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EAD-Enfermagem a Distância-Material do Curso[Procedimentos Técnicos em UTI]

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PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM UTI 
 
Siga as instruções abaixo para navegar no 
ambiente virtual do Ead e obter êxito no curso. 
Após a inscrição, o usuário tem 30 dias para 
concluir o curso e emitir o certificado. 
Para fazer a avaliação digite seu e-mail e senha, 
na área do usuário (IDENTIFICAÇÃO), clique em 
ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, 
depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, 
clique no ícone AVALIAÇÃO. 
O usuário deverá responder a avaliação 
existente na última página do material do curso 
e transcrever as respostas para o gabarito 
existente no site. Uma vez confirmada às 
respostas, a avaliação não será mais 
disponibilizada. 
Em seguida, você pode emitir o Certificado. 
Para emitir o certificado, em outro momento, 
digite seu e-mail e senha, na área do usuário, 
clique em ENTRAR, depois clique em MINHA 
CONTA, depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por 
fim, clique no ícone CERTIFICADO. O arquivo 
será visualizado no formato PDF, para que você 
possa salvar ou imprimir. 
Observação: 
No ato da avaliação o usuário recebe um e-mail 
informando o seu percentual de acerto. 
Para emitir o certificado, o usuário precisa obter 
pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação. 
 
Boa sorte! 
 
1. Apresentação 
 
As unidades de Terapia Intensiva ocupam áreas 
hospitalares destinadas ao atendimento de 
pacientes gravemente enfermos e que 
necessitem cuidados complexos e específicos. 
O cotidiano na terapia intensiva exige do 
profissional capacitação técnico-científica e 
preparo psicológico para lidar com a dor, com a 
perda e com o sofrimento. 
 
 
 
2. Objetivos 
 
Atualizar o profissional de enfermagem e os 
graduandos em enfermagem acerca dos 
procedimentos mais comuns que ocorrem na 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 
Descrever os protocolos mais utilizados na 
Terapia Intensiva. 
Descrever a Unidade de Terapia Intensiva com 
suas peculiaridades na assistência. 
Esclarecer dúvidas a cerca da assistência de 
enfermagem na terapia intensiva. 
 
 
 
3. Premissas 
 
A UTI é uma unidade complexa dotada de 
sistema de monitorização contínua. Neste setor 
é realizado a admissão de pacientes 
potencialmente graves ou com descompensação 
de um ou mais sistemas orgânicos e tenham 
possibilidade de recuperação através do suporte 
e tratamento intensivos. 
Os objetivos dos serviços de terapia intensiva 
são concentrar recursos humanos e materiais 
para o atendimento de pacientes graves que 
exigem assistência permanente, além da 
utilização de recursos tecnológicos apropriados 
para a observação e monitoração contínua das 
 
 
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condições vitais dos pacientes e para 
intenvenção em situação de descompensação. 
Ainda é funçao da UTI amenizar sofrimento tais 
como dor e falta de ar, independente do 
prognóstico. 
A equipe multiprofissional que atuam nestas 
unidades complexas são designados 
intensivistas. A equipe de atendimento é 
multiprofissional e interdisciplinar, constituída 
por diversas profissões: médicos, enfermeiros, 
farmacêuticos,terapeuta ocupacional, 
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e 
assistentes sociais. 
A rotina da UTI gera constante expectativa de 
situações de emergências, devido a alta 
complexidade tecnológica e da concentração de 
pacientes graves sujeitos a mudanças súbitas no 
estado geral. 
A unidade de terapia intensiva é um setor de 
alta complexidade, reservado e único no 
ambiente do hospital, no qual é realizado 
monitorização completa do paciente nas 24 
horas. 
O ambiente da UTI é bastante estressante, e o 
grupo que atua nesse local requer cuidados, pois 
o resultado do trabalho depende da equipe 
como um todo. 
Exemplos mais comuns de doenças que levam a 
internação em UTI são: Infanto Agudo do 
Miocárdio (IAM); Desconforto Respiratório (DR), 
Acidente Vascular cerebral (AVC) e Hipotensão 
Arterial Refratária. 
 
 
 
 
 
 
4. Histórico das Unidades de Terapia 
Intensiva 
 
 
 
 O surgimento da terapia intensiva 
deveu-se a necessidade de oferecer 
suporte avançado de vida a pacientes 
agudamente doentes que porventura 
possuam chances de sobreviver, 
destina-se a internação de pacientes 
com instabilidade clínica e com 
potencial de gravidade. 
 O setor de terapia intensiva tem suas 
origens nas unidades de recuperação 
pós-anestésica (URPA), onde os 
pacientes submetidos à procedimentos 
anestésico-cirúrgicos tinham 
monitorizadas suas funções vitais 
(respiratória, circulatória e neurológica) 
sendo instituídas medidas de suporte 
quando necessário até o término dos 
efeitos residuais dos agentes 
anestésicos. 
 As UTIs a partir da década de 1930 
transformaram o prognóstico, reduzindo 
os óbitos em até 70%. Hoje todas 
especialidades utilizam-se das unidades 
intensivas, principalmente para controle 
de pós-operatório de risco. 
 Peter Safar, o primeiro médico 
intensivista, nasceu na Áustria, filho de 
médicos, e migrou para os Estados 
Unidos após permanecer no campo de 
concentração nazista. Formou-se 
médico anestesista e na década de 1950 
estimulou e preconizou o atendimento 
de urgência-emergência. 
 
 
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 Ainda nesta época formulou o ABC 
primário em que criou a técnica de 
ventilação artificial boca a boca e 
massagem cardíaca externa. Para estes 
experimentos contava com voluntários 
da sua equipe o qual eram submetidos a 
sedação mínima. Ainda, através de 
experimentos, concretizou para o 
paciente crítico as técnicas de 
manutenção de métodos 
extraordinários de vida. 
 Na cidade de Baltimore estabeleceu a 
primeira UTI cirúrgica e em 1962, na 
Universidade de Pittsburgh, criou a 
primeira disciplina de "medicina de 
apoio crítico" nos Estados Unidos. 
Iniciou os primeiros estudos com 
indução da hipotermia em pacientes 
críticos. Como últimas contribuições 
elaborou os projetos das ambulâncias-
UTI de transporte, fundou a Associação 
Mundial de Medicina de Emergência e 
foi co-fundador da SCCM, o qual foi 
presidente em 1972. 
 É muito importante tanto para o 
paciente como para família 
compreender a UTI como etapa 
fundamental para superação da doença, 
porém tão importante é aliviar e 
proporcionar conforto independente do 
prognóstico. A equipe está orientada no 
respeito a dignidade e 
autodeterminação de cada pessoa 
internada, estabelecendo e divulgando a 
humanização nos seus trabalhos, 
buscando amenizar os momentos 
vivenciados através do paciente e 
família. 
 A UTI é sem dúvida muito importante 
para o avanço terapêutico, porém 
impõe nova rotina ao paciente onde há 
separação do convívio familiar e dos 
amigos, que pode ser amenizada através 
das visitas diárias. Outro aspecto 
importante é a interação família-
paciente com a equipe, apoiando e 
participando das decisões médicas. 
 
 
 
5. Materiais e Equipamentos da UTI 
 
 A unidade de terapia intensiva 
representa uma unidade de vigilância 
contínua dos pacientes por isso os leitos 
são dispostos de forma que o balção de 
enfermagem esteja no local central de 
onde pode visualizar todos os leitos. 
 Nem sempre é possível projetar a 
unidade dessa forma, pois em algumas 
instituições a unidade é instalada em 
salas adaptadas para UTIe não 
construída visando a terapia intensiva. 
 
 
 
 Cada leito contém monitores cardíacos, 
cama elétrica projetada, oximetria de 
pulso e rede de gases. 
 Dentre os principais equipamentos 
utilizados em UTI estão: 
 Termômetro 
 Oxímetro de pulso: Equipamento que 
possui sensor óptico luminoso o qual é 
colocado no dedo. Através da 
 
 
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determinação da coloração sanguínea 
capilar, verifica a taxa de saturação do 
oxigênio designada 
 Saturação de O2, ou seja, mede 
indiretamente a oxigenação dos tecidos 
de maneira contínua. 
 Eletrocardiográfico, com freqüência 
cardíaca e medida intermitente de 
pressão arterial. Situa-se na cabeceira 
do leito e é conectado ao paciente 
através de eletrodos descartáveis no 
tórax. 
 Monitor de pressão arterial 
 Não-invasivo (Esfigmomanômetro) 
 Invasivo (por punção arterial em geral a 
radial) 
 Capnógrafo 
 Monitor Cardíaco - Efetua o controle do 
débito cardíaco 
 Swan-Ganz 
 
O cateter de Swan-Ganz, também conhecido 
como cateter balão-fluxo dirigido devido à 
presença de um balonete inflável na ponta do 
cateter, onde o próprio fluxo sangüíneo o dirige 
até a artéria pulmonar. 
Tem geralmente um diâmetro de 7F (French), de 
110 cm, graduação a cada 10 cm, duas vias para 
transmissão do sinal pressórico (distal e 
proximal), termissor incorporado para cálculo do 
débito cardíaco e uma via com válvula para 
inflação do balonete. 
 
 
 
 Sonda naso-enteral: quando ocorre 
dificuldade da ingestão dos alimentos, é 
introduzida sonda maleável de baixo 
calibre na narina até o duodeno, porção 
após o estomago. Dietas especiais 
designadas Dietas Enterais, são 
mantidas em infusão contínua dando 
aporte necessário de calorias, proteínas 
e eletrólitos. As Dietas especiais 
dispensam as dietas convencionais, 
podendo o paciente utilizá-las por longo 
período. 
 
 
 
 Sonda vesical - Em pacientes 
inconscientes ou que necessitam 
controle rígido da diurese (volume 
urinário), é necessário introduzir sonda 
na uretra (canal urinário) até a bexiga. A 
sonda é conectada em bolsa coletora 
que fica ao lado do leito em locais 
baixos. 
 
 
 
 Máscara e cateter de oxigênio - São 
dispositivos utilizados para fornecer 
oxigênio suplementar em quadros de 
falta de ar. O cateter é colocado no nariz 
e a máscara próxima a boca com 
finalidade de nebulizar umidificando e 
ofertando O2. Em geral são dispositivos 
passageiros e retirados após melhora 
dos quadros dispnéicos . 
 Cateter Central - O cateter é chamado 
de central em decorrência de estar 
 
 
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próximo ao coração. Fino, da espessura 
de uma carga de caneta, é introduzido 
através do pescoço ou no tórax 
(infraclavicular – abaixo da clavícula). 
Permite acesso venoso rápido e eficaz. 
Sua permanência pode variar de semana 
a meses. É indolor. 
 Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo 
plástico, maleável, de diâmetro 
aproximado de 0.5 a 1.0 cm e é 
introduzido na traquéia sob anestesia e 
sedação. Permite a conexão do 
ventilador mecânico com os pulmões. A 
permanência pode ser de curta duração, 
até horas, ou semanas. Caso não possa 
ser retirado e com previsão maior de 
duas semanas, poderá ocorrer 
possibilidade de traqueostomia e 
inserção da cânula baixa permitindo ao 
paciente maior conforto e até alimentar-
se. 
 Ventilador Mecânico - Aparelho 
microprocessado valvular que permite a 
entrada e saída do ar dos pulmões, 
oxigenando-os e mantendo estabilidade 
e segurança do sistema respiratório. 
 
Os equipamento modernos permitem maior 
interação entre paciente-ventilador com seu 
comando ou não. Apesar das inúmeras 
vantagens e em vários casos obrigatórios, 
estabelece interrupção da fisiologia normal 
respiratória, favorecendo infecções pulmonares 
designadas “pneumonias do ventilador”. O 
processo de retirada do ventilador mecânico é 
chamado de desmame ventilatório, que é 
gradual. 
Os doentes em UTIs muitas vezes apresentam 
falência do sistema respiratório e necessitam de 
um suporte extra de oxigênio. Este pode ser 
fornecido por máscaras, ou em casos mais 
graves, pela ventilação mecânica. 
O ventilador mecânico é uma máquina que 
garante a entrada de oxigênio nos pulmões dos 
doentes que apresentam insuficiência 
respiratória, isto é, incapacidade de manter boa 
oxigenação dos tecidos. O respirador mecânico é 
capaz de fornecer oxigênio mesmo que o 
paciente não seja capaz de respirar por conta 
própria. 
 
6. Procedimentos Técnicos em UTI 
 
 
6.1. Monitorização (Monitor 
Multiparâmetro): 
 
 
Todo paciente internado em uma UTI precisa 
estar monitorizado. O monitor serve para a 
equipe médica avaliar de modo contínuo e "ao 
vivo", os sinais vitais do doente. 
Através de eletrodos, aparelhos de pressão 
automáticos e sensores ligados ao paciente e a 
máquina, é possível acompanhar a freqüência 
cardíaca e respiratória, a pressão arterial, a 
saturação de oxigênio do sangue e ter um 
traçado básico de eletrocardiograma. 
Qualquer arritmia cardíaca, queda ou elevação 
 
 
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abrupta da pressão arterial, ou queda nos níveis 
de oxigenação do paciente são logo detectados 
pelo monitor que imediatamente avisa a equipe 
médica ou de enfermagem. 
 
6.2. Manuseio com as Bombas de Infusão 
 
 
 
Pacientes internados em UTI frequentemente 
necessitam de drogas infundidas de modo 
contínuo. A bomba infusora permite a 
administração venosa de drogas em ritmo 
constante. 
É muito comum o uso de bombas infusoras em 
paciente com sepse e choque circulatório. 
Doentes em choque não conseguem manter 
níveis normais de pressão arterial e precisam de 
drogas para manter a perfusão adequada dos 
tecidos. As drogas mais usadas para elevar a 
pressão arterial são a noradrenalina e a 
dopamina. Como são drogas de curtíssima 
duração e com grandes efeitos, precisam ser 
administradas continuamente e de modo muito 
controlado. 
Do mesmo modo, nas crises hipertensivas 
também podemos administrar drogas anti-
hipertensivas por via venosa, controladas pela 
bomba infusora. Deste nodo conseguimos uma 
redução mais gradual e controlada da pressão 
arterial. 
A bomba infusora também é usada nos casos em 
que precisamos manter os pacientes sedados, 
como naqueles que estão em ventilação 
mecânica (explico no próximo tópico). Essa 
sedação é conhecida popularmente como coma 
induzido. 
As drogas mais usadas para sedação são os 
benzodiazepínicos (ex: Midazolam), Fentanil ou 
Propofol. 
Em doentes diabéticos com níveis de glicose 
descontrolados, também se usa a bomba para se 
controlar a infusão de insulina. 
 
6.3. Punção de Veia Central (Procedimento 
Médico) 
 
 
 
O doente em UTI recebe basicamente todas as 
medicações pela via venosa. Porém, nem todas 
as drogas podem ser administradas nas 
pequenas veias periféricas que temos nos 
braços. 
Dois exemplos comuns são as drogas usadas no 
choque circulatório, explicado acima, e a 
nutrição parenteral, usada nos casos dos 
doentes incapazes de se alimentarem. 
Esses tratamentos só podem ser administrados 
em veias centrais de grande calibre. Para isso, os 
médicos lançam mãoda punção de uma veia 
profunda, com implantação de um cateter. 
Normalmente punciona-se a veia subclávia (foto 
abaixo) ou a veia jugular interna ou a veia 
femoral. 
 
6.4. Manuseio com o Ventilador Mecânico e 
Auxílio no Procedimento de 
Intubação 
 
 
 
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Para se acoplar o paciente em um ventilador 
mecânico é necessário primeiro que o mesmo 
seja submetido à intubação das vias 
respiratórias. A intubação orotraqueal consiste 
na introdução pela vias aéreas de um tubo 
plástico. Uma extremidade do tubo fica 
localizado bem ao final da traquéia, logo antes 
do início de ambos os pulmões, e a outra por 
fora da boca, onde será ligado o ventilador 
mecânico. 
Doentes que necessitam de ventilação mecânica 
por vários dias são normalmente submetidos a 
uma traqueostomia. Deste modo o tubo pode 
ser ligado diretamente à traquéia, não 
precisando mais passar pela boca. Isso reduz os 
riscos de complicações como lesões das cordas 
vocais, pneumonias e extubações involuntárias. 
 
6.5. Cateterismo Vesical 
 
 
 
Todo doente com sinais de instabilidade 
hemodinâmica é submetido ao cateterismo da 
bexiga. Deste modo conseguimos aferir 
precisamente o débito urinário do paciente. 
Além de ajudar na avaliação do funcionamento 
dos rins, que é um dos primeiros a sofrer 
quando há instabilidade, a quantidade de urina 
produzida em 24 horas nos auxilia no 
planejamento do volume de soro que será 
infundido ao longo do dia. 
 
 
 
 
 
 
 
6.6. Hemodiálise 
 
 
 
 A insuficiência renal aguda é uma 
complicação comum nos pacientes em 
estado crítico internados em um CTI. A 
máquina de hemodiálise procura fazer o 
papel do rins, controlando o volume de 
água do corpo, os níveis de eletrólitos e 
filtrando as toxinas. 
 
 A hemodiálise (HD) é um dos maiores avanços 
da medicina. Os rins são os únicos órgãos nobres 
que podem ser substituídos, ainda que não 
perfeitamente, por uma máquina. Se você tem 
uma falência do coração, do cérebro, dos 
pulmões, do fígado, etc. e não se submeter a um 
transplante de órgãos, o seu destino será 
impreterivelmente a morte. Se seu rim entrar 
em falência, você passará a fazer diálise e ainda 
poderá viver e ser produtivo por muitos anos. 
O tratamento tem que ser encarado como uma 
oportunidade de vida em uma doença que há 
poucas décadas era fatal. Hoje as pessoas 
dialisam e levam uma vida próxima do normal, 
podem sair trabalhar, ir ao cinema, viajar, 
praticar exercícios, jantar fora etc. 
90% dos pacientes em hemodiálise afirmam que 
o método não é tão ruim quanto imaginavam. 
 
 
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Alguns inclusive nem se interessam por entrar 
na fila do transplante de tão bem adaptados que 
ficam. 
 
 Princípios da Diálise 
 
Toda vez que dois líquidos com concentrações 
diferentes são separados por uma membrana 
permeável (ou seja, contenha poros), a 
tendência é que elas se equilibrem. Após algum 
tempo, a concentração da substância fica igual 
dos dois lados. Isto só ocorre se as moléculas da 
suposta substância forem menores que os poros 
da membrana. Pense na membrana como uma 
esponja fina. 
Existe a hemodiálise, que é feita pelo sangue 
com um filtro artificial, e a diálise peritoneal, 
que usa o peritônio, uma membrana que 
envolve os órgãos abdominais como filtro. 
 
 
 
 Mecanismo da Diálise 
 
O paciente insuficiente renal é ligado a uma 
máquina que puxa seu sangue através de uma 
bomba circuladora. Esse sangue passa por um 
filtro que possui uma membrana 
semipermeável, que retira as toxinas e as 
substâncias em excesso, e devolve o sangue 
limpo para o paciente. Existe infusão de 
heparina para evitar que o sangue coagule 
dentro do sistema. 
 
 
 
Uma sessão de hemodiálise convencional para 
pacientes renais crônicos dura 4 horas. Este é o 
tempo necessário para a filtragem da maioria 
das moléculas desejadas e de uma ultrafiltração 
que não provoque queda da pressão arterial. Em 
geral são realizadas três sessões por semana. 
Na insuficiência renal aguda, que acontece em 
pessoas com rins previamente normais que são 
atacados por algum evento, como um sepse ou 
intoxicação, as sessões de diálise são mais 
intensas, podendo durar horas e serem diárias. 
Normalmente são doentes muito graves e 
internados em CTI. 
Um dos inconvenientes da HD é a necessidade 
de se puncionar um vaso para puxar e outro 
para devolver o sangue. A simples punção de 
uma veia comum não funciona por dois 
motivos: o primeiro é o baixo fluxo e pressão de 
sangue das veias periféricas; o segundo é 
porque as veias superficiais apresentam paredes 
mais frágeis e depois de várias punções 
repetidas ficariam inutilizáveis. 
 
As artérias possuem fluxo e pressão elevadas, 
além de uma parede mais forte. Porém, elas são 
profundas e de difícil punção. 
A solução para esse problema veio através da 
construção das fístulas arteriovenosas. Pacientes 
em diálise são submetidos a uma pequena 
cirurgia vascular onde se liga uma artéria a uma 
veia, criando um vaso periférico, com alto fluxo 
e mais resistente a punções repetidas. 
 A veia quando passa a receber o alto 
fluxo da artéria, começa a se 
 
 
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desenvolver, crescendo e engrossando 
sua parede. Com o tempo a fístula 
adquire o aspecto mostrado na foto ao 
lado. Trata-se de um grande vaso bem 
visível, com alto fluxo e pressão de 
sangue e facilmente puncionável. 
O problema da fístula é que esta precisa 
de pelo menos um mês para se tornar 
apta à punção pelas grossas agulhas da 
hemodiálise. Nem todos os pacientes 
podem esperar por este intervalo para 
começar a dialisar. 
 Neste caso, lança-se mão do cateter de 
hemodiálise. Este cateter é introduzido 
geralmente na veia jugular interna, 
localizada no pescoço, que prolonga-se 
até a veia cava, próximo à entrada do 
coração. É um procedimento de 30 
minutos e o paciente pode seguir 
imediatamente para hemodiálise. 
 Portanto, o cateter de hemodiálise é 
uma solução provisória e deve ser 
sempre substituído pela fístula o mais 
rápido possível. Quando não é possível 
estabelecer uma fístula a curto prazo, a 
preferência deve ser sempre pelo 
cateter tunelizado de longa duração. 
Atualmente os cateteres temporários de 
curta duração só devem ser usados em 
casos urgentes. Qualquer doente com 
previsão de permanecer em hemodiálise 
por mais de 15 dias deve ter seu cateter 
provisório substituído por um de longa 
duração, para reduzir o risco de infecção 
do cateter. 
 
6.7. Inserção do Catéter de Swan-Ganz 
 
 
 O cateter de Swan-Ganz quando 
posicionado corretamente, obtém-se os 
parâmetros fisiológicos como pressão 
venosa central, pressão sistólica e 
diastólica do ventrículo direito (obtidas 
durante o posicionamento), pressões 
sistólica e diastólica da artéria 
pulmonar. 
 Quando se insufla o balonete dentro de 
um dos ramos da artéria pulmonar, 
verifica-se os valores da pressão capilar 
pulmonar (PCP) ou pressão da artéria 
pulmonar ocluída (PAPO), que servirá de 
dados para se identificar a pressão 
hidrostática capilar pulmonar e a pré-
carga do ventrículo esquerdo. 
 Além desses parâmetros, poderá 
utilizar-se do cateterna coleta de 
sangue venoso misto para análise gas o 
e oximétrico e para a mensuração do 
débito cardíaco através do método de 
termodiluição. 
A inserção é realizada por punção percutânea 
geralmente das veias subclávia, jugular interna 
ou externa, veia femoral ou dissecção de veia 
antecubital. 
 Passagem do cateter de Swan-ganz: 
Após a fixação do introdutor, parte-se para a 
introdução do cateter de Swan-ganz. 
Abra sobre a mesa estéril o cateter de Swan-
ganz e o Kit de monitorização (intra-flow). Neste 
momento, o médico lhe dará a parte do kit que 
 
 
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contém o intra-flow, a conexão para o monitor e 
a conexão do equipo para a bolsa 
pressurizadora. 
Coloca-se o equipo que vem com o kit à solução 
(sol. fisiológica ou com heparina) e adapte à 
bolsa pressurizadora, pendurando tudo a um 
suporte de soluções. No suporte de soluções, 
coloque o suporte para transdutores, adaptando 
aos transdutores a serem utilizados e 
identificando suas vias (Pressão Arterial e 
Pressão Venosa). 
Então insufle a bolsa de pressão de 150 a 300 
mmHg. Através do sistema de intra-flow, puxe o 
sistema para irrigar todo o prolongamento do(s) 
equipo(s). 
 
7. Ocorrência de edema nos pacientes 
internados em terapia intensiva 
 
Uma das coisas que mais chamam a atenção dos 
familiares de pacientes internados em um CTI é 
o edema (inchaço) generalizado que os doentes 
apresentam. 
 
Causas dos edemas: 
 
1- Nossos vasos sanguíneos apresentam 
poros microscópicos que permitem a 
passagem de água de dentro para fora e 
de fora para dentro. Toda vez que há um 
aumento da pressão dentro dos vasos, 
como por exemplo, por excesso de água, 
ou quando há um estado de inflamação 
que aumente o tamanho dos poros, 
ocorre transferência de água dos vasos 
para os tecidos. 
2- A água do corpo se localiza em 3 
compartimentos: dentro dos vasos, 
dentro das células ou no interstício 
(espaço que existe entre uma célula e 
outra). 
3- O edema é o acumulo de líquido no 
interstício. Pode ocorrer no cérebro, nos 
pulmões, na cavidade abdominal etc... O 
mais visível e comum é o edema no 
interstício do tecido cutâneo (pele). 
Em um indivíduo normal, 60% do peso é 
composto de água. Ou seja, uma pessoa 
de 70 kg tem 42 kg ou litros (1L de H2O 
= 1 kg) só de água. Desses 42 litros, 28L 
estão dentro das células, 11L no 
interstício e apenas 4L dentro dos vasos, 
diluindo o sangue. 
 
O edema ocorre quando há um desbalanço 
nesta distribuição em favor do interstício. 
Doentes internados em UTI apresentam vários 
fatores que favorecem a formação do edema. 
Pacientes em choque recebem uma quantidade 
enorme de líquidos na tentativa de elevar a 
pressão arterial. Recebem mais líquidos do que 
podem excretar. O excesso vai todo para o 
interstício. 
Muitas vezes os pacientes apresentam 
insuficiência renal o que impede a eliminação do 
excesso da água administrada. 
Doentes graves apresentam um estado 
inflamatório sistêmico, o que favores a saída de 
água dos vasos para o interstício e impede a sua 
recaptação. 
Quando o edema é só na pele, não há grandes 
riscos. É basicamente uma conseqüência do 
estado grave do paciente. Conforme há melhora 
do quadro clínico, o organismo consegue 
restaurar a distribuição normal da água 
corporal. Em geral, quando recebem alta 
hospitalar, os pacientes já não estão mais 
inchados. 
8. Procedimentos médicos mais 
frequentes na UTI 
 
 
 
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 Coma induzido - Na UTI há grande 
preocupação em fornecer conforto e 
ausência de dor a todos pacientes 
internados. Em casos mais graves, 
principalmente quando há necessidade 
da Intubação Orotraqueal, é iniciada 
sedação (tranqüilizante e indutor de 
sono) e analgesia (abolição da dor) 
contínua que pode levar a ausência total 
de consciência e sonolência profunda. 
Neste estágio, designado “coma 
induzido”, não há dor, não há frio e a 
percepção do paciente é interrompida. 
O tempo e espaço nesta situação é 
abolido, onde pacientes que 
permanecem “meses” na Unidade, 
recordam como “horas” . 
 As Infecções - São as causas mais 
importantes de internações em 
Unidades Intensivas. Em geral 
respiratórias ou urinárias, recebem 
tratamento com antibióticos de última 
geração e de amplo espectro de ação 
contra bactérias. Os riscos das infecções 
ocorrem quando há disseminação 
hematogênica (através do sangue) e 
ocorre generalização do processo 
infeccioso designada tecnicamente 
como sepse. Outro motivo de 
preocupação crescente é a infecção 
desenvolvida no ambiente hospitalar, 
sendo na grande maioria prevista e 
inevitável principalmente em 
decorrência de técnicas invasivas como 
a pneumonia do Ventilador Pulmonar. 
Procedimentos Cirúrgicos Eventuais: 
Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte 
podem ser necessários. Nas situações 
emergenciais são realizados através do próprio 
intensivista e na rotina através da equipe 
cirúrgica especializada de apoio do Hospital. 
 Traqueostomia: Não é recomendada a 
manutenção por longos períodos da 
cânula de intubação em virtude de 
lesões que podem ocorrer na traquéia e 
laringe. 
Não há tempo específico recomendado, 
cabendo ao intensivista a indicação e 
recomendação da traqueostomia. Procedimento 
relativamente simples, consiste na abertura da 
traquéia na região inferior frontal do pescoço e 
introdução de cânula plástica em substituição a 
mantida através da boca. Pode ou não ser 
procedimento permanente, podendo ser 
retirada quando do desmame efetivo do 
ventilador mecânico. 
 Drenagem Torácica: Em coleções 
líquidas importantes no pulmão ou no 
pneumotórax (colabamento do pulmão), 
pode ocorrer necessidade da colocação 
de dreno torácico com sistema coletor. 
Trata-se de procedimento provisório. 
 Catéter de PIC: Catéter em geral 
provisório introduzido na porção 
superior da cabeça para drenagem 
liquórica de alívio. 
 Catéter de Diálise Peritoneal: 
introduzido no abdome, permite a 
infusão de líquido intra abdominal e 
troca dialítica. Procedimento simples, 
podendo ser permanente ou não. 
 
 
Exames complementares de rotina na Terapia 
Intensiva: 
 
Todos os órgãos e sistemas são avaliados 
diariamente nos pacientes internados nas UTIs. 
Após avaliação clínica, são solicitados exames de 
rotina como: 
Hematológicos: através da punção venoso, 
coleta-se pequena amostra de sangue para 
avaliação no laboratório central dos principais 
eletrólitos, enzimas e metabólitos do organismo. 
A função renal é medida indiretamente através 
da dosagem da uréia e creatinina, dando ao 
médico informação valiosa em relação à 
integridade renal. 
 
 
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Gasométricos: designada de gasometria arterial 
é efetuada punção na artéria radial situada no 
punho (local do pulso). Após coleta, a amostra é 
analisada através do equipamento designado 
hemogasômetro que permite a análise dos 
principais gases do sistema respiratório tais 
como oxigênio e gás carbônico. Portanto é 
método para avaliação da boa função pulmonar. 
Radiológicos: Diariamente efetua-se nos 
pacientes submetidos à ventilação mecânica a 
radiologia torácica pulmonar para controle e 
diagnósticos de derrames(líquidos) e infecções 
como a broncopneumonia. 
 
 
 
9. Assistência de Enfermagem na UTI 
 
 
 A enfermagem na UTI é umas 
especialidades dentro da enfermagem 
que trata especificamente de pacientes 
graves. 
 A atuação da enfermeira na UTI consiste 
em obter o histórico do paciente, 
realizar o exame físico, 
e cuidar do indivíduo nas diferentes 
situações críticas dentro da terapia 
intensiva de forma 
integrada e contínua com os membros 
da equipe de saúde. 
 Para isso o enfermeiro 
de UTI precisa pensar criticamente 
analisando os problemas e traçando 
juntamente com sua equipe 
soluções para os mesmos, assegurando 
sempre sua prática dentro dos princípios 
éticos do exercício profissional. 
 Compete ainda ao enfermeiro avaliar, 
sistematizar e decidir sobre o uso 
apropriado de recursos humanos, 
físicos, materiais e de informação no 
cuidado ao paciente de terapia 
intensiva, visando o 
trabalho em equipe, a eficácia e custo-
efetividade. 
 Com relação à educação permanente ou 
também denominada educação em 
serviço o enfermeiro de Terapia 
Intensiva, deve ter um compromisso 
contínuo com seu 
próprio desenvolvimento profissional, 
sendo capaz de atuar nos processos 
educativos dos profissionais da equipe 
de saúde, em situações de trabalho, 
proporcionando condições para que 
haja benefício mútuo entre os 
profissionais, responsabilizando-se ainda 
pelo processo de educação em saúde 
dos indivíduos e 
familiares sob seu cuidado, 
reconhecendo o contexto de vida e os 
hábitos sócio-econômico 
e cultural destes, contribuindo com a 
qualificação da prática 
profissional, construindo novos hábitos 
e desmistificando os conceitos 
inadequados atribuídos a UTI. 
 O trabalho em Unidade de Tratamento 
Intensivo (U.T. I) é complexo e intenso, 
devendo o enfermeiro estar preparado 
para a qualquer momento, atender 
pacientes com 
alterações hemodinâmicas importantes, 
as quais requerem conhecimento 
 
 
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específico e grande 
habilidade para tomar decisões e 
implementá-las em tempo hábil. Desta 
forma, pode-se supor 
que o enfermeiro desempenha 
importante papel no âmbito da Unidade 
de Terapia Intensiva. 
 O Cuidado Intensivo dispensado a 
pacientes críticos torna-se mais eficaz 
quando desenvolvido em unidades 
específicas, que propiciam recursos e 
facilidades para a sua 
progressiva recuperação. 
 Desta forma, o citado autor ressalta que 
o enfermeiro de U.T. I precisa estar 
capacitado a exercer atividades de 
maior complexidade, para as quais é 
necessária a autoconfiança 
respaldada no conhecimento científico 
para que este possa conduzir o 
atendimento do 
paciente com segurança. 
 Para tal, o treinamento deste 
profissional é imprescindível para o 
alcance do resultado esperado. 
 A tecnologia pode ser copiada; 
assim, o grande diferencial no mercado 
competitivo são as pessoas. Desta forma 
o preparo adequado do profissional 
constitui um importante instrumento 
para o sucesso e a qualidade do 
cuidado prestado na UTI. 
 O aspecto humano do cuidado de 
enfermagem, com certeza, é um dos 
mais difíceis de ser implementado. 
 A rotina diária e complexa que envolve o 
ambiente da Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) faz com que os membros 
da equipe de enfermagem, na maioria 
das vezes, esqueçam de tocar, conversar 
e ouvir o ser humano que esta a sua 
frente. 
 Apesar do grande esforço que os 
enfermeiros possam estar realizando no 
sentido de humanizar o cuidado em UTI, 
esta é uma tarefa difícil, pois demanda 
atitudes às vezes individuais contra todo 
um sistema tecnológico dominante. A 
própria dinâmica de uma Unidade de 
Terapia Intensiva não possibilita 
momentos de reflexão para que seu 
pessoal possa se orientar melhor, no 
entanto compete a este profissional 
lançar mão de estratégias que 
viabilizem a humanização em 
detrimento a visão mecânica e 
biologicista que impera nos 
centros de alta tecnologia como no caso 
das UTIs. 
 Pode-se dizer que o conhecimento 
necessário para um enfermeiro de UTI 
vai desde a administração e efeito das 
drogas até o funcionamento e 
adequação de aparelhos, atividades 
estas que integram as atividades 
rotineiras de um enfermeiro desta 
unidade e deve ser por ele 
dominado. 
 O enfermeiro de UTI trabalha em um 
ambiente onde as forças de vida e 
morte, humano e tecnológico 
encontram-se em luta constante. 
 Apesar de existirem vários profissionais 
que atuam na UTI o enfermeiro é o 
responsável pelo acompanhamento 
constante, consequentemente possui o 
compromisso dentre outros de 
manter a homeostasia do paciente e o 
bom funcionamento da unidade. 
10. Equipe multiprofissional e 
interdisciplinar 
Médico intensivista: designação técnica do 
médico especializado e dedicado 
exclusivamente ao atendimento do paciente 
internado nas Unidades Intensivas e 
Emergenciais. Possui conhecimento clínico e 
cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, medicar 
e realizar procedimentos complexos 
emergenciais. A especialidade é definida como 
 
 
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Medicina Intensiva, reconhecida mundialmente 
com certificações específicas. Cabe a este 
profissional evoluir e medicar diariamente os 
pacientes internados nos aspectos nutricionais, 
cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre 
outros. Responde integralmente na condução e 
responsabilidade da Unidade como todo. 
Enfermeiro intensivista: Enfermeiro com 
formação para o atendimento de pacientes de 
alta complexidade com grande dependência no 
leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e 
auxiliares de enfermagem, como a higienização, 
controle das medicações e prescrições, tendo 
papel assistencial fundamental. 
Fisioterapeuta intensivista: a fisioterapia no 
paciente crítico é fundamental para manutenção 
e prevenção de vários aspectos da fisiologia em 
virtude da dependência total ou parcial dos 
pacientes que podem culminar na chamada 
Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há 
diminuição do trofismo muscular, 
emagrecimento, retração de tendões e vícios 
posturais que podem provocar contrações 
permanentes e no dorso (nas costas) as 
chamadas úlceras de pressão. A assistência 
ventilatória é outra necessidade fundamental 
realizada através do fisioterapeuta, que efetua 
higienização brônquica diária através de técnicas 
específicas e controle do ventilador mecânico. 
Nutrólogo e nutricionista: o nutrólogo é médico 
especializado no diagnóstico e prescrição 
nutricional. Diariamente efetua avaliações e 
mantém o aporte calórico, protéico, glicêmico e 
vitamínico equilibrado e essencial para 
manutenção do funcionamento e atividades 
vitais do organismo. O nutricionista, incorporado 
na equipe multiprofissional, efetua diagnósticos 
e evoluções dietéticas específicas, coordenando, 
organizando e acompanhando as prescrições 
nutricionais. 
Psicólogo intensivista: todos os aspectos 
emocionais, seja do paciente, da família ou da 
equipe, são constantemente avaliados e 
observados através da psicologia intensiva. Com 
presença fundamental nos períodos das visitas 
familiares, objetiva estabelecerem além da 
humanização a aproximação e apoio terapêutico 
necessário. 
Assistente social: atua no apoio a família e 
paciente em situações externas ou internas que 
possam impor dificuldades não relacionadas ao 
andamento terapêutico direto, seja no âmbito 
familiar, do trabalho ou pessoais.__________________________________________________________________ 
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PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM UTI 
 
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seu e-mail e senha. Uma vez logado clique no 
botão Minha Conta, depois na aba Inscrições e, 
por fim, clique no ícone . 
 
1) Com relação aos procedimentos técnicos 
realizados na UTI, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
a) Manuseio com bomba de infusão 
b) Hemodiálise 
c) Inserção de cateter central 
d) Radioterapia 
 
2) Faz parte da equipe multiprofissional 
que atua na UTI, exceto: 
 
a) Terapeuta Ocupacional 
b) Médico 
c) Psicólogo 
d) Enfermeiro 
 
3) As veias utilizadas para inserção de 
cateteres centrais. Marque a alternativa 
incorreta: 
 
a) Jugular 
b) Subclávia 
c) Podálica 
d) Femural 
4) Equipamentos permanentes presentes 
na UTI, exceto: 
 
a) Equipamento de Quimioterapia 
b) Monitor Multiparâmetro 
c) Bomba de Infusão 
d) Ventilador 
 
5) Procedimentos médicos comuns na UTI, 
exceto: 
 
a) Inserção de cateter central 
b) Traqueostomia 
c) Punção Venosa 
d) Hemodiálise 
 
6) Compete ao enfermeiro da UTI, exceto: 
 
a) Avaliar, sistematizar e decidir sobre o 
uso apropriado de recursos humanos, 
físicos, materiais. 
b) Prestar cuidado ao paciente crítico na 
terapia intensiva. 
c) Sistematizar o trabalho da equipe na 
terapia intensiva. 
d) A responsabilidade quanto aos materiais 
estéreis da CME. 
7) Qual é o cateter que introduzido no 
abdome, permite a infusão de líquido 
intraabdominal e troca dialítica. 
Procedimento simples, podendo ser 
permanente ou não. 
 
 
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a) Cateter de Diálise peritoneal 
b) Cateter de Hemodialise 
c) Boton 
d) Cateter de gastrostomia 
8) As drogas mais usadas para sedação, 
exceto: 
a) Midazolam 
b) Fentanil 
c) Diclofenaco de Sódio 
d) Propofol. 
 
9) Uma sessão de hemodiálise 
convencional para pacientes renais 
crônicos dura em média quantas horas? 
 
a) 18 horas 
b) 4 horas 
c) 1 hora 
d) 24 horas 
10) Todo doente com sinais de instabilidade 
hemodinâmica é submetido ao: 
a) Cateterismo da bexiga 
b) Sonda naso-gástrica 
c) Sonda Naso-entérica 
d) Traqueostomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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Guanabara Koogan, 2006. 
 
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1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 
 
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cuidado-educação-politicidade: um 
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Sistematização: atendimento contínuo, 
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11- POTTER, Patrícia A. Semiologia em 
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Reichmann& Afonso Ed., 2010. 
 
12- ROCHA, A. F. S. Determinantes da 
Procura de Atendimento de Urgência 
Pelos Usuários nas Unidades de Pronto 
Atendimento da Secretaria Municipal 
de Saúde de Belo Horizonte. 
Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade 
de Enfermagem da UFMG, 2005. 98f. 
 
13- SANTOS JÚNIOR, E. A. Violência no 
Trabalho: o retrato da situação dos 
médicos das Unidades de Pronto 
Atendimento da Prefeitura de Belo 
Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: 
Faculdade de Medicina da UFMG, 2004. 
145f.

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