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Aula 5 - Toxoplasmose.pdf

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
Licenciatura em Ciências Biológicas 
Prof. Fernando Lourenço 
2012 
Toxoplasma gondii 
Associado ao HIV gera 
sintomas clínicos 
graves 
Agente da 
toxoplasmose 
(zoonose) 
Histórico 
1907: Descrito idependentemente por 
em por Charles Nicolle em amostra de 
fígado do roedor Ctenodactylus gondi 
na África e, por Splendore (BRASIL). 
 
 
O nome do gênero deriva do grego 
“toxon”= arco, em referência à forma 
crescente do organismo. 
Charles Jules Henry 
Nicolle (1866-1936) 
Prêmio Nobel em 
Fisiologia e Medicina em 
1928 por seu trabalho com 
tifo. 
Histórico 
 1923: primeiro caso humano de toxoplamose descrito por 
Jankú na Rússia (lesão de retina em uma criança). 
1937: transmissão congênita humana descrita por Wolf & 
Cohen. 
1940: transmissão adquirida demonstrada por Pinkerton. 
 Década de 70: vários laboratórios estabelecem que os felinos 
são os hospedeiros definitivos. 
1976: ciclo sexuado do parasito descrito por Frankel. 
Filo: Apicomplexa 
Subclasse: Coccidia 
Família: Sarcocystidae 
Subfamília: Toxoplasmatinae 
Gênero: Toxoplasma 
Espécie: Toxoplasma gondii 
CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA 
T. gondii: parasito intracelular obrigatório. Células 
(exceto hemácias), tecidos e fluidos corporais 
(saliva, leite, esperma) 
TAQUIZOÍTOS 
CISTO (COM BRADIZOÍTOS) 
OOCISTOS 
BIOLOGIA DO PARASITO 
Morfologia múltipla, dependendo 
do habitat e do estado evolutivo. 
VP e várias células, como nos líquidos orgânicos, excreções, células do 
SMF, células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares. 
Vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso, retina). 
São produzidos nas células intestinais de felídeos não-imunes e 
eliminados imaturos junto com as fezes 
BIOLOGIA DO PARASITO 
BIOLOGIA DO PARASITO 
TAQUIZOÍTO: tachis = rápido 
- Encontrado na fase aguda, forma proliferativa, 
- Morfologia: “banana” ou “meia lua” com uma das 
extremidades mais afiladas e a outra arredondada. 
- Pouco resistentes à ação do suco gástrico 
- Multiplicação por endodiogenia 
 Disseminam-se por via sanguínea ou linfática. 
Invadem o tecido muscular, nervoso (cérebro) e vísceras. 
Fase aguda da doença. 
Taquizoítos 
Taquizoíto: a primeira forma descrita 
e o seu aspecto morfológico, em 
forma de arco (toxon = arco) deu o 
nome ao gênero. 
Taquizoítos causam toda a patologia da 
infecção aguda. 
Os taquizoítos: 
 dividem-se rapidamente e agressivamente, destruindo 
tecidos. 
 podem cruzar a barreira hemato-encefálica e 
transplacentária. 
 quando o sistema imune consegue controlar a replicação 
dos taquizoítas, eles se diferenciam em bradizoítas e formam 
cistos teciduais. 
BIOLOGIA DO PARASITO 
BRADIZOÍTO: brady = lento 
- Encontrado dentro de uma parede cística resistente e 
elástica 
- Encontrado principalmente na fase crônica 
- Resistentes à ação do suco gástrico 
- Multiplicação lenta por endodiogenia 
- Encontrada em tecidos musculares, esqueléticos, 
cardíacos, nervoso e retina 
Cistos contendo bradizoítos latentes 
mantém a infecção por toda vida. 
 Bradizoítos: 
 marcam o início da fase crônica da 
infecção. 
 são resistentes a pH baixo e a enzimas 
digestivas quando passam pelo 
estômago. 
 são resistentes a todas as drogas 
disponíveis atualmente. 
 Cistos 
 formam-se preferencialmente no 
cérebro, nos músculos esqueléticos e 
cardíaco e no globo ocular. 
 são altamente infectivos se ingeridos 
Músculo 
SNC 
Oocisto 
 Forma de resistência com parede dupla 
 Oocistos não esporulados são esféricos. 
 Oocistos esporulados são elipsóides. 
Após esporulação no meio ambiente contém: 2 esporocistos com 
quatro esporozoítos cada 
oocisto 
Esporocistos 
Esporozoítas 
Os oocistos 
aparecem nas fezes 
dos gatos entre 3-5 
dias após a ingestão 
de cistos teciduais 
ou entre 20-34 dias 
após a ingestão de 
oocistos. 
CICLO EVOLUTIVO 
• ASSEXUADO: hospedeiro intermediário 
 aves, mamíferos (dentre estes, o homem) 
 
• SEXUADO: hospedeiro definitivo 
 gatos domésticos e felídeos silvestres 
(não imunes) 
Ciclo Evolutivo 
Cistos ingeridos 
pelo gato 
Cisto contendo bradizoítas em 
tecidos do hospedeiro 
intermediário 
Gato: 
Hospedeiro Definitivo 
Oocistos não 
esporulados nas 
fezes 
Cistos ingeridos 
em carne 
infectada 
Taquizoítas 
transmitidos 
através da 
placenta 
Oocistos 
esporulados 
Oocistos na 
comida, água 
ou solo 
ingeridos pelo 
hospedeiro 
intermediário 
Hospedeiros 
Intemediários 
Comida e água 
contaminadas 
Feto infectado 
G 
H 
O ciclo intestinal no gato 
A. Cistos (bradizoítas) 
B. Esquizontes 
C, D e E. Merozoítas 
F. Gametócitos (microgametócito e 
macrogametócito) 
G. Oocisto (não esporulado) 
H. Oocisto (esporulado) 
F 
G 
Esquizogonia 
(reprodução assexuada) 
Gametogonia 
(reprodução sexuada) 
Esporogonia 
 
Ocorre no interior das 
células epiteliais 
Ocorre no solo 
Transmissão 
 Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoítas) 
 eliminados pelas fezes de gatos ou de outros felinos 
 
 Ingestão de cistos (contendo bradizoítas) presentes em carne 
crua ou mal cozida (porco, carneiro) 
 
 Ingestão de leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítas 
 
 Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea  taquizoítas 
 
 Transmissão placentária  taquizoítas 
 
 Inoculação acidental de taquizoítas 
TRANSMISSÃO 
 
Ingestão de 
Oocistos (fezes de 
gato) 
Ingestão de cistos - 
carnes 
Transplantes 
de Órgãos 
Acidentes de 
laboratório 
Taquizoítas 
- Congênita ou 
transplacentária 
- Rompimento do cisto 
no endométrio 
- Taquizoítos livres no 
líquido aminiótico 
Leite, saliva e 
esperma 
T. gondii 
Cistos 
Oocistos 
Folder Abbott (1999) 
Transmissão 
Patogenia 
 Toxoplasmose adquirida: casos benignos podendo ser 
assintomáticos. 
 . ganglionar: com febre e adenopatia cervical 
 . coriorretinite: mais frequente 
 . ocular: retinocaroidite com cegueira total ou parcial 
 . cutânea: exantemas populares 
 . cerebro-espinhal 
 . generalizada 
* Em pacientes imunodeficientes (HIV positivos ou aidéticos) 
ocorre encefalite toxoplásmica, retinite ou doença disseminativa 
Patogenia 
Toxoplasmose congênita ou pre-natal: aborto, partos precoces ou 
nascimento de crianças com anomalias. 
 1º trimestre: aborto 
 2º trimestre: Síndrome ou Tétrade de Sabin 
 . coriorretinite: 90% dos casos 
 . calcif. cerebral: 69% dos casos 
 . perturbação neural: 60% dos casos 
 . micro e macrocefalia: 50% dos casos 
 3º trimestre: nasce normal, mas com sintomas de comprometimento 
ganglionar, hepatosplenomegalia, anemia, miocardite, problemas visuais. 
 
Patogenia 
Toxoplasmose congênita 
Hidrocefalia 
Calcificação cerebral 
Retardo mental 
Miocardite aguda 
Pneumonia 
Hepatite 
Retinocoroidite (10%) 
Estrabismo 
Microftalmia 
25% 
54% 
65% 0% 
7% 
49% 
 Gravidade 
 (Couvreur et al., 1995) 
 Taxa de transmissão 
 (Stray-Pedersen, 1992) 
10 
20 
30 
Trimestres 
Toxoplasmose congênita 
Epidemiologia 
7,7 - 90 % 
40,2- 80 % 
15 - 51,8 % 
15 - 80 % 
36,9 - 62,7 % 
71 - 73,3 % 
83,6 - 9,6 % 
Soroprevalência no Brasil 
20,3 % 78 % 
54,3 % 
67,4 % 
71,5 % 
75% 
Prevalência Mundial 
 País Porcentagem Autor 
Cuba 29,0 Dubey & Beattie, 1988 
Chile 36,9 Contreras et al., 1996 
Canadá 38,0 Dubey & Beattie, 1988 
Dinamarca 40,0 Lebech et al., 1993 
Irã 51,5 Assmar et al., 1997 
Venezuela 53,5 Bonfante-Garrido et al., 1984 
Argentina 62,7 Canto, 1996 
França 90,0 Beaman et al., 1996 
Brasil 70,0 Nogueira et al., 1996 
Amazônia 55,0 Frahia Neto, 1983 
Belém 78,0 Bichara et al., 2001 
S. J. Rio Preto 57,3 Galisteu et al., 2007 
Prevalência na Gravidez 
 País Imunes (%) Primoinfetadas (%) Autor 
Londres 20,0 0,2 Joynson & Payne, 1988 
Finlândia 20,3 0,24 Hassl, 1996 
Dinamarca 27,4 0,11 Lebech et al., 1993 
EUA 30,0 0,3 Wilson & Remington, 1980 
Áustria 36,7 0,83 Aspock & Pollak, 1992 
Nigéria 43,7 5,4 Oluzi et al., 1996 
França 87,0 6,3 Desmonts & Couvreur, 1974 
Brasil 53,45 1,2 Vaz et al., 1990 
Belém 65,5 2,2 Costa et al., 1999 
Belém 80,8 4,0 Bichara et al., 2001 
Correlação entre grávidas imunes e primoinfectadas 
Prevalência da Forma Congênita 
 País Porcentagem Autor 
Geral 0,1-0,3 Remington & Desmonts, 1990 
Dinamarca 0,3 Lebech et al., 1993 
Noruega 0,1 Stray-Pedersen & Jenum, 1992 
EUA 0,01 Hoff et al., 1990 
Brasil 
 Goiânia 1,7 Viggiano et al., 1991 
 São Paulo 1,6 Castilho, 1976 
 Rio de Janeiro 1,4 Coutinho et al., 1983 
 Brasília 0,9 Kaniak, 1991 
 Belém 2,6 Bichara et al., 2001 
c 
Diagnóstico 
 Laboratorial 
 
 Pesquisa do parasita 
 
 Pesquisa de anticorpos 
 
Avaliação da imunidade específica para fins de 
diagnóstico 
 
 Clínico (sugestivo) 
 
 
 
 
A prevalência da toxoplasmose depende dos hábitos, costumes, 
 condições climáticas, ... 
PROFILAXIA E CONTROLE 
HOMEM 
. Proteger alimentos contra insetos 
. Não ingerir:- leite 
 - carnes crus ou mal cozidos 
 - ovos 
. Resistem: . 4ºC / 3 semanas 
 . -15ºC / + 3 dias 
 . -20ºC / + 2 dias 
. Não resistem: . 65ºC / 4-5 minutos 
 . carnes salgadas 
 . carnes c/ nitratos 
PROFILAXIA E CONTROLE 
HOMEM 
 
. Higiêne Pessoal e Doméstica: 
 - Manipuladores de carnes  lavar as mãos 
 - Crianças (cxs. de areia/quintais, etc.); (após 
 contato com gatos) 
 - Evitar contato com gatos vadios ou desconhecidos 
 - Arejamento e boa luminosidade doméstica 
 - Uso de aspirador de pó (sempre que possível) 
PROFILAXIA E CONTROLE 
GESTANTES 
. Exames e acompanhamento sorológico: 
 - identificar pacientes de risco [soro(-)s] 
 - identificar toxoplasmose materna aguda 
 - protege o feto até o nascimento 
 - tratamento com espiramicina 
 - exame anatomopatológico das placentas 
 (vigilância epidemiológica) 
 - previne seqüelas tardias 
PROFILAXIA E CONTROLE 
AMBIENTE 
 
. Evitar cxs. de areia desprotegidas 
. Evitar areia suspeita de parques e praias 
. Promover higiêne sanitária no peridomicílio 
. Incinerar as fezes dos gatos 
. Proteger e desinfetar cxs. de areia das escolas 
PROFILAXIA E CONTROLE 
GATOS 
. Mantê-los dentro de casa 
. Alimentá-los: 
 - carnes cozidas, secas ou enlatadas 
 - rações 
. Lavar ou incinerar (diariamente) o material de 
 forração dos seus leitos 
. Cxs. de areia  lavar c/ H2O fervente 2x/semana 
. Exames periódicos  verificar eliminação de 
 oocistos (se + , tratá-los) 
. Controlar a população

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