Buscar

Resumo Cap. 51 em pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO FISIOLOGIA – GUYTON 
 Cap. 51 
 
 
1 
 
O Olho: Neurofisiologia Central da Visão 
 
I- Vias Visuais: 
 Os sinais visuais saem das retinas através dos nervos ópticos. No quiasma óptico, as fibras do nervo óptico das 
metades nasais das retinas cruzam para para os lados opostos, onde se unem à fibras das retinas temporais opostas 
para formar os tratos ópticos. As fibras de cada trato óptico, por sua vez, fazem sinapse no núcleo geniculado 
dorsolateral do tálamo e, daí, as fibras geniculocalcarinas projetam-se, por meio da radiação óptica (também 
chamada de trato geniculocalcarino) para o córtex visual primário na parea da fissura calcarina do lobo occipital 
medial. 
 As fibras visuais também se projetam para várias outras áreas do cérebro: (1) da região do quiasma óptico para os 
núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo, com a função de controlar os ritmos circadianos que sincronizam as 
várias funções fisiológicas do organismo com a noite e o dia; (2) para os núcleos pré-tectais no mesencéfalo, para 
desencadear movimentos reflexos dos olhos para focalizar objetos de importância e para ativar o reflexo fotomotor; 
(3) para o colículo superior, para controlar movimentos direcionais rápidos dos dois olhos; e (4) para o núcleo 
geniculado ventrolateral do tálamo e regiões adjacentes, presumivelmente para ajudar a controlar algumas da 
funções comportamentais do corpo. 
 
• Resumindo: 
• Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo  controle do ritmo circardiano 
• Núcleos pré-tectais do mesencéfalo  Movimento reflexo dos olhos 
• Colículo superior  Movimento direcional rápido dos dois olhos 
• Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo  Funções comportamentais 
 
 
1) Função do Núcleo Geniculado Dorsolateral do Tálamo: 
 
 (1) RETRANSMITIR INFORMAÇÕES 
(2) Regula a quantidade/intensidade de sinal que será enviado ao córtex 
 
 As fibras do nervo óptico terminam no núcleo geniculado dorsolateral, na extremidade dorsal do tálamo, também 
chamado de corpo geniculado lateral. Este exerce duas funções principais: (1) retransmite informações visuais do 
trato óptico para o córtex visual por meio da radiação óptica e (2) “represa” a transmissão dos sinais para o córtex 
visual. A primeira função é tão precisa que há uma transmissão ponto a ponto com alto grau de fidelidade espacial 
em todo o trajeto da retina ao córtex visual. Em sua segunda função, o núcleo recebe sinais de controle de 
represamento de duas fontes principais: (1) fibras corticofugais de projeção direta do córtex visual primário para o 
núcleo geniculado lateral e (2) áreas reticulares do mesencéfalo. Ambos são inibitórios e, quando estimulados, 
podem desligar a transmissão através de partes selecionadas do núcleo geniculado dorsolateral. 
 Finalmente, o núcleo geniculado dorsolateral se divide de outro modo: (1) camadas I e II são chamadas camadas 
magnocelulares porque contêm neurônios grandes, que recebem aferências quase inteiramente das grandes células 
ganglionares Y da retina. Este sistema fornece uma via de condução rápida para o córtex visual. No entanto, é cego 
para cores, transmitindo somente informações em preto-e-branco. Igualmente, sua transmissão ponto a ponto é 
insuficiente porque não há muitas células ganglionares Y, e seus dendritos não se propagam amplamente na retina. 
(2) As camadas III e VI são chamadas de fibras parvocelulares porque contêm grande número de neurônios com 
tamanhos pequenos e médios, que recebem aferências quase inteiramente das células ganglionares do tipo X da 
retina, as quais transmitem cor e carregam informação espaciais precisas de ponto a ponto, mas somente numa 
velocidade moderada de condução. 
 RESUMO FISIOLOGIA – GUYTON 
 Cap. 51 
 
 
2 
 
O sinal chega ao núcleo: 
-Metade de um olho (fibras mediais da retina) e metade de outro olho (fibras laterais da retina); 
-É composto por 6 camadas nucleares: 
• 3 camadas recebem sinais da metade medial da retina de um olho e 3 camadas da metade lateral da 
retina do outro olho 
Esta transmissão paralela segue até o córtex visual onde será sobreposta. 
 
 
II- Organização e Função do Córtex Visual: 
 Se divide em um córtex visual primário e em áreas visuais secundárias. 
 Córtex visual primário: situa-se na área da fissura calcarina, estendendo-se à frente a partir do pólo occipital 
na parte medial de cada córtex occipital. Esta área é a região terminal dos sinais visuais diretos. Sinais da 
área macular da retina terminam próximo do pólo occipital, enquanto os sinais da retina mais periférica 
terminam nos círculos da metade concêntrica anterior ao pólo, mas ainda ao longo da fissura calcarina no 
lobo occipital medial. A parte superior da retina é representada superiormente, e a parte inferior, 
inferiormente; 
 
 O Córtex Visual Primário Possui 6 camadas: 
A maior parte das fibras da radiação óptica terminam na camada IV. São retransmitidas verticalmente ao córtex 
e também a níveis mais profundos 
 
 
 Áreas visuais secundárias: situam-se lateral, anterior, superior e inferiormente ao córtex visual primário. 
Sinais secundários são transmitidos a estas áreas para análise dos significados visuais, como forma, posição 
tridimensional e movimento. Compreende a área 18 de Brodmann. 
 
 
 Organização de acordo com as fibras aferentes da retina: 
• Camadas magnocelulares: 
• Recebem células ganglionares Y da retina 
• Condução rápida 
• Preto e branco 
• Camadas parvocelulares: 
• Recebem células ganglionares tipo X da retina 
• Velocidade de condução moderada 
• Transmitem cor e informações espaciais precisas 
 
-Existem 2 vias para análise da informação visual: 
1. Via rápida para posição e movimento 
• Células ganglionares Y da retina  preto e branco 
• Analisa posições dos objetos visuais em terceira dimensão 
• Analisa forma grosseira da cena visual 
• Distingue movimentação dos objetos 
2. Via colorida precisa 
• Células ganglionares X da retina  cor 
• Análise dos detalhes visuais 
 RESUMO FISIOLOGIA – GUYTON 
 Cap. 51 
 
 
3 
 
• Reconhecimento de letras, cores, formas dos objetos 
 
 
EFEITO DAS LESÕES NAS VIAS ÓPTICAS SOBRE OS CAMPOS VISUAIS: 
 
 
 
Movimentação dos olhos: 
 
-Musculatura ocular  3 pares de músculos: 
• Retos medial e lateral  NC III e NV VI (Oculomotor e Troclear) 
• Retos superior e inferior  NC III (Oculomotor) 
• Oblíquos superior e inferior  NC IV (Troclear) 
 
 
 RESUMO FISIOLOGIA – GUYTON 
 Cap. 51 
 
 
4 
 
Fixação dos olhos: 
• Mecanismo de fixação voluntária: Região cortical pré-motora dos lobos frontais. Permite a pessoa 
mover os olhos voluntariamente para o objeto a ser fixado. Uma lesão nesta área  torna difícil a 
pessoa “destravar” os olhos de um ponto. 
 
• Mecanismo de fixação involuntária: Áreas de associação visual no córtex occipital (anterior ao 
córtex visual primário).Mantem olhos firmemente fixados em um determinado objeto. Lesão nesta 
porção  impede manter os olhos fixos em um determinado ponto. 
 
Papel dos colículossuperiores: 
• Cóliculo superior: Possui representação topográfica de pontos da retina como o córtex visual, porém 
com menor precisão. Aferência de vv visuais e auditivas. Eferência para tratos motores (tronco 
encefálico). Capaz de orientar os olhos, cabeça e o corpo de acordo com estímulos externos (visuais, 
auditivos ou somáticos). 
 
Controle Autônomo da Acomodação e da Abertura Pupilar: 
• O olho é inervado por Fibras nervosas parassimpáticas e Fibras nervosas simpáticas. 
 
I.Fibras nervosas parassimpáticas: 
Fibras pré-ganglionares originam-se no núcleo Edinger-Westphal  NC III  Gânglio ciliar  sinapse 
com neurônio pós-ganglionar  nervos ciliares  globo ocular  contração pupilar (miose) . 
Excita o músculo ciliar para controle do foco do cristalino. Atua no esfíncter da íris para realizar a 
contração pupilar . 
 
 II.Fibras nervosas simpáticas: 
Fibras originam-se nos segmentos medulares torácicos superiores  ascendem para o gânglio cervical 
superior  sinapse com neurônios pós-ganglionares  trajeto da carótida  globo ocular  dilatação 
pupilar (midríase) 
Inervam músculos extraoculares do olho. Atua no esfíncter da íris para realizar a dilatação pupilar. 
 
“PARA LEMBRAR: Paras.  origina no núcleo Ed-West.  Contrai a pupila; 
Simp.  origina nos segmentos medulares  Dilata a pupila;” 
 
-Mecanismo de acomodação: Mecanismo que focaliza o sistema do cristalino do olho. Resulta da contração 
ou relaxamento do músculo ciliar do olho. Essencial para o alto grau de acuidade visual. 
 
Áreas corticais que controlam a acomodação tem relação com: 
• Movimento de fixação ocular 
• Análise dos sinais visuais no córtex visual (áreas de Brodmann 18 e 19) 
• Área pré-tectal no tronco cerebral  Núcleo de Edinger-Westphal 
 
Reflexo fotomotor: 
• Luz na retina  impulsos pelo n. óptico  núcleo pré-tectal mesencéfalo  núcleo Edinger Westphal  NC 
III (fibras parassimpáticas)  contração pupilar. Ou seja, o reflexo fotomotor vai pelo NC II e volta pelo NC 
III. 
 
 RESUMO FISIOLOGIA – GUYTON 
 Cap. 51 
 
 
5 
 
Ao se incidir a luz sobre um dos olhos do indivíduo normal verifica-se, depois de curto período de latência, a 
contração da pupila (miose) do mesmo olho estimulado (reflexo fotomotor direto) e também a contração, 
simultânea e de mesma amplitude, da pupila do olho contralateral não estimulado (reflexo fotomotor consensual). 
 
 
 
 
 
 
 Aline B. Rochembach, 4º período de medicina – Univille 
alinerochembach@gmail.com 
22/09/2015

Outros materiais