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Calacarus heveae

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA
ZOOLOGIA DE ECDYSOZOA E DEUTEROSTOMIA BASAIS
“Revisão Bibliográfica sobre Ácaros”
Vinícius Santos dos Reis 
ILHA SOLTEIRA SP
Graduação em Ciências Biológicas
SETEMBRO DE 2015
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O Calacarus heveae.
Os Ácaros estão dentro do Reino Animal, no Filo Arthropoda, no Sub filo Chelicerata, na Classe Arachnida e na Subclasse Acari.
Os Chelicerados possuem corpo “dividido em dois tagmas, o cefalotórax e o abdome. O cefalotórax, ou prossoma, consiste no ácron mais sete segmentos e possui seis pares de apêndices. É formado no embrião por meio da fusão da cabeça (com olhos e quelíceras) e do tórax (com pedipalpos e pernas locomotoras). Os apêndices do primeiro segmento cefálotorácico foram perdidos.[...] o abdome é dividido em um pré-abdome anterior(mesossoma) com sete segmentos e um pós abdome posterior(metassoma) com cinco segmentos e um télson terminal, ou ferrão.” (RUPERT, FOX & BARNES)
Dentro de Chelicerados, os ácaros se encontram dentro da Classe Arachnida que está na subclasse Acari. “Os Acari são um táxon de aracnídeos enormemente diverso, que contém cerca de 40.000 espécies e carraptos, com estimativas conservadoras de em torno de um milhão de espécies a seres descobertas[...] Os ácaros estão entre os menores aracnídeos e alcançaram um grande sucesso evolutivo explorando nichos disponíveis para pequenos artrópodes. A maioria dos adultos tem de 0,25 a 0,75 mm de comprimento, embora muitos sejam maiores e algumas espécies sejam tão pequenas como 0,1 mm.” (RUPERT, FOX & BARNES)
Os “Ácaros são organismos usualmente pequenos, que habitam os mais diferentes ambientes. Correspondem ao segundo maior grupo de artrópodes, depois dos insetos.” (Moraes &Flechtmann, Manual de Acarologia,2008 p.11) e que “na poeira de um saco de aspirador pode-se encontrar 1,5 milhão de ácaros”(TEIXEIRA, Luzimar, Curiosidades e informações sobre os ácaros, <http://alergoshop.blogspot.com.br/2011/03/curiosidades-e-informacoes-sobre-os.html>, acessado em 14/09/2015)
As nutrição dos ácaros possui uma “diversidade e uma especialização das dietas e dos hábitos alimentares. Embora alguns ingiram partículas de alimento, a maioria ingere líquidos e, mesmo quando se alimentam de comida sólida, inicialmente ocorre uma digestão externa e uma liquefação. Os carnívoros que vivem no solo e no húmus alimentam-se de nematódeos e pequenos artrópodes, incluindo ovos, larvas de insetos e outros ácaros.”. E que “5 gramas de pele alimentam 100.000 ácaros”(TEIXEIRA, Luzimar, Curiosidades e informações sobre os ácaros, <http://alergoshop.blogspot.com.br/2011/03/curiosidades-e-informacoes-sobre-os.html>, acessado em 14/09/2015).
Os Ácaros de vida livre estão presente abundantemente em plantações, musgos, folhas e no humus, alguns acarólogos afirmas que os ácaros são um grupo polifilético com vários ancestrais aracnídeos , incluindo opiliões e ricinúleos, mas muitos acarólogos afirmam que o grupo é Monofilético e a divisão do corpo em dois tagmas exclusivos, gnatossoma e idiossoma, é uma autapomorfia que os distingue dos outros aracnídeos (RUPERT, FOX & BARNES).
- O Calacarus hevae se encontra dentro da Superfamília dos Eriophyoidea que estão no Clado Prostigmata.
Eriophyoidea: Genéricamente chamados de microácaros. Ovo geralmente esférico, elíptico ou lentiforme, dificil de ser visualizado por ser translúcido com 20-60 micrômetros de diâmetros, grande quando comparado ao tamanho da fêmea ou com a largura da abertura genital feminina. Larvas e estágios subsequentes com apenas dois pares de pernas, situadas anteriormente. Usualmente larva e protoninfa são morfologicamente indistintas, exceto pelo tamanho maior da protoninfa. 	Os estágios pós-embrionários desses ácaros são alongados, vermiformes ou fusiformes, e com tegumento anelado transversalmente; as anelações podem ser providas de microtubérculos. Estágios pós-embrionários geralmente amarelados ou colorações marrom-claro. Eles possuem peças bucais adaptadas para a perfuração de tecido vegetal, compreendendo um complexo de sete a nove estiletes. A inserção dos estiletes nos tecidos vegetais também é facilitada pela fixação da parte posterior do corpo ao substrato, com ação de uma ventosa anal. (MORAES & FLECHTMANN)
Calacarus heveae: Essa espécie possui um alto grau de especialização morfológica e biológica permite aos microácaros viver em lugares bastante confinados, como nas bainhas das folhas, gemas, brotos terminais, eríneos, galhas, bem como na superfície exposta das plantas. Ciclo Biológico: São haplo-diplóides, os machos sendo produzidos por partenogênese arrenótoca e as fêmeas através de reprodução sexuada.Partenogênese telítoca ainda não foi constatada nestes ácaros (Norton et al, 1993). Os microácaros passam pelo estágio de ovo, larva, ninfa e adulto. Ao ser depositado, o ovo “flui” como um líquido, ficando bastante estreito ao passar pela abertura genital para, em seguida, adquirir formatos diferentes sobre o substrato, enrijecendo-se o córion em se enrijece e essas fêmeas não são mais capazes de efetuar a postura. Casos de emergência de larvas no interior da fêmea(ovoviviparidade, viviparidade) foram discutidos por Návia et al. (2005). Apesar do seu tamanho bastante reduzido dos microácaros, seu período de desenvolvimento é aproximadamente o mesmo relatado para os tetraniquídeos (uma a duas semanas), por outro lado, os adultos parecem ter longevidade menor que aqueles(uma a três semanas). A fecundidade média parece ser geralmente reduzida, de dez a 20 ovos por fêmeas. Habitat: Nas espécies de seringueiras do Centro-oeste e Sudeste do Brasil. Importância: Ele parasita as seringueiras portanto: Os estiletes quelicerais, na maioria das espécies, alcançam nas plantas apenas as células epidérmicas. Observa-se uma grande variação dentre os microácaros em relação aos órgãos vegetais que preferencialmente atacam. Enquanto algumas espécies vivem expostos sobre ambas as superfícies das folhas, causando, quando muito, apenas danos mecânicos, outras vivem protegidas em determinadas estruturas naturais das plantas ou em estruturas formadas pela planta em resposta à injeção de substâncias produzidas pelo microácaro. A maior parte desses ácaros não causa alterações ou danos aparentes em suas plantas hospedeiras, sendo necessário, para sua detecção, examinar as várias partes aéreas da planta. Também podem ocorrer deformações na morfologia das plantas em decorrência da injeção de substâncias, como por exemplo: Deformação de órgãos vegetais: Deformação do órgão atacado, sem produção de estruturas novas ou anormais. Pústulas: Ocorrem em pereiras. Os microacaros penetram na folha através da abertura dos estômatos e induzem o crescimento anormal das células do mesofilo. Enrolamento do bordo foliar: Pode ser restrito a pequenos setores do bordo das folhas ou afetar toda a sua margem. Galhas: De início, o crescimento normal e a diferenciação do órgão afetado são localmente inibidos. Posteriormente, o desenvolvimento do tecido adjacente do tecido adjacente, formando a galha. Malformação das gemas: A Ação de microácaros impedem o desenvolvimento das folhas jovens. . (MORAES & FLECHTMANN)
Condições de vida do C. Hevae: “Posteriormente, verificou-se que a colônia só podia ser mantida adequadamente após se promover o aumento da umidade relativa, cobrindo-se quase que totalmente a bandeja que continha as unidades de criação com uma placa de vidro. Outro desafio foi o reconhecimento do ovo de C. heveae que, por ser bastante achatado e relativamente grande em relação ao tamanho da fêmea, passou despercebido nas observações iniciais.” (FERLA & MORAES, Ciclo biológico de Calacarus heveae Feres, 1992 (Acari, Eriophyidae), <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262003000300006>, acessado em 14/09/2015)
Monitoramento do C. Hevae: “Tendo em vista o manejo integrado de C. heveae na cultura da seringueira, o conhecimento da distribuiçãoespacial da espécie na área é importante para fornecer critérios adequados de monitoramento (MARTIN apud FERLA et al., 2007). Existem três tipos de distribuição espacial de pragas nas lavouras: reboleira (agregada ou contagiosa), regular (uniforme) e ao acaso (aleatória). Tais distribuições, em nível de estatística, são denominadas Binomial Negativa, Binomial Positiva e Poisson (MARTIN apud PERECIN; BARBOSA, 1992).”(MARTIN ET ALL, Distribuição espacial de Calacarus Heveae feres na cultura da seringueira em Marinópolis - São Paulo, <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010067622012000200002&script=sci_arttex>, acessado em 14/09/2015) 
Resistência ao C. Hevae: “Nos experimentos realizados, foram selecionadas oito progênies com potencial para conferir resistência às duas espécies estudadas. A FRP/12110 foi classificada como resistente por não preferência e/ ou antibiose aos dois ácaros, devido às baixas infestações registradas nos dois períodos estudados. FRP/924 e FRP/1611 apresentaram resistência por não preferência e/ou antibiose ao ácaro T. heveae e tolerância ao ácaro C. heveae. O inverso foi registrado para FRP/832 e FRP/3511, que foram tolerantes ao ácaro vermelho. Por último, as progênies FRP/2821, FRP/3012 e FRP/3523 apresentaram tolerância às duas espécies acarinas.” (VIEIRA ET ALL, Progênies de seringueira com potencial para conferir resistência a ácaros (Calacarus heveae Feres e Tenuipalpus heveae Baker), <www.scielo.br/pdf/cr/v39n7/a262cr1176.pdf>,acessado em 14/09/2015)
Referências Bibliográficas: 
RUPPERT, E.E., FOX, R.S. & BARNES, R.D. 2005. Zoologia dos Invertebrados. 7ª ed., Ed. Roca, São Paulo, 1145 p.
MORAES, G.J.M., FLECHTMANN, C.H.W. Manual de Acarologia: Acarologia Básica e Ácaros de Plantas Cultivadas no Brasil.- Ribeirão Preto : Holos, Editora. 2008. P.308.
TEIXEIRA, Luzimar, Curiosidades e informações sobre os ácaros, <http://alergoshop.blogspot.com.br/2011/03/curiosidades-e-informacoes-sobre-os.html>, acessado em 14/09/2015). 
VIEIRA ET ALL, Progênies de seringueira com potencial para conferir resistência a ácaros (Calacarus heveae Feres e Tenuipalpus heveae Baker), <www.scielo.br/pdf/cr/v39n7/a262cr1176.pdf>,acessado em 14/09/2015
MARTIN ET ALL, Distribuição espacial de Calacarus Heveae feres na cultura da seringueira em Marinópolis - São Paulo, <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010067622012000200002&script=sci_arttex>, acessado em 14/09/2015
FERLA & MORAES, Ciclo biológico de Calacarus heveae Feres, 1992 (Acari, Eriophyidae), <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0085-56262003000300006>, acessado em 14/09/2015

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