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EXPEDIÇÃO
Nesta Expedição, você 
estudará os continentes e os 
oceanos, suas extensões e sua
distribuição no globo terrestre. 
Nesta viagem também 
perceberá que, ao longo da 
história, diferentes povos 
demarcaram territórios e 
fronteiras, criaram governos 
para administrá-los, fundando, 
assim, Estados que deram 
origem ao que chamamos 
também de países. Além disso, 
conhecerá algumas maneiras 
de regionalizar o mundo com 
base em aspectos físicos e em 
critérios de desenvolvimento 
econômico, científico 
e tecnológico.
Espaço mundial: 
diversidade e 
regionalização1
Nota: Nem todas as bandeiras dos Estados do mundo encontram-se representadas na ilustração 
em virtude de existirem muitos países de pequena dimensão territorial.
Hino Nacional
Desde o passado, é uma forma de 
identi� cação de grupos humanos, de 
sentimento grupal, de pertencimento 
a uma nação, país ou Estado. Nosso 
Hino Nacional é o amálgama da 
população de um país. Ao ser ouvido 
ou cantado, o hino provoca emoções 
e desperta o civismo.
Bandeira Nacional
Criada em 1889 com a Proclamação 
da República, substituiu a do Império, 
que que continha, no centro, o brasão 
imperial. Este foi trocado pelo círculo azul, 
que representa o céu do Rio de Janeiro 
visto de fora da Terra no momento da 
proclamação, com as estrelas — os 
estados brasileiros e o Distrito Federal — 
e a inscrição “Ordem e Progresso”.
Armas Nacionais
No sentido simbólico, representam um 
instrumento de justiça, de defesa e ainda 
de conquista. São representadas por um 
escudo redondo sobre uma estrela de cinco 
pontas, com o Cruzeiro do Sul no centro e 
sobre uma espada. Apresentam um ramo de 
café à direita e outro de fumo, à esquerda, 
além das inscrições “República Federativa
do Brasil” e “15 de novembro de 1889”.
Os símbolos nacionais do Brasil
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12
Se achar oportuno, faça o seguinte questionamento aos alunos: 
o que representa a bandeira do estado em que você vive? 
Descreva-a.
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Os continentes 
e os oceanos
Estados e população 
do mundo
Diferentes modos 
de ver o mundo
Outras regionalizações 
do espaço mundial
1
2
3
4
PERCURSOSIdentidades nacionais 
A ilustração mostra as bandeiras nacionais aplicadas sobre o território 
dos Estados ou países do mundo. A bandeira é um símbolo nacional; 
é a expressão máxima da identidade de um Estado, ou seja, do 
agrupamento de indivíduos que vivem em determinado território 
e estão submetidos à autoridade de um poder público soberano.
Em 2015, existiam 193 Estados reconhecidos pela Organização 
das Nações Unidas (ONU).
Selo Nacional
É representado por um círculo semelhante 
ao que consta na Bandeira Nacional, 
circundado pelo nome de nosso país: 
“República Federativa do Brasil”. 
O Selo Nacional é empregado para dar 
autenticidade aos documento e atos 
do governo, e ainda nos diplomas e 
certi� cados emitidos por escolas o� ciais.
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o Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço 
mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 168-178.
Verifique sua bagagem
1. Qual é a sua hipótese sobre a formação dos países 
ou Estados representados no mapa?
2. Nem todos os povos estão representados nessa ilustração 
dos continentes. Você sabe de algum exemplo de povo 
ou nação que anseia criar o seu Estado ou país?
13
2. Os curdos, que vivem na Turquia, no Irã, no Iraque, na Armênia e na Síria; os bascos, que vivem 
em um território entre a Espanha e a França; os tibetanos, na Ásia, subjugados pelo Estado chinês; 
os palestinos, no Oriente Médio; entre outros.
1. De maneira geral, agrupamentos sociais, unidos por um passado histórico comum e, principalmente, por costumes, língua, religião, tradições, crenças 
e valores comuns, ao ocuparem um território, procuram se organizar politicamente, dando origem a um Estado, país ou Estado-nação. Cada um deles 
apresenta uma história e é por meio dela que se conhece a formação de cada país.
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PERCURSO
1
Figura 1. Mundo: continentes e oceanos
Fonte: elaborado com base em IBGE. 
Atlas geográfico escolar. 6. ed. 
Rio de Janeiro, 2012. p. 32.
0˚
0˚
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO 
GLACIAL ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
EQUADOR
MAR DAS 
ANTILHAS
MAR DO 
NORTE
MAR 
VERMELHO
MAR 
NEGRO
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MAR 
ARÁBICO
MAR DA CHINA 
MERIDIONAL
 MAR
DE 
BERING
CONTINENTE AM
ERICANO
ÁSIA
EUROPA
CONTINENTE DA OCEANIA
CONTINENTE ANTÁRTICO
MAR DO
LESTE
CONTINENTE EURO-AFRO-ASIÁTICOCáucaso
ÁFRICA
MAR
CÁSPIO MAR
MEDITERRÂNEO
Os Montes Urais, os mares 
Negro e Cáspio e a cordilheira 
do Cáucaso são considerados 
limites naturais entre 
a Europa e a Ásia. 
Os continentes
e os oceanos
 Os continentes 
As grandes extensões de terras emersas da crosta terrestre, limita-
das pelas águas dos oceanos e mares, recebem o nome de continentes.
Existem dois tipos de critério para determinar o número de conti-
nentes da Terra: o critério geográfico-geológico e o critério histórico-
-cultural.
Segundo o critério geográfico-geológico, que leva em conta a distri-
buição das massas continentais na Terra, existem quatro continentes: 
o Euro-Afro-Asiático, o Americano, o da Oceania e o Antártico. Observe 
a figura 1.
Repare que a porção de terras emersas da Europa nada mais é que 
um prolongamento natural — ou, mais propriamente, uma península 
— das terras emersas da Ásia; por isso, também se fala em continente
Euro-Asiático, ou simplesmente Eurásia.
No passado, a África e a Ásia eram unidas pelo Istmo de Suez, situado 
entre o Egito (África) e a Península da Arábia (Ásia). Com a construção 
do Canal de Suez (figura 2), em 1869, o istmo foi “cortado”, permitindo 
a navegação entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo (figura 3).
Em vista disso, pode-se compreender por que essa enorme porção de 
terra emersa também é chamada de continente Euro-Afro-Asiático.
1 
3.030 km
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Península
Porção de terra cercada 
de água por todos os lados, 
exceto por um, pelo qual 
se liga ao continente.
Istmo
Estreita faixa de terra 
situada entre dois mares.
Navegar é preciso
Formação dos 
continentes (IBGE)
Aprenda mais sobre a 
formação dos continentes 
e a movimentação das 
placas tectônicas, de 
maneira clara e ilustrada.
14 ExPEDIçãO 1
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Figura 3. O Istmo de Suez unia a África à Ásia
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EUROPA
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OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
0º
30º L
EQUADOR
TRÓPICO DE CÂNCER
MAR
ARÁBICO
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MAR MEDITERRÂNEO
Península
da Arábia
Istmo 
de Suez
Port Said
Ismailia
MAR
VERMELHO
Rio Nilo
30º L 
30º N
Canal
de Suez
Península
do Sinai
Golfo de Suez
ÁFRICAÁFRICAÁFRICA
ATLÂNTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
M
AR VERM
ELHO
M
AR VERM
ELHO
M
AR VERM
ELHO
EGITO
Cairo
MAR MEDITERRÂNEO
No entanto, de acordo com o critério histórico-
-cultural, que considera a história dos povos e suas 
culturas (línguas, religiões e costumes), o continen-
te Euro-Afro-Asiático subdivide-se em três conti-
nentes: Europa, África e Ásia — afinal, asiáticos, 
europeus e africanos são povos de culturas e histó-
rias muito diferentes.
O critério histórico-cultural é o mais utilizado, 
pois a importância desses fatores na formação de 
povos e países é maior do que a dos fatores natu-
rais. Segundo essa perspectiva, há seis continentes: 
Europa, África, Ásia, América, Oceania e Antártida 
(reveja a figura 1, identificando-os pelas cores).
A superfícieno 
relatório Situação Mundial 
da Infância, clicando em 
 “Biblioteca”, e conheça 
os diferentes níveis de 
desenvolvimento social 
entre eles.
32 ExPEDIçãO 1
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Figura 22. Mundo: PIB per capita – 2012
•	 Desigualdades no IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano)
Outro modo de observar o mundo e regionalizá-lo é segundo o Índice 
de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado pelo Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a fim de avaliar as condições de 
vida de um país. 
Segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano 2015, o IDH de 2014
foi calculado considerando o índice de esperança de vida ao nascer, a mé-
dia dos anos de estudo da população acima de 25 anos, a expectativa de 
anos de escolaridade e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita.
Estatisticamente, o IDH de 2014 distribuiu o total de países estuda-
dos em 4 grupos: o 1o quarto de maior IDH foi classificado como muito 
elevado (igual ou superior a 0,800); o 2o quarto, elevado (entre 0,700 
e 0,799); o 3o, médio (entre 0,550 e 0,699); e o 4o, baixo (menor que 
0,550). Quanto mais próximo de 1, mais alto é o desenvolvimento.
O mapa do IDH mundial de 2014 revela as desigualdades socioeconômi-
cas existentes entre os países. Na Suécia, por exemplo, a esperança de vida 
ao nascer era de 82,2 anos, a média de anos de estudo era de 12,1 anos, a 
expectatica de anos de escolaridade era de 15,8 anos, o RNB per capita era 
de 45.636 dólares e o IDH era de 0,907. Já em Moçambique, a esperança de 
vida média era de 55,1 anos, a média de anos de estudo era de 3,2 anos, a 
expectativa de anos de escolaridade era de 9,3 anos e o RNB per capita era 
de 1.123 dólares — o IDH do país era de 0,416. Quanto ao Brasil, os dados 
de 2014 são, respectivamente: 74,5 anos; 7,7 anos; 15,2 anos; 15.238 dóla-
res; e 0,755. Observe a figura 23, na página seguinte.
Fonte: PNUD. Human Development Reports. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.
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CÍRCULO POLAR ÁRTICOCÍRCULO POLAR ÁRTICO
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
0°
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
0°
 OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
PIB per capita (em dólares PPC*)
Maior que 25.000
De 17.667 a 25.000
De 10.334 a 17.667
De 3.001 a 10.334 
Menor que 3.001
Sem dados 
* PPC: Paridade do Poder de Compra. É um método para calcular o poder de compra da população dos países.
Considerando que os bens e serviços têm preços diferentes nos diversos países, o PPC mede quanto
determinada moeda, convertida em dólar, pode comprar em cada um deles. 2.060 km
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33PERCURSO 3
Expectativa de anos 
de escolaridade
É a quantidade de anos 
de escolaridade esperados 
para crianças em idade 
de entrada na escola.
Rendimento Nacional 
Bruto (RNB)
Valor total enviado para 
dentro de um país por 
pessoas e empresas 
nacionais estabelecidas no 
exterior, subtraindo-se 
o valor enviado ao exterior 
por pessoas e empresas 
estrangeiras estabelecidas 
no país, e o resultado 
somado ao PIB do país.
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Foi desenvolvido o índice “Big Mac”, ou 
seja, relativo ao preço desse sanduíche 
nos diversos países do mundo 
considerando que a rede de lanchonetes 
McDonald´s está presente em cerca 
de 120 países com aproximadamente 
33 mil lojas. Em 2011, o Big Mac, nos 
Estados Unidos, custava US$ 4,07; no 
Brasil, US$ 6,16; e na Noruega, que 
possui o preço mais caro, US$ 8,31. 
Multiplicando-se US$ 6,16 pela taxa de 
câmbio no Brasil, obtém-se o valor do 
Big Mac em reais. Vê-se, assim, que 
o Big Mac tem diferentes preços de 
um país para o outro, podendo nos 
dar a ideia do PPC.
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Figura 23. Mundo: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 2014
Figura 24. Brasil: Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH) – 2010
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 
50° O
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Observações sobre o IDH
Ao mostrar a média nacional, o IDH oculta 
as diferenças regionais internas do país. Mes-
mo em países ricos, como os Estados Unidos, 
há diferenças regionais marcantes. O mesmo 
se pode afirmar em relação ao Brasil, confor-
me se vê na figura 24.
Embora o Brasil esteja entre os países de IDH 
elevado, em 2014, não se pode ignorar que vá-
rios indicadores socioeconômicos brasileiros es-
tão muito defasados em relação aos de países 
europeus, como a Sérvia, a Ucrânia e outros que 
estão no mesmo grupo de IDH em que se situa 
o Brasil. O IDH elevado do Brasil esconde diver-
sas desigualdades sociais: o saneamento básico 
é ainda muito deficiente; em 2012, a mortalida-
de infantil era elevada (15,7‰) e a taxa de anal-
fabetismo de adultos era de 8,7%. Além disso, 
há grande desigualdade de renda entre a popu-
lação, e muitos brasileiros vivem na condição de 
pobreza extrema. Em 2013, cerca de 20% das 
famílias brasileiras tinham rendimento per capi-
ta de até meio salário mínimo. 
Fonte: PNUD. Ranking IDHM Unidades da Federação 2010. Disponível em: 
. 
Acesso em: 26 out. 2015.
Em 2014, o Pnud alterou a metodologia de cálculo do IDH. 
Assim, os dados do IDH a partir de 2014 não são 
comparáveis aos dados de anos anteriores. 
Os IDHs dos estados do Brasil não podem ser comparados aos IDHs dos 
países do mundo (figura 24) em virtude da diferença de metodologia 
de cálculo.
Fonte: PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano 2015. 
Nova York: ONU, 2015. p. 230-233. Disponível em: . 
Aceso em: 22 mar. 2016.
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1.970 km
550 km
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EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICOCÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
0°
0°
Muito elevado (igual ou superior a 0,800)
Elevado (entre 0,700 e 0,799)
Médio (entre 0,550 e 0,699)
Baixo (menor que 0,550)
Sem dados
75° lugar
Brasil
0,755
O maior
Noruega
0,944
O menor
Níger
0,348
75° lugar
Brasil
0,755
O maiorO maior
NoruegaNoruegaNoruegaNoruega
0,944
O menor
Índice de Desenvolvimento
Humano
Abaixo de 0,655
De 0,656 a 0,680
De 0,681 a 0,705
De 0,706 a 0,730
Acima de 0,731
Índice de Desenvolvimento
Humano
Abaixo de 0,655
De 0,656 a 0,680
De 0,681 a 0,705
De 0,706 a 0,730
Acima de 0,731
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A Série Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, do Pnud, lançado em 2013, que traz dados 
relativos ao ano de 2010, era a mais recente publicação à época da elaboração da figura 24 (dez. 2014).
Para consultar dados mais recentes do IDH e do IDHM (do município), visite o endereço eletrônico: .
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stação Cidadania
O que jovens disseram que deveria ser 
prioridade na agenda de desenvolvimento 
sustentável pós-2015?
“As Nações Unidas e organizações parceiras patrocinaram a pes-
quisa mundial My World (Meu Mundo) por meio da qual 597 mil 
jovens entre as idades de 10 e 24 anos classificaram suas priorida-
des para o mundo a partir de 2015, quando termina o período para 
se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Cerca de 
65 mil votos vieram de jovens de países com Índice deDesenvol-
vimento Humano muito elevado, enquanto cerca de 532 mil foram 
obtidos em países com uma baixa pontuação no Índice de Desen-
volvimento Humano. O Índice de Desenvolvimento Humano é uma 
medida resumo do desempenho médio nas principais dimen-
sões do desenvolvimento humano: vida longa e saudável, ter 
conhecimento e um padrão de vida decente.”
UNFPA. Relatório sobre a Situação da População Mundial 2014. Nova York: 
ONU, 2014. p. 85. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.
Classificação
400350300250200
Milhares de votos
150100500
26,567
303,9412
3
Um governo honesto e responsivo
22,794
292,8213
5
Melhorias na atenção à saúde
24,288
263,7504
4
Alimentos acessíveis e nutritivos
7,115
253,8415
15
Energia confiável em casa
22,517
248,8366
6
Proteção contra o crime e a violência
21,424
204,3777
8
Igualdade entre homens e mulheres
18,345
177,1118
10
Melhores oportunidades de trabalho
8,819
171,9429
13
Apoio para as pessoas que
 não podem trabalhar
8,409
171,39710
14
Acesso à telefonia e internet
5,873
143,44011
16
Melhorias no transporte e vias de acesso
26,951
142,44212
2
Acesso a água potável e saneamento
22,140
137,85313
7
Ausência de discriminação e perseguição
14,892
137,84614
12
Liberdades políticas
20,452
69,33715
9
Proteção de florestas, rios e oceanos
18,202
39,27516
11
Que sejam tomadas medidas em
 relação à mudança climática
37,955
363,6371
1
Uma boa educação
Em países com baixos níveis de desenvolvimento humano
Em países com altos níveis de desenvolvimento humano
Nota: Observe que as barras azuis foram classificadas na ordem decrescente, 
enquanto as vermelhas não seguem essa ordem: foram classificadas pelos 
números à esquerda delas.
Fonte: UNFPA. Relatório sobre a Situação da 
População Mundial 2014. Nova York: ONU, 2014. 
p. 85. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.
Objetivos de 
Desenvolvimento 
do Milênio
Pacto firmado em 2000 
entre os países-membros 
da ONU para eliminação 
e redução, até 2015, de 
problemas que atingiam 
parcelas da população 
mundial (pobreza, fome, 
mortalidade etc.).
a
d
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so
n
 s
ec
co
Interprete
1. A ordem das 16 
prioridades apontadas 
pelos dois grupos de 
jovens entrevistados, 
classifi cados segundo 
o IDH, coincide ou 
é diferente?
Argumente
2. Das prioridades que 
aparecem no gráfi co, 
qual você acha a mais 
importante. Por quê?
3. Na sua opinião, por que 
o grupo dos jovens de 
países com alto IDH 
apontou o “acesso 
à água potável e 
saneamento” como 
a segunda prioridade?
Contextualize
4. Aponte uma prioridade 
que não aparece na 
pesquisa, mas que você 
acha fundamental para 
o seu espaço geográfi co 
de vivência.
35PERCURSO 3
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Saúde Meio 
Ambiente
Ética
Para o conceito de “desenvolvimento 
sustentável”, remeta os alunos à página 64.
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PERCURSO
4 Outras regionalizações 
do espaço mundial
 Países desenvolvidos e subdesenvolvidos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ficou eviden-
te a grande desigualdade econômica, social, científica e tecnológica exis-
tente entre os países. 
Isso ocorreu principalmente porque, durante a guerra, as principais 
potências — Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido, França, 
Alemanha, Itália e Japão — mostraram ao mundo seu poderio bélico 
por meio de diversos armamentos, bombas e aeronaves sofisticadas 
(figura 25). Esses armamentos resultavam do grande avanço cien-
tífico e tecnológico decorrente do desenvolvimento econômico por 
elas alcançado.
Diante desse quadro mundial, a partir da década de 1950, as expres-
sões países desenvolvidos e países subdesenvolvidos começaram a ser 
amplamente utilizadas, referindo-se, respectivamente, aos países com 
elevado desenvolvimento econômico e àqueles que não apresentavam 
tal desenvolvimento. Observe a figura 26, na página seguinte. 
1 
Figura 25. Aviões 
bombardeiros dos Estados 
Unidos retornam para porta-
-aviões após completarem 
missão contra alvos japoneses 
no Mar da China, durante 
a Segunda Guerra Mundial 
(janeiro de 1945).
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União Soviética
ou União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas 
(URSS)
Constituía um Estado 
multinacional dividido 
em 15 repúblicas 
socialistas, que obtiveram 
a independência em 1991. 
São elas: Rússia, Ucrânia, 
Belarus, Lituânia, Estônia, 
Letônia, Cazaquistão, 
Armênia, Moldávia, 
Quirguistão, Azerbaidjão, 
Geórgia, Tadjiquistão, 
Turcomenistão 
e Uzbequistão.
36 ExPEDIçãO 1
Se necessário, explicar que o termo 
“socialista” refere-se ao indivíduo ou 
ao Estado partidário do socialismo 
— modo de organização da vida 
econômica e social que se caracteriza 
pela não existência da propriedade 
privada dos meios de produção.
PDF-012-047-EG8-U01-M.indd 36 01/06/16 00:25
Essa regionalização fazia sentido na época em que foi criada, apesar 
de ser generalizante. Entretanto, com o passar dos anos, alguns países 
classificados como subdesenvolvidos iniciaram o processo de industria-
lização e modernização, diferenciando-se dos demais. Assim, a divisão 
dos países em desenvolvidos e subdesenvolvidos tornou-se insuficiente 
para abarcar a nova realidade mundial.
 Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos
Outra maneira de regionalizar o mundo foi introduzida após a Segun-
da Guerra Mundial. Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy, ao es-
tudar a economia mundial, usou pela primeira vez a expressão Terceiro 
Mundo, referindo-se aos países que não tinham participação nas deci-
sões políticas mundiais e apresentavam atraso significativo no desenvol-
vimento científico, tecnológico, econômico e social em relação aos países 
desenvolvidos.
Após ter sido usada por Sauvy, essa expressão popularizou-se nos 
meios jornalísticos, diplomáticos e acadêmicos entre 1952 e 1991. Assim, 
com base no nível de desenvolvimento econômico e na organização so-
cioeconômica dos países, costumou-se também regionalizar o mun-
do em: Primeiro Mundo, que reunia países capitalistas desenvolvidos; 
Segundo Mundo, formado pelos países socialistas de economia planificada; 
e Terceiro Mundo, reunindo os países capitalistas subdesenvolvidos. 
Observe a figura 27, na página seguinte.
2 
Figura 26. Mundo: países desenvolvidos e subdesenvolvidos – 1950
A divisão política da África em 1950 não corresponde à mostrada no mapa. Nesse ano, quase toda a África 
era formada por colônias europeias. O processo de formação dos Estados nacionais africanos teve início 
em 1957 e se prolongou pelas décadas seguintes. A última alteração de fronteira de grande importância 
aconteceu em 2011, com a independência do Sudão do Sul.
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
0°
0°
Países desenvolvidos
Países subdesenvolvidos
ÁSIA
AMÉRICA
DO
SUL
AMÉRICA
DO
NORTE
AMÉRICA
CENTRAL
EUROPA
OCEANIA
ÁFRICA
Fonte: elaborado com base em KIDRON, Michael; SEGAL, Ronald. Atlas del estado del mundo. Barcelona: 
Serbal, 1982. p. 43. 
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Quem lê viaja mais
NOVAES, Carlos Eduardo. 
Capitalismo para 
principiantes. 27. ed. 
São Paulo: Ática, 2003.
Com linguagem clara e bom 
humor, o autor esclarece 
o surgimento do capitalismo 
e seu desenvolvimento 
ao longo da história.
37PERCURSO 4
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Com a desagregação do bloco socialista no final da década de 1980 
e início da década de 1990 (figura 28), a expressão“Segundo Mundo” 
perdeu o sentido. Entretanto, ainda são de uso corrente as expressões 
“Primeiro Mundo” e “Terceiro Mundo”, quando se quer designar, respec-
tivamente, os países desenvolvidos e os países menos desenvolvidos de 
modo geral. 
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICOPaíses capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo)
Países de economia planificada (Segundo Mundo)
Países capitalistas subdesenvolvidos (Terceiro Mundo)
CANADÁ
ESTADOS
UNIDOS
CUBA
BRASIL
FRANÇA
URSS
JAPÃO
ÍNDIA
ARÁBIA
SAUDITA
CHINA
NAMÍBIA
AUSTRÁLIA
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ZELÂNDIA
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO 
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
 OCEANO GLACIAL ÁRTICO
0º
0º
TRÓPICO DE CÂNCER
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
EQUADOR
Figura 27. Mundo: regionalização com base na organização socioeconômica – 1952-1991 
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICOPaíses capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo)
Países de economia planificada (Segundo Mundo)
Países capitalistas subdesenvolvidos (Terceiro Mundo)
CANADÁ
ESTADOS
UNIDOS
CUBA
BRASIL
FRANÇA
URSS
JAPÃO
ÍNDIA
ARÁBIA
SAUDITA
CHINA
NAMÍBIA
AUSTRÁLIA
NOVA
ZELÂNDIA
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO 
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
 OCEANO GLACIAL ÁRTICO
0º
0º
TRÓPICO DE CÂNCER
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
EQUADOR
Fonte: Guia do Terceiro Mundo 1989-1990. Rio de Janeiro: 
Terceiro Mundo, 1990. p. 23.
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Figura 28. Com o fim da 
Segunda Guerra Mundial, 
o mundo foi dividido entre os 
blocos socialista — liderado 
pela URSS — e capitalista — 
comandado pelos Estados 
Unidos. A representação 
física dessa divisão foi 
construída em 1961, em 
Berlim. O muro dividiu a 
cidade até 1989, quando foi 
derrubado, simbolizando 
a reunificação da Alemanha 
e o fim do bloco socialista. 
Na foto, Muro de Berlim 
com policiais da Alemanha 
Oriental observando 
manifestantes no Portão 
de Brandemburgo 
(11 de novembro de 1989).
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 Países do Norte e países do Sul
Durante a década de 1980, a imprensa e os meios diplomáticos pas-
saram a utilizar as expressões “Norte” para referir-se aos países desen-
volvidos e “Sul”, aos subdesenvolvidos.
Essas expressões têm como base a posição geográfica dos países no 
globo terrestre, embora não seja em relação à linha equatorial. Por esse 
critério, o Norte corresponde aos países situados ao norte dos paí ses 
subdesenvolvidos, ou do Sul, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia. 
Observe a figura 29.
3 
Essa regionalização, ou esse modo de ver o mundo, também não corres- 
ponde à realidade atual. Paí ses como Coreia do Sul, Cingapura e Israel, 
por exemplo, realizaram grandes progressos econômicos e sociais e 
hoje apresentam indicadores sociais semelhantes aos dos países de-
senvolvidos: elevada esperança de vida, baixas taxas de mortalidade 
infantil, boas condições de saneamento básico e alta taxa de alfabetiza-
ção de adultos. Além disso, apresentam significativo desenvolvimento 
industrial e centros de pesquisas científicas e tecnológicas etc.
Da mesma maneira, é um engano considerar que todos os países situa- 
dos ao norte sejam desenvolvidos. Quando a regionalização do mundo 
em Norte e Sul foi realizada, a União Soviética ainda não se havia desin-
tegrado e, naquele contexto, era considerada um país desenvolvido. Isso 
explica por que ex-repúblicas soviéticas, como Uzbequistão, Turcomenistão, 
Quirguistão e Tadjiquistão, foram incluídas no conjunto de países do Nor-
te. No entanto, atualmente esses países apresentam vários indicadores 
sociais mais baixos que os do Brasil, por exemplo. 
Figura 29. Mundo: regionalização em países do Norte e países do Sul – 1985
Fonte: elaborado com base em 
FERREIRA, Graça M. L. Geografia em 
mapas: países do Sul. 2. ed. São Paulo: 
Moderna, 2005. p. 3. 
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
CANADÁ
ESTADOS
UNIDOS
MÉXICO
CUBA
COLÔMBIA
PERU
MARROCOS
ARGÉLIA LÍBIA
ANGOLA
NIGÉRIA
EGITO
REP. DEM.
DO CONGO
ÁFRICA
DO
SUL
ETIÓPIA
POLÔNIA UCRÂNIA
TURQUIA
IRAQUE AFEGANISTÃO
ALEMANHA
SOMÁLIA
BRASIL
ARGENTINA
CHILE
RÚSSIA
ARÁBIA
SAUDITA
DINAMARCA
FRANÇA
ESPANHA ITÁLIA
ÍNDIA
CHINAISRAEL
REINO UNIDO
CINGAPURA
CAZAQUISTÃO
JAPÃO
AUSTRÁLIA
INDONÉSIA
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CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
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0º
Países do Norte
Países do Sul
Limite Norte-Sul
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 Regionalização segundo níveis 
de desenvolvimento
A fim de tornar a regionalização entre países do Norte e do Sul mais 
próxima da realidade atual, alguns estudiosos franceses, com base nos 
níveis de desenvolvimento dos países, realizaram modificações na regio-
nalização anterior (reveja a figura 29). Observe agora a figura 30. 
Além de modificar o traçado da linha que divide o Norte e o Sul, essa 
regionalização anterior com base em características econômicas cria 
subconjuntos de países Tipo Norte e Tipo Sul. Conheça, a seguir, as carac-
terísticas de cada um dos subconjuntos. 
4 
•	 Países Tipo Norte
Nesse grupo, estão os países desenvolvidos, os ex-socialistas e os Ti-
gres Asiáticos. 
Países desenvolvidos 
De modo geral, são países altamente industrializados, com grandes 
investimentos em centros de pesquisa científica, o que lhes confere o do-
mínio de tecnologias avançadas em diversos setores do conhecimento 
(informática, aeroespacial, nuclear, engenharia genética etc.). Apresen-
tam IDH elevado ou muito elevado.
Figura 30. Mundo: regionalização segundo os níveis de desenvolvimento – 2004
Nesse tipo de 
regionalização, como 
está classificado 
o Brasil?
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
CANADÁ
ESTADOS
UNIDOS
BRASIL
ÁFRICA
DO SUL
AUSTRÁLIA
NOVA
ZELÂNDIA
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
0º
0º
REINO
UNIDO
RÚSSIA
CHINA
ÍNDIA
JAPÃO
ISRAEL
FILIPINAS
HONG KONG
MALÁSIA
CINGAPURA
INDONÉSIA
TAIWAN
COREIA 
DO SUL
TAILÂNDIA
Desenvolvidos
Países ex-socialistas
(em transição para o desenvolvimento)
Tigres Asiáticos
Emergentes
Menos avançados (estagnados ou em regressão)
Em situação intermediária
Exportadores de petróleo (renda elevada)
Novos Tigres Asiáticos
Limite Norte-Sul
Países Tipo SulPaíses Tipo Norte
Fonte: ÍSOLA, Leda; CALDINI, Vera. Atlas 
geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 
2005. p. 113.
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O Brasil está entre os países 
do Tipo Sul, classificado 
como país emergente. 
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Entretanto, cabe lembrar que os países clas-
sificados como desenvolvidos não formam um 
conjunto homogêneo. Há diferenças entre eles, 
principalmente no desenvolvimento científi-
co e tecnológico. A liderança nesse setor cabe 
a Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Uni-
do e França. Além disso, esse grupo de países 
apresenta, em menor grau que os países subde-
senvolvidos, alguns problemas sociais, como se 
pode observar na figura 31.
País IDH
Eslovênia 0,880
República Tcheca 0,870
Polônia 0,843
Hungria 0,828
Rússia 0,798
Fonte: PNUD. Relatório de 
Desenvolvimento Humano 2015. Nova 
York: ONU, 2015. p. 230. Disponívelem: 
. 
Acesso em: 22 mar. 2016.
Figura 31. Pessoas sem 
moradia abrigando-se em 
baixo de uma ponte em 
Paris, França (2014).
Países ex-socialistas
De modo geral, os Estados europeus que adotaram o regime socialista 
investiram pesadamente na industrialização e realizaram grandes inves-
timentos em saúde, em centros de pesquisa, na educação em diferentes 
níveis etc.
Por volta do final dos anos 1980 e início dos 1990, os países do 
bloco socialista, diante do crescente descontentamento da população 
com a falta de liberdades democráticas, entre outras razões, abando-
naram o regime socialista e implantaram o sistema capitalista. No en-
tanto, a infraestrutura industrial, educacional e de saúde (tabela 4), 
construída ao longo do socialismo, permaneceu. Isso explica o fato de 
que, nessa regionalização, esses países pertençam ao grupo de paí-
ses do Tipo Norte.
Os Tigres Asiáticos
A figura do tigre representa, no imaginário oriental, astúcia e força. 
Por isso, a expressão “Tigres Asiáticos” é usada para designar os paí ses 
da Ásia que, em curto período, apresentaram intenso e contínuo desen-
volvimento econômico e social. São chamados também de Novos Países 
Industriais, pois se industrializaram após a Segunda Guerra Mundial, di-
ferenciando-se daqueles que passaram pelas revoluções industriais nos 
séculos xVIII, xIx e início do século xx.
Observe novamente as figuras 29 e 30. Na regionalização da figura 
29, Israel e os Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong 
Kong) pertencem ao conjunto dos países do Sul.
Entretanto, de 1960 aos dias atuais, esses países apresentaram 
um intenso e contínuo desenvolvimento econômico e social. Indus-
trializaram-se com muita rapidez, implantaram centros de pesquisa 
de tecnologia avançada, investiram em educação e equipararam seus 
indicadores sociais aos dos países desenvolvidos da Europa e da América 
do Norte. Isso justifica sua presença no conjunto de países Tipo Norte da 
figura 30. 
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Tabela 4. IDH de alguns 
países ex-socialistas 
– 2014
Hong Kong 
Território localizado no 
litoral meridional da China, 
que fez parte do império 
colonial da Grã-Bretanha 
entre 1842 e 1997, 
quando foi devolvido 
à China, tornando-se uma 
Região Administrativa 
Especial desse país. Possui 
autonomia em diversas 
áreas e caracteriza-se 
como importante centro 
financeiro da economia 
capitalista mundial. 
41PERCURSO 4
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•	 Países Tipo Sul
Nesse grupo, estão os países emergentes, os menos avançados, os 
países considerados em situação intermediária, os exportadores de pe-
tróleo e os Novos Tigres Asiáticos. 
Emergentes
México, Brasil, Chile, Argentina, África do Sul, Índia, China e al-
guns outros países são chamados, no atual cenário internacional, de 
países emergentes, em decorrência de certas características: consi-
derável industrialização, crescimento econômico, domínio de alguns 
setores avançados de ciência e tecnologia e atração de investimen-
tos estrangeiros. Quatro desses países emergentes são conhecidos 
com o nome Brics.
Entretanto, por não considerar as condições de vida da população, 
a expressão “emergente”, tal como “país em desenvolvimento”, pode 
mascarar graves problemas sociais ainda não superados por esses paí-
ses, em que grande parcela da população é privada de boas condições de 
vida (tabela 5).
Brics 
Sigla formada pelas 
primeiras letras de Brasil, 
Rússia, Índia, China 
e África do Sul (em 
inglês, South Africa). A 
denominação foi sugerida 
pelo economista britânico 
Jim O’Neill, em 2001. 
Entretanto, esse bloco 
político e econômico 
se constituiu oficialmente 
em 2009 com os 
objetivos de cooperação 
para o crescimento e 
o desenvolvimento 
socioeconômico, 
de cooperação científica, 
entre outros. Do ponto 
de vista geopolítico, 
deverá representar um 
contraponto ao poder 
mundial exercido pelos 
Estados Unidos e 
pelos países da 
Europa Ocidental.
Tabela 5. IDH, mortalidade infantil e porcentagem da população com renda igual 
ou inferior a US$ 1,25 por dia de alguns países emergentes e desenvolvidos
País IDH*
Mortalidade 
infantil de menores 
de 1 ano (‰)**
População com renda 
igual ou inferior a 
1,25 (em dólares PPC) 
por dia (%)***
Países emergentes
México 0,756 12,5 1,0
Chile 0,832 7,1 s/d
Argentina 0,836 11,9 1,4
Brasil 0,755 12,3 3,8
África do Sul 0,666 32,8 9,4
Índia 0,609 41,4 23,6
China 0,727 10,9 6,3
Países desenvolvidos
Canadá 0,913 4,6 s/d
Alemanha 0,916 3,2 s/d
Itália 0,873 3,0 s/d
Fonte: PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Nova York: ONU, 2015. Disponível em: 
. Acesso em: 22 mar. 2016.
s/d = sem dado. / * Dados de 2014. / ** Dados de 2013. / *** Dados de 2012.
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Outros subconjuntos de países Tipo Sul
O subconjunto de países exportadores de petróleo apresenta renda 
elevada. Entretanto, nesses países existe grande concentração da ren-
da nas mãos de classes sociais privilegiadas, que gozam de alto nível de 
vida, enquanto uma parcela significativa da população encontra-se em 
condições mínimas de sobrevivência.
Os Novos Tigres Asiáticos, chamados também de Nova Geração de 
Tigres Asiáticos — Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas —, depois 
da liberalização de suas economias no final dos anos 1980, atraíram 
muitos investimentos estrangeiros que impulsionaram a industrializa-
ção e o crescimento econômico, levando-os a se diferenciar do conjunto 
dos países menos avançados e em situação intermediária — países que 
se encontram entre os emergentes e os menos avançados. Entretanto, 
a exemplo dos emergentes, grande parcela 
da população desses países tem condições de 
vida precárias.
A situação social mais dramática é en-
contrada no subconjunto de países me-
nos avançados. Grande parte desses países 
se localiza na África; na Ásia, reúne Afega- 
nistão, Nepal, Paquistão e Iêmen; e, na Améri-
ca, destaca-se o Haiti. Os indicadores sociais 
desses países são os mais baixos (tabela 6), 
se comparados aos dos demais subconjun-
tos. A economia é assentada, principalmen-
te, na agricultura e na exploração mineral. 
Embora esses países sejam produtores de 
café, algodão, amendoim, cacau etc., boa 
parte da população apresenta déficit ali-
mentar e, em consequência, taxas elevadas 
de desnutrição.
 O caráter transitório das regionalizações
Como você viu, não é tarefa fácil regionalizar o mundo de acordo 
com o desenvolvimento econômico e social dos países. Há grande 
diversidade em relação a esse aspecto, e o dinamismo das socie-
dades humanas pode alterar essas características em pouco tem-
po. Por isso, as regionalizações com base nesse critério têm caráter 
transitório.
No entanto, o estudo desse assunto poderá instigá-lo a lançar um 
novo olhar sobre o mundo e, certamente, muitas perguntas e ques-
tionamentos surgirão. Afinal, por que existem tantas desigualdades 
econômicas e sociais? Por que alguns países oferecem condições de 
vida dignas e outros mantêm parcela significativa da população em 
condições precárias?
5 
Tabela 6. Indicadores sociais de alguns países menos avançados
País IDH*
Taxa de mortalidade 
infantil de menores 
de 1 ano (‰)**
Esperança de 
vida média 
(anos)*
Burkina Fasso 0,402 64,1 58,7
Guiné Bissau 0,420 77,9 55,2
Etiópia 0,442 44,4 64,1
Zâmbia 0,586 55,8 60,1
Haiti 0,483 54,7 62,8
Nepal 0,548 32,2 69,6
Iêmen 0,498 40,4 63,8
Paquistão 0,538 69,0 66,2
Fonte: PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Nova York: ONU, 
2015. Disponívelem: . Acesso em: 22 mar. 2016.
* Dados de 2014. 
** Dados de 2013.
43PERCURSO 4
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Atividades dos percursosAtividades dos percursos 3 e 4
Mundo: habitações precárias
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
0°
0°
 OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
Parte da população
urbana vivendo em
habitações precárias
(%)
Menos de 10,0
De 10,0 a 30,0
De 30,1 a 60,0
Mais de 60,0
Revendo conteúdos
1 Cite os cinco principais conjuntos de pai-
sagens naturais da Terra e indique a 
paisagem à qual pertence a localidade 
onde você mora.
2 Em relação ao PIB, responda.
a) O que é?
b) Quais eram as dez principais economias 
em 2014?
c) Se somarmos o PIB das dez maiores 
economias do mundo em 2014, essa 
soma corresponderá a que porcenta-
gem do PIB mundial?
3 Aponte a relação entre PIB per capita e 
desenvolvimento econômico e social.
4 Em relação ao Índice de Desenvolvi-
mento Humano (IDH):
a) Explique o que é.
b) O Brasil integra o conjunto de países de 
IDH elevado. Isso significa que toda a 
população brasileira tem boas condi-
ções de vida? Explique.
5 Por que se pode considerar generalizante 
a regionalização do mundo em países 
desenvolvidos e subdesenvolvidos, reali-
zada após a Segunda Guerra Mundial?
6 Explique por que a regionalização do 
mundo em países do Norte e países do Sul 
não corresponde à realidade atual.
7 Até recentemente empregavam-se as 
expressões “Primeiro Mundo”, “Segun-
do Mundo” e “Terceiro Mundo” para
designar três conjuntos de países do 
mundo. Explique o que eram e por que 
não tem mais sentido o termo Segundo 
Mundo.
8 Cite os países que foram denominados 
“Tigres Asiáticos” pelo intenso cresci-
mento socioeconômico que apresen-
taram nos anos 1960 e seguintes e os 
países que formam os “Novos Tigres 
Asiáticos”.
Leituras cartográficas
9 Observe o mapa e responda.
• Há relação entre esse 
mapa e a regionaliza-
ção do mundo segundo 
os níveis de desenvolvi-
mento, representada na 
figura 30? Explique.
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas 
geográfico: espaço mundial. 4. ed. 
São Paulo: Moderna, 2013. p. 45. 
2.630 km
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45
Mundo: população subnutrida
CANADÁ
ESTADOS
UNIDOS
BRASIL
RDC
RÚSSIA
CHINA
INDONÉSIA
AUSTRÁLIA
0º
Menos de 5
De 5 a 10
De 11 a 25
De 26 a 40
De 41 a 69
Sem dados
Parte da população
subnutrida na população
total (%)
Áreas de penúria
alimentar recorrente
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO M
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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
0°
10 Observe o mapa.
• Compare esse mapa com o mapa da figura 30, na página 40. Que relações 
podem ser estabelecidas entre os assuntos neles representados?
Explore
11 Leia o texto e responda às questões.
“Os anos 20 deste século podem marcar 
a consolidação do fortalecimento de países 
emergentes como potências econômicas e 
políticas [...]. Segundo acadêmicos e institui-
ções de pesquisa, os chamados BRICs (Brasil, 
Rússia, Índia e China) serão peças-chave des-
sa nova ordem. [...]
O valor do PIB dará posição de destaque a 
esses países no ranking global de economias, 
mas não será suficiente para levar as popu-
lações desses países a padrões de vida próxi-
mos ao dos países hoje considerados ricos.”
SALEK, Silvia. Década de 2020 deve consolidar 
poder dos BRICs. BBC Brasil, Londres, 30 mar. 2009. 
Disponível em: . 
Acesso em: 26 out. 2015.
a) Com base em seus conhecimentos, aponte 
as características comuns dos países deno-
minados BRICs?
b) Que contradição há entre o PIB elevado 
o desenvolvimento social dos BRICs?
• Qual é a sua explicação para a Finlândia 
apresentar o maior porcentual de idosos no 
conjunto de sua população em relação aos 
demais países representados na tabela?
Presença de idosos nas populações, por país (em %)
Fonte: UNFPA. Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011. 
p. 34. Disponível em: . 
Acesso em: 26 out. 2015.
60 anos 
ou mais
65 anos 
ou mais
80 anos 
ou mais
China 12,3 8,2 1,4
Egito 8,0 5,0 0,7
Etiópia 5,2 3,3 0,4
Finlândia 24,8 17,2 4,7
Índia 7,6 4,9 0,7
México 9,0 6,3 1,3
Moçambique 5,1 3,3 0,4
Nigéria 5,0 3,2 1,1
Antiga República 
Iugoslava da 
Macedônia
16,7 11,8 2,1
12 Utilize seus conhecimentos e interprete 
a tabela a seguir.
Fonte: FERREIRA, Graça 
M. L. Atlas geográfico: 
espaço mundial. 4. ed. 
São Paulo: Moderna, 
2013. p. 39. 
3.020 km
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No Brasil, a população com 60 anos ou mais é de 13% 
em relação à população total, segundo o Censo 2010.
Esclareça aos alunos que o texto foi escrito antes da entrada 
da África do Sul no grupo Brics.
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Desembarque
em outras linguagens
DesembarqueDesembarqueDesembarque
em outras linguagens
46
Um jeito diferente de compreender
o mundo
ao longo desta expedição, você conheceu diferentes formas 
de observar o mundo do ponto de vista da ciência geográfica. 
agora, vai descobrir que a arte também é capaz de revelar 
formas diferentes e, muitas vezes, inusitadas de observar, com-
preender e representar o mundo em que vivemos. 
é o caso da obra de vik muniz, fotógrafo e artista plástico
 que encontrou um jeito inovador de representar o espaço 
geográfico mundial. 
nas mãos dele, materiais simples, como serragem, areia, al-
godão, chocolate, açúcar, terra, barbante, mel ou até mesmo 
lixo, transformam-se em uma espécie de “tinta”, usada de ma-
neira livre e criativa para questionar, principalmente, a relação 
da humanidade com o meio ambiente. 
Segundo a ONU, o Brasil é a nação emergente que gera o maior volume 
de lixo eletrônico per capita por ano. A maior parte desse tipo de lixo 
é gerada pelos países ricos. A imagem mostra a representação dos 
continentes de Vik Muniz, de 2008, feita com sucata de computadores.
A obra de Giovanni Francesco Barbieri (Guercino), Atlas segurando o 
globo celeste (1646), à esquerda, retrata Atlas, que, segundo a mitologia 
grega, foi condenado por Zeus a sustentar, eternamente, o globo 
terrestre. À direita, o Atlas, d’après Guercino (2007), de Vik Muniz, carrega 
o peso do lixo do mundo, obra feita com objetos encontrados no lixo.
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VIK MUNIZ:
GEOGRAFIA E ARTES PLÁSTICAS
Vik Muniz (Vicente José de Oli-
veira Muniz) é um artista plásti-
co de muito renome no mundo. 
Nasceu em São Paulo, em 1961, 
e cursou Publicidade e Propagan-
da. Desde 1983 reside e trabalha 
em Nova York, nos Estados Uni-
dos. Além de desenhista, o artista 
é fotógrafo, pintor e gravurista, 
e usa algumas dessas diferentes 
técnicas combinadas em várias 
obras. Seus trabalhos chamam a 
atenção tanto pelo caráter inu-
sitado dos materiais utilizados 
como por sua postura crítica em 
relação à sociedade de consumo. 
Em 2010, o documentárioLixo 
extraordinário, que trata do seu 
trabalho com os catadores de lixo 
do Jardim Gramacho (RJ), foi in-
dicado ao Oscar.
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Passa a utilizar materiais descartados 
em ferros-velhos e lixões, com o intuito 
de estimular a conscientização da 
população a respeito do consumo 
exagerado e da questão ambiental. 
Woman ironing (Isis) data desse 
período (2008) e integra a série 
“Imagens de lixo”. 
Década de 2000
Década de 1990
O estilo incomum o faz destacar-se no 
mundo das artes. Seus trabalhos passaram 
a ser elaborados em séries e denominados 
conforme o material utilizado. Fossil (1998) 
integra a série “Imagens de terra”.
Década de 2010
Por meio de fragmentos de fotos 
retiradas de recordações de famílias, 
realiza colagens como Bain de 
soleil (Banho de Sol), criando a série 
“Álbum” (2014), para problematizar 
como a fotografia perdeu a dimensão 
solene e de intimidade que tinha até 
pouco mais da metade do século XX, 
tornando-se algo corriqueiro com o 
barateamento do equipamento e o 
advento da tecnologia digital.
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5
UMA VIDA NA ARTE
Caixa de informações
1. Que materiais Vik Muniz utiliza em suas 
obras? Qual deles chamou mais a sua 
atenção? Por quê?
2. Em suas obras feitas com sucata, aqui 
apresentadas, Vik Muniz busca chamar 
a atenção para que problema enfrentado 
atualmente pela humanidade?
Interprete
3. Em Atlas, d’après Guercino, Vik Muniz usou 
sucata para representar o globo carregado 
por Atlas. Em sua opinião, o que o artista quis 
demonstrar ao fazer essa releitura da obra de 
Giovanni F. Barbieri (Guercino)?
4. Com base em seus conhecimentos, por que 
alguns países produzem mais lixo eletrônico 
que outros? Justifi que.
Mãos à obra
5. Com sucata ou papéis coloridos picados, 
faça um quadro ou escultura que retrate 
o problema do lixo nos dias atuais. 
6. Exponha seu trabalho na sala de aula e 
discuta com os colegas a importância da 
reciclagem e da reutilização de materiais.
47PERCURSO 4
Com o professor de Arte, é possível desenvolver uma pesquisa sobre outros artistas brasileiros e estrangeiros que tratam a relação 
da humanidade com o meio ambiente em suas obras.
PDF-012-047-EG8-U01-M.indd 47 01/06/16 00:25terrestre não é formada apenas de 
terras emersas. Há uma enorme quantidade de água 
que cobre o planeta. Descubra a seguir o tamanho 
dos continentes e a relação desses números com a 
área total do planeta. 
Figura 2. O Canal de Suez começou a ser construído em 
1859, com base no projeto do engenheiro francês Ferdinand 
de Lesseps. Em 2015, foi concluída sua ampliação, que 
aumentou a capacidade de navegação ao longo dos 193 km 
de extensão do canal. Na foto, navio petroleiro se desloca 
pelas águas do Canal de Suez, Egito (2015).
Fonte: elaborado com base em SERRYN, Pierre. 
Atlas universal Bordas. Paris: Bordas, 1991. p. 173. 
1.070 km
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Figura 5. Área dos oceanos em relação às massas 
líquidas e em relação ao globo terrestre
Figura 4. Representação das áreas de terras emersas e de águas 
em relação à área total do globo terrestre (em %)
•	 O tamanho dos continentes
A área da superfície terrestre é de aproximadamente 511.000.000 km2. 
Desse total, cerca de 360.650.000 km2 são cobertos de água, o que 
corresponde a aproximadamente 71% da área total do globo.
O restante, cerca de 150.380.000 km2, ou 29%, corresponde às terras 
que estão acima do nível do mar — as terras emersas, ou seja, os conti-
nentes e ilhas (tabela 1 e figura 4).
Cabe assinalar que não há uma medida, nem mesmo um conceito, 
para diferenciar continente de ilha. Há muito tempo, considerou-se que a 
Austrália era o menor dos continentes, com 7.692.024 km2, e a Groen- 
lândia, a maior ilha, com 2.166.086 km2. Com base nisso, compreende-se 
que todas as terras emersas maiores que a Austrália são consideradas con-
tinentes, e todas as menores que a Groenlândia, ilhas.
O continente mais extenso é a Ásia, seguido da América, África, An-
tártida, Europa e Oceania (Austrália mais um conjunto de ilhas).
 Os oceanos e suas áreas 
É difícil, ou mesmo impossível, fixar com exatidão a área dos oceanos, já 
que eles se interconectam. Há, na verdade, apenas um oceano; entretanto, 
historicamente, considera-se a existência de quatro: Atlântico, Pacífico, 
Índico e Glacial Ártico (tabela 2 e figura 5).
2 
Fonte: Calendario Atlante De Agostini 
2014. Novara: Istituto Geografico 
De Agostini, 2013. p. 63.
Na área dos continentes está incluída 
a área das ilhas.
Tabela 2. Área dos oceanos
Oceanos Área em km²
Pacífico 179.650.000
Atlântico 92.040.000
Índico 74.900.000
Glacial Ártico 14.060.000
Total 360.650.000
Fonte: Calendario Atlante De Agostini 
2014. Novara: Istituto Geografico 
De Agostini, 2013. p. 64.
Fonte: elaborado com base em Calendario Atlante De Agostini 2014. Novara: Istituto Geografico 
De Agostini, 2013. p. 63-64. 
Águas
71%
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
GLACIAL ÁRTICO
ANTÁRTIDA ANTÁRTIDA
ÁFRICA
ÁSIA
OCEANIA
EUROPA
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Terras
emersas
29%
Fonte: elaborado com 
base em Calendario 
Atlante De Agostini 
2014. Novara: Istituto 
Geografico De Agostini, 
2013. p. 63-64.
Em relação às massas líquidas
Em
Em relação ao globo terrestre
Pacífico Atlântico Índico Glacial Ártico Total
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20
40
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No seu contexto
Geralmente, 
usa-se a expressão 
“americanos” apenas 
para se referir aos 
habitantes dos Estados 
Unidos. Você acha 
correto? Você também 
seria americano? 
Explique.
Tabela 1. Áreas continentais
Continentes Área em km²
Ásia 45.074.481
América 42.192.781
África 30.216.362
Antártida 14.000.000
Europa 10.365.387
Oceania 8.528.382
Total 150.377.393
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O Oceano Glacial Ártico é considerado por muitos geógrafos e cartógrafos um mar do Oceano Atlântico, sendo chamado de “Mar Glacial Ártico”. 
Quando o Oceano Glacial Ártico é incluído no Oceano Atlântico, este passa a ter área correspondente a 106.100.000 km2.
Todos os nascidos na América são 
americanos. A denominação “América” 
foi dada pelos europeus, em particular 
pelo cartógrafo espanhol Juan de la 
Cosa (1460-1510), que acompanhou 
o navegador florentino Américo Vespúcio 
ao continente, em homenagem a esse 
navegador. Com essa denominação, 
o europeu ignorou a cultura dos povos 
que já habitavam essa terra. Cumpre 
também lembrar que, no final do 
século XIX e início do século XX, 
o europeu, ao migrar para os Estados 
Unidos, que foi o país que mais atraiu 
imigrantes, referia-se a esse país 
como América; daí a associação 
de estadunidense com americano.
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stação Socioambiental
Implicações da expansão do Canal de Suez 
na biodiversidade marinha do Mediterrâneo
“Quando um qualquer organismo (animal 
ou planta) é introduzido acidentalmente ou 
deliberadamente num novo ecossistema es-
tamos perante um processo denominado 
de invasão biológica. Estas espécies invaso-
ras podem então estabelecer-se nesse novo 
ecossistema e proliferar-se podendo causar 
grande impacto a nível ecológico ou mesmo 
a nível econômico. […]
Um fator que tem influenciado significati-
vamente a história do transporte marítimo a 
nível global — e por conseguinte a história das 
invasões marinhas — foi a construção dos três 
grandes Canais de navegação marítima [canais 
de Suez, do Panamá e de Kiel]. […]
No dia 6 de agosto de 2015, o Egito inau-
gurou o novo Canal de Suez [...]. O governo 
do Egito espera que este investimento (supe-
rior a 8 biliões de dólares) aumente o núme-
ro de navios que transitam no Canal, assim 
como possa encurtar em até 8 horas o tem-
po de passagem no Canal.
No entanto, muitos cientistas de renome mundial e que se dedi-
cam ao estudo das invasões marinhas estão muito preocupados com 
as consequências ecológicas que podem advir desta expansão do 
Canal de Suez. Já no ano passado, um grupo de cientistas alertava na 
revista Biological Invasions que o aumento da frequência de navios 
no novo Canal de Suez com 35 km de construção nova e canais mais 
profundos, poderia facilitar a passagem de espécies entre as massas de 
água do Mar Vermelho e do Mar Mediterrâneo.
Neste momento estão inventariadas 700 espécies introduzidas 
no Mediterrâneo, mas os investigadores acreditam que metade 
deste número entrou via Canal de Suez. Algumas destas espécies 
já causaram sérios problemas de ordem econômica, ecológica ou 
mesmo de saúde pública, como por exemplo a medusa Rhopilema 
nomadica, que forma grandes aglomerados afetando não só o tu-
rismo como também a pesca costeira.
[…] Embora reconhecendo a importância que o Canal de Suez 
desempenha no comércio e economias mundiais, sendo vital para 
uma sociedade moderna do século XXI, existem também acor-
dos internacionais que reconhecem a implementação urgente de 
regras e práticas sustentáveis para minimizar o impacto e conse-
quências a longo prazo da introdução de espécies […].”
CANNING-CLODE, João. Implicações da expansão do Canal de Suez na biodiversidade marinha 
do Mediterrâneo. In: Ciência Hoje, Opinião, 26 ago. 2015. Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2015.
Interprete
1. Segundo o texto, 
o que é invasão 
biológica?
Argumente
2. Por que a 
ampliação do 
Canal de Suez 
representa avanço 
para o comércio 
e a economia 
internacionais, mas 
pode signifi car 
grande prejuízo 
ecológico?
Fonte: ALONSO, Antonio. 
Ampliación del Canal de Suez. 
In: El País, Internacional, 7 ago. 
2015. Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2015.
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Ampliação do Canal de Suez – 2015
30° S
31° L
El Qantara AMPLIAÇÃO
AMPLIAÇÃO DO CANAL
Port Said
Tempo de travessia 
pelo canal
11 horas
97 embarcações
72
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km
Kabrit
El Shallufa
EGITO
CANAL DE SUEZ
CANAL DE SUEZ
Suez
Mar Mediterrâneo
Golfo
de
Suez
CANAL DE SUEZ
Tempo de travessia
pelo canal
18 horas
49 embarcações
20 km
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O professor de Ciências poderá contribuir, entre outros assuntos, com explicações e atividades sobre: a) as águas oceânicas 
e suas principais fontes poluidoras; b) a degradação dos recifes de corais e do ambiente marinho; c) a invasão biológica.
Meio 
Ambiente
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Figura 6. Mundo: hemisférios
•	 Os hemisférios das terras e das águas
Os continentes e os oceanos distribuem-se de forma desigual na su-
perfície da Terra: há maior concentração de terras emersas no Hemisfério 
Norte, que, por isso, é chamado de hemisfério das terras. Já no Hemis- 
fério Sul — o hemisfério das águas —, nota-se que existe menor extensão 
de terras emersas e predomínio dos oceanos (figura 6).
A concentração das terras emersas no Hemisfério Norte e a maior pro-
ximidade entre elas exerceram, e ainda exercem, influência sobre alguns 
fenômenos, tanto de ordem física como de ordem cultural. 
Entre os fenômenos de ordem física, destaca-se a dispersão de es-
pécies vegetais e animais. Sabe-se que a dispersão de vegetais pode 
ocorrer pelo vento, pelas correntes marítimas, pelos animais e pelo ser 
humano. Isso explica, em parte, a maior semelhança da flora e da fauna 
no Hemisfério Norte, quando comparada à existente no Hemisfério Sul. 
No aspecto cultural, destacam-se as migrações dos povos. No Hemis-
fério Norte, as migrações, os contatos culturais e a dominação territo-
rial de alguns povos sobre outros foram facilitados pela proximidade das 
terras emersas e pela presença do Mar Mediterrâneo, navegado desde a 
Antiguidade. Civilizações do passado serviram-se, portanto, dessas faci-
lidades para ampliar seu horizonte e sua dominação territorial (figura 7).
Os povos que viviam nas terras do Hemisfério Sul levaram mais tempo 
para entrar em contato com povos de outros continentes. Esse contato 
só foi possível com o aperfeiçoamento de embarcações e instrumentos 
de navegação, que possibilitaram a incorporação de terras do Sul ao ho-
rizonte geográfico europeu nos séculos xV e xVI (sul da África e Améri-
ca) e no século xVIII (Austrália) — período da história conhecido como o 
das Grandes Navegações, ou da expansão marítimo-comercial europeia, 
iniciado por portugueses e espanhóis e seguido por ingleses, franceses e 
holandeses (figura 8).
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 34.
EUROPA
HEMISFÉRIO SUL
HEMISFÉRIO NORTE
ÁFRICA
ÁSIA
OCEANIA
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA CENTRAL
AMÉRICA
DO SUL
Terras do Hemisfério Norte
ou Setentrional ou Boreal
Terras do Hemisfério Sul 
ou Meridional ou Austral
0° 30° L30° O
30° N
30° S
60° S
60° N
60° L60° O 90° L90° O 120° L120° O 150° L150° O
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL
ÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICOCÍRCULO POLAR ÁRTICO
0°
3.320 km
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Quem lê viaja mais
KLINK, Amyr. 
Paratii: entre dois polos. 
São Paulo: Companhia das 
Letras, 2000.
Amir Klink é um navegador e 
explorador. Nesse livro, você 
vai conhecer uma de 
suas aventuras: partindo 
de Parati, ele velejou solitário 
durante 22 meses, por mais 
de 50 mil quilômetros, até 
chegar à Antártida, onde 
passou seis meses.
AMADO, Janaina; 
FIGUEIREDO, Luiz Carlos. 
As viagens de Américo 
Vespúcio: descobertas 
no antigo novo mundo. 
São Paulo: Atual, 2000. 
O livro possibilita ao leitor 
compreender a expansão 
marítimo-comercial 
europeia durante o período 
das Grandes Navegações.
18 ExPEDIçãO 1
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A vida no mar 
poluído
Jogo
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Figura 8. Expansão marítimo-comercial europeia – séculos XV-XVI
Figura 7. Exemplos de ampliação do mundo conhecido pelas civilizações dominantes
Fontes: elaborado com base em 
HASSINGER, Hugo. Fundamentos 
geográficos de la historia. Barcelona: 
Omega, 1958. p. 97; AZEVEDO, 
Aroldo de. O mundo antigo, expansão 
geográfica e evolução da Geografia. 
São Paulo: Edusp/Desa, 1965. p. 65; 
Atlas histórico escolar. 8. ed. Rio de 
Janeiro: FAE, 1991. p. 98-99; ARRUDA, 
José Jobson. Atlas histórico básico. 
São Paulo: Ática, 1993. p. 19.
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
Mundo conhecido pelos egípcios – séculos XIII a X a.C.
Área dominada pela civilização romana
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos romanos – séculos I e II d.C.
Área dominada pela civilização egípcia
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Área dominada pela civilização islâmica (bérberes-árabes)
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos árabes – séculos VII e VIII d.C.
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
ÁSIA
ÁFRICA
Mundo conhecido pelos europeus – séculos XVI a XVIII d.C. 
Após os grandes descobrimentos marítimos
Área já conhecida
Área conhecida resultante da expansão marítima
europeia dos séculos XV e XVI
Área conhecida resultante da expansão 
marítima europeia do século XVIII
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
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ATLÂNTICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
PACÍFICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
Mundo conhecido pelos egípcios – séculos XIII a X a.C.
Área dominada pela civilização romana
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos romanos – séculos I e II d.C.
Área dominada pela civilização egípcia
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Área dominada pela civilização islâmica (bérberes-árabes)
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos árabes – séculos VII e VIII d.C.
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
ÁSIA
ÁFRICA
Mundo conhecido pelos europeus – séculos XVI a XVIII d.C. 
Após os grandes descobrimentos marítimos
Área já conhecida
Área conhecida resultante da expansão marítima
europeia dos séculos XV e XVI
Área conhecida resultante da expansão 
marítima europeia do século XVIII
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
OCEANO 
ATLÂNTICO
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PACÍFICO
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OCEANO 
ATLÂNTICO
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PACÍFICO
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CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
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ATLÂNTICO
OCEANO 
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OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
Mundo conhecido pelos egípcios – séculos XIII a X a.C.
Área dominada pela civilização romana
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos romanos – séculos I e II d.C.
Área dominada pela civilização egípcia
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Área dominada pela civilização islâmica (bérberes-árabes)
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos árabes – séculos VII e VIII d.C.
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
ÁSIA
ÁFRICA
Mundo conhecido pelos europeus – séculos XVI a XVIII d.C. 
Após os grandes descobrimentos marítimos
Área já conhecida
Área conhecida resultante da expansão marítima
europeia dos séculos XV e XVI
Área conhecida resultante da expansão 
marítima europeia do século XVIII
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
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CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
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ATLÂNTICO
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OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
Mundo conhecido pelos egípcios – séculos XIII a X a.C.
Área dominada pela civilização romana
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos romanos – séculos I e II d.C.
Área dominada pela civilização egípcia
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Área dominada pela civilização islâmica (bérberes-árabes)
Área geográfica conhecida pela civilização dominante
Área geográfica desconhecida pela civilização dominante
Mundo conhecido pelos árabes – séculos VII e VIII d.C.
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
ÍNDICOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
ÁSIA
ÁFRICA
Mundo conhecido pelos europeus – séculos XVI a XVIII d.C. 
Após os grandes descobrimentos marítimos
Área já conhecida
Área conhecida resultante da expansão marítima
europeia dos séculos XV e XVI
Área conhecida resultante da expansão 
marítima europeia do século XVIII
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
OCEANO 
ATLÂNTICO
OCEANO 
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OCEANIA
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OCEANO 
PACÍFICO
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ÁSIA
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Fonte: ARRUDA, José J. de A. 
Atlas histórico básico. São Paulo: 
Ática, 1993. p. 19.
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
0º
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 OCEANO GLACIAL ÁRTICO
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
CENTRAL
EUROPA ÁSIA
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OCEANIA
PORTUGAL
ESPANHA
Porto Seguro 
1500
AMÉRICA
DO
SUL
Guanaani 
1492
GUINÉ 
1434-1462
Moçambique
MelindeCONGO 
1482-1485
Madeira 1419
Goa
Cochim
Pequim
CIPANGO (JAPÃO)
1542
Macau
1516
Cantão
Calicute
1498 Málaca
1511
Filipinas
Ceuta 1415
Lisboa
Sevilha
Palos
Veneza
Cabo Bojador 
1434
Açores 1431
Canárias 1402
Cabo Verde
1456
Bartolom
eu D
ias Sebastiã
o Elcano
1522 
Fernão de M
agalhães
1519-1521
Cabo da
Boa Esperança
1488
de Magalhães 1521 
Morte de Fernão 
Cristóvão Colombo
Fernão de Magalhães e
Sebastião Elcano (primeira
viagem de circunavegação) 
Primeiras viagens
Vasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
Primeira viagem até o Japão
Rotas dos navegadores portugueses Rotas dos navegadores espanhóis
2.920 km
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4.580 km 4.580 km
4.580 km 4.580 km
OCEANO
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OCEANO
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CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
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CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
0º
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 OCEANO GLACIAL ÁRTICO
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
CENTRAL
EUROPA ÁSIA
ÁFRICA
OCEANIA
PORTUGAL
ESPANHA
Porto Seguro 
1500
AMÉRICA
DO
SUL
Guanaani 
1492
GUINÉ 
1434-1462
Moçambique
MelindeCONGO 
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Madeira 1419
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Cochim
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CIPANGO (JAPÃO)
1542
Macau
1516
Cantão
Calicute
1498 Málaca
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Filipinas
Ceuta 1415
Lisboa
Sevilha
Palos
Veneza
Cabo Bojador 
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Açores 1431
Canárias 1402
Cabo Verde
1456
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Fernão de M
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Cabo da
Boa Esperança
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Morte de Fernão 
Cristóvão Colombo
Fernão de Magalhães e
Sebastião Elcano (primeira
viagem de circunavegação) 
Primeiras viagens
Vasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
Primeira viagem até o Japão
Rotas dos navegadores portugueses Rotas dos navegadores espanhóis
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PERCURSO
2 Estados e população
do mundo
 Estado, nação e território 
No decorrer do tempo histórico, as sociedades humanas espalharam-
-se pelo mundo, ocuparam continentes e ilhas, e construíram espaços geo-
gráficos. Nesse processo, demarcaram territórios e fronteiras, criando 
governos para administrá-los, e organizaram-se em Estados. A seguir, 
você vai aprender o significado de alguns desses conceitos.
•	 Estado
O Estado corresponde à organização política, administrativa e jurídi-
ca de uma sociedade. Tal organização tem soberania sobre o território
nacional (soberania interna) e independência em relação à ordem
internacional (soberania externa). Como exemplos, podemos citar o
Estado brasileiro, o argentino, o boliviano e o francês. 
•	 Nação
A nação consiste em um agrupamento social unido por um passado his-
tórico comum que deu origem a uma identidade cultural. Os membros de 
uma nação têm características comuns relativas a costumes, língua, religião, 
tradições, crenças e valores. Quan-
do ocupam um território e se orga-
nizam politicamente, dão origem a 
um Estado, ou Estado-nação.
Nem sempre, porém, há iden-
tidade completa entre o Estado e 
a nação. Há Estados com duas ou 
mais nações, que apresentam lín-
gua e traços culturais distintos. É 
o caso, por exemplo, do Canadá 
— Estado onde convivem popu-
lações indígenas, descendentes 
de colonizadores e imigrantes in-
gleses e franceses, entre outros 
(figura 9). Parte dos descenden-
tes de franceses tem a inten-
ção de criar o próprio Estado, na 
província de Quebec (figura 10), 
e já fez tentativas nesse sentido, 
sem, contudo, obter sucesso.
1 
Em que províncias do 
Canadá mais de 80% da 
população tem o inglês 
como língua materna?
Figura 9. Canadá: línguas e províncias
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas 
geográfico: espaço mundial. 4. ed.
São Paulo: Moderna, 2013. p. 72.
GROENLÂNDIA
(DIN)
ALASCA
(EUA)
Whitehorse
Yellowknife
Edmonton
Regina
Victoria
Winnipeg
Toronto
Quebec
St. John’s
1 Charlottetown
Fredericton
Halifax
2
Iqaluit
ESTADOS UNIDOS
TERRITÓRIO
DE YUKON
COLÚMBIA
BRITÂNICA ALBERTA
SASKATCHEWAN
MANITOBA
ONTÁRIO
QUEBEC
NUNAVIK
TERRITÓRIO 
DE NUNAVUT
NOVA
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Ottawa
OCEANO GLACIAL
ÁRTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
Baía de
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CÍRCULO
 POLAR ÁRTICO 
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Grandes
Lagos
TERRITÓRIOS
DO
NOROESTE
TERRA NOVA
E LABRADOR 
menos de 80
mais de 80
Capital de paísPorcentagem da população
cuja língua materna é: 
Capital de província
ou território
FrancêsInglês
de 50 a 80
mais de 80 Limite de província
ou território
1 Ilha Príncipe Eduardo
2 Novo Brunswick
menos de 80
mais de 80
Capital de paísPorcentagem da população
cuja língua materna é: 
Capital de província
ou território
Francês
Inglês
de 50 a 80
mais de 80 Limite de província
ou território
1 Ilha Príncipe Eduardo
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mais de 80
Capital de paísPorcentagem da população
cuja língua materna é: 
Capital de província
ou território
Francês
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de 50 a 80
mais de 80 Limite de província
ou território
1 Ilha Príncipe Eduardo
2 Novo Brunswick
Província
Divisão político-
-administrativa de um país 
sob a autoridade de um 
poder central. Nos Estados 
Unidos, essa divisão é 
feita com a denominação 
de estado; na França, 
de departamento.
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98
.
O conceito de povo pode ser o 
mesmo de nação, desde que seja 
considerado o conjunto de indivíduos 
que constituem uma nação. Difere, 
portanto, de outros significados, como: 
conjunto de indivíduos de uma mesma 
cidade — o povo do Rio de Janeiro —, 
conjunto de cidadãos de um país em 
relação aos governantes — 
o povo brasileiro, chileno etc.
Terra Nova e Labrador, Nova 
Escócia, Alberta, Colúmbia Britânica 
e território de Yukon.
Nunavik não é uma província autônoma do Canadá, mas uma região da província de Quebec.
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•	 Território
O território é a porção da superfície terrestre sobre a qual o Esta-
do exerce soberania. É a base física do Estado e, além do território con-
tinental, compreende o espaço aéreo, as ilhas (caso as possua) e o
mar territorial (caso seja banhado pelo mar).
O território de um Estado é delimitado por 
fronteiras, que precisam ser reconhecidas por Es-
tados vizinhos e pelos demais países. Existem ca-
sos de discussões e disputas entre Estados por 
determinados territórios, o que dificulta a defini-
ção de suas fronteiras. 
Na América, por exemplo, há uma disputa 
entre a Venezuela e seu vizinho do leste, a 
República da Guiana, pela região de Essequibo. 
Segundo o governo venezuelano, essa região já 
pertencia à Venezuela antes da colonização da 
Guiana pelos ingleses no século xIx, que dela 
teriam se apropriado. O impasse foi entregue 
à arbitragem da Organização das Nações Uni-
das (ONU) e não havia sido resolvido até o fim 
de 2015 (figura 11).
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Figura 10. Manifestação em defesa da independência da província de Quebec 
em 25 de junho de 1990. Em 1980, foi realizado um plebiscito, mas 59,5% da 
população se declarou favorável à manutenção da integração da província ao 
Canadá; em outro plebiscito, realizado em 1995, prevaleceu a opinião e a vontade 
dos 50,6% contrários ao separatismo quebequense.
Fonte: elaborado com base em Enciclopédia do mundo 
contemporâneo. São Paulo/Rio de Janeiro: Publifolha/
Terceiro Milênio, 2002. p. 304.
Figura 11. Território de Essequibo
5ºN
57ºO
Linden
Orinduik
Issano
Bartica
Georgetown
New Amsterdam
VENEZUELA
BRASIL
SURINAME
GUIANA
Morawhanna
OCEANO
ATLÂNTICO
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Capital
Principais cidades
Território de Essequibo
reivindicado pela
Venezuela
Estrada
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Índice de Desenvolvimento
Humano
Abaixo de 0,655
De 0,656 a 0,680
De 0,681 a 0,705
De 0,706 a 0,730
Acima de 0,731
Navegar é preciso
Projeto Rumar – Mar 
territorial brasileiro
Na página do Projeto Rumar, 
acesse o vídeo sobre a 
Amazônia Azul e descubra 
como, depois de diversos 
acordos e convenções 
internacionais, as medidas 
do mar territorial foram 
definidas e como estão 
atualmente.
Mar territorial 
Faixa marítima de 
largura igual a 
12 milhas marítimas — 
22 quilômetros —, 
medidas a partir da linha 
da maré mais baixa ao 
longo da costa litorânea 
territorial.
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Em 2006, o governo canadense aprovou uma moção reconhecendo que a população de Quebec 
forma uma nação dentro do Canadá. 
Caso considere necessário aprofundar o conhecimento sobre o assunto, converse com os alunos sobre os conceitos de zona contígua, 
zona econômica exclusiva e território marítimo. Mais informações em: . Acesso em: 23 out. 2015.
Explique aos alunos que existem outras concepções de território: 1) política, relativa a todas as relações espaço-
poder institucionalizadas, em que o território corresponde a um espaço delimitado e controlado e por meio do 
qual se exerce determina do poder; 2) econômica, na qual o território é visto como fonte de recursos e 
forças produtivas; 3) naturalista, que considera a ideia de território com base nas 
relações entre sociedade e natureza. Consulte o capítulo 2 da obra O mito da 
desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade (7. ed. Rio de Janeiro: 
Bertrand Brasil, 2012), de Rogério Haesbaert da Costa.
No livro do 6o ano, Expedição 1, abordamos as noções 
de “território”, inclusive a questão “território e poder”. 
Sugerimos voltar a abordar essa temática.
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 O mapa político do mundo está definido?
Até 2015, existiam 197 Estados reconhecidos por outros países e 
193, pela ONU. O continente americano continha 35 Estados; a África, 54; 
a Ásia, 45; a Europa, 49; e a Oceania, 14.
Apesar da existência de 197 países, há povos que vivem em terri- 
tórios que lhes pertencem historicamente, mas que foram apropriados 
por outros povos, que lhes negam a independência. Vivem, portanto, sob 
o domínio de outros Estados e não governam o próprio território. Em al-
guns casos, não podem externar, sem medo de repressão, a própria cul-
tura e tradições (língua, festas populares, religião etc.). 
Existem muitos exemplos de nações nessa 
situação, entre as quais se destacam os che-
chenos, na Rússia, que reivindicam sua in-
dependência e a formação de seu Estado; os 
bascos, que habitam um território entre a 
Espanha e a França (figura 12); os tibetanos, 
na Ásia, que se encontram sob a dominação do 
Estado chinês; os palestinos, no Oriente Médio; 
o povo curdo, espalhado pelos territórios da 
Turquia, Irã, Iraque, Armênia e Síria (figura 13), 
entre outros.
Vê-se, assim, que o mapa político do mundo 
não é definitivo. Esses e outros povos poderão 
ainda vir a ser detentores de seus Estados, al-
terando a configuração atual dos países. 
2 
Figura 12. País Basco
Fonte: elaborado com base em 
BONIFACE, Pascal. Atlas des 
relations internationales. Paris: 
Hatier, 1997. p. 97.
40°N
4°L
GIBRALTAR
(RUN)
MAR
MEDITERRÂNEO
Golfo de Biscaia
Is. Baleares
OCEANO
ATLÂNTICO
FRANÇA
ÁFRICA
CASTELA E LEÃO
GALÍCIA
ASTÚRIAS
CANTÁBRIA
PAÍS
BASCO
NAVARRA
CATALUNHA
ARAGÃO
LA RIOJA
MADRI
Madri
CASTELA
LA MANCHA
VALENÇA
MURCIA
ANDALUZIA
ESPANHA
MINORCA
MAIORCA
IBIZA
LABOURO
BAIXA-NAVARRA
BOULE
ANDORRA
Províncias históricas
bascas (20.550 km2)
Região autônoma do
País Basco (7.261 km2)
EXTREMADURA
PORTUGAL
Províncias históricas
bascas (20.550 km2)
Região autônoma do
País Basco (7.261 km2)
Fonte: AKCELRUD, Isaac. 
O Oriente Médio. 3. ed. São Paulo: 
Atual/Unicamp, 1985. p. 48.
Figura 13. O Curdistão histórico
M
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MAR NEGRO
Canal de
Suez
TURQUIA
Ancara
ISRAEL
SÍRIA
Damasco
LÍBANO
IRAQUE
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JORDÂNIA
EGITO ARÁBIA
SAUDITA
KUWAIT
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ARMÊNIA
AZERB.
Bagdá
MAR
MEDITERRÂNEO
MAR
CÁSPIO
Golfo
Pérsico
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Rio Eufrates 
Rio Tigre 
40ºL
35ºN
Nota: Apesar da terminologia, o País 
Basco,que consta no mapa, não é 
um país independente. Os bascos 
se autodenominam país, ou seja, 
dão esse nome ao território por eles 
ocupado, e possuem autonomia, 
conquistada do governo espanhol. 
No entanto, continuam suas 
negociações com a Espanha para 
obter a independência e se tornar, 
de fato, um país.
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160 km
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Províncias históricas
bascas (20.550 km2)
Região autônoma do
País Basco (7.261 km2)
22 ExPEDIçãO 1
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Em 9 de julho de 2011 foi criado 
o Sudão do Sul, resultante do 
desmembramento territorial 
do Sudão. Vaticano, Taiwan, 
Kosovo e Saara Ocidental não 
são países-membros da ONU.
Os bascos possuem uma cultura própria, 
sobretudo pela língua (euskara). Cerca de 
2 milhões de bascos estão na Espanha e 
aproximadamente 280 mil, na França. Desde o 
fim do século XIX, organizaram um movimento 
nacionalista pela independência que cresceu 
no final dos anos de 1950. A organização 
separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA) 
usou a luta armada para conseguir seus 
propósitos; em janeiro de 2011, abandonou 
o uso de armas e, em 2012, com a vitória nas 
eleições regionais do Partido Nacionalista 
Basco, ficou mais forte e passou a defender 
uma reforma constitucional com a inserção de 
artigo sobre “o direito de decidir”.
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stação História
Segunda divisão da ONU
“Nas ruas de Hargésia, capital da Somali-
lândia, mulheres trabalham trocando notas 
de dólar e euro por maços de xelim somali-
landês ao lado de carrinhos de sorvete que 
aplacam os mais de 40 °C, lan houses e con-
sultórios dentários. Já o governo, eleito de-
mocraticamente, consegue equilibrar a lei 
islâmica, costumes tribais e a tradição cons-
titucional do Ocidente […]. O único problema 
é que a Somalilândia não existe.
Há muitos lugares como a Somalilândia. 
São os quase países, que vivem na segunda di-
visão das relações internacionais: embora te-
nham um governo que, bem ou mal, funciona, 
não conseguem a ascensão para a ‘série A’, onde 
estão os membros da ONU. Alguns são tão pe-
quenos que você pode ser paciente do próprio 
ministro da Saúde. Mesmo assim, têm Câmara 
de Deputados e uma força policial independente.
A Somalilândia e a Transnístria possuem 
até moeda própria — coisa que mesmo al-
guns paí ses reconhecidos não têm, como o 
Equador, o Timor Leste e, mais recentemen-
te, o Zimbábue, que adotaram o dólar. Mas 
como assim ‘quase países’?
Bom, se você cercar o seu bairro, começar a 
ditar as leis ali, recolher impostos e tiver força 
militar para enfrentar o Exército quando o Bra-
sil retaliar, terá criado um Estado nacional. Mas 
esse é só o primeiro passo. O outro é ser reconhe-
cido como país pelas nações veteranas. Se isso 
não acontece, a comunidade internacional vai 
continuar considerando o seu bairro como par-
te do Brasil. Nisso você não poderá receber em-
préstimos de bancos mundiais nem participar 
de organizações de comércio internacional. É 
exatamente o que acontece com os países que 
não têm cadeira na ONU.
[…].”
HORTA, Maurício; VIEIRA, William. Segunda divisão da ONU. 
Superinteressante. Edição 283, out. 2010. Seção Atualidades. 
Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
Somalilândia
OCEANO
ÍNDICOOCEANO
ATLÂNTICO
MAR MEDITERRÂNEO 30°L
M
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ARGÉLIA
LÍBIA EGITOEGITO
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IÊMENIÊMENIÊMEN
OMÃOMÃ
ARÁBIA
SAUDITA
IRAQUE
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KUWAITKUWAITKUWAITKUWAIT
ISRAELISRAELISRAELISRAELISRAELISRAEL
SÍRIASÍRIASÍRIASÍRIASÍRIASÍRIA
JORDÂNIAJORDÂNIAJORDÂNIAJORDÂNIAJORDÂNIAJORDÂNIA
SUDÃOSUDÃO
DO SULDO SUL
ERITREIAERITREIAERITREIAERITREIAERITREIAERITREIAERITREIAERITREIAERITREIA
DJIBUTIDJIBUTI
ETIÓPIA
QUÊNIA
UGANDAUGANDAUGANDAUGANDAUGANDAUGANDAUGANDA
REP.
CENTRO-AFRICANACENTRO-AFRICANACENTRO-AFRICANACENTRO-AFRICANA
REP. DEM.
DO CONGO
SOMÁLIASOMÁLIASOMÁLIA
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NIGÉRIA
TRÓPICO DE CÂNCER
650 km
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Interprete
1. Explique por que a região conhecida como 
Somalilândia “não existe”.
Argumente
2. Por que é importante reconhecer as 
identidades nacionais e permitir que povos 
fundem seu Estado ou país?
Viaje sem preconceitos
3. Muitos povos, dominados por outros, são 
alvo de preconceito étnico, religioso ou de 
nacionalidade tão intensos que chegam 
a ameaçar a vida de suas populações. 
No cotidiano, preconceitos são gerados 
pelas desigualdades e pelo desrespeito 
às diferenças (políticas, socioeconômicas, 
étnicas, regionais, de gênero, de orientação 
sexual, geracionais — crianças, adolescentes 
e idosos etc.). No seu dia a dia, você busca 
enxergar o mundo do ponto de vista do outro, 
ou a respeitar as diferenças entre as pessoas?
Fonte: SOMALILÂNDIA. Disponível em: 
. 
Acesso em: 23 out. 2015.
Lan house
Estabelecimento comercial onde se 
paga para utilizar um computador; lan, 
do inglês, significa local area network, 
ou seja, rede local de computadores. 
Transnístria
Região situada na fronteira entre 
Moldávia e Ucrânia, cuja população 
busca a independência desde a década 
de 1990, mas ainda não foi reconhecida 
pela Moldávia nem pela ONU. 
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Figura 14. Mundo: população por continente e os dez países mais populosos – 2015
Tabela 3. Mundo: crescimento da população
 A população mundial
Em 2015, a população do planeta chegou a 7,349 bilhões. Segun-
do estimativas, em 2050, haverá cerca de 9,725 bilhões de habitantes. 
Observe a tabela 3.
3 
Qual é a diferença entre 
a população estimada 
para 2050 e a população 
em 2015?
Fontes: elaborado com base em ONU. World Population Prospects: The 2015 Revision, Key Findings and Advance Tables. Nova York: 
ONU, 2015. p. 1, 13, 14, 15, 16 e 17. Disponível em: . 
Acesso em: 23 out. 2015; IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 32.
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
EUROPA
738 milhões
de habitantes
ÁFRICA
1,186 bilhão 
de habitantes
ANTÁRTIDA
PAQUISTÃO
188.925.000
habitantes
OCEANIA
39 milhões
de habitantes
BRASIL
207.848.000 
habitantes
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
RÚSSIA
143.457.000
habitantes
CHINA
1.376.049.000
habitantes
ÍNDIA
1.311.051.000
habitantes
ÁSIA
4,393 bilhões
de habitantesESTADOS
UNIDOS
321.774.000
habitantes
NIGÉRIA
182.202.000
habitantes
INDONÉSIA
257.564.000
habitantes
BANGLADESH
160.996.000
habitantes
0°
0°
MÉXICO
127.017.000
habitantes
AMÉRICA
992 milhões 
de habitantes
 OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
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2.070 km
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No seu contexto
Calcule a porcentagem 
a que corresponde 
a população de seu 
município em relação 
à população total do 
Brasil, da América 
e do mundo.
Ano População Aumento médio anual por período
Início da Era Cristã 250 milhões —
1900 1,6 bilhão 140 mil
1950 2,4 bilhões 16 milhões
2000 6,0 bilhões 72 milhões
2015 7,3 bilhões 87 milhões
2050* 9,7 bilhões 69 milhões
Fontes: TREWARTHA, Glent. Geografia da população. São Paulo: Nacional/USP, 1971. p. 43-44; 
L’État du monde: annuaire économique géopolitique mondial. Paris: La Découverte, 2002. p. 595; 
ONU. World Population Prospects: The 2015 Revision, Key Findings and Advance Tables. Nova York: 
ONU, 2015.p. 1. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
* Estimativa.
A Ásia é o continente mais populoso (figura 14). Em 2015, tinha 
4,393 bilhões de habitantes, o que representava 59,8% da população mun-
dial. Somente a China e a Índia, países mais populosos do mundo e localiza-
dos na Ásia, abrigavam, 1,384 bilhão e 1,311 bilhão, respectivamente, ou seja, 
cerca de 61% da população asiática e 37% da população mundial.
Segundo estudos demográficos, o crescimento da população mundial no 
final do século xxI terá taxas bem menores do que as atuais se mantidos 
os padrões de queda das taxas de fecundidade — fato que já ocorre há al-
guns anos em vários países.
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Estima-se que, em 2050, a população 
mundial seja de 9,7 bilhões de 
pessoas, 2,4 bilhões a mais do que 
no ano de 2015.
No livro do 9o ano, são explicadas as causas do crescimento populacional (taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade), 
o impacto da revolução da tecnologia bioquímica e dos progressos da medicina na redução das taxas de mortalidade etc.
Depende do município. Para saber a 
população de seu município, consulte 
o endereço eletrônico: .
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•	 A distribuição da população no mundo
A distribuição da população humana pelo espaço mundial é bastante 
desigual. Observe as figuras 15 e 16. 
Repare que existem áreas muito povoadas ou de elevada densidade 
demográfica (mais de 100 hab./km2), outras de média densidade de-
mográfica (de 50 a 100 hab./km2) e outras de baixa densidade demo-
gráfica (com menos de 50 hab./km2). Há, ainda, áreas com menos de 
1 hab./km2 em várias localidades do planeta.
Para obter a densidade demográfica de determinada região, dividi-
mos o total de sua população por sua área territorial. Ao realizarmos 
esse cálculo para as diversas áreas 
de cada país, percebemos que 
existem áreas mais densamente 
povoadas que outras. Contribuem 
para essa diferença diversos fato-
res, que podem favorecer ou limi-
tar o povoamento. 
Figura 15. Mundo: densidade demográfica
Qual é a densidade 
demográfica da porção 
central do território 
brasileiro?
Figura 16. Rua comercial em Dacca, 
capital de Bangladesh (2015). 
A cidade apresenta uma das 
maiores densidades demográficas 
do mundo: cerca de 19 mil hab./km2. 
Fonte: CHARLIER, Jacques (Org.). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. p. 190. 
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1.960 km
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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
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CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
Chicago
Boston
Nova York
Filadélfia
Toronto
Dallas
San Francisco
Los Angeles
Cidade do México
Caracas
Bogotá
Lima
Rio de Janeiro
São Paulo
Belo Horizonte
Houston
Atlanta
Washington
Cidade do Cabo
Madri
Kuala Lumpur
Shenzhen
Buenos Aires
Johanesburgo
Kinshasa
LagosAbidjan Cartum
Cairo
Paris
Londres
Moscou
Istambul
Teerã
Bagdá
Karachi
Lahore
Délhi
Mumbai Hyderabad
Bangalore Chennai
Calcutá Dacca
Chongqing
Guangzhou
Hong Kong
Manila
Jacarta
Ho Chi Minh
Bangcoc
Xangai
Taipé
Seul Tóquio
Osaka
Pequim
Tianjin
0°
0°
Habitantes por km2
De 50 a 100
Mais de 100
Aglomeração de 
mais de 5 milhões 
de habitantes
Menos de 1
De 1 a 10
De 10 a 50
 OCEANO GLACIAL 
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Menos de 1 hab./km2.
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Fatores que influenciam o povoamento
Pelo menos dois fatores explicam a desigualdade na distribuição 
da população: os de ordem natural, como o clima, o relevo, a disponi-
bilidade de água e a qualidade do solo para fins de agricultura, e os de 
ordem histórico-econômica, relacionados aos povoamentos antigos, 
ao crescimento de cidades, à implantação de sistemas de transporte 
e à dinamização das economias locais e sua continuidade no tempo. 
É esse o caso típico do nordeste dos Estados Unidos — onde se loca-
lizam Nova York, Boston, Filadélfia e outras cidades importantes — e 
da Região Sudeste do Brasil. À medida que se tornaram as principais 
regiões econômicas desses países, passaram a atrair populações de 
outras áreas, que se deslocaram em busca de oportunidades de tra-
balho e de melhores condições de vida.
Os fatores de ordem natural continuam exercendo influência na distri-
buição da população no espaço mundial, mesmo com o constante avanço 
científico e tecnológico, e em consequência 
da melhor adaptação humana às situações 
naturais adversas. 
As áreas de desertos quentes, por 
exemplo, o Saara, na África (figura 17), e 
os desertos da Austrália, possuem menos 
de 1 hab./km2. O mesmo acontece no nor-
te do Canadá e da Rússia — áreas de al-
tas latitudes e de clima frio e polar (figura 
18), que restringem a fixação humana, tal 
como as altas montanhas da Cordilheira 
dos Andes, na América do Sul, das Rocho-
sas, na América do Norte, ou ainda as do 
Himalaia, na Ásia. 
Figura 18. Pastor de renas do povo nenet na Sibéria, Rússia (2014). Alguns grupos vivem 
em cidades e vilas, enquanto outros ainda seguem o estilo de vida nômade.
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Figura 17. Caravana de 
camelos no Deserto do Saara, 
em território do Marrocos, 
na África do Norte (2013). 
A região tem baixa 
densidade demográfica.
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Outras rotas
O Estado do Vaticano, o menor do mundo
“O Estado da Cidade do Vaticano, o menor do mundo, foi 
oficialmente incorporado à comunidade internacional no dia 
7 de junho de 1929 […].
O Papa é um dos últimos monarcas absolutos do mundo. 
Seu poder temporal é exercido de maneira soberana e exclusi-
va em um território de 44 hectares. […]
Hoje, a população do Vaticano é de 600 pessoas que possuem 
a nacionalidade vaticana, incluindo cardeais e representantes di-
plomáticos da Santa Sé (núncios apostólicos), assim como outros 
religiosos e uma centena de oficiais e guardas suíços.
A nacionalidade vaticana não é concedida com base no 
ius sanguinis (‘direito de sangue’) nem no ius soli (‘direito de 
solo’), mas em uma espécie de ius officii estabelecido quando 
o indivíduo tem um emprego regular e vive de maneira estável 
no território.
[…] O Estado Pontifício foi constituído para que a Igreja pu-
desse exercer com liberdade e independência a soberania es-
piritual através da Santa Sé, que se encarrega da administração 
material do território.
[…] O Vaticano, que também opera como município, é ad-
ministrado por uma comissão de cardeais presidida pelo car-
deal que ocupa a Secretaria de Estado.
A Santa Sé também tem um jornal oficial, o L’Osservatore 
Romano, uma emissora, a Rádio Vaticano, museus e publica-
ções em várias línguas.
[…] O Vaticano emprega cerca de 4.700 religiosos e laicos, 
cujos salários representam uma parte muito importante dos 
gastos da Santa Sé […].”
O Estado do Vaticano, o menor do mundo. Portal Terra, 12 mar. 2013. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
MAR
MEDITERRÂNEO
45°N
15°L
VATICANO
ITÁLIA
EUROPA
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 
6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.p. 43.
580 km
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Interprete
1. Aponte os aspectos 
políticos do Vaticano 
que permitem 
identifi cá-lo como 
um Estado.
Argumente
2. Por que no Vaticano a 
nacionalidade é defi nida 
pelo ius of� cii, e não 
pelos ius sanguinis 
ou pelo ius soli?
Viaje sem preconceitos
3. Muitas pessoas 
desrespeitam ou têm 
difi culdades para 
conviver com pessoas de 
outras crenças religiosas. 
E você, o que pensa a 
respeito disso e como 
age em situações de 
intolerância religiosa?
Vista da Praça de 
São Pedro e da 
Basílica de São 
Pedro, no Estado do 
Vaticano (2014). 
É a maior das igrejas 
do cristianismo e um 
dos locais cristãos 
mais visitados 
do mundo.
27PERCURSO 2
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Chame a atenção dos alunos para o fato de 
que Estado, com letra inicial maiúscula, refere-se 
a país, e estado, com letra inicial minúscula, 
à divisão político-administrativa de um país. 
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Atividades dos percursosAtividades dos percursos 1 e 2
Gráfico B
Revendo conteúdos
1 Do ponto de vista geográfico-geológico, 
quantos e quais são os continentes?
2 Explique se há algum critério para diferen-
ciar ilha de continente, levando em conta 
os casos da Groenlândia e da Austrália.
3 Por que o deslocamento ou a migração 
de povos no passado longínquo foi faci-
litado no Hemisfério Norte?
4 Faça a distinção entre os conceitos de 
Estado e nação.
5 Explique o que é território de um Estado 
e o que ele abrange.
6 Cite pelo menos dois povos ou duas na-
ções que desejam criar o próprio Esta-
do, mas se encontram sob a dominação 
de outros.
7 Com base em seus conhecimentos sobre a 
população mundial e os países mais popu-
losos do mundo em 2015, que título você 
daria a cada um dos gráficos a seguir? 
Leituras cartográficas
8 Relacionando os dois mapas a seguir, 
explique a distribuição da população no 
território aus traliano.
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lGráfico A
Fonte: elaborado com base em ONU. World Population Prospects: 
The 2015 Revision, Key Findings and Advance Tables. Nova York: 
ONU, 2015. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
Austrália: clima
Fonte: CHARLIER, Jacques (Org.). Atlas du 21e siècle 2013. 
Paris: Nathan, 2011. p. 184. 
Sidnei
Brisbane
Canberra
Perth
Darwin
Alice Springs
Adelaide
Melbourne
Clima tropical com estação 
úmida e seca
Clima semiárido
Clima desértico
Clima mediterrâneo com 
chuvas no inverno
Clima tropical com 
chuvas no verão
Clima subtropical 
úmido (mais ao sul, 
clima temperado)
OCEANO
ÍNDICO 
30°S
120°L 150°L
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Clima tropical com estação 
úmida e seca
Clima semiárido
Clima desértico
Clima mediterrâneo com 
chuvas no inverno
Clima tropical com 
chuvas no verão
Clima subtropical 
úmido (mais ao sul, 
clima temperado)
Austrália: distribuição da população
Fonte: CHARLIER, Jacques (Org.). Atlas du 21e siècle 2013. 
Paris: Nathan, 2011. p. 127.
Sidnei
Brisbane
Canberra
Melbourne
Adelaide
Perth
Darwin
Alice Springs
Habitantes por km2
Menos de 1
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50-100
100 ou mais
OCEANO
ÍNDICO 
30°S
120°L 150°L
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Habitantes por km2
Menos de 1
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100 ou maisHabitantes por km2
Menos de 1
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100 ou mais
820 km
820 km
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37%
China e Índia
Demais países do mundo
61%
39%
China e Índia
Demais países da Ásia
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29
Explore
9 Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul sepa-
rou-se do Sudão e foi reconhecido como 
Estado independente. Com base no mapa e 
na tabela a seguir, responda às questões.
10 Algumas minorias nacionais reivindicam 
sua independência e a formação de seu 
Estado Nacional. Leia o texto a seguir e 
assinale a alternativa correta.
“[…] na Síria qualquer tipo de partici-
pação política curda é negada, é proibido 
o uso da língua curda e de materiais que a 
contenham, além de haver a recusa de re-
gistrar crianças com nomes curdos, enfim, 
o governo utiliza-se de vários métodos para 
suprimir a identidade curda.
[…] Estes [os curdos] desejam a criação 
do Curdistão, para reconhecimento de sua 
cultura e de seu povo. […]”
RODRIGUES, Rúbia. Curdistão: Um problema de ontem 
e hoje. In: PUC Minas. Conjuntura Internacional. 
Texto Informativo, 17 jun. 2010. p. 6-7.
 Para que o território ocupado pelos curdos 
se constitua em um Estado Nacional, torna-
-se necessário, além da identidade cultural, 
outro aspecto fundamental:
a) a negação de sua identidade histórico- 
-cultural.
b) uma relação de domínio sobre outras 
nações.
c) a legitimação da soberania sobre o 
território onde eles vivem.
d) o emprego da força pela sociedade civil.
11 Observe a tabela e faça as atividades.
Países selecionados: área e população – 2015
País Área (km²) População
Turcomenistão 488.100 5.374.000
Gana 239.460 27.410.000
Honduras 112.090 8.075.000
Polônia 312.685 38.612.000
Nova Zelândia 268.680 4.529.000
Fontes: BONIFACE, Pascal (Org.). L’année stratégique 2009: 
analyse des enjeux internationaux. Paris: Dalloz/Iris, 2008. 
p. 161, 250, 372, 456 e 510; ONU. World Population Prospects: 
The 2015 Revision, Key Findings and Advance Tables. p. 14-17. 
Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
a) Calcule a densidade demográfica de cada 
país da tabela.
b) Por que a densidade demográfica não 
reflete exatamente a distribuição popu-
lacional desses países? Explique.
a) Os indicadores sociais da população do 
Sudão do Sul são piores ou melhores 
do que os do Sudão?
b) Ainda existe uma disputa entre Sudão e 
Sudão do Sul pela demarcação da fron-
teira na região de Abyei. Qual explica-
ção você daria para esse fato com base 
na observação cuidadosa do mapa?
c) O que a formação do Sudão do Sul 
representa em relação à alteração do 
mapa político do mundo?
Sudão: Norte e Sul
10°N
30°L
ABYEI
região disputada
Cronologia
1955 Início da
primeira guerra
civil entre Norte
e Sul
1983 Início da
segunda guerra
civil
1956 Egito e
Reino Unido
declaram o Sudão
independente
1972 Fim da
primeira guerra
civil sudanesa
2005 Sul e Norte
assinam acordo
de paz
Áreas
petrolíferas SUDÃO
SUDÃO DO SUL
Muglad
Melut
Juba
UGANDA
QUÊNIA
ETIÓPIA
REP. CENTRO-
-AFRICANA
REP. DEM.
DO CONGO
EGITO
CHADE
 REP.
CENTRO-
-AFRICANA
Cartum
SUDÃO
SUDÃO
DO SUL
ETIÓPIA
Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Mundo, 9 jan. 2011, p. A-12.
Norte Sul
Área 1,7 milhão de 
km2 (pouco 
maior que o 
Amazonas)
600 mil km2 
(pouco maior 
que Minas 
Gerais)
População 35 milhões 8,5 milhões
Pobreza
Pessoas vivendo abaixo 
da linha da pobreza 50% 90%
Educação
Crianças com acesso 
à escola primária 62% 20%
Adultos analfabetos 30% a 40% 75% a 85%
Saúde
Crianças menores de cinco 
anos com desnutrição 35% 48%
População que tem acesso 
a água limpa 58,7% 48,3%
Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Mundo, 9 jan. 2011, p. A-12.
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PERCURSO
3 Diferentes modos 
de ver o mundo
 Vários mundos em um só
Pode-se observar, estudar e regionalizar o mundo de diferentes ma-
neiras. Se a intenção é estudá-lodo ponto de vista físico, é possível fa-
zê-lo com base nas formas de relevo, nos tipos de solo e clima e na 
vegetação natural, além da combinação desses elementos, que, por sua 
vez, definem as paisagens naturais da Terra. Outra opção é se concentrar 
no estudo da formação dos continentes. 
Se a intenção é o estudo das sociedades humanas, pode-se fazê-lo 
com base em uma multiplicidade de aspectos: o mundo dividido em 
países ou Estados (como você viu no Percurso 2), religiões, línguas, etnias 
ou culturas, ritmos musicais, escolaridade, nível de desenvolvimento cien-
tífico, tecnológico, econômico e social, além de muitos outros.
 O mundo físico
Há diversas paisagens naturais na Terra que resultam da combina-
ção e da interação dos elementos naturais ou físicos nas diversas re-
giões do planeta.
Com base nessa combinação e interação, pode-se regionalizar a Ter-
ra em cinco grandes paisagens naturais: polares, temperadas, tropicais, 
desérticas e de altas montanhas (figura 19). Essa é, portanto, uma das 
formas de ver o mundo e de estudá-lo.
1 
2 
Figura 19. Mundo: grandes paisagens naturais
CÍRCULO POLAR ÁRTICOCÍRCULO POLAR ÁRTICO
OCEANO
ÍNDICO 
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
AMÉRICA 
DO NORTE
AMÉRICA 
CENTRAL
AMÉRICA 
DO SUL
EUROPA
ÁFRICA
ÁSIA
OCEANIA
 OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
0º
Região de clima frio polar ou semipolar
Região de clima temperado e subtropical
Região de clima tropical
Região de clima desértico e semidesértico
Região de altas cadeias de montanhas
Fonte: elaborado com base 
em SERRYN, Pierre.
Atlas Bordas géographique. 
Paris: Bordas, 1996. p. 7.
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Regionalizar 
Dividir ou delimitar 
determinado território 
ou espaço em regiões ou 
partes, de maneira que 
cada uma delas apresente 
características comuns 
ou semelhantes.
Pausa para o cinema
Desertos não tão 
desertos. 
Direção: Marcelo Felizolla; 
Dario Arcella. Argentina: 
Programas Santa Clara, 
1994. Duração: 23 min.
Imagine passar um dia no 
deserto. Nesse vídeo você 
verá de que forma a fauna 
e alguns seres humanos se 
adaptam a esse meio e às 
mudanças de temperatura 
que ali ocorrem. 
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Figura 20. Mundo: principais polos de inovação tecnológica
Identifique no mapa 
pelo menos dois países 
que possuem polo de 
inovação tecnológica.
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICOOCEANO
ATLÂNTICO
0°
0°
 OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
Polo de inovação tecnológica
 O mundo das sociedades humanas
Ao observar o planeta do ponto de vista das sociedades humanas, é 
possível perceber as diferenças e desigualdades existentes entre os mui-
tos Estados ou países do mundo. 
Há Estados que exercem grande poder político e militar sobre outros 
Estados, influenciando suas decisões. É o caso dos Estados Unidos, de al-
guns países da União Europeia, da China, entre outros. 
Além disso, há entre os Estados grandes diferenças no desenvolvi-
mento científico, tecnológico e socioeconômico.
•	 Desigualdades no desenvolvimento científico 
e tecnológico
Observe a figura 20. Os Estados Unidos, os países mais desenvolvidos 
da Europa Ocidental e o Japão formam as principais áreas de inovação 
científica e tecnológica. Isso é resultado dos grandes investimentos que 
realizam na educação e em centros de pesquisa, tanto de universidades 
como de grandes empresas, o que lhes permite ter a liderança científica 
e tecnológica entre os Estados e, consequentemente, mais poder nas re-
lações internacionais. 
Esses países, além de utilizar as inovações tecnológicas nos proces-
sos de produção e criação de novos produtos, exportam tecnologia, o 
que lhes possibilita alto retorno financeiro. Por essas e outras razões, são 
chamados de países desenvolvidos. 
3 
Fonte: elaborado com base em CHARLIER, Jacques (Org.). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2011. p. 196.
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1.930 km
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No seu contexto
Você sabe se no seu 
município ou em algum 
outro da unidade da 
federação onde você 
mora existem centros 
de pesquisa científica 
e tecnológica?
31PERCURSO 3
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Depende do município e da unidade 
da federação. O objetivo é despertar 
o aluno para a apreensão do espaço 
em que vive, levando-o a perceber 
a existência ou não de centros 
de pesquisa. Vale enfatizar que 
o desenvolvimento socioeconômico 
acompanha, geralmente, 
o desenvolvimento técnico e científico. 
É interessante observar se há presença 
da Embrapa no município ou na região 
em que o aluno vive.
Podem ser citados: Brasil, 
Estados Unidos, França, Reino 
Unido, Índia, Japão, China, 
Austrália, Israel, entre outros.
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•	 Desigualdades de PIB (Produto Interno Bruto)
Outra maneira de regionalizar os países do mundo é com base no PIB. 
O PIB é a soma do valor total de bens (produtos agropecuários, indus-
triais, minerais etc.) e serviços (comércio, transportes, telecomunicações, 
educação, saúde, setor financeiro etc.) produzidos por um país em determi- 
nado período (em geral, durante um ano). Esse valor, geralmente ex-
presso em dólares, é usado para avaliar a importância da economia de 
um país e compará-la à economia de outros países. 
Observe, na figura 21, que apenas dez países foram responsáveis pela 
produção de 64,6% do PIB mundial em 2014.
Esse dado mostra a desigualdade na produção de riqueza e a sua 
concentração em poucos países. Entretanto, o estudo do PIB de um país 
somente assume real significado se for relacionado à sua população.
PIB per capita
Dá-se o nome de PIB per capita (literalmente, “por cabeça”, ou seja, 
por habitante) à relação entre o PIB e a população total de um país.
O PIB per capita é calculado dividindo-se o valor do PIB de um país 
pelo total de sua população, e expressa, portanto, a relação entre a pro-
dução de riquezas por habitante de um país.
A desigualdade do PIB per capita entre os países indica grandes di-
ferenças nas condições de vida da população. Com baixa produção de 
riquezas por habitante, o Estado arrecada menos impostos. Com isso, 
o dinheiro se torna escasso para investimento em infraestrutura, como 
abertura de estradas, construção de usinas de eletricidade e aparelha-
mento de portos, e para o desenvolvimento econômico e social, como 
educação, alimentação, habitação, saúde, pesquisa científica, entre ou-
tros. Além disso, em muitos casos, ocorre o desvio de verba pública por 
meio da corrupção político-administrativa, o que contribui para a falta de 
investimentos por parte do poder público.
Observe a figura 22 e veja a distribuição do PIB per capita no mundo. 
Figura 21. Mundo: distribuição do PIB – 2014
Em 2014, o PIB dos Estados 
Unidos foi de 17,4 trilhões 
de dólares, o da China foi de 
10,3 trilhões, e o do Brasil 
(7o lugar), de 2,3 trilhões. 
Fonte: Banco Mundial. GDP (Current US$). 
Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.
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O PIB mundial em 2014 foi de 77,9 trilhões de dólares.
35,4%
O PIB mundial em 2014 foi de 77,9 trilhões de dólares. 
22,4%
13,3%
5,9%
3,8%
3,6%
2,4%
2,6%
2,7%
3,0%
Estados Unidos
China
Japão
Alemanha
Reino Unido
França
Brasil
Itália
Índia
Rússia
Demais países
4,9%
Navegar é preciso
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demográficos, sociais 
e econômicos dos países 
do mundo
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