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EMPRÉSTIMO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS

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EMPRÉSTIMO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
 
FELIPE MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGENDA: EMPRÉSTIMO/VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
 
 
 
 
Contrato pelo qual uma das partes entrega à outra, coisa 
fungível ou infungível, com a obrigação de restituí-la. 
Contrato real. Espécies: Comodato (empréstimo para uso; 
a coisa a ser restituída é a própria coisa emprestada; 
gratuito e coisas infungíveis) e mútuo (empréstimo p/ 
consumo; a coisa a ser restituída será equivalente à coisa 
emprestada; oneroso e coisas fungíveis). 
Comodato: ARTS. 579 – 585, CC. 3 características essenciais: 
gratuidade, infungibilidade da coisa, aperfeiçoamento com a 
tradição. Gratuito, se for oneroso considera-se locação. Não 
o desnatura a imposição de encargo. Não o desnatura a 
imposição de despesas com a conservação da coisa. Tem 
natureza intuitu personae – em geral não pode ser cedido a 
terceiros sem autorização do comodante. Extingue-se com a 
morte do comodatário, não se entendendo aos seus 
sucessores, exceto se o comodante consentir, ressalvada a 
hipótese de o uso ou serviço p/ o qual foi contratado não 
houver terminado. Bens incorpóreos suscetíveis de uso e 
posse também podem ser dados em comodato. Comodante 
permanece com a posse indireta da coisa e o comodatário 
com a posse direta – ambos podem encerrar contra terceiro. 
Unilateral (obrigação apenas p/ o comodatário). Temporário 
(se perpétuo, doação). Não solene. Capacidade geral para 
ambas as partes. 
Direitos e obrigações das partes: direitos do comodatário – usar e gozar a coisa, de forma ilimitada, tendo que 
cumprir a obrigação. Obrigações do comodatário – conservar a coisa como se sua fosse, evitando desgaste 
(usando-a adequadamente); responde pelas despesas de sua conservação ou necessárias; não pode reclamar do 
comodante as despesas; em caso de perigo, deve salvar primeiro a coisa do comodante; responderá pelo dano 
ocorrido, ainda que o evento decorrido de caso fortuito ou força maior, responde por dolo ou culpa; o 
comodatário não responde pelo desgaste normal da coisa, nem pelo fortuito, salvo se: preferir salvar suas 
próprias coisas, fazer uso indevido da coisa ou estiver em mora de restituir. O comodatário não fica com os frutos 
da coisa. O comodatário se responsabiliza a usar a coisa de forma adequada, sendo o uso inadequado responde 
por perdas e danos e é causa de resolução de contrato. Restituir a coisa no prazo convencionado ou não tendo 
este sido estipulado, findo o necessário ao uso concedido. 
Obrigações do comodante: em regra, não possui. 
Podem surgir eventualmente; reembolso de despesas 
extraordinárias e vigentes (que excedam a sua 
conservação normal); indenizar o comodatário de 
prejuízos decorrentes de vício oculto na coisa, se 
conhecidos e dolosamente não prevenir o 
comodatário. 
Defeito desconhecido por ambos os contratantes. 
Comutativo – espécie de contrato oneroso; As 
prestações têm equilíbrio entre as partes; Enjeitar 
– pedir a resolução. Os vícios aplicam-se aos 
contratos bilaterais e comutativos. Caracterização 
dos vícios redibitórios: coisa recebida em razão de 
contrato comutativo; doação onerosa ou 
remuneratória; defeitos ocultos, portanto, se o 
defeito for aparente, visível, não poderá haver 
redibição; defeitos existentes no momento da 
celebração do contrato e que perdurem até o 
momento da reclamação; desconhecidos do 
adquirente e que sejam graves. 
Art. 444, CC – Exceção ao princípio do direito obrigacional 
que determina que a coisa perece p/ o dono – res perit 
domino. Ação redibitória – ação proposta pelo adquirente 
do bem que deseja a extinção do contrato e a devolução do 
preço (ART. 441, CC). Ação quanti minoris – o adquirente 
pretende permanecer com o produto, mas, quer o 
abatimento do preço da coisa de forma proporcional ao 
defeito existente (ART. 442, CC). Cabe indenização em 
qualquer um dos casos, tanto na quanti minoris, quanto na 
redibitória. Prazos decadenciais (art. 445, cc). 
Garantia – contrato autônomo celebrado entre as 
partes, no qual, o alienante do bem se 
responsabiliza pelo contrato da coisa em caso de 
surgimento de defeito; enquanto houver garantia, o 
prazo p/ vício redibitório fica suspenso. Ressalta-se 
que o direito de pleitear a garantia do produto 
decai em 30 dias contados do surgimento do 
mesmo. Vícios redibitórios – ART.26, CDC.

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