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Sociologia 3º Bimestre. / VICTOR BUFFARA Criminologia e sua crise epstimológica. Se dá inicio ao estudo da criminologia como ciência; Objetivos: 1) ESTUDAR O CRIME NO MUNDO REAL (causas, efeitos...), 2) ESTUDAR O CRIMINOSO, 3) ESTUDAR A VÍTIMA e 4) ESTUDAR AS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL (tentativa de redução de crimes). Juntamente surge teorias neopunitivas (sociologia do DP), onde procuram SABER o crime, ANALISAM dados do mundo fático e tenta lidar com os ATOS FUTUROS/PREVENÇÃO do crime. Etiologia individual. Busca a origem do crime no própria individuo. ESCOLA LIBERAL CLÁSSICA Há 3 influências fundamentais para os estudos desta escola, sendo elas influências: - ILUMINSTAS/RACIONALISMO: Busca pela verdade lógica - LIBERALISTAS/UTILITARISMO: Liberdade e igualdade a todos - CONTRATUALISMO: Criado pelo/para o homem, onde ele disponibiliza uma parte de sua liberdade ao Estado, para que a ordem coletiva seja mantida. BECCARIA: Beccaria, seguindo o contratualismo de Rousseau, sustentava que o sujeito que comete crime rompe com o pacto social. Defendeu os direitos de primeira geração (individuais) e a intervenção mínima do Estado. Seu pensamento colaborou para formação de vários princípios básicos do Direito, como por exemplo: o princípio da legalidade, aduzindo que (...) apenas as leis podem indicar as penas de cada delito (...); o princípio da igualdade afirmando que as vantagens da sociedade devem ser distribuídas eqüitativamente entre todos os seus membros o princípio da proporcionalidade, argumentando que (...) sendo a perda da liberdade uma pena em si, esta apenas deve preceder a condenação na exata medida em que a necessidade o exige. FUNÇÃO DA PENA: Retributiva, preventiva e agnóstica. (Teoria da prevenção geral negativa, buscam, portanto, inibir a criminalidade impondo à sociedade a ameaça de uma pena. Independente de se considerar que a prevenção geral negativa se realiza pela certeza de aplicação de uma pena não tão dura, do medo de uma “ameaça legalizada”) ESCOLA POSITIVISTA Critica a escola clássica. Faz suas análises em cima de dados e experiências concretas. Crime como manifestação da personalidade humana e produto de várias causas. Criminoso nato. Herança biológica de crime. Estudam o delinquente pelo ponto de vista biológico (ANTROPOLOGIA CRIMINAL) CESARE LOMBROSO Estudo fisiológico Homem delinquente (homem pré-condicionado, com tendências a criminalidade deve ser preso, FIM DO CONTRATO) ENRICO FERRI Discípulo de Lombroso Trinômio causal do delito: FATOS ANTROPOLÓGICOS, SOCIAIS E FISICOS. Homem responsável por viver em sociedade Divide os criminosos em: NATO (fisionomia de um criminoso), PORTADOR (da doença crime), HABITUAL (produto do meio), OCASIONAL (sem firmeza de caráter e versátil ao crime), PASSIONAL (criminoso pelo calor do momento) RAFAEL GARÓFALO CLIMA influência na criminalidade. CULTURA subdesenvolvidas tem tendências a cometer mais crimes. Etiologia Sócio – Estrutural ESCOLA DE CHICAGO Estudo feito na sociedade Norte Americana onde o aumento da criminalidade pode ser sido causado devido às enormes mudanças rápidas em diferentes grupos. Grande onda de imigração dos países europeus, onde pessoas se abrigavam nos EUA visando fugir da guerra e de fato, se infiltraram em diferentes culturas, alterando totalmente a sociedade homogênea. Imigrantes não são bem aceitos, o que gera um enfraquecimento nas formas de controle das sociedades informais. Transição RURAL -> URBANO em poucos anos. Zona concêntrica e prevenção criminal A cidade de Chicago é mapeada, zonas são avaliadas devido aos índices de criminalidade e renda financeira. Regiões mais afastadas do centro onde o custo de sobrevivência era mais caro tinha os índices criminais muito menores. Percebem que arquitetura e urbanismos influenciavam nos indicies de criminalidade (forma de controle informal) Teoria da Anomia (E.Durkhein) Crise social onde membros de grupos sociais não sabem o que fazer, a consciência coletiva não está muito clara. Crise na consciência e valores como também no sistema político e jurídico. O crime nasce da situação de anomia, é uma forma de manifestação das ausências anteriores. Anomia é uma falha do sistema, onde alguns grupos sociais são deixados de lado, não recebendo apoio do Estado. O estudo da mesma é feito para que o Estado possa corrigir a raiz destes problemas e a anomia deixe de existir (pessoas voltem a ter objetivos de vida, ou seja, trabalho, estudo, religião...). / “ ideia de iniquidade, injustiça e desordem”. Três diferentes ideias que são importantes para este estudo: a situação existente de transgressão das normas por quem pratica ilegalidades - é o caso do delinquente; a existência de um conflito de normas claras, que tornam difícil a adequação do indivíduo aos padrões sociais; a existência de um movimento contestatório que descortina a inexistência de normas que vinculem as pessoas num contexto social. A sociedade mecânica deixa de existir em tempos modernos, ou seja, a consciência coletiva não se encontra mais presente, devido à grande pluralidade de escolhas cabíveis a cada cidadão. O problema é que esta transição para a sociedade orgânica torna muito complicado para alguns indivíduos se encaixar na sociedade, o que leva os mesmos a usar o crime como fuga. O Estado tem que retomar a consciência coletiva, visando resgatar valores que eram importantes. Tem-se que haverá anomia, compreendida como ausência ou desintegração das normas sociais, sempre que os mecanismos institucionais reguladores do bom gerenciamento da sociedade não estiverem cumprindo seu papel funciona R. Merton Seu objetivo principal foi demonstrar como algumas estruturas sociais exercem uma pressão definida sobre certas pessoas da sociedade, para que sigam condutas não conformistas, em vez de trilharem os caminhos de conformidades aos valores culturais socialmente aprovados Merton prevê cinco tipos denominados de adaptação individual: conformidade, ritualismo, retraimento, inovação e rebelião. 1. Conformista: O indivíduo é conformado com seus objetivos culturais e os meios institucionalizados, ele tem e segue direções e valores básicos. 2. Ritualista: O indivíduo é inconformado com seus objetivos culturais, porém, conformado com meus institucionalizados. Aceita as condições que tem, não tem sede de crescer. 3. Apático/Retraimento: Não tem objetivos culturais e nem segue meio institucionalizados, é um indivíduo improdutivo. 4. Inovação: Delinquente propriamente dito, onde ele tem metas, mas não tem valores culturais. Usa o crime como maneira mais rápida para crescer. 5. Rebelião: Não se encaixam em nenhum objetivo cultural e nem em normas institucionalizadas, criam regras e metas paralelas (rebeldes de movimentos sociais). Etiologia Sócio Estrutural. Teoria das Associações diferencias. Edwin Sutherland: O comportamento delitivo não é determinado geneticamente, nem produzido por problemas psicológicos e nem pela pobreza. Trata-se de um comportamento aprendido por meio do contrato diferencial. Tanto os ricos (colarinho branco) quando a baixa renda (colarinhos azuis) tem suas formas de cometer delitos, independente do grau. Usam técnicas de cometimento, ou seja, aprendem como burlar e lei para se favorecer. Teoria das Subculturas criminais. Albert Cohen: Estudo de gangues e delinquentes juvenis.Teoria do Labeling Approach É estudada a realidade socialmente construída. 1. Entro metodologia: É a realidade construída a partir de diferentes pontes de vista, havendo várias realidades. Analisa os ocorridos conforme ponto de vista, não em sua totalidade. 2. Interaciona ismo simbólico: Interações sociais quais só observamos externamente (o que é simbólico) e assim, damos um significado por conta própria. INTERPRETAMOS SITUALÇOES COM RESULTADOS DISTINTOS DA REALIADE. (Ex.: Homem abre a porta para a mulher, educação ou ensejo sexual?) Legislador etiqueta quais são as condutas boas ou ruins (criminaliza as condutas) -> criminalização primária. Polícia utiliza de meta regras para selecionar os criminosos, gerando estereótipos Criminalização secundária -> todo funcionamento da criminalização. (Filtro para punição) 1. É identificado (estereótipo) as pessoas que cometem crimes 2. Polícia vai atrás daqueles que estão cometendo a conduta já rotulada. (PONTA PÉ INICIAL, POLICIA SELETIVA) 3. MP oferta ação penal, o JUIZ sentencia e o sistema carcerário prende. SELETIVIDADE é pôr em prática o controle por meio de estereótipos, visando diminuir a cifra oculta (crimes não conhecidos pela polícia) O Desvio da criminalidade é devido à rotulação de determinados sujeitos através de processos formais (policia) ou informais (igreja, vizinhos) Relação social. Desigual distribuição para buscar novos estereótipos O conflito de classes vai além de bens materiais, também envolve poder de criminalizar. Esses conflitos de criminalização ocorrem devido a interesses plurais que se chocam e como o DP é seletivo, ele vai atrás daqueles que a classe dominante manda. Base da ideologia do DP DP protege os bens jurídicos de todos de maneira igual. A lei é igual a todos A pena tem finalidade preventiva Política penal Diminuir o DP 1. Descriminalizar 2. Despenalizar (continua sendo crime, mas sem reclusa) 3. Descarcerização (diminui bastante o tempo de reclusão)
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