Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – E l e m e n t o s d e U n i ã o UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1. INTRODUÇÃO 1.1.DEFINIÇÕES USUAIS "Processo de união de metais por fusão". (não só metais e não apenas por fusão) "União de duas ou mais peças, assegurando, na junta soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas". (é possível soldar materiais diferentes) "Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região de contato entre as peças que estão sendo unidas, de ligações químicas de natureza similar às atuantes no interior dos próprios materiais." UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1. INTRODUÇÃO AWS – American Welding Society “É a técnica de reunir duas ou mais partes constitutivas de um todo, assegurando entre elas a continuidade geométrica, as características mecânicas, metalúrgicas e químicas do material.” 1.1.DEFINIÇÕES USUAIS (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO Idealmente, a soldagem ocorre pela aproximação das superfícies das peças a uma distância suficientemente curta para a criação de ligações químicas entre os seus átomos. Este efeito pode ser observado, por exemplo, quando dois pedaços de gelo são colocados em contato. Porque não acontece a solda ? UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO Partículas de poeira ionizadas Gordura Umidade Óxido Metal Gás absorvido Metal + Óxido A criação de ligações químicas entre os seus átomos é dificultada pela: - rugosidade microscópica, - camadas de óxido, - umidade, - gordura, - poeira e - outros contaminantes existentes em toda superfície metálica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO Esta dificuldade é superada de duas formas principais: - Deformar as superfícies em contato e - Aquecer localmente a região a ser soldada até a sua fusão. Assim, os diferentes processos de soldagem podem ser agrupados em dois grandes grupos baseando-se no método dominante de se produzir a solda: - processos de soldagem por PRESSÃO (ou por deformação) - processos de soldagem por FUSÃO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO - processos de soldagem por pressão (ou por deformação) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO - processos de soldagem por fusão. Soldagem por resistência a ponto (a) e costura (b). (I - corrente de soldagem). Soldagem manual a arco. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.2. Formação da Junta Soldada 1. INTRODUÇÃO - processos de soldagem por fusão. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1.3. Vantagens e Desvantagens de Uniões Soldadas VANTAGENS DESVANTAGENS 1. Juntas de integridade e eficiência elevadas; 2. *Maior resistência e menor peso (maior seção); 3. Grande variedade de processos; 4. Aplicável a diversos materiais; 5. Operação manual ou automática; 6. Pode ser altamente portátil; 7. *Juntas contínuas e estanques (isentas de vazamentos); 8. Custo, em geral, razoável; 9. *Junta não apresenta problemas de perda de aperto. 1. Não pode ser desmontada – PERMANENTE; 2. Pode afetar microestrutura e propriedades das partes; 3. Pode causar distorções e tensões residuais; 4. Requer considerável habilidade do operador; 5. Pode exigir operações auxiliares de elevado custo e duração; (ex.: tratamentos térmicos) 6. Estrutura resultante é monolítica e pode ser sensível a falha total. 1. INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 1. INTRODUÇÃO 1.4. O ESTUDO DE SOLDAGEM SE DIVIDE BASICAMENTE, EM 3 TÓPICOS: A) Processo de Soldagem; B) Tecnologia de Soldagem; C) Dimensionamento e Projeto de Peças e Estruturas Soldadas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas A) Processos de Soldagem (Existem cerca de 50 processos catalogados pela AWS.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas B) Tecnologia de Soldagem Envolve o estudo dos aspectos metalúrgicos, físicos e químicos da solda. Estudos envolvendo a tecnologia, em conjunto com os processos de soldagem, permitem a especificação da união soldada mais adequada e com as propriedades mecânicas e físicas desejadas. C) Dimensionamento e Projeto de Peças e Estruturas Soldadas UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M áq u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. NOMENCLATURA e SIMBOLOGIA metal de base solda ZTA Esquema da seção transversal de uma solda de topo por fusão Seção transversal de uma solda de topo por fusão UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. NOMENCLATURA e SIMBOLOGIA Face do filete Raiz da solda G a r g a n t a C o n v e x i d a d e Perna do filete Perna do filete Face da solda P e n e t r a ç ã o R e f o r ç o Largura do cordão Raiz da solda Nomenclatura de algumas regiões de soldas de topo e filete. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. NOMENCLATURA e SIMBOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. NOMENCLATURA e SIMBOLOGIA - Exemplos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. NOMENCLATURA e SIMBOLOGIA - Exemplos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 3. TIPOS DE JUNTAS SOLDADAS 60 a 80o Junta de Topo com flange Junta de Topo reta (a) (b) Junta de Topo em "V" (a) e duplo "V" (b) (a) (b) Junta de Topo em "U" (a) e duplo "U" (b) Junta sobreposta Junta de canto Juntas em "T" UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 3. TIPOS DE JUNTAS SOLDADAS 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO (cont.) Tabela 1 - Preparação recomendada para juntas de topo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 5. Momento de Inércia Filete de solda Área da garganta Localização do CG Segundo momento polar de inércia unitário UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas Filete de solda Área da garganta Localização do CG Segundo momento polar de inércia unitário 5. Momento de Inércia (cont.) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 6. Fadiga em Juntas Soldadas Se = ka x kb x kc x kd x ke x kf x ... x Se’ Se’ = 0.5 x Sut * 1 kf ke = Acabamento Superficial = fundido ou forjado dimensão característica = perna da solda (h) Idem UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas TIPO DE SOLDA kf* Solda de topo reforçada 1.2 Ponta de solda de filete transversal 1.5 Extremidade de solda paralela 2.7 Solda de topo em “T” com cantos aguçados 2.0 Tabela 9.5 – pág. 461 Fatores de Concentração de Tensões de Fadiga – kf* UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas Tabela 9.4 – pág. 461 Tensões permitidas para o metal de solda e coeficientes de segurança CS* UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamentode Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 7. EXERCÍCIOS 1. A tensão de cisalhamento admissível da solda mostrada abaixo é 140 MPa. Determine a força F que causaria a ruptura. 6 F 60 100 5 0 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 2. Determine a tensão máxima atuante no filete de solda do elemento de máquina mostrado abaixo. 8 8000 N 400 5 0 30 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 3. A figura abaixo mostra elementos de uma estrutura unidos por solda. Para um carregamento de 50 kN, determine: a) a tensão máxima atuante no filete de solda; b) a tensão admissível da solda; c) o eletrodo mais adequado. 50 kN 2006 6 100 56 190 y x 6 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 4. Para a estrutura soldada mostrada na figura abaixo determine os fatores de segurança utilizados nos seguintes casos: a) Carga estática, F = 5000 N; b) Carga variável e repetida, 0 < F < 5000 N. 5 k N 8 10 y x 6 60 2 5 14 1 4 30° UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 5. Determine a perna (h) mínima do filete de solda do elemento de máquina mostrado abaixo, sabendo que a carga F vale 10 kN e que sua tensão admissível é 660 MPa. F 400 4 0 10 50 60° h UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica E l e m e n t o s d e M á q u i n a s I – U n i õ e s S o l d a d a s Uniões Soldadas 6. Calcular o coeficiente de segurança utilizado no filete de solda do elemento de máquina mostrado abaixo. DADOS: - tensão admissível: 350 MPa. - cargas: F1 = 10 kN F2 = 40 kN 6 F 120 8 0 60 F 1 2
Compartilhar