Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPIA DE EXPANSÃO PULMONAR - [TEP] AMANDA COUTO FISIOTERAPEUTA – CREFITO 195881-F DEFINIÇÃO/ OBJETIVO É a utilização de recursos instrumentais e não instrumentais para reverter ou previr um quando de atelectasia. TIPOS DE ATELECTASIAS REABSORÇÃO • Muco ou lesão impede ventilação alveolar. O ar contido no alvéolo é absorvido pelo capilar por difusão e o alvéolo colapso. PASSIVA • Ocorre quando o paciente não realiza com periocidade uma respiração profunda e expande, totalmente, os pulmões. [6 insp. profundas por hora] TIPOS DE ATELECTASIAS ABSORÇÃO • Altas concentrações de oxigênio (>50%) impedem a entrada do nitrogênio e o alvéolo colapsa. COMPRESSÃO • O colapso alveolar ocorre por compressão por força mecânica externa. Quem necessita de TEP? Qualquer paciente que não apresente inspirações profundas periódicas Quem necessita de TEP? CIRURGIAS TORÁCIAS E ABDOMINAIS PACIENTES SEDADOS PACIENTES CONFINADOS NO LEITO PACIENTES NEUROMUSCULARES PACIENTES LESADOS MEDULARES FATORES DE RISCO: PRÉ - OPERATÓRIO Idade Avançada e Obesidade • ↓ Complacência pulmonar = Δ𝑣 Δ𝑃 • ↓ CRF e ↓ VRE o ↓ Função Pulmonar o Altera Relação V/Q. FATORES DE RISCO: PRÉ - OPERATÓRIO Tabagismo • Alterações pulmonares • Acúmulo de secreções • Disfunção mucociliar • Hiper-reatividade brônquica ► Doenças pulmonares preexistentes • DPOC • ↓ Atividade mucociliar • ↑ Retenção de secreções • Alterações V/Q • ↑ Resistência das vias aéreas • Doenças Restritivas FATORES DE RISCO: INTRA E PÓS - OPERATÓRIO Local da Cirurgia • Proximidade com a musculatura diafragmática > complicações Anestesia Geral • > Tempo > Complicações • ↓ progressiva da CRF • Colapso Alveolar • Regiões basais e dependentes • Hipoxemia arterial FATORES DE RISCO: INTRA E PÓS - OPERATÓRIO Respiração superficial Dor • Impede inspiração profunda • ↓ VC e reserva ventilatória Tosse Ineficaz • ↑ Retenção de secreções Imobilização prolongada e posicionamento em decúbito dorsal • Alterações V/Q e ↑ Retenção de secreções Sinais Clínicos História Clínica Frequência Respiratória Padrão Respiratório Ausculta Respiratória Qualidade da Tosse Saturação de Oxigênio Raio-x Você é chamado para avaliar um homem obeso com 67 anos de idade internado para ser submetido a uma cirurgia abdominal superior. Ele tem uma história de tabagismo, fumando 60 maços de cigarro por anos, e está programado para ser operado amanhã de manhã. O exame revela crepitações grosseiras inspiratórias e expiratórias e sibilos expiratórios. Ele está alerta e orientado e seus sinais vitais são normais. A sua história clinica passada é positiva para diabetes e cálculo renal. Quais são os fatores presentes neste paciente que predispõe à atelectasia pós-operatória? CASO CLÍNICO RECAPITULANDO... É uma série de manobras fisioterapêuticas com o objetivo de aumentar a ventilação alveolar, evitando a hipoventilação e reduzindo o trabalho ventilatório. Manobras Orientadas Manobras Manuais Aparelhos BASE FISIOLÓGICA Aumento de volume pulmonar Aumento de pressão transpulmonar PRESSÃO TRANSPULMONAR = PRESSÃO ALVEOLAR – (-PRESSÃO PLEURAL) ► Todas as formas de Terapia de Expansão Pulmonar aumentam o volume pulmonar pelo aumento do gradiente de pressão transpulmonar. BASE FISIOLÓGICA Recursos fisioterapêuticos que utilizam a pressão positiva como forma de expansão pulmonar possuem como base fisiológica a elevação da Palv, como por exemplo: Ventilação não invasiva (VNI), EPAP e Acapella. Recursos fisioterapêuticos que utilizam a redução da Ppl: Padrões ventilatórios, Compressão/Descompressão torácica, EDIC, Espirometria de Incentivo e Breath Stacking. RECURSOS NÃO INSTRUMENTAIS DEPENDENTES DA VARIAÇÃO DA Ppl PADRÕES VENTILATÓRIOS SELETIVOS [Redução da Ppl] Contração diafragmática negativa ainda mais a Pplelural, expande o pulmão puxando-o para fora fazendo o ar entrar (CI) Requer total cooperação do paciente CV > 12 ml/kg Contraindicado em casos de dispneia intensa e obstrução brônquica grave. Podemos associar a barra PADRÕES VENTILATÓRIOS SELETIVOS Inspiração Profunda ou Suspiro Inspiratórios – Respiração nasal lenta (CRF → CPT) – Pausa de 5s ( > tempo de difusão) – Expiração lenta pela boca até a CRF Inspiração Fracionada – Melhora da complacência e incremento da CI – Inspiração nasal suave e curta, com pausas breves de 2 a 4s seguida de expiração oral lenta com freno labial Soluços Inspiratórios – Trabalho para o diafragma – Inspiração subdividida em inspirações curtas, sem pausa, até a CPT, seguida de expiração oral VRF CI 5s Exp. lenta VRF CPT CPT CRF COMPRESSÃO/DESCOMPRESSÃO TORÁCICA - FARLEY CAMPOS [Redução da Ppl] Objetivo: restaurar a ventilação de unidades alveolares comprometidas utilizando a variação de pressão pleural e alveolar; Compressão na expiração seguida de descompressão súbita na inspiração; Inspiração até a capacidade pulmonar total; A descompressão é realizada de maneira brusca para proporcionar maior negatividade da pressão pleural local e direcionar o fluxo ventilatório para a região; Pode ser feita no ápice ou na base; Utilizada em pessoas colaborativas ou não. EXERCÍCIOS DE DÉBITO INSPIRATÓRIO CONTROLADO (EDIC) [Redução da Ppl] Manobras inspiratórias lentas e profundas, em DL, com a região a ser tratada em decúbito supralateral Obtenção de um maior diâmetro torácico no final da inspiração Região póstero-basal o indivíduo encontra-se com o corpo ligeiramente rodado para a frente e a pelve perpendicular ao plano da mesa; Região ântero-basal o corpo do sujeito encontra-se ligeiramente rodado para trás e a pelve perpendicular ao plano da mesa; Fisioterapeuta posicionado posteriormente ao paciente, braço do paciente acima da cabeça, acompanha o movimento das costelas com as mãos durante a inspiração e comprime as costelas na expiração. Contraindicações I. Presença de dor II. Falta de cooperação III. Hiperreatividade brônquica IV. Pós-operatórios RECURSOS INSTRUMENTAIS DEPENDENTES DA VARIAÇÃO DA Ppl ESPIROMETRIA DE INCENTIVO [Diminuição da Ppl] ► Incentiva o paciente a realizar maiores esforços por feedback visual; ► Simples e de baixo custo; ► Fisiológico e eficaz: A fluxo ou a volume Expansão da Caixa torácica → ↓Ppl → ↓ Palv • Gradiente de pressão • Abertura das vias aéreas e os dos alvéolos ESPIRÔMETRO DE INCENTIVO A FLUXO Baixo custo Indicação indireta do volume (volume= fluxo X tempo) Tubos calibrados com fluxo específico faz as bolinhas subirem Desvantagem: fluxo inicialmente é turbulento; grande trabalho respiratório; não pode ser usado em casos de dor ou tosse. ESPIRÔMETRO DE INCENTIVO ORIENTADO A VOLUME Mensuram e indicam o volume obtido durante a inspiração máxima sustentada; Volume constante; Mais fisiológico e impõe menor trabalho respiratório; Alto custo ORIENTAÇÕES TÉCNICAS 1. Posicionamento do paciente (sentado ou a decúbito dorsal a 45°) 2. Instrução da técnica 3. Posicionamento do dispositivo na vertical e a frente do paciente 4. Boca acoplada sem vazamento. Se possível, clipe nasal 5. Inspiração lenta e profunda para maximizar a distribuição da ventilação 6. Sustentar o volume inspiratório por 5 a 10s 7. Expiração normal 8. Repouso entre as manobras evitando alcalose respiratória e hiperinsuflaçãopulmonar Estabelecer um objetivo inicial que requeira esforço moderado com subsequente progressão Avaliações periódicas da necessidade de manter a intervenção CONTRAINDICAÇÕES Pacientes inconscientes e incapazes de cooperar Pacientes que não podem utilizar adequadamente o dispositivo após instrução Pacientes incapazes de gerar inspiração adequada VC < 10ml/kg CI < 1/3 do normal predito BREATH-STAKING [Diminuição da Ppl] Método alternativo Indicado para pacientes não colaborativos conscientes ou não Maiores volumes pulmonares Maior sustentação da inspiração máxima Recrutamento por interdependência e ventilação colateral Não é finalizado com esforço inspiratório único Ventilômetro pode ser acoplado para mensuração da CI Esforços inspiratórios normais descansando contra a via ocluída entre os períodos inspiratórios Até a tolerância máxima Máscara acoplada a uma válvula de sentido unidirecional com bloqueio expiratório Inspirações sucessivas RECURSOS INSTRUMENTAIS DEPENDENTES DO AUMENTO DA Palv AUMENTO DA Palv Implica na abertura da circulação colateral intercomunicando os alvéolos Poros de Kohn: Entidade anatômica que ocorrem no septo alveolar e que permitem a comunicação inter-alveolar com um diâmetro de cerca de 3 microns ( podendo aumentar durante a insuflação pulmonar). O seu aparecimento ocorre por volta dos 6 anos de idade e só se encontram bem desenvolvidos aos 12 ou 13 anos. Canais de Lambert: Conexões bronquíolo-alveolares com um diâmetro de cerca de 30 micros, cujo densenvolvimento é paralelo aos dos poros de Kohn. Estas vias acessórias exercem comunicações em espaços aéreos mais distantes entre si. PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIO FINAL – PEEP BENEFÍCIOS 1. Melhora a oxigenação Arterial 2. Recruta e estabiliza alvéolos e pequenas vias aéras 3. Aumenta a CRF 4. Diminui o Shunt Pulmonar 5. Mantém via aérea pérvia durante a expiração 6. Reduz aprisionamento de ar PEEP A pressão positiva inverte o gradiente de pressão espontânea normal A força de retração do pulmão e da parede torácica, armazenada como energia potencial durante a inspiração com pressão positiva, causa uma expiração passiva. EPAP - Expiratory Positive Airway Pressure [Aumento da Ppl] Máscara ou peça bucal + válvula unidirecional + Resistor Expiratório Pode ser: 1. Resistor alinear pressórico 2. Resistor linear pressórico Resistência exp. constante Independe do fluxo Consiste em respirar por orifícios cada vez menores. Depende do fluxo do pct. As vezes ocorre apenas ↑ exp. EPAP – Resistor Linear Pressórico Não dependente da gravidade Válvula Spring Loaded Gerar pressão limite para abrir a válvula e permitir o fluxo aéreo Através de um sistema de molas PEEP constante Dependente de gravidade Sistema EPAP selo d’agua Coluna d’agua graduada de acordo com o nível da PEEP ► No final da exp. a pressão do circuito se iguala à pressão determinada na coluna do selo d´água EPAP [Aumento da Palv] INDICAÇÕES Pacientes com atelectasias não responsivas a outras técnicas Pacientes pouco colaborativos Em pacientes secretivos associar à terapia de higiene brônquica 1 a 4 sessões diárias / 20 min CONTRAINDICAÇÕES Asma e DPOC aguda Pneumotórax hipertensivo PIC > 15mmHg Instabilidade hemodinâmica Cirurgias faciais e orais Soluços Náusea Hemoptise • Recrutamento alveolar • Aumento da CRF • Diminuição do shunt intrapulmonar • Melhora da PaO2 • Reduz o aprisionamento aéreo • Redistribuição do líquido extravascular • Facilita a remoção das secreções pulmonares por aumento da ventilação colateral , que proporciona melhor fluxo de ar nas unid alv. Obstruídas. • Aumento do gradiente de pressão transpulmonar no final da expiração. BENEFÍCIOS Acapella [aumento da Palv] Oscilação Oral de Alta Frequência do Fluxo Aéreo + PEEP Prevenção e reversão de atelectasias Facilita o clearance das secreções Válvula unidirecional Resistência expiratória de ajuste rotatório manual Pressão expiratória com fluxo dependente Ar expirado é direcionado para um orifício que abre e fecha periodicamente gerando oscilações no fluxo de ar. • Verde → Fluxos expiratório > 15l/min • Azul → Fluxos expiratórios abaixo ou iguais a 15l/min PROTOCOLO - Acapella - Resistência - paciente manter 3 seg I:E 1:3, 1:4 Inspirar lenta e profundamente Volumes pulmonares < CPT Sem contração ativa da musculatura abdominal Benefícios da TEP ↓ FR FC normal AP sem RA Raio-x normal ↑ PaO2 ↑ CV e dos fluxos expiratórios máximos Restauração da CRF ou da CV pré-operatória ↑ CVF Obtenção dos níveis pré- operatórios do fluxo e volume E agora... ... Qual técnica escolher? Risco Alto Consciente e colaborativo Inspirometria de Incentivo EPAP Acapella Não colaborativo EPAP, VNI Breath Stacking Baixo Exercícios de Inspiração Profunda Compressão/ Descompressão EDIC Você é chamado para avaliar um homem obeso de 57 anos de idade internado no 5 dia de P.O. revascularização do miocárdio, com histórico de tabagismo. Este paciente queixa- se de dispneia e ao exame físico você auscultou MV↓↓ com ronco HTXD. Ele está alerta e orientado, FR 22 ipm, FC: 76 bpm, PA: 120x80 mmHg. Trace um plano de intervenção fisioterapêutica baseado em TEP, determine seu(s) objetivo(s) neste caso clínico e explique qual a base fisiológica da(s) técnica(s) que você escolheu. CASO CLÍNICO Raio-x na Atelectasia 1. Qualidade da Técnica: 1. Antero-posterior (AP) ou Póstero-anterior (PA) 2. Penetração: espaços intervertebrais nítidos 3. Inspiração: 7 – 10 Costelas 4. Rotação: clavículas equidistantes Hipertransparente: Ar Hipotransparente: Osso, sangue, secreção Raio-X na atelectasia Aumento da densidade pulmonar Aglomeração dos vasos pulmonares Desvio da traquéia ipsilateral Desvio do mediastino pro lado a cometido Velamento dos seios costofrênicos e ângulos cardiofrênicos. Elevação do diafragma pro lado afetado Diminuição do espaço intercostal Hiperinsuflação compensatória do pulmão contralateral. ESPIROMETRIA ESPIROMETRIA DÚVIDAS? SC_AMANDA@HOTMAIL.COM
Compartilhar