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Introdução à Economia

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O Problema Econômico Fundamental
. Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.
. A Economia não é uma ciência exata cujas leis ou proposições sejam passíveis de verificação ou de experimentação em laboratórios. Por essa razão, embora os economistas estejam de acordo entre si sobre muitos fatos relativos à ciência, também discordam sobre muitos outros, conforme se perceberá no decorrer desse curso.
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A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHA
As Pessoas necessitam de: Alimentação; Vestuários; Educação, Habitação, etc.. , para isso,
Há Recursos, mas a Renda é insuficiente para satisfazer todas as necessidades.
A sociedade (coletivas) tem necessidades de estradas, justiça, saúde, educação...., o mesmo ocorre individualmente com as pessoas, que também tem mais necessidades que meios para satisfazê-las, logo;
A economia se ocupa das questões relativas a satisfação das necessidades.
Essas necessidades, obriga os indivíduos e a sociedade a se ocuparem de determinadas atividades produtivas, essas atividades, produzem bens e serviços de que necessitam e que, 
 posteriormente esses bens e serviços serão distribuídos para seu consumo entre os membros da sociedade.
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A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHA
Nesse processo de produção e consumo surgem e são solucionados muitos dos problemas de caráter econômico.
PRODUÇÃO - a empresa precisa decidir QUE bens vai produzir; COMO (meios) utilizará para produzir; QUANTO produzirá e para QUEM quer produzir.
CONSUMO - As famílias tem de decidir como vão gastar a renda familiar entre os diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades – TV ou máquina de lavar.
ECONOMIA estuda a forma pela qual os indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e tomam decisões, para que os recursos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir da melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas da sociedade.
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A MICROECONOMIA E A MACROECONOMIA
MICROECONOMIA – estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
MACROECONOMIA – estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como PIB, consumo nacional, exportação, nível geral dos preços etc., com o objetivo de delinear uma política econômica.
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RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO
 Para satisfazer as necessidades humanas é necessário produzir bens ou serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados.
Tradicionalmente, esses recursos se dividem em cinco grandes categorias – 
Terra (recursos naturais),
Trabalho (mão de obra) 
Capital (conjunto de riquezas acumuladas pelas sociedades,
Tecnologia (conhecimentos e habilidades) e
Capacidade Empresarial
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RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO – TRABALHO / POPULAÇÃO
TERRA: não inclui apenas a disponibilidade total de terras potencialmente apropriadas para a agricultura e a produção animal. Mas também o conjunto dos elementos naturais que se encontram por exemplo no: 
SOLO - meio natural para o desenvolvimento dos vegetais
SUBSOLO - lençóis de água, jazimentos minerais, petróleo e gás natural; 
LENÇÓIS DE ÁGUA - propriedades físico-químicas, potabilidade, navegabilidade e fins hidrelétricos;
FAUNA e FLORA – animais vertebrados e invertebrado e a cobertura vegetal do solo
CLIMA – as variações de temperatura que complementam as potencialidades econômicas das demais reservas;
OS RECURSOS EXTRAPLANETÁRIO – O sol, pelas suas irradiações e fontes de energia.
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RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO
O fator trabalho é constituído de uma parcela da população total: a população economicamente mobilizável – que subdivide em:
População economicamente ativa – constitui-se por empregadores, empregados e autônomos. A aptidão e a capacitação para o exercício de atividades produtivas são definidas por parâmetros como herança cultural, grau de instrução e sanidade física e mental.
População economicamente inativa – subconjunto da população economicamente mobilizável, apta para o exercício de atividades produtivas, mas que se encontra inativa ou que se dedica a ocupações que não se consideram para a avaliação do produto agregado (desempregados).
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O FATOR TRABALHO: AS BASES DEMOGRÁFICAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
População não mobilizável economicamente / população economicamente inativa – parcela da população total não mobilizável para o exercício de atividades econômicas. Divide-se em duas porções:
Porção pré-produtiva – Potencialmente mobilizável no futuro, mas situadas em faixas etárias inferiores à de acesso ao trabalho;
Porção pós produtiva- constituída por faixas etárias avançadas, que já deixaram as atividades formais de produção.
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O FATOR CAPITAL: CONCEITO, TIPOLOGIA E PROCESSO DE ACUMULAÇÃO.
O fator CAPITAL compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade; e é com o emprego delas que a população ativa se equipara para o exercício das atividades de produção.
Com o desenvolvimento dos meios de produção, associado às primeiras manifestações de construções infra-estruturais (energia, telecomunicações, transporte, edificações, máquinas e equipamentos, agronegócios), identifica-se claramente com o processo de formação de capital. Desde as mais remotas culturas o homem foi acumulando riquezas destinados à obtenção de novas riquezas.
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O FATOR CAPITAL: CONCEITO, TIPOLOGIA E PROCESSO DE ACUMULAÇÃO
Poupança – fonte financiadora do processo de acumulação.
Fontes de Acumulação de Capital
Internas 
Poupanças das famílias 
Poupanças das empresas
Espontâneas, estimuladas ou compulsórias
Poupança do setor público
Externas
Ingresso líquido de capitais de risco
Ingresso líquido de capitais exigíveis (empréstimos e financiamentos
Transferências unilaterais de governos ou organizações internacionais
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A CAPACIDADE TECNOLÓGICA: ELO DE LIGAÇÃO INTERFATORES
Conceituada como fator de produção, a capacidade tecnológica é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais.
	Trata-se, assim, de um fator de produção que envolve todo o processo produtivo, em todas suas etapas.
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A CAPACIDADE TECNOLÓGICA: ELO DE LIGAÇÃO INTERFATORES
Convencionalmente, as habilidades e conhecimentos que abrangem esse fator de produção são agrupáveis em três categorias:
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – esta categoria é a fonte da capacidade tecnológica. Envolve capacidade para armazenar, processar, interpretar, integrar e fundir conhecimentos técnico-científicos.
Desenvolver e implantar projetos – é a passagem da invenção (traduzem-se pela descoberta de novas formas ou fontes de energia, de novos materiais, de novos processos e de novos produtos) à inovação (referem-se à incorporação das novas descobertas ao fluxo corrente de produção da sociedade.
Capacitação – para operar as atividades de produção propriamente ditas, envolve a capacidade de planejamento e controle da produção à otimização de processos e ao controle da qualidade.
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A CAPACIDADE EMPRESARIAL: 
A Energia Mobilizadora
Ter visão estratégica, orientada para o futuro, capaz de antever novas realidades e seus desdobramentos;
Ter baixa aversão aos riscos inerentes ao ambiente de negócios;
Ter espírito inovador, quebrando paradigmas, abrindo novas fronteiras, propondo novas soluções para satisfazer às ilimitáveis necessidades humanas;
Ter sensibilidade para farejar oportunidades de investimento ou de reunir e processar informações que os levam a descobri-las;
Ter energia
suficiente para implantar projetos de empreendimento, animando tantos investidores quantos sejam necessários para sua execução;
Ter acesso aos quatros fatores de produção (terra, trabalho, capital e tecnologia);
Ter a capacidade para organizar o empreendimento e visão estratégica, orientada para o futuro.
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O SISTEMA DE ECONOMIA DE MERCADO
MERCADO: é toda instituição social na qual bens e serviços, assim como os fatores produtivos, são trocados livremente.
			pagamento monetários pelos produtos
				fluxo monetário
				fluxo de produtos
FAMILIAS					EMPRESAS
. consomem bens e serviços	. Fornecem bens e serviços aos 
finais produzidos pelas		consumidores
empresas.			. Utilizam fatores produtivos for-
. Fornecem fatores produtivos	 necidos pelas famílias.
para as empresas
		fatores produtivo: Capital, terra e trabalho
		fluxo monetário: pagamentos monetários pelos fatores produtivos 	
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OS MERCADOS E O DINHEIRO
FAMÍLIAS: trocam seu trabalho por dinheiro, trocam por bens de consumo.
EMPRESA: vende seus produtos trocando por dinheiro e parte do dinheiro que entra destina-se a pagar os empregados. Assim,
Existem dois tipos de agentes bem diferenciados: os Compradores e os Vendedores – desta forma, criou-se a Lei da Oferta e da Procura.
DEMANDA/PROCURA: a simples análise da realidade nos diz que a quantidade que um indivíduo demandará de um bem, num momento determinado do tempo, dependerá de seu preço.
A demanda do bem X depende de uma série de fatores. Os economistas consideram como mais relevantes os seguintes fatores:
 
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Lei da Oferta e da Procura – Procura/demanda
O Preço do bem X (Px); de fato, esta é a variável mais importante para que o consumidor decida o quanto vai comprar do bem; se o preço for considerado barato, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do que se for considerado caro;
A Renda do Consumidor (Y); embora muitas vezes o consumidor considere atrativo o preço do bem X, ele pode não ter renda suficiente para comprá-lo como, por exemplo, se o bem X for um carro de luxo; por outro lado, se a renda do consumidor aumentar num período de tempo, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do bem X a um determinado nível de preço do que antes.
O Preço de outros bens (Pz); se o consumidor deseja adquirir manteiga por exemplo, ele não olhará somente o preço desta mas também o preço de bens substitutos, tais como a margarina ou requeijão cremoso.
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Lei da Oferta e da Procura – (Demanda)
Os hábitos e gostos dos consumidores (H); esta é uma das variáveis das mais importantes porque, embora o preço do bem X esteja adequado, inclusive comparado ao de bens substitutos e o consumidor possua renda para adquirí-lo, muitas vezes deixa de fazê-lo por não estar habituado ou condicionado ao seu consumo.
Matematicamente, pode-se expressar a demanda do bem X através da seguinte expressão: Dx= f(Px,Y,Pz,H,);
O gráfico da demanda, é uma curva descendente da esquerda para a direita, evidenciando que a quantidade procurada do bem X varia inversamente ao comportamento do seu preço, ou seja, se o preço do bem X aumentar, a sua quantidade demandada diminuirá e se o preço de X diminuir, a quantidade procurada do bem aumentará.
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GRÁFICO DA PROCURA
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Lei da Oferta e da Procura – (Oferta)
A oferta: A quantidade do bem X, por unidade de tempo, que os vendedores desejam oferecer no mercado constitui a oferta do bem X. Similarmente à demanda, a oferta também é influenciada por diversas variáveis, entre elas:
O preço do bem X (Px): para decidir qual será a quantidade a ser oferecida no mercado, sem dúvida em primeiro lugar, os vendedores levarão em consideração o nível de preço do bem X;
O preço dos insumos utilizados na produção (Pi): alterações nos níveis de preço das matérias-primas, dos combustíveis, da energia e de outros insumos terão como consequência alterações na quantidade a ser ofertada no mercado.
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A oferta
Tecnologia (T): inovações tecnológicas que reduzam o custo de produção do bem X ou propiciem sua produção em maiores quantidades ao mesmo custo tornarão sua oferta mais abundante;
Preço de outros bens (Pz): o agricultor , por exemplo, ao considerar quanto produzirá de milho levará em conta não apenas o preço do mesmo mas também o preço de uma cultura alternativa tal como a do feijão; este mesmo fato pode ocorrer também com produtos industriais, quando a fábrica tem a opção de produzir mais de um bem (dois tipos de parafusos ou pneus, por exemplo).
Matematicamente pode se expressar a oferta de um bem X, pela seguinte função: Ox= F(Px,Pi,T,Pz, etc..).
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Lei da Oferta
A oferta do bem X é uma curva ascendente da esquerda para a direita, mostrando que, quanto maior o preço, maior será a quantidade que os produtores desejarão oferecer no mercado.
A oferta do bem X é portanto, uma função direta ou crescente do preço. Os economistas explicam esse formato da curva de oferta com base no comportamento dos custos de produção, supostos crescente no curto prazo.
Da mesma forma como a demanda, a oferta de mercado resulta da somatória das ofertas individuais de cada produtor.
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O Equilíbrio de mercado na concorrência perfeita
O preço de equilíbrio é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos compradores e as quantidades ofertadas pelos vendedores, de tal modo que ambos os grupos fiquem satisfeitos. (gráfico)
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O Equilíbrio de mercado na concorrência perfeita
Suponha-se que o mercado comece trabalhando ao preço de R$ 20,00. A este preço, os vendedores estarão dispostos a oferecer 150 unidades do bem X, porém os compradores só desejam adquirir 60 unidades. A quantidade transacionada no mercado ao preço de R$ 20,00 será portanto, de 60 unidade e haverá um excedente de 90 unidades.
Nesse caso, os vendedores não estarão satisfeitos porque ficaram com um estoque indesejado de 90 unidades. Para livrar-se do excedente, oferecerão o bem X a preços mais baixos, de modo que a tendência que será observada no mercado é a baixa do preço de X. Logo, o mercado não está em equilíbrio, já que o preço está flutuando.
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O equilíbrio de mercado na concorrência perfeita
Ao inverso, suponha-se agora que o mercado iniciou trabalhando ao preço de R$ 10,00. Ocorrerá uma escassez no mercado, já que os compradores desejarão adquirir 170 unidades do bem X, enquanto os vendedores estarão dispostos a oferecer apenas 40 unidades. Os compradores ficarão insatisfeitos e, para adquirir o produto que está escasso no mercado, oferecerão preços maiores pelo mesmo para induzir o produtor a aumentar a oferta. A tendência no mercado será, portanto, a de elevação no preço de X.
Ao preço de R$ 14,00 corresponde à intersecção das duas curvas, ocorrerá o equilíbrio no mercado. Nesse caso, tanto os vendedores como compradores estarão satisfeitos e a tendência do mercado será que o preço de R$ 14,00 e a quantidade de 100 unidades fiquem estáveis, ou seja, em equilíbrio.
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A EMPRESA, A PRODUÇÃO E OS BENEFÍCIOS
Num sistema de economia de mercado, a empresa privada realiza a função produtiva fundamental. A empresa é a unidade de produção por excelência, encarregada de combinar os fatores de produção – trabalho, capital e recursos naturais, para produzir bens e serviços que posteriormente serão vendidos no mercado.
Assim, por exemplo, na produção de um automóvel, tem de empregar grande quantidade de produtos intermediários, como, ferro, vidros, equipamentos eletrônicos, tintas, pneus, etc.
Desse modo, é necessário contratar um grande número de especialistas, tais como: mecânicos, torneiros, soldadores, técnicos em eletricidade, administradores, etc...
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A EMPRESA, A PRODUÇÃO E OS BENEFÍCIOS
Além disso, a empresa precisa de instalações, maquinaria e recursos financeiros. Todos os recursos citados, se juntam segundo um processo produtivo que os engenheiros e técnicos desenham, levando em conta a tecnologia disponível e o resultado
de todo o processo é o automóvel.
A EMPRESA E OS LUCROS
O objetivo principal da empresa em atividade consiste em buscar a maximização dos lucros.
O lucro de uma empresa é a diferença entre as receitas e os custos, durante um período determinado. ( L= R – C)
RECEITAS: são as quantidades em reais que a empresa obtém pela venda de seus bens ou serviços durante um período determinado. É o resultado da multiplicação do número de unidades vendidas pelo preço de venda.
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A EMPRESA, A PRODUÇÃO E OS BENEFÍCIOS
CUSTOS: são os gastos ligados a produção de bens e serviços vendidos durante um período considerado. São devidos aos pagamentos derivados da contratação de mão de obra e dos demais fatores de produção.
A TECNOLOGIA E A EMPRESA – Por tecnologia entende-se o estado de conhecimentos técnicos da sociedade em determinado momento. No caso da empresa, a tecnologia é representada pela função de produção.
A função de produção de uma empresa mostra a quantidade máxima de produto que se pode obter com uma quantidade dada de fatores produtivos , por exemplo: (figura p. 26)
Assim, portanto, a função de produção incorpora o fato de que os responsáveis técnicos das empresas procuram alcançar a quantidade máxima possível de produto final, com uma dada quantidade de fatores.
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A TECNOLOGIA E A EMPRESA – utilizam-se máquinas e trabalhadores 8 horas ao dia.
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Os conceitos de custos
A teoria microeconômica básica diferencia os custos da empresa a partir de seus comportamentos típicos em relação às quantidades produzidas.
A curto prazo, diferenciam-se entre fixos e variáveis. A longo prazo, todos os custos, em princípio, variam, quer em decorrência de alterações nas dimensões da empresa, quer por mudanças nas tecnologias de produção, quer ainda em função de modificações nos suprimentos e preços dos fatores produtivos.
Mas, a curto prazo, há custos que se mantêm fixos e que independem das quantidades produzidas. Outros são variáveis e modificam-se em função do quanto à empresa produz. 
Os custos que a empresa incorre estão, assim, fortemente ligados ao processo produtivo e a sua função produção. Uma parte dos recursos empregados na produção varia diretamente em função do volume da própria produção: São os recursos variáveis. Outra parte, todavia, não varia a curto prazo: são os recursos fixos. 
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Os conceitos de Custos
Os recursos fixos incluem imobilizações (edificações, equipamentos e outros bens de capital) e parte do pessoal empregado, notadamente os envolvidos em atividades gerenciais de suporte.
Os Recursos Variáveis incluem os insumos necessários para a produção (matérias-primas e outros materiais intermediários), o pessoal mobilizado diretamente no processo produtivo, a energia e outras categorias de dispêndios exigidas nas operações de produção.
A natureza diferente dessas duas categorias de recursos conduz à ocorrência de duas categorias também diferentes de custos: os custos fixos e custos variáveis.
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Escala dos Custos Fixos, Variáveis e Totais, a curto prazo
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Os custos de produção
Observe que quando a produção é zero, o custo variável também é zero, mas progridem à medida que esta atinge níveis mais altos. Sua progressão, todavia, não é constante. Inicialmente, a progressão é decrescente. Passam depois por um curto intervalo de progressão constante, para, em seguida, se tornarem crescentes.
O conceito de economia de escala ajuda a compreender esse comportamento típico.
Inicialmente a empresa incorre em custos variáveis altos por unidade produzida por uma série de razões: primeiro, seu poder de negociação com fornecedores é pequeno para compra de pequenos lotes de insumos; depois, porque alguns recursos empregados no processo produtivo são semivariáveis, como é o caso da mão de obra - inicialmente ociosa devido a baixo volume de produção. Por último, porque à medida que a escala de produção vai aumentando, o processo de combinação de recursos variáveis e semi-variáveis conduz a melhores rendimentos e a mais altos padrões de produtividade. Mas esse processo de redução dos custos variáveis por unidade produzida não é permanente. 
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Escalas de Custos
Mais a frente, quando todas as possíveis economias crescentes de escala tiverem sido aproveitadas, ocorrerão economias constante de escala e, por fim, economias decrescentes de escala. Neste ponto, os recursos fixos existentes não suportarão mais, com igual eficiência, as unidades adicionais de recursos variáveis: ai então os acréscimos nas quantidades produzidas irão processar-se a custos variáveis proporcionalmente mais altos.
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Escalas de custos fixos e variáveis
CUSTO FIXO MÉDIO, CFMe, resulta da divisão do custo fixo total pelas quantidades produzidas, para cada um dos diferentes níveis de produção admitidos. Por sua natureza, pode ser considerado como uma espécie de taxa de alocação dos custos fixos a cada uma das unidades produzidas. 
Assim, para baixos níveis de produção, a taxa de alocação desses custos é alta. As primeiras unidades produzidas, ao absorverem o total dos custos fixos da empresa, são oneradas por uma taxa acentuadamente alta. Porém, à medida que a empresa atinge níveis mais altos de produção, como o total dos custos fixos permanece inalterado, será observada uma rápida redução da taxa de alocação por unidade.
 A redução será particularmente acentuada nos primeiros instantes, desacelerando-se progressivamente até um ponto em que os acréscimos na produção já não provocarão reduções significativas nas taxas do custo fixo médio.
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Escalas dos custos fixos e variáveis
CUSTOS VARIÁVEL MÉDIO, CVMe, resulta da divisão do custo variável total pelas quantidades produzidas, para cada um dos diferentes níveis de produção admitidos. Por sua natureza, não apresenta disparidades tão acentuadas quanto as que se observam com os custos fixos médios.	
As taxas para os diferentes níveis de produção admitidos apresentam quedas ou acréscimos relativamente menos acentuados – a magnitude da diferença entre os valores médios mais altos e os mais baixos é, nesse caso, menos expressiva do que no caso dos custos fixos. Além disso, o custo variável médio apresenta a particularidade de decrescer até certo nível de produção, mantendo-se relativamente constante durante certo intervalo, para, então, registrar progressiva tendência à expansão. Esse comportamento é decorrente das economias de escala. Inicialmente, a empresa incorre em economias crescentes. Depois, em economia constante. E, finalmente, em economias decrescente.
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Escalas dos custos fixos e variáveis
O CUSTO TOTAL MÉDIO CTMe, resulta das somas do custo fixo médio com o custo variável médio. Ou, o que também conduz a igual resultado, pode ser dado pela divisão do custo total pelas quantidades produzidas, para cada um dos níveis de produção correspondentes.
 Seu comportamento incorpora, evidentemente, a trajetória típica dos custos fixos médios e variáveis médios. Assim, a um forte declínio inicial, não apenas resultante do declínio dos custos fixos, como também dos variáveis. Atravessa, em seguida, uma zona de estabilização relativamente prolongada, resultante de dois fatores combinados: a queda já menos acentuada do custo fixo médio e a ocorrência de economias constantes de escala atribuíveis aos custos variáveis. Por fim, revelará sensível tendência à expansão. Isto ocorrerá a partir do instante em que os acréscimos observados no custo variável médio passarem a suplantar os pequenos decréscimos do custo fixo médio.
Finalmente, resta considerar O Custo Marginal, CMg Trata-se, sem dúvida, de um dos mais importantes conceitos teóricos de custos. É o custo em que a empresa incorre para produzir uma unidade adicional.
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Escala dos custos fixo médio, variável médio, total médio e marginal a curto prazo
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Estruturas de Mercado – Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita é uma representação idealizada dos mercados de bens e serviços. Nesse mercado,
a interação da oferta e demanda determina o preço.
Um mercado em concorrência perfeita é aquele no qual existem muitos compradores e muitos vendedores, de forma que nenhum comprador ou vendedor individual exerce influencia sobre o preço.
Para que esse processo ocorra de maneira correta, a criação formal dos mercados perfeitamente competitivos requer que se cumpram as cinco condições seguintes:
NÚMERO DE EMPRESAS - ATOMIZAÇÃO
Número de empresas muito grande – compradores / vendedores; 
A expressão individual é insignificante;
Suas decisões não interferem no mercado;
Prevalece a condição de equilíbrio;
Todos se submetem às condições estabelecidas pelo mercado.
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Concorrência Perfeita
HOMOGENEIDADE – PRODUTO – Supõe que não existe diferença entre o produto que vende um ofertante e o que vende os demais, ou seja, os produtos são padronizados.
 MOBILIDADE - Independente de todos os demais não há acordos no mercado;
Não há interferências governamentais - Expandem ou retraem, de acordo com o mercado;
Ingressam, deslocam e saem com facilidade, nada os impedem.
Não há barreiras técnicas, financeiras, legais, emocionais para a entrada ou saída de uma empresa no mercado.
PREÇO - O preço é ditado pelo mercado através da lei da oferta e da procura.
TRANSPARÊNCIA – requer que todos os participantes tenham pleno conhecimento das condições gerais em que opera o mercado.
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Os lucros e a Concorrência Perfeita
O preço que se determina no equilíbrio de um mercado concorrencial não dará às empresas, em geral, os mesmos lucros. Isso se deverá ao fato de que, como se supõe, todas as empresas de um mercado possuem as mesmas tecnologias, a curto prazo, porém as instalações fixas das diferentes empresas serão diferentes, de forma que os custos e os lucros também serão diferentes.
Desta forma, nos mercados de concorrência perfeita, as empresas que buscam os maiores lucros devem recorrer ao máximo à tecnologia, ou seja, incorporar os últimos avanços em técnicas produtivas.
Portanto, a concorrência perfeita procura maiores lucros por meio da maior eficiência, do melhor aproveitamento dos fatores produtivos e da modernização tecnológica.
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Oligopólio
O oligopólio é uma forma de organizar os mercados que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. 
No mercado oligopolista, existe um número reduzido de vendedores (ofertantes), diante de uma grande quantidade de compradores, de forma que os vendedores podem exercer algum tipo de controle sobre os preços.
As condições que caracterizam os oligopólios são:
NÚMERO DE CONCORRENTE
Pequeno, (mineração metalurgias, produtos farmacêuticos, higiene e limpeza, autopeças, aviação, gases industriais)
Altas taxas de participação no mercado. (70 % do PIB)
DIFERENCIAÇÃO
Produtos padronizados e não padronizados;
Concorrência ou conluios
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Os mercados oligopolistas
RIVALIZAÇÃO
Fortes rivais entre si, coca cola - guaraná antártica.
Forte união - conluios /cartel.
CARTEL: é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para estabelecer um preço comum e ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros.
Esses acordos, porém tendem a ser instável, porque cada membro do cartel tem incentivos para abaixar os preços e vender mais do que sua cota. O atrito entre os interesses coletivos do cartel e os individuais de seus integrantes freqüentemente acabam em “guerras de preços”, nas quais cada empresa procura aumentar sua participação no mercado.
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O mercado oligopolista
BARREIRAS
Difícil o ingresso “escala de produção e capital empregado”
O sucesso está ligado à competência administrativa
PREÇO / PODER 
Controle sobre os preços é grande;
Há práticas de conluios;
Pode também haver guerra de preços;
Há acordos entre si.
VISIBILIDADE
Alta visibilidade de suas estratégias empresariais;
Admite informações abertas,
Investimento alto em marketing.
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Mercado de monopólio
MONOPÓLIO
No mercado monopolista existe um só ofertante, que tem plena capacidade de determinar o preço. O empresário monopolista ao contrário do mercado de concorrência, desempenha um papel determinante no processo de fixação de preço de mercado, pois tem capacidade de decidir seu valor.
As condições que a caracterizam o mercado de monopólio são:
UNICIDADE
Apenas um vendedor
Poder para influenciar o mercado
INSUBSTITUTIBILIDADE
O produto não tem substituto no mercado;
BARREIRA
A entrada de um novo concorrente é impossível, pois implica no fim do monopólio.
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O mercado de monopólio
PODER - Exerce o poder sobre os preços e qtdades produzidas para:
Manter a situação de monopólio e Maximizar os lucros.
Devido a esses efeitos, os governos podem estabelecer políticas reguladoras em relação ao monopólio, com o objetivo de proteger os consumidores e as empresas concorrentes. As alternativas são regulação podem ser:
Dividir o monopólio em duas ou três empresas;
Impedir que se formem monopólios;
Regular os monopólios existente através de (aumentos de impostos, fixação de preço que elimine os lucros extras e que o preço se situe numa situação similar à concorrência perfeita.
Quando o faz, os objetivos são mais de natureza institucional, ligados à imagem pública do que econômicos.
OPACIDADE
Não há transparência ou informações sobre:
Fontes supridoras; Processos de produção;
Níveis de oferta; Resultados alcançados.
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Ativos Reais
Ativos Reais
São aqueles que ainda sujeito às incertezas do mercado, podem proporcionar rendimentos a seus detentores e ou atender a satisfação direta de necessidades individuais e sociais.
Podem apresentar:
Alto grau de liquidez:
gado bovino;
grãos; 
bolsas de mercadorias;
metais preciosos.
Baixo grau de liquidez:
imóveis;
terras nativas;
casa de campo.
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Ativos Financeiros
Ativos Financeiros
não satisfazem a nenhuma necessidade de forma direta;
apresentam grau de liquidez superior aos ativos reais;
podem proporcionar rendimentos a seus detentores;
Subdividem-se em:
Ativos Financeiros Monetários:
têm liquidez absoluta;
não proporcionam rendimentos a seus detentores;
são empregados como meios de pagamentos.
São eles:
papel-moeda em poder do público e
depósito a vista no sistema bancário.
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Os ativos financeiros.
Ativos Financeiros Não Monetários
São aqueles que proporcionam rendimentos a seus detentores;
apresentam alta liquidez - mas não é absoluta, pois precisam ser resgatados para servirem como meios de pagamentos. Exemplos:
letras de câmbio e letras hipotecárias.
cadernetas de poupança;
títulos públicos;
fundos de aplicação financeira curto prazo;
MOEDA
papel moeda - moeda manual - 37%
depósito a vista - moeda escritural - 63%
entre as duas, a preferência, recai sobre a moeda escritural, por apresentar maior:
Segurança; Facilidade de manejo; contabilização e comprovação.
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JUROS
O PAPEL DAS TAXAS DE JUROS
Os Juros tem papel relevante no Planejamento Estratégico de uma empresa, ou seja o empresário necessita conhecer as taxas de juros atuais e prever as taxas futuras para tomar a melhor decisão para a 
	sua empresa.
O que é Juro? É o custo do dinheiro. Se você faz um empréstimo de R$ 1.000,00 por um mês e o credor vai cobrar, digamos, 5%, você devolverá R$ 1.050,00. Para ficar com R$ 1.000,00 por um mês você pagou R$ 50,00. Este é o valor dos juros. A taxa foi de 5% ao mês.
O que é taxa real e taxa nominal de juros?
A taxa nominal é a que se expressa nos percentuais dos juros. Por exemplo juros de 50% ao ano. A taxa real é a nominal menos a inflação . Se a taxa nominal é de 50% e a inflação de 20% no ano, a taxa real é a diferença entre as duas, ou seja 30% 
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JUROS
Como os Juros afetam a economia.
	Juros Altos:
estimula a aplicações financeiras na moeda local;
atrai investidor estrangeiro que aplica em juros;
inibe o consumo em geral e a compra de bens;
encarece e inibe os
investimentos produtivos;
Provoca inadimplência, falências e desemprego;
desestimula estocagem especulativa de empresas;
leva produtor agrícola a vender logo a safra;
aumenta a dívida pública e pressiona o déficit.
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Juros
Juros Baixos:
Reduz o interesse em aplicações de renda fixa;
desestimula a vinda de capital externo especulativo;
leva as pessoas a consumir mais pelo crediário;
incentiva investimentos produtivos que geram empregos;
facilita a rolagem de dívidas e desafoga as empresas;
pode levar as empresas a estocar matérias-primas e produtos;
agricultores podem segurar a safra à espera de preço maior;
permite que a dívida pública se estabilize em relação ao PIB.
	Juros Altos causam recessão?
Sim, pelo fato de desestimular o consumo (compra de bens) e os investimentos produtivos (novas fábricas, lojas, shoppings, prédios de apartamentos, etc.), consumo menor resulta em demissões e desemprego, formando um círculo vicioso.
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Juros
	Círculo Vicioso
juros se mantêm altos;
acordo com o FMI tropeça;
preço do dólar não cai;
inflação foge ao controle;
exportações reagem poucos;
crédito externo é escasso;
recessão se aprofunda;
desemprego se agrava;
inadimplência cresce;
saúde dos bancos é afetada;
dívida pública cresce mais ;
aumenta a crise de confiança.
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A Política Macroeconômica
A política macroeconômica é integrada pelo conjunto de medidas governamentais destinadas a influir sobre a marcha da economia no seu conjunto. Os objetivos da política econômica são: Inflação, o desemprego e o crescimento econômico
A Inflação: a macroeconomia ocupa-se das causas e dos custos para a sociedade do crescimento do nível geral de preços, isto é, da inflação, bem como das possíveis soluções e conseqüências das políticas a serem tomadas.
O Desemprego: a macroeconomia estuda as possíveis medidas a serem tomadas para tentar reduzir o nível de desemprego, uma vez que, além dos custos pessoais sobre os indivíduos afetados, o desemprego supõe um desperdício de recursos.
O Crescimento: a macroeconomia estuda as causas do crescimento da produção. Quando uma economia experimenta um crescimento notável, criam-se muitos empregos novos e o bem estar geral dos indivíduos cresce. O contrário ocorre quando a economia não cresce de forma suficiente, ou mesmo decrescente.
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Inflação
A inflação é definida como sendo uma alta persistente e generalizada dos preços da economia.
A alta dos preços deve ser persistente. Assim, uma economia que apresente num determinado semestre um crescimento de preços na ordem de 4% e que, no semestre seguinte, apresente uma queda de preços da ordem de 2%. Não pode ser considerada como uma economia inflacionária;
A alta deve ser generalizada, ou seja, todos os produtos da economia devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns dos bens e serviços produzidos na economia apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam redução, este fenômeno pode decorrer simplesmente de mecanismo de ajuste dos respectivos mercados em virtude de alterações da demanda ou da oferta.							
VRF
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OS INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO
Perda do poder aquisitivo dos salários e outras rendas fixas;
Desorganização do mercado de capitais e aumento da procura por ativos reais;
Surgimento de déficits no balanço de pagamento se a taxa de cambio for fixa – (desestimulam as exportações e estimulam as importações);
Dificuldades para o financiamento do setor público – isto ocorre porque as receitas tributárias diminuem em termos reais – inflação crônica e ao mesmo tempo o governo tem dificuldades de obter financiamento para seu déficit, uma vez que os poupadores não comprarão títulos da dívida pública em virtude do juro nominal desses papeis serem inferiores à taxa de inflação;
Indexação – realinhamento de preços futuros com base na inflação passada.
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Tipos de Inflação – Inflação de Demanda
Inflação de Demanda – é causada por um aumento da Demanda agregada devido a baixa produção. A procura exacerbada empurra os preços para cima, dando origem a uma espiral de alta, tanto mais intensa quanto maior for a capacidade ociosa da economia.
Causas do aumento da demanda: 
Aumento da oferta da moeda.
Aumento dos investimentos
Aumento dos gastos do governo
Aumentos das exportações
Redução da carga tributária
Meios de combate: 
Política Monetária – Aumento das taxas de Juros
Política Fiscal- Aumento dos impostos e redução dos gastos públicos
VRF
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Inflação de Custo
Inflação de Custos – trata-se de movimentos de alta originários da expansão dos custos dos fatores mobilizados no processamento da produção de bens e serviços. 
Causas:
Aumento de salários acima de aumento da produtividade, em função de pressão de sindicatos trabalhistas;
Aumentos autônomos das margens de lucros das empresas em mercados monopolistas ou oligopolistas;
Aumento de preços agrícolas em função de interpéries climáticas (geadas / chuvas);
Elevação autônoma de preços de produtos importados que sejam matérias primas importantes na produção de bens na economia.
Meios de Combate: Controle de preços e salários
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Os Mercados de Câmbio
A taxa de cambio é o preço de uma moeda estrangeira em termos da moeda nacional. A taxa de câmbio expressa-se como o número de unidades da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, se a taxa de câmbio do real frente ao dólar é 10, entregam-se 10 reais para se obter um dólar.
Quando o preço em reais de uma unidade de moeda estrangeira sobe, por exemplo, a taxa de câmbio passa de 8 reais/dólar, dizemos que o dólar desvalorizou-se. Pelo contrário, quando a taxa baixa, dizemos que o dólar valorizou-se.
Uma desvalorização da moeda nacional faz com que nossos bens sejam mais baratos no exterior, e com que os bens estrangeiros fiquem mais caros no mercado nacional. Portanto, cria-se uma tendência para elevar as exportações e reduzir as importações.
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As taxas de câmbio flexíveis ou flutuantes
Em um mercado livre, a taxa de câmbio será determinada pelas forças da oferta e da procura. Nessas circunstâncias, diz-se que a taxa de câmbio é flexível ou flutuante.
Vantagens do Sistema de Taxas de câmbio Flexíveis;
	Teoricamente, o sistema de taxas de cambio flexíveis corrigirá automaticamente qualquer tendência de se gerar déficit ou superávit no balanço de pagamento. A seqüência lógica que o processo seguirá é a seguinte:
	a) Inicialmente, o balanço de pagamentos da economia brasileira está em equilíbrio;
	b) Suponhamos que acontece um aumento na demanda por importações e o balanço de pagamentos brasileiros incorre em um déficit;
	c) O aumento nas importações implicará um aumento da demanda por dólares no mercado de câmbio;
	d) o real ficará depreciado em relação ao dólar, o que fará com que as importações fiquem mais caras, e as exportações, mais baratas;
	e) A troca nos preços relativos das exportações e das importações fará aumentar o volume das exportações e reduzir o volume das importações, fazendo com que o balanço de pagamento alcance o equilíbrio.
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Limitações do Sistema de Taxas de Câmbio Flexíveis
Se o balanço de pagamento apresenta um déficit e o real se desvaloriza, as exportações podem não aumentar o suficiente e as importações não reduzirem de maneira apreciável;
Outro inconveniente do sistema de taxa flexível é que se gera uma grande incerteza nas relações internacionais, por exemplo, se um empresário brasileiro importa material dos Estados Unidos para produzir computadores e se o pagamento é feito em dólares num prazo de seis meses, o empresário brasileiro não poderá determinar de modo preciso seus custos de produção, pois dependerá da variação do dólar no período.
Outro fator é a presença de especuladores que utilizam de informações privilegiadas para especular no mercado financeiro.
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Os Sistemas de Taxas de Câmbio Fixas
A taxa de cambio é denominada fixa quando, em vez de ser determinada
pelo mercado, seu valor é fixado pelo Banco Central do país, que se compromete a comprar e vender qualquer quantidade de divisas a esta taxa. 
Assim, por exemplo, se o BACEN fixasse a taxa de câmbio do dólar em US$ 1,00 = R$ 1,99, este preço é o que prevaleceria no mercado, uma vez que nenhum comprador e ou vendedor estaria disposto a comercializar por outro valor.
Desse modo, a taxa de câmbio fixa é, na realidade, uma taxa tabelada pelo Banco Central. 
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Vantagens e desvantagens da taxa de Câmbio Fixa
Vantagens:
Segurança que ele proporciona aos agente econômicos, facilitando as transações internacionais. Por exemplo, uma empresa domestica sabe, com certeza, quanto de moeda nacional receberá por cada unidade de moeda estrangeira exportada.
Um residente no país pode tomar um empréstimo no exterior sem correr o risco de ver, subitamente , por um aumento da taxa de câmbio.
Desvantagens:
Quando há inflação interna maior que a inflação externa, fato que é muito comum em países com inflação crônica, a autoridade monetária tem que desvalorizar a taxa de cambio em intervalos de tempo cada vez menores para evitar a ocorrência de déficits no balanço de pagamento; desse modo, a estabilidade cambial, que é a grande virtude do sistema fica comprometida.
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O BALANÇO DE PAGAMENTO E AS TAXAS DE CÂMBIO
O Balanço de Pagamento é um registro sistemático das transações econômicas de um país com o exterior.
As transações que resultam em entrada de divisas (moedas estrangeiras) para o país considerado são registradas com sinal positivo (+). As que têm como conseqüências saída de divisas, com sinal negativo (-).
Apesar das transações com o exterior serem efetuadas com diversos países e, portanto, com várias divisas, normalmente o balanço de pagamento é expresso numa divisa apenas, para fins de homogeneização. 
Por ser uma moeda de aceitação internacional, o dólar americano é a divisa normalmente utilizada para a apresentação dos dados.
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ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
Conforme sua natureza, as transações do País com o Exterior são classificadas em diferentes grupos no Balanço de Pagamento. A estrutura do BP está reproduzida a seguir:
1 – Balanço Comercial
2 – Balanço de Serviços
3 – Transferências Unilaterais
4 – Balanço de Transações Correntes = 1 + 2 + 3
5 - Balanço de Capitais Autônomos
6 – Erros e Omissões
7 – Saldo do Balanço de Pagamentos = 4 + 5 + 6
8 – Balanço (ou movimentos) de Capitais Compensatórios
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BALANÇO COMERCIAL
Nesta rubrica são classificados as exportações e importações de mercadorias (bens tangíveis). As exportações, por representarem entrada de divisas, são registradas com sinal positivo enquanto as importações, por representar em saída de divisas, com sinal negativo.
Tanto as exportações quanto as importações de mercadorias são registradas no critério FOB (free on board), ou seja, pelo seu preço de venda acrescido de todas as despesas para colocá-las a bordo do veículo que transportará do país de origem para o país de destino.
Portanto, no custo da mercadoria pelo critério FOB, não estão inclusos o valor do frete e do seguro incidentes sobre o transporte internacional do país de origem para o de destino.
O B.C é o item mais conhecido da estrutura do B.P e seu resultado é divulgado freqüentemente pela imprensa.
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EXEMPLO DE LANÇAMENTOS NO BALANÇO COMERCIAL
No País “X”, em 2009, as exportações de mercadorias, no conceito FOB, totalizaram US$ 40 bilhões enquanto as importações foram de US$ 38 bilhões.
Exportações de Mercadorias (FOB)..........(+) 40 US$
Importação de Mercadorias (FOB)...........( -) 38 US$
Déficit (-) ou Superávit (+) ....................(+) 02 US$
Houve, portanto, um superávit no Balanço Comercial de U$ 2 bilhões
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BALANÇO DE SERVIÇOS
No balanço de serviços, como o próprio nome indica, são classificadas as transações de compra e venda de serviços (bens intangíveis) entre o País e o Exterior.
São classificados nesta rubrica os serviços de frete e de seguros, os gastos com turismo e viagens internacionais, bem como os chamados serviços governamentais, que são os gastos com embaixadas, consulados e outras formas de representação dos governos no Exterior.
São também incluídos nesta rubrica os chamados serviços de fatores que são pagamentos e recebimentos que representam remuneração por serviços de fatores de produção, tais como juros, remessas de lucro e rendas de trabalho.
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Exemplo
No País “X”, em 2009, os seguintes serviços foram transacionados com o resto do mundo (bilhões de U$)
Fretes pagos				5 (-)
Fretes recebidos				3 (+)
Seguros pagos				2 (-)
Seguros recebidos				1 (+)
Remessa de lucro ao exterior		5 (-)
Pagamento de juros			12 (-)
Recebimento de Juros			3 (+)
Saldo do Balanço de Serviços		(-) 17
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Transferências Unilaterais
As transferências unilaterais referem-se ao movimento de donativos doPais com o exterior,ou seja, são pagamentos ou recebimentos que não têm como contra partida a compra ou venda de bens ou serviços
Exemplo: (bilhões U$)
Donativos recebidos do exterior 		1,5 (+)
Donativos enviados ao exterior 		0,5 (-)
Saldo 					1,0 (+)
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Balanço de Transações Correntes
Corresponde a soma algébrica dos saldos do balanço comercial, de serviços e das transferências unilaterais.
Assim, no caso dopaís ALPHA: - saldo em bilhões de dólares
Balanço Comercial				2 (+)
Balanço de Serviços			17 (-)
Transferências Unilaterais			1 (+)
Saldo do Balanço de Transações correntes 14 (-)
No caso, o déficit de 14 bilhões no saldo do B.T.C significa que o país comprou mais bens e serviços do exterior do que vendeu no período considerado.
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Balanço de Capitais Autônomos
Este item, registra os capitais que entram e saem livremente do país.
Nele são registrados os investimentos e os empréstimos entre os residentes no país e no exterior.
As entradas de capitais estrangeiros no país são registradas com sinal positivo. Entretanto, ao contrário das entradas devidas as exportações de bens e serviços, elas representam a constituição de um Passivo externo (obrigação em relação aos residentes no exterior).
As saídas de capital nacional para o exterior são registradas com sinal negativos, pois constituem saídas de divisas. Representam a aquisição de direitos (ativos) em relação aos residentes no exterior (ativo externo).
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Exemplo – em bilhões de U$
Empréstimos que bancos estrangeiros fizeram a empresas nacionais – empréstimos recebidos do exterior	1 (+)
Amortizações de empréstimos externos efetuados por empresas nacionais – Amortizações de empréstimos externos	8 (-)
Investimentos que empresas nacionais fizeram no exterior (compra de ações de empresas estrangeiras) – investimento nacional no exterior					9 (-)
Investimentos que empresas estrangeiras fizeram no país (compra de ações de empresas nacionais) – investimentos estrangeiros no país					15 (+)
SALDO						9 (+)
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Erros e Omissões
Esta rúbrica do Balanço de Pagamento representa transações com o exterior que não foram corretamente contabilizados, causando discrepância entre o saldo do BP com o balanço de capitais compensatórios.
Embora sempre exista na prática, geralmente é insignificante e, em nossa exposição, suporemos que é sempre nulo.
Saldo do Balanço de Pagamentos
Corresponde a soma algébrica do saldo do balanço de Transações correntes, do balanço de capitais e de erros e omissões. No nosso exemplo:
Saldo do Balanço de Transações Correntes		14 (-)
Saldo do Balanço de Capitais Autônomos		09 (+)
Saldo do Balanço de Pagamento (déficit)		05 (-)
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Métodos de Correções
Desvalorização Cambial
Aumento do percentual dos impostos sobre as importações
Redução de remessas de lucros ao exterior
Subsídios as exportações
Aumento das taxas de Juros
Empréstimos Junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI)
Diminuição das Reservas Internacionais
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A CRISE DE TRANSIÇÃO DA DÉCADA DE 1920
Mudanças Econômicas:
as mudanças econômicas ocorreram em duas direções –
Esgotam-se as possibilidades de crescimento da economia baseada na expansão da produção de bens primários destinados à exportação, particularmente o café.
Intensifica-se o processo de industrialização, a partir da Primeira Guerra Mundial.
CAFÉ: 
	a) superprodução Mundial; b) queda nos preços;
	c) pressão dos produtores		d) política preços mínimo
	e) não expandir as lavouras		f) quebra Bolsa Nova York
	g) o café deixa de ser um investimento atrativo.
	
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A Crise de transição da década de 1920
Decolagem do processo de Industrialização, favorecido pela 1ª guerra Mundial;
	a) bloqueio econômico no atlântico dificultou as exportações e importações; houve também a Suspensão da entrada de capitais estrangeiros; e os países beligerantes passam a atender somente as necessidades do conflito.
	b) cresce a necessidade por produtos nacionais – produtos escassos, preços em alta – atraem investimentos agroexportador para o setor urbano-industrial;
	c) economia agro-exportador – economia interna.
	d) com a comemoração do Centenário da Independência, o Brasil começa a sofrer a concorrência dos produtos internacionais;
	e) entrada significativa de capital estrangeiro – mercado consumidor
 f ) surge a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira – Ind. De base.
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A TENTATIVA DE UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL E AUTONOMO (1930 – 1964)
provocada pela queda da bolsa de nova York; As forças políticas que assumiram o Brasil na década de 30 se sensibilizaram com as transformações históricas que o pais atravessava;
Tentam implantar um projeto de industrialização – eram dois os objetivos:
Retirar o país do atraso dos últimos 4 séculos e;
Impulsioná-lo ao progresso e à construção de sua grandeza.
.	A industria era tida como chave para o desenvolvimento ao lado de uma agricultura forte, a exemplo das nações européias e dos EUA. Pela 1ª vez na história um governo brasileiro assume uma posição favorável a industrialização.
 	Mas qual caminho tomar? 
.	De um lado, o mundo estava mergulhado em profunda crise 
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1930 – 1964 – Desenvolvimento Nacional e Autônomo
Liberalismo econômico vivia um momento de descrédito como caminho viável;
Socialismo Comunismo na Rússia ainda era uma incógnita.
Diante desse quadro desfavorável, algumas questões fundamentais colocavam-se como desafios, por exemplo:
Quais os rumos do capitalismo brasileiro?
Quais as fontes de financiamento?
Qual o papel a ser desempenhado pelo setor público nesse processo de desenvolvimento capitalista?
Quais as perspectivas para o operariado e as massas populares até então marginalizadas?
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1930 – 1964 – Desenvolvimento Nacional e Autônomo
Vargas tinha uma certa admiração por Keynes e esse advogava o fim da liberdade absoluta de mercado e a necessidade da intervenção do estado na ordem econômica, garantindo o pleno emprego, contendo a ganância dos capitalistas e promovendo o equilíbrio social.
Nessa época o Brasil vivia uma crise de hegemonia, nenhuma classe social tinha força suficiente para impor sua orientação.
O latifúndio exportador estava em decadência;
A burguesia urbana ainda era incipiente e
Os operários apenas ensaiavam os primeiros passos.
	Diante desse vazio, Vargas com uma política de conciliação, não rompendo com o passado, mas com uma reacomodação de interesses, consegue razoável êxito na orientação urbano-industrial e nacionalista. 
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1930 – 1964 – O Papel do Estado no processo de industrialização
A meta de industrialização exigia vultuosos investimentos particularmente em infra-estrutura e na produção de insumos básicos.
Não havia no país capitais privados suficientes nem capitalistas empreendedores,
Não havia disponibilidade de capitais estrangeiros em decorrência da crise de 1929 e em conseqüência;
A industria só podia ser levada adiante pela ação do estado e esse assume o papel de produtor e protetor da industria nacional frente a concorrência estrangeira.
Assim o processo de industrialização brasileira não se deu pela via evolutiva com base no capital ou da iniciativa privada, mas pela iniciativa e capital do estado.
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1930 – 1964 – processo de industrialização
Como fonte de financiamento, utilizou-se o máximo a poupança interna e criou empresas estatais nos setores básicos, (transporte, energia, comunicação) matéria prima (aço e ferro e mais tarde petróleo e petroquímica). Surge a CSN, Usina de Volta Redonda, Cia Hidrelétrica do São Francisco, a Petrobrás e a Vale do Rio Doce – década de 40.
Direcionou os investimentos privados “estabeleceu reservas de mercado para proteger a indústria nascente; proporcionou estímulos e subsídios, isenções e incentivos fiscais, patrocinou a formação de um mercado interno.
Vargas, inaugura um período marcado por forte tendência de estatização da economia brasileira.
Na política trabalhista, Vargas cria o Ministério do trabalho as juntas de conciliação e a CLT em 1943. Na política do populismo, agrada trabalhadores e concede favores aos empresários.
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O desenvolvimentismo Juscelinista 
“cinqüenta anos em cinco”
JK – eleito em 1955 – 36% votos válidos – o que não representava legitimidade popular
JK – o governo se fortalece ou deteriora de acordo com sua política econômica;
Com o slogan “cinqüenta anos em 5” – confiança, otimismo – aliado ao propósito de acelerar a marcha histórica do país;
Nos anos 50 – o mundo vivia um clima de liberdade e um anseio de desenvolvimento movia com velocidade crescente – EUA, Alemanha, Japão, URSS, 
O desenvolvimentismo da era JK, estava centrado na realização de um crescimento econômico acelerado, onde o Estado devia desempenhar a função de principal agente indutor do processo, quer sinalizando os rumos da economia e direcionando os investimentos, quer investindo diretamente em setores fundamentais como infra-estrutura e indústria básica.
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O desenvolvimentismo Juscelinista
“cinqüenta anos em cinco”
O Nacionalismo de Vargas defendia a intervenção do estado no controle da infra-estrutura (transporte, comunicações, energia) e da industria básica, ficando as outras áreas na mão da iniciativa privada.
Já o desenvolvimentismo de JK “política econômica que tratava de combinar o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento, com ênfase na industrialização”
Os objetivos principais de JK podem ser assim sintetizados:
No plano econômico para onde convergia a ênfase maior, a promoção de um crescimento acelerado da economia, liderado pelo fortalecimento da indústria;
No plano social – a criação de novas oportunidades de emprego e a elevação do nível de vida da população;
No plano político – estabilidade e liberdades democráticas.
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O Plano de Metas
Energia – com 43,4% dos investimentos – energia elétrica, nuclear, aproveitamento do carvão, produção de petróleo, refino do petróleo;
Transporte – com 29,6% dos investimentos – reequipamentos de estradas de ferro, construção de estradas de ferro, pavimentação de estradas de rodagem, construção de estradas de rodagem, portos e barragens, marinha mercante e transporte aéreos;
Alimentação – 3,2% - trigo, armazéns e silos, frigoríficos, matadouros, mecanização da agricultura, fertilizantes;
Industria de Base – 20,4% - aço, alumínio, metais não ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, veículos, ind. Naval e equipamento elétrico, maquinaria pesada;
Educação – 3,4% - formação de pessoal técnico para as atividades produtivas;
Construção de Brasília – 2,5 a 3% do PIB da época.
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Fontes de financiamento
Aumento das exportações – através de uma reforma cambial que corrigisse a sobrevalorização da moeda nacional;
Aumento da poupança - forçando a acumulação interna de capital através da diminuição do consumo;
Aumento da arrecadação pública - através de uma reforma tributária;
Capital estrangeiro - através da obtenção de créditos no exterior
e investimentos diretos de empresas multinacionais;
Aumento das emissões de papel moeda - elevando as taxas de inflação. 
Desconsiderou as conseqüências negativas da a inflação: corrosão do poder aquisitivo, aumento das reivindicações, tensões sociais, desequilíbrio nos preços relativos, distorções de investimentos, dificuldade de planejamento e previsão empresarial, desestímulo a poupança privada.
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Contradições do desenvolvimentismo
JK conseguiu que o pais desse um salto econômico qualitativo e quantitativo, mas por outro lado – agravou a concentração econômica e acentuou os desequilíbrios regionais;
Ao par do crescimento acelerado – ocorreu o enfraquecimento da empresa privada nacional de frente as multinacionais e às estatais;
Aumentou a dependência externa, particularmente de capital e tecnologia.
Não realizou reformas estruturais como: 
reforma agrária (conter o êxodo e ampliar a classe média rural),;
reforma fiscal e tributária (para assegurar o equilíbrio e a disciplina das contas públicas);
 reforma administrativa (para racionalizar a ação do estado, eliminar o clientelismo e criar uma burocracia eficiente);
reforma cambial ( para corrigir a sobrevalorização da moeda nacional e estimular as exportações)
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GOVERNO MILITAR - PLANO DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA - 1964 - 1967
A ECONOMIA BRAS. APRESENTAVA NO INÍCIO DOS ANOS 60 TRÊS GRANDES PROBLEMAS BÁSICOS:
a) O DÉFICIT CRÔNICO NA BALANÇA DE PAGAMENTO;
b) A ESTAGNAÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO;
c) INFLAÇÃO EM ALTA.
ASSUMEM A POLÍTICA ECONÔMICA
OCTAVIO GOUVEIA BULHÕES - ECONOMIA
ROBERTO CAMPOS - PLANEJAMENTO
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OBJETIVOS:
REORDENAR A ECONOMIA RESTAURANDO A CAPACIDADE DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS;
REFORMAR E MODERNIZAR O SISTEMA CAPITALISTA E
CRIAR CONDIÇÕES ADEQUADAS DE EXPANSÃO DO CAPITAL.
INFLAÇÃO - 92% aa:
REDUÇÃO GRADUAL DO DÉFICIT PÚBLICO;
CONTROLE RIGOROSO DOS CRÉDITOS AO SETOR PRIVADO;
POLÍTICA DE CONTRAÇÃO DOS SALÁRIOS - REAJUSTES INFERIORES A INFLAÇÃO
*
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REDUZIR DÉFICIT PÚBLICO
CORTE DAS DESPESAS NÃO ESSENCIAIS E CONTROLES DOS GASTOS DO ESTADO;
CORTE DOS SUBSÍDIO A PRODUTIOS BÁSICOS - TRIGO E PETROLEO;
CORREÇÃO DAS TARÍFAS PÚBLICAS - ENERGIA, TELEFONIA, CORREIOS;
AUMENTO NA ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS;
CRIAÇÃO DA CORREÇÃO MONETÁRIA PARA PAGAMENTOS DE IMPOSTOS ATRASADOS
*
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O PAEG (PLANO DE AÇÃO ECONÔMICA DO GOVERNO)
ATINGE SEUS OBJETIVOS
SANEAMENTOS DAS FINANÇAS PÚBLICAS - 1963 (4,3% DO PIB EM 64- 3,2% - 65- 1,6% E EM 66 -1,1%;
REALINHAMENTO DOS PREÇOS DOS BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS;
RECUPERAÇÃO DA CAPACIDADE DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS ESTATAIS - PIB EM 63 - 0,6% EM 67 - 4,8%;
RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA;
AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES;
REEQUILÍBRIO NO BALONÇO DE PAGAMENTO - (300 MIL. U$);
REESTABELECIMENTO DA CONFIAÇA E DA CREDIBILIDADE NO EXTERIOR;
RAZOÁVEL CONTROLE DA INFLAÇÃO - 92% (64) P/ 25% (67)
*
*
FATORES QUE CONTRIBUIRAM PARA O EXITO DO PROGRAMA
DIAGNÓSTICO ADEQUADO DA SITUAÇÃO DO PAÍS;
A CAPACIDADE DO GOVERNO AUTORITÁRIO QUE IMPÔS SACRIFÍCIO A SOCIEDADE;
AJUDA EXTERNA - ALONGAR O PAGAMENTO DA DÍVIDA.
FRAQUEZA DAS EMPRESAS NACIONAIS
O PROLONGADO CONTROLE DOS PREÇOS GOV. GOULART
DIFICULDADES DE IMPORTAR MATÉRIA PRIMA;
INADIMPLÊNCIA NO PAGAMENTO DE TRIBUTOS;
FALTA DE INVESTIMENTO EM PESQUISAS E DESENVOLVIMENTOS (P&D).
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O Milagre Brasileiro
A ação dos governos militares, no plano econômico, seguia quatro diretrizes básicas, complementares e integradas:
Criar e assegurar condições para um crescimento econômico acelerado;
Consolidar o sistema capitalista no país;
Aprofundar a integração da economia brasileira no sistema capitalista internacional; e,
Como coroamento, transformar o Brasil em potência mundial como já havia acontecido com a Alemanha e Japão.
Governo ignorava as diferenças fundamentais entre os casos alemão e japonês e a realidade brasileira: enquanto os dois países desenvolviam projetos auto-sustentados, a economia brasileira estava sendo movida basicamente com recursos externos – empréstimos, capital de risco e tecnologia importada
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O MILAGRE BRASILEIRO - 1970 - 1974
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O ARRANQUE DO CRESCIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL NO PERÍODO.
Havia um clima favorável aos investimentos economicos.;
Saneamento da economia e das finanças públicas;
Estabilidade sócio política - regime militar;
Perspectivas seguras de expansão e lucratividade dos empreendimentos econômicos;
Restauração da confiança dos investidores;
Crescimento se da pelo aumento dos investimentos estrangeiros e do estado - financiado com recursos internacionais.
O ingresso de capital de risco no Brasil saltou de U$ 30 mil em 63 para U$ mil em 1973 – também aumentou o reinvestimentos
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FONTES DE FINANCIAMENTO
Poupança – compulsória instituída através do FGTS e do PIS / PASEP(recursos destinados para financiar ações sociais) e doméstica (estimulada com o aumento de juros e ações). - Não foram suficientes;
Fortalecer e ampliar o mercado de ações, tradicionalmente fraco Brasil;
Arrocho salarial - índices de reajuste abaixo inflação;
Manter inflação em níveis acima de 20% ao ano:
	A) assalariado a ilusão de maiores ganhos;
	B) aumentaria a lucratividade das empresas e da arrecadação pública através do imposto inflacionário - favorecia os investimentos públicos;
	C) inflação alta: favorecia o governo por:
		1) Atraso nos salários;
		2) Atraso nos pagamentos de fornecedores
		3) Atraso nas execuções de obras;
		4) atraso nos pagamentos de prestadores de serviços.
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FONTES DE FINANCIAMENTOS
ENDIVIDAMENTOS EXTERNOS -
Os recursos financeiros externos entraram no Brasil sob a forma de empréstimos e financiamentos para o governo e para as empresas privadas, ou, como investimentos diretos para a ampliação das multinacionais ou aquisição de novas empresas, ou associações com empresas brasileiras o que acarretou mais dependências ao capital externo.
ENDIVIDAMENTO INTERNO -
a) Através da emissão de títulos públicos, captava a poupança privada e financiava projetos em andamento e pagamentos de juros e outras despesas.
b)	Ciranda Financeira, desviando recursos produtivos para o especulativo.
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O Plano Cruzado – Principais objetivos:
Controlar a inflação e reorientar a economia;
O plano procurava conciliar o combate à inflação com a manutenção do crescimento econômico e do poder aquisitivo do salário.
O plano cruzado promoveu uma reforma monetária radical – foram as seguintes as principais medidas:
Substituição do cruzeiro pelo cruzado;
Extinção da indexação pela eliminação da correção monetária;
Congelamento dos contratos, hipotecas e dos alugueis - 1 ano;
Congelamento dos preços por tempo indeterminado;
Reajuste dos salários pelo seu valor médio dos últimos seis meses, mais um abono de 15% para o salário mínimo e 8% para os demais salários;
Os reajustes posteriores seriam automáticos sempre que a inflação atingisse 20%;
Livre negociação entre patrões e empregados nos dissídios coletivos;
Criação do seguro desemprego.
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Plano Cruzado – a justificativa da extinção da correção monetária (indexação)
Ao cortar a correção monetária, 
cortava a corrente inflacionária (a indústria e o comércio ocupava-se mais com os aumentos de preços do que com a eficiência empresarial e a redução de custos);
Aliviava as pressões sobre o déficit público e o aumento da dívida interna; ainda
Desestimulava a especulação financeira – tornando atraente os investimentos produtivos – com isso reorientava a economia para o leito da normalidade;
Note-se que as causas básicas da inflação – custos, demanda, dívida externa, subsídios, gastos públicos ... Não eram atingidas pelo plano cruzado.
O cruzado era um plano emergencial – para depois tomarem medidas mais profundas como : dívida externa, déficit público, dívida interna, inflação inercial, concentração de renda etc...
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Plano Cruzado – do sucesso ao fracasso
Enquanto funcionou, o Cruzado
conseguiu sacudir o consumidor;
Carrear investimentos para a produção;
Impulsionar o número de microempresas e de pequenas e médias empresas;
Expandir as atividades econômicas e ampliar o emprego;
Aumentar o poder aquisitivo da população e promover sensível redistribuição de renda;
Aumentar o consumo e recuperar a confiança da sociedade em si própria e no país – em suma – parecia que o Brasil começava a mudar.
Garroteou a inflação por nove meses e deu ao presidente Sarney os maiores índices de aprovação de um governo republicano.
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O fracasso do Plano Cruzado
Uma administração com certa doze de inexperiência, amadorismo, incompetência e ingenuidade;
Os preços de vários produtos (leite, carne, remédios, automóveis, aço, combustíveis e tarifas postais de energia elétrica e telefone) não estavam alinhados na ocasião do lançamento do plano e esses setores começaram a trabalhar com prejuízo. Isso gerou descontentamento e agravou o déficit público e reduziu a capacidade de investimento das empresas;
Forte característica heterodoxa – (combate à inflação com crescimento econômico e distribuição de renda) três aspectos muito difíceis de conciliar – houve melhor distribuição de renda e crescimento econômico com isso aumentou o consumo e os preços gerando pressões inflacionárias de demanda;
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O fracasso do Plano Cruzado
O governo cometeu dois erros de avaliação difíceis de previsão:
a) Superestimou a racionalidade do poupador – esperava manter e aumentar os investimentos principalmente a poupança – foi surpreendido não apenas pela redução substancial dos depósitos mas também pelas retiradas, daí duas conseqüências negativas (SFH parou por escassez de recursos e o governo viu-se obrigado a emitir papel moeda). 
b) imaginou-se que em curto prazo, o capital especulativo se reconverteria em investimentos produtivos expandindo a produção, para atender ao crescimento da demanda e evitar a escassez de bens a disposição do público consumidor – e isso não ocorreu – os investimentos foram para o ouro, dólar, imóveis e com produtos e bens através do ágio. - a lógica dos agentes econômicos não coincidiu com as expectativas do governo. 
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Os aspectos vulneráveis do plano cruzado
Congelamento de preços sem a devida disciplina salarial;
Taxas de juros baixas – quando o estímulo à poupança era essencial;
Tributação de renda moderada num período de crescimento acelerado do consumo;
Rigidez cambial incompatível com as necessidades de manutenção de elevados saldos no comércio exterior;
Confiança na inflação zero.
O plano deveria incluir: a contenção e o controle dos salários, abandonando a idéia de imediata redistribuição de renda; a manutenção das taxas de juros reais e positivas para estimular e manter atrativa a poupança; a elevação do imposto de renda na fonte, para conter o consumo; a flexibilidade cambial, com desvalorização do cruzado, para estimular as exportações; menor emissão de papel moeda; e descongelamento de preços.
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Preparando terreno para o Plano Real – Fernando Henrique Cardoso (1993)
Combate rigoroso a inflação – próxima dos países de 1º mundo a causa básica da inflação era a desordem financeira e administrativa do setor público, mais a inflação de custos e demanda alimentada pela indexação;
Aprofundamento da abertura da economia brasileira e sua inserção competitiva na economia internacional;
Retomada do crescimento econômico, em bases sustentáveis e duradouras;
Superação da situação da pobreza e miséria que atinge elevado contingente da população brasileira;
Manutenção da estabilidade política e garantia das liberdades, nos parâmetros da democracia;
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Fases do Plano Real
Ajuste Fiscal – contenção dos gastos e aumento da arrecadação;
Implantação da URV – a URV destinou-se a promover o alinhamento de preços, valores e contratos – com valores atualizado diariamente – promoveu a desindexação da economia – em 30/06/94 a URV valia CR$ 2.750,00 – R$ 1,00;
Lançamento do Real – o real veio para ser uma moeda forte e de poder aquisitivo estável, para servir de referencial básico das relações econômicas;
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Custos e benefícios do Plano Real
Quem Perdeu
Os exportadores em geral em decorrência do câmbio sobrevalorizado;
A parcela de trabalhadores que perdeu emprego e não conseguiu outro
Os funcionários públicos federais e militares que não tiveram reajustes salariais por longo período;
Os produtores rurais, sobretudo os endividados, cujo preço dos produtos ficou praticamente estável (abaixo da inflação), enquanto os custos de produção (maquinas, insumos e juros) tiveram altas;
O setor público que não pode mais contar com os ganhos das aplicações financeiras da época da inflação;
O sistema financeiro – público e privado – com o fim da ciranda financeira – quebra – fusões – incorporações ...;
Alguns setores da indústria (têxteis, brinquedos, automóveis) que sofreram concorrência internacional;
Pequenas empresas que viviam de ciranda financeira.
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Custos e benefícios do Plano Real
Quem ganhou
A população em geral, que, de uma situação caótica, passou a ter referenciais econômicos mais realistas, podendo planejar suas economias e investimentos;
O país como um todo, pois, com a estabilidade da moeda, resgatam-se a imagem externa, a auto estima da nação e a confiança no futuro com mais dignidade;
As camadas mais pobres da população com ganhos até 3 salários mínimos – com a redução da inflação;
As grandes empresas que recorreram a empréstimos externos a juros baixos (eletrodomésticos, automotivo...)
Os profissionais liberais – liberdade de fixação de preços seviços
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A Política Econômica de FHC – A Política Cambial e as reservas – pontos positivos
Ajudou a derrubar a inflação;
Fortaleceu a confiança dos brasileiros na nova moeda;
Provocou a redução dos preços dos produtos importados, forçando a queda dos preços internos;
Forçou a modernização das empresas estabelecidas no país;
Favoreceu as empresas na importação de equipamentos contribuindo para intensificar a modernização e aumentar a produtividade, a eficiência e a competitividade; 
Perdeu dinheiro quem tentou especular com o dólar, apostando no fracasso do Plano Real.
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A Política Econômica de FHC – A Política Cambial e as reservas – pontos negativos
Desequilíbrio acentuado na balança comercial, resultante das baixas exportações e aumento das importações;
Crise generalizada dos setores ligados a exportação, que perderam competitividade devido ao baixo valor do dolar;
Falência de indústrias que não conseguiram enfrentar a concorrência de produtos importados;
Aumento do desemprego, em conseqüência das importações e da reestruturação das empresas;
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CAUSAS DO DESEMPREGO NO BRASIL
ESTRUTURAIS
Ingresso de jovens no mercado de trabalho;
Aumento da participação feminina no mercado de trabalho;
Migração da população rural para os centro urbanos;
Novas metodologias organizacionais;
Inovações tecnológicas.
CONJUNTURAIS
Retração do crescimento econômico;
Abertura comercial indiscriminada;
Sobrevalorização do Real;
Altas Taxas de Juros;
Descumprimento da legislação.
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CAUSAS DO DESEMPREGO NO BRASIL
Outras Causas
Programas de ajustes setoriais;
Baixo nível de escolaridade;
Baixo nível de qualificação;
Guerra fiscal entre regiões;
Falta de políticas públicas;
Aposentados trabalhando.
Trabalho Infantil – Brasil
Segundo o IBGE em 1993 havia 5 milhões de crianças trabalhando no Brasil, 50% delas fazendo trabalho de adultos e cumprindo longas jornadas de trabalho.
10% trabalhavam sem receber; 50% recebiam salário mínimo e 50% tinham repetência escolar.
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A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Dados do IBGE: 59,6% da PEA são homens e 40,4% mulheres.
Fatores:
Expansão da pobreza;
Na família todos devem trabalhar;
Diminuição da fecundidade;
Liberdade e independência;
Busca da igualdade;
Aspiração por uma vida melhor;
Alterou – Conceitos, comportamentos e costumes:
revolução
Década de 90: presentes em cursos superiores, política e participação em todos os setores da atividade econômica.
Problemas: discriminação, violência e prostituição.
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Qual a solução para o desemprego num mundo redesenhado, instigante e desafiador?
Melhorar a distribuição de renda;
Redistribuir o trabalho;
Cumprimento à legislação;
Redução da jornada de trabalho;
Modificar a estrutura fundiária – reforma agrária;
Fortalecimento do terceiro setor
Crescimento econômico com ênfase para os setores que aumentem empregos.
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Que medidas precisam ser tomadas para o Brasil voltar a crescer?
Estimular o desenvolvimento interno investindo para valer no setor produtivo – fortalecendo o setor exportador.
Atender as necessidades básicas da população;
Retomar o crescimento;
Gerar novos empregos;
Fazer reforma trabalhista;
Propiciar uma melhor distribuição de renda;
Ampliar a oferta de bens de consumo;
Melhorar a poupança interna;
Fazer a reforma no sistema tributário, desonerando o setor produtivo;
Reduzir o déficit público;
Reduzir taxas de Juros e manter a inflação sob controle;
Reformar o sistema previdenciário.
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O que deve ser feito no Câmbio?
Manutenção da taxa de Câmbio flutuante.
COMO DEVE ATUAR O ESTADO PARA INCREMENTAR A EXPORTAÇÃO?
Fazer uma política externa competente;
Incentivar a produção nos segmentos tradicionais de exportação (calçado, têxtil e agroindustrial);
Aumentar as pesquisas em setores de eletroeletrônicos, fármacos e química) setores que ainda somos muito dependentes de importações – substituição de importação.
Reduzir a carga tributária para produtos de exportação 
Financiar produção com juros baixos – BNDES;
Facilitar as importações de bens de capital;
Reaparelhar e informatizar os portos e avançar na interiorização de portos secos.

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