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OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
1 
CONCEITO DE TRIBUTO 
 
Tributo: Art. 3º CTN - Tributo é toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 
Ninguém paga o tributo por ter desrespeitado 
uma lei, tributo não é castigo. Ao contrário 
paga-se o tributo por incorrer em uma 
situação prevista em lei como hipótese de 
incidência tributária, ou seja, o legislador 
elegeu uma situação que uma vez praticada 
pelo sujeito, no mundo concreto, estará 
sujeita à incidência da norma tributária e por 
essa razão irá nascer a obrigação de pagar 
um tributo. 
As hipóteses de incidência da norma tributária 
são sempre constituídas por fatos lícitos. 
Contudo, verifica-se que embora a hipótese 
de incidência tributária não possa ser algo 
ilícito, os frutos de uma atividade ilícita podem 
ser objeto de tributação. Isso porque o artigo 
118, I do Código Tributário Nacional – CTN 
prevê que a definição do fato gerador será 
interpretada abstraindo-se da validade dos 
atos praticados pelo sujeito. 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é 
interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente 
praticados pelos contribuintes, responsáveis, 
ou terceiros, bem como da natureza do seu 
objeto ou dos seus efeitos; 
 
Além disso, os Tribunais Superiores aplicam o 
Princípio “Pecunia non olet”, segundo o 
qual o tributo não tem cheiro, não importa de 
onde vem, nesse caso, a renda auferida, o 
que importa é que ocorreu o fato gerador. 
 
Espécies Tributárias: 
O art. 5º do CTN e o art. 145 da CF prevêem 
três espécies tributárias: 
 1) Impostos 
 2) Taxas 
 3) Contribuição de Melhoria 
 
O art. 148 da CF faz menção ao Empréstimo 
Compulsório e o art. 149 da CF refere-se às 
Contribuições. 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Competência Tributária é a outorga de 
poder concedido pela Constituição Federal 
aos Entes Federativos para que eles possam 
criar, instituir e majorar tributos. Somente 
os entes federativos apresentam 
competência tributária, pois os tributos só 
podem ser instituídos por meio de lei. 
 
Características da Competência Tributária 
Indelegabilidade: O Ente Federativo não 
poderá transferir a sua competência tributária 
para nenhum outro Ente. 
A competência tributária que consiste na 
criação, instituição e majoração de tributo é 
indelegável. Contudo as funções 
administrativas de arrecadar, fiscalizar 
tributos e executar leis que compreendem a 
capacidade ativa tributária podem ser 
delegável. 
 
CTN - Art. 7º - A competência tributária é 
indelegável, salvo atribuição das funções 
de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de 
executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos termos do § 3º 
do artigo 18 da Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e 
os privilégios processuais que competem à 
pessoa jurídica de direito público que a 
conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a 
qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa 
jurídica de direito público que a tenha 
conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência 
o cometimento, a pessoas de direito privado, 
do encargo ou da função de arrecadar tributos 
 
Para fixar, temos: 
 
 
 
b) Facultatividade: Os Entes Federativos 
não estão obrigados a instituir os tributos, 
cuja competência tributária lhe foi atribuída 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
2 
pela Constituição Federal. O art. 145 da CF 
determina que a União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios “poderão”, e não 
“deverão” instituir tributos. A doutrina diz que 
a competência tributária no Brasil é 
facultativa. 
c) Incaducabilidade: O direito do Ente 
Federativo instituir o tributo pode ser exercido 
a qualquer tempo. O fato da União não ter 
instituído o IGF, em 1988, quando da 
promulgação da Constituição Federal, não lhe 
retira o direito de institui-lo agora, passados 
mais de 20 anos. 
d) Inalterabilidade: a competência tributária 
não pode ser alterada por lei 
infraconstitucional. Assim, quando a 
Constituição, no art. 156, I prevê que o IPTU 
irá incidir sobre a propriedade de imóvel 
urbano, não pode uma lei modificar tal 
competência ao ponto de determinar que o 
IPTU tenha como hipótese de incidência, fato 
gerador a mera posse de imóvel urbano. 
e) Irrenunciabilidade: A competência 
tributária é irrenunciável, o Ente Federativo 
não pode jamais renunciar sua competência 
tributária em favor de outro Ente, ele pode 
apenas deixar de exercê-la. 
Assim, o fato da União não ter criado ainda o 
IGF não confere o direito dos Estados, por 
exemplo, instituírem esse imposto, porque a 
competência é Irrenunciável. 
 
Para memorizar, a competência tributária é: 
 
1) Indelegáve 
2) facultativa 
3) Incaducável 
4) Inalterável 
5) Irrenunciável 
 
EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA 
TRIBUTÁRIA 
 
Os Entes Federativos irão criar, instituir e 
majorar os tributos apenas por meio de lei e 
via de regra lei ordinária. 
A lei ordinária é o instrumento por excelência 
da imposição tributária. Para efeito de 
votação parlamentar, indica um quorum de 
maioria simples, o voto favorável de mais da 
metade do número de parlamentares 
presentes no dia da votação. 
Existem 4 tributos, todavia, que só podem ser 
instituídos ou majorados por meio de Lei 
Complementar, que são: Contribuição Social 
Residual (art. 195,§ 4º da CF); Empréstimo 
Compulsório (art. 148 da CF); IGF (Imposto 
sobre Grandes Fortunas – Art. 153, VII da CF) 
e Imposto Residual (art. 154, I da CF). 
Dizemos aqui, para fins mnemônicos que os 
tributos que só podem ser instituídos e 
majorador por meio de LC é o CEGI! 
 
Contribuição Social Residual 
Empréstimo Compulsório 
IGF 
Imposto Residual 
 
Segundo a literalidade do art. 62, § 2º da CF 
Medida Provisória, que é um instrumento 
normativo, com força de lei, poderá instituir e 
majorar impostos. 
Primeira Observação: Ainda que o art. 62, § 
2º da CF estabeleça que a Medida Provisória 
poderá instituir e majorar impostos, o STF tem 
entendimento de que as Medidas Provisórias 
podem instituir ou majorar outras espécies 
tributárias, desde que essas não necessitem 
de Lei Complementar para sua instituição. 
A Medida Provisória, no entanto, para instituir 
ou majorar impostos deverá observar dois 
requisitos: 
Primeiro: Que o Imposto possa ser instituído 
por meio de Lei Ordinária, pois o art. 62, § 1º, 
III da CF, veda a MP tratar sobre matérias 
reservadas à Lei Complementar. 
Segundo: Em se tratando de impostos, 
excepcionados o Imposto Extraordinário 
Guerra, Imposto sobre a Importação (II), 
Imposto sobre a Exportação (IE), Imposto 
sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto 
sobre produtos industrializados (IPI), é 
necessário que a medida provisória que os 
criar seja convertida em lei até o final do 
exercício financeiro, para que possa produzir 
efeitos no exercício subsequente. 
 
LIMITES AO EXERCÍCIO DA 
COMPETÊNCIA 
 
Os limites ao exercício da competência 
tributária podem ser dois: Limites genéricos e 
limites específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário 
Josiane Minardi 
3 
Limites genéricos: são os limites trazidos 
pela Constituição Federal e pelo Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias – 
ADCT. Nenhum tributo poderá ser instituído 
sem observar a Constituição Federal e a 
ADCT. 
 
Limites Específicos: São os princípios e 
Imunidades, que seencontram praticamente 
nos artigos: 145, §1º, 150, 151 e 153 da 
Constituição Federal. 
 
PRINCÍPIOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Princípio da Legalidade 
 
No Brasil ninguém pode ser obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em 
decorrência de lei. 
Nos termos do art. 150, I da CF nenhum 
tributo será instituído ou aumentado, a não 
ser por intermédio de LEI! 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua 
extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua 
redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da 
obrigação tributária principal, ressalvado o 
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e 
do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da 
sua base de cálculo, ressalvado o disposto 
nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as 
ações ou omissões contrárias a seus 
dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas;

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