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Mandado de Segurança Coletivo

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2 - MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO - art. 5º, LXX da Constituição Federal
Previsão Legal
“Art. 5º. (...)
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;”
Definição 
A grande diferença do Mandado de Segurança Coletivo para o individual reside no seu objeto e no sujeito ativo. Vamos a estas diferenças. 
Objeto
Com o Mandado de Segurança individual, busca-se a proteção de direito liquido e certo, não amparado por habeas data e habeas corpus, contra atos ou omissões legais ou com abuso de poder de autoridade, buscando a preservação de direitos individuais.
Já no MS Coletivo, os direitos protegidos serão os direitos coletivos, de um grupo de pessoas.
Sujeito ativo
O MS Coletivo pode ser impetrado por:
- partido político com representação no congresso nacional: bastará a existência de um único parlamentar para que esse partido possa impetrar MS em seu interesse, ou em interesse do parlamentar que ele representa no Congresso.
- Organizações Sindicais, Entidades de Classes e Associações: para que possam impetrar um MS Coletivo esses entres deverão estar legalmente constituídos (ou seja, registrados nos órgãos competentes), e atuar na defesa de seus membros e associados.
Para as associações, além dos requisitos acima elencados, é necessário que esteja em funcionamento há pelo menos 1 ano.
Para impetrarem esse mandado de segurança, é necessário que essas entidades tenham o critério da pertinência temática. Mas o que seria isso? Vejamos um exemplo:
Uma empresa de ônibus resolve não conceder passe livre para idosos, direito este previsto em lei municipal. Caso exista uma Associação dos Idosos, esta poderá impetrar MS Coletivo em favor de seus associados, pois existe relação entre essa associação e os prejudicados, ou seja, a entidade dos idosos é associação que luta pela defesa dos direitos de aposentados. 
E um Sindicato de Trabalhadores, poderia impetrar esse MS em favor desses mesmos aposentados? A resposta é não, pois não há relação entre o objeto do MS (não concessão de passagens gratuitas a idosos) e a essência do Sindicato, que é defender seus trabalhadores, e não idosos em geral. 
Dessa forma, falta pertinência temática ao Sindicato dos Trabalhadores, a qual possui a Associação dos Idosos, já que o objeto do suposto MS Coletivo tem relação com a entidade dos idosos, e não dos trabalhadores.
E finalmente: ainda no exemplo acima, seria necessário que todos os idosos assinassem procuração dando poderes à Associação dos Idosos para que ela impetrasse o MS Coletivo em favor deles?
Decidiu o STF que, caso haja previsão no Estatuto da Associação dos Idosos que os membros (no caso, os idosos que pertencem a essa associação) autorizam a entidade a atuar em juízo em nome deles, não será necessário assinatura de procurações individuais.
Lembramos ainda que o Mandado de Segurança poderá ser utilizado pelas entidades previstas no art. 5º, LXX, “b” da CF não só para a tutela (proteção, defesa) de direitos dos seus associados, como também na defesa de diretos próprios da entidade. Assim, caso uma entidade tenha direito liquido e certo que seja alvo de ilegalidade ou abuso de poder, esta poderá utilizar o MS para corrigir tal abuso, através do Mandado de Segurança Individual, e não do Coletivo, pois o interesse em jogo não é direto dos membros da entidade (ou associação, por exemplo), mas sim da própria entidade em si.

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