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16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 1/30 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO FECAP PÓSGRADUAÇÃO EM PERICIAIS CONTÁBEIS Disciplina: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Elementos Fundamentais do Tributo Fato Gerador Contribuintes Base de Cálculo Alíquotas Alunos: Creuza da Soledade Souza Pedroso Edna Y. Hirakawa Goto Elisangela Natalina Zebini Osvaldo Fernando de Armas Prof. José Divani Spósito Berbel TRABALHO: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO O tributo é caracterizado pelos seguintes elementos: 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 2/30 Fato gerador Contribuinte ou responsável Base de Cálculo Alíquota Adicional FATO GERADOR Pode ser definido como sendo uma situação abstrata, prevista em lei, como necessária e suficiente ser um fato econômico de relevância jurídica , a qual uma vez ocorrida em concreto, dá origem ao nascimento da obrigação tributária. Caracterizase a obrigação tributária como uma relação jurídica , em decorrência da lei descritiva do fato pelo qual o Estado impõe ao contribuinte ou responsável tributário uma prestação consistente em pagamento de tributo, ou abstenção de ato no interesse da arrecadação ou da fiscalização tributária A concretização do fato gerador pode fazer nascer uma obrigação principal que é sempre de natureza pecuniária, isto é pagar um tributo, ou seja consiste em arrecadar numerário aos cofres públicos, ou uma obrigação acessória , que é um dever administrativo, por exemplo: emitir notas, escriturar livros fiscais, não transportar mercadorias sem a devida nota fiscal,etc.. O conceito de fato gerador, segundo Amílcar de Araújo Falcão é o ponto de partida para formação de inúmeros conceitos, além de possibilitar várias conclusões importantes, como por exemplo: a) identificação do momento em que nasce a obrigação tributária principal b) determinação do sujeito passivo principal da obrigação tributária c) fixação de conceitos de incidência, não incidência e isenção d) determinação do regime jurídico da obrigação tributária :alíquota, base de cálculo, isenções, etc. e) classificação de impostos em diretos e indiretos, Tc.... O fato gerador pode ser apresentado em dois planos: abstrato e concreto. Plano Abstrato: Hipótese de incidência tributária – referese àquele fato previsto em lei. Determina hipoteticamente os sujeitos da obrigação tributária, sue conteúdo material, local e momento de nascimento. Plano Concreto: Hipótese de incidência realizada(fato imponível) referese àquele fato concreto que ocorreu no mundo real e se enquadra rigorosamente na previsão legal Exemplos: ISS Impostos sobre serviços de qualquer natureza – Competência Municipal(CF,art.156,III) ICMS Imposto s/ Circulação de Mercadorias e Serviços – Competência Estadual(CF,art 155,I) IPI Imposto s/ Produtos Industrializados – Competência Federal(CF,art.153,IV) 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 3/30 IR Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Física – Competência Federal(CF,art.153,III) Imposto Plano Abstrato Plano Concreto ISS Prestação de Serviço de qualquer natureza Quando o contribuinte do ISS realizar concretamente a operação relativa a prestação de serviço por exemplo de Limpeza e Conservação ICMS Operação relativas a circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação Quando houver saída de mercadoria do estabelecimento do contribuinte Quando houver fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento IPI Operações sobre a circulação econômica, de bens produzidos ou industrializados Quando houver saída de armazémgeral ou outro depositário do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento IR Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza Quando se completa o período de apuração do lucro (PJ), conforme determinado pela lei aplicável,ou quando se completa o período de apuração de receitas e deduções, cujo resultado constitua renda líquida(PF),ou receita maior que despesa. Elementos ou aspectos do Fato Gerador Aspecto Material Também denominado aspecto objetivo, corresponde ao desenho da situação de fato, conforme o CTN é "a situação definida em lei como necessária e suficiente para a ocorrência da obrigação principal" Ex: Aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda fato gerador do Imposto de renda Aspecto Subjetivo Está relacionado a determinação pelo legislador dos sujeitos ativo(direito de exigir o pagamento do tributo) e passivo(dever de pagar o tributo) Aspecto Espacial Decorre do princípio da territorialidade da lei tributária, ou seja do local onde será aplicada. Muito importante na solução de conflitos de competência interna ou internacional. Este aspecto não é absoluto, há exceções. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 4/30 Ex:ISS – local de prestação do serviço a) do estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador; b) no caso de construção civil, onde se efetuar a prestação do serviço Aspecto Temporal Diz respeito ao momento da ocorrência do fato gerador. Importante, pois determina o momento em que nasce a obrigação tributária e consequentemente a lei a ser aplicada, ou seja , a vigente à data do nascimento do vínculo obrigacional. Xe: ICMS – a saída de mercadorias de estabelecimento, comercial, industrial ou produtor Aspecto Quantitativo Se relaciona com a base de cálculo e alíquota da obrigação tributária. A base de cálculo representa o valor, a grandeza ou expressão numérica do fato gerador, sobre o qual na maioria das vezes se aplica um percentual(alíquota), a fim de se apurar o montante do tributo devido. Classificação do Fato Gerador Instantâneos São os fatos geradores que ocorrem num dado momento de tempo, e que se exaurem e repetem cada vez que surgem, dão lugar a uma relação obrigacional autônoma. Neste caso a alíquota aplicada é a legalmente prevista à data da realização de cada fato gerador. Xe: ICMS – a cada venda ocorre o fato gerador Complexos ou Periódicos São aqueles que ocorrem periodicamente, ou cujo ciclo de formação se completa dentro de um determinado período de tempo e que consistem num conjunto de fatos, circunstâncias ou acontecimentos globalmente considerados. Neste caso ocorrendo majoração da alíquota durante o curso da formação do fato gerador, a alíquota a ser aplicada é a legalmente prevista na data em que se completou o ciclo de formação. Xe: IR , IPTU Relacionamos a seguir os fatos geradores relativos ao ISS, ICMS,IPI, e IR Fato Gerador ISS – prestação habitual e remunerada, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo de serviço constante da lista de serviços instituída pelo Município Para verificar se determinado serviço é tributado ou não, é necessário consultar a lei do Município, 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 5/30 e conferir se os serviço está também relacionado no Decretolei 406/68, pois se não estiver, o Município não pode incluir na sua lista serviços que não constem da lista básica deste Decreto. Serviços de: Médicos, inclusive análises clínicas, eletricidade médica, radioterapia,ultra sonografia, radiologia, tomografia e congêneres. Hospitais, clínicas, sanatórios, laboratórios de análise, ambulatórios, pronto socorro, manicômios, casas de saúde, de repouso e de recuperação e congênere. Bancos de sangue, leite, pele, olhos, sêmen e congêneres. Enfermeiros, obstetras, ortópticos, fonoaudiólogos, protéticos, (próteses dentárias). Assistência médica e congênere previstos nos itens 1, 2, 3 desta Lista, prestados através de planos de medicina de grupo, convênios, inclusive com empresas para assistência a empregados. Planos de saúde, prestados por empresas que não esteja incluída no item, 5 desta Lista e que se cumpram através de serviços prestados por terceiros, contratados pela empresa ou apenas pagos por esta, mediante indicação do beneficiário do plano. Médicos veterinários. Hospitais veterinários, clínicas veterinárias e congêneres. Guarda, tratamento, adestramento, adestramento, embelezamento, alojamento e congêneres, relativos a animais. Barbeiro, cabeleireiros, manicuros, pedicuros, tratamento da pele, depilação e congêneres. Banhos, duchas, sauna, massagens, ginásticas e congêneres. Varrição, coleta, remoção, e incineração de lixo. Limpeza e dragagem de portos, rios e canais. Limpeza, manutenção e conservação de imóveis, inclusive vias públicas, parques e jardins. Desinfecção, imunização, higienização, desratização e congêneres. Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos e biológicos. Incineração de resíduos quaisquer. Limpeza de chaminés. Saneamento ambiental e congênere. Assistência técnica (Vetado). 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 6/30 Assessorai ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta Lista, organização, programação, planejamento, assessoria, processamento de dados, consultoria técnica, financeira ou administrativa (Vedado). Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa (Vetado). Análises, inclusive de sistemas, exames, pesquisas e informações, coleta e processamento de dados de qualquer natureza. Contabilidade, auditoria, guardalivros, técnicos em contabilidade e congêneres. Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas. Traduções e interpretações. Avaliação de bens. Datilografia, estenografia, expediente, secretaria, em geral e congêneres. Projeto, cálculos e desenhos técnicos de qualquer natureza. Aerofotogrametria (inclusive interpretação), mapeamento e topografia. Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil, de obras hidráulicas e outras obras semelhantes e respectiva engenharia consultiva, inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local de prestação dos serviços que fica sujeito ao ICMS). Demolição. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). Pesquisa, perfuração, cimentação, perfilagem (Vetado), estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e exportação de petróleo e gás natural. Florestamento e Reflorestamento. Escoramento e contenção de encostas e serviços congêneres. Paisagismo, jardinagem e decoração (exceto o fornecimento de mercadorias, que fica sujeito ao ICMS). Raspagem, calafetação, polimento, lustração de pisos, paredes e divisórias. Ensino, instrução, treinamento, avaliação de conhecimento, de qualquer grau ou natureza. Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. Organização de festas e recepções: buffet (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas que, fica sujeito ao ICMS). 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 7/30 Administração de bens e negócios de terceiros e de consórcio (Vetado). Administração de fundos mútuos (exceto a realizada por instituições autorizadas de previdência privada). Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros e de planos de previdência privada. Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos quaisquer (exceto os serviços executados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos da propriedade industrial, artística ou literária. Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de franquia (franchise) e de fatoração (factoring) executase os serviços prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Agenciamento, organização, promoção e execução de programas de turismo, passeios, excursões, guias de turismo e congêneres. Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis e imóveis não abrangidos nos itens 45, 46, 47 e 48. Despachantes. Agentes de propriedade industrial. Agentes de propriedade artística industrial. Leilão. Regulação de sinistros cobertos por contratos de seguros: inspeção e avaliação de riscos para cobertura de seguros, prevenção e gerência de riscos seguráveis, prestados por quem não seja o próprio segurado ou companhia de seguros. Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie (exceto depósitos feitos em instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central). Guarda e estacionamento de veículos automotores terrestres. Vigilância ou segurança de pessoas e bens Transporte, coleta, remessa ou entrega de bens ou valores, dentro do território do Município. Diversões públicas: (Vetado) cinemas, (Vetado), táxi dancing e congêneres. Bilhares, boliches, corridas de animais e outros jogos; Exposições, com cobrança de ingresso; 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 8/30 Bailes, shows, festivais, recitais e congêneres inclusive espetáculos que sejam também transmitidos, mediante compra de direitos para tanto, pela televisão ou pelo rádio; Jogos eletrônicos; Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador, inclusive à venda de direitos à transmissão pelo rádio ou pela televisão; Execução de música, individualmente ou por conjuntos (Vetado). Distribuição à venda de bilhete de loteria, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios ou prêmios. Fornecimento de música, mediante transmissão por qualquer processo, para vias públicas ou ambientes fechados (exceto transmissões radiofônicas ou de televisão). Gravação e distribuição de filmes e videotapes. Fonografia ou gravação de sons ou ruídos, inclusive trucagem, dublagem e mixagem sonora. Fonografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução e trucagem. Produção, para terceiros, mediante ou sem encomenda prévia, de espetáculos, entrevista e congêneres. Colocação de tapetes e cortinas, com material fornecido pelo usuário final do serviço. Lubrificação, limpeza e revisão de máquinas, veículos, aparelhos e equipamentos (exceto o fornecimento de peças e partes, que fica sujeito ao ICMS). Conserto, restauração, manutenção e conservação de máquinas, veículos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto o fornecimento de peças e partes, que fica sujeito ao ICMS). Recondicionamento de motores (o valor das peças fornecidaspelo prestador de serviço fica sujeito ao ICMS). Recauchutagem ou regeneração de pneus para o usuário final. Recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos não destinados à industrialização ou comercialização. Lustração de bens móveis quando o serviço for prestado para usuário final do objeto lustrado. Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, prestados ao usuário final do serviço, exclusivamente com material por ele fornecido. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 9/30 Montagem industrial, prestado ao usuário final do serviço, exclusivamente com material por ele fornecido. Cópia ou reprodução, por quaisquer processos, de documentos e outros papéis, plantas ou desenhos. Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia. Colocação de molduras afins, encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres. Locação de bens móveis, inclusive arrendamento mercantil. Funerais. Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento. Tinturaria e lavanderia. Taxidermia. Recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mãode obra mesmo em caráter temporário, inclusive por empregados do prestador do serviço ou por trabalhadores avulso por eles contratados. Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários (exceto em jornais, periódicos, rádio e televisão). Veiculação e divulgação de textos, desenhos e outros materiais de publicidade, por qualquer meio (exceto em jornais, periódicos, rádio e televisão). Serviços portuários e aeroportuários, utilização de porto ou aeroporto; atracação; capatazia; armazenagem interna, externa e especial; suprimento de água, serviços acessórios; movimentação de mercadoria fora do cais. Advogados. Engenheiros, arquitetos, urbanista, agrônomos. Dentistas. Economistas. Psicólogos. Assistentes sociais. Relações Públicas. Cobranças e recebimentos por contas de terceiros, inclusive direitos autorais, protestos de títulos, sustação de protestos, devolução de títulos nãopagos, manutenção de títulos vencidos, fornecidos posição de cobrança ou recebimento e outros serviços correlatos da cobrança ou recebimento (este item abrange 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 10/30 também os serviços prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central). Instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central; fornecimento de talão de cheques; emissão de cheques administrativos; transferência de fundos; devolução de cheques, sustação de pagamento de cheques; ordens de pagamento e de crédito, por qualquer meio; emissão e renovação de cartões magnéticos; consultas em terminais eletrônicos; pagamentos por conta de terceiro, inclusive os feitos fora do estabelecimento; elaboração de ficha cadastral; aluguel de cofres, fornecimento de segunda via de avisos de lançamento de extrato de contas; emissão de carnês (neste item não está abrangido o ressarcimento, a instituição, financeiras, de gastos com portes do Correio, telegramas, telegrama, telex e teleprocessamento, necessários à prestação dos serviços). Transporte de natureza estritamente municipal. Comunicações telefônicas de um para outro aparelho dentro do mesmo município. Hospedagem em hotéis, motéis, pensões e congêneres (o valor da alimentação, quando incluído nos preço da diária, fica sujeito ao imposto sobre serviços). Distribuição de bens de terceiros em representação de qualquer natureza Exploração de rodovia mediante cobrança de preços dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão em normas oficiais Fato Gerador ICMS – operações relativas à circulação de mercadorias, e às prestações de serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. O Imposto tem como fato gerador: a operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas, bares, restaurantes e estabelecimentos similares; b prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; c prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; d o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; e o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a Lei Complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual; f o recebimento de mercadorias, destinadas a consumo ou integração ao ativo permanente, 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 11/30 oriunda de outra unidade da Federação; g a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculada à operação ou prestação subseqüente; h sobre a entrada de mercadoria importada do Exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento; i sobre serviços prestados no Exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no Exterior; h sobre a entrada, no território do Estado, em operação interestadual, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. Ocorrência do Fato Gerador O momento da ocorrência do fato gerador, de forma múltipla, segundo a circulação de mercadorias e das hipóteses previstas, ou seja, considerase ocorrido o fato gerador quando: a da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; b do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; c da transmissão a terceiros de mercadoria depositada em armazémgeral, em depósito fechado, neste Estado; d da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; e do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de qualquer natureza; f do ato final do transporte iniciado no Exterior; g da prestação onerosa de serviço de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; Nota: Quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados considerase ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário. Neste caso deverá a empresaprestadora de serviços de telecomunicação, por ocasião da entrega, real ou simbólica, a terceiros, para fornecimento a usuário, emitir Nota Fiscal de serviço de telecomunicações, com destaque do imposto devido, calculado com base no valor tarifário vigente na data do fornecimento. h do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: h.1 não compreendidos na competência tributária dos Municípios; h.2 compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na Lei Complementar aplicável; i do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do Exterior; 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 12/30 Nota 1: A Lei nº 9.830/95 determinava que as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte eram isentas do pagamento do ICMS devido na entrada de bem destinado ao seu ativo imobilizado, quando importados do Exterior, desde que isentos do Imposto de Importação ou do Imposto sobre Produtos Industrializados ou tributados por esses impostos com alíquota zero. Com a publicação da Lei nº 11.398, de 08.02.2000 passam a ser tributadas normalmente as entradas de bens importados do Exterior. Nota 2: Ocorre o fato gerador do imposto na importação de mercadorias do Exterior, adquirida por arrendamento mercantil. O fato gerador, na hipótese, não é o arrendamento mercantil, contratado com a empresa estrangeira, mas a própria entrada de equipamento importado do Exterior (Resolução Copat nº 020/98). j do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no Exterior; l da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do Exterior apreendidas ou abandonadas; m da entrada, no território do Estado, de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado ou do Distrito Federal, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; n da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado ou no Distrito Federal e não esteja vinculado à operação ou prestação subseqüente; o da entrada, no estabelecimento do contribuinte, da mercadoria oriunda de outro Estado ou do Distrito Federal, destinada a consumo ou ao ativo permanente. Considerase também ocorrido o fato gerador no consumo ou na integração ao ativo permanente de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação, adquirida para comercialização ou industrialização. Fato Gerador IPI Operações sobre a circulação econômica, de bens produzidos ou industrializados. Consideramse produtos industrializados os modificados ou aperfeiçoados para o consumo(CTN, art. 46, § único).A industrialização consiste em beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou renovação. O imposto tem como fato gerador: a) o desembaraço aduaneiro do produto de procedência estrangeira; b) a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. arrematação, em leilão, de produto apreendido ou abandonado Ocorrência do Fato Gerador Considerase ocorrido o fato gerador: a) na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por intermédio de ambulantes; 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 13/30 b) na saída de armazémgeral ou outro depositário situado na mesma Unidade da Federação do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento; c) na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro, quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros; d) na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda; e) na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial; f) no quarto dia da data da emissão da respectiva Nota Fiscal, quanto aos produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte; g) no início do consumo ou da utilização do produto, quando o industrializador não mantiver estabelecimento fixo, ou quando, possuindo o industrializador estabelecimento fixo, for o produto industrializado fora do estabelecimento industrial; h) no início do consumo ou utilização do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade constitucional, ou na saída, do estabelecimento que o mantenha, para pessoas diferentes daquelas beneficiárias do mesmo incentivo; i) na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial, na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de saírem do estabelecimento que os tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos. Fato Gerador IR – aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza (CTN,art.43).Disponibilidade econômica é a disponibilidade de fato .Disponibilidade jurídica é a obtida pelo preenchimento da formalidade legal, como no recebimento de doação do imóvel. De qualquer forma, não há renda nem provento sem acréscimo patrimonial. Por isso, podese dizer que o fato gerador do imposto é o acréscimo patrimonial. Renda – é o produto do capital ou do trabalho, ou da combinação de ambos. Proventos – são todos os outros acréscimos patrimoniais, como aposentadorias, pensões, doações, etc. Renda e proventos constituem os rendimentos tributáveis. SUJEITO ATIVO Sujeito ativo é o credor, ou seja, aquele que tem o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento da prestação. É a pessoa que tem o direito de exigir de outrem uma prestação de dar, fazer, ou não fazer. De acordo com o artigo 119 do CTN "Sujeito ativo é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento." 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 14/30 A competência tributária é outorgada pela Constituição Federal à União, aos Estados, ao Distrito federal e aos Municípios. A denominada competência tributária plena compreende a criação, a fiscalização, a arrecadação e a administração dos tributos. Desse modo, quem possui competência tributária plena pode, obviamente, ser sujeito ativo da obrigação tributária. Por outro lado, pessoa destituídas de competência tributária plena podem ser dotadas, pelos titulares desse poder, de capacidade tributária ativa. Há certas autarquias, por exemplo, como o INSS, que exigem, fiscalizam e arrecadam tributos por delegação, embora despojados de competência tributária plena. Quando a pessoa jurídica de direito público se constitui pelo desmembramento territorial de outra, subroga nos direitos destas,a dotando sua legislação até entre em vigor a sua própria (art. 120, CTN). SUJEITO PASSIVO Sujeito passivo é a pessoa obrigada, ao cumprimento da prestação tributária. Considerando que o CTN divide as obrigações em principais e acessórias, os artigos 121 e 122 estabelecem respectivamente: Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributos ou penalidade pecuniária. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituem o seu objeto. Pode ainda o sujeito passivo da obrigação principal ser: a) contribuinte,quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador: ou b) responsável, quando, sem revestir a condição da contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Vemos, portanto, que os sujeito passivo é o devedor da prestação. Ele ocupa o pólo devedor da relação jurídicotributária. Deve prestação de dar (prestação pecuniária compulsória, compreendendo tributo e/ou multa), se obrigação principal, ou prestação de fazer ou não fazer alguma coisa, se obrigação acessória. Contribuinte é, pois, o sujeito passivo com responsabilidade originária, decorrente da prática do ato identificado como fato gerador do tributo. Por outro lado, a lei pode, mesmo sem excluir o devedor originário, eleger para ocupar o seu lugar uma outra pessoa, denominada responsável, que fica obrigada a pagar tributo e/ ou multa. Do exposto, depreendese existir o sujeito passivo direto (contribuinte), que pratica, em seu nome, o ato jurídico ou o fato, previsto na lei tributária; que auferiu renda ou provento de qualquer natureza; estabelecimento comercial que efetua circulação de mercadorias, etc. A indicação do contribuinte não deve ser necessariamente explícita, porquanto sua caracterização pode ser inferida pela descrição do fato gerador. Todavia, a obrigação do responsável dever ser sempre expressa (art. 121, II, CTN). Ambos, no entanto, devem estar previsto na lei tributária, em face do principio da legalidade, pelo qual somente a lei pode estabelecer a definição do sujeito passivo ( art. 97, III, CTN). 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 15/30 Como foi exposto sucintamente, constitui exemplo de contribuinte à pessoa física que fica obrigada ao pagamento de imposto de renda, relativamente aos rendimentos percebidos durante o anocalendário, por ter tornado titular de disponibilidade econômica ou jurídica. Por outro lado, a mesma pessoa se tiver recebido rendimentos do trabalho acima de certo limite, seu empregador achase obrigado a reter uma certa importância, calculada sobre o seu salário, a fim de recolhela a título de imposto de renda na fonte, o assalariado continua como contribuinte e o empregador é o responsável. Quando tenha relação da pessoal e direta com a situação ou substância do respectivo fato gerador. Observase que esta qualificação da pessoa decorre da substância ou matéria e não da forma: é a pessoa ligada materialmente ao evento tributado. Este é o melhor obrigado em razão de sua vinculação pessoal e direta com o fato imponível. Por isso mesmo é que o art. 121 o indica em primeiro lugar. Para maior clareza lembraremos que a qualidade de contribuinte é uma atributo de que realiza o fato típico ou cerne do fato gerador. Se pensarmos no aspecto econômico da tributação, é fácil compreendermos a razão ou necessidade desta vinculação do contribuinte ou responsável ao fato econômico tributado, não só porque a vantagem ou resultado dele decorrente é que vai possibilitar o pagamento do tributo ao fisco, mas ainda porque assim a lei atenderá ao princípio fundamental de justiça tributária, segundo o qual se deve atingir a capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva). Portanto a qualidade de contribuinte é uma decadência da realização do fato gerador, ou em outras palavras, a pessoa que realiza o fato previsto na lei como tributável adquire o status de contribuinte. Na literatura jurídica alemã, este fenômeno é chamado de Zerechnung, que poderíamos traduzir por responsabilidade pela conta garantia, por atributividade do débito ou imputabilidade. Essa atributividade é assim uma relação ou vínculo que imputa a autoria do fato tributado à pessoa que o realizou e como conseqüência lhe dá a qualidade de contribuinte ou devedor do tributo. Outra expressão técnica empregada na literatura tributária francesa é l’appartenance fiscale ou na italina la appartenenza giuridica tributaria ou ainda tedesca steuuerliche Zugehorichkeit, que poderemos traduzir por atributividade jurídicotributária. Essa responsabilidade ou atributividade é pessoal nos casos em que o sujeito está submetido pa soberania ou competência territorial do ente tributante ou ainda em razão as sede em empresa ou da cidadania do contribuinte. Pode ser também fáticoeconômica quando se refere a certos interesses econômicos do contribuinte dentro da jurisdição. Exemplo da sujeição à competência territorial encontramos no ICMS, quando uma empresa estabelecida no Estado de São Paulo faz uma venda de mercadoria estabelecida dentro do território de outro EstadoMembro. Se a operação é realizada, digamos no Estado do Mato Grosso, em relação a esta operação a empresa é contribuinte daquele Estado, porque lá foi realizada e por isso está sujeita á tributação daquele estado e é o Município dentro do qual foi a operação realizada que tem direito à participação no resultado do ICMS cobrado dentro de seus lindes. Dependendo da natureza de cada imposto, em certos casos a localização da sede da empresa, do estabelecimento ou do domicílio do contribuinte também pose ser básico para a atributividade fiscal. Vejase, por exemplo, que para o imposto sobe a prestação de serviço (ISS) estatui o Decretolei nº 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 16/30 406, de 31 de dezembro de 1968: Art. 10 Contribuinte é o prestador de serviço. .................................................................................................................................................... Art. 12 Considerase local da prestação do serviço a) o do estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador; b) no caso de construção cível o local onde se efetuar a prestação. Sujeição passiva e convenções particulares Em termos de direito privado, podem os particulares celebra acordos. Tais convenções particulares velem e surtem efeitos para as partes celebrantes, mas não podem ser opostas à Fazenda Pública, isto é, ao sujeito ativo, o qual permanece com o direito de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte ou responsável, indicados pela lei tributária, como se, na realidade, esses acordos não existissem (art. 123, CTN). È o que ocorre nos contratos de locação, quando atribuem aos locatários (inquilinos) a obrigação de recolher o IPTU. Contudo, o Município exigirá, o pagamento do imposto do laçador (proprietário), visto ser este o contribuinte. Modalidades de Sujeição Passiva Rubens Gomes de Souza dividia a sujeição passiva em direta e indireta. a) Sujeição passiva direta – dáse quando o tributo é cobrado de pessoa que esteja em relação econômica com o ato, fato ou negócio que dá origem à tributação; por outras palavras, o tributo dever ser cobrado da pessoa que tira uma vantagem econômica do ato, fato ou negócio tributado. È o contribuinte b) Sujeição passiva indireta – ocorre quando o Poder Público, por interesse, necessidade ou conveniência, exige o tributo de pessoa distinta do contribuinte. A sujeição passiva indireta, de acordo com o renomado mestre, apresenta duas modalidades: transferência e substituição: Transferência – ocorre quando a obrigação tributária, depois de ter surgido contra uma pessoa determinada (que seria o sujeito passivo direto), transferese para outra pessoa (que será o sujeito passivo indireto), em virtude de um fato posterior. A transferência comporta três espécies; solidariedade:é a hipótese em que duas ou mais pessoa são simultaneamente obrigadas pela mesma obrigação. No caso de condomínio ( imóvel co mais de uma proprietário), o Município pode cobrar o imposto predial de qualquer dos proprietários, à sua escolha; é claro: quem pagou o imposto total terá pago a sua parte e mais as dos outros outros condomínios; quanto a estes, a obrigação tributária transferiuse para um dos devedores solidários; que fica com o direito (chamado regressivo) de recuperala dos outros. O exemplo em foco diz respeito à solidariedade de fato ou natural. sucessão – é a hipótese em que a obrigação se transfere para outro devedor em virtude do desaparecimento do devedor original; esse desaparecimento pode ser por morte do primeiro devedor (a obrigação se transfere aos herdeiros) ou por alienação de bem ou de estabelecimento 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 17/30 tributário (a obrigação se transfere ao adquirente). responsabilidade – é a hipótese em que a lei tributária responsabiliza outra pessoa pelo pagamento do tributo quando não seja pago pelo sujeito passivo direto. No imposto sobre transmissão de bens imóveis, de conformidade com algumas legislações, o tabelião é responsável pelo imposto se não providenciar a sua cobrança no ato de passar a escritura substituição – ocorre, quando em virtude de uma disposição expressa de lei, a obrigação tributária surge desde logo contra uma pessoa diferente daquela que esteja em relação direta com a ato, fato ou negocio tributário; nessa caso é a própria lei que substitui o sujeito passivo direto por outro indireto. No imposto de renda sobre dividendos de ações, o sujeito passivo direto é o acionista; mas quando as ações sejam ao portador, por disposição expressa de lei, o imposto é exigido da própria sociedade anônima que paga os dividendos e que fica sendo, assim o sujeito passivo indireto por substituição. Reiterase que as hipóteses de transferência são determinadas por fatos supervenientes ao surgimento da obrigação tributária, enquanto a substituição lhe é anterior, pois a própria lei já estabelece a hipótese em que a prestação tributária deverá ser exigida de pessoa distinta do contribuinte. Atualmente, a legislação do ICMS de todos os Estados é pródiga em exemplos de substituição tributária, nos casos de operações relativas à circulação de bebidas, veículos automotores, ciment9o, fumo e seus sucedâneos manufaturados, sorvetes, etc. Embora de modo implícito e assistemático, o CTN parece aceitar em linhas gerais a classificação do prof Rubens de Souza, que por sinal, foi seu principal autor. Os artigos 121, 122 e 123 do CTN tratam do sujeito passivo. Contribuinte de fato e de direito Existem tributos indiretos que permitem o fenômeno de repercussão, ou seja, a transferência do ônus tributário do contribuinte de direito para o contribuinte de fato. Por exemplo, a translação do encargo financeiro, no caso do ICMS, do comerciante (contribuinte de direito) para o consumidor final (contribuinte de fato). É contribuinte de direito a pessoa que a lei tributária elegeu como sujeito passivo da obrigação. É contribuinte de fato, a pessoa que, efetivamente, suporta o ônus financeiro do tributo. Muito embora, em regra, o contribuinte de fato seja elemento estranho à relação jurídicotributária, sua importância decorre, em termos de direito positivo, do disposto especificamente no artigo 166 do CTN, o qual só permite a restituição de tributos indiretos quando o contribuinte de direito prove haver assumido o referido encargo, ou no caso de têlo transferido a terceiro, esteja por este expressamente autorizado a recebelo. Entretanto, embora o contribuinte e o responsável sejam os que efetuam o pagamento dos tributos , especialmente no caso de impostos indiretos, como IPI, ICMS etc, pelo fenômeno da repercussão aqueles, ao venderem as mercadorias ou efetuar negócios, transladam, expressa ou implicitamente, o quantum dos impostos que, afinal, vão ser suportados pelos últimos compradores ou consumidores finais. Estes são então chamados de contribuintes de fato. A figura do contribuinte de fato tem hoje interesse na campo do direito Tributário, especialmente no capítulo da prova de quem assumiu o encargo, para efeito de legitimação à restituição, direta ou por representação (CTN, art. 166). 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 18/30 Objeto da obrigação tributária Causa das obrigação tributária principal é a lei que descreve o seu fato gerador e por forças da qual o sujeito ativo tem o direito de exigir do sujeito passivo o cumprimento da prestação pecuniária compulsória. Reverso da medalha, o sujeito passivo achase obrigado a cumprir a favor do sujeito ativo a prestação que constitui o objeto da obrigação. Causa da obrigação tributária acessória (em face do disposto nos arts. 113, § 2º, e 115, do CTN) é a legislação que descreve o seu fato gerador e por forças da qual o sujeito ativo tem o direito de exigir do sujeito passivo a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Inversamente, o sujeito passivo achase obrigação a praticar ou não praticar a ato descrito pelo legislador. E, como vimos, a legislação compreende outros normativos ale, da lei, segundo o artigo 96 do CTN. Contribuintes e Responsáveis do IPI Nos termos do art. 22 do RIPI/82, são contribuintes: I o importador, em relação ao fato decorrente do desembaraço aduaneiro de produto, de procedência estrangeira; II o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em sua estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; III o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; IV Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoa diferente das mencionadas no § 1º do art. 18 do RIPI/82. o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando no gozo da imunidade prevista no mesmo dispositivo. Contribuinte Autônomo Considerase contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que decorra de fato de ato que praticar. Responsáveis São aqueles pelo imposto (art. 23 do RIPI/82) o transportador, em relação aos produtos tributados que transportar, desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência; I o possuidor ou detentor, em relação aos produtos tributados que possuir ou mantiver para fins de venda ou industrialização, nas mesmas condições do item anterior; II a empresa comercial exportadora, de que trata o Decretolei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, em relação ao imposto que deixar de ser pago pelo produtorvendedor sobre as mercadorias que deste adquirir, para fim específico de exportação, bem como aos créditos do imposto que o produtorvendedor aproveitar em virtude da mesma operação. III o estabelecimentos que possuírem produtos usados cuja origem não possa ser aprovada, falta de marcação, de nota fiscal, ou do documento a que se refere o art. 214 do RIPI/82. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 19/30 IV O proprietário, possuidor, transportador ouqualquer outro detentor de cigarros nacionais destinados a exportação que forem encontrados no País, salvo se em trânsito, nos termos do art. 193 do RIPI/82; V Os estabelecimentos que possuírem produtos nacionais sujeitos ao selo de controle, quando não estejam selados; VI Os que desatenderem as normas e requisitos a que estiver condicionada a suspensão ou isenção do imposto; Responsabilidade solidária São solidariamente responsáveis com o sujeito passivo, no período de sua administração, gesta ou reapresentação, os acionistas controladores, e os diretores, gerentes ou representantes de pessoa jurídicas de direito provado, pelos créditos tributários decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal (art. 24 do RIPI/82). Contribuintes do IR As pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, são contribuintes do imposto de renda, sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado cível ou profissão (Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 1º, Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1996, art. 43, e Lei n7 9.333, de 30 de dezembro de 1991, art. 4º). São também contribuinte as pessoas físicas que perceberam rendimento de bens de que tenham posse como se lhes pertencessem, de acordo com a legislação em vigor (DecretoLei n 167 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 1º, parágrafo único, e Lei nº 5.172 de 1996, art. 45). Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o art. 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único: A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. É a pessoa física ou jurídica que registra acréscimos em seu patrimônio (sujeito passivo). Pode ser também quem tem a obrigação de reter o imposto na fonte. A lei pode atribuir à fonte pagadora a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam (CTN/66, art. 45). Legislação aplicável: CF , art. 153, III; CTN, arts. 43 a 45; leis fiscais sucessivas. Com freqüentes alterações; Regulamento do IR. Contribuintes do ICMS O contribuinte do imposto é a pessoa, natural ou jurídica, que de modo habitual ou em volume que caracterize intuito comercial, realize operações relativas à circulação de mercadorias ou preste serviços de transportes interestadual ou intermunicipal ou de comunicação (Lei 6.374/99, art. 7º, na redação da Lei 9.399/96, art. 1º, III) Contribuinte do ISS É o prestador do serviço (CN – DL nº 406/68, art. 10). Serviço, em sentido comum, é o ato ou efeito de servir. No sentido jurídicotributário, é definido pela Lei Complementar, por expressa determinação constitucional que, quanto ao ISS, deve excluir 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 20/30 os serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicações (art. 156, IV, c/c 155,I,b). Por sua vez, a Lei Complementar, ao invés de dar uma definição teórica de serviços, preferiu elaborar uma lista de serviços tributáveis ao ISS, atualmente vigente a Lista anexa á LC 56/87, composta por 100 itens. A atividade tributável dever ser uma serviço que proporcione a alguém uma materialidade fruível, atividade essa, que, para ser tributável, deve ter um certo conteúdo econômico, no sentido que venha a propiciar determinado conforto ou utilidade. Sendo assim, não há ISS sobre ato negocial, sobre o contrato em si, mas sobre a efetiva prestação de serviços. O ISS é um imposto sobre circulação de bens que não sejam "produto" ou "mercadorias", ou melhor, que não sejam bens materiais. Seu objeto é a circulação econômica (venda( de bens imateriais (serviços). Gravase com o ISS a transferência de bem material a título oneroso. Assim, podemos conceituar Serviço como bem imaterial que esteja na etapa de circulação econômica (colocada a disposição de terceiros, mediante venda). Al conceito abrange gama enorme de bens, desde o simples trabalho (fornecimento de trabalho a terceiros) até meros direitos (locação de bens móveis e cessão de direitos). Serviço é qualquer prestação de fazer, de prestar atividade a outrem. BASE DE CÁLCULO A situação descrita na lei como fato gerador, acontecendo, deve ser a medida ou avaliada de acordo com uma base, estipulada previamente pela lei e que se chama base de cálculo. A base de cálculo do tributo representa legalmente o valor, grandeza ou expressão numérica do fato gerador; é, por assim dizer, um dos lados, ou modo de ser do fato gerador. Há tributaristas que preferem a expressão base imponível. Essa base de cálculo dever ser ínsita ao fato gerador, isto é, constituirse em uma circunstância inerente ao fato gerador, de modo a ser apresentar como sua real e autêntica expressão econômica. Na verdade, nem sempre há perfeita identidade entre o fato gerador e a base de cálculo. Afirmam alguns tributaristas que a identidade perfeita só é encontrada nos impostos sobre o patrimônio ou sobre a renda. Em que pese a tal argumentação, é indispensável a ocorrência de uma relação íntima entre o fato gerador e a base de cálculo. Daí decorre a importância do fato gerador, que é peça fundamental para se aferir a relação dele com a base de cálculo. Observase que a expressão "fato gerador" nesse texto da Constituição está sendo tomada apenas como sinônima da "situação" definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência do fato gerador da obrigação principal. Isto é, a Constituição brevitatis causa se reportou à categoria jurídica do Direito Tributário, já conceituada no art. 114 do CTN, porque sendo o texto constitucional genérico ou sintético deixa a explicitação conceitual para a lei complementar e a especificação para a lei ordinária. O artigo 145, § 2º, da CF 88 não permite que as taxas tenham base de cálculo própria de impostos. Por isso, é útil lembrar que a inadequação da base de cálculo pode representar uma distorção do fato gerador e, pois, desnaturar o tributo. Assim, por exemplo, a adoção da base de cálculo própria de impostos, renda bruta, relativamente ao aspecto material do fato gerador "serviço público de coleta de lixo". Cobrarseia, no caso, um verdadeiro imposto disfarçado de taxa. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 21/30 Base de cálculo do ISS A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, observando o seguinte: a) quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixa e variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância para a título de remuneração do próprio trabalho. b) na prestação dos serviços a que se referem os itens 19 e 20 da citada lista, o imposto será calculado sobre o preço deduzido das parcelas correspondentes: I ao valor dos matérias fornecidos pelo prestador dos serviços; II ao valor das subempreitadas já tributadas pelo imposto. c) quando os serviços a que se refere os itens 1,4,8,25,52,88,89,90,91 e 92 da referida lista forem prestados por sociedades, estes ficarão sujeitas ao imposto na forma da letra "a" anterior, calculados em relação a cada profissional habilitado,sócio empregado ou não, que preste serviços em, nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável (art. 9º, §§ 1º a 3º, do decretolei nº 406/68). Base de cálculo do IPI A base de cálculo do IPI será calculado mediante aplicação das alíquotas, constantes da TIPI, sobre o valor tributável dos produtos ( Lei nº 4.502, de 1964, art.13). O valor tributável constitui: I dos produtos de procedência estrangeira: a) o valor que servir de base para cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis (Lei nº 4.502, de 1964, art. 14, inciso I, alínea "b". b) o valor da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (Lei nº 4.502, de 1964, art.18). O Fisco poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos, quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes, art. 120 (Lei nº 4.502, de 1964, art. 17, e lei nº 5.172, de 1966, art. 148) Base de cálculo do ICMS I. A base de cálculo do ICMS é o valor da operação nas seguintes hipóteses: Na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo título. Na transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, quando ela não transitar pelo estabelecimento do transmitente. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 22/30 Na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado. Na venda de bem arrendado, na operação de arrendamento mercantil. II. A base de cálculo do ICMS é o valor total da operação, compreendendo as mercadorias e os serviços nas seguintes hipóteses: No fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento, incluídos os serviços que lhe sejam inerentes. No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios. III. Nas hipóteses descritas a seguir, a base de cálculo do ICMS é: O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios, mas que, por indicação expressa de lei complementar, sujeitamse á incidência do ICMS. O valor constante do documento de importação, acrescido dos valores do IPI e do IOF. Bem como das demais despesas aduaneiras, no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior. O valor da arrematação, acrescido dos valores do Imposto de importação, do IPI e de todas as despesas cobradas do adquirente ou ele debitadas, na aquisição em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados. O valor sujeito ao ICMS no Estado de origem, na entrada em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outro Estado destinada a uso ou consumo ou ao ativo permanente. O valor da operação de que decorrer a entrada, no território paulista, de lubrificantes e combustíveis líquidos derivados de petróleo, e de energia elétrica, oriundos de outro Estado, quando não destinados á comercialização ou á industrialização. IV. A base de cálculo de ICMS é o respectivo preço nas prestações de serviços descritas a seguir: Transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, iniciado em território paulista. Transporte iniciado no exterior, com ato final no Estado de São Paulo. Comunicação, onerosa, feita por qualquer meio, incluídas a geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza. V. A base de cálculo do ICMS é: O valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com sua utilização, no recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado ou iniciado no exterior. O valor sujeito ao ICMS no Estado de origem, na utilização, por contribuinte, de serviço cujo prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto. Incluemse na base de cálculo: Seguros, juros e demais impotência pagas, recebidas ou debitada, descontos concedidos sob condição, bem como o valor de mercadorias dadas em bonificação. 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 23/30 Frete, se cobrado em separado, relativo a transporte intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, realizado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem. O montante do IPI, salvo quando a operação realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado á industrialização o á comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos (IPI e ICMS). O valor do IPI incidente na operação de que tiver decorrido á entrada da mercadoria no estabelecimento, quando esta, recebida para fins de comercialização ou industrialização, for posteriormente destinada a consumo ou a ativo imobilizado do estabelecimento. A importância cobrada a título de montagem e instalação, nas operações com máquina, aparelho, equipamento, conjunto industrial e outro produto, de qualquer natureza, quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular tenha assumido contratualmente a obrigação de entregálo montado para uso. Quando houver reajuste de valor, na operação ou prestação interestadual, entre estabelecimentos de contribuintes diferentes, depois da remessa ou da prestação, a diferença ficará sujeita ao ICMS. Quando o frete for cobrado por estabelecimento pertencente ao mesmo titular da mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que com aquele mantiver relação de interdependência, em valor que exceder os níveis normais de preços em vigor no mercado local, para serviço semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente será como parte do preço da mercadoria. BASE DE CÁLCULO DO ICMS NA FALTA DO VALOR DA OPERAÇÃO O preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falda, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia. O preço FOB estabelecimento industrial a vista, caso o remetente seja industrial. O preço FOB estabelecimento comercial a vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. As normas acima não se aplicam á saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente titular. Os contribuintes, nas hipóteses 2 e 3, devem adotar, sucessivamente: o preço cobraram na operação mais recente; caso não tenham venda da mercadoria em questão, o preço corrente dela ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste , no mercado atacadista regional. Na hipótese 3, se o estabelecimento remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a setenta e cinco por cento do preço corrente no varejo, observada a regra anterior. Na saída para estabelecimento situado no Estado de São Paulo, pertencente ao mesmo titular, em substituição aos preços previstos nas hipóteses 1, 2, e 3, poderá o estabelecimento remetente atribuir á operação outro valor, mas que não seja inferior16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 24/30 ao custo da mercadoria. Base de cálculo do ICMS na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular valor corresponde á entrada mais recente da mercadoria, se o estabelecimento remetente não produziu a mercadoria. custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matériaprima, do material secundário, da mãodeobra e do acondicionamento, atualizado monetariamente na data da ocorrência do fato gerador. O preço corrente da mercadoria no mercado atacadista do estabelecimento remetente, se tratarse de produto que não seja industrializado. Observações importantes: Tendo em vista peculiaridade do contribuinte, devidamente comprovada, a Secretaria da fazenda, mediante regime especial, poderá fixar:] Com respeito ao item 1, que o valor da entrada mais recente da mercadoria seja obtido com base em período previamente determinada, de preferência dentro do mês da ocorrência do fato gerador; em relação ao item 2, que o custo da mercadoria produzida seja obtido com base em período determinado. 4. Nas prestações de serviços sem preço determinado, a base de cálculo do ICMS é o valor corrente do serviço no local da prestação. BASE DE CÁLCULO DO ICMS NA SUJEIÇÃO PASSIVA POR SUBSTITUIÇÃO Com responsabilidade atribuída em relação ás subseqüentes operações, é o preço máximo ou único de venda utilizado pelo contribuinte substituído, fixado pelo fabricante, pelo importador ou pela autoridade competente. Na falta do preço máximo ou único, o valor da operação fixado pelo substituído, incluído os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao varejista, acrescido do valor resultante da aplicação de percentual de margem de valor agregado. Na impossibilidade de inclusão dos valores referentes a frete, seguro ou outro encargo na base de cálculo, por serem esses valores desconhecidos do sujeito passivo, o recolhimento do ICMS sobre as referidas parcelas será efetuado pelo contribuinte substituído que realizar a operação final com a mercadoria. Tal condição deve ser indicada nos documentos fiscais relativos a todas as operações. Quando existir preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou pelo importador divulgado em Ato da Secretaria da Fazenda, adotarseá esse preço como base cálculo do ICMS por substituição tributária. Em qualquer caso, havendo preço máximo ou único de venda utilizado pelo contribuinte substituído, fixado por autoridade competente, este prevalecerá 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 25/30 como base de cálculo para efeito de retenção do ICM por substituição tributária. No caso de veículo importado, esse preço previsto no item anterior será acrescido dos valores relativos aos acessórios colocados no veículo pelo sujeito passivo por substituição. OUTRAS DISPOSIÇÕES IMPORTANTES SOBRE A BASE DE CÁLCULO Se o sujeito passivo utilizar base de cálculo inferior á prevista na legislação, sobre a diferença será devido o ICMS. valor mínimo das operações ou prestações poderá ser fixado em pauta expedida pela Secretaria da Fazenda. A pauta poderá ser modificada a qualquer tempo. A pauta poderá ser aplicada em uma ou mais regiões do Estado, levando em conta categorias, grupos ou setores de atividades econômicas, e ter valor atualizado sempre que necessário. Se houver discordância em relação ao valor fixado, caberá ao sujeito passivo comprovar a exatidão do valor por ele declarado, que prevalecerá como base de cálculo. A aplicação da pauta a operação ou prestações interestaduais depende de celebração de acordo entre os Estado envolvidos, para estabelecer os critérios de fixação de valores. valor da operação ou da prestação poderá ser arbitrado pela autoridade fiscal nas hipóteses previstas no art. 493 do RICMS, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. A contestação do valor arbitrado será feita no processo iniciado pelo lançamento de ofício efetuado pela autoridade fiscal. Valor da operação ou prestação deverá ser calculado em moeda nacional. Na data da ocorrência do fato gerador será procedida a conversão do valor expresso em moeda estrangeira, mediante aplicação da taxa do dia, exceto em relação á mercadoria ou bem importados do exterior (reveja quadro a respeito). Na data da ocorrência do fato gerador, será efetuada a apuração do valor expresso em título reajustável, mediante aplicação do valor nominal do dia. Na data da ocorrência do fato gerador, será procedida á atualização do valor vinculado á indexação de qualquer natureza, mediante aplicação do índice vigente do dia. valor do ICMS integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle. Em operação realizada com programa para computador ("software"), personalizado ou não, o ICMS será calculado sobre uma base de cálculo que corresponderá ao dobro do valor de mercado do seu suporte informático. As hipóteses de redução de base de cálculo estão previstas no Anexo II Do Regulamento do ICMS. Alíquotas do ICMS 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 26/30 Vimos que cabe ao Senado Federal, por meio de resolução, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer as alíquotas aplicáveis ás operações e prestações, interestaduais e de exportação, concernentes ao ICMS (CF, art. 155, § 2º, IV). Em decorrência desse preceito constitucional, veio á luz a Resolução do Senado Federal nº 22, de 19 de maio de 1989, que estabeleceu a alíquota de 13% (treze por cento) para as operações de exportação. Fixou, também, as alíquotas aplicáveis ás operações e prestações interestaduais (doze ou sete por cento), conforme o caso. A aplicação da alíquota de 12% (doze por cento) ou de 7% (sete por cento) depende da localização dos contribuintes (remetente e destinatário). Assim, nas operações e prestações realizadas, mas Regiões Sul e Sudeste, destinadas ás Regiões Norte, Nordeste, CentroOeste e ao Espírito Santo, aplicase a alíquota de 7% (sete por cento). Exemplos: indústria estabelecida em São Paulo remete vinte fogões a comerciante sediado no Distrito Federal; comerciante de Porto Alegre envia mercadorias á indústria estabelecida em Cuiabá. Nos demais casos, aplicase a alíquota de 12% (doze pr cento). Exemplos: comerciante do Distrito Federal promove saída de mercadorias destinadas á indústria de São Paulo; indústria estabelecida em Belo Horizonte envia mercadorias á indústria sediada no Rio de Janeiro; comerciante do Espírito Santo remete mercadoria a comerciante estabelecido em Maceió. Em suma, exigese, obviamente, para a aplicação de alíquota interestadual que o remetente e o destinatário estejam situados em Estados distintos. Por sua vez, mesmo que essa situação se realize, é necessário, ainda, que o destinatário seja contribuinte do ICMS. Caso contrário, aplicar seá a alíquota interna (exemplo: indústria do Estado de São Paulo envia mercadorias a um advogado de Campo Grande, consumidor final, portanto). É preciso, ainda, mencionar a Resolução do Senado Federal nº 95, de 13 de dezembro de 1996, que estabeleceu a alíquota de 4% (quatro por cento), a ser aplicada com visa ao cálculo do ICMS devido na prestação de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal. A Constituição Federal(art. 155, § 2º, IV) determinou o estabelecimento, pelo Senado Federal, de alíquotas do ICMS aplicáveis ás operações, interestaduais e de exportação. O Senado Federal estabeleceu as alíquotas mediante as Resoluções ns. 22/89 a 95/96. RESOLUÇÃO SF Nº 22/89 Nas operações e prestações interestaduais entre contribuintes: 12% (doze por cento), exceto nas operações e prestações realizadas nas regiões Sul e Sudeste, destinadas ás regiões Norte, Nordeste, CentroOeste e ao Estado do Espírito Santo: 7% (sete por cento). Nas operações de exportação: 13% (treze por cento). RESOLUÇÃO SF Nº 95/96 Na prestação de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal: 4% ( quatro por cento). Operações e prestações interestaduais entre contribuinte do ICMS excetuandose a prestação de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal (alíquota de 4% (quatro por cento), segundo a Resolução SF nº 95/96) as alíquotas São: 7% (sete por cento) e 12% (doze por 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 27/30 cento), de conformidade com a localização dos estabelecimentos remetente e destinatário. Base de cálculo do IR O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador à aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I. de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II. de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou proventos tributáveis. Base de Cálculo do PIS/PASEP e a Cofins Lei 9.718/98 (alteração da lei) "Art. 2o. As contribuições para o PIS/PASEP e a Cofins, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas co base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta lei. At 3o. O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. § 1o.Entendese por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas". O conceito de receita bruta, tanto para a Lei das Sociedades por Ações( art.187, I da Lei no.6.404/76) quanto para a legislação tributária, é "a receita das vendas ou serviços". A soma da receita bruta com outras receitas, operacionais ou não , corresponde ao conceito de receita total. Para determinação da base de cálculo da Cofins e do PIS/Pasep, de acordo com a nova lei, excluemse da receita bruta: "I – As vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; II – as reversões de provisões operacionais e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; III – os valores que, computados como receita, tenham sido transferidos para outra pessoa jurídica, observadas as normas regulamentadoras expedidas pelo Poder Executivo; IV – a receita decorrente da venda de bens do Ativo Permanente (...)" 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 28/30 A base de cálculo do Pis é o faturamento, entendido este como o total da receita bruta, conforme definida, para efeito fiscal, no art.3o. da Lei no.9.718/98. IRPJ – Base de cálculo. O art.44 do Código Tributário Nacional, define como base de cálculo do IR o montante real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis. O montante real é o total da disponibilidade jurídica ou econômica, adquirida no períodobase. Para a pessoa física, que recebe rendimentos do trabalho, a base de cálculo é o total auferido no anocalendário que. Feitas as deduções permitidas pela legislação (dependentes, despesas médicas etc.) vai resultar na renda líquida, que, dependendo de seu valor, será tributada progressivamente ou isenta. O imposto retido, mensalmente, na fonte é considerado como antecipação do devido na declaração anual de ajuste. O imposto retido, mensalmente, na fonte é considerado como antecipação do devido na declaração anual de ajuste. Para as empresas, a base de cálculo é o lucro real, presumido ou arbitrado. Lucro Real O lucro real é um conceito fiscal e não conceito econômico. No conceito econômico, o lucro é o resultado positivo de soma algébrica de receita bruta (de vendas ou serviços) () devoluções e impostos () custos () despesas operacionais (+) receitas não operacionais () despesas não operacionais . ou seja o resultado contábil. A lei do IR denomina esse resultado contábil (econômico) de lucro líquido. O lucro real conforme determina o art. 247 do RIR, é o lucro líquido (contábil) do períodobase ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IR. Lucro Presumido É uma alternativa para as pequenas empresas, até o limite da receita bruta total estabelecido em lei. Estas em vez da apuração pelo lucro real ou seja, de escrituração contábil, pode presumir esse lucro. Consideram como tal, o resultado da aplicação de determinado percentual sobre a receita total (por exemplo 8% de uma receita de R$ 100.000,00 = lucro presumido de R$ 8.000,00) Lucro Arbitrado É uma faculdade do fisco , prevista para os casos em que a pessoa jurídica não mantém escrituração na forma das leis comerciais e fiscais; deixa de elaborar as respectivas demonstrações financeiras’tem sua escrituração desclassificada pela fiscalização; optou indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, ou ainda, se não mantém arquivo de documentos. Em qualquer dessas hipóteses, o fisco poderá arbitrar o,lucro, cujas regras de arbitramento estão se 16/09/2015 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO http://www.berbel.pro.br/elementos%20fund%20tributos.htm 29/30 tornando cada vez mais severas. A autoridade tributária poderá fixar o lucro arbitrado por um percentual sobre a receita bruta, quando conhecida, ou com base no valor do ativo, do capital social do patrimônio líquido, da folha de pagamento de empregados, das compras, do aluguel das instalações ou do lucro líquido auferido em períodosbase anteriores. O arbitramento do lucro não exclui a aplicação de penalidades cabíveis. ALIQUOTA E ADICIONAL Alíquota É o percentual definido em lei, que aplicada sobre a base de cálculos, determina o montante do tributo a ser pago. Ela não é parcela, parte ou fatia da base de cálculo. É o critério para a atribuição de uma parcela de riqueza do particular ao estado. Sua alteração esta sujeita as princípios da legalidade, da irretroatividade e da anterioridade, com exceção, quanto a sua anterioridade nos casos previstos na própria Constituição, ou seja: a) Impostos : de Importação Exportação sobre IPI e Oper. financeiras (§1ºart 153 ) b)Contrib.Sociais .(§6ºart195)
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