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Aula 4 - Malaria.pdf

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
Licenciatura em Ciências Biológicas 
Prof. Dr. Fernando Lourenço 
2012 
 Infecciosa, parasitária, de evolução aguda 
 ciclos de calafrios, febre alta que, 
 debilita, enfraquece e, 
 em casos graves, mata. 
Introdução: MALÁRIA 
Histórico da Malária 
Os seres humanos são infectados pela 
malária há 50.000 anos! 
Foi primeiramente citada na era pré-Cristã, por Hipócrates 
Início do século XIX que o termo malária teve origem 
Segundo os italianos, causada por vapores 
nocivos exalados dos pântanos tiberianos, 
("mal aria“ = "mau ar“) 
Histórico da Malária 
Alphonse 
Laveran 
Ronald 
Ross 
•1880 - Alphonse Laveran: 
-Identificou o parasito no sangue de um 
paciente com malária. Prêmio Nobel (1907). 
 
•1897 - Ronald Ross: 
-Demonstrou que o parasito podia ser 
transmitido de um paciente infectado para outro 
através do mosquito. Prêmio Nobel (1902). 
 
• 1898 e 1899 - Grassi, Bastianelli e Bignami 
-Descobriram o desenvolvimento de 
Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e 
Plasmodium malariae em humanos e anofelinos 
Taxonomia 
 Filo : Apicomplexa 
 Classe: Sporozoa 
 Sub-classe: Coccidiida 
 Ordem: Eucoccidiida 
 Sub-ordem: Haemosporina 
 Família: Plasmodiidae 
 Gênero: Plasmodium 
 Plasmodium vivax 
 Plasmodium falciparum 
 Plasmodium malariae 
 Plasmodium ovale 
 Plasmodium knowlesi 
INFECTAM O 
HOMEM 
Filo Apicomplexa 
(Gado) 
(Aves e anfíbios) 
(Gado e galinha) 
(Cachorro e gato) 
(Ungulados) 
Filo Apicomplexa 
Complexo apical: conóide, anel polar (dois), 
microtúbulos, roptrias, micronemas e grânulos densos 
• função estrutural e motilidade da célula 
anéis 
polares 
microtúbulos 
conóide 
Filo Apicomplexa 
• Micronemas 
reconhecimento e 
adesão inicial 
• Roptrias 
penetração 
• Grânulos 
densos 
remodelamento da 
membrana do 
vacúolo 
 
Filo Apicomplexa 
Complexo Apical 
Transmissão 
 No Brasil, o inseto vetor é conhecido como: pernilongo, 
mosquito prego e carapanã 
Ocorre pela inoculação das formas 
esporozoítas de Plasmodium spp. 
durante a picada da fêmea do 
mosquito do gênero Anopheles sp. 
Movimento de esporozoitos 
 na pele (derme) 
Invasão de vasos 
sangüíneos 
Fonte: Amino, R 
Transmissão 
Transmissão 
Anopheles sp.: 
1. + de 400 espécies no mundo 
2. Destas, 60 são capazes de transmitir esporozoítas 
3. Larvas e a pupa necessitam de meio aquoso para 
reprodução 
4. Ciclo sexual do Plasmodium spp. ocorre no mosquito 
5. Duração de aproximadamente 10-21 dias (espécie e 
temperatura) 
Principais vetores: 
 1. África: Anopheles gambiae 
 2. Brasil: Anopheles darlingi 
Transmissão 
1- Mosquito: manchas pretas na asa 
 Fêmea: antenas pilosas 
 Macho: antenas plumosas 
2- Pouso: perpendicular ao substrato 
1 
2 
Transmissão 
No hospedeiro vertebrado: 
Esporozoíta# 
Trofozoíta 
Esquizonte 
Merozoíta# 
Gametócitos 
(microgametócito e 
macrogametócito) 
Biologia do parasito 
No hospedeiro invertebrado: 
Microgameta / macrogameta 
Zigoto * 
Oocineto *# 
Oocisto * 
Esporozoíta# 
Formas evolutivas 
* Formas diplóides 
# Formas móveis 
Biologia do parasito 
Formas infectivas: 
esporozoítas 
Formas hepáticas se 
desenvolvem nas 
células do fígado 
Formas sanguíneas se desenvolvem 
nas hemácias 
Biologia do parasito 
Formas sangüíneas (hemácias dos hospedeiros 
vertebrados): 
trophozoites schizonts gametocytes 
P.falciparum 
P.vivax 
P.malariae 
P.ovale 
Trofozoítas Esquizontes Gametócito 
Formas evolutivas 
Biologia do parasito 
Estágios invasivos de Plasmodium spp. 
Oocineto (móvel) 
• Células epiteliais do 
estômago do mosquito 
 
Esporozoíta (móvel) 
• Glândula salivar do 
mosquito 
• hepatócitos 
 
Merozoíta (imóvel) 
• Eritrócitos/reticulócitos 
Oocineto 
Esporozoíta 
Merozoíta 
Ciclo de Vida 
esporozóítas 
fígado 
merozóítas 
células 
vermelhas 
Glândulas 
salivares 
esporozóítas 
oocistos 
oocineto 
zigoto 
gametas 
trofozóítas 
gametócitos 
intestino 
Ciclo de Vida 
DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS MALARÍGENAS NO MUNDO 
Fonte: WHO, 2009 
 
Epidemiologia 
BRASIL 
Região Amazônica 
99,3% 80 % 
P. vivax 
≈ 500 mil casos clínicos anuais 
≈ 400 mortes anuais 
www.daylife.com/photo/0fqAaJw43b31D; Tauil, 2006; SVS, 2008 
Malária no Brasil 
Mapa do Risco de Transmissão (IPA) da 
Malária, 2000 e 2008 
Malária no Brasil 
Internações e letalidade por P. falciparum, região 
Amazônica 
Fonte: Sivep-malária/SIH/SIM/MS – em 24.10.2009. Dados sujeitos a alteração. 
Período de incubação 
 
 Varia de acordo com a espécie de Plasmodium spp. 
 (em média 15 dias) 
 
Acesso malárico 
 
 1) calafrios e tremores, temperatura em elevação 
 2) febre alta, sensação de calor e cefaléia 
 intensa, vômitos, diarréia, 
 3) queda da temperatura, sudorese; 
 4) malária grave (cérebro, placenta, pulmão, medula) 
Patogenia e Sintomatologia 
Os acessos maláricos se repetem com intervalos 
diferentes, de acordo com a espécie do plasmódio: 
 
P. falciparum - com intervalos de 36 a 48 horas 
(terçã maligna) 
P. vivax - acessos em dias alternados, 48 em 48 horas 
(terçã benigna); 
P. malariae - os acessos se repetem a cada 72 horas (febre 
quartã) 
Patogenia e Sintomatologia 
Comparação entre as malárias humanas 
P. falciparum P. vivax P. malariae P. ovale 
Ciclo assexuado 
(horas) 
48 48 72 50 
Seqüestro Sim Não Não Não 
Merozoítas por 
esquizonte 
18 14 8 14 
Hipnozoítas Não Sim Não Sim 
Tipo de eritrócito 
que infecta 
Todas as 
idades 
Reticulócitos Eritrócitos 
maduros 
Reticulócitos 
Patogenia e Sintomatologia 
Malária grave por P. falciparum → ocorre em adultos 
não imunes, crianças e gestantes 
 
• Seqüestro dos eritrócitos parasitados: adesão ao endotélio 
vascular (citoaderência) 
 
• Formação de rosetas: eritrócitos infectados c/ eritrócitos 
não infectados 
 
• Hiper-parasitemia: (>2-5% das hemácias parasitadas, +++ 
ou presença de esquizontes) 
 
• Malária cerebral, insuficiência renal, edema pulmonar 
agudo, anemia grave, icterícia acentuada, hipertermia, 
vômitos 
Microcapilares cerebrais 
Citoaderência, in vitro, 
 em célula endotelial 
 
 
Placenta 
Patogenia e Sintomatologia 
knobs 
• Quadro clínico e Exame físico 
• Procedência do paciente 
 Área de transmissão 
• História de viagem 
• Tempo de permanência na área 
Diagnóstico Clínico 
Diagnóstico Laboratorial 
Fino Espesso (gota espessa) 
Coloração de Giemsa 
Fixação Coloração de Giemsa (esfregaço 
desemoglobinizado) 
Preparo do esfregaço 
Diagnóstico microscópico: 
Diagnóstico Laboratorial 
Punção digital 
Coleta do material: 
Diagnóstico Laboratorial 
Gota espessa 
Esfregaço 
sanguíneo 
Diagnóstico Laboratorial 
Diagnóstico Imunológico 
ICT Malaria P.f. (ICT Diagnostics): 
Anticorpo marcado 
com ouro coloidal 
• Detecta isoformas da enzima lactato desidrogenase (pLDH, presentes 
em todas as espécies ) e HRP-2 exclusiva de P. falciparum 
 
 
OptiMAL® Rapid Malaria Test 
Diagnóstico imunológico 
Diagnóstico molecular 
 
•Lane S: Molecular base pair standard (50-bp ladder). Black arrows show the size of 
standard bands. 
•Lane 1: The red arrow shows the diagnostic band for P. vivax (size: 120 bp) 
•Lane 2: The red arrow shows the diagnosticband for P. malariae (size: 144 bp) 
•Lane 3: The red arrow shows the diagnostic band for P. falciparum (size: 205 bp) 
•Lane 4: The red arrow shows the diagnostic band for P. ovale (size: 800 bp) 
 
Diagnóstico por PCR: 
 Os testes imunológicos e por 
fluorescência não são 
 mais sensíveis que o teste 
por microscopia 
Limite: 100 parasites/L de sangue 
(0.002% parasitemia) 
 
Nested PCR e qRT-PCR – maior 
sensibilidade e especificidade 
Tratamento 
Principais drogas antimaláricas: 
 
Esquizonticidas sangüíneos 
- Quinina, mefloquina, halofantrina, cloroquina, amodiaquina 
→ digestão de produtos da hemoglobina 
 
- Derivados de artemisina → metabolismo das proteínas 
Tetraciclina, doxiciclina e clindamicina → síntese de 
proteínas 
 
Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas 
- Primaquina → inibe a respiração mitocondrial do parasita 
 * também é gametocitocida. 
Esquema recomendado no Brasil: 
 
-P. vivax: cloroquina (para as formas sangüíneas) e 
primaquina (para as formas hepáticas) 
-P. falciparum: Malária não grave – associação 
quinina/doxiciclina ou quinina/tetraciclina 
 
*Em casos graves: artesunato/mefloquina ou 
quinina/clindamicina 
Tratamento 
Tratamento combinado (ACT) 
Custo: 7,8 milhões de Euros (4,2 Reais – a unidade) 
Tempo: 2002-2008 
Eficácia: 70% de redução (estudo no Acre) 
Recaídas: 
 
Ocorre nas infecções por P. vivax e P. ovale  formas 
hipnozoítas no fígado (permanecem em estado de latência 
por períodos que variam de 1 mês a 1-2 anos) 
 
 
Recrudescências: 
 
Parasitemia reaparece (acompanhada de sintomatologia), 
após um período de “cura aparente”  resposta inadequada 
ao tratamento 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Patogenia e Sintomatologia 
RESISTÊNCIA INATA 
- Absoluta: Plasmódios aviários ou roedores 
- Relativa: Plasmódios símios 
RESISTÊNCIA ADQUIRIDA 
- Recém-nascido protegido por P. falciprum até o 6o mês 
de idade (África e Ásia) 
Neves, 2002; Amato Neto, 2008 
-Transferência materna de IgG 
-Eritrócito rico em Hemoglobina fetal 
-Dieta do RN pobre em PABA 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Resposta Imune 
Resistência ao parasitismo: 
1- Fatores genéticos 
2- Anemia falciforme 
3- Talassemias (alteração na cadeia gama ou delta da 
hemoglobina) 
4- Deficiência da glicose-6-fosfato-desidrogenase na 
hemoglobina 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Relação Parasito-Hospedeiro 
DOENÇAS FALCIFORMES 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DECORRENTES DA 
POLIMERIZAÇÃO DA Hb S 
Alecrim et al., 2005 
Cavasini et al., 2007; Carvalho et al., 2010; Tarazona-Santos et al., 2011 
Fatores genéticos 
- Grupo sangüíneo Duffy 
Duffy negativo - Fy (a-b-) refratários à P. vivax e P. knowlesi 
- Grupo sangüíneo MNSs 
MN negativos (M-N-) refratários ao plasmódio 
- Grupo sangüíneo ABO 
Diferenças entre os grupos A, B e O 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Vias alternativas 
de invasão? 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Resistência a drogas – P.falciparum 
Diminuição da resposta a drogas 
antimaláricas 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Resistência a drogas – P.falciparum 
Relação Parasito-Hospedeiro 
Resistência a drogas – P. vivax 
Medidas de controle 
www.daylife.com/photo/0fqAaJw43b31D; Tauil, 2006; SVS, 2008 
Medidas de controle 
www.daylife.com/photo/0fqAaJw43b31D; Tauil, 2006; SVS, 2008 
Medidas de controle 
www.daylife.com/photo/0fqAaJw43b31D; Tauil, 2006; SVS, 2008

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