Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Petição Inicial A Distribuição da Petição Inicial e a Instauração do Processo: - Uma vez distribuída a petição inicial, considera-se proposta a ação; quando não distribuidor nas comarcas, considera-se proposta a ação quando a petição inicial é despachada pelo juiz. - O processo só é instaurado após a comunicação ao réu da propositura da ação; - Com a distribuição da P. I ou com o despacho do juiz, é instaurado o processo; - É importante saber a propositura da ação para evitar a prescrição e fixar-se, ainda, a competência; Requisitos da Petição Inicial: Ao lado dos denominados “documentos indispensáveis à propositura da ação” – Art. 283, CPC – a Inicial deve ter os seguintes requisitos: - O juiz ou tribunal a que é dirigida; - Nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes; - O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir); - O pedido com as suas especificações; - O valor da causa; - As provas com que o autor pretende demonstrar os fatos alegados; - O requerimento para a citação do réu – Art. 282, CPC; Fato: Não é relação jurídica por si só; posso cair no chão, isso é somente um fato. Agora, se caio no chão por falta de segurança e, ainda, no trabalho; o fato importará uma relação jurídica; Fundamento: a) Legal – demonstra que determinado fato é relevante para o ordenamento jurídico; é a norma legal; b) Jurídico – é o que justifica o pedido de tutela; existe uma relação jurídica do fato; PROVA = Art. 282, III = FATO + FUNDAMENTO JURÍDICO (não o legal, o jurídico é a relação jurídica gerada pelas conseqüências advindas deste fato, aí teremos o fundamento jurídico) = CAUSA DE PEDIR + PEDIDO = OBJETO LITIGIOSO. DIFRENÇA ENTRE DEMANDA E OBJETO LITIGIOSO Na demanda apresente-se um objeto litigioso, o que é esse objeto? - entende-se como a causa de pedir mais o pedido; A demanda é o ato de pedir, apresentar o objeto litigioso. O objeto litigioso é a causa de pedir (fato + fundamento jurídico) e o pedido. LIDE = pretensão resistida PRETENSÃO PROCESSUAL = caso jurídico de declaração de vontade para que Estado se manifeste, mas não é concreto; DEMANDA = ato pelo qual alguém pede a prestação jurisdicional ao Estado e seu instrumento é a petição inicial; pode ser: cartular; oral; virtual; AÇÃO = enquanto processo é o direito (garantido pelo Estado) público e subjetivo (meu); DIREITO DE AÇÃO = Direito de acesso à justiça. Para concretizá-lo é através da demanda. • O processo em si, visa a pacificação social* • Para termos um processo é necessário a lide; • Pela demanda se começa a exercer o direito de ação. Considera-se proposta a ação desde que despachada a inicial pelo juiz ou simplesmente distribuída. Art. 263 CAUSA DE PEDIR: - Na inicial o autor apresenta uma causa que deve justificar o pedido que é dirigido ao órgão jurisdicional. Causa de pedir, ou seja, as razões fáticas e jurídicas que justificam o pedido; - Autor afirma um fato e apresenta seu nexo com um efeito jurídico, ou seja, narra o fato que constitui o direito por ele afirmado; - É o Fato mais o Fundamento que leva ao pedido. FUNDAMENTO JURÍDICO - Relaciona-se com a caracterização jurídica, tipificação, subsunção do fato à norma. “Refere-se à relação jurídica e o fato contrário do réu, que vai justificar o pedido de tutela jurisdicional” Vicente Grecco Filho. FUNDAMENTO LEGAL - É o embasamento positivo, citação de norma que ampara o pedido. - Demonstrar interesse jurídico: a necessidade, utilidade e adequação - “do pedido” – porque é necessário demonstrar o interesse jurídico? Demonstrar que houve tentativa de negociação, uma vez que estas não obtiveram êxito, só restou a via judicial; ex: demonstrar que foi a loja, tentou acordo sem ingressar na via judicial, com interesse jurídico de não ir a juízo, mas como não obtive sucesso, acabei por ingressar em juízo; DIFRENÇA ENTRE QUESTÃO PONTO E QUESTÃO PREJUDICIAL QUESTÃO PONTO: - É o fundamento (a afirmação) da demanda ou da defesa que tenha permanecido incontroverso, que não será objeto de prova; QUESTÃO PREJUDICIAL: - É um ponto/aspecto controvertido de fato ou de direito. - OBS (professora): as razões da pretensão ou da contestação passam a ser questões do processo antes que se resolvam razões da decisão, assim, se o réu admitir um fato alegado pelo autor, a matéria é considerada, em tese, incontroversa (presume-se), pois ainda pode ser afastada a incontroversa. Durante a instrução pode surgir prova pode se tornar controvertido. - É um ponto de direito material controvertido que além de ser antecedente lógico da sentença, poderia constituir objeto de ação autônoma. Ex: Relação entre: Alimentos x Filiação = Pai nega filiação, este Q.P. tem que ser resolvida antes de conceder alimentos. PRINCÍPIOS DA DEMANDA Princípio da Iniciativa da Parte: - “Ne procedat iudex officio” = o juiz não pode proceder de ofício. Art. 2º e Art. 262, CPC. - Este princípio relaciona-se com o princípio da inércia da jurisdição. - OBS: Em que pese este princípio, há situações em que o juiz pode agir de ofício porque A LEI PERMITE: * Art. 989, CPC – “ o juiz determinará, DE OFÍCIO, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal” * Lei 8.570/92 – Investigação de Paternidade – Art. 7º = “Sempre” o juiz pode fixar DE OFÍCIO se ficar evidenciada a necessidade. * Lei 10.741/03 – Art. 87 – Iniciativa do MP para demandar e também das partes; Princípio da Correlação e da Congruência: - Significa que o Juiz decidirá nos limites do pedido. Art. 128; Art. 459; Art. 460, CPC. PETIÇÃO INICIAL CONCEITO: Ato formal do autor que introduz a causa em juízo; É o instrumento da demanda. REQUISITOS: ART. 262, CPC. * Ofício é de uma autoridade, quem não a tem faz requerimento* Ao lado dos denominados “documentos indispensáveis à propositura da ação” – Art. 283, CPC – a Inicial deve ter os seguintes requisitos: I - O juiz ou tribunal a que é dirigida; II - Nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes; III - O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir); IV - O pedido com as suas especificações; V - O valor da causa; VI - O requerimento para a citação do réu – Art. 282, CPC; - As provas com que o autor pretende demonstrar os fatos alegados; A) PARTE INTRODUTÓRIA - Colocar CPF e o Endereço Eletrônico; - I - O juiz ou tribunal a que é dirigida; - II - Nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes; * Art. 154, § 2º - A petição pode ser feita por meio eletrônico (autos virtuais), mas temos que trazer o endereço eletrônico e o CPF;* * Art. 10 – Dizer se é casado, solteiro e etc. União Estável é estado civil? Professora = Sim, convivente, U. E c/ legalidade. * Art. 47 = vide B) NARRATIVA CAUSA DE PEDIR: - Vai delinear o objeto litigioso (causa de pedir mais o pedido); - É o fato mais o fundamento jurídico - Causa Petendi - Relação entre o fato e suas conseqüências constitui o fundamento jurídico. J - Fundamento legal – art. 186, CC * Há o fato (causa remota) porque contém a narração do que ocorreu e suas conseqüências (causa que gere conseqüências). Já o fundamento jurídico é a demonstração de que o fato narrado gerou conseqüências que dão suporte a minha pretensão. Extra Petita = extrapola, fora do pedido; Citra Petita: Juiz examinou um pedido mas não o outro; Ultra Petita: além do pedido; Temos que requerer a citação do réu para que se complete a relação processual: Juiz → Autor → Réu; Ex: Ivair empresta R$ 50.000,00 para Greice. Ingressa com uma ação de cobrança, em Canoas, pois a ré reside lá, muito embora o autor resida em POA; Ivair tem que ingressar com advogado, pois não possui o pressuposto de “capacidade postulatória”; Tiago é advogado deIvair e João de Greice; Ingressada a ação ordinária de cobrança: “Fatos e Fundamentos que passa a expor:” = causa de pedir; devemos especificar se houve ou não prazo para o pagamento; deve demonstrar que procurou Greice para acertar a dívida, negociá-la, demonstrando o interesse jurídico; Como a Greice não quer pagar, temos o Credor e o Devedor, ou seja, há, possuímos, temos a relação jurídica. Aí então Ivair deve pedir a procedência da ação, a condenação, mas a que? A pagar a dívida (valor específico) com juros e correção monetária. A partir da citação da ré corre juros, se o vencimento foi especificado, correrá a partir da data do vencimento; Também se pede para pagar o “ônus de sucumbência” = custas + honorários advocatícios; Parte final da Inicial = “Ante o exposto...”; pede-se que julgue procedente a demanda para condenar a ré Greice ....., a pagar a quantia de R$ .......; corrigida monetariamente, acrescida de juros legais de mora a partir de .../.../...; também que seja condenada a pagar as custas processuais e honorários advocatícios (Art. 20 – mesmo que não o peça na inicial, deve ser pago; o §3º diz que na demanda condenatória os honorários serão de 10%/20% sobre o valor da condenação que é diferente do valor da causa, o §4ºprevê para as demais demandas; o valor dos honorários advocatícios será estabelecido pelo juiz); Ônus de Sucumbência = custas processuais + honorários advocatícios; REQUER: - a citação do réu para que conteste sob pena de revelia; - que preste depoimento pessoal sob pena de confissão; - produção de provas testemunhal (se quisermos podemos desde logo colocar os nomes das testemunhas, ou seja, o rol da testemunhas), documental e pericial e, Requerer todas e quaisquer provas que se tornem necessárias durante o processo; Pede e Espera Deferimento, Data Valor da causa CAUSA DE PEDIR E TEORIAS A) Teoria da Substanciação: por esta teoria a petição inicial define a causa de modo que o fundamento jurídico não descrito não pode ser levado em consideração, isso porque a causa de pedir é só 1 dos elementos identificadores da causa, da demanda. Tanto que não pode haver alteração da causa de pedir ou do pedido após a citação da parte ré, sem o consentimento da mesma e, em hipótese alguma, após saneamento. Art. 264; A fundamentação da demanda corresponde ao conjunto de fatos constitutivos e o fato contrário do réu contrário ao direito. O art. 477 segue a linha da substanciação. B) Teoria da Individualização: basta que a parte especifique a relação jurídica existente, porque ela vai constituir um todo que vai dar base a pretensão do autor; Por esta teoria entende-se como suficiente para a fundamentação da demanda apenas a especificação da relação jurídica. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL ART. 295 = DEFEITOS DA INICIAL Substancial = Indeferida Não Substancial – Correção = Emenda (erro) complementação. Art. 284 INÉPCIA = deficiência insuperável – não cabe emenda = art. 295, I, § único, CPC OBS: a jurisprudência acrescenta mais 1 caso de inépcia, quando a inicial for confusa, que venha a prejudicar a ampla defesa. ART. 295 = Retratação da petição. * o que é sanável = 10 dias*
Compartilhar