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Ética e Responsabilidade Social_Material online editado

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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Tutor: Denise Alves Tavares Freire			Professor da teletrasmitida: João Luiz de Oliveira
AULA 1 _ CONCEITOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, CARÁTER, DEVER MORAL E DIREITOS HUMANOS
Filosofia significa amor à sabedoria. Para os gregos designava o próprio saber – a sabedoria
Ética como aspecto teórico e moral como aspecto pratico
Filosofia e ética
O Conhecimento (compreensão da realidade e da vida) crítico, intuitivo, científico e filosófico. 
Os princípios lógicos e racionais. O estudo universitário e a pesquisa. 
A filosofia como exercício racional de interpretação da realidade. Os grandes filósofos.
A Ética: Disciplina filosófica. O dicionário Michaelis a define das seguintes formas:
Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. 
É ciência normativa que serve de base à filosofia prática.
Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia.
Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.
A Palavra ética vem do grego: Ethos. Podemos analisar a ÉTICA sobre vários aspectos segundo os filósofos:
A ética de Sócrates: na Grécia antiga. A busca permanente do conhecimento. Expressões do tipo “Só sei que nada sei” ou “Conhece-te a ti mesmo”. Podemos perceber que o verdadeiro conhecimento é a alma humana. O papel do filósofo é conduzir os homens ao conhecimento. Conhecer a origem dos acontecimentos. 
A ética de Platão: discípulo de Sócrates, desenvolveu a idéia do mestre na busca permanente de alcançar o ‘bem” 
A ética de Aristóteles, Aristotélica: Busca do “bem” absoluto – a felicidade – a prática da virtude. O ser virtuoso.
Segundo Thiry Cherques no livro ética para os executivos a ética:
É a parte da filosofia que trata dos aspectos morais, das ideias morais, do cotidiano;
É a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, disciplinam e orientam a conduta humana, seu papel é fundamentar a Moral, pois essa pressupõe uma crença;
É a investigação prática sobre aquilo que é objetiva facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize
Existe em todas as sociedades, respeitando as especificidades de cada cultura
É princípio, Moral são aspectos de condutas específicas.
A Moral
Segundo Augusto Comte: “A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas. Entende-se por instintos simpáticos aqueles que aproximam o indivíduo dos outros.”
Na prática, quando vemos pessoas passando necessidade, sentimos a responsabilidade e um desejo de ajudar. Esse sentimento exprime um sentimento moral. O arrependimento ou remorso por alguma coisa feita ou deixada de fazer e que gostaríamos de ter feito diferente, expressamos um senso moral. Da mesma forma, quando admiramos, tentamos copiar ações ou palavras que demonstrem honestidade, integridade e honradez, também exprimimos um senso moral. 
A exemplo de Thirry-Cherques, estabelecemos para o nosso estudo que moral significa a boa conduta, segundo os ditames e princípios normalmente aceitos pela sociedade enquanto Ética tem por objeto as idéias morais justificadas. Tanto o termo grego ethos, como o termo latino mores dizem respeito a costume. Moral é, portanto, a conduta costumeira.
É muito comum confundirmos ética com moral. Isto ocorre porque de fato ambas caminham sempre juntas. É interessante o que diz Piaget: toda moral é um sistema de regras e a essência de toda a moralidade consiste no respeito que o indivíduo sente por tais regras. Moral é o objeto da Ética.
Na prática, quando nos indignamos, vendo nossos semelhantes passando fome, levando uma vida subumana, sentimos responsabilidade e um desejo enorme de contribuir de alguma forma para que esta situação seja revertida. Exatamente em função desse tipo de sentimento participamos de campanhas contra a fome. Isto nos leva a concluir que nossos sentimentos e nossas ações exprimem o nosso senso moral.
Quando sentimos remorso por alguma coisa feita no passado e gostaríamos de fazer diferente no presente, exprimimos nosso senso moral. Da mesma forma, quando ficamos admirados com alguém cujas ações denotam honestidade, integridade, honradez e outros valores, e chegamos mesmo a tentar imitá-las, também exprimimos nosso senso moral.
Concluimos que a moral diz respeito a valores que temos em relação aos outros. Valor é um bem subjetivo, logo, é o que desperta interesse ou estima. A palavra valor vem do grego áksios, que significa o que é valioso, o que merece o seu preço. Qualifica aquilo que é bom e que tem utilidade. O que tem valor para mim pode não ter valor para o outro. Tem o atributo que é BOM e ÚTIL. 
Protágoras entendia que o homem é a medida de todas as coisas, que os valores são conferidos pelos homens.
Platão entendia que o valor deriva de uma apreciação absoluta. Teria valor o que fosse bom, belo e verdadeiro.
Hobbes vaticinou que o valor de um homem é o preço que se paga para ter o poder.
Lock foi o primeiro pensador a relacionar valor e trabalho. Tal noção persistiu com Adam Smith e outros economistas da época, destacando o valor da mercadoria, o valor da troca de mercadorias e o valor da utilidade.
Kant defendia o valor absoluto: o bem.
Para Weber, os valores valem como referência do agir e se concretizam em diversas medidas ao longo da história da humanidade. Weber entendia que o ser humano tem que escolher entre os valores contrastantes.
Nietzsche entendia valor como a interpretação da vontade de poder.
Podemos concluir que o conceito de valor nos dá a noção de um atributo das coisas que merecem mais ou menos estima por parte do indivíduo ou de um grupo.
Declaração dos Direitos Humanos: É um dos documentos básicos das Nações Unidas, assinada em 1948, enumera os direitos de todos os seres humanos.
AULA 2 _ AS TRÊS FASES DA ÉTICA EMPRESARIAL
A ética é parte intrínseca da conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga mora. 
Bem, o Certo e o Permitido
O homem, no seu cotidiano, vive dilemas. Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em posso mentir? Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida? Será correto tomar tal atitude? Estas questões nos levam a refletir sobre o comportamento ético-moral sem nem nos darmos conta. 
Ética Empresarial: Conjunto de preceitos morais e de responsabilidade social a ser observado pelas organizações. No mundo corporativo, as questões éticas são especialmente complexas. Segundo Nash, “A atividade de ganhar dinheiro sempre teve uma aliança meio desconfortável com o senso particular de moralidade das pessoas.”. A questão ÉTICA vem se destacando com o passar do tempo em todos os segmentos e no mundo empresarial não poderia ser diferente.
Alguns questionamentos sobre a ética empresarial:
O Valor, o que considero que tenha valor?
O Bem e o Mal
A dedicação ao trabalho. O exemplo prático que damos aos nossos colegas
O respeito para com o próximo. Ter princípios ou algo que acreditamos.
Esses princípios devem nortear as nossas ações.
Fase 1 – A Era Industrial: Grandes contribuições deram Adam Smith e Max Weber na era industrial, quando asseveraram existir uma conexão entre ética e empresa. Eles afirmaram que o sucesso empresarial seria alcançado quando a organização, dentro de sua estrutura, se preocupasse condições legais e morais.
Riquezas das Nações (Adam Smith): Além do lucro das organizações existem outros valores e sentimentos que envolvem a atividade econômica. A crença de que o empresário chamado a fazer riqueza e a fomentar o bem-estar social, agradava a Deus. Antes, ele escreveu “Teoria dos sentimentos morais”.
Max Weber, em “A ética protestante e o espírito do capitalismo” em suas postulações a respeito da crença de que o empresário chamado a criar riqueza e a fomentar o bem estar social agradava a Deus, justificava a busca pela riqueza. Devido as idéias de Weber,ocorreram mudanças nos hábitos relacionados à riqueza e á poupança
Fase 2 – A Era Pós-Industrial
1970; Surge com ímpeto o tema da ética dos negócios ou, como definida pelos europeus, da ética das empresas.
1980; O tema propaga-se pela Europa.
1990: Propaga-se pela América Latina e pelo Oriente.
Questionamentos que passaram a ter destaque, principalmente, no mundo reflexivo.
Cultura Organizacional
Avaliações de qualidade – inspeção
Recursos Humanos
Clima Organizacional (ético)
Responsabilidade Corporativa – Manter a solidez dos negócios
Comunicação e Balanço Social – Preocupação com as pessoas, a organização e o Planeta
Na verdade, um conjunto de dimensões que compõe o caráter de uma organização. Segundo Cortina, novas razões surgem para o fortalecimento da Ética Empresarial na década de 70. 
Primeiro, a necessidade de se criar capital social ou a necessidade premente de redes de confiança. Depois de vários escândalos, principalmente na sociedade norte-americana, como o Watergate, a desconfiança passou a predominar em todo o mundo. 
Segundo, o fim das ideologias trouxe o interesse pelas boas práticas em todas as esferas, inclusive na esfera corporativa. 
Em terceiro lugar, a concepção da empresa sofreu transformação em vários pontos:
Em quarto lugar, novos desafios organizacionais levam a entender que a ética se fazia necessária na gestão. A maturidade do mercado implica em uma postura mais exigente por parte das empresas, visando a sua própria sobrevivência em tal mercado. Valores ― e não regras ― deveriam delinear as empresas, dentro de um mundo globalizado e altamente competitivo. É preciso buscar a fidelidade do consumidor.
Em último, ele chama atenção para a exigência cada vez maior advinda de uma ética cívica, configurada pelos valores compartilhados dentro de uma sociedade pluralista. Assim, a revitalização da ética empresarial depende de sua reformulação. 
A concepção de empresa sofreu transformações:
Dimensão cultural: não produzir por produzir, mas sim como uma organização onde uma ação influencia a outra
Uma nova visão da empresa, não como máquina para obter o máximo de produção, mas como organização
O modelo taylorista foi substituído pelo pós-taylorista.
Todos os stakeholders ganhando e não somente os acionistas.
A ética se faz necessária nas relações pessoais e organizacionais; 
Postura mais exigente por parte das organizações e do mercado;
A importância de estabelecer valores, princípios dentro de um mercado globalizado e competitivo;
A busca pela excelência;
Valores compartilhados: o que é importante para mim devo proporcionar para os outros.
Fase 3 A Era da Informação: Esta Ética Empresarial revitalizada depara-se com novos desafios, como a passagem da economia velha para a chamada nova economia e a era da informação Vejamos alguns desses grandes desafios sob a ótica de Cortina:
Lideranças muito suscetíveis à questão financeira, trocando de empresa em curto espaço de tempo.
Os habitantes do ciberespaço têm sua moral individual, porém nada garante que será compartilhada.
Dificuldade da construção de uma ética global, em um universo com enormes diversidades culturais.
Trabalhador pouco qualificado, precariedade do trabalho e as justas exigências de um salário digno.
As universidades fomentam a necessidade de 2 pilares da ética empresarial: a integridade e transparência, para que haja viabilidade empresarial. Nesta era, uma coisa é patente: escândalos empresariais têm largo espaço nos veículos de comunicação, o que nos leva a reformular leis e, sobretudo, hábitos. A integridade e a transparência devem ser incorporadas ao caráter: das pessoas, do cidadão e da empresa. Somente assim haverá mudança de fato.
AULA 3 _ EMPRESA E ÉTICA: O CARÁTER DAS ORGANIZAÇÕES
Caráter
Termo da psicologia sinônimo de personalidade. Em linguagem comum, descreve os traços morais da personalidade
Aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir, peculiar a cada indivíduo.
É inerente somente a uma pessoa, sua índole, sua natureza, seu temperamento, a soma dos nossos hábitos, virtudes e vícios. É o caráter de cada indivíduo que diz quem ele é.
Caráter é um conjunto de fatores que incidem sobre cada indivíduo, tornando-o único. O caráter de um indivíduo é a sua maneira de ser, de agir, suas características, seus impulsos e seu temperamento. É um traço da personalidade que mostra a forma usual de agir de cada indivíduo. Esses atributos bons ou ruins identificam os valores morais e os princípios de cada indivíduo. Todos esses atributos vêem dos ambientes que o indivíduo vivencia: A família, A escola, A religião, O clube, A comunidade, A própria organização
Normalmente quando um indivíduo foge ao padrão estabelecido em sua comunidade é considerado “sem caráter”. O dicionário Michaellis define caráter: “caracteres somáticos adquiridos pelo indivíduo sob a ação de fatores ambientais e que não se tornam hereditários. Fatores que distinguem uma espécie da outra ou de todas as outras do mesmo gênero”.
Na formação do caráter podem ser utilizados vários elementos tais como: A experiência adquirida ao longo do tempo, O autoconhecimento, A educação e a estrutura familiar e escolar, As oportunidades (boas ou más)
Definição de empresa: Semanticamente: empreendimento, atividade produtiva, negócio. Sociedade organizada para desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) tendo como conseqüência o lucro. No Direito Trabalhista é organização do capital e do trabalho empenhada em atividade econômica.
A formação do caráter de uma empresa: O caráter de uma empresa é constituído através da conquista da confiança daqueles que utilizam seus produtos, dos seus fornecedores, do Estado e da sociedade como um todo. Para que a empresa tenha uma imagem compatível com aquilo que ela almeja, é preciso trabalhar arduamente e por muito tempo. 
O fato é que a idéia de caráter está intimamente ligada às pessoas que fazem parte da empresa. Logicamente, a alta direção da empresa, principalmente o seu CEO, terá influência decisiva na formação deste caráter. 
No fundo, é o somatório do caráter de cada componente da empresa que formará o caráter geral da empresa. Assim, cada empresa tem a sua forma de tomar decisões, a sua maneira de fazer os seus negócios. Tem os seus hábitos, os seus costumes, que normalmente são identificados pelo mercado. Podemos entender que a integridade de uma empresa está intimamente ligada ao seu caráter. Implica na sua forma de conduzir as suas ações e decisões que farão com que ela tenha uma imagem no mercado.
“Talvez porque o capitalismo renano, que conformava em tão alto grau o modo europeu de entender a empresa, induzisse a concebê-la não só como um negócio, mas como um grupo humano que leva adiante uma tarefa valiosa para a sociedade a de produzir bens e serviços mediante obtenção do benefício”. (Michael Albert, Capitalismo contra capitalismo)
O papel da empresa: Quando pensamos em economia, pensamos em empresas. É através delas que a economia é ativada. Normalmente, diz-se que a economia está aquecida quando há demanda, isto é, quando há consumo significando que as empresas estão produzindo e colocando o seu produto no mercado, aquecendo assim a economia de um local, estado ou país. Observemos a questão de emprego: Quem oferta emprego? As empresas, portanto é evidente a importância das mesmas a nível mundial e algumas empresas chegam a um faturamento superior ao PIB de um país.
ONG organização não governamental: Acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), de finalidade pública, que atuam no terceiro setor da sociedade civil em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável entre outras.
AULA 4 _ DILEMA DOS VALORES
O que é um dilema? Argumento composto de 2 proposições contraditórias. Situação embaraçosa que apresenta 2 soluções, ambas difíceis, oque pode gerar desconforto ao escolher uma opção. Dilemas éticos sempre existirão.
Diariamente, as questões éticas ocorrem e, via de regra, tais questões são tratadas de acordo com os valores que se tem. A questão dos valores, porém, também apresenta dilemas. As responsabilidades éticas correspondem a valores específicos. Valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre o comportamento eticamente correto ou incorreto, tanto por parte do próprio indivíduo quanto com relação aos outros. Assim, valores, moral e ética se complementam.
Liberdade de expressão ou Direito à privacidade. Qual desses valores tem maior peso relativo? Direito à privacidade! Principalmente, quando lembramos que privacidade leva à intimidade, há que se traçar um limite entre o interesse privado e o público. Assim, o direito à privacidade cessaria quando a ação praticada tivesse relevância pública.
No mundo corporativo, empresarial, o que deve prevalecer? O respeito aos prazos de entrega dos produtos ou a qualidade dos resultados? O respeito estrito à privacidade dos funcionários, permitindo o acesso à internet, ou a “tolerância zero”, isto é, a proibição ao uso de equipamentos da empresa para qualquer finalidade particular? 
Valor é um bem subjetivo. Valor é o que desperta interesse ou estima. Protágoras afirmava que valor era uma apreciação relativa. O homem é a medida de todas as coisas. Para Platão só teria valor o bom, o belo e o verdadeiro.
Na atualidade, trabalha-se com uma percepção genérica de valor como termo de referência das ações efetivas e das coisas concretas. Mas há que ter presente que as escolas filosóficas entendem a origem, estrutura e importância dos valores e da valorização de forma particular e diferenciada. 
Tanto no sentido abstrato de ter valor quanto no sentido concreto de ser um valor, a noção é a de um atributo das coisas que consiste em merecerem mais ou menos estima por parte de um indivíduo ou de um grupo (serem desejadas), ou que consiste em satisfazerem elas um certo fim (serem úteis). 
AULA 5 _ ECOLOGIA
Cronologia da consciência...
1972; 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. Pnuma Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Na capital da Suécia, Estocolmo, a sociedade científica já detectava graves problemas futuros por razão da poluição atmosférica provocada pelas indústrias. Tentativa de organizar as relações de Homem e Meio Ambiente. 
1987: “Nosso futuro comum” Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Papel das empresas na Gestão Ambiental: “é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
1992: Eco 92 no RJ: Debate e mobilização da comunidade internacional sobre a necessidade de urgente mudança de comportamento visando a preservação da vida na Terra. 
2ª Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. “Cúpula da Terra”
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento			Agenda 21
Princípios para a Administração Sustentável das Florestas			Convenção da Biodiversidade
Convenção sobre Mudança do Clima
Empresas e cuidados ambientais: metas que devem ser conjugadas pelas empresas que passam a ser valorizadas por investimentos como desenvolvimento sustentável, gestão ambiental e prevenção da poluição
Ecologia: Do grego oikos=casa e logos=estudo. O estudo do meio ambiente e a sua relação e interação com todos os organismos vivos, o ambiente natural e as relações entre os organismos entre si e com o seu meio circundante
Meio ambiente: Conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Soma das condições que atuam sobre os organismos: fatores físico-químicos, edáficos, climáticos, hídricos e bióticos
Vegetação é o conjunto de vegetais que existem em determinado local.
Flora é o conjunto de plantas de uma determinada região ou período geológico vinculados a um táxon botânico.
Fauna é o conjunto de animais que ocorre em uma área vinculado a um táxon zoológico.
Nicho ecológico é o conjunto de relações e atividades próprias de uma espécie. Modo de vida único e particular que cada espécie explora no seu próprio habitat.
Biótipo é o espaço (área ou volume) ocupado por uma comunidade biológica; o lugar onde há vida.
Biota é o conjunto de plantas, animais e microorganismos de uma determinada região, província ou área biogeográfica.
Bioma são amplos conjuntos de ecossistemas terrestres e aquáticos caracterizados por tipo semelhante de vegetação ou de mesma fisionomia ambiental.
População: Conjunto de seres da mesma espécie que habitam determinada região geográfica. Conjunto de organismos de uma mesma espécie que ocupa uma determinada área, mantendo intercâmbio de informação genética.
Comunidades biológicas (Biocenose): Conjunto de seres vivos de diferentes espécies que coabitam uma mesma região. Conjunto de populações que convive em uma determinada área e que usualmente interage de forma organizada.
Perspectiva ecológica... Fatores ecológicos são componentes do meio que podem agir diretamente sobre os seres vivos, ao menos durante uma fase do seu ciclo de desenvolvimento.
Algumas ações desses fatores:
Variação da densidade das populações, afetando as taxas de natalidade e mortalidade, imigração e emigração;
Processo de colonização e distribuição espacial e temporal das populações e comunidades;
Modificações adaptativas, tais como reações fotoperiódicas, hibernação, estivação, entre outras.
São considerados fatores ecológicos:
• Atmosféricos: luz, temperatura, umidade, vento etc.
• Edafológicos: estrutura e textura do solo, nutrientes e organismos.
• Geográficos: altitude, latitude, correntes marinhas e rede hidrográfica.
• Bióticos: interações entre vegetais, animais e microorganismos.
• Aquáticos: pressão hidroestática, luminosidade, salinidade, oscilação das marés.
• Antrópicos: agricultura e aquicultura, pecuária, erosão e assoreamento, construções, usinas, barragens, rodovias etc.
Ética Compara as diferenças entre as propostas morais, buscando equacionar os opostos por elas apresentados. É a presença explícita de uma filosofia moral, isto é, de uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos valores morais que caracterizam uma sociedade.
Bioética: Surge na década de 1970, nos Estados Unidos, com preocupação ética de preservação futura do planeta. Busca responder aos desafios trazidos pelo uso das novas descobertas que ameaça o meio ambiente, a biodiversidade e o ecossistema terrestre. É a ética aplicada à preservação da vida.
Gestão ambiental: É a administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais renováveis ou não. 
A ética na empresa: define a marca e a imagem da empresa. Se revela pelas práticas objetivas de colaboradores.
A Ética Ambiental: Conduta ou a própria conduta comportamental do ser humano em relação à natureza, decorrente da conscientização ambiental e consequente compromisso preservacionista, tendo como objetivo a conservação da vida global. Tem como base científica e o estudo da relação homem X natureza. Seu objetivo é formar uma humanidade consciente de sua posição perante a vida no planeta, orientando uma nova postura de preservar globalmente a natureza, sendo uma nova esperança de vida para o planeta.
Tem seu início marcado pelos grandes avanços tecnológicos. A exemplo, temos a medicina com suas novas técnicas resultando na queda dos índices de mortalidade, alterando o binômio nascimento-morte e superlotando o planeta.
A ética ambiental está apoiada em duas teorias recentes: 
A teoria evolucionista de Darwin: pensa o homem como todos os outros seres viventes, em constante evolução.
A teoria de Gaia, também conhecida como Teia da Vida e defendida por Lovelock: Gaia, a mãeTerra, é considerada um organismo vivo interligado a todos os outros seres, incluindo o homem, em igualdade de condições. 
As duas teorias contradizem o modelo antropocêntrico, no qual o homem é o centro do universo, considerando sua condição de "espécie superior" devido à razão e à capacidade de gerar cultura.
AULA 6 _ A ESCASSEZ DOS RECURSOS NATURAIS
Biosfera: É o espaço da vida que envolve o planeta Terra. 411 Reservas da Biosfera em 94 países.
Hidrosfera (água, ambiente líquido: rios, lagos, mares).
Litosfera (parte sólida da terra acima do nível das águas: rochas, solo).
Atmosfera (camada de gás que envolve a terra: ar e seus componentes). 
Ética ambiental: conceito que amplia o conceito de ética, enquanto forma de agir do homem em seu meio social, pois se refere também à sua maneira de agir em relação à natureza.
Recursos naturais são todas as riquezas da biosfera que podem ser aproveitadas pelo homem. É qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Portanto, é algo útil.
Existe um envolvimento entre recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a necessidade da existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso. Recursos naturais e economia interagem de maneira bastante evidente, uma vez que algo é recurso na medida em que sua exploração é economicamente viável.
Exemplo dessa situação é o álcool que, antes da crise do petróleo em 1973, apresentava custos de produção extremamente elevados diante dos custos de exploração de petróleo. Hoje, no Brasil, o álcool ainda pode ser considerado um importante combustível para automóveis, além de ser um recurso natural estratégico e de alta significância pela possibilidade de renovação e consequente disponibilidade. 
Finalmente, algo se torna um recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente. O fato de não ter sido levado em conta a questão ecológica nas últimas décadas, gerou aberrações. O uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais é um triste exemplo. Podemos citar o chumbo e o mercúrio que, dependendo das concentrações utilizadas, chegam a causar a morte de seres humanos.
Classificação dos recursos naturais: 
Recursos renováveis aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais (água, ar, biomassa etc.). 
Recursos não renováveis, como o nome diz, aqueles que não podem ser reaproveitados. Um exemplo é o combustível fóssil que, depois de ser disponibilizado para mover um automóvel está perdido para sempre (como o caso do petróleo). 
Dentro dos recursos não renováveis há duas classes: a dos minerais não energéticos (fósforo, cálcio etc.) e a dos minerais energéticos (combustíveis fósseis e urânio).
Um recurso renovável passa a não ser mais renovável, quando a taxa de utilização supera a capacidade máxima de sustentação do sistema. Um campo de pastagem comum é utilizado coletivamente por alguns fazendeiros. O capim, evidentemente, é um recurso renovável (biomassa). Entretanto, os fazendeiros, visando aumento de seus lucros imediatos, colocam o número máximo de cabeças de gado neste pasto, uma vez que o campo é comum a todos. O resultado dessa atitude é a depleção de um recurso, que era renovável, até níveis que inviabilizam sua renovação. 
A poluição é outro fator de impacta nos recursos naturais, tornando-os escassos. Poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que causa ou pode causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies. Pode ainda deteriorar materiais. 
A cultura ambiental no Brasil: Na década de 70, vivemos um período conhecido como “milagre econômico”. As taxas de crescimento na economia eram da ordem de 10% ao ano. No mundo, se instaurava a discussão sobre como seriam as consequências do desenvolvimento econômico a qualquer custo. Cientistas americanos elaboravam um relatório denominado “Limites do Crescimento”, proliferando a idéia de que os países que não tivessem alcançado o desenvolvimento até então, deveriam “abrir mão” disso em favor da vida no planeta. O Brasil, em defesa de sua economia, protesta sobre estabelecer um limite para o seu crescimento e sai vitorioso, porém com imagem seriamente abalada em função da falta de comprometimento com a saúde ambiental. 
Os principais jornais da época (nacionais e internacionais) divulgaram a atitude do Brasil como um “elogio à poluição”. Em entrevista, integrantes do ministério da economia declararam que “se os países ricos não queriam poluição, suas indústrias seriam bem-vindas no Brasil”. Com isso, além da imagem de torturadores, por causa da ditadura militar, ainda éramos chamados de poluidores. Em 1973, para nos livrar da acusação e dar uma satisfação à opinião pública, é criada uma autarquia, subordinada ao Ministério do Interior, para cuidar da conservação do meio ambiente e do uso racional dos recursos naturais, a Sema Secretaria Especial do Meio Ambiente. 
Os recursos naturais na história do brasil
Colônia (1500 – 1822):
Matriz predatória dos recursos naturais...
Pau-brasil- 1500 séc.XVI
Cana-de-açúcar – até o sec. XVII
Ouro – 1760 até final do séc. XVIII
Café – 1830 – 1930 séc. XIX
Borracha – apogeu em 1910 séc. XX
Consequências político econômicas da exploração predatória: A economia monocultora era vulnerável ao mercado. A centralização regional da produção provocava o desgaste, o abandono e disparidades de desenvolvimento entre as regiões. “Repetia-se mais uma vez o ciclo normal das atividades produtivas no Brasil. A uma fase de intensa e rápida prosperidade seguia-se outra de estagnação e decadência. A causa é sempre semelhante: o acelerado esgotamento dos recursos naturais por um sistema de exploração descuidado e extensivo”. Caio Prado Júnior – historiador
Ibama Instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis: É uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Criado pela lei 7.735 em 1989. Cuida da preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo, etc). Também realiza estudos ambientais e concede licenças ambientais para empreendimentos de impacto nacional.
AULA 7 _ A AÇÃO PREDATÓRIA DO HOMEM
Ações predadoras do homem agridem a natureza de tal forma que colocam em risco a própria espécie humana. Veremos a seguir ações predadoras que poderiam ser evitadas mas que, infelizmente, em razão de um pensamento dominante desprovido de Ética Ambiental, provocam malefícios tremendos a todos os habitantes do planeta.
A relação do homem com a natureza: A natureza vem sendo transformada pelo homem que destrói e contribui com a extinção de espécies animais e vegetais existentes no planeta. Os ideais de desenvolvimento e preservação não são incompatíveis. Pode-se conciliar perfeitamente a tutela do meio ambiente com a premente necessidade de progredir. 
Bioma: É formado por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, com um clima mais ou menos uniforme, tendo uma história comum em sua formação. Por isso tudo sua diversidade biológica também é muito parecida. 
Bioma amazônico: Considerado um grande “resfriador” atmosférico e como maior abrigo da biodiversidade do mundo, com cerca de 30 milhões de espécies animais. Entre 1º de janeiro e 13 de outubro de 2011, concentrou 27.139 focos de incêndio, número aproximadamente 66% menor que no mesmo período do ano passado. A Amazônia Brasileira passou a ser chamada de Amazônia Legal pela necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da região.
Bioma mata atlântica: Da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5% de sua extensão original. Em alguns lugares como noRio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil. É o 2° bioma mais ameaçado de extinção do planeta. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, somente as florestas de Madagascar estão mais ameaçadas. Apesar disso, ainda mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do mundo) biológica que convive com uma grande ameaça. 
Desmatamento ou desflorestação: Diretamente causada pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas ou para extração de madeira, por parte da indústria madeireira. O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade agropecuária.
Queimadas: O efeito mais notório da queimada é a destruição do ambiente. Uma prática agrícola generalizada. Quase 30% delas ocorrem na Amazônia, principalmente no sul e sudeste da região. O Brasil é um dos únicos países do mundo a dispor de um sistema orbital de monitoramento de queimadas absolutamente operacional. 
Garimpo: Ao retratar o Ciclo do Ouro, Portinari nos deixa material para reflexão sobre nossa relação com o meio ambiente. Podemos testemunhar como lidamos, no início da colonização do Brasil, com os recursos naturais.
Garimpo ilegal invade reserva de índios Yanomami:
Problemas de caráter social
Baixa qualidade de vida dos trabalhadores
O mercúrio utilizado para purificar o ouro é tóxico, contamina o trabalhador, os rios, os peixes,os animais silvestres e toda a água da região.
A chuva ácida é consequência da poluição do ar: Queimas de carvão ou de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas precipitações de chuva ácida.
Clima e efeito estufa: O clima é um produto de interações complexas da atmosfera, oceanos, calotas glaciais, seres vivos e até mesmo rochas e sedimentos. Nessa interação, estão presentes diversos gases naturais. Dentre estes, estão aqueles que provocam o famoso efeito-estufa em virtude de seu acúmulo (acúmulo este influenciado pela ação humana)..
O efeito estufa e clima: A emissão e acumulação de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono o Co2, o metano e o óxido nitroso é conhecida mundialmente como efeito estufa. Entre suas principais causas, estão: a queima de combustíveis fósseis, a devastação e a queima de áreas florestais, como a floresta Amazônica etc.
Segundo Legget, gases-estufa são aqueles que provocam a retenção da radiação infravermelha na atmosfera, aquecendo a superfície da Terra, além da camada inferior da atmosfera. Do total de raios solares que atingem o planeta, quase 50% ficam retidos na atmosfera; o restante, que alcança a superfície terrestre, aquece e irradia calor. Esse processo é chamado de efeito estufa... 
Educação Ambiental: Uma forma de se evitar tal dano pode ser a educação. Por isso passou-se a falar em Educação Ambiental. Corrigindo pela Educação, em razão desses fatos que corroem e depredam a natureza, entende-se que uma forma de evitar tal dano começa com a: Educação Ambiental.
A Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988 diz no Artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Em seu parágrafo VI encontramos que “é dever promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.”
Percebemos, então, que a Educação Ambiental é um processo permanente que articula conhecimentos, atitudes e valores, e não apenas uma transmissão de informações. Ela envolve a participação individual em processos coletivos, trabalhando desde a perspectiva local até a global.
Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999: Art. 1º: Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
AULA 8 _ POLÍTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NA EMPRESA
A Responsabilidade Social tem dois pilares básicos: preservação do meio ambiente e direitos dos consumidores. Isto porque envolve a sociedade como um todo. É um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. 
Sociedade constituída
O Estado é o Primeiro Setor corresponde à emanação da vontade popular, pelo voto, que confere o poder ao governo.
O Mercado é o Segundo Setor corresponde à livre iniciativa, que opera o mercado, define a agenda econômica usando o lucro como instrumento.
As Entidades da Sociedade Civil formam o Terceiro Setor geram bens e serviços de caráter público. 
A Responsabilidade Social começou com ações filantrópicas mas avançou. Via de regra, a filantropia desenvolve-se através de atitudes e ações individuais de empresários. Já a Responsabilidade Social diz respeito à consciência social e ao dever cívico. Assim, a ação de Responsabilidade Social não é individual, mas coletiva. Reflete a ação de uma empresa em prol da cidadania. A prática da RSE demonstra uma atitude de respeito à cidadania corporativa; consequentemente, existe uma associação direta entre o exercício da Responsabilidade Social e o exercício empresarial.
A filantropia é assistencialista, procura auxiliar os pobres, os menos favorecidos, os excluídos etc. A Responsabilidade Social é substancial e abrangente, estimula o desenvolvimento do cidadão e fomenta a cidadania individual e coletiva. Suas ações são extensivas a todos que fazem parte da sociedade: indivíduos, governo, empresas, grupos sociais, movimentos sociais, igreja, partidos políticos etc. Ações de Responsabilidade Social exigem periodicidade regular, método, sistematização e, principalmente, gerenciamento efetivo por parte das empresas-cidadãs.
Terceiro setor
É constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. É o conjunto de entidades da sociedade civil com fins públicos e não-lucrativas.
Organizações: Formalmente constituídas, estrutura básica não governamental, gestão própria, sem fins lucrativos, trabalho voluntário
Objetivos do terceiro setor: Disponibilizar agentes privados com fins públicos, Criar e gerir programas que visam atender direitos sociais básicos e combater a exclusão social, Proteger o patrimônio ecológico
Para Drucker, este foi o setor que mais cresceu e movimentou recursos e mais gerou emprego e lucro nos EUA, nos últimos 20 anos. A economia neste setor é específica, com características próprias e gira em torno de indicadores socioeconômicos internos e externos. 
Segundo Francisco Neto e César Fróes, são seis as principais características deste setor emergente:
1) Desenvolve-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva da sociedade, ocorrida No final do século passado, responsável pela fragmentação das cadeias produtivas de diversos setores e, consequentemente, pelo deslocamento das grandes unidades produtivas e suas indústrias e fornecedores-satélites;
2) Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente social;
3) Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário;
4) Apresenta foco no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões;
5) Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local, empresas, Ongs e demais entidades da sociedade civil, constituído pelaformação de redes sociais;
6) Gera produção de capitais sociais distintos. 
O campo de atuação da RSE amplia-se, passando a ser um espaço de exercício da responsabilidade social não apenas corporativa, mas também comunitária e individual, a partir de valores éticos e condutas organizacionais difundidas pelas empresas cidadãs. Este processo de difusão da cidadania é feito com a mediação das empresas, e não mais do Estado, através da formação de redes de emprego e trabalho, estímulo à criação de cooperativas, micros e pequenas empresas.
Outra característica deste novo Terceiro Setor é a capacidade de gerar novos conhecimentos e contribuir para o aumento da empregabilidade e a capacitação profissional de pessoas residentes na comunidade. Há uma nova visão e ação efetiva. Ao invés de se preocupar com a exclusão do cidadão, a preocupação agora é descobrir, buscar novas formas de inclusão e a integração social do modelo econômico vigente.
Política de Responsabilidade Social em uma Empresa
Exigências...
Gestão que se define pela relação ética e transparente com todos os públicos com os quais se relaciona.
Estabelecimento de metas que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras.
Ações de respeito à diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
Políticas
Promover e atuar segundo os princípios da Responsabilidade Social em todas as nossas operações.
Preservar o meio ambiente e investir em qualidade de vida, contribuindo para a sustentabilidade do planeta.
Estar sempre abertos ao diálogo, ajudando a construir uma sociedade mais justa e solidária.
Repudiar qualquer ação que fira a ética e os direitos humanos.
Defender a igualdade de direitos e oportunidades, sem distinção de etnia, credo ou gênero.
Incentivar e valorizar as práticas de voluntariado.
Caso de algumas empresas: A Toyota tem uma política de RSE, em seu site, percebe-se um planejamento voltado para isso. A Braskem demonstra sua preocupação e objetivo é: “reafirmar o compromisso da Braskem com o desenvolvimento sustentável, visando à promoção simultânea do crescimento econômico, da preservação ambiental e da justiça social, na perspectiva de assegurar que o anseio pelo progresso no presente não comprometa o futuro das gerações subsequentes”. A Petrobras, em seu site, aponta oito áreas onde atua fortemente:
Atuação Corporativa para assegurar que a governança corporativa esteja comprometida com a ética e a transparência na relação com os públicos de interesse;
Gestão Integrada para garantir uma gestão integrada em Responsabilidade Social;
Desenvolvimento Sustentável para conduzir os negócios e atividades com Responsabilidade Social, implantando seus compromissos de acordo com os princípios do Pacto Global da ONU e contribuindo para o desenvolvimento sustentável;
Direitos Humanos para respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente, pautando as ações do a partir da promoção dos princípios do trabalho decente e da não discriminação;
Diversidade para respeitar a diversidade humana e cultural de sua força de trabalho e dos países onde atua;
Princípios de Trabalho para apoiar a erradicação do trabalho infantil, escravo e degradante na cadeia produtiva;
Investimento social sustentável para buscar sustentabilidade dos investimentos sociais para inserção digna e produtiva das comunidades e Compromisso da força de trabalho para comprometê-los com a nossa política de RSE
Se a política empresarial objetiva facilitar a criação e o desenvolvimento das empresas, então uma empresa tem uma política de RSE quando as suas ações são traduzidas em projetos estruturados. Esta questão é tão séria que a ONG americana Business for Social Responsability (BSR), define os mandamentos de uma empresa socialmente responsável
Ecológica: usa papel reciclado em produtos e embalagens;
Filantrópica: permite que seus funcionários reservem parte do horário de serviço para trabalho voluntário;
Flexível: deixa que os funcionários ajustem sua jornada de trabalho às necessidades pessoais;
Interessada: faz pesquisas entre os funcionários para conhecer seus problemas e tentar ajudá-los;
Saudável: Incentiva financeiramente funcionários que alcançam metas de saúde como redução de peso e colesterol
Educativa: permite que grupos de estudantes visitem as suas dependências;
Comunitária: cede as suas instalações esportivas para campeonatos de escolas da redondeza;
Íntegra: não lança mão de propaganda enganosa, vendas casadas e outras práticas de marketing desonesto;
AULA 9 _ ISO 14000, NBR 16000 E AS 8000 E OHSAS
Isso= Igualdade
Acordos internacionais: 
Protocolo de Kioto (2005): Redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa.
Pacto Global: Avanço da prática da responsabilidade social corporativa, na busca de uma economia global mais sustentável e inclusiva (vide tabela).
No Brasil: Agenda 21 – resultado da Rio – 92. Planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício.
Para implantar a Responsabilidade Social dentro da empresa é preciso vontade política da diretoria em realizá-la, pois causará impactos nos objetivos, missão, valores, cultura, estratégias e o próprio significado da empresa. Existe uma série de certificações que levam a empresa a ser considerada uma empresa que tenha responsabilidade social.
Origem da ISO: Desde o início da industrialização, havia uma preocupação com a padronização, a produtividade e a qualidade. Ao estudarmos Administração, percebemos a contribuição de Taylor,  Fayol e outros que, ao longo da história, tiveram a preocupação de melhorar as condições de trabalho, aumentando a produtividade e mantendo a qualidade. 
A preocupação com a qualidade levou ao surgimento, em 47,  de uma entidade denominada International Organization for Standardiztion (Organização Internacional de Padronização). Sua sede fica em Genebra (Suíça) e é mais conhecida pela sua sigla ISO. A principal atividade da ISO é elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho em várias áreas de conhecimento da sociedade. O nome genérico ISO 9000 representa todo o conjunto de documentos relacionados à sistematização de atividade para garantia da qualidade. A ISO ficou popularizada pela série 9000, ou seja, as normas que tratam de Sistemas para Gestão e Garantia da Qualidade nas Empresas.
É normatizadora de atividades técnicas e normas das mais diversas atividades da área de tecnologia.
 Regulamenta os sistemas de qualidade permitindo a existência de um modelo de gestão capaz de garantir a uniformidade e qualidade do produto em toda a produção. 
Envolve todos os meios físicos e recursos humanos na busca da qualidade, desde o projeto até a entrega do produto ao cliente.
Propósito da Iso: Desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países de forma a facilitar o comércio internacional. A ISO tem 130 países membros. A ABNT é o representante brasileiro. 
Propósito da Iso 9000
Estabelecer critérios para um gerenciamento do negócio com foco principal na satisfação do cliente e consumidor. 
A empresa precisa estar totalmente comprometida com a qualidade, dos níveis mais elevados, até os operadores; 
Adequado gerenciamento dos recursos humanos e materiais necessários para as operações do negócio. 
Criação de procedimentos, instruções e registros de trabalho formalizando todas as atividades que afetam a qualidade
Monitoramento dos processos através de indicadores e tomada de ações em processos avaliativos.
Significa que a empresa tem um sistema gerencial voltado para a qualidade e que atende aos requisitos de uma norma internacional. 
As empresas, passaram a exigir de seus fornecedores a implantação da ISO 9001. 
Outros segmentos, não fornecedores, adotam como forma de marketing, significa reconhecimento.
Outras implantam a ISO porque enxergamuma grande possibilidade de reduzir seus custos internos
ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas): Fundada em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Toda e qualquer produção científica oficial, como projeto de pesquisa, monografia, TCC, dissertação de mestrado e tese de doutorado, devem obedecer à normatização ABNT, para consonância com o ideal objetivado e efetiva contribuição para o desenvolvimento do País
ISO 14000: Conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental pelas empresas privadas e públicas.  Tais  normas  foram elaboradas objetivando diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição e causam danos ambientais através de seus processos de produção. A proposta é que as empresas sigam as normas ISO 14000, reduzindo significativamente esses danos.
A empresa que tiver por objetivo a certificação ISO 14000 deve seguir rigorosamente a legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para também seguirem as normas e diagnosticar os impactos ambientais das suas atividades, visando diminuir os prejuízos.
Estabelece requisitos para as empresas gerenciarem seus produtos e processos para que eles não agridam o meio ambiente, que a comunidade não sofra com os resíduos gerados e que a sociedade seja beneficiada num aspecto amplo.
A empresa deverá possuir um sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA)!
Processo voltado a resolver, mitigar e prevenir problemas de caráter ambiental para o desenvolvimento sustentável.
 Segundo a NBR ISO 14001, é parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recurso para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa.
CERTIFICAÇÃO NBR 16000: É uma norma da ABNT, lançada em 2004, que contém critérios no que tange à proteção da criança, ao trabalhador em regime semi escravo, à saúde, à segurança e à discriminação, de maneira sistêmica e bem planejada. Determina que a empresa crie um sistema de gestão de Responsabilidade Social eficaz.
Economia: Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. 
Comunicação: Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços.
Segurança: Proteger a vida humana e a saúde.
Proteção do consumidor: Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos
Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando o intercâmbio comercial.
CERTIFICAÇÃO SA 8000: Certificação de caráter multinacional lançada em 1997 pela SAI (Social Accountability International) com conceitos muito fortes de proteção à criança, ao trabalhador em regime semi-escravo, à saúde, segurança e discriminação. Avança nos propósitos da SA 8000, é mais sistêmica e bem planejada, se preocupa mais com que a empresa crie um sistema de gestão de responsabilidade social eficaz.
Baseia-se num sistema de gestão e estabelece requisitos baseados nas diretrizes internacionais de Direitos Humanos e da ONU, nas convenções da OIT e nas convenções da ONU sobre direitos das crianças.
É adotada mundialmente por organizações que desejam ser reconhecidas pela manutenção de condições dignas de trabalho e respeito aos direitos fundamentais do trabalho. 
Tem sido utilizada principalmente por empresas que possuem unidades de produção ou fornecedores em países onde a fiscalização e o controle das condições de trabalho são precários.
OHSAS: É um padrão internacional que estabelece requisitos relacionados à gestão da segurança e saúde ocupacional, por meio do qual é possível melhorar o conhecimento dos riscos existentes na organização, atuando no seu controle em situações normais e anômalas. Este padrão é aplicável aos mais diversos setores e atividades econômicas, orientando tais organizações sobre como promover a melhoria contínua do desempenho de segurança e saúde ocupacional. Sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessment Services, cuja tradução é serviços de avaliação de saúde e segurança ocupacional. O seu foco é a qualidade no que tange à saúde e à segurança no trabalho.
Desenvolver, manter e executar políticas e procedimentos para gerenciar temas que possa controlar ou influenciar; 
Demonstrar para as partes interessadas que as políticas, procedimentos e práticas estão em conformidade com os requisitos desta norma. Estes devem ser universais, independentemente da localização geográfica, do setor da indústria e do tamanho da empresa. 
É a preocupação com a integridade física dos seus funcionários e parceiros que estão em jogo. Assim, a empresa mobiliza todo o seu corpo de funcionários para pôr em prática de forma sistematizada as normas elaboradas. 
Benefícios:
Melhoria na cultura de segurança, na eficiência e, consequentemente, redução de acidentes na produção;
Incremento no controle de perigos e redução de riscos;
Redução de prêmios de seguros; 
Constituição de uma parte integral de sua estratégia de desenvolvimento sustentável; 
Demonstração do seu compromisso com a proteção do seu pessoal e dos ativos fixos;
AULA 10 _ O BALANÇO SOCIAL
O Balanço Patrimoial é uma demonstração contábil, sua principal função é fornecer um quadro preciso da contabilidade e situação financeira e econômica da empresa (diferenciando ativos e passivos) em determinado período, representando uma posição estática. Como é considerado uma das principais declarações financeiras de uma empresa, deve ser produzido de maneira precisa e rigorosa, afim de auxiliar um controle do patrimônio eficiente. 
Já o Balanço Social é uma ferramenta de suma importância para as empresas que têm, de fato, RSE pois ele é muito mais do que uma peça contábil. Ele é um instrumento de gestão e de informação, que evidencia, de forma transparente, itens econômicos, sociais e ambientais sobre o desempenho das empresas em relação aos stakeholders.
Publicado anualmente com um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. O Balanço Social, na sua definição mais ampla, inclui, ainda, informações sobre o meio ambiente e a formação e a distribuição da riqueza gerada pelas empresas (valor adicionado). Quando apresentado em conjunto com as demonstrações financeiras tradicionais, é efetivamente o instrumento mais eficaz e completo de divulgação e avaliação das atividades empresariais. 
 A sua origem remonta aos anos 30, quando a concepção da Responsabilidade Social, foi adotada, inicialmente nos EUA. Nos anos 60, foi adotada também na Europa por conta do crescimento econômico, que trouxe problemas, principalmente de ordem ambiental. Com isso, procurou-se uma forma adequada para as organizações prestarem contas à sociedade de suas atividades, suas relações sociais, e do reflexo social de suas variações patrimoniais. 
Foi proposta, então, aos EUA, uma demonstração denominada inicialmente como “relatório social” que, posteriormente, na década de 1970, foi consagrada com o nome de Balanço Social
Objetivos principais do balanço social: 
Abranger  o universo de interações sociais entre clientes, fornecedores, associações, governo, acionistas, investidores e outros, ampliando o grau de confiança da sociedade na organização;
Apresentar os investimentos no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e contribuir para a implementação e a manutenção de processos de qualidade;
Melhorar o sistema de controle interno, permitindo qualificar o ambiente organizacional, na perspectiva de confirmar a regularidade da gestão identificada com o gerenciamento social ecologicamente correto e divulgar os objetivos e as políticas administrativas,julgando a administração não apenas em função do resultado econômico, mas também dos resultados sociais;
Medir os impactos das informações perante a comunidade dos  negócios, sobre o futuro da entidade, a marca e a imagem do negócio, revelando, conjuntamente com as demais demonstrações contábeis, a solidez da estratégia de sobrevivência e crescimento da entidade;
Formar um banco de dados confiável para análise e tomada de decisão dos mais diversos usuários;
Servir como instrumento para negociações laborais entre a direção da empresa e os sindicatos ou representantes dos funcionários;
Verificar a participação do quadro funcional no processo de gestão.
Características do Balanço Social em diversas partes do mundo 
EUA: Os estudos partiram das universidades. As características principais do modelo dirigiram-se aos aspectos sociais, às questões da diminuição da violência e da melhoria da relação das empresas com os consumidores.
Europa: As propostas do Balanço Social desenvolveram-se em direção à solidariedade econômica do bloco europeu em formação, e enfatizaram os aspectos do planejamento humano e social na empresa. O sentido era a igualdade de competência e aceitação, comparativamente aos demais processos empresariais (econômico, comercial, tecnológico...). Com referência ao meio ambiente e a relação com os stakeholders, estes também foram foco das propostas. Buscou-se, na verdade, um novo papel para cada um dos atores, seja na empresa pública ou privada.
América Latina: Consideraram-se as experiências norte-americana e europeia, mesclando as duas tendências. Buscou-se uma forma, um modelo capaz de humanizar a empresa, criando propostas participativas e tão democráticas quanto possível, tendo em vista o fato de que quase todos os países latino-americanos viviam num regime fechado, totalitário. Neste cenário, em meados de 77, um grupo de estudiosos da RSE, ligado à ADCE – UNIAPAC e à Fundação FIDES, formulou uma proposta para o desenvolvimento de um Balanço Social aplicável à realidade brasileira.
No Brasil, em 65, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil, publicou a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas, cunhando, então, a expressão Responsabilidade Social, ligada diretamente às empresas associadas. Este passo abriu as portas para a divulgação das ações efetivas na área social realizadas pelas empresas. 
Entretanto, somente na metade dos anos 70 passa a ser difundida amplamente a ideia de Responsabilidade Social, basicamente com suas ações concentradas em São Paulo, em função do desenvolvimento econômico-industrial. 
O primeiro documento brasileiro que carrega a denominação Balanço Social é o da Nitrofértil, estatal Baiana, que publicou voluntariamente em 84 o seu relatório de cunho social, dando publicidade às ações sociais realizadas, assim como ao processo participativo da empresa durante o período. Os primeiros relatórios no formato de um BS foram elaborados no fim anos 80, pela Fides (Fundação de Desenvolvimento Empresarial e Social), que elaborou um modelo adotado por várias empresas a partir de 1990. 
Em 97, o Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (IBASE) chama à atenção empresários e sociedade para a importância e a necessidade da realização do balanço social das empresas em um modelo único e simples. 
Simplicidade como garantia do envolvimento do maior número de corporações.
A predominância de dados que possam ser expressos em valores financeiros ou de forma quantitativa. 
Indicadores que ajudam às análises comparativas da própria empresa ao longo do tempo ou entre outras.
A sociedade e o mercado são os auditores do processo e dos resultados alcançados. 
 O sociólogo Herbert de Souza inicia uma campanha com o seu artigo publicado em 97, pela publicação voluntária do Balanço Social, no reconhecimento de empresas públicas e privadas como agentes essenciais no processo de desenvolvimento social. Ainda em 97, as deputadas federais Maria da Conceição Tavares, Marta Suplicy e Sandra Starling apresentam o Projeto de Lei 3.116, defendendo a ideia do Balanço Social obrigatório a todas as empresas privadas com mais de 100 empregados, empresas públicas e sociedades de economia mista. Dessa forma, as ações realizadas seriam divulgadas, reconhecendo-se as empresas engajadas na promoção do desenvolvimento social. 
Enquanto nos EUA e Europa o principal enfoque do BS é a influência das organizações no meio externo a elas, evidenciando sua contribuição para a defesa dos recursos naturais e a conservação das condições normais de uma vida digna, no Brasil, ao contrário, apresenta-se um Balanço Social interno às organizações, enfocando salários, condições físicas e ambientais de trabalho, bem-estar social, seguridade social e, em segundo plano, as questões ambientais. 
Vê-se que, no Brasil, o Balanço Social proposto tem como finalidade a prestação de informações sobre diversos aspectos da relação capital-trabalho das entidades, ou seja, um conjunto de informações, contábeis ou não, gerenciais, econômicas e sociais, que proporcionam um panorama dos aspectos relacionados à sociedade (Santos; Freire; Malo, 98).
O Balanço Social abrange basicamente quatro vertentes:
Empresa e empregados, englobando despesas com pessoal (pagamentos e salários, treinamentos, assistência médica Etc.) que alteram o patrimônio da empresa com reflexos na sociedade, mais especificamente sobre funcionários;
Empresa e meio ambiente, abarcando despesas com o meio ambiente, gastos com pesquisas de meios alternativos de produção que sejam menos poluentes.
Empresa e sociedade, sob o aspecto da empresa como elemento de criação e distribuição de valor ou riqueza, representado pelo recolhimento de encargos para o governo, feitos por uma entidade, sob as mais diversas formas de impostos, contribuição de melhorias, taxas etc.;
Empresa e sociedade, sob a forma de ações sociais, evidenciados através de ações filantrópicas desenvolvidas pela empresa ao patrocinar entidades filantrópicas.
Os beneficiários do balanço social
Dirigentes: informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve
Funcionários: fomenta a comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional. 
Fornecedores e Investidores: Informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza.
Consumidores: Demonstra qual é a postura da empresa. 
Estado: Ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas. 
Indicadores Sociais Internos: investimentos na melhoria da qualidade de vida de seus funcionários como alimentação, previdência privada, saúde, educação, cultura, treinamento, participação nos lucros e outros benefícios.
Indicadores Sociais Externos: investimentos na comunidade como educação, lazer e cultura, saúde e saneamento, combate a fome e segurança alimentar, entre outros. Possíveis ações: apoiar o comércio local, emprestar suas instalações, recrutamento em comunidades carentes, investir na comunidade.
Indicadores do corpo funcional: informações sobre a quantidade de funcionários terceirizados, mulheres, funcionários com mais de 45 anos, estagiários, portadores de deficiência ou necessidades especiais e negros.
Indicadores Ambientais: investimentos no monitoramento da qualidade dos resíduos, despoluição e conservação dos recursos ambientais, campanhas ecológicas e de educação sócio ambiental para a sociedade. Possíveis ações: criação de projeto ecológico ou sistema de reciclagem; estabelecer princípios ambientais; utilizar técnicas de construção, operação e manutenção ecologicamente corretas; 
Informações do exercício da cidadania empresarial: informações não contidas nos indicadores anteriores como relação entre a maior e a menor remuneração, número de acidentes de trabalho durante o ano, normas do trabalho observadas pela empresa e o valor adicionado, número total de reclamações e críticas de consumidores, entre outros.

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