Material de Apoio - D. Penal - Cleber Masson - Culpabilidade I

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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS 
 
Material de Apoio - Direito Penal – Cleber Masson – Culpabilidade I 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Tópicos Abordados em Aula 
II. Jurisprudência Correlata 
2.1. STJ - HC 187.132/MG 
III. Lousas 
 
 
I. TÓPICOS ABORDADOS EM AULA 
 
CULPABILIDADE 
 
1. Natureza Jurídica 
1.1. Tripartido � elemento do crime. 
1.2. Bipartido � Pressuposto de aplicação da pena. 
 
2. Conceito: juízo de reprovabilidade. 
 
3. Evolução Histórica 
3.1. Teorias 
3.1.1. Psicológica (Franz Von Liszt, Beling e Radbruch) – Sistema Clássico. 
3.1.2. Teoria psicológica-normativa (Reinhart Frank) – Sistema Neoclássico. 
3.1.3. Normativa pura – Sistema Finalista (Hans Welzel). 
3.1.3.1. Por que se diz que no finalismo a culpabilidade é vazia? 
3.1.3.2. A Teoria Normativa Pura se divide em: 
3.1.3.2.1. Teoria Limitada 
3.1.3.2.2. Teoria Extremada ou estrita 
3.1.4. Teoria da Coculpabilidade (Eugenio Raúl Zaffaroni) 
3.1.4.1. A coculpabilidade não tem previsão legal no Brasil, mas é possível utilizá-la? 
� Atenuante genérica inominada (art. 66, CP). 
3.1.4.2. O STJ não admite a utilização dessa teoria no Brasil: HC 187.132. 
3.1.5. Coculpabilidade às avessas 
3.1.5.1. 2 perspectivas fundamentais: 
3.1.5.1.1. Identificação crítica da seletividade do sistema penal e a incriminação da própria 
vulnerabilidade. 
3.1.5.1.2. Reprovação mais severa no tocante aos crimes econômicos. 
3.1.5.2. Agravante genérica? 
3.1.5.2.1. Não, pela taxatividade da lei penal (reserva legal). 
3.1.5.2.2. Somente pode ser utilizada como circunstância judicial favorável. 
3.1.6. Dirimentes 
3.1.6.1. São as excludentes da culpabilidade. 
3.1.6.1.1. Cuidado: não confundir com eximentes que são as excludentes da ilicitude. 
 
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE 
 
1. Imputabilidade 
1.1. Art. 26, “caput”, definição de inimputabilidade. 
 
 
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1.2. Em poucas palavras, a imputabilidade é a capacidade de entendimento e de autodeterminação. 
Capacidade de entender (elemento intelectivo) e querer (elemento volitivo). 
 
1.3. Critério cronológico � 18 anos – presunção relativa “iuris tantum”. 
 
1.4. Momento para identificação ou análise da imputabilidade 
1.4.1. A imputabilidade deve ser analisada ao tempo da conduta. 
 
INIMPUTABILIDADE 
 
1. Causas da inimputabilidade: 
1.1. Menoridade 
1.2. Doença mental 
1.3. Desenvolvimento mental incompleto 
1.4. Desenvolvimento mental retardado 
1.5. Embriaguez completa fortuita ou acidental 
 
2. Sistemas para identificação da inimputabilidade 
2.1. Biológico (exceções) – Menoridade. 
2.2. Psicológico (exceções) – Embriaguez completa fortuita ou acidental. 
2.3. Biopsicológico (regra geral, art. 26, “caput”). 
 
MENORIDADE 
 
1. 18 anos � Biológico (CF, 228 e art. 27, CP). Presunção absoluta (“iuris et de iure”). 
1.1. Menor de 18 anos e emancipação civil � penalmente inimputável. 
1.2. Art. 50, CPM � não foi recepcionado pela CF/88. 
1.3. Crimes permanentes e superveniência da maioridade penal. 
 
DOENÇA MENTAL 
 
1. Em sentido amplo. 
1.1. Transitória (tempo da conduta): delírios febris pneumônicos/ febre tifoide. 
1.2. Doença mental e intervalos de lucidez. 
 
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO 
 
1. Não chegou na plenitude ainda (maiores de 18 anos). Ex.: Surdo-mudo. 
1.1. A perícia é fundamental. 
 
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO 
 
1. Caminha mais vagarosamente (maiores de 18 anos). Ex.: Silvícolas. 
1.1. A perícia é fundamental. 
 
PERÍCIA 
 
- Imputável 
- Semi imputável 
- Inimputável 
 
• A perícia é fundamental tanto para o surdo-mudo quanto o silvícola. 
 
1. A perícia médica: 
1.1. Meio legal de prova da inimputabilidade do maior de 18 anos. 
1.2. “Perito peritorium” - A conclusão do perito não vincula o juiz, mas o juiz não pode substituir o perito 
(art. 182, CPP). 
 
 
 
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1.3. Incidente de insanidade mental 
1.3.1. Instaurado de ofício pelo juiz, ou mediante provocação de qualquer uma das partes. 
1.3.2. Tanto o juiz quanto as partes podem apresentar quesitos. 
1.3.4. O incidente será processado em autos apartados. 
1.3.5. Suspende o processo até a sua solução, mas não suspende a prescrição. 
1.3.6. Se o juiz não concordou com o perito ele deverá rejeitar o laudo e nomear novo perito. 
 
EFEITOS DA INIMPUTABILIDADE 
 
1. Menores de 18 anos � ECA. 
 
2. Demais inimputáveis � São processados e julgados pela justiça penal. 
* A sentença contra ele proferida, sempre será absolutória: 
- Própria: absolvição 
- Imprópria: há a absolvição, mas há também a aplicação de uma medida de segurança (CPP, art. 386, 
parágrafo único, III). 
 
SEMI IMPUTABILIDADE 
 
1. Art. 26, parágrafo único, CP. 
1.1. Não exclui a culpabilidade � causa de diminuição da pena. 
 
2. Hipóteses: 
2.1. Perturbação de saúde mental – doença mental em menor grau. 
2.2. Desenvolvimento mental incompleto 
2.3. Desenvolvimento mental retardado 
 
3. Imputabilidade e Semi imputabilidade 
3.1. Na imputabilidade retiram completamente a capacidade de entendimento e autodeterminação. 
3.2. Na semi imputabilidade, esse fatores apenas as reduzem. 
 
4. Terminologia/Nomenclatura do instituto: 
4.1. Semi imputabilidade 
4.2. Imputabilidade diminuída ou restrita (alguns autores preferem essa nomenclatura). 
4.3. Art. 319, VII, CPP – fala em semi imputável. 
 
5. Todo semi imputável é obrigatoriamente maior de 18 anos 
5.1. Biopsicológico. A perícia médica também é necessária. 
 
6. Efeitos 
6.1. Condenado 
6.2. Diminui a pena de 1/3 a 2/3. 
6.3. Substituição da pena diminuída por MS. 
 
7. Sistema Vicariante ou Unitário. 
7.1. Redação original do CP/40 � Era adotado o sistema do “duplo binário, dois trilhos ou dupla via”. 
 
 
II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
2.1. STJ - HC 187.132/MG 
 
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO. APELAÇÃO JULGADA. 
PRETENSÕES DE ABSOLVIÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO. VIA INADEQUADA. EXAME APROFUNDADO DAS 
PROVAS. TEORIA DA CO-CULPABILIDADE DO ESTADO. NÃO CONFIGURAÇÃO. ORDEM DENEGADA. 
1. Hipótese em que as instâncias originárias examinaram, com profundidade, os elementos de convicção 
produzidos nos autos da ação penal, concluindo pela condenação do paciente. Inviável atender a 
 
 
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pretensão defensiva, de absolvição ou desclassificação da conduta, nesta via estreita do mandamus, em 
que vedado o revolvimento fático-probatório. 
2. O Superior Tribunal de Justiça não tem admitido a aplicação da teoria da co-culpabilidade do Estado 
como justificativa para a prática de delitos. Ademais, conforme ressaltou a Corte estadual, sequer restou 
demonstrado ter sido o paciente prejudicado por suas condições sociais. 
3. Habeas corpus denegado. 
(HC 187.132/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 
05/02/2013, DJe 18/02/2013) 
 
 
III. LOUSAS 
 
 
 
 
 
 
 
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