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Instituto Ricardo Brennand

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1 
 
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E OS ESPAÇOS NÃO 
ESCOLARES 
INSTITUTO RICARDO BRENNAND 
Acadêmicos 
Ironildo Ramos dos Santos 
Maria dos Santos Carneiro de Oliveira 
 
Profª Elisângela de Melo Nunes 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso Licenciatura em História (HID0329) 
12/06/2015 
 
Resumo: 
Este trabalho tem como finalidade mostrar o museu e sua variação com o passar do tempo, 
sua história, sua finalidade como espaço educacional e sua interação com as escolas. Como 
espaço educacional mostraremos a estrutura do Instituto Ricardo Brennand. Nossa pesquisa 
vem mostrar a visão de Ricardo Brennand para idealizar o início desta grande obra 
educacional, sua Ação Educacional, as atividades educacionais como o Núcleo de Formação e 
o Núcleo Pedagógico, sua Pinacoteca, Biblioteca Galeria e o Castelo de São João da Várzea, 
além dos projetos Pequeno no Museu e Museu e Escola Compartilhando Conhecimentos e das 
Manhãs Culturais no IRB e o Laboratório de Resposta Poética, em sua estrutura o Instituto 
oferece formação continuada para professores de escolas públicas e particulares, alinhada aos 
projetos que atendem as diversas escolas. Considerando que a existência do Instituto Ricardo 
Brennand é de suma importância para o meio escolar e o público em geral, trazendo estes ao 
convívio direto com o conhecimento da arte e da historia através dos museus. 
 Palavras-chave: Museu; Espaço Educacional; Escola; Instituto Ricardo Brennand 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Museus são espaços onde podemos buscar o passado, testemunhar tudo aquilo que 
um dia existiu, onde se conserva a memória de lugares, países e povos, estes espaços nos 
transportam através do tempo. Quando estamos em um museu refletimos sobre objetos, 
esculturas, pinturas, obras religiosas e outras que nos faz pensar no presente o que acontecera 
no passado. Dentro destes espaços comparamos vestimentas da antiguidade com as atuais, dos 
meios de transportes, das armas usadas, de como eram as comunicações, métodos de governo, 
das alimentações e muito mais. 
 Neste trabalho buscamos mostrar o Instituto Ricardo Brennand, localizado em 
Recife, onde podemos encontrar um grande acervo de arte e história, o qual faz parte da 
2 
 
coleção do empresário ceramista pernambucano Ricardo Coimbra de Almeida Brennand, 
fundado no ano de 2002. 
 Escolhemos este espaço histórico-cultural por sua beleza arquitetônica, pelo que ele 
tem de expor no seu interior, alem de trazer seus visitantes para dentro de uma realidade 
visual do que foi o passado, não um passado com conceito arcaico e sim de auxilio à 
modernidade contemporânea. Mais é que o verdadeiro museu não ensina a repetir o passado, 
porém a tirar dele tudo o quanto ele nos dá dinamicamente para avançar em cultura dentro de 
nós, e em transformação dentro do progresso social. ANDRADE (apud LOURENÇO, 2002). 
Foi assim que decidimos mostrar sua estrutura e o seu valor como espaço de educação 
escolar. 
 
2. A HISTÓRIA DO MUSEU 
 A palavra museu está relacionada ao termo mouseion, ou “casa das musas” que tem 
sua origem na Grécia antiga. O mouseion era considerado templo e também instituição de 
pesquisa voltada para o saber contemplativo e filosófico (SUANO, 1986). 
 Um segundo relato a respeito da existência de instituições denominadas mouseion é 
proveniente da Alexandria, no século II a.C., que tinha como ênfase o saber enciclopédico 
(SUANO 1986). 
 O termo foi pouco usado durante a Idade Média, reaparecendo por volta do século 
XV, quando o colecionismo tornou-se moda em toda Europa. Nesse período, o homem vivia 
uma verdadeira revolução do olhar, resultado do espírito científico e humanista do 
renascimento e da expansão marítima, que revelou à Europa um novo mundo (JULIÃO, 
2002). 
 No século XIX, foi então consolidado o museu tal como conhecemos hoje e neste 
mesmo século foram criados diversos museus na Europa. Todos concebidos dentro do 
“espírito nacional”, que tinha a ambição pedagógica de “formar o cidadão” através do 
conhecimento do passado (JULIÃO, 2002, p.21). 
2.1 MUSEUS NO BRASIL 
 Os primeiros museus no Brasil surgem também no século XIX, como por exemplo, o 
Museu Real que foi criado em 1818, por D. João VI. Os museus desta época tinham 
3 
 
características enciclopédicas e se voltavam para a pesquisa em ciências naturais. A ênfase 
dada ao nacionalismo só ocorreu no Brasil a partir da criação do Museu Histórico Nacional 
em 1922, que rompeu com a tradição enciclopédica e inaugurou um modelo de museu voltado 
para a história, para a pátria e para a nação (SANTOS, apud JULIÃO, 2002, p.23). 
 As temáticas nacionalistas, no entanto, causaram, com o passar do tempo, fadiga aos 
visitantes e no final do século XX, os museus entram numa crise de identidade. Começaram, 
então, a repensar sua função social e formas de nela atuar, pois: 
No século XX, sem função de retratar a escalada da burguesia e de representar o 
mito da “civilização” por ela criado, o museu estagnou. A instituição e seu conteúdo 
não respondiam mais as necessidades e inquietações da sociedade pós-revolução 
industrial (SUANO. 1986. p.50). 
 
No Brasil a criação do Museu de Folclore¹ em 1968 marca a inserção da cultura do 
popular nos museus. Na década de 80, os museus brasileiros implantaram serviços 
educacionais, passaram por diversas modificações estruturais e inseriram os grupos étnicos e 
sociais nos discursos e práticas museológicas. Estes grupos passaram a ser vistos como 
produtores de cultura, sujeitos da história, que também têm o direito à memória, mas 
principalmente como um instrumento de luta e afirmação de identidade étnica e cultural 
(JULIÃO, 2002; ORIÁ, 1998). 
3. RELAÇÃO MUSEU E ESCOLA 
 Uma das etapas do papel educativo dos museus segundo Allard e Boucher (1991) é 
caracterizada pela chegada dos grupos escolares aos museus. A partir de 1960, motivados 
principalmente pelo movimento da Nova Museologia, verifica-se um importante 
desenvolvimento dos programas educativos, principalmente aqueles voltados aos grupos 
escolares. 
É a partir principalmente do século XX, que essa relação irá de desenvolver com 
mais força, com a entrada maciça de grupos escolares de todas as faixas etárias em todos os 
tipos de museus. Dessa forma, diversos tipos de relação, cooperação e parceria podem 
desenvolver-se entre museu e escola (ALLARD; BOUCHER, 1991). 
 
¹O Museu de Folclore Edison Carneiro, criado em 1998, é parte integrante do Centro Nacional de Folclore e cultura popular 
(CNFCP), uma instituição pública federal surgida a partir da mobilização de intelectuais e folcloristas e herdeira da Campanha de Defesa do 
Folclore Brasileiro. 
4 
 
Allard et al (1996), aponta diferenças sintetizadas entre escola e museu no quadro 
abaixo: 
ESCOLA MUSEU 
Objeto: Instruir e educar. Objeto: recolher, conservar, 
estudar e expor. 
Cliente cativo e estável. Cliente livre e passageiro. 
Cliente estruturado em função da idade ou 
da formação. 
Todos os grupos de idade sem 
distinção de formação. 
Possui um programa que lhe é imposto, 
pode fazer diferentes interpretações, mas é 
fiel a ele. 
Possui exposições próprias ou 
itinerantes e realiza suas atividades 
pedagógicas em função de 
pequenos grupos. 
Concebida para atividades em grupos 
(classe). 
Concebido para atividades 
geralmente individuais ou de 
pequenos grupos. 
Tempo: 1 ano. Tempo: 1h ou 2h 
Atividade fundada no livro e na palavra. Atividade fundada no objeto. 
 
 Mesmo sendo este um quadro sintético que certamente deixa escapar elementos 
pertencentes à complexidade estrutural dessas instituições, é possível perceber que museu e 
escola são universosparticulares, onde as relações sociais se processam de forma 
diferenciada, cada um com uma lógica própria. Desta forma então, é fundamental numa 
análise que procura estabelecer relações entre o museu e a escola, evidenciar as diferenças 
entre esses espaços. 
 Em muitos casos as instituições culturais que se preocupam com a educação buscam 
na escola os referenciais para o desenvolvimento de suas atividades. No entanto, cada uma 
dessas instituições possui uma lógica própria. Os museus também são espaços com uma 
cultura própria e, neste sentido, espera-se que ele ofereça ao público uma forma de interação 
com o conhecimento diferenciado da escola (VAN-PRAET; POUCET, 1992). 
 A interligação entre museu e escola aproxima o aluno de uma realidade visual 
daquilo que é aprendido nas salas de aula, trazendo mais conhecimento. Há de se elaborar 
5 
 
projetos entre as escolas e os museus, pois as visitações por parte de entidades escolares trará 
nesta interligação uma ação positiva no que diz respeito ao aprendizado. 
 Podemos acrescentar a questão das leituras de obras como mais um ponto importante 
e benéfico na relação museu-escola, pois através do confronto com o objeto o visitante aprecia 
a obra e realiza sua leitura. Através do debate a respeito de suas impressões surge a 
oportunidade para a prática de argumentação. Dessa forma o museu desafia também a 
repensar e descobrir o novo, proporcionando uma experiência diferente e muitas vezes difícil 
de ser realizada na escola devido a falta de material, de espaço físico, etc. (MARANDINO, 
2001). 
Para Cazelli (1998), a ação educativa em museus através de uma pratica pedagógica 
faz do museu: 
Um espaço mais concreto que o livro didático; estimulador de questionamentos e 
saber; complementador da aprendizagem; comprovador do que é visto teoricamente 
na escola; desestruturador pela presença do objeto; libertador e vivo; facilitador de 
vivências, de construção e de interatividade (CAZELLI, 1998. p.9). 
 
4. VISÃO DE BRENNAND, O INÍCIO DE TUDO. 
 Na década de 1940, Ricardo Brennand, com seus 13 anos de idade, começou sua 
coleção de armas brancas, conseguindo após dez anos um dos maiores acervos privados deste 
tipo de arma no mundo. Na década 1990, após vender parte de suas fábricas de cerâmicas, 
Brennand decide investir na criação de uma fundação cultural voltada para preservação e 
exposição de seu acervo. Antes mesmo da inauguração do Instituto, Brennand começa a 
adquirir obras de arte e objetos relacionados com a história do Brasil, com ênfase a ocupação 
holandesa no Nordeste, destacando-se pinturas de Frans Post, além de retratos com paisagens, 
mapas, tapeçarias, moedas, documentos e outros objetos referente àquela ocupação. 
4.1 O INSTITUTO RICARDO BRENNAND 
 A Assistente de Coordenação do Setor Educativo do Instituto, a qual é licenciada em 
artes, nos disse que: 
“O Instituto Ricardo Brennand é uma instituição sem fins lucrativos; criada em 
2001, e aberto ao público em 12 de Setembro de 2002, com a exposição 
internacional Albert Eckhout Volta ao Brasil – 1637/2002, inaugurando dessa forma 
o complexo cultural que hoje é formado por: Pinacoteca, Biblioteca, Museu Castelo 
São João da Várzea e a Galeria.” (Assistente Ruth). 
6 
 
 A Pinacoteca é um espaço que abriga exposições, de caráter permanente, da Coleção 
do Instituto Ricardo Brenannd. A Biblioteca é o espaço de pesquisa com agendamento prévio, 
sendo considerado um dos centros de referência sobre o Brasil Holandês no século XVII, 
possuindo cerca de 60 mil itens. Museu Castelo São João, construído em 1997 para guarda 
das armas e armaduras da Coleção de Ricardo Brenannd e a Galeria foi construída para 
exposições de curta duração e para locação de eventos, foi inaugurada em 05 de julho de 
2011, com a exposição, A Beleza na Escultura de Michelangelo. 
Foto 1- Acervo de armas branca, Castelo São João, Instituto Brenannd 
 
 
Fonte: Elaborada pelo Autor 
 
5. AÇÃO EDUCACIONAL DO INSTITUTO RICARDO BRENNAND 
 Foi criada em 2002 em virtude da realização da exposição Albert Eckhout volta ao 
Brasil: 1640-2002, e desde então vem desenvolvendo programas educativos para escolas da 
educação Infantil ao Ensino Médio das redes públicas e particulares de Pernambuco; 
atividades culturais, ciclos de debates, cursos e encontros que visam a formação de públicos 
diversos por meio da educação do olhar – nunca a questão do olhar esteve tão no centro do 
debate da cultura e da sociedade contemporânea – para o desenvolvimento da percepção 
visual, da sensibilização para a arte e para os objetos da cultura e para a ampliação do 
universo cultural dos visitantes. 
 
7 
 
Foto 2 – Vista de um dos castelos do (IRB), ao lado replica de Davi de Michelangelo. 
 
 Fonte: Elaborada pelo Autor 
 Quando perguntado a Assistente de Coordenação do Setor Educativo do Instituto. 
Qual a relação do IRB com as escolas públicas do Recife foi respondido que: 
“A Ação Educativa do Instituto Ricardo Brennand foi criado em 2002 [...] e desde 
então vem desenvolvendo programas para instituições de educação formal e não 
formal públicas e particulares [...] através de atividades como: projetos, oficinas e 
encontros que visam a formação de um público visitante por meio da educação do 
olhar, desenvolvendo a percepção visual, a sensibilização para a arte e a ampliação 
do universo cultural dos sujeitos fruidores; além de visar a educação patrimonial 
através de trabalhos com os objetos presentes no nosso acervo, dando o sentimento 
de pertencimento sobre a história e a cultura desses objetos aos visitantes.” 
(Assistente Ruth). 
 Analisamos e chegamos à conclusão que a Ação Educativa do IRB combina com as 
afirmações que foram escritas por estudiosos da área como: Allard (1998), Grispum (2000), 
Almeida (1997). Estes autores, entre tantos outros, defendem a ação educativa dentro de 
museus como sendo uma ação que amplia as possibilidades de aprendizado e 
desenvolvimento, aproveitando pedagogicamente os acervos, a fim de que o visitante acentue 
seu espírito critico em relação à sua realidade e daqueles que estão a sua volta (ALLARD, 
1994; ALMEIDA, 1997). 
5.1 ATIVIDADES PEDAGOGICAS DO IRB 
 O IRB em sua Ação Educativa se divide em dois Núcleos, um de Formação que estar 
direcionado para oferecer atividades ao público, quando são oferecidas palestras e cursos e o 
Núcleo de Pedagogia, este estar diretamente focado nas atividades escolares, tendo como 
8 
 
exemplo de projetos nesta área, Pequeno no Museu e Museu e Escola Compartilhando 
Conhecimentos, estes projetos são direcionados a formação continuada de professores, já para 
os alunos visitantes desenvolvem-se os projetos Manhãs Culturais no IRB e o Laboratório de 
Resposta Poética. 
 Estes projetos são de grande importância, podemos observar que o IRB estar na meta 
educacional os quais estudiosos no assunto distinguem como sendo necessário para uma 
maior aproximação do museu com as escolas e a formação de professores, possibilitando 
desfrutar dos recursos educacionais que o museu possui. Neste sentido confirma Almeida 
(1997, p.55): 
As relações entre instituições de ensino formal, e de ensino não formal, como os 
museus, podem ser muito proveitosas, caso seus profissionais de educação 
(professores e educadores de museus) estabeleçam canais de comunicação para troca 
de programas de ação educacional. 
 Reforçando a idéia acima, Grispum (1998, p.62) diz que: 
Os professores que não são especialistas, principalmente os de Educação Infantil e 
Ensino Fundamental, buscam este tipo de curso não apenas para ajudá-los em sala 
de aula, mas porque necessitam ampliar seus conhecimentos em áreas de difícil 
acesso nos espaçosescolares. 
 No que se diz respeito à atuação do IRB perante o público escolar, podemos observar 
que há uma preocupação da entidade em manter um relacionamento próximo entre ela e a 
escola, assim sendo, espera-se que as escolas tenham reciprocidade nesta investida do IRB, no 
que se diz respeito à participação de professores e alunos. 
Diz (FREIRE, 1992, p. 121). 
Caberá a cada instituição intensificar seus argumentos e investir no tempo de 
conversar. Se o museu tem sua proposta de atuação educativa que trate de mostrá-la 
mais claramente e, sobretudo, com alguma compreensão do universo deste público 
peculiar que é a escola. Ao fazê-lo, o museu terá, necessariamente, que discutir a si 
mesmo, que revelar a sua própria mágica e o fazer que esteja contido entre seus 
muros. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O museu como palco educacional, mesmo tendo ao longo da história uma grade de 
ações para fazê-lo atraente, ainda estar longe de ser um espaço frequentado com mais 
entusiasmo, pois ainda é pouco divulgado e apreciado, o que torna durável o desafio de trazê-
lo ao gosto do público. O que o faria atraente? Divulgarmos seus acervos através de mídias 
9 
 
televisivas e pela internet, sendo assim o público em geral tomaria conhecimento de tudo que 
se pode ver e apreciar dentro destes espaços. Os órgãos governamentais poderiam fazer 
amostras de peças e seus respectivos museus em intervalos de programas nas televisões, com 
mais atuação perante a sociedade e mostrando a importância do museu como ampliações do 
espaço escolar, trariam este público alvo para dentro dos museus. 
 Para o público que já frequenta o museu, temos que possuir nestes espaços uma 
equipe com formação acadêmica que tenha conhecimentos pedagógicos, em artes, história e 
museologia, a fim de proporcionar uma intensidade de aprendizagem para um melhor 
conhecimento. Acreditamos que assim chegaremos à melhoria do principal, no nosso ponto de 
vista, que é o museu como extensão do espaço escolar. Lembrando sempre que para ser 
educativo, o museu precisa ser espaço de cultura e não um museu educativo (SANTOS, 
1997). 
 Diante do exposto, consideramos que o Instituto Ricardo Brennand é de suma 
importância na aproximação da escola com o museu, as propostas estabelecidas pela Ação 
Educativa torna-se um elo entre o instituto, a escola e o público. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
LOURENÇO, Maria Cecília França. Museu à Grande. In: Revista do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional. nº 30. Brasília, DF. IPHA/MINC, 2002. 
 
SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Brasiliense, p.101, 1986. 
 
JULIÃO, Letícia. Apontamentos sobre a história do Museu. Formato PDF. Disponível em: 
http://www.museus.gov.br. Acesso em 02/04/2015. 
 
ORIÁ, Ricardo. Memória e ensino de história. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: 
Contexto. 1998. P.128-148. 
 
ALLARD, Michel: BOUCHER, Suzanne. O Museu e a Escola. Québec: Hurtubise HMH, 
1991. 
ALMEIDA, Adriana Mortara. Desafios da relação museu-escola. In: Revista Comunicação 
& Educação. São Paulo: ECA/USP. Ano III, nº 10, P.50-56 
VAN-PRAET, M. e POUCET, B. Lês Musées, Lieux de Contre-Éducation et de 
Partenariat Avec L École, in Education & Pédagogies dés élèves au musée, no. 16, Centre 
International D Études Pédagogiques, 1992. 
10 
 
CHRISTINE, Michele. Blog: Bouquet de cravos & Conchavos. Instituto Ricardo Brennand 
(IBR)-Recife. Disponível em: https://michelechristine.wordpress.com. Acesso em 
08/04/2015. 
INSTITUTO RICARDO BRENNAND. Ação Educativa do Instituto Ricardo Brennand. 
Disponível em: http://www.intitutoricardobrennand.org.br. Acesso em 09/04/2015. 
 
MARANDINO, Marta. Museu e Escola. Parceiros na educação cientifica do cidadão. 
Petrópolis 2000. 
______ Interfaces na Relação Museu-escola: Trabalho acadêmico. USP, São Paulo-SP. 
2000. P.87e88. 
GRISPUM, Denise. A formação do educador e o museu. In: Pátio: revista pedagógica. 
Porto Alegre: Artes Médicas, ano I, nº.4, fev/abr. 1998. 
FREIRE, Beatriz. Encontro Museu/escola: o que se diz e o que se faz. Dissertação de 
mestrado, Rio de Janeiro: PUC, 1992. 
SANTOS, Magaly de Oliveira Cabral. Lições de Coisas ou Canteiro de Obras: através da 
metodologia baseada na Educação Patrimonial. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: 
PUC, 1997

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