Resumo - Pathos

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PATHOS
Psicopatologia como doença X Psicopatologia como busca pela regulação.
FRANCISCO MARTINS:
Pathos perpassa todo o ser humano;
Disposição afetiva organizadora e propulsora do destino humano;
Quando gera desarmonia, esse destino dá espaço ao sofrimento;
Pathos não diz respeito somente ao desequilíbrio, estando presente no dia-a-dia do sujeito e de sua cultura.
BERLINCK:
Pathos dá origem às palavras “paixão” e “passividade”;
Quando pathos acontece, algo da ordem do excesso toma conta da cena, de modo que o “eu” não consegue tomar posse desse acontecimento, a não ser como paciente;
Pathos transforma-se em patologia quando rege as ações humanas.
QUEIROZ:
Sofrimento passivo – sujeito é afetado por algo que vem de fora, passa pelo corpo e expressa-se pela hýbris.
HÝBRIS:
Desafio, o crime do excesso e do ultraje. Traduz-se num comportamento de provocação aos deuses e à ordem estabelecida;
Ligado à idéia de natureza (phýsis) e ao conceito de lei.
PATOLOGIA:
Modo de estar no mundo.
Pathos e Estruturação
Sintoma também pode ser da ordem do estruturante;
Delírio como tentativa de reorganização do funcionamento mental, uma vez que a realidade que se impõe ao sujeito é intolerável – tentativa de cura;
Delírio de perseguição como saída do isolamento (Scharfeter);
Função do sintoma é fazer desaparecer o elemento que está causando a perturbação, o desequilíbrio;
A neurose é muitas vezes uma defesa à psicose.
PATHOS E EXISTÊNCIA
Vivência é uma forma de relação que o sujeito estabelece com os diversos objetos que constituem seu mundo;
“doença mental” como um modo particular de existência – forma trágica de ser no mundo;
Pelo lado social, a loucura é uma incapacidade do indivíduo para adaptar-se às exigências da realidade coletiva ou interpessoal, levando a uma ruptura com essa realidade.
AMPLIAÇÃO DO PATHOS:
Novo entendimento sobre normalidade e loucura nos leva a um novo modo de pensar a intervenção terapêutica em saúde mental;
Ênfase na singularidade.