativos no Diário Oficial e, em alguns casos, em jornais de grande circulação é forma de observância do princípio da: (A) legalidade, ainda que essa obrigação não esteja prevista na legislação. (B) impessoalidade, na medida em que os atos administrativos são publicados sem identificação da autoridade que os emitiu. (C) eficiência, posto que a Administração deve fazer tudo o que estiver a seu alcance para promover uma boa gestão, ainda que não haja lastro na legislação. (D) supremacia do interesse público, pois a Administração tem prioridade sobre outras publicações. (E) publicidade, na medida em que a Administração deve dar conhecimento de seus atos aos administrados. 14(FCC/DPEP/Defensor Público/2014) Os princípios que regem a Administração pública (A) são aqueles que constam expressamente do texto legal, não se reconhecendo princípios implícitos, aplicando-se tanto à Administração direta quanto à indireta. (B) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se prioritariamente em relação aos segundos, ambos se dirigindo apenas à Administração direta. (C) são prevalentes em relação às leis que regem a Administração pública, em razão de seu conteúdo ser mais relevante. (D) dirigem-se indistintamente à Administração direta e às autarquias, aplicando-se seja quando forem expressos, seja quando implícitos. (E) aplicam-se à Administração direta, indireta e aos contratados em regular licitação, seja quando forem expressos, seja quando implícitos. 15(FCC/TRF-4/Oficial de Justiça/2014) A Administração pública, é sabido, está sujeita a princípios expressos e implícitos no exercício de suas funções. A observância desses princípios está sujeita a controle, do que é exemplo o controle (A) administrativo externo, que se presta à verificação da observância dos princíp ios, desde que expressos, que regem a Administração. (B) exercido pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela própria Administração, sem prejuízo da participação do usuário no bom desempenho das funções administrativas, o que lhes confere, inclusive, direito à informações sobre a atuação do governo. (C) exercido pelo Judiciário, que se consubstancia em verificação interna dos princíp ios expressos, tais como, legalidade, impessoalidade e supremacia do interesse público. (D) legislativo externo, que se presta somente à verificação da observância dos princíp ios expressos e da discricionariedade da Administração. (E) exercido pela própria Administração, que se presta a verificar a observância dos princípios expressos e implícitos, vedada, no entanto, a revisão dos atos, que deve ser feita judicialmente. 16(FCC/TCE-GO/Analista de Controle Externo/2014) Um dos princípios básicos da Administração pública, além de consagrado explicitamente na Constituição Federal, quando trata dos princípios que norteiam a atuação administrativa, também consta implicitamente ao longo do texto constitucional, como por exemplo, quando a Carta Magna exige que o ingresso em cargo, função ou emprego público dependerá de concurso público, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena igualdade. Do mesmo modo, ao estabelecer que os contratos com a Administração direta e indireta dependerão de licitação pública que assegure igualdade de todos os concorrentes. Trata- se do princípio da (A) proporcionalidade. (B) publicidade. (C) eficiência. (D) motivação. (E) impessoalidade. 17(FCC/ALEPE/Consultor Legislativo Administração/2014) O princípio da continuidade do serviço público serve de fundamento para a (A) proibição do direito de greve de servidores públicos, prevista inclusive na Constituição Federal. (B) proibição, em qualquer hipótese, de suspensão da execução do contrato administrativo pelo particular. (C) regra legal da inexigibilidade de licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. (D) exigência de permanência do servidor em serviço,ainda que este preencha os requisitos para aposentadoria compulsória. (E) utilização compulsória de equipamentos, recursos humanos e materiais da empresa contratada empregados na execução do contrato, quando este tiver sido rescindido unilateralmente. 18(FCC/TRT 16/Oficial de Justiça/2014) Determinada empresa privada, concessionária de serviços públicos, torna-se inadimplente, deixando de prestar o serviço de administração de uma estrada do Estado do Maranhão, descumprindo o contrato firmado e prejudicando os usuários. Neste caso, a retomada do serviço público concedido ainda no prazo de concessão pelo Governo do Estado do Maranhão tem por escopo assegurar o princípio do serviço público da (A) cortesia. (B) continuidade. (C) modicidade. (D) impessoalidade. (E) atualidade. 19(FCC/TRT-6/Juiz Substituto/2015) Acerca dos princípios informativos da Administração pública, considere: I. O princípio da publicidade aplica-se também às entidades integrantes da Administração indireta, exceto àquelas submetidas ao regime jurídico de direito privado e que atuam em regime de competição no mercado. II. O princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e a ele se subordinam os demais princípios reitores da Administração. III. O princípio da eficiência, que passou a ser explicitamente citado pela Carta Magna a partir da Emenda Constitucional no 19/1998, aplica-se a todas as entidades integrantes da Administração direta e indireta. Está correto o que consta APENAS em: (A) III. (B) I e II. (C) II e III. (D) I. (E) II. 20(FCC/PGE-CE/Técnico Ministerial/2013) Determinado administrado formulou requerimento administrativo perante a Administração Pública pleiteando o fornecimento de remédio. Contudo, passados quase cinco meses do requerimento, a autoridade competente não tinha analisado o pedido, o que ensejou a propositura de ação judicial. O caso narrado evidencia a violação ao seguinte princípio do Direito Administrativo: (A) eficiência. (B) especialidade. (C) tutela. (D) autotutela. (E) publicidade. ATOS ADMINISTRAITVOS 1(FCC/CNMP/Administração/2015) Ato administrativo é: (A) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos administrados. (B) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria. (C) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. (D) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa. (E) sinônimo de fato administrativo. 2(FCC/CNMP/Gestão Pública/2015) Suponha que determinado diretor, responsável pela área de pessoal de um órgão público, tenha aprovado escala de férias dos servidores do órgão, sem atentar, contudo, para as condições de manutenção da regularidade do atendimento ao público, de forma que a manutenção da escala poderá prejudicar o bom andamento do serviço. Referido ato administrativo: (A) pode ser revogado pela própria Administração, por razões de conveniência e oportunidade, como expressão da autotutela. (B) somente pode ser revogado se identificada ilegalidade ou desvio de finalidade. (C) uma vez aperfeiçoado, não pode mais ser modificado pela Administração. (D) pode ser anulado, administrativamente ou judicialmente, tanto por razões de legalidade como de conveniência administrativa, para fins de preservação do interesse público. (E) é passível de controle pelo órgão hierarquicamente superior ao da autoridade que o praticou, que pode anular o ato se considerá-lo inoportuno ou inconveniente. 3(FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário/2014) Sabe-se que, depois de editado, um ato administrativo, produz efeitos como se válido fosse até sua impugnação administra t iva ou judicial. Esse atributo dos atos administrativo é denominado: (A) imperatividade ou poder extroverso, que diferencia um ato administrativo de um contrato e é corolário do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. (B) presunção de legitimidade, estabelecido para que a Administração pública cumpra de forma célere suas funções, tratando-se, no entanto, de presunção que admite prova em contrário. (C) presunção de legitimidade, estabelecido para que a Administração pública cumpra de forma eficiente suas funções, tratando-se, no entanto, de presunção que não admite prova em contrário, em razão do princípio da legalidade. (D) autoexecutoriedade, que se divide em exigibilidade e executoriedade e encontra fundamento na necessidade da administração fazer cumprir suas decisões, desde que haja com proporcionalidade, ou seja, sem cometer excessos. (E) presunção de veracidade, que diz respeito à conformidade dos atos com os dispositivos legais e não admite prova em contrário. 4(FCC/TRF-4/Técnico Judiciário/2014) Tales, servidor público federal, praticou ato administrativo discricionário. Felipe, administrado, inconformado com o aludido ato, interpôs recurso e o ato está sob apreciação da autoridade hierarquicamente superior a Tales. Entretanto, após a interposição do recurso, Tales decide revogar o ato praticado. Na hipótese narrada, Tales (A) poderá revogar o ato a qualquer tempo, sendo o único competente para tanto. (B) poderá revogar o ato até o momento imediatamente posterior ao julgamento do recurso. (C) não poderá revogar o ato, pois já exauriu sua competência relativamente ao objeto do ato. (D) jamais poderá revogar o ato, pois atos administrativos discricionários não são passíveis de revogação. (E) ou seu superior podem revogar o ato, independentemente do recurso interposto por Felipe. 5(FCC/PGM/Procurador de Recife/2014) A chamada teoria dos motivos determinantes sustenta que: (A) quando motivado o ato administrativo, ainda que discricionário, sua validade fica condicionada aos motivos apresentados pela Administração. (B) ainda que produzido o ato administrativo por pessoa competente, sua validade fica condicionada à existência de motivos de interesse público. (C) quando o ato administrativo implicar constrição de direitos individuais, a Administração deve demonstrar o caráter imprescindível da sua adoção, em detrimento de outro ato menos oneroso ao particular. (D) ainda que em determinados casos a lei tenha deixado certa margem de discricionariedade à Administração, os motivos dos atos administrativos serão sempre vinculados à finalidade pública. (E) quando servidor público for flagrado reincidindo em falta grave, deverá ser afastado, sem direito de defesa. 6(FCC/TRT-18/Juiz Substituto/2014) No que tange à validade dos atos administrat ivos (A) é possível convalidar ato administrativo praticado com vício de finalidade, desde que se evidencie que tal decisão não acarrete prejuízo a terceiros. (B) todos os atos administrativos praticados com vício de competência devem ser anulados, pois se trata de elemento essencial à validade dos atos administrativos. (C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situação jurídica, justifica a anulação do ato administrativo que gerou referida situação. (D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em razão da superveniência de legislação que tornou inadmissível situação anteriormente consentida, com base na legislação então aplicável. (E)os atos praticados por agente incompetente estão sujeitos à revogação pela autoridade que detém a competência legal para sua prática. 7(FCC/DPEP/Defensor Público/2014) A emissão de uma licença de instalação cujos requisitos estão previstos na legislação de modo exaustivo, consubstancia-se em ato: (A) discricionário, de competência exaustiva. (B) discricionário impróprio, posto que passível de ser emitido por qualquer autoridade superior. (C) administrativo vinculado, devendo ser emitido pela autoridade competente pela legislação. (D) administrativo discricionário, uma vez que sempre há opção da Administração entre editá-lo ou não, prescindindo de fundamentação. (E) administrativo vinculado, uma vez que sempre há opção da Administração entre editá- lo ou não. 8(FCC/TRT-13/Contador/2014) A respeito dos atos administrativos, considere: I. Apenas os atos discricionários são passíveis de revogação, mantidos os efeitos anteriormente produzidos. II. Os atos vinculados, quando eivados de vício de competência são passíveis de convalidação, salvo em matérias de competência exclusiva. III. Os atos vinculados podem ser anulados, retroagindo a anulação à data da edição do ato, ou revogados, com efeitos a partir da revogação. Está correto o que consta APENAS em (A) I e III. (B) I e II. (C) II e III. (D) I. (E) II. 9(FCC/TRF-4/Analista Judiciário/Área Informática/2014) Quando a Administração pública edita um ato que veicula ao particular que preencheu os requisitos legais a possibilidade de exercer ou realizar uma determinada atividade ou conduta, está-se diante da espécie de ato administrativo conhecida como: (A) autorização, ato vinculado e bilateral, cuja emissão se consubstancia em direito subjetivo do particular. (B) licença, ato discricionário e bilateral, cuja emissão se consubstancia em direito subjetivo do particular. (C) homologação, ato unilateral e discricionário, cuja emissão deve se dar previamente a outro ato jurídico. (D) licença, ato unilateral, emitida previamente à atividade ou conduta que pretende o particular praticar. (E) homologação, ato vinculado, cuja emissão, presentes os requisitos legais, se dá previamente ao ato jurídico ao qual se refere. 10(FCC/TRF-4/Analista Judiciário/Área Informática/2014) Os atos administrativos, quando eivados de vícios, podem ser nulos ou anuláveis. No que concerne aos atos administrativos vá- lidos, a Administração pública: (A) não pode extingui- los, na medida em que não contém vícios de ilegalidade. (B) pode revogá-los, caso identifique vícios de competência. (C) pode revogá-los, produzindo efeitos retroativos à data da emissão do ato. (D) pode anulá-los, produzindo efeitos retroativos à data da emissão do ato. (E) não pode anulá-los, podendo, no entanto, revogá-los, por razões de oportunidade e conveniência. 11(FCC/TCEPI/Auditor de Controle Externo/2014) A recomposição da ordem jurídica violada pela edição de atos administrativos com vicío de validade poderá ser obtida pela (A) revogação, que opera efeitos ex tunc, sendo opção discricionária do administrador a retirada ou não do ato administrativo exarado com vício de competência. (B) invalidação, que, em razão do princípio da legalidade, não encontra limites e opera necessariamente efeitos ex tunc. (C) invalidação, que, necessariamente, opera efeitos ex tunc e pela revogação, que opera efeitos ex nunc, na hipótese em que atingidos terceiros de boa-fé. (D) revogação, que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc quando atingidos terceiros de boa-fé ou na hipótese de atos discricionários produzidos com vício de competência. (E) invalidação que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc quando, por exemplo, atingidos terceiros de boa-fé. 12(FCC/TCEPI/Auditor de Controle Externo/2014) São sujeitos ativos da invalidação dos atos administrativos: (A) o Poder Judiciário e a Administração pública, que poderão invalidar os atos administrativos quando provocados ou de ofício, não havendo necessidade, para tanto, de lide instaurada. (B) a Administração pública que, deve, necessariamente, ser provocada a fazê-lo. (C) a Administração pública, que poderá invalidar os atos de ofício ou quando provocada a fazê-lo e o Poder Judiciário, que poderá invalidá- los, no curso de uma lide, quando provocado. (D) o Poder Judiciário, que poderá invalidar os atos administrativos, não sendo necessário, para tanto, haver ação judicial em curso. (E) a Administração pública, que é sempre interessada na correção de seus atos, o que torna o poder de invalidação ilimitado. 13(FCC/TRF 3/Oficial de Justiça/2014) O agente competente de um órgão público emitiu determinada licença requerida por um particular. Posteriormente, no mesmo exercício, em regular correição na repartição, identificou-se que o agente não observou que não foi preenchido um dos requisitos legais para aquela emissão. Em razão disso, a autoridade competente, sem prejuízo de outras possibilidades aqui não cotejadas, (A) poderá revogar a licença concedida, instaurando processo administrativo com observância da ampla defesa e do contraditório. (B) não poderá anular a licença emitida, em razão do direito adquirido do particular beneficiado com o ato. (C) não poderá anular a licença emitida, tendo em vista que se trata de ato administra t ivo cujos efeitos já foram exauridos, não havendo motivação para a revisão do mesmo. (D) deverá anular a licença emitida, diante da ilegalidade verificada, garantindo, para tanto, a observância, em regular processo administrativo, do contraditório e da ampla defesa. (E) deverá ajuizar medida judicial cautelar para suspender a licença concedida e pleitear a anulação posterior em ação judicial autônoma. 14(FCC/METRO SP/Administrador/2014) Diz-se que determinado ato foi praticado com desvio de finalidade: (A) sempre que atingir, além dos envolvidos na relação jurídica original, terceiros que dela não participem. (B) quando a motivação não for coincidente com o contexto fático real, sendo que a validade do ato estava vinculada aos fatos indicados na motivação para sua prática. (C) quando o objetivo que a administração pública quer alcançar com a edição do ato não for aquele previsto na lei. (D) sempre que a forma de que se revestir o ato não estiver prevista ou autorizada em lei. (E) sempre que o objeto do ato não for lícito, estando expressamente vedado pela legislação. 15(FCC/TRE-AP/Técnico Judiciário/2011) Considere a seguinte hipótese: o munic íp io desapropria um imóvel de propriedade de desafeto do Chefe do Executivo com o fim predeterminado de prejudicá-lo. O exemplo narrado (A) caracteriza hipótese de vício no objeto do ato administrativo. (B) corresponde a vício de forma do ato administrativo. (C) corresponde a vício no motivo do ato administrativo. (D) corresponde a desvio de finalidade. (E) não caracteriza qualquer vício nos requisitos dos atos administrativos, haja vista a competência discricionária do Poder Público. 16(FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário/2014) O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado sumular segundo o qual a Administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos. Referido enunciado sumular diz respeito ao princípio ou poder de autotutela. Quanto a esse princípio, é correto afirmar que a Administração pública pode: (A) declarar a nulidade de seus próprios atos, no entanto, somente o judiciário pode revogar os atos administrativos, em razão do princípio da inafastabilidade da jurisdição. (B) regovar os atos eivados de vícios insanáveis e anular os atos inoportunos e inconvenientes, desde que, nesse último caso, não sejam atingidosterceiros de boa-fé. (C) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos e inconvenientes, mesmo quando atingidos terceiros de boa-fé, isso em razão do princíp io da eficiência. (D) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos e inconvenientes, de forma motivada e respeitados os limites à anulação e à revogação. (E) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos e inconvenientes contudo, no primeiro caso, somente pode agir por provocação, tendo em vista o princípio da inércia. 17(FCC/TRF-4ª./Analista Informática/2014) Quando a Administração pública edita um ato que veicula ao particular que preencheu os requisitos legais a possibilidade de exercer ou realizar uma determinada atividade ou conduta, está-se diante da espécie de ato administrativo conhecida como (A) licença, ato discricionário e bilateral, cuja emissão se consubstancia em direito subjetivo do particular. (B) homologação, ato unilateral e discricionário, cuja emissão deve se dar previamente a outro ato jurídico. (C) licença, ato unilateral, emitida previamente à atividade ou conduta que pretende o particular praticar. (D) homologação, ato vinculado, cuja emissão, presentes os requisitos legais, se dá previamente ao ato jurídico ao qual se refere. (E) autorização, ato vinculado e bilateral, cuja emissão se consubstancia em direito subjetivo do particular. 18(FCC/Técnico Administrativo/TRT-1ªRegião/2013) A respeito de atributo dos atos administrativos, é INCORRETO afirmar: (A) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato administrativo não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário, salvo aqueles considerados discricionár ios. (B) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. (C) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei, presumindo - se, até prova em contrário, que o ato foi emitido com observância da lei. (D) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego de meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo. (E) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados. 19(FCC/PGMMT/Procurador Municipal/2014) Motivação alliunde é: (A) motivação baseada em afirmações falsas. (B) sinônimo de motivação obter dictum. (C) motivação omissão, capaz de gerar a nulidade do ato administrativo. (D) sinônimo de ratio decidendi, nos processos administrativos. (E) fundamentação por remissão àquela constante em ato precedente. 20(FCC/SAEB-BA/Perito Criminal/2014) Maciel, servidor público do Estado da Bahia, praticou ato administrativo vinculado. No entanto, referido ato foi praticado com vício no motivo do ato administrativo (indicação de motivo falso). Em razão do vício, o ato: (A) pode ser convalidado. (B) pode ser revogado. (C) deve ser anulado. (D) permanece intacto no mundo jurídico, apenas não mais produzindo efeitos. (E) inadmite a aplicação da teoria dos motivos determinantes. PODERES ADMINISTRATIVOS 1(FCC/PGMMT/Procurador Municipal/2014) Acerca do poder normativo da Administração Pública é correto afirmar: (A) os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. (B) é exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. (C) não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta. (D) compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem o poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. (E) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo. 2(FCC/TRT 16/Analista Judiciário/2014) Considere as afirmações abaixo. I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal. A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. (D) II, apenas. (E) I e III, apenas. 3(FCC/TRT 2/Oficial de Justiça/2014) Quando a Administração pública edita atos normativos que se prestam a orientar e disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder (A) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a estrutura da Administração. (B) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração. (C) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração. (D) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar. (E) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. 4(FCC/Câmara de SP/Procurador Legislativo/2014) Analise as seguintes afirmações, acerca do exercício do poder disciplinar pela Administração: I. O afastamento preventivo do servidor público e a chamada “verdade sabida” não são admitidos após a Constituição Federal de 1988, pois tais institutos violam os princíp ios da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, nela consagrados. II. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III. A renúncia formal ao direito de defesa, pelo acusado, dispensa a constituição de defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E) II e III. 5(FCC/TRT-14a./Execução de Mandados/2011) O poder de polícia (A) possui, como meio de atuação, apenas medidas de caráter repressivo. (B) delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. (C) é sempre discricionário. (D) não é inerente a toda Administração, não estando presente, por exemplo, na esfera administrativa dos Municípios. (E) não tem como um de seus limites a necessidade de observância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 6(FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar: (A) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações superiores pelos subalternos. (B) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe à autoridade delegante. (C) As determinações superiores com exceção das manifestamente ilegais, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas ou restringidas pelo inferior hierárquico. (D) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade. (E) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato. 7(FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar: (A) Existe discricionariedade quanto a certasinfrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o “procedimento irregular” e a “ineficiência no serviço”, puníveis com pena de demissão. (B) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual falta praticada. (C) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. (D) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles que se vinculam à Administração. (E) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. 8(FCC/Analista Judiciário/TRE-SP/2012) A atividade da Administração consistente na limitação de direitos e atividades individuais em benefício do interesse público caracteriza o exercício do poder (A) regulamentar, exercido mediante a edição de atos normativos para fiel execução da lei e com a prática de atos concretos, dotados de autoexecutoriedade. (B) de polícia, exercido apenas repressivamente, em caráter vinculado e com atributos de coercibilidade e autoexecutoriedade. (C) disciplinar, exercido com vistas à aplicação da lei ao caso concreto, dotado de coercibilidade e autoexecutoriedade. (D) de polícia, exercido por meio de ações preventivas e repressivas dotadas de coercibilidade e autoexecutoriedade. (E) disciplinar, consistente na avaliação de conveniência e oportunidade para aplicação das restrições legais ao caso concreto, o que corresponde à denominada autoexecutoriedade. 9(FCC/Auditor do Tribunal de Contas/TCE-SP/2013) A respeito dos poderes da Administração pública e princípios a ela aplicáveis, é correto afirmar: (A) O poder hierárquico contempla a sujeição de entidades integrantes da Administração indireta ao ente instituidor, também denominado tutelar. (B) A autotutela corresponde ao poder da Administração de avocar competências atribuídas a ente descentralizado, quando verificado desvio de suas finalidades institucionais. (C) A tutela corresponde ao controle exercido pela Administração sobre entidade integrante da Administração indireta, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. (D) O poder regulamentar ou normativo enseja a prerrogativa da Administração de impor aos particulares, administrativamente, restrições ao exercício de direitos e atividades. (E) O poder disciplinar autoriza a Administração a aplicar a servidores e particulares, com ou sem vínculo com a Administração, penalidades e sanções previstas em lei. 10(FCC/Analista Judiciário/TRT--1ªRegião/2013) Durante regular fiscalização, fiscais de determinada municipalidade identificaram que um estabelecimento comercial do setor de bares e restaurantes estava utilizando indevidamente a calçada para instalação de mesas e cadeiras. Os agentes municipais, considerando que estavam devidamente autorizados pela lei, no correto desempenho de suas funções, (A) apreenderam as mesas e cadeiras e multaram o estabelecimento, no exercício de seu poder disciplinar. (B) interditaram o estabelecimento, no exercício de seu poder de tutela administrat iva. (C) apreenderam as mesas e cadeiras irregulares e multaram o estabelecimento, no exercício do poder de polícia. (D) multaram o estabelecimento e determinaram a instauração de processo de interdição do estabelecimento, como expressão de seu poder hierárquico. (E) interditaram o estabelecimento e apreenderam todo o mobiliário da calçada, como expressão de seu poder de autotutela. 11(FCC/Técnico Administrativo/TRT-1ªRegião/2013) Entre os poderes atribuídos à Administração pública insere-se o denominado poder disciplinar, que corresponde ao poder de: (A) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos. (B) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança pública. (C) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando a legalidade dos atos praticados. (D) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei. (E) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de despesas. 12(FCC/TJ-PE/2013) Analise as situações abaixo descritas que correspondem ao exercício de poderes da Administração: I. Edição de decreto do Poder Executivo dispondo sobre a organização e funcionamento de órgãos administrativos. II. Declaração de inidoneidade de particular para participar de licitação ou contratar com a administração pública. III. Concessão de licença de instalação e funcionamento para estabelecimento comercial. As situações descritas correspondem, respectivamente, aos poderes (A) regulamentar, de polícia e normativo. (B) disciplinar, de polícia e regulamentar. (C) normativo, disciplinar e regulamentar. (D) normativo, disciplinar e de polícia. (E) hierárquico, disciplinar e regulamentar. 13(FCC/TCM-G/Auditor de Controle Externo/2015) A respeito do poder de polícia, considere: I. Constitui um poder vinculado, descabendo discricionariedade administrativa para a prática de atos que envolvam seu exercício. II. Os atos praticados no exercício do poder de polícia, quando dotados de autoexecutoriedade, possibilitam que a Administração os ponha em execução sem necessitar de tutela jurisdicional. III. Corresponde apenas a atos repressivos, tanto no âmbito da polícia administra t iva como em relação à polícia judiciária, dotados de coercibilidade. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II. (B) I. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 14(FCC/TRT-6/Juiz Substituto/2015) Na lição de Hely Lopes Meirelles, os poderes administrativos nascem com a Administração e se apresentam diversificados segundo as exigências do serviço público, o interesse da coletividade e os objetivos a que se dirigem. Esclarece o renomado administrativista que, diferentemente dos poderes políticos, que são estruturais e orgânicos, os poderes administrativos são instrumentais. Uma adequada correlação entre o poder administrativo citado e sua utilização pela Administração é: (A) o poder disciplinar possibilita às autoridades administrativas a práticas de atos restritivos de direitos individuais dos cidadãos, nos limites previstos em lei. (B) o poder normativo autoriza a Administração a estabelecer condutas e as correspondentes punições aos servidores públicos, para ordenar a atuação administrat iva. (C) o poder de polícia comporta atos preventivos e repressivos, exercidos pela Administração para condicionar ou restringir atividades ou direitos individuais, no interesse da coletividade. (D) o poder regulamentar atribuído, pela Constituição Federal, ao Chefe do Executivo, o autoriza a editar normas autônomas em relação a toda e qualquer matéria de organização administrativa e complementares à lei em relação às demais matérias. (E) o poder hierárquico autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa em razão de vínculo contratual estabelecido com a Administração. 15(FCC/CNMP/Administração/2015) A Administração é dotada de poderes administrativos dentre os quais figuram os poderes (A) político, vinculado, hierárquico e de polícia. (B) disciplinar, discricionário, regulamentar e de polícia. (C) regulamentar, vinculado, disciplinar e militar. (D) militar, disciplinar, discricionário e hierárquico. (E) disciplinar, político, vinculado e hierárquico. LEI 9.784/99 (PROCESSO ADMINISTRATIVO) 1(FCC/TRF-4/Técnico Judiciário/2014) Moisés, servidor público federal, praticou ato administrativopor delegação, sendo o ato originalmente de competência de seu superior hierárquico, o servidor público federal Robson. Robson delegou a prática do ato por ser conveniente, em razão de circunstâncias de índole jurídica. Nos termos da Lei no 9.784/1999, o ato administrativo considerar-se-á editado por: (A) nenhum dos servidores, e sim pelo órgão a que pertencem. (B) nenhum dos servidores, e sim pela pessoa jurídica a que pertencem. (C) Robson. (D) quaisquer dos servidores. (E) Moisés. 2(FCC/MPE-PE/Promotor/2014) No tocante ao processo administrativo, a Lei Federal 9.784/99 estatui que: (A) para atender relevante interesse público, poderá a autoridade superior avocar, por tempo indeterminado, competência atribuída a órgão inferior. (B) o recurso não será conhecido quando interposto perante órgão incompetente, mas, nessa hipótese, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. (C) se aplica ao processo administrativo o princípio dispositivo, pelo qual cabe ao interessado produzir a provas que lhe interessam e que serão apreciadas pela Administração, com base na verdade formal. (D) em razão do princípio da economia processual, processo que tenha sido instaurado a pedido de particular, uma vez que ocorra a desistência por parte do interessado, deve ser extinto pela Administração. (E) se, ao recorrer de decisão administrativa, o interessado alegar que tal decisão contraria enunciado de súmula vinculante, haverá suspensão do processo administrativo e remessa a órgão de assessoria jurídica, para emissão de parecer prévio ao exame do recurso. 3(FCC/TRF-3/Técnico Judiciário/2014) Inácio, servidor público federal do Tribuna l Regional Federal da 3ª Região e responsável pela condução de determinado processo administrativo, detectou que uma das partes interessadas do aludido processo é casada com Carlos, com quem possui amizade íntima. Vale salientar que o mencionado processo administrativo apresenta uma pluralidade de partes interessadas. No caso narrado e nos termos da Lei nº 9.784/1999, (A) o processo deverá continuar a ser conduzido por Inácio, tendo em vista que existe uma pluralidade de partes interessadas. (B) trata-se de hipótese de impedimento expressamente prevista na lei. (C) inexiste qualquer proibitivo para que Inácio continue na condução do processo, pouco importando a pluralidade de partes interessadas. (D) Inácio deverá afastar-se da condução do processo por razão moral, embora não se trate nem de impedimento, nem de suspeição. (E) Inácio deverá declarar-se suspeito. 4(FCC/TRF 3/Analista Judiciário/2014) Segundo a Lei no 9.784/99, o órgão competente poderá declarar extinto o processo administrativo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar (A) inútil, apenas. (B) impossível, apenas. (C) impossível ou prejudicado por fato superveniente, apenas. (D) prejudicado por fato superveniente, apenas. (E) impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 5(FCC/TRT 2/Analista Administrativo/2014) Órgão integrante do Poder Legisla t ivo federal, no desempenho da função administrativa, solucionou controvérsia proferindo ato administrativo restritivo de direito sem, no entanto, observar a Lei no 9.784/1999. Considerando o âmbito de aplicação da referida lei, é correto afirmar que o administrador atuou (A) conforme a lei, porque o referido ato normativo aplica-se, exclusivamente, ao Poder Executivo federal, abrangendo a Administração pública direta e indireta. (B) conforme a lei, porque o referido ato normativo aplica-se ao Poder Executivo federal, abrangendo a Administração pública direta e indireta e ao Poder Judiciário federal, não se aplicando ao Poder Legislativo federal, estadual ou local. (C) em desconformidade com a lei, porque os preceitos da supracitada norma também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. (D) em desconformidade com a lei, porque os preceitos da norma também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, respectivamente, quando no desempenho de função legislativa e judicial. (E) conforme a lei, porque o ato normativo aplica-se tão somente às unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta federal. 6(FCC/TRT 19/Analista Administrativo/2014) Em determinado processo administrativo, a única parte interessada, Carolina, requereu a desistência total do pedido formulado e a extinção do processo, o que foi indeferido pela Administração pública, por entender necessário o prosseguimento do processo, em razão do interesse público envolvido. No segundo processo, com duas partes interessadas, uma delas requereu a desistência do pedido formulado, o que foi acolhido pela Administração extinguindo o feito e, portanto, estendendo o pedido de desistência também à outra parte interessada que não fez tal pleito. Nos termos da Lei no 9.784/99, a postura da Administração pública está (A) correta no primeiro processo e incorreta no segundo. (B) incorreta nos dois processos administrativos. (C) correta nos dois processos administrativos. (D) incorreta no primeiro processo e correta no segundo. (E) correta no primeiro tão somente se Carolina concordar com o prosseguimento do feito, e correta no segundo. 7(FCC/TJCE/Juiz Substituto/2014) Acerca dos princípios do processo administrat ivo, é correto afirmar: (A) Em face do silêncio da Administração diante de um requerimento do administrado, aplica-se o princípio da razoável duração do processo, gerando presunção de anuência tácita ao requerimento. (B) A exemplo do processo judicial, em que a instauração se dá de ofício, no processo administrativo, o princípio da oficialidade somente vigora após a provocação da autoridade administra t iva pelo interessado. (C) Os processos administrativos devem ser realizados de maneira sigilosa, até a decisão final, em vista do interesse da Administração em tomar decisões sem interferências da opinião pública. (D) Embora se aplique no processo administrativo o chamado princípio do informalismo ou do formalismo moderado, há necessidade de maior formalismo nos processos que envolvem interesses dos particulares, como é o caso dos processos de licitação, disciplinar e tributário. (E) O princípio da gratuidade exige que todos os processos administrativos sejam gratuitos. 8(FCC/TRT--1ªRegião/Tecnologia da Informação/2014) A Administração pública está sujeita a observância de normas e princípios, alguns expressos, outros implícitos. A instauração, instrução e decisão dos processos administrativos está sujeita a incidência de princípios, tendo a Lei no 9784/99 elencado, de forma expressa, mais princípios do que a Constituição Federal, no que concerne à atividade administrativa. Sobre a aplicação dos princípios mencionados nesses Diplomas, tem-se que a) os princípios do contraditório e da ampla defesa aplicam-se somente aos processos administrativos que tratem de apuração de infrações disciplinares, vez que punidas com sanções mais severas. b) o princípio da segurança jurídica impede o exercício da competência discricionár ia pela Administração pública. c) os princípios do interesse público e da eficiência admitem a derrogação de leis, quando houver meio jurídico mais ágil ao atendimento da finalidade pública. d) o princípio da motivação não se aplica aos processos administrativos quando tratarem de atos de improbidade. e) os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade podem incidir no exercício, pela Administração pública, de competência discricionária. 9(FCC/TRT--19ª Região/Oficial de Justiça/2014)Nos termos da Lei nº 9.784/99, considere: I. O recurso administrativo não será conhecido quando interposto por quem não seja legitimado. II. Quando o recurso administrativo for interposto perante órgão incompetente, ele não será conhecido; no entanto, será indicada a autoridade competente ao recorrente, sendo- lhe devolvido o prazo para recurso. III. O recurso administrativo será conhecido ainda que interposto fora do prazo, haja vista que determinadas formalidades legais podem ser relevadas em prol do interesse público. Está correto o que consta APENAS em a) III. b) I e III. c) I e II. d) II e III. e) II. 10(FCC/TRT--19ª Região/Analista Administrativo/2014) Nos termos da Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração pública federal, as sanções, desde que assegurado o prévio direito de defesa, serão aplicadas por autoridade competente e a) terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer. b) terão natureza, exclusivamente, pecuniária. c) consistirão, exclusivamente, em obrigação de fazer. d) terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação tão somente de fazer. e) consistirão, exclusivamente, em obrigação de não fazer. 11(FCC/TRE-AP/Técnico Judiciário/2011) Segundo a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é certo que (A) o ato de delegação especificará, dentre outras questões, as matérias e os poderes transferidos, não podendo, porém, conter ressalva de exercício da atribuição delegada. (B) o ato de delegação e sua revogação não necessitam de publicação em meio oficial. (C) a edição de atos de caráter normativo não pode ser objeto de delegação. (D) matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade podem ser objeto de delegação. (E) o ato de delegação não especificará a duração e os objetivos da delegação, embora deva conter outras informações em seu conteúdo. 12(FCC/Infraero/Administrador/2011) NÃO é causa de impedimento, para atuar em processo administrativo, o servidor ou autoridade que (A) tenha participado como perito, testemunha ou representante. (B) tiver interesse indireto na matéria. (C) estiver litigando administrativamente com o interessado. (D) tiver interesse direto na matéria. (E) tiver amizade íntima com algum dos interessados. 13(FCC/Analista TRE-PR/2012) A um engenheiro ocupante de cargo público foi encaminhado processo administrativo para proferimento de parecer técnico. Identificou, contudo, que se tratava de processo administrativo no qual havia atuado como perito, na época contratado para tanto. Nessa situação, (A) deverá abster-se de atuar, comunicando o fato à autoridade superior, sob pena de cometimento de falta grave. (B) poderá atuar normalmente, devendo, contudo, manter-se fiel ao entendimento proferido quando era perito. (C) poderá atuar normalmente, na medida em que ocupante de cargo público goza de boa- fé, não importando a atuação anterior ao provimento. (D) deverá abster-se de atuar oficialmente, podendo lançar parecer meramente opinativo e não vinculatório nos autos, cabendo à autoridade superior a decisão sobre a questão. (E) poderá abster-se de atuar caso não se repute isento o suficiente para proferir parecer técnico sobre o caso. 14(FCC/Analista TRE-CE/2012) Nos termos da Lei no 9.784/99, um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole: (A) técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. (B) jurídica, econômica ou administrativa, apenas. (C) social ou jurídica, apenas. (D) territorial ou jurídica, apenas. (E) administrativa, econômica ou jurídica, apenas. 15(FCC/PGE-CE/Técnico Ministerial/2013) Bento, servidor público, responsável pela condução de determinado processo administrativo, ao constatar a identidade da parte interessada no processo, Ana, descobre que está litigando judicialmente justamente com o esposo de Ana. Nesse caso e nos termos da Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, (A) embora seja hipótese de suspeição, poderá atuar normalmente no processo, desde que não profira decisão. (B) não há qualquer impedimento para que Bento atue no mencionado processo administrativo, inclusive proferindo decisão. (C) embora seja hipótese de impedimento, poderá atuar normalmente no processo, desde que não profira decisão. (D) deverá abster-se de atuar, haja vista estar presente hipótese de impedimento. (E) deverá abster-se de atuar, haja vista estar presente hipótese de suspeição. LEI 8.987/95 (SERVIÇOS PÚBLICOS) 1(FCC/CNMP/Analista Jurídico/2015) Em determinado Município, consórcio de empresas privadas permissionário de serviços públicos de transporte de passageiros passou a prestar os serviços de forma deficiente, desrespeitando as condições determinadas pelo Poder Concedente em relação à frota disponível, regularidade de viagens e índices de conforto. O consórcio alegou que a tarifa cobrada dos usuários, fixada pelo Poder Concedente, estaria defasada, sendo esta a razão da deterioração da qualidade do serviço. De acordo com as disposições legais aplicáveis, o Poder Concedente possui a prerrogativa de: (A) revogar a permissão, que possui caráter precário, e delegar a prestação dos serviços a outro consórcio, mediante concessão ou permissão, sempre com pré-via licitação. (B) decretar a encampação, em face do reiterado descumprimento das condições do contrato, retomando a prestação direta dos serviços. (C) decretar a caducidade do contrato, assumindo os serviços para reestabelecer as condições de regularidade e qualidade necessárias, mediante prévia indenização ao consórcio. (D) decretar a intervenção na permissão, com vistas a apurar a efetiva necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. (E) rescindir a permissão, mediante prévia indenização pelos investimentos não amortizados, descontadas as multas eventualmente aplicadas ao consórcio. 2(FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário/2014) Sabe-se que a Administração pública tem, dentre suas funções a obrigação legal de prestar Serviços Públicos à população. Os Serviços Públicos são atividades: (A) que devem ser prestadas em caráter contínuo, em razão dos princípios da indisponibilidade e da supremacia do interesse público. (B) que, pela sua essencialidade, somente podem ser prestadas pelo Poder Público. (C) que, pela sua essencialidade, obedecem a diversos princípios, dentre eles o da autonomia da vontade e da indisponibilidade do interesse público. (D) prestadas pelo Poder Público ou por particular, sendo que na hipótese de serem prestadas por particular não devem obediência ao princípio da modicidade tarifária, isso em razão do princípio da eficiência. (E) prestadas pelo Poder Público ou por Particular, e, em razão de sua essencialidade, obedecem a diversos princípios, dentre eles o da continuidade e modicidade tarifária. 3(FCC/MPE-PA/Promotor/2014) No tocante ao regime de delegação de serviços públicos, disciplinado pela Lei Federal no 8.987/95, é correto afirmar: (A) No caso de haver inadimplência da concessionária, não será instaurado processo administrativo antes de lhe serem comunicados, detalhadamente, os descumprimentos contratuais, concedendo-lhe prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. (B) É dispensável a licitação para outorga de permissão de serviço público a particular,
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