Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GEOLOGIA APLICADA A OBRAS CIVIS CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM GEOLOGIA Aula 01 Objetivo O curso tem por objetivo promover e transferir tecnologias de projeto e execução de serviços de engenharia civil em atendimento às demandas da sociedade, inserindo no mercado profissionais com sólida formação técnica, econômica, ambiental e cultural, de acordo com os princípios da fé cristã. Ementa Geologia de Engenharia no contexto das ciências geológicas; relação Geologia de Engenharia-Geotécnica-Mecânica dos Solos; noções básicas de Estratigrafia e Geologia Ambiental; Planeta Terra; Grau geotermal; minerais; rochas; recursos energéticos; alteração dos maciços rochosos; solos; riscos geotécnicos; movimentos gravitacionais de massa; águas subterrâneas; fontes naturais; geologia de grandes empreendimentos; investigações de subsolo. Competências Ao final da disciplina o aluno deverá estar apto a aplicar os conhecimentos adquiridos na avaliação e escolha de determinadas obras civis baseado em estudos geológicos, ponderando e avaliando a implantação da obra de acordo com a geologia local. Programa 1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM GEOLOGIA 1.1 - Histórico da GE. 1.2 - Estrutura interna da Terra. 1.3 - Tectônica de placas. 1.4 - Tempo Geológico. 1.5 - Noções de estratigrafia. 2 – MINERAIS 2.1 - Conceito de mineral (composição química, estrutura cristalina, ligações químicas). 2.2 - Classificação sistemática dos minerais. 2.3 - Propriedades físicas dos minerais. 2.4 - Descrição e classificação dos principais minerais formadores de rocha (macroscopicamente). 3 – PETROGRAFIA 3.1 - Origem e classificação das rochas. 3.2 - Rochas ígneas: Origem, classificação, texturas, estruturas, Rochas ígneas e obras de engenharia. Descrição macroscópica e classificação das rochas ígneas mais comuns 3.3 - Rochas sedimentares: Intemperismo, origem, processos de formação, 3.4 - Rochas metamórficas: Metamorfismo sobre rochas pré-existentes, agentes e causas do metamorfismo, tipos de metamorfismo, texturas e estruturas das rochas metamórficas. Rochas metamórficas e obras de engenharia. Descrição macroscópica e classificação das principais rochas metamórficas 4 – SOLOS 4.1 - Intemperismo químico. 4.2 - Intemperismo físico. 4.3 - Formação dos solos. 4.4 - Perfis de alteração. 4.5 - Argilo-minerais. 4.6 - Descrição em campo de um perfil de alteração. 5 - MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA 5.1 - Métodos investigativos de superfície: 5.1.1- Fotogametria, sensoriamento remoto, mapeamento geológico. 5.2 - Métodos investigativos de subsuperficie: 5.2.1 - Geofísicos (geoelétricos, sísmicos, potenciais). 5.3 - Investigação Mecânica (poços, trincheiras, trado, SPT, sondagem rotativa – RQD – sondagem mista) 6- PROCESSOS DE DINÂMICA SUPERFICIAL E DEPÓSITOS SUPERFICIAIS 6.1 - Principais processos superficiais. 6.2 - Erosão e voçorocamento. 6.3 - Movimento de massa (tipos). 6.4 - Assoreamento. 6.4.1 - Inundação. 6.4.2 - Obras de contenção. 7 – ÁGUA SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS 7.1 - Águas superficiais – conceitos fundamentais, bacia de drenagem, padrões de drenagem, morfologia dos canais fluviais, ação da erosão, transporte e deposição, depósitos sedimentares associados. 7.2 - Águas subterrâneas – conceitos fundamentais, água no subsolo e formação do lençol freático, infiltração, recarga, porosidade e permeabilidade, aqüíferos, aquiclude, ação geológica da água subterrânea, recursos hídricos e poluição. 8 - GEOLOGIA DO TOCANTINS 8.1 - Estudos das principais ocorrências geológicas no estado; 8.2 - Cartografia geológica do estado 9- APLICAÇÃO DA GEOLOGIA A PROBLEMAS DE ENGENHARIA 9.1 -Planejamento urbano e regional 9.2 -Estudo de taludes 9.3 -Tratamento de Maciços naturais 9.4-Estradas, barragens, aproveitamento hidráulica Materiais de construção Base Unificada REFERENCIAL SOLO VEGETAÇÃO RELEVO CLIMA HIDROGRAFIA POLÍTICO ORGANIZACIONAL VIÁRIO URBANO RURAL ELÉTRICO ORGANIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE INFORMAÇÃO (Layers) 1.1. Definição de Geologia de Engenharia IAEG - International Association for Engineering Geology and the Environment (1992) ABGE - Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental “Geologia de Engenharia é a ciência dedicada à investigação, estudo e solução dos problemas de engenharia e meio ambiente decorrentes da interação entre as obras e atividades do Homem e o meio físico geológico, assim como ao prognóstico e ao desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de riscos geológicos.” ...”Geociência Aplicada responsável pelo domínio tecnológico da interface entre a atividade humana e o meio físico geológico.” (Santos, 2002) (Santos, 2002) Posicionamento Disciplinar (Geologia) (Santos, 2002) Posicionamento Disciplinar (Engenharia Civil) Geotecnia – ocupa-se da caracterização e do comportamento dos materiais e terrenos da crostra terrestre. (Santos, 2002). Mecânica dos Solos – responsável pelos estudos teóricos e práticos sobre o comportamento dos solos – materiais terrosos – naturais, sob o enfoque de sua solicitação pela Engenharia (Terzaghi, 1944; Vargas, 1977). Mecânica das Rochas – seu campo “é voltado a incluir todos os estudos relativos ao comportamento físico e mecânico das rochas e maciços rochosos e a aplicação desse conhecimento para o melhor entendimento de processos geológicos para o campo da Engenharia”. ISRM – Inernational Society for Rock Mechanics Posicionamento Disciplinar (Engenharia Civil) (Santos, 2002) GEOLOGIA E ENGENHARIA Toda ciência aplicada necessita de fundamentação teórica, pois só assim é possível o entendimento dos fenômenos e a concepção de soluções. Os conceitos geológicos poderão ser aplicados em trabalhos de fundações, construções de barragens, estabilização de taludes, reabilitação de boçorocas, colapso e subsidência de terrenos, construções de túneis, erosão e assoreamento, escorregamentos, entre outros. IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO GEOLÓGICO NA ENGENHARIA CIVIL DURABILIDADE QUALIDADE SEGURANÇA CUSTO DE UMA OBRA EM FUNÇÃO DO SEU PROJETO PROJETO GEOLOGIA DA ÁREA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DISPONÍVEL TECNOLOGIA EMPREGADA ATUAÇÃO DO CONHECIMENTO GEOLÓGICO NA ENGENHARIA CIVIL 1.OBRAS DE GRANDE PORTE: BARRAGENS, RODOVIAS, TÚNEIS, AEROPORTOS, ESTRADAS, ETC. A. FASE DE ANTE-PROJETO GEOLOGIA DA ÁREA; DISPONIBILIDADE DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. B. FASE DE EXECUÇÃO GEOLOGIA DE DETALHE; CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO; ACOMPANHAMENTO DE SONDAGENS E FUNDAÇÕES; REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO 1.OBRAS DE GRANDE PORTE: BARRAGENS, RODOVIAS, TÚNEIS, AEROPORTOS, ESTRADAS, ETC. GEOLOGIA E ENGENHARIA • Propriedades Físicas • Propriedades Mecânicas • Propriedades Químicas • Principais Funções dos Materiais Rochosos – Agregados – Pedras de Revestimento • Seleção dos Materiais Rochosos • Ensaios e Análises Encosta Talude de Corte Talude Artificial Os taludes ou encostas naturais são definidos como superfícies inclinadas de maciços terrosos, rochosos ou mistos (solo e rocha), originados de processos geológicos e geomorfológicos diversos. Tempo Geológico = idade da Terra Tempo Histórico = idade do Homem O tempo histórico é insignificante em relação ao tempo geológico. Idade da Terra = 4,6 bilhões de anos Idade do Homem = 1 milhão de anos ► Como isso é possível, se não havia ninguém para “contar a história”? ► Análise e interpretação de vestígios e fósseis de seres que habitaram a Terra há muito tempo. HISTÓRIA DA VIDA ↔ HISTÓRIA GEOLÓGICA DA TERRA EVENTOS GEOLÓGICOS ALTERAÇÃ O DE AMBIENTES DEFINIÇÃODOS RUMOS DA EVOLUÇÃO ERAS GEOLÓGICAS PERÍODOS GEOLÓGICOS ÉPOCAS GEOLÓGICAS EVENTOS MARCANTES ÉON = várias eras ► PRÉ-CAMBRIANA PALEOZOICA Rochas com poucos fósseis Rochas com muitos fósseis Rochas revelam profundas mudanças climáticas (frio intenso → temperaturas mais amenas) Ambiente mais favorável à vida Surgimento de novas espécies EXPLOSÃO CAMBRIANA ► PALEOZOICA MESOZOICA Catástrofe (erupção vulcânica) causou a extinção de grande quantidade de seres vivos (90% das espécies) Surgimento do supercontinente PANGEA (posteriormente se fragmentaria, originando os continentes) Teoria da Deriva Continental Alfred Weneger - A teoria de DERIVA CONTINENTAL estabelecia que, há aproximadamente 225 milhões de anos, todas as massas continentais existentes estavam concentradas em um supercontinente, que ele denominou de PANGEA. A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi: “que tipo força conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes distâncias?” Semelhança no encaixe dos dois continentes Somente após a morte de Weneger, e através da continuação de seus estudos, a Teoria da Deriva Continental pôde ser comprovada. A datação das rochas do assoalho oceânico permitiram aos pesquisadores concluir que a crosta oceânica está em constante formação. Surgia então a Teoria da Tectônica de Placas. ► MESOZOICA CENOZOICA Provável colisão de um grande asteroide com a Terra levou à extinção de muitas espécies (dinossauros) Nova Era Glacial (esfriamento da Terra) Cratera de 320 Km de diâmetro (península de Yucatán – México) astroblema é o nome técnico de uma cratera antiga e já parcialmente desgastada pela erosão, produzida pelo impacto de corpo celeste de grande dimensão (asteróide ou cometa). O termo vem do latim, significando uma cicatriz (blema) causada pela queda de um corpo celeste (astro). A cratera da Serra da Cangalha tem um diâmetro de doze quilômetros e ainda apresenta seu núcleo central soerguido. Parque Estadual da Serra da Cangalha – Campos lindos Colisão Grande quantidade de poeira na atmosfera (meses ou anos) Luz solar impedida de atingir a superfície terrestre Resfriamento do planeta e morte de muitas plantas Falta de alimento para os herbívoros (alteração de toda uma teia alimentar) PRINCIPAIS EVENTOS BIOLÓGICOS DURANTE O TEMPO GEOLÓGICO PRÉ-CAMBRIANA PALEOZOICA MESOZOICA CENOZOICA Vida na Terra Surgimento das algas Dinossauros (surgimento e extinção) e aves Macacos antropoides Células procarióticas Plantas vasculares Mamíferos Hominídeos e mamíferos de grande porte Fotossíntese Peixes, anfíbios e répteis Homem Células eucarióticas Insetos Seres multicelulares GEOLOGIA TEÓRICA OU NATURAL FÍSICA: estudo dos tipos de materiais e seu modo de ocorrência bem como de estudo de certas estruturas. · Mineralogia – trata das propriedades cristalográficas (formas e estruturas) físicas e químicas dos minerais, bem como da sua classificação; · Petrografia – descrição dos caracteres intrínsecos da rocha, analisando sua origem (composição química, minerais, arranjo dos grânulos minerais, estado de alteração, etc.); · Sedimentologia – é o estudo dos depósitos sedimentares e sua origem. As inúmeras feições apresentadas nas rochas podem indicar os ambientes que existiam no local no passado e assim entender os ambientes atuais; · Estrutural – investiga os elementos estruturais presentes nas rochas e causados por esforços; · Geomorfologia – trabalha com a evolução das feições observadas na superfície da Terra, identificando os principais agentes formadores dessas feições e caracterizando a progressão da ação de agentes como o vento, gelo, água... que afetam bastante o relevo terrestre. Em resumo: estuda a maneira como as formas da superfície da Terra são criadas e destruídas. HISTÓRICA: estudo da evolução dos acontecimentos e fenômenos ocorridos no passado. · Paleontologia – estuda a vida pré-histórica, tratando do estudo de fósseis de animais e plantas micro e macroscópicos, sendo conhecidos através de seus restos ou vestígios encontrados nas rochas. Os fósseis são importantes indicadores das condições de vida existentes no passado geológico, preservados por meios naturais na crosta terrestre; · Estratigrafia – trata do estudo da seqüência das camadas (condições de sua formação e a correlação entre os diferentes estratos ou camadas). Ao contrário do idealizado por Júlio Verner, o interior mais profundo da terra é inacessível, em razão da limitação tecnológica diante das altas temperaturas e pressões. O furo de sondagem mais profundo feito até hoje, na Russia, atingiu apenas 12 Km comparado com o s 6.370 km de raio médio da terra. O conhecimento sobre a estrutura interna da terra surgiu com a sismologia , a partir do estudo da propagação de ondas elásticas geradas por terremotos Estrutura Interna da Terra A geologia, no sentido amplo, é definida como o ramo da ciência que estuda a origem, formação, história física, evolução, composição mineralógica e estrutura da terra, através da pesquisa e conhecimento dos minerais e das rochas que compõem a crosta terrestre e das forças e processos que atuam sobre elas. A terra é constituída por três camadas distintas de materiais: • Crosta Terrestre; • Manto Terrestre: • Núcleo Estrutura Interna da Terra Estrutura Geral da Terra Estrutura Geral da Terra • Crosta Terrestre; • Manto Terrestre: • Núcleo A terra é constituída por três camadas distintas de materiais: A cada 33 metros (em média) de profundidade a temperatura aumenta 1ºC. A crosta continental é a camada onde se situam os Continentes. Em sua composição predominam rochas com alto teor de sílica (SiO2). A crosta oceânica é a parte da Litosfera terrestre cuja camada superficial é formada pelo assoalho oceânico. Os teores de Cálcio, Ferro e Magnésio A crosta terrestre não é estática, movimentando-se de forma lenta e continua. Esses movimentos são causados por forças internas (no manto) que contrapõem às forças externas devido à energia do sol e ciclo hidrológico. Possui placas tectônicas ou litosféricas que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto. Tais movimentações ocorrem por causa das pressões que o manto exerce sobre a crosta, o que acarreta em deformações na crosta. Também sofre o rompimento de suas camadas rochosas resultantes da pressão do manto, provocando o vulcanismo, que se dá principalmente em regiões onde existe o encontro de placas tectônicas; e os terremotos que são vibrações induzidas pelos movimentos das placas litosféricas. Placas tectônicas são os enormes blocos rochosos que compõem a superfície terrestre. O planeta Terra é formado por 12 placas tectônicas: Placa do Pacífico, Placa da Antártica, Placa Sul- americana, Placa Norte-Americana, Placa Africana, Placa Eurasiana, Placa Indo-Australiana, Placa de Nazca..... Dinâmica da movimentação dos continentes O Núcleo emite calor em direção á superfície, criando as correntes de convecção no manto. Estas correntes de calor possuem tanta energia que seu movimento lateral move as placas tectônicas. As placas tectônicas podem ter 3 tipos de limitesprincipais: Limites Divergentes – As placas se separam uma da outra formando a expansão do assoalho oceânico Limites convergentes – As placas se chocam uma com a outra. Podem ser de três tipos: - Continental x Oceânica Formando uma cadeia de montanha e vulcões em uma das placas e uma fossa submarina na outra placa. (processo de subducção) - Continental x Continental Formando uma grande cadeia de montanhas e intensos terremotos. Limites convergentes - Oceânica x Oceânica A placa mais densa sofre subducção e o magma gerado ascende formando arcos de ilhas. Limites convergentes Limite tangencial entre a placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana: Falha de San Andreas. Tsunami - Grande concentração de vulcões nesta região. São zonas fixas de formação contínua de magma que independem da movimento das placas. Resumindo... Por isso os engenheiros civis devem levar em consideração ao projetar estruturas: Riscos Sísmicos – local da construção (tectônicos) Conhecer como os sismos agem nas estruturas Tipos de Prevenção – economia X qualidade Norma Brasileira Portanto é necessário que a engenharia sísmica capacite os engenheiros estruturais no que diz respeito aos projetos de estruturas sismo-resistentes. SISMOS NÃO MATAM PESSOAS, MAS AS ESTRUTURAS SIM ! Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Os Sismos impõem deslocamentos à base das estruturas. O movimento apresenta uma aceleração que varia de direção, sentido e magnitude ao longo do tempo. Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia CURIOSIDADE Um pequeno detalhe construtivo que faz uma grande diferença na resistência à ação cíclica aos sismos. Estribos fechados com angulo de 90º tendem a abrir logo que o concreto do recobrimento é expulso. A solução é utilizar o fechamento do estribo em ângulo de 135º. Sismos e Engenharia Sismos e Engenharia Estes são sismos associados à ação humana quer direta ou indiretamente. Podem-se dever à extração de minerais, água dos aqüíferos ou de combustíveis fósseis, devido à pressão da água das albufeiras das barragens, grandes explosões ou a queda de grandes edifícios. Apesar de causarem vibrações na Terra, estes não podem ser considerados sismos no sentido lato, uma vez que geralmente dão origem a registros ou sismogramas diferentes dos terremotos de origem natural. Alguns terramotos ocasionais têm sido associados à construção de grandes barragens e do enchimento das albufeiras por estas criadas, por exemplo na Barragem de Kariba no Zâmbia (África). O maior sismo induzido por esta causa ocorreu a 10 de Dezembro de 1967, na região de Koyna a oeste de Madrasta, na Índia. Teve uma magnitude de 6.3 na escala de Richter. Também têm a sua origem na extracção de gás natural de depósitos subterrâneos. Podem também ser provocados pela detonação de explosivos muito fortes, tais como explosões nucleares, que podem causar uma vibração de baixa magnitude. Assim, a bomba nuclear de 50 megatoneladas chamada Bomba tsar detonada pela URSS em 1961 criou um sismo comparável aos de magnitude 7, produzindo vibrações tão fortes que foram registadas nos antípodas. Para dar efeito ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a Agência Internacional de Energia Atómica usa as ferramentas da sismologia para detectar actividades ilícitas tais como os testes de armamento nuclear. Com este sistema é possível determinar exactamente onde ocorreu uma explosão. As regiões a leste do Japão guardam as marcas provocadas por um terremoto ocorrido em 1923. O tremor, de 7,9 graus de magnitude na escala Richter, era considerado o maior do país até a última sexta-feira. Mas as lembranças de um antigo atracadouro de barcos, tal como ficou depois da destruição na década de 1920, vão além da fenda nas estruturas de concreto, das edificações destruídas e dos postes inclinados. A partir da tragédia que matou mais de 140 mil pessoas, o Japão aprendeu a lidar com os constantes tremores de terra e modernizou as técnicas de engenharia de construções e o comportamento das gerações seguintes. Se não fosse por isso, o terremoto e o tsunami que atingiram a costa nordeste seriam ainda mais devastadores Construções no Japão Sismos e Engenharia É preciso desenvolver a nossa engenharia sísmica capacitando os engenheiros estruturais no projeto de estruturas sismo-resistentes. Não há dúvida que o Nordeste Brasileiro apresenta fontes sismogênicas de médio porte, típicas de regiões intra-placas, que exigem políticas públicas e legislação de projeto e construção de estruturas que levem em conta esta realidade. Políticas Públicas: Esclarecimentos e treinamento da população nas áreas de maior risco. Legislação: Obrigatoriedade do uso da norma de sismo no projeto de Hospitais, Escolas, Quartéis…
Compartilhar