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FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÃO 1 DISCIPLINA: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES UNIDADE 1 - A INFORMAÇÃO E A PESQUISA CIENTÍFICA Olá, seja muito bem-vindo estudante! Nesta Unidade trataremos dos conceitos abordando os temas: Formação e Desenvolvimento de Coleções; os Estudos teóricos internacionais e nacionais; e os modelos e política de desenvolvimento de coleções. Vamos adiante! Antes de iniciarmos a discussão sobre a temática é importante elencarmos os seguintes aspectos essenciais: a formação e desenvolvimento de coleções. Evans (1995) define o desenvolvimento de coleções como o “processo de atender às necessidades de informação das pessoas (uma população de serviço) de maneira oportuna e econômica, usando recursos de informação mantidos localmente, bem como de outras organizações” (p.17). Ele afirma que o desenvolvimento da coleção é um processo de seis componentes. Esses componentes são: Evans (1995) analisou esses seis processos de desenvolvimento de coleções de bibliotecas na figura acima. • Análise das necessidades de informação dos usuários. • Formulação e implementação de política de seleção adequada aos objetivos da biblioteca. • Seleção de materiais. • Programas de aquisição para a constituição de uma coleção de saldos. • Eliminação de programas. • Avaliação da coleção. Ao adquirir documentos, há muitos fatores que o bibliotecário mantém em mente, como sobrecarga de informações ou explosão de informações, aumento das demandas dos usuários devido à especialização, redução e orçamento limitado da biblioteca, aumento no preço dos recursos, mudança na demanda dos usuários por informações e acesso serviços baseados em cobrança, aumentando o uso de documentos eletrônicos. A atividade de desenvolvimento de coleções opera em três níveis. O poder financeiro e administrativo caberia à mais alta autoridade executiva, que pode ser User Sublinhado User Sublinhado 2 reprimida por um comitê de autoridade da biblioteca. O segundo nível é o comitê de seleção de livros composto por especialistas no assunto e o terceiro nível constitui o bibliotecário e a equipe. As normas e padrões referentes ao desenvolvimento de coleções são as seguintes: • Proposta de distribuição de recursos para livros, periódicos e outros materiais de leitura. • Tamanho ideal de coleta. • Diferentes tipos de procedimento de aquisição de materiais de leitura. Os materiais são coletados em formato impresso, em papel e em capa dura e em formato eletrônico. A biblioteca deve adquirir os materiais no formato que seja mais útil ou aceitável para os leitores. O fator considerável inclui facilidade de uso, confiabilidade, espaço e equipamento, custo do documento e demanda. Geralmente os desenvolvimentos de coleções das bibliotecas universitárias têm dois padrões estruturais, a saber, sistema centralizado e sistema descentralizado. No sistema centralizado, a biblioteca central assume total responsabilidade pelo desenvolvimento de uma coleção equilibrada. Por outro lado, no padrão descentralizado o desenvolvimento de uma coleção de disciplinas a responsabilidade é confiada ao departamento acadêmico. A expectativa dos usuários difere de um ambiente para outro, programas institucionais, atividades, visão e especialização. As expectativas dos usuários em bibliotecas geralmente são: • O acervo da biblioteca deve ser bem organizado. • Deve haver instruções claras e guia de pilha. • Serviço de entrega rápida. • Boas facilidades de comunicação. • Interação contínua. • Melhoria contínua. • Acesso e entrega de recursos eletrônicos. • Iniciativas e recursos baseados na Web. • Exibição e demonstração de informações sobre o pessoal. • Sistema de reclamações de usuários. • Fluxo de trabalho eficaz e eficiente. • Literacia da informação. User Sublinhado User Sublinhado 3 • Gestão de Desastres. Isso é fundamental para a biblioteca cumprir sua missão e objetivos, e como tal é extremamente importante. Também é importante desenvolver um coleção de alto padrão, porque se verificou que se uma instituição deseja atrair acadêmicos e pesquisadores de prestígio, os indivíduos devem ter certeza de que terão apoio para seus empreendimentos de pesquisa. O acervo de uma biblioteca é composto por todos os documentos que ela disponibiliza aos seus usuários. Inclui tanto os documentos que a biblioteca possui fisicamente, quanto os recursos online acessíveis selecionados e deliberadamente adquiridos e incluídos no OPAC ou em outras bases de dados de sua propriedade (ISO 20983). Cada coleção é desenvolvida com um objetivo específico. O objetivo do acervo de uma biblioteca universitária é responder às necessidades de informação exigidas pelas atividades de estudo, ensino e pesquisa realizadas dentro da instituição universitária. Levando em conta que o acervo é o recurso de informação que a instituição universitária disponibiliza aos seus docentes, pesquisadores, alunos, etc., de suas características quantitativas e qualitativas, bem como sua adequação às exigências e necessidades de informação de sua comunidade usuária, dependerá em grande medida tanto do nível de satisfação que estes utilizadores têm da biblioteca, como da qualidade da formação académica e das atividades de investigação científica que se desenvolvem na instituição a que presta serviços. A avaliação da coleção visa determinar em que medida a coleção atende aos seus objetivos e às necessidades de seus principais grupos de usuários (ALA, 1989) . É um processo que permite à biblioteca obter informações objetivas e confiáveis para subsidiar a tomada de decisão sobre os recursos de informação disponíveis e necessários, e um instrumento que orienta o estabelecimento e ajuste periódico da política de desenvolvimento do acervo de acordo com a missão e objetivos da instituição. a instituição que atende. 4 A avaliação do acervo faz parte do processo sistemático de criação e manutenção de acervos a partir de um conjunto de critérios que devem ser expressos por escrito em documento normativo que constitui a Política de Gestão de Acervos da Biblioteca (PGC). O PGC estabelece os objetivos e o perfil do acervo, orienta a seleção, aquisição, distribuição do orçamento, rebaixamento, expurgo e conservação dos documentos, de acordo com a missão e objetivos da instituição universitária. Muito tem sido escrito sobre o tema do desenvolvimento e avaliação de coleções. No entanto, pouco tem sido feito nas bibliotecas universitárias de nosso meio, nas quais, por diversos motivos, não só não possuem políticas escritas, como também sofrem com a falta de planejamento sistemático de seus acervos. Isso significa que as bibliotecas muitas vezes são levadas a agir por eventos isolados ou entusiasmos individuais, e tomam decisões precipitadas que fazem com que os acervos resultantes apresentem desequilíbrios, duplicações desnecessárias, sejam obsoletos ou não respondam às necessidades dos usuários. Entre as principais dificuldades que detectamos durante o desenvolvimento desta pesquisa estão: ● a falta de uma política escrita de desenvolvimento de coleções com a qual comparar os resultados da avaliação; ● a falta de dados e fontes de dados apropriadas para realizar a avaliação; ● a falta de pessoal e/ou tempo para iniciar os processos de avaliação e sustentá-los ao longo do tempo, ● a falta de formação dos bibliotecários em métodos de avaliação, e fundamentalmente ● a falta de um guia metodológico que compile técnicas, indicadores e exemplos de aplicação. 1.2 Estudos Teóricos Internacionais Os teóricos internacionais, trazem abordagem sobre o processo de desenvolvimento de coleções, pautados em ações como: seleção, aquisição e 5 descarte. Evans (1979) afirma que o desenvolvimento de coleções identificando pontos• Sugestão de leitura de listas de conteúdos programáticos de vários cursos. • Listas de teses e dissertações. • Listas de materiais audiovisuais disponíveis no mercado. • Catálogos de banco de dados em CD-ROM e bancos de dados online. Esta lista não é exaustiva, apenas um esboço para alcançar os materiais. O desenvolvimento da coleção na biblioteca é um esforço cooperativo e coletivo de pessoas com a missão de desenvolver a coleção. O sistema de computador deve 16 ser instalado com facilidades de rede para acesso a banco de dados em CD-ROM e busca online, bem como utilização de recursos eletrônicos. Hoje vivemos na era da explosão da literatura. A literatura está crescendo a cada dia em várias línguas e disciplinas. Um grande número de recursos está disponível a partir dos quais o bibliotecário tem que selecionar os recursos dentro de sua limitação financeira. Os livros podem ser selecionados de maneira adequada se conhecermos as fontes relevantes para a seleção. Inclui: resenhas de livros, sugestões de leitores e bibliografias. uma. Resenhas de livros:- Resenhas de livros” significa resenhas ou críticas encontradas em periódicos geralmente sobre livros novos. É uma importante fonte de seleção de livros. A resenha de livro é publicada com vários nomes: resenha de livro, novo pensamento, nova publicação, veja seu livro, livros atuais, seus livros da semana etc. As informações fornecidas na resenha de livro devem ser breves, específicas e completas. A revisão deve ser feita apenas por estudiosos da área em questão. Assim, esse processo de seleção de livros adequado pode ser feito. b. Sugestão do leitor: É a principal fonte de seleção de livros. Às vezes, a sugestão se torna muito valiosa no processo de seleção de livros. O feedback adequado deve ser obtido dos usuários da biblioteca para que o livro mais exigente possa ser adquirido. Um registro de sugestões deve ser mantido pela biblioteca para este fim. As bibliotecas devem manter uma caixa de sugestões de preferência perto da entrada das bibliotecas. As bibliografias também são as fontes importantes de seleção de livros. Inclui bibliografias temáticas, bibliografia de autores, bibliografia seletiva, bibliografia de bibliografias e bibliografia nacional. c. Bibliografias de assuntos: Geralmente é uma lista de artigos de livros e outros materiais de leitura sobre um determinado assunto. Ele ajuda na seleção de um livro para determinado assunto. d. Bibliografia do autor : A bibliografia do autor é uma lista de livros escritos por um autor em particular. Também ajuda na seleção de livros de um determinado autor. e. Bibliografia seletiva: É uma lista dos melhores livros sobre um assunto ou um grupo de assuntos. Uma biblioteca média usa esse método para selecionar livros na biblioteca. 17 f. Bibliografia de bibliografias: É uma lista de bibliografias. Ajuda na seleção de bibliografias para uma biblioteca que é uma importante ferramenta de seleção de livros. g. Bibliografia nacional: É uma lista de livros publicados no país em diferentes idiomas que são publicados em sua maioria na forma impressa. É um registro completo da produção impressa em um determinado país sem qualquer limitação. h. Lista de leitura: É uma lista dos livros mais favoritos sobre o assunto em particular. eu. Prospecto: É útil na seleção de livros. As universidades e outros centros de exame publicam o prospecto. Ele fornece uma lista de livros para cada assunto para cada exame. j. Anuário: É uma lista de livros publicados em determinado ano, organizados de acordo com o assunto ou idioma específico. k. Catálogo da Biblioteca: O catálogo é publicado em bibliotecas maiores. Também ajuda na seleção de livros. 1.5 Diretrizes a serem adotadas nas seleções de materiais da biblioteca: A importância e o peso dos diferentes critérios mudam de acordo com os diferentes tipos de materiais da biblioteca. As diretrizes desempenham um papel importante no desenvolvimento da coleção. Algumas orientações importantes são dadas abaixo: • A necessidade dos usuários deve ser satisfeita com os livros selecionados; • Devem ser selecionados os livros que satisfaçam o número máximo de leitores; • Ferramentas de seleção de livros mais recentes, bem como bibliografias; os catálogos das editoras devem ser consultados para selecionar os melhores livros; • Livros baratos e desnecessários não devem ser comprados; • Ao selecionar livros de referência, deve-se atentar para o nome dos colaboradores e bibliografia anexada no artigo; • Deve ser selecionada a última edição de livros de referência; • O autor deve ser popular; • As editoras dos livros devem ser conceituadas; • Mérito artístico da literatura; • Os livros devem ser selecionados com base no interesse local; 18 • Os livros selecionados devem ter a capacidade de preencher a lacuna do assunto no desenvolvimento da coleção; • Fácil acesso a materiais não impressos; • Devem ser selecionados mapas e atlas atualizados; • Provisão para acesso online a recursos digitais; • Compatibilidade dos recursos digitais com a infraestrutura de tecnologia da informação das bibliotecas; • A política de seleção de livros deve orientar quais materiais devem ser removidos e preservados. Se as diretrizes acima forem seguidas no momento da seleção do livro, a comunidade de leitores ou usuários ficará totalmente satisfeita. 2. Critérios de Seleção de Materiais/Recursos da Biblioteca: A seleção dos materiais da biblioteca é feita com base no valor informativo, educacional, cultural e recreativo. Esses materiais são selecionados de acordo com o objetivo e a missão da biblioteca. Os seguintes critérios gerais são utilizados na seleção de um documento para o desenvolvimento da coleção. • O documento deve ser de interesse popular • O documento deve ter valor permanente • Moeda da informação • Demanda local • Legibilidade • Precisão • Reputação do autor, editor e produtor • Facilidade de uso e formato • Custo e disponibilidade • Relação com materiais de coleção existentes • Importância do assunto • Demanda popular • Restrições orçamentárias de custo • Avaliações críticas em vários periódicos 19 • Importância e valor para os usuários do acervo e da biblioteca. Além dos critérios acima, o bibliotecário deve considerar, • Recomendação dos vários responsáveis dos departamentos; • Sugestão de leitores; • Sugestão da equipe da biblioteca. A seleção de livros é uma técnica importante para a manutenção do estoque de livros na biblioteca. As opiniões gerais do usuário devem ser consideradas para a compra dos livros e a experiência do bibliotecário também desempenha um papel importante na seleção de livros. O bibliotecário de sucesso, com base em sua rica e longa experiência, formulou alguns princípios de seleção de livros. O princípio mais antigo foi formulado por Dewey (1876) REFERÊNCIAS FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Desenvolvimento & avaliação de coleções. Rio de Janeiro: 1993 Kumar, PA (2017). Impacto da tecnologia da informação no desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias de Assam: um estudo. Recuperado de: http://hdl.handle.net/10603/180648 Mannan Khan. Collection Development: Its Organization & Services in University Libraries. EUA: Ed. ESS, 2013. RANGANATHAN, S. R. Librametry and its scope. In: DRTC Seminar, Bangalore, 1969. Bangalore: [s. n.], 1952. VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação: princípios e técnicas. 3. ed. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 2010 . http://hdl.handle.net/10603/180648 1 DISCIPLINA: FORMACAO E DESENVOLVMENTO DE COLEÇÕES UNIDADE 3- AQUISIÇÃO E POLÍTICA DE AQUISIÇÃO Olá, seja muito bem-vindo estudante! Nesta Unidade trataremos dos seguintes assuntos: Aquisição e políticas de aquisição; o bibliotecário de aquisiçãoe a ética; e os impacto do paradigma digital. Vamos adiante! 1.2 O Bibliotecário de Aquisição e a Ética Os bibliotecários, conscientes de seu papel no desenvolvimento do conhecimento e da cultura e no enriquecimento da vida das pessoas, buscam os mais altos padrões de comportamento ético em suas relações com suas escolas, seus clientes/empregadores, a profissão de bibliotecário e colegas, agências e associações e o público. MIRANDA (2007) Figura 1- Ética em Humor Fonte: Redalyc(2022) User Realce 2 1. Bibliotecários com o Estado, a Sociedade e o Público 1. Os bibliotecários devem respeitar a Constituição, obedecer às leis do país e respeitar as autoridades devidamente constituídas. 2. Os bibliotecários devem promover a alfabetização e educação do público, tornando os recursos e serviços da biblioteca conhecidos e acessíveis aos seus usuários. 3. Os bibliotecários devem defender e promover o direito à informação, bem como cumprir as disposições da lei de propriedade intelectual. 4. Os bibliotecários devem ser parceiros da comunidade a que servem na inculcação do nacionalismo, praticando os valores filipinos e preservando o patrimônio histórico, cultural e intelectual do país. 2. Bibliotecários com Profissão de Biblioteconomia 1. Os bibliotecários devem defender a dignidade e integridade da profissão 2. Os bibliotecários devem manter sua reputação acima de qualquer reprovação e devem se comportar de modo a conquistar a estima e o respeito do público pela biblioteca e pela profissão. 3. Os bibliotecários não devem auxiliar na prática não autorizada da biblioteconomia. 4. Os bibliotecários devem tratar uns aos outros com respeito, cortesia e sinceridade e devem evitar difamar a reputação, competência e capacidade de seus colegas. Eles não devem usar nenhum meio injusto para obter progresso profissional. 5. Os bibliotecários devem se esforçar para melhorar, aprimorar e aprimorar seus conhecimentos, habilidades e competências profissionais por meio de meios formais e informais. 6. Os bibliotecários devem se esforçar para manter os mais altos padrões na prática da profissão. Devem adoptar e viver este lema: CANI - Melhoria Constante e Infinita da qualidade e dos padrões dos serviços profissionais. 7. Os bibliotecários devem aderir aos princípios do devido processo legal e igualdade de oportunidades em seu relacionamento com colegas de trabalho, especialmente seus colegas. 3 8. Os bibliotecários devem manter a filiação, participar e cooperar nos esforços da(s) associação(ões) de biblioteca(s) para aumentar a eficácia da profissão. 9. Os bibliotecários devem participar e cooperar em todos os esforços da(s) associação(ões) de biblioteca(s) para aumentar a eficácia da profissão. 10. Os bibliotecários devem estar vigilantes na proteção de todos os recursos da biblioteca colocados sob seus cuidados. 11. Os bibliotecários terão direito a uma remuneração justa e justa por consultoria e outros serviços profissionais. 3. Bibliotecários com os Fornecedores, Editores, Revendedores, etc. 1. Os bibliotecários devem escolher fornecedores e editores exclusivamente com base na qualidade dos bens, custos e serviços. 2. Os bibliotecários devem recusar todas as gratificações pessoais. 3. Os bibliotecários nunca devem entrar em transações comerciais prejudiciais à biblioteca, mas imprudentemente favoráveis ao seu próprio interesse. 4. Bibliotecários com os Clientes e/ou outros Usuários de seus Serviços Profissionais. 1. Os bibliotecários devem fornecer respostas cortês, rápidas, adequadas, habilidosas e precisas a todos os pedidos de assistência. 2. Os bibliotecários devem manter em sigilo as informações adquiridas no decorrer do serviço profissional. Eles devem proteger o direito do cliente à privacidade em relação às informações solicitadas ou recebidas e materiais consultados, emprestados ou adquiridos através da biblioteca. 3. Os bibliotecários devem prestar um serviço imparcial a todos os usuários da biblioteca, independentemente de sua raça, crenças, idade, sexo ou status social. 4. Os bibliotecários devem recusar presentes ou favores de clientes e fornecedores de bibliotecas por interesse pessoal. Devem evitar utilizar os recursos da biblioteca em detrimento dos serviços que a biblioteca presta aos seus utilizadores. 4 1.3 O Impacto do Paradigma Digital Para onde quer que você olhe, as pessoas estão falando sobre transformação digital e muito raramente explicam ou esclarecem o que significam (contexto). Isso se relaciona com o pensamento digital, mentalidade e cultura... Mas por que então você pode ler que muitas das transformações digitais falham?! O que tenho notado é que muitas empresas nem têm estratégia digital, ou é uma luz muito clara que não fornece detalhes suficientes de como o digital está mudando os fundamentos econômicos, a dinâmica do setor, ou o que significa permanecer na concorrência ou é um valor muito alto nível que não fornece uma orientação clara para análise de portfólio e design, deixando muito espaço aberto para suposições. "A mudança é a única constante" [Heráclito] Em alguns casos, os líderes empresariais tendem a se referir ao termo transformação de negócios, que muitas vezes também não definem. Em muitos casos, os líderes de TI sempre se referem às tendências e integrações de tecnologia emergentes, e alguns líderes de negócios estão explicando que estão fazendo isso em resposta a forças externas no mercado de negócios. Isso indica uma das razões para a paralisia do paradigma digital que impede ver 'digital big picture', navegar e explorar o digital os valores digitais, descobrir propostas de valor digital e inovar digital, executar avaliações precisas de ativos digitais e, principalmente, definir os metas de valor claras e alinhadas para a transformação digital. Todo o anterior aumenta um risco que leva às suposições e ao debate político na transformação digital sem um raciocínio claro(s), onde o ' pensamento e abordagens antigas ' assume o controle e os números (dinheiro) passam a desempenhar o papel principal como sempre, não impulsionando mais as metas de transformação de 'valor' digital. As suposições e o debate político podem ter efeitos ou implicações de longo alcance que podem introduzir um impacto significativo na transformação digital, por exemplo, levando a propostas e inovações de valor digital perdidas, transições digitais desalinhadas e soluções fragmentadas, ao mesmo tempo em que introduzem um 5 enorme risco para o aumento complexidade e custo na jornada de transformação digital. Pergunte a si mesmo, por exemplo, as seguintes perguntas 'simples'; 'Como nosso pensamento e abordagem digital impulsionam a estratégia digital, sinergia de valor estratégico e transparência (interno-externo) para avaliação contínua e para o portfólio de ofertas digitais, Como nosso pensamento e abordagem digital impulsionam o design digital, o alinhamento de valor tático e a capacidade de gerenciamento (interno-externo) para entrega contínua e para o crescimento/expansões do negócio digital.' “Não podemos resolver um problema usando o mesmo tipo de pensamento que usamos quando os criamos.” [Einstein] Depois de explicar os princípios de um novo paradigma digital e mudanças fundamentais a vários líderes/especialistas, tive que perguntar; 'você ainda acha que está realmente fazendo/conduzindo a transformação digital, porque parece que você está fazendo/conduzindo mais uma transformação de tecnologia (TI) ou transformação de negócios'. E com isso eu queria indicar que os últimos anos mostraram que existem os líderes / especialistas e até os consultores de ponta que estão realmente impulsionando a transformação da tecnologia ou do negócio, em vez da transformação digital, sem sequer saber (conscientizar) sobre isto. O objetivoda transformação digital é uniformizar todas as áreas críticas (internas-externas), impulsionando o alinhamento/gerenciamento entre as áreas críticas e a sinergia de maior valor que ajuda a estabelecer/melhorar o 360 digital operacional ' O pensamento e a abordagem 'antigos' impedem mudanças fundamentais na forma como a transformação digital é conduzida e gerenciada para lidar com uma mudança de paradigma digital e criar uma jornada de transformação digital transparente e controlada. E para o máximo como diferenciar o valor da sua marca quando a maioria falha. Eu poderia escrever sobre economia XaaS, fluxos de valor e recursos multifuncionais com as informações inteligentes gerando uma sinergia de maior valor, mas este artigo ficaria muito longo. Eu só queria destacar primeiro algumas coisas simples que são muito comuns que levam a falhas na transformação digital, mesmo os anos se passaram, indicando que há uma longa curva de aprendizado digital. E para lembrar que o que as grandes empresas estão fazendo agora em anos, após 6 2025, o mesmo tem que acontecer dentro de alguns meses para se manter à frente na competição digital. E uma mesma declaração de problema pode ser referida e traduzida para muitas das transformações atuais de DevOps de TI, nas quais o pensamento e a abordagem do DevOps são mais orientados a tecnologia/ferramentas e 'direcionais' do que o modelo dinâmico de 360 graus do DevOps de TI para entrega e operações contínuas. Sobre a área de informação inteligente (com advanced analytics e data science) devo dizer que já presenciei tantas vezes que as pessoas tendem a falar informação e dados no mesmo contexto, e também não sabendo a diferença entre IA e Machine Learning. Então, existem muitos novos valores digitais emergentes que estão introduzindo as novas propostas de valor, mas também os riscos devido aos erros humanos na compreensão e terminologia. Vivemos uma época de inovações tecnológicas empolgantes. As tecnologias digitais estão impulsionando mudanças transformadoras. Os paradigmas econômicos estão mudando. As novas tecnologias estão remodelando os mercados de produtos e fatores e alterando profundamente os negócios e o trabalho. Os últimos avanços em inteligência artificial e inovações relacionadas estão expandindo as fronteiras da revolução digital. A transformação digital está se acelerando após a pandemia do COVID-19. O futuro está chegando mais rápido do que o esperado. As novas tecnologias são muito promissoras. Eles criam novos caminhos e oportunidades para um futuro mais próspero. Mas também apresentam novos desafios. Embora as tecnologias digitais tenham deslumbrado com o brilho e a proeza de suas aplicações, até agora não entregaram totalmente o dividendo esperado em maior crescimento da produtividade. De fato, o crescimento da produtividade agregada desacelerou nas últimas duas décadas em muitas economias. Consequentemente, o crescimento econômico tende a ser menor. Para cumprir a promessa das máquinas inteligentes de hoje, as políticas também precisam ser mais inteligentes. Ao mesmo tempo, a desigualdade de renda e as disparidades relacionadas aumentaram, particularmente nas economias avançadas, alimentando o descontentamento social e o fermento político. Entre as economias, há uma participação desigual nas novas oportunidades criadas pela transformação digital. 7 Muitos estão sendo deixados para trás, em todos os setores e empresas, na força de trabalho e em diferentes segmentos da sociedade. As empresas na fronteira tecnológica romperam com o resto, adquirindo domínio em mercados cada vez mais concentrados e capturando a maior parte dos retornos das novas tecnologias. Embora o crescimento da produtividade nessas empresas tenha sido forte, estagnou ou desacelerou em outras empresas, deprimindo o crescimento da produtividade agregada. O aumento da automação de tarefas de baixa a média qualificação mudou a demanda de mão de obra para habilidades de nível superior, prejudicando salários e empregos na extremidade inferior do espectro de habilidades. Com as novas tecnologias favorecendo o capital, os resultados de negócios em que o vencedor leva tudo e as habilidades de nível superior, a distribuição da renda do capital e do trabalho tende a se tornar mais desigual, e a renda está mudando do trabalho para o capital. Livros relacionados Uma razão importante para esses resultados é que as políticas e instituições têm sido lentas para se ajustar às transformações em curso. Para cumprir a promessa das máquinas inteligentes de hoje, as políticas também precisam ser mais inteligentes. Eles devem ser mais responsivos às mudanças para capturar totalmente os ganhos potenciais de produtividade e crescimento econômico e abordar a crescente desigualdade à medida que as disrupções tecnológicas criam vencedores e perdedores. À medida que a tecnologia remodela os mercados e altera o crescimento e a dinâmica de distribuição, as políticas devem garantir que os mercados permaneçam inclusivos e apoiem amplo acesso às novas oportunidades para empresas e trabalhadores. A economia digital deve ser ampliada para disseminar novas tecnologias e oportunidades para empresas menores e segmentos mais amplos da força de trabalho. Empresas, trabalhadores e formuladores de políticas enfrentam muitas questões. Embora as tecnologias digitais ofereçam grandes recompensas de produtividade, elas criam novos desafios para as empresas à medida que os processos de produção, as fontes de vantagem competitiva e as estruturas de mercado mudam. A crescente concentração industrial, refletida no crescente domínio de mercado dos gigantes da tecnologia, é inevitável com essas tecnologias ou seus benefícios podem ser compartilhados mais amplamente entre as empresas para 8 aumentar a produtividade agregada e promover um crescimento econômico mais robusto? Em relação à rápida mudança observada nos mercados financeiros, como a promessa de inovações digitais em finanças pode ser capturada ao gerenciar riscos? Os trabalhadores devem temer a nova automação à medida que a natureza do trabalho e as necessidades de habilidades mudam e muitos empregos e tarefas antigos desaparecem? Como devem se adaptar? De que maneira as mudanças impulsionadas pela tecnologia nos negócios e no trabalho estão causando o aumento das disparidades econômicas? Como as políticas públicas devem responder? RENOVANDO AS POLÍTICAS PARA A ERA DIGITAL “ Mudando Paradigmas ” aborda essas questões mostrando que as políticas são importantes. Novos pensamentos e adaptações são necessários para realinhar políticas e instituições com a economia digital. As áreas de atenção incluem política de concorrência e regimes regulatórios, ecossistema de inovação, infraestrutura digital, desenvolvimento da força de trabalho, estruturas de proteção social e políticas fiscais.MIRANDA (2007) A política de concorrência deve ser reformulada para a era digital. As leis antitruste e sua aplicação devem ser fortalecidas. A economia digital apresenta novos desafios regulatórios que devem ser abordados, incluindo questões relacionadas à regulação de dados (a força vital da economia digital), questões de concorrência relacionadas a plataformas digitais que surgiram como guardiões no mundo digital e concentração de mercado resultante da tecnologia gigantes que se assemelham a monopólios naturais ou quase naturais por causa de economias de escala e efeitos de rede associados às tecnologias digitais. Como nos mercados de produtos, os formuladores de políticas precisam garantir que os mercados financeiros permaneçam suficientemente competitivos e enfrentem os desafios regulatórios relacionados ao novo mundo de produtos, plataformas e algoritmos financeiros digitais. Também,O ecossistema de inovação deve ser melhorado. Os sistemas de patentes envelhecidosdevem ser atualizados para as novas dinâmicas de inovação da economia digital, equilibrando melhor os interesses dos titulares e a promoção e disseminação de tecnologia mais ampla. Os programas públicos de pesquisa e desenvolvimento devem ser revitalizados para promover o progresso tecnológico que atenda a objetivos econômicos e sociais mais amplos, e não aos interesses de grupos restritos de investidores. Os formuladores de políticas devem corrigir vieses nos sistemas https://www.brookings.edu/book/shifting-paradigms/ 9 tributários que favorecem o capital em relação ao trabalho que criam incentivos à “automação excessiva” – que destrói empregos sem aumentar a produtividade. A base da infraestrutura digital deve ser fortalecida para ampliar o acesso a novas oportunidades. Isso exige maior investimento público e estruturas para incentivar mais investimentos privados para melhorar o acesso digital para grupos e áreas carentes. A exclusão digital permanece particularmente ampla nas economias em desenvolvimento. Infraestrutura digital e alfabetização mais fortes serão cruciais para essas economias, pois as mudanças tecnológicas forçam um afastamento dos modelos de crescimento dependentes da manufatura de baixa qualificação e baixos salários. MATTOS (2009) O investimento em programas de educação e formação deve ser impulsionado e reorientado para dar ênfase às competências que complementam as novas tecnologias. Isso exigirá inovação no conteúdo, entrega e financiamento desses programas, incluindo novos modelos de parcerias público-privadas. Com a demanda em rápida mudança por habilidades e a crescente necessidade de qualificação, requalificação e aprendizado ao longo da vida, a disponibilidade e a qualidade da educação continuada devem ser amplamente ampliadas. O potencial de soluções habilitadas por tecnologia, como ferramentas de aprendizado on-line, deve ser aproveitado. As desigualdades persistentes no acesso à educação e (re)formação devem ser abordadas. Embora as lacunas nas capacidades básicas entre os grupos de renda tenham diminuído, aquelas em capacidades de nível superior que impulsionarão o sucesso na economia digital estão aumentando. GUEDES (1995) As políticas do mercado de trabalho e os sistemas de proteção social devem ser realinhados com a economia em mudança e a natureza do trabalho. As políticas precisam mudar para um foco mais voltado para o futuro na melhoria da capacidade dos trabalhadores de mudar para empregos novos e melhores, em vez de procurar proteger os empregos existentes que se tornam obsoletos pela tecnologia. Os esquemas de seguro-desemprego devem apoiar melhor os trabalhadores no ajuste à mudança, na reciclagem e na transição para novos empregos. Os sistemas de benefícios aos trabalhadores, abrangendo benefícios como pensões e assistência médica, que tradicionalmente se baseiam em relações formais de empregador- empregado de longo prazo, precisarão se ajustar a um mercado de trabalho com transições de trabalho mais frequentes e arranjos de trabalho mais diversificados (incluindo uma expansão economia gig). Instituições que dão voz adequada aos 10 trabalhadores também são importantes, pois a tecnologia altera o equilíbrio do poder de mercado. Como os contratos sociais oferecem oportunidades, compartilhamento de riscos e segurança precisam ser repensados para a era digital. Permitir uma participação mais ampla das empresas na economia da inovação, ampliar a difusão de novas tecnologias e construir capacidades complementares na força de trabalho pode proporcionar um crescimento econômico mais forte e mais inclusivo. As reformas nessas áreas podem reduzir a desigualdade e a insegurança econômica de forma mais eficaz do que apenas a redistribuição fiscal. Ao capturar toda a promessa da transformação digital, as agendas de crescimento e inclusão são a mesma. 1.4 Organização e o processo de Aquisição: políticas e instrumentos de aquisição Dentro do serviço de aquisição do acervo, estão contidas as seguintes atividades: seleção, aquisição (compra), recebimento, tratamento técnico, tombamento e distribuição de material informacional. Miranda et al (2017, p. 12) orientam que o processo de seleção da informação deve contemplar dois fatores decisivos. A análise desses critérios tem por objetivo garantir que “o acervo seja produto de um planejamento voltado para as diretrizes e objetivos da Universidade”. Atribuição de critérios no processo de seleção, segundo Miranda (2007, p. 18), “assegura que a coleção é produto de um planejamento totalmente adequado às ementas, aos projetos pedagógicos dos cursos e aos objetivos da Universidade/Faculdade”. Trata-se, portando, de uma atividade que consiste na análise minuciosa de critérios estabelecidos em uma Política de Desenvolvimento de Coleções, capazes de garantir a qualidade e o tamanho do acervo, bem como a sua compatibilidade com as disciplinas oferecidas nos cursos. A Política de Desenvolvimento de Coleções refere-se a um documento em que são registrados os critérios para seleção de todos os tipos de materiais, suas formas de aquisição, bem como orientar ações de descarte ou remanejamento. 11 Já o processo de aquisição (compra), consiste na execução das decisões tomadas no processo de seleção, ou seja, é o procedimento destinado à obtenção dos livros (MIRANDA, 2007), que tem por finalidade a formação e o desenvolvimento de coleções com materiais bibliográficos voltados às áreas de interesse dos usuários da biblioteca, realizado de forma sistematizada e consistente, que favoreça o crescimento racional e equilibrado das diferentes áreas do acervo (DRUMOND et al, 2018). Ademais, dada a natureza jurídica pública da IFES, as suas aquisições também são de natureza pública, havendo um formalismo maior em função da previsão legal em torno do processo licitatório. De acordo com Braünert (2002, p. 8), trata-se de um procedimento administrativo formal “pautado em regras e critérios estabelecidos pela Administração em instrumento próprio, com o objetivo de selecionar, entre várias propostas apresentadas, a mais vantajosa e definir conveniência da contratação” Dentre as modalidades de contratação pública desenvolvidas numa BU, podemos citar: o pregão eletrônico; a dispenda por compra direta e por cotação eletrônica; adesão a atas de registro de preço de outros órgãos públicos e o processo 69 de inexigibilidade. Outro ponto que merece destaque é a exigência de tombamento de todos os exemplares de livros de uma BU adquiridos através de compra. O livro é considerado um bem permanente e a função do tombo é tornar o exemplar único, diferenciando-o dos outros exemplares idênticos, além de contribuir para o controle do acervo. O tombamento consiste em dar um número exclusivo a cada obra, que não poderá ser usado para outra, mesmo nos casos de retirada definitiva da obra da coleção, visando garantir um maior controle sobre os bens públicos. As atividades relativas à aquisição por compra são bastante complexas, requerendo um trabalho minucioso por parte do bibliotecário no sentido de tentar adequar o material às necessidades da comunidade acadêmica envolvida. Miranda et al (2017, p. 22), citando Andrade e Vergueiro (1996, p.6), expõem um argumento contundente nesse sentido: À aquisição caberá o trabalho minucioso User Realce 12 de identificação, localização dos itens e sua posterior obtenção para o acervo, qualquer que seja a maneira de tornar isto possível. E não é uma tarefa assim tão automática, pois, infelizmente para os profissionais, os títulos selecionados não se encontram acenando para eles ao dobrar da esquina, a gritar ‘olha eu aqui, olha eu aqui’ e quase implorando para serem adquiridos. Muitas vezes, realizar um trabalho de aquisição assemelha-se a procurar uma agulha em palheiro, tantas são as possibilidadese dificuldades existentes. FIGURA 2- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES Fonte: FEBAB (2022) É uma atividade que exige perseverança e atenção a detalhes, de maneira a evitar um descompasso entre o que foi escolhido em primeiro plano para aquisição e aquilo que chega às mãos do usuário. Nessa perspectiva, além de todas as dificuldades inerentes ao processo de compra de acervo, o processo de desenvolvimento das coleções ainda precisa se desenvolver em conformidade com o crescimento do mercado editorial, com as mudanças legislativas internas e externas (seja no processo de licitação ou relativo aos padrões de qualidade estabelecidos pelo MEC), com a evolução dos meios de registro da informação e de tecnologias capazes de armazenar conhecimento para toda uma geração. O fato é que a biblioteca é um órgão complexo, com gestão própria, num contexto regulamentar escasso, com 13 demandas e atividades que envolvem muito mais que a mera guarda e o empréstimo de livros. Nesse contexto, a adoção de princípios de gestão no contexto das BUS pode estimular e orientar ações voltadas ao planejamento, sua organização e definição de padrões de desempenho, ante a escassez de Políticas Públicas e de diretrizes por parte das próprias IES que as integram. Na busca por uma ferramenta de gestão e de metodologias que sejam capazes de auxiliar na compreensão dos processos existentes e das atividades desempenhadas, visando à identificação e eliminação de possíveis deficiências, o registro e a padronização dos serviços desenvolvidos por uma BU; a técnica de Mapeamento e Modelagem de Processos apresentou-se capaz de ser adaptada ao ambiente de uma biblioteca ou até mesmo ao conjunto de BUS. A aquisição de materiais por doação é uma forma de aquisição onde a pessoa, física ou jurídica, por livre iniciativa (Doação espontânea) ou por solicitação da biblioteca doa, o material para compor o acervo da mesma. O depósito legal também se caracteriza como doação e se dá quando os mestres e doutores doam exemplares de suas dissertações ou teses à biblioteca central da universidade a qual está ligada o curso. A modalidade de aquisição por permuta é realizada quando instituições tem interesse no intercâmbio de publicações para atender seus interesses. A forma de aquisição por compra, objeto dessa pesquisa, representa a forma de aquisição mais utilizada para compor os acervos das bibliotecas universitárias, principalmente para que ela possa disponibilizar os materiais que compõem as listagens das bibliografias básica e complementar dos cursos, exigência do Ministério da Educação para todas as IES, até lá! 14 REFERÊNCIAS BRAÜNERT, Rolf Dieter Oskar F. A prática da Licitação. Curitiba: [s.n]. 2002 GUEDES, Aureliano da S. Censura: Seus diferentes aspectos e a função do bibliotecário. In: Revista do centro sócio econômico. v.2, n. 1, p.67 – 86, 1995. MATTOS, Ana Maria; DIAS, Eduardo José Wense. Desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias: uma abordagem quantitativa. Perspectiva em 15 Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 14, n. 3, set./dez. 2009. Disponível em: . Acesso em: 30 maio. 2011 MIRANDA, Ana Cláudia Carvalho de. Desenvolvimento de Coleções em Bibliotecas Universitárias. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, jan./jun. 2007. Disponível em: . Acesso em: 08 nov.. 2022 UNIDADE 4 – TÓPICOS ESPECIAIS Olá Estudante, vamos à nossa Unidade 4. Nesta Unidade estudaremos: Desbastamento, remanejamento e descarte; Avaliação de Coleções; Conservação e preservação e Direitos Autorais. São conteúdos essenciais para o dia a dia da biblioteconomia. 1 DESBASTAMENTO, REMANEJAMENTO E DESCARTE O desbastamento, nas palavras de Vergueiro (1989, p. 74), aproxima as coleções das árvores, onde ele afirma que “ambas, para atingirem sua plenitude do desenvolvimento, necessitam ser constantemente desbastadas”. Entende-se por desbastamento o conjunto de ações inerentes às retiradas (remanejamento) das obras de uma coleção. Vergueiro (1989, p. 74) ainda apresenta o desbastamento como um “deslocamento [da coleção] para locais de menor acesso, onde os materiais serão acomodados mais compactamente a fim de que, embora conservados fisicamente, ocupem o menor espaço possível” Conforme Weitzel (2018, p. 143) os principais fatores que justificam o desbastamento são 4 “a) espaço físico; b) mudanças no campo de interesse; c) material obsoleto; d) condições físicas.” Assim, o desbastamento é um processo fundamental para que sejam feitos ajustes nas coleções de forma que o acervo não fique parado no tempo. Ainda conforme Weitzel (2018, p. 144), o desbastamento propriamente dito desencadeia três subprocessos distintos para ser efetivado: a) o remanejamento dos itens da coleção corrente para locais menos acessíveis (um depósito, por exemplo). Em coleções impressas, há custos indiretos envolvidos. Por exemplo, para cada item remanejado, User Realce será necessário informar onde o item está armazenado no catálogo público, a fim de orientar o usuário. Outro custo que deve ser considerado é a manutenção de um espaço como depósito, especialmente para coleções impressas. Será necessário prever como será o acesso do público (livre ou restrito), ainda mais se o depósito não estiver na sede da biblioteca. Nesse caso, o bibliotecário terá que estabelecer todos os procedimentos e normas para acesso ao depósito; b) o descarte do item, isto é, a retirada do item definitivamente do acervo. O descarte também envolve custos indiretos de processamento. É preciso informar o motivo do descarte no livro de tombo (ou equivalente), além de retirar as informações bibliográficas do item no catálogo público; c) preservação: o item pode ser retirado da coleção corrente para fins de preservação e depois retornar ao acervo ou formar coleções especiais. Veja abaixo uma figura que resumo os 3 subprocessos do desbastamento: p Figura 1: Os 3 processos do desbastamento Fonte: Weitzel (2018, p. 144) Desbastar nem sempre é uma decisão fácil e muitas vezes são criados motivos simplesmente para não desbastar. Figueiredo (1993 apud Weitzel, 2018) apresenta as razões mais frequentes que os bibliotecários usam para justificar a razão pela qual não realizam o desbastamento: falta de tempo, querem realizar mas adiam sempre, medo de cometer erros, relutância em se desfazer dos itens. Conforme Weitzel (2018, p . 145), as barreiras mais comuns que o bibliotecário enfrenta são: a) psicológica: bibliotecários são treinados mais para conservar os itens que para se desfazer deles!; b) política: construir consenso sobre o que deve ser desbastado; c) tempo: desbastamento é uma tarefa trabalhosa e requer grande investimento de tempo; d) legal: pode haver impedimento para descarte de itens em função de alguma limitação legal (bem permanente no serviço público, obra de coleções especiais, etc.); e) status: o desbastamento afeta o tamanho do acervo e algumas instituições consideram o tamanho um critério de qualidade, apesar de ser discutível. Maciel e Mendonça (2006 apud ACHILLES, 2014) apresentam algumas tomadas de decisão inerentes ao processo de desbastamento: · Indicação de uma comissão que se responsabilize pela aprovação dos documentos indicados para serem colocados em depósitos ou descartadas. Tal comissão deve ser a mesma encarregada da seleção de documentos; · Definição do tempo máximo que uma publicação não utilizada deve permanecer na coleção corrente, naturalmente observando-se as características de cada área; · Indicação de um prazo médio para desatualização e desativação de determinados tipos de materiais, como livros-didáticos, livros-texto, catálogos, folhetos, publicações periódicas, obras de referenciaetc. · A necessidade de se manter nas estantes de uso frequente um (ou nenhum) exemplar de alguma publicação transferida; · Definição sobre a não pertinência de determinado documento ou coleção do acervo da biblioteca · Determinação de um prazo médio para a permanência dos documentos localizados nos depósitos; · Definição de normas e procedimentos para a utilização dos documentos armazenados nos depósitos (regulamento do setor). Quanto ao descarte, Weitzel (2018, p. 157) indica aspectos administrativos para lidar com descarte. O descarte de itens significa que será necessário dar baixa no patrimônio da instituição. Dessa forma, é recomendável que a política contemple os procedimentos administrativos inerentes ao processo. Geralmente os procedimentos são: a) sinalização do descarte no catálogo OPAC: será preciso definir se os dados bibliográficos do exemplar serão excluídos do sistema ou se serão mantidos para fins administrativos. É preciso definir também se o público terá acesso a esse tipo de informação no catálogo OPAC, uma vez que poderá gerar demandas para itens descartados; b) incluir a informação sobre o motivo do descarte: para fins de controle do patrimônio é preciso informar a razão do descarte. O instrumento tradicional que inventaria o acervo é o livro ou o catálogo de tombo. Na atualidade, esse tipo de instrumento está incluído no sistema bibliográfico da biblioteca em meio eletrônico – o que não dispensa a necessidade de informar o motivo do descarte; c) preparo do material para o descarte: é preciso definir se as marcas de propriedade serão retiradas ou anuladas e como isso será feito. Ou se será incluída outra marca para sinalizar a baixa. Do ponto do vista da preservação, especialmente do material impresso, é recomendável seguir as boas práticas recomendadas pela Conservação preventiva em bibliotecas e arquivos (1997); d) destino do material descartado: é prática entre os bibliotecários dar um destino ao material descartado. Para Evans (2000), esses procedimentos muitas vezes oneram os processos, pois é preciso investir tempo e espaço para organizar esse material e encontrar pessoas ou instituições interessadas. Também será necessário definir quem arcará com os custos de envio do material para outras cidades, estados e até países. É certo que muitas vezes precisaremos separar o material que ainda tem valor para permitir a venda ou a permuta daqueles que já não apresentam tanto valor assim. Desse grupo pode, ainda separar o que pode ser doado daquele grupo de itens que não apresentam mais qualquer relevância nem para venda, permuta ou doação. Para esses casos, é possível encaminhar o material para a reciclagem. Larson (2012, p. 83 apud Weitzel, 2018) apresenta cinco formas para dispor dos materiais descartados (Figura 2): Figura 2 - Cinco formas de dispor de materiais descartados Fonte: Larson (2012, p. 83, apud Weitzel, 2018, p. 158) A Administração Pública Federal, possui uma forma definida em Lei para o descarte, ele é regido pelo Decreto n.º 99.658 de 30 de outubro de 1990, que regulamenta “o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material” (BRASIL, 1990). De acordo com a legislação citada, o material a ser descartado: Considerado genericamente inservível, para a repartição, órgão ou entidade que detém sua posse ou propriedade, deve ser classificado como: a) ocioso – quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado; b) recuperável – quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a cinqüenta por cento de seu valor de mercado; c) antieconômico – quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; d) irrecuperável – quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação. Art. 4º O material classificado como ocioso ou recuperável será cedido a outros órgãos que dele necessitem. 1º A cessão será efetivada mediante Termo de Cessão, do qual constarão a indicação de transferência de carga patrimonial, da unidade cedente para a cessionária, e o valor de aquisição ou custo de produção. 2º Quando envolver entidade autárquica, fundacional ou integrante dos Poderes Legislativo e Judiciário, a operação só poderá efetivar-se mediante doação. (BRASIL, 1990). 2 AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES Lancaster (1996, apud Weitzel, 2018, p. 165) define a avaliação como um componente essencial da administração, cujos resultados auxiliam o administrador em várias ações, que vão desde a alocação de recursos de modo mais eficiente à solução de problemas ou tomada de decisões e até mesmo a escolha das melhores estratégias alternativas para se obter o resultado almejado. No caso das bibliotecas, Lancaster recomenda que toda e qualquer avaliação considere o papel da biblioteca como interface entre os recursos de informação disponíveis no mundo e a comunidade a ser servida. Abaixo apresentamos os principais itens que precisam ser levados em consideração na avaliação de coleções: Figura 3 – Principais itens a serem considerados na avaliação de coleções Fonte: Adaptado de Lancaster (1996 apud Weitzel, 2018, p. 166). A ALA (American Library Association) (1989) apresenta uma categorização que valoriza as metodologias centradas nas coleções ou centradas no uso. O guia da ALA detalha os principais métodos de cada categoria, conforme podemos observar no quadro 1 abaixo: Quadro 1: Métodos de avaliação de coleções da ALA Fonte: Adaptado de Evans (2000 apud Weitzel, 2018). De acordo com a ALA (1989 apud Weitzel, 2018, p. 169) a abordagem centrada nas coleções compreende quatro técnicas que serão detalhadas a seguir: a) verificação de listas, bibliografias e catálogos: este método é um dos mais fáceis e rápidos para ser executado e pode ser adotado para diferentes propostas de avaliação. Também é bastante utilizado em combinação com outras técnicas para garantir maior qualidade no resultado [...]. b) Opinião de especialistas: considerado um método impressionista, pois refere-se à impressão de especialistas, normalmente esse tipo de avaliação envolve revisão de todas as coleções da biblioteca por meio de uma lista, de preferência o catálogo topográfico, ou do exame direto nas prateleiras [...]. c) Estatísticas de uso comparativo: Evans (2000) descreve uma forma de fazer comparações estatísticas entre instituições diferentes – mas congêneres – e, dessa forma, identificar lacunas dos títulos que deveriam ser colecionados e não estão no acervo ou de conhecer quais títulos que nenhuma outra biblioteca possui. Para viabilizar esse método, há ferramentas específicas para permitir a comparação de coleções de bibliotecas distintas em termos de número de exemplares em determinadas classes da tabela de classificação adotada pela biblioteca [...]. d) Padrões de coleções: de acordo com Evans (2000), a literatura apresenta padrões para todos os tipos de bibliotecas, os quais cobrem vários aspectos relativos às bibliotecas, incluindo as coleções, sejam impressas ou de outra natureza, tais como eletrônico ou iconográfico, por exemplo [...]. 3 CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO Inicialmente vamos conhecer os conceitos de preservação e conservação, que conforme Cassares (2000, p.12 apud BARBOSA, 2015): “Preservação: é um conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, Política e operacional que contribuem direta ou indiretamente para a preservação da integridade dos materiais”. “Conservação: é um conjunto de ações estabilizadoras que visam desacelerar o processo de degradação de documentos ou objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos específicos (higienização, reparos e acondicionamento)”. Conforme Barbosa (2015) preservar diz respeito ao empregode políticas que visam cuidar do acervo de uma biblioteca através de atividades que orientem no cuidado com este. Já a conservação implica em técnicas e práticas específicas relativas à proteção de materiais de diferentes formatos (papel, tecido, couro,) contra danos, deterioração e decomposição. Já por restauração compreendam-se as intervenções técnicas sobre os componentes materiais de um documento já deteriorado, estas por sua vez são praticadas por especialistas. A preservação e a conservação são técnicas de muita importância para as bibliotecas, porque além dos benefícios que a mesma pode proporcionar para o bem dos livros e do acervo em geral, a necessidade dessas técnicas contribui, para assim poder estar disponível para consulta e manuseio para as gerações futuras (BARBOSA, 2015). Conforme Barbosa (2015) é notório enfocar a preservação e a conservação são importantes para preservar as obras, permitindo sua durabilidade e garantindo que possam servir para as futuras gerações, propiciando e prolongando a vida útil do acervo. A conservação preventiva atua na prevenção de agentes causadores de deterioração do acervo, com o objetivo de evitar danos irreversíveis aos documentos. Ela vai atuar principalmente no ambiente e nas condições de guarda das coleções [...]. A Conservação Preventiva tem a finalidade de preservar, resguardar e difundir a memória coletiva, e sua meta principal da é o estudo e o controle das principais fontes de degradação do papel. Todas aquelas medidas e ações que tenham como objetivo evitar e minimizar futuras deteriorações ou perdas (BARBOSA, 2015, p. 24). Cassares (2000, p. 16 apud BARBOSA, p. 25) apresentam algumas medidas que podem ser tomadas para proteção dos dados: • As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida também ajuda no controle de temperatura, minimizando a geração de calor durante o dia. • Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida limitado). • Cuidados especiais devem ser considerados em exposição de curto, médio e longo tempo: ♦ não expor um objeto valioso por muito tempo; ♦ manter o nível de luz o mais baixo possível; ♦ não colocar lâmpadas dentro de vitrines; ♦ proteger objetos com filtros especiais; ♦ certificar-se de que as vitrines sejam feitas de materiais que não danifiquem os documentos. Um dos principais cuidados para conservação de documentos consiste em sua limpeza. A higienização deve ser um hábito rotineiro, pois é considerada conservação preventiva. Além de remover a poeira, sempre que for possível, retiram-se objetos danosos aos documentos, tais como prendedores metálicos, grampos, clipes, etc (BARBOSA, 2015). Ao tratarmos de preservação e conservação preventiva de acervos é importante destacar a importância de estarmos atentos à evolução das técnicas e métodos. Muitos destes métodos são constantemente atualizados, podendo até mesmo ser substituídos por outros, de acordo com a necessidade ou com as inovações da área de materiais, que estão em constantes pesquisas em centros especializados no assunto. Para o profissional de biblioteconomia, é muito importante estar atento à evolução dos métodos (BARBOSA, 2015). Diante da importância da preservação e conservação, a criação de políticas para essas ações são necessárias. “As políticas ou diretrizes são planos gerais de ação, guias genéricos que definem linhas mestras, orientam a tomada de decisão e dão estabilidade à organização” Almeida (2000, p.06, apud BARBOSA, 2015, p. 30). Os principais elementos de uma política de preservação a serem visto pelo gestor conforme Merril-Oldham (2001, p.91, apud BARBOSA 2015, P. 30) compreende: a) Administração de preservação (planejamento, criação de políticas); b) Monitoramento de condições ambientais em prédios de bibliotecas, com o objetivo de assegurar que elas promovam a longevidade das coleções; c) Tratamento para conservação de coleções gerais e especiais, tanto internamente quanto pela contratação de serviços comerciais. Os tratamentos variam de pequenos reparos e encadernação de panfletos à reencadernação para conservação e desacidificação comercial em massa; d) Contratação de serviços de encadernação comercial para bibliotecas; e) Reprodução de materiais da biblioteca por vários meios (microfilmagem, fotocópia, digitalização) para substituí-los ou para melhorar o acesso e proteger os originais do excesso de uso; f) Prevenção e preparação para emergências que afetem coleções; g) Treinamento de equipe e de usuários para manusearem os materiais de forma que aumentem a vida das coleções da biblioteca. 4 DIREITOS AUTORAIS Para tratarmos de Direitos Autorais em bibliotecas, selecionamos e apresentamos abaixo o texto de Cristian Brayner, publicado em 20 de agosto de 2020 e disponível em: onde ele faz uma análise sobre a situação atual, vislumbra o futuro e apresenta uma crítica a respeito do dia a dia e da Corda Bamba na qual se encontra o bibliotecário no seu dia a dia. Abaixo, transcrevemos o texto intitulado “Como os Direitos Autorais afetam as bibliotecas” na íntegra: O direito autoral é assunto antigo e indissociável da biblioteca. Afinal, antes mesmo das questões de autoria se tornarem matérias de interesse no https://biblioo.info/como-os-direitos-autorais-afetam-as-bibliotecas/ https://biblioo.info/como-os-direitos-autorais-afetam-as-bibliotecas/ campo jurídico, os bibliotecários já se debruçavam sobre esse objeto. É muito fácil comprovar nossa precedência e expertise nesta seara. Primeiro, muito antes de 1710, ano que passou a vigorar o Copyright Act, considerado, por isso, a data de nascimento do direito autoral, os bibliotecários já dominavam um arsenal de ferramentas destinadas a garantir legitimidade às fontes de informação, e um objeto semiótico extremamente complexo intitulado “catálogo”. Segundo, porque toda biblioteca nasce da coleta de um conjunto de fontes escritas por terceiros e do desejo de compartilhar esses registros. À medida que fomos criando inúmeros mecanismos de produção, cópia e acesso eletrônico de documentos, bem como estratégias de migração de suportes de informação, os direitos autorais, agora tratados no plural, incidiram ainda mais intensamente em nossas instituições. Pensemos no balcão de referência e seus dilemas diários: posso reproduzir para a minha biblioteca o romance Ponciá Vicêncio, da Conceição Evaristo, em formato braile, sem a autorização prévia da autora? Incorro em violação aos direitos autorais se fizer uso de uma música durante a mediação de leitura numa biblioteca escolar? Há problema em encenar uma peça teatral infantil gratuita na biblioteca comunitária se o autor da mesma não permitir? E a reprografia de textos monográficos e artigos, está liberada? Respostas precisas exigem o desenvolvimento da competência em informação na área de direitos autorais, em particular o conhecimento das vedações e das permissões. No Brasil, o direito autoral, ramo do Direito que trata do uso de bens intelectuais, envolve dois direitos: os direitos patrimoniais, que autorizam seu titular a explorá-la economicamente; e os direitos morais, que incluem três direitos ao autor: ser sempre referido como o criador da obra, manter uma obra inédita ou retirá-la de circulação, e modificar sua obra ou vetar qualquer modificação a ela. Ambos são regulamentados pela Lei nº 9.610/1998 – alterada pela Lei nº 12.853/2013 –, inspirada na Convention de Berne pour la protection des oeuvres littéraires et artistiques, assinada em 1886. Além da Lei e da Convenção citadas, merecem ser destacadas, ainda, três outras normas internacionais: a Convenção Interamericanasobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas, de 1946, que trata da proteção das tipologias de obras entre os países de nosso continente; a Convenção Universal sobre o Direito de Autor, publicada 1952, que estabelece a tutela de obras publicadas e não publicadas em um país, segundo a legislação do país na qual esteja sendo utilizada; e a Convenção de Roma, de 1961, que garante direitos a outros participantes, além do autor, que contribuíram para a concepção de uma obra, independentemente de sua natureza. Quanto às obras digitais, que estão alcançando protagonismo, merecem ser destacadas duas legislações: o Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights, de 1994, que abarca a proteção para programas de computador e compilações de dados, e a WCT Copyright Treaty, de 1996, que equaliza as legislações vigentes ao universo digital. O conhecimento dessa legislação nos ajuda a estabelecer uma relação apropriada com nossos usuários, editores, fornecedores e empregadores, evitando problemas na esferas ética e judicial. Irei me restringir a algumas questões envolvendo a já citada Lei nº 9610/1998, que regula os direitos autorais no Brasil. Embora seja extensa, totalizando 115 artigos, ela sequer menciona a figura da biblioteca. Portanto, num primeiro momento, não há qualquer excepcionalidade benéfica para as bibliotecas quanto às restrições envolvendo direitos autorais. Nesse sentido, há uma série de limitações que alcança as bibliotecas, particularmente na oferta de determinados serviços, como a reprografia de obras em formato analógico de suas coleções, ou o empréstimo de e-books. A leitura atenta da Lei nº 9610/1998 me parece ser a melhor introdução ao tema para quem atue em bibliotecas. Vamos observar, de antemão, que a Lei em questão legitima uma prática tradicional entre os bibliotecários, a saber, a citação direta e indireta; assim, trata-se de uma questão legal, e não meramente acadêmica, referenciar a fonte consultada (art. 46, III). Outro aspecto pouco conhecido pelos bibliotecários é a possibilidade de se executar uma música ou encenar uma peça teatral nas dependências de uma biblioteca escolar para fins didáticos, desprovida de pretensão comercial, sem a necessidade de autorização prévia do autor ou de quem usufrua os direitos autorais (art. 46, VI). Contudo, me parece que a reprodução de obras bibliográficas é, ainda, um dos temas mais polêmicos. Pode a biblioteca reproduzir um capítulo de livro por meio de máquina reprográfica? No Japão, isso só é possível com a autorização do autor. No Brasil, a Lei estabelece não constituir ofensa aos direitos autorais “a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro” (art. 48, II). Portanto, a reprografia de obras bibliográficas é possível, desde que atenda a dois quesitos: não tenha o lucro como finalidade, e se restrinja a “pequenos trechos”. O termo “pequenos trechos” é desgraçadamente vago, trazendo enorme dor de cabeça. De todo modo, não há dúvida de que a reprodução integral de obras intelectuais sem a respectiva autorização do autor, ainda que com pretensões pedagógicas, fere os direitos autorais. Portanto, não há que se falar em blindagem das bibliotecas quanto à proibição de se reproduzir na íntegra obras de seu acervo. O fato é que no dia-a-dia, o bibliotecário brasileiro se equilibra numa corda bamba: de um lado ele se nutre do texto constitucional, que garante a todos os brasileiros o direito de acesso à informação (art. 5º, inciso XIV), o direito à educação (art. 6º e 205) e o direito à cultura (art. 215), e de outro, se depara com os direitos autorais, assegurados pela Lei nº 9.610/98. A colisão normativa, nesse caso, é explícita. O que podemos fazer diante do impasse? Em primeiro lugar, devemos garantir o direito dos usuários à informação a partir dos dispositivos legais da Lei supracitada. Sim, a Lei é permissiva em alguns pontos. Por exemplo, ela admite a reprodução de itens bibliográficos em formato adequado para deficientes visuais, sem pretensão comercial (art. 46, I, d). Esse dispositivo permite a biblioteca reproduzir em braile o romance Ponciá Vicêncio, da Conceição Evaristo. Além disso, a reprodução reprográfica ou em outro meio de “pequenos trechos” de obras bibliográficas para uso individual, sem fins de lucro nos leva a adotar o bom senso até que o Congresso Nacional ou mesmo o Poder Executivo regulamente tal lei, estabelecendo de forma inequívoca o que vem a ser “pequenos trechos”. Em segundo lugar, precisamos avançar na discussão em prol de uma nova proposição legislativa que contemple a biblioteca em suas particularidades, sobremaneira as que envolvam o universo digital. Sugiro algumas: Que a permissão de “representação teatral e a execução musical […] para fins exclusivamente didáticos” não se restrinja ao espaço da biblioteca escolar ou de outros espaços da escola, mas contemple toda e qualquer biblioteca, inclusive a comunitária; Que se estabeleça o limite da reprodução reprográfica de obras de seu acervo; Que se preveja a reprodução de obras raras e de fora de circulação, independentemente do formato; Que se determine o fornecimento de cópia reprográfica de obras esgotadas ou artigos de revistas científicas em formato impresso; Que se discuta, com urgência, no âmbito do Congresso Nacional a criação de novos direitos para as bibliotecas em prol da coletividade, como o uso de obras órfãs e materiais protegidos por direitos conexos e a importação paralela. Enquanto não avançamos no universo normativo, podemos valorar os chamados Recursos Educacionais Abertos (REA), termo cunhado pela UNESCO e que abarca um conjunto de materiais voltados para o ensino, pesquisa e aprendizagem, em suporte digital ou outros, estando sob domínio público ou podendo, ainda, serem divulgados sob licença aberta. O primeiro passo, nesse sentido, é conhecer as licenças Creative Commons, que permitem aos detentores de copyright, ou seja, autores de conteúdos ou detentores de direitos sobre estes, abdicar dos seus direitos de criação em favor do público. O caminho é, portanto, geminado: de um lado, envolve adotar estratégias gerenciais que fomentem o desenvolvimento de instrumentos e ferramentas de licença aberta; de outro, atualizar a legislação federal. Bem no fundo, esses dois conjuntos de medidas envolvem fortalecer uma medida uma verdade incontestável: a biblioteca é o equipamento cultural de maior capilaridade no país. Desse fato nasce as mudanças gerenciais e legislativas que permitem a biblioteca atuar sem amarras em prol de todos os brasileiros, particularmente os mais pobres. Com esse texto fechamos nossa última unidade da Disciplina Formação e desenvolvimento de coleções. Espero que tenha sido uma unidade de muito aprendizado. 5 REFERÊNCIAS ACHILLES, D. Desenvolvimento de coleções: apontamentos teóricos sobre bibliotecas especializadas. 7º Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias em novembro de 2014. São Paulo – SP. SISEB: 2014. BARBOSA, Dayse de França. Um olhar sobre a preservação e conservação do acervo da Biblioteca Pública Estadual Juarez da Gama Batista na cidade de João Pessoa – PB. UFPB, 2015. 53f. BRASIL. Decreto n.º 99.658, de 30 de outubro de 1990. Regulamenta, no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material. Brasília, DF: Presidência da República, 30 out. 1990. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99658.htm. Acesso em: 07 nov. 2022 BRAYNER, C. Como os Direitos Autorais afetam as bibliotecas? Biblioo. Edição 81. Ano 10, nº 04. Novembro 2021. WEITZEL, Simone da Rocha. Formação e desenvolvimentode coleções. Brasília, DF : CAPES : UAB ; Rio de Janeiro, RJ : Departamento de Biblioteconomia, FACC/UFRJ, 2018. 192p.fortes e fracos, deve estar em relação às necessidades do usuários, sendo que as coleções devem requerer constantes de base para o planejamento de mudanças necessárias para a biblioteca. Ranganathan (2009) afirma que a seleção é uma atividade que ocorre diariamente, e o processo de desenvolvimento de coleções deve estar alicerçado no processo de muito estudo e pesquisa dos materiais que serão selecionados, sendo existente em uma comissão pela seleção dos materiais. Uma biblioteca deve adquirir e fornecer todos os materiais à sua clientela para que a função básica do biblioteca são preenchidos a partir da vasta quantidade de literatura, que também estão aumentando dia a dia. Uma biblioteca deve adquirir todos os outros livros sobre os tópicos relacionados; uma biblioteca deve conter todos os materiais de leitura relativos ao história e cultura de um determinado país, cidade, lugar ou instituição, conforme o caso, necessidades de informação dos usuários (Gopinath e Rao, 1982). O Glossário do bibliotecário de Harrod (6ª ed. 1987) define desenvolvimento de coleção como "O processo de planejamento de um estoque programa de aquisição não apenas para atender necessidades, mas construir uma coleção coerente e confiável ao longo de um número de anos, para cumprir os objetivos dos serviços." Enciclopédia de Biblioteconomia e Ciência da Informação diz “A coleção da Biblioteca é a soma total dos materiais da Biblioteca – livros, manuscritos, folhetins, documentos governamentais, panfletos, catálogos, relatórios, gravações, rolos de microfilmes,microcartões e microfichas, cartões perfurados, fitas de computador etc. – que compõem o acervo de uma determinada biblioteca. 6 Figura 1- Políticas de Desenvolvimento de Coleções Fonte: elaborado pelo autor (2022). O significado do termo “desenvolvimento de coleção” tem sofreu mudanças consideráveis com o progresso no campo da biblioteconomia. “Política de Desenvolvimento de Coleções”, “Política de Seleção” e “Política de Aquisição” são os termos usados indistintamente pelos bibliotecários, mas eles não são, de forma alguma, sinônimos. Eles representam uma hierarquia na qual desenvolvimento de coleção sendo uma função de planejamento é colocado ao mais alto nível. A seleção é o segundo nível de decisão fazer e adquirir o terceiro nível. É processo por qual biblioteca adquire vários materiais implementando decisões de seleção e planos de desenvolvimento de coleções. Assim, as políticas de seleção e aquisição, embora independentemente diferentes formam o conteúdo da coleção planos de desenvolvimento. 1.3 Estudos Teóricos Nacionais O Desenvolvimento de Coleções tem sua origem à necessidade de identificar e selecionar materiais que estejam atrelados a necessidade de perceber e desenvolver as coleções do acervo da biblioteca, desde a Segunda Guerra mundial, 7 que a produção bibliográfica é cada vez a colaboração para limitação, pelas bibliotecas, em buscar instrumentos que pudesse resolver. Alguns teóricos trazem a discussão para o termo desenvolvimento de coleções, Vergueiro (1989), afirma que os bibliotecários tende a tomar decisão com relação às bibliotecas, sendo um momento uma transformação, estabelecendo mediador entre a informação e o usuário. Assim, o autor afirma que “ os acervos [devem estar] integrados à comunidade. As teorias sobre o desenvolvimento de coleções, continuam a ser discutidas Weitzel (2003) e Figueiredo (1994) que o estudo do desenvolvimento de coleções são inerentes a uma análise e coordenação de aspectos econômicos sociais e de outros aspectos inter-relacionados de um grupo selecionado. Maciel e Mendonça (2006) afirma que consiste na retirada de documentos poucos utilizados pelos usuários, de uma coleção de uso frequente para outros locais, sendo este obrigados para abrigar este material de consultas eventuais. Desenvolvimento de coleções é. acima de tudo, um trabalho de pÍanejamento-algumas vezes sou tentado a denominá-lo de planejamento de acervos, o que, provavelmente, é muito mais sonoro ... - e_, sendo um trabalho de planejamento, exige comprometimento com metodologias. Não é, efetivamente, algo assim tão simples como pode parecer à primeira vista VERGUEIRO (1989,p.15). Assim, os processos de desenvolvimento de coleções discutidos pelos teóricos, abordam como o processo de seleção do acervo é importante, para delinear serviços de informação e dos usuários do sistema. Miranda (2004) afirma que o processo de desenvolvimento de coleções implica em sistematizar e criar procedimentos para seleção, aquisição, avaliação e desbastamento do acervo. Sendo as coleções fatores exponenciais para evoluir harmoniosamente, com metas ou objetivos definidos. Vergueiro (1989) afirma que as bibliotecas devem pensar no desenvolvimento de coleções e que qualquer biblioteca deve ter como etapas que mais complementam a avaliação e o desbastamentos, a seleção é uma tomada de decisão que deve possuir planejamento na escolha de materiais que corresponde à necessidade da informação dos usuários da biblioteca. 8 1.4 MODELO E POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES Já há algum tempo, a imprensa popular tem apresentado a ideia de que o mundo “virtual” chegou e que instituições como bibliotecas e os formatos de impressão estão morrendo, se já não estão mortos. Algumas, talvez muitas, pessoas parecem acreditar que tudo o que é importante só pode ser encontrado em algum tipo de formato digital. Um dos primeiros exemplos dessa fé cega em recursos eletrônicos apareceu em um livro que um dos autores deste texto revisou alguns anos atrás. Asebrit Sundquist reformulou sua tese de doutorado e a publicou como Pocahontas & Co.: The Mulher índia americana fictícia na literatura do século XIX. Em um bom estudo, sua fé em recursos eletrônicos, especialmente em um data inicial, foi surpreendente. Dado o período de tempo que ela cobriu, é muito surpreendente premiar seu comitê de doutorado não levantou questões sobre sua aparente dependência excessiva de bancos de dados eletrônicos. Em várias seções de seu livro, ela fez declarações no sentido de que havia poucos estudos de pesquisa de mulheres nativas americanas do século 19 a serem encontrados. Em um ponto ela foi tão longe como declarar: “Há muito poucos estudos históricos ou antropológicos sobre mulheres índias americanas em particular. Este último ponto é importante notar, pois as bibliotecas precisam ser consideradas para tanto seu impacto potencial sobre a sociedade quanto seu uso de alguma forma de espaço. As bibliotecas fazem parte da “estrada da informação” que conecta pessoas ao mundo do conhecimento. Eles usam o conhecimento para construir e provam sua sociedade e, no processo, criam novos conhecimentos que precisam preservação. Assim, há uma necessidade cada vez maior de espaço para abrigar impressão e materiais digitais. No ambiente de hoje, falamos sobre informação e re¬fontes. Enquanto “informação” é o que as bibliotecas sempre trataram, por muitas pessoas, as bibliotecas estarão para sempre ligadas e equiparadas aos livros. Esta não é a verdadeira imagem das bibliotecas de hoje, nem, para esse assunto, esta tem sido uma representação precisa do escopo de li¬ brary coleções por muitos anos. O fato é que, ao longo do tempo, as bibliotecas adicionaram ou adaptaram muitos formatos ou tecnologias em seu papel de organizar e preservar a informação. A biblioteca era uma coleção de tabuinhas de barro. Em algum momento da história, houve provavelmente uma nova tecnologia - o 9 pergaminho - entrou em cena, na medida em que não parecia muito permanente. As coleções das bibliotecas egípcias eram rolos de papiro, enquanto as coleções das bibliotecas romanas eram rolos de velino. Quando o códice/livro apareceu, outra transição foi necessária. Durantea Idade Média, os livros manuscritos de velino eram tão caros para produzir que as coleções foram acorrentadas. Com o desenvolvimento do papel e livros e da imprensa, mas uma mudança ocorreu. Certamente, assim como o rolo provavelmente foi recebido com algum ceticismo por aqueles que usaram argila tablets para armazenar informações, é muito provável que alguma angústia sobre o barato livros de papel ocorreram em seu início. Alguns podem até ter ido tão longe como dizer que não haveria mais necessidade de bibliotecas. Afinal, neste ponto, qualquer um poderia ter seus próprios livros e bibliotecas pessoais. Figura 2- Desenvolvimento de coleções Fonte: Biblioteconomia Digital (2022) O que tudo isso tem a ver com o desenvolvimento da coleção? Tudo,nós acreditamos. Mesmo que o “admirável mundo novo” da informação eletrônica venha 10 para passar, ainda haverá a necessidade de recursos mantidos localmente, se por nenhuma outra razão além do controle de custos. É crucial entender que a disponibilidade capacidade de informação em formato eletrônico não reduz custos, mas sim os desloca. Protegendo informações de dados mantidos localmente bases, para fontes de alto uso, provavelmente permanecerão mais baratas do que pagar pela informação mais os encargos de telecomunicações para aceder a um banco de dados remoto conforme a necessidade. Saber quem está usando o quê, para quais propósitos e com que frequência, além de saber quais fontes existem que pode fornecer as informações da maneira mais econômica, é a chave do trabalho de desenvolvimento de coleção presente e previsível. Pouco importa qual é o formato. O que importa a longo prazo é a capacidade do usuário final tenha acesso aos recursos apropriados para ler e ponderar. Admitidamente, quando os bibliotecários pensam em recursos online, eles estão pensando criação de bases de dados de assinatura eletrônicas “acadêmicas” (baseadas em taxas), enquanto o público em geral pensa em termos de Internet. Os bibliotecários fazem uma distinção - Há fase de identificação, durante a qual a organização segrega a partir de informações inadequadas. Na maioria dos casos, há mais informações apropriadas disponíveis do que a organização pode manipular. Desta forma,há a necessidade de selecionar as informações mais apropriadas ou importantes para adquirir. Após a aquisição, a organização organiza as informações em alguma maneira. Após a conclusão da ação de organização vem o preparação da informação para armazenamento, que deve garantir a informação é facilmente recuperável. Os usuários geralmente precisam de ajuda para descrever suas necessidades de uma maneira que leve a localizar e recuperar as informações desejadas. informação (interpretação). Finalmente, os usuários utilizam as informações seguras para auxiliá-los em suas atividades/trabalho (utilização) e divulgar da obra para o ambiente interno ou externo ou ambos. Se o processo de transferência deve funcionar corretamente, deve haver procedimentos, políticas, e pessoas no local para realizar as etapas operacionais necessárias. Como sempre,deve haver coordenação e dinheiro para as operações fazerem o que foram criados para fazer; este é o aspecto administrativo e gerencial 11 de trabalho de formação. área comum à biblioteconomia e à gestão de recursos de informação. Como nas edições anteriores, definimos o desenvolvimento de coleção como “o processo de identificar os pontos fortes e fracos da coleção de materiais de uma biblioteca em termos de necessidades de patrono e recursos da comunidade, e tentando corrigir as fraquezas existentes, se houver.” Com apenas pequenas modificações, este definição pode aplicar-se tanto a bibliotecas como a centros de informação em qualquer organização coletando materiais em qualquer formato. Assim, a coleção desenvolvimento é o processo de atender às necessidades de informação das pessoas (um serviço vice-população) de maneira oportuna e econômica, usando informações e recursos devidos localmente, bem como de outras organizações. Esta nova definição A ideia é mais ampla em escopo e enfatiza a reflexão (oportuna e econômico) na construção de acervos e na busca de recursos internos e externos recursos de informação internos. Vale a pena notar que Ross Atkinson que as frases desenvolvimento de coleção e gestão de coleção estão sendo usados de forma intercambiável e que não há consenso sobre quais termo é mais abrangente em escopo. Por causa de nossa filosofia de desenvolvimento de coleções, que tem como foco no atendimento das necessidades de informação da comunidade que a coleção atende, começamos a discussão do desenvolvimento da coleção com a avaliação das necessidades elemento (análise da comunidade). Os termos avaliação de necessidades, comunicação , ou comunidade de usuários, conforme usado ao longo deste livro, significa a grupo de pessoas que a biblioteca existe para servir. Não se referem apenas a os usuários ativos, mas incluem todos dentro da biblioteca ou informações limites de serviço definidos do centro. Assim, uma comunidade pode ser um por unidade política (ou seja, uma nação, região, estado, província, município, cidade ou vila). Um uso para os dados coletados em uma avaliação de necessidades é como parte do preparação para a política de desenvolvimento de coleção. 12 Políticas claramente delineadas sobre tanto o desenvolvimento quanto a seleção da coleção fornecem equipe de desenvolvimento de leitura com diretrizes para a escolha de itens para inclusão na coleção. (Observe que as políticas de cobrança cobrem uma gama mais ampla de tópicos do que apenas políticas de seleção. Por exemplo, as políticas de seleção normalmente fornecem apenas informações úteis para decidir quais itens comprar, enquanto políticas de proteção cobrem esse tópico, além de questões relacionadas como presentes, capina e cooperação.) Os Materiais de Acesso são coletados para que possam ser usados por qualquer pesquisador, independentemente de sua formação, pesquisa interesse, nível educacional ou objetivo de pesquisa. As Coleções Especiais apoiam a livre troca de ideias e informação promovendo o mais amplo acesso aos nossos materiais. 2. Documentação Cultivando evidências convincentes requer experiência em conteúdo e contexto. Comissários avaliar potenciais aquisições para determinar quais materiais fornecem evidências significativas de ideias, comunidades, valores e experiências. Seleção de comissários materiais para que as comunidades se vejam o passado, envolvendo-se com evidências encontradas em arquivos e livros raros. \ Coleções especiais promovem responsabilidade; documentos de prova material, reflete, e desafia suposições sobre o conhecimento passado e experiência. 3. Coleta de Inclusão requer o envolvimento em multi-vozes,perspectiva inclusiva, ampliando redes conhecidas e sendo deliberado na expansão das vozes representadas em acervos de Coleções Especiais. 4. Contextualmente os pesquisadores se beneficiam do acesso a coleções de livros raros e arquivos que constituem densas redes de ideias conectadas, atividades, atores e trabalho. As Coleções Especiais acreditam que esses contextos aumentam o valor de pesquisa desses materiais,que é uma consideração importante nas aquisições decisões. 5. Confiabilidade O valor probatório dos arquivos e raros livros requer uma compreensão transparente e compartilhada de como e por que eles foram criados, selecionados e mantido. Fontes de materiais (incluindo doadores e livreiros) deve ser responsável por documentar e divulgar a proveniência dos materiais e quaisquer eventos que podem complicar sua autenticidade. 13 6. Responsabilidade A administração responsável requer total consideração do ecossistema de materiais já em nosso cuidado para garantir que as Coleções Especiais mantenhama capacidade de recursos para coletar e administrar materiais indefinidamente. 7. Preservação O acesso aos materiais ao longo de gerações é só é possível através da administração cuidadosa de conteúdo físico e digital. As Coleções Especiais serão envidar esforços razoáveis para assegurar a preservação de materiais mantidos por Coleções Especiais no futuro. 8. Para permitir que as Coleções Especiais façam uma decisão, doadores e vendedores fornecem informações sobre o alcance e a profundidade de seus materiais. Isso pode levar muitas formas, incluindo um inventário de propostas materiais ou uma pesquisa no local, conforme determinado pelo comissário de bordo. 9. Como parte desta revisão de materiais antes da transferência,informe as Coleções Especiais de quaisquer materiais que pode precisar ser temporariamente restringido da pesquisa usar, seja para proteger sua própria privacidade ou direitos legais ou os de terceiros. Em casos especiais, Especial As coleções têm mecanismos para limitar o acesso do pesquisador por período de tempo. Esta decisão é acordada e documentado na escritura de doação ou venda. 10.Antes da transferência, doadores e vendedores se estabilizarão materiais. Isso pode incluir colocar papéis soltos em pastas e arquivos de rotulagem, revisão e rotulagem gravações de som e vídeo, e verificar contaminantes ambientais. 11. As Coleções Especiais ajudarão a gerenciar de forma segura e trânsito profissional de materiais físicos e transferência de registros eletrônicos. 12.Smith College fornecerá uma carta reconhecendo a recebimento de presentes que possam ser utilizados para fins fiscais. 13.Special Collections seleciona materiais que melhor representam testemunhos de vida e obra. Como parte das atividades normais, arquivistas podem remover alguns registros que fornecem menos valor da pesquisa. Os doadores podem optar por ter estes materiais devolvidos. 14. Os materiais adquiridos serão descritos logo após transferência e esta descrição estará disponível online, por descoberta mundial. Coleções Especiais 14 promove a presença de todas as coleções, mesmo coleções que possam não ser imediatamente acessível para pesquisa. 15. Esses materiais serão usados no decorrer da pesquisa, na medida permitida por acordo legal, seja no local ou através de pedidos de duplicação. 16. As Coleções Especiais podem colocar materiais ou representações de materiais online para facilitar uso de pesquisa. 17.Contexto. Fornecendo contexto para o conteúdo da história materiais ajudam os pesquisadores a entender. Como e por quê materiais foram criados ou coletados, e o que eles significava para a pessoa ou organização que os detinha. Muitas vezes, isso é tão fácil quanto garantir que as pastas de arquivos e diretórios digitais têm rótulos que explicam o que documentos são e ao que se relacionam. Se, depois de olhar através de materiais, você percebe que eles não falam por mesmos, pode ser útil escrever um memorando que fala aos eventos, atividades e pessoas que estes arquivos representam para incluir com a doação. 18. Autenticidade Pesquisadores podem aprender tanto sobre um vida da pessoa pela forma como os registros são organizados como conteúdo dos próprios registros. Tente manter os materiais de uma forma que seja autêntica à maneira que você produziu e os usou. Coleções Especiais está menos preocupado sobre como os materiais estão organizados e muito mais preocupado que todos nós temos o contexto necessário para entenda o que eles significam para você. 19.Singularidade ou raridade do conteúdo Coleções Especiais busca coletar obras que saem de suas mãos e sua mente, ou que você pode ter coletado e grandemente influenciaram você, mas nunca foram amplamente disponíveis. Especial É menos provável que as coleções adquiram livros, recortes,artigos amplamente publicados ou outros materiais que possam ser encontrado em uma biblioteca, jornal ou banco de dados de periódicos. A maioria das bibliotecas tem algumas das informações necessárias informações disponíveis para seu pessoal de desenvolvimento de coleção, embora eles nem sempre a rotule como “política”. Algumas bibliotecas chamam isso de política de aquisições, alguns uma política de seleção, alguns uma política de desenvolvimento de coleção e outros sim fazer uma declaração. Seja qual for o rótulo local, a intenção é a mesma: definir objetivos da biblioteca para suas coleções User Sublinhado 15 e para ajudar os membros da equipe a selecionar e adquirir os materiais mais adequados. A avaliação é o último elemento no desenvolvimento da coleção o processo. Até certo ponto, a capina é uma atividade de avaliação, mas capina ing também é mais uma operação de biblioteca interna. Avaliação de uma coleção podem servir a muitos propósitos diferentes, tanto dentro como fora da biblioteca. Por exemplo, pode ajudar a aumentar o financiamento para a biblioteca Pode ajudar na biblioteca está ganhando alguma forma de reconhecimento, como alta posição. Além disso, pode ajudar a determinar a qualidade do trabalho realizado pela equipe de desenvolvimento de coleção. Para uma avaliação eficaz ocorrer, as necessidades da comunidade de serviço devem ser consideradas, o que leva de volta para análise da comunidade. Há poucas razões para definir materiais de biblioteca além de enfatizar tamanho que este volume abrange vários formatos, não apenas livros. Au¬ diferente thors escrevendo sobre coleções de bibliotecas usam vários termos relacionados: impressão, não impressos, materiais visuais, audiovisuais, AV, outras mídias e assim por diante. Lá não existe um termo único que englobe todas as formas que ganhou aceitação universal. aceitação entre os bibliotecários. Os materiais da biblioteca (ou simplesmente materiais) não são termo específico com relação ao formato que é de outra forma inclusivo.Assim, nós usá-lo ao longo deste texto. Os materiais da biblioteca podem incluir livros, periódicos cals, panfletos, relatórios, manuscritos, microformatos, filmes, vídeos fitas ou fitas de áudio, DVDs, CDs, gravações de som, realia e assim por diante. Dentro efeito, quase qualquer objeto físico que transmita informações, pensamentos ou sentimentos potencialmente podem fazer parte de uma coleção de informações. Antes de prosseguirmos, vários outros termos comumente usados também devem ser definido: gestão de coleção, gestão de recursos de informação, conhecimento gerenciamento de borda, gerenciamento de conteúdo e 16 gerenciamento de registros. O termos abrangem atividades semelhantes e diferem principalmente no contexto organizacional. A gestão de coleções é uma atividade de base ampla que engloba todas as aspectos do desenvolvimento da coleção discutidos acima, bem como outras questões relacionados à coleção, como preservação, preocupações legais. Tradicionalmente, as bibliotecas organizam suas atividades internas em serviços públicos e técnicos. Aquelas atividades em que o pessoal tem diariamente contato com a clientela são considerados serviços públicos. As atividades são frequentemente consideradas como parte dos serviços técnicos. Coleção de o trabalho de desenvolvimento preenche esta divisão tradicional. Com a automação de funções da biblioteca, os limites entre os serviços públicos e técnicos são desaparecendo. Na verdade, eles estão se tornando tão indefinidos que algumas bibliotecas estão acabando com esses rótulos. No modelo “tradicional” de coleta de desenvolvimento, a equipe da biblioteca responsável pelo desenvolvimento da coleção fornece formação para o departamento de aquisição, que por sua vez encomenda os itens do produtor ou distribuidor de materiais. Depois de receber o materiais e limpeza dos registros, o departamento de aquisição envia os itens para o departamento de catalogação para processamento. Eventualmente,o processado os itens vão para prateleiras, armários ou sites como links para bancos de dados ou como arquivos de texto completo. Não importa o formato, o resultado final é que o material. São colocados onde o público pode usá-los. Tanto o pessoal do serviço público e os indivíduos que usam as coleções fornecem informações para a definição da coleção. Equipe de desenvolvimento sobre o “valor” de itens individuais. A seleção a equipe então considera a entrada ao realizar a demarcação e avaliação Atividades. As informações geradas a partir dessas fontes podem eventualmente influenciar as políticas escritas da biblioteca para o desenvolvimento de coleções. 17 Coleções e serviços em outras bibliotecas e centros de informação utilizados pela população atendida também influenciam o desenvolvimento da coleção. Programas de desenvolvimento de coleções ativas permitem que as bibliotecas forneçam melhores serviços, uma gama mais ampla de materiais, ou ambos. Projetos de compartilhamento de recursos também podem reduzir a duplicação de materiais que resulta da sobreposição de serviço comunidades e influência do usuário no desenvolvimento da coleção. Por exemplo, um pessoa pode se envolver em pesquisas de negócios enquanto estiver na biblioteca da empresa. A pessoa pode ter aulas noturnas em uma instituição acadêmica, usando esse biblioteca para materiais relacionados a aulas e negócios. Essa mesma em indivíduo também pode contar com uma biblioteca pública local - por causa de sua conveniência ciência - fornecer informações sobre tarefas relacionadas ao trabalho, tarefas de classe e preocupações recreativas. Assim, os pedidos de uma pessoa para materiais relacionados ao trabalho poderia influenciar três tipos diferentes de bibliotecas na mesma área para coletar o mesmo material. Apesar de suas inúmeras vantagens, uma cooperação eficaz programas tivos ainda podem ser difíceis de gerenciar (veja o capítulo 15 para mais discussão deste assunto). A variedade de ambientes institucionais em que se encontra serviços de informação vícios é grande. No entanto, é possível agrupar nossa discussão em torno de quatro categorias gerais: educação, negócios, governo e pesquisa. Essas categorias compartilham algumas características básicas. Todos têm um pop de serviço específico , todos coletam e preservam os materiais em uma forma adequada para uso pelo população de serviço, e cada um organiza os materiais de uma maneira projetada para ajuda na rápida identificação e recuperação do(s) material(is) desejado(s). A definição dadas anteriormente também se aplica a todas essas categorias. Diferenças surgem por causa tanto da população de serviço específica quanto dos limites estabelecidos por o corpo diretivo da biblioteca ou centro de informação. 18 O desenvolvimento de coleções é um processo universal para todos os tipos de bibliotecas. À medida que se move de um ambiente para outro, entretanto, ênfase nos vários elementos do desenvolvimento da coleção processo se torna aparente. Por exemplo, alguma educação (escola) e governo As bibliotecas públicas (públicas) tendem a dar mais ênfase ao trabalho do pessoal da biblioteca.As atividades de leitura do que as bibliotecas de negócios e pesquisa. Também, diferenças em ênfase ocorrem dentro de um tipo de biblioteca, de modo que ocasionalmente uma comunidade educação pode se assemelhar mais a um grande público biblioteca (governo) em suas atividades de desenvolvimento de coleções do que biblioteca universitária (educação). A abordagem adotada neste livro é apresentar uma visão geral dessas atividades, observando quando necessário às diferentes entre e dentro dos tipos. Até certo ponto, os capítulos deste livro refletem essas diferenças de ênfase. Por várias razões, a análise de necessidades é muito importante em e bibliotecas escolares, bem como em centros de informação (em uma empresa), mas recebe menos ênfase em bibliotecas de faculdades e universidades. A seleção geralmente é responsabilidade dos bibliotecários, enquanto em outras tipos de clientes de centros de informação têm uma voz direta mais forte no processo de lecção. As bibliotecas públicas precisam da informação derivada de tal análise para construir uma coleção eficaz; portanto, o capítulo 2 sobre informações a avaliação de necessidades tem um viés de biblioteca pública. As bibliotecas escolares costumam empregar métodos de seleção de professores/bibliotecários que enfatizam avaliações.O tamanho da comunidade de serviço de uma biblioteca tem uma influência definitiva na desenvolvimento da leo. Três fatos do desenvolvimento de coleções são universais: ● À medida que o tamanho da comunidade de serviços aumenta, o grau de a vergência nas necessidades individuais de informação aumenta. User Sublinhado 19 ● Como o grau de divergência nas informações individuais precisa ser aumenta, a necessidade de compartilhamento de recursos aumenta. ● Nunca será possível satisfazer todas as necessidades de informação de qualquer indivíduo ou classe de clientela na comunidade de serviços. Mesmo bibliotecas especiais e centros de informação, atendendo a um número limitado de pessoas, encontram problemas em relação a essas leis. Porque não há dois filhos são idênticos, é impossível que suas necessidades materiais e interesses para coincidir inteiramente. No ambiente de biblioteca especial, os interesses dos usuários podem ser, e muitas vezes são, muito semelhantes, mas mesmo dentro de uma equipe de pesquisa trabalhadores explorando um único problema, as necessidades individuais variam. As necessidades de um pequeno grupo não são tão homogêneos como podem parecer à primeira vista. O elemento de desenvolvimento de coleção que menos varia é a coleção. política de desenvolvimento. Simplificando, à medida que a coleção cresce em tamanho, a necessidade para aumentos de declarações de políticas mais complexas e detalhadas. A seleção é o elemento que mais varia entre e dentro do tipos. Por causa dessas muitas variações, é difícil fazer muitas generalizações. No entanto, com isso em mente, a seguir estão algumas declarações sobre as variações: ● 1. As bibliotecas públicas enfatizam a seleção título por título e os bibliotecários fazer a seleção. ● 2. As bibliotecas escolares também enfatizam a seleção título por título. 20 Embora o especialista em mídia pode tomar a decisão final, um comitê composto por bibliotecários, professores, administradores e pais podem ter uma voz forte no processo. ● Bibliotecas especiais e corporativas selecionam materiais em campos de assunto para pesquisa específica e fins comerciais. Muitas vezes o cliente é o seletor primário. ● Bibliotecas acadêmicas selecionam materiais em áreas temáticas para educação propósitos de pesquisa e pesquisa, com seleção feita por vários métodos ent: apenas corpo docente, comitês conjuntos de corpo docente/biblioteca, apenas bibliotecários ou especialistas no assunto. Em pequenas bibliotecas acadêmicas, escolares e especiais, a seleção está no mãos do especialista no assunto (docente ou pesquisador), a menos que o bibliotecário também é especialista na área. De fato, as pequenas instituições de ensino muitas vezes o corpo docente para construir a coleção da biblioteca. Como orçamentos para materiais e o acervo cresce proporcionalmente, os bibliotecários tornam-se mais envolvidos nas atividades de seleção. Eventualmente, uma coleção preencherá todo o espaço disponível nas prateleiras. Algum tempo antes que isso aconteça, a biblioteca deve decidir ou reduzir a coleção tamanho (desmarcação) ou para criar espaço de armazenamento adicional. Na escola e no pública bibliotecas, isso não apresenta um grande problema; patronos muitas vezes se desgastam itens populares, liberando espaçonas prateleiras. Muitas vezes, essas bibliotecas compram vários cópias dos itens. Então, retendo apenas uma cópia após a queda da demanda, eles recuperar algum espaço de prateleira. Além disso, apenas bibliotecas públicas excepcionalmente grandes têm principais responsabilidades de arquivo; assim, capina é um pouco mais fácil. Acadêmico e bibliotecas de pesquisa raramente compram várias cópias e têm responsabilidades de arquivamento, tornando a desmarcação um processo complicado. 21 Especial bibliotecas (empresariais) realizam a desmarcação regularmente devido ao espaço limitações. Muitas vezes isso resulta em regras para capina (por exemplo, descarte todos os monografias com cinco anos). Regras desse tipo ajudam a resolver um problema: falta de pessoal tempo para desmarcação. O desenvolvimento de coleções, conforme definido aqui, é o exercício intelectual de definir quais materiais de biblioteca serão ser adquirido por uma biblioteca com referência a um bem definido missão ou programas estratégicos. Desenvolvimento de coleção geralmente se manifesta em políticas e diretrizes escritas que direcionam a própria seleção e aquisição de materiais. Consequentemente, a seleção e as aquisições são tratadas aqui como partes processuais do processo de construção da coleção total. O desenvolvimento de coleções em bibliotecas é em grande parte uma aplicação de princípios gerais de desenvolvimento de coleção e procedimentos. Um primeiro passo importante é identificar a missão ou impulsos estratégicos da instituição ou biblioteca. Preparação de políticas de desenvolvimento de coleções e avaliação de as coleções devem seguir. Acordos de cooperação relativos ao desenvolvimento e preservação da coleção são auxiliares questões “O desenvolvimento de aquisição e coleção concentra-se em temas metodológicos e tópicos relativos à aquisição de impressão e outros materiais de biblioteca analógica (por compra,troca, doação, depósito legal), e o licenciamento e compra de recursos de informação eletrônica REFERÊNCIAS VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis: APB, 1989. EVANS, G. E. Developing library and information center collection. Englewood: Libraries Unlimited, 1979. FIGUEIREDO, Nice Menezes. Desenvolvimento & avaliação de coleções. Brasília: Thesaurus, 1998. WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. Rio de Janeiro: Interciencia; Niterói: Intertexto, 2006. 22 RANGANATHAN, S. R. As cinco leis da Biblioteconomia. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros. 2009. p. 336. 1 DISCIPLINA: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES UNIDADE 2 - 1 Política de Seleção e Seleção de Materiais Olá, seja muito bem-vindo estudante! Nesta Unidade trataremos da Política de Seleção e Seleção de Materiais, abordando os temas: Seleção e a Seleção de Materiais; e estudo da comunidade. Vamos adiante! A seleção de livros é uma atividade que inicia o processo que envolve as etapas de estudo da comunidade, política de seleção; aquisição, avaliação. Desbastamento incluindo o descarte, conforme Vergueiro (2010). Sendo considerado a necessidade de selecionar livros para a coleção do acervo, títulos que atendem a necessidade, sendo que a Biblioteca não é meramente um acervo de livros, que deve possuir u estimulo a atividade cerebral do leitor, segundo Figueiredo, N (1993). Assim, antes de iniciarmos a discussão sobre a temática informação e a pesquisa científica, é importante compreender os conceitos de política de seleção de materiais. A Política de Seleção permite que uma biblioteca alcance qualidade, objetividade e consistência no processo de seleção e garante que os recursos satisfaçam as necessidades de informação dos clientes. Algumas bibliotecas têm políticas de seleção e aquisição separadas, enquanto outras colocam a política de seleção como parte da política de aquisição. A política de seleção pode incluir o seguinte: i) Core Collection: Inclui recursos que são críticos para cumprir os objetivos da entidade matriz e, portanto, recebem a mais alta prioridade. (ii) Acervo de Apoio: Inclui itens que complementam a coleção principal, fornecendo informações adicionais e agregando valor ao funcionamento da organização. (iii) Arrecadação Periférica: A seleção das coleções centrais e de apoio recebem a primeira e a segunda prioridade, respectivamente, e a coleção periférica https://www.lisedunetwork.com/principles-of-book-selection-for-library/ User Sublinhado 2 é selecionada com base na disponibilidade orçamentária. Eles consistem em serviços on-line caros que raramente são usados, publicações marginais que não fazem parte das necessidades básicas dos usuários e itens que podem ser obtidos de outras bibliotecas com empréstimos entre bibliotecas. (iv) Tipos de Recursos: A política da Biblioteca deve incluir diretrizes específicas para a seleção de diferentes tipos de recursos, como livros gerais, fontes de referência (como dicionários, enciclopédias, diretórios), periódicos, relatórios (internos e externos), serviços online, recursos eletrônicos, literatura cinzenta. (v) Formatos: Todos os formatos devem ser considerados. (vi) Fontes Online: Deve ser fornecido acesso a bases de dados online. (vii) Empréstimo entre bibliotecas e entrega de documentos. (viii) Produtos e Serviços baseados no projeto: Pode haver necessidade de aquisição de recursos de informação além do escopo dos recursos cobertos pela política de seleção estabelecida para apoiar os projetos em andamento dentro da organização-mãe. De acordo com Drury, “uma parte necessária do processo de seleção é a escolha de títulos de muitas ajudas valiosas”. A seleção dos livros é feita por meio de diversas ferramentas como catálogos, folhetos (tanto impressos quanto eletrônicos), periódicos, revistas, sites, serviços online, CD ROMs. Muitos editores lançam catálogos. Cobrindo recursos anteriores à sua publicação, revisões atuais, bibliografias nacionais, bibliografias comerciais, bibliografias temáticas, as melhores listas de livros recomendados e coleções principais. As políticas de seleção foram substituídas por políticas de seleção de materiais devido à crescente produção de materiais não impressos (que não podem ser ignorados). Com a nova ênfase em fontes de informação não tradicionais, os bibliotecários devem se contentar com outros formatos que não os livros. Estes variam de outras mídias impressas, como jornais, periódicos e panfletos ou coleções efêmeras, a formatos não impressos, como fitas, filmes e similares. O bibliotecário precisa estar ciente da multiplicidade de formas de comunicação disponíveis e também ter mais conhecimento e habilidade para poder tomar decisões inteligentes em relação à sua contribuição única para o objetivo da biblioteca de fornecer formulários de informação apropriados a seus usuários. Para que os profissionais da biblioteca façam escolhas informadas, as políticas de seleção para todos os tipos de bibliotecas – bibliotecas públicas, https://www.lisedunetwork.com/categories-library-resources-traditional-electronic-resources/ https://www.lisedunetwork.com/inter-library-loan-and-its-benefits/ 3 bibliotecas acadêmicas, bibliotecas de escolas técnicas e bibliotecas escolares (públicas e privadas) – devem incluir critérios para orientar o processo de seleção de recursos. Os critérios devem ser uma mistura de geral, específico e técnico para permitir que o pessoal da biblioteca selecione materiais em todas as áreas e formatos. Além de critérios como adequação à idade e nível do usuário, os bibliotecários também devem considerar a criação de uma coleção que reflita a diversidade de ideias e autores, além de refletir a população que a biblioteca atende. Orientação sobre Critérios de Seleção As políticasde seleção devem incluir critérios específicos para orientar os profissionais na compra de itens. Os critérios devem ser relevantes para os objetivos da biblioteca: excelência (artística, literária, visual, etc.), adequação ao nível de usuário, autoridade e perspectivas variadas sobre questões controversas, acessibilidade e capacidade de estimular maior desenvolvimento intelectual e social. Os bibliotecários devem considerar autenticidade, demanda pública, interesse geral, conteúdo e circunstâncias de uso. Para bibliotecas que atendem menores, os bibliotecários devem considerar idade, desenvolvimento social e emocional, nível intelectual, nível de interesse e nível de leitura. Critérios técnicos devem ser incluídos na política (por exemplo, clareza de som em materiais de áudio, qualidade de cinematografia em vídeo e qualidade de gráficos em jogos). Critérios de Seleção da Biblioteca Pública Ao considerar uma série de critérios na seleção, as bibliotecas públicas poderão criar um acervo que atenda à comunidade e faça o melhor uso de seus recursos. Existem alguns critérios gerais de seleção que se aplicam, mas cada organização precisará determinar a importância relativa desses critérios para sua comunidade. Geral, conteúdo específico e/ou especial para coleções particulares, essas considerações servirão como fatores orientadores na tomada de decisões sobre a melhor forma de investir recursos para maximizar o impacto do acervo da biblioteca. Exemplo: Critérios de Seleção da Biblioteca Pública 4 As bibliotecas públicas são diversas e representam um amplo grupo demográfico. Com uma base de usuários que pode incluir desde crianças até idosos, os critérios de seleção devem levar em conta os diversos interesses e necessidades dos usuários atendidos pela biblioteca. Os critérios para a seleção de materiais também devem depender dos objetivos e da missão dessa biblioteca/sistema em particular. Em geral, as bibliotecas públicas oferecem coleções contendo uma ampla variedade de formatos de materiais, incluindo impressos, audiovisuais e eletrônicos. Ao selecionar materiais e desenvolver coleções para adultos, bem como para crianças e adolescentes, a equipe da biblioteca inclui materiais que representam a ampla gama da experiência humana, refletindo a diversidade étnica, religiosa, racial e socioeconômica não apenas da região que atende mas também a perspectiva global mais ampla. As coleções contêm obras populares, obras clássicas que resistiram ao teste do tempo e outros materiais de interesse geral. As obras não são excluídas ou incluídas na coleção com base apenas no assunto ou por motivos políticos, religiosos ou ideológicos. Na construção de coleções, a equipe da biblioteca é guiada pelo princípio da seleção, e não pela censura. Além disso, a seleção de um determinado item para as coleções de uma biblioteca não deve ser interpretada como um endosso de um determinado ponto de vista. Para construir uma coleção de mérito, os materiais são avaliados de acordo com um ou mais dos seguintes padrões. Um item não precisa atender a todos esses critérios para ser aceitável. Critérios Gerais: ● Relevância atual e potencial para as necessidades da comunidade ● Adequação da forma física para uso da biblioteca ● Adequação do assunto e estilo para o público-alvo ● Custo ● Importância como documento dos tempos ● Relação com o acervo existente e com outros materiais sobre o assunto 5 ● Atenção de críticos e revisores ● Potencial apelo do usuário ● Solicitações de usuários da biblioteca ● Critérios de conteúdo: ● Autoridade ● Abrangência e profundidade do tratamento ● Habilidade, competência e propósito do autor ● Reputação e importância do autor ● Objetividade ● Consideração da obra como um todo ● Clareza ● Moeda ● Qualidade técnica ● Representação de diversos pontos de vista ● Representação de movimentos, gêneros ou tendências importantes ● Vitalidade e originalidade ● Apresentação artística e/ou experimentação ● Interesse sustentado ● Relevância e uso das informações ● Caracterização eficaz ● Autenticidade da história ou ambiente social ● Considerações Especiais para Fontes de Informação Eletrônica: ● Facilidade de uso do produto ● Disponibilidade das informações para vários usuários simultâneos ● Equipamentos necessários para fornecer acesso às informações ● Suporte técnico e treinamento ● Disponibilidade do espaço físico necessário para abrigar e armazenar as informações ou equipamentos ● Disponível em texto completo 6 ● As cinco principais fontes recomendadas de revisão de bibliotecas públicas: ● Lista de livros ● Boas leituras ● Revisão do livro do New York Times ● Editores Semanalmente ● Conhecimento de prateleira ● Recursos de revisão adicionais Critérios de Seleção da Biblioteca Escolar As bibliotecas escolares variam e incluem bibliotecas em escolas públicas, escolas charter, escolas particulares independentes, escolas com afiliações religiosas e escolas internacionais com sede em países fora dos Estados Unidos. Os critérios de seleção de materiais nessas bibliotecas dependem das metas e objetivos da instituição de ensino da qual a biblioteca faz parte; no entanto, existem critérios gerais que se encaixam na maioria, se não em todas as bibliotecas escolares. Exemplo: Critérios de Seleção da Biblioteca Escolar Critérios Gerais: ● Apoiar e enriquecer o currículo e/ou os interesses pessoais e a aprendizagem dos alunos ● Atender altos padrões de qualidade literária, artística e estética; Aspectos tecnicos; e formato físico ● Ser apropriado para a área de estudo e para a idade, desenvolvimento emocional, nível de habilidade, estilos de aprendizagem e desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos para os quais os materiais são selecionados ● Incorpore conteúdo factual preciso e autêntico de fontes autorizadas https://www.ala.org/tools/challengesupport/selectionpolicytoolkit/reviewresources 7 ● Ganhe críticas favoráveis em fontes de revisão padrão e/ou recomendações favoráveis com base na visualização e análise de materiais por pessoal profissional ● Exiba um alto grau de apelo e interesse do usuário em potencial ● Representar diferentes pontos de vista sobre questões controversas ● Fornecer uma perspectiva global e promover a diversidade incluindo materiais de autores e ilustradores de todas as culturas ● Incluir uma variedade de recursos em formatos físicos e virtuais, incluindo impressos e não impressos, como eletrônicos e multimídia (incluindo bancos de dados de assinatura e outros produtos online, e- books, jogos educacionais e outras formas de tecnologias emergentes) ● Demonstrar formato físico, aparência e durabilidade adequados ao uso pretendido ● Equilibre o custo com a necessidade Cinco principais fontes recomendadas de revisão de bibliotecas escolares: ● Association for Library Service to Children (ALSC) Livros Infantis Notáveis ● Lista de livros ● Jornal da Biblioteca Escolar ● Precisamos do site de livros diversos ● Os melhores livros para jovens adultos da Associação de Serviços de Biblioteca para Jovens Adultos (YALSA) Critérios de Seleção da Biblioteca Acadêmica As bibliotecas acadêmicas variam e incluem grandes bibliotecas universitárias, pequenas bibliotecas de coleções especiais e bibliotecas acadêmicas em faculdades. Os critérios para seleção de materiais nessas bibliotecas dependem das metas e objetivos da biblioteca e da instituição acadêmica e dos departamentos que 8 a biblioteca atende. Existem, no entanto, alguns critérios gerais que se encaixam na maioria das bibliotecas de universidades e faculdades. Exemplo: Critérios de Seleção da Biblioteca Acadêmica A seleção de materiais para uma biblioteca acadêmica deve ser consistente com a missão da faculdade/universidade e apoiaro currículo da instituição e as necessidades de pesquisa em colaboração com os administradores, professores e funcionários. De acordo com os Padrões para Bibliotecas no Ensino Superior da Association of College & Research Libraries , "As bibliotecas fornecem acesso a coleções suficientes em profundidade de qualidade, diversidade, formato e moeda para apoiar a missão de pesquisa e ensino da instituição". Critérios Gerais: ● Moeda e pontualidade do material ● Precisão, qualidade e profundidade do material ● Relevância do assunto ou título para as necessidades acadêmicas/curriculares atuais e potenciais da instituição, incluindo "trabalhos padrão ou importantes em um campo" ● Representa uma variedade de perspectivas sobre assuntos controversos ● Escopo e conteúdo (representação e diversidade do assunto) ● Custo ● Recursos em vários formatos e acessíveis virtual e fisicamente ● Cobertura adequada ao nível de estudo de um assunto (mínimo/básico, apoio instrucional, estudo intermediário, estudo avançado, nível de pesquisa) Cinco principais fontes de revisão de bibliotecas acadêmicas recomendadas: ● ACRLog ● Escolha: revisões atuais para bibliotecas acadêmicas ● Diário da Biblioteca ● Editores Semanalmente ● Recursos para bibliotecas universitárias 9 1.2 A aquisição de materiais na Biblioteca A aquisição de bibliotecas refere-se ao processo de seleção e obtenção de recursos da biblioteca. Um bibliotecário de aquisições ou desenvolvimento de coleções revisa os pedidos de livros, bem como as necessidades da biblioteca para obter novos materiais. Durante o processo de aquisição, um bibliotecário avaliará as necessidades do acervo e da comunidade e, dentro dos limites orçamentários, adquirirá materiais que aprimorem o acervo da biblioteca e promovam sua missão. Em alguns casos, uma biblioteca também pode receber materiais doados, que são avaliados por um bibliotecário e, caso sejam úteis à biblioteca, serão adicionados ao seu acervo. Existem muitos tipos diferentes de bibliotecas, cada uma com suas próprias necessidades de coleção. Um bibliotecário responsável pelas aquisições de bibliotecas deve ter uma compreensão completa das necessidades da biblioteca para desenvolver uma coleção que seja útil para os usuários. No contexto de uma biblioteca pública, um bibliotecário de aquisições provavelmente monitorará vários gêneros, como literatura popular, revistas e livros infantis, a fim de garantir que a biblioteca ofereça uma ampla variedade de materiais de leitura populares e atuais. Ele ou ela também monitorará o uso de várias coleções pelos usuários para poder selecionar adições apropriadas às ofertas da biblioteca. Muitos bibliotecários tomam decisões sobre aquisições de bibliotecas levando em consideração revisões em periódicos e revistas profissionais direcionados a bibliotecários de desenvolvimento de coleções. Os departamentos de aquisição de bibliotecas geralmente recebem doações, que precisam ser processadas. Algumas doações podem não ser adequadas à missão de uma biblioteca específica, e um bibliotecário de aquisições é normalmente responsável por fazer essa determinação. Embora as doações sejam geralmente incentivadas e apreciadas, nem sempre é possível para uma biblioteca acomodar todos os materiais doados. Da mesma forma, um bibliotecário de desenvolvimento de coleções pode ter que capinar periodicamente a coleção atual de sua biblioteca para abrir espaço para mais aquisições. Embora a remoção de ervas daninhas e a rejeição de doações possam ser práticas controversas, muitas vezes são necessárias devido ao espaço limitado em muitas bibliotecas, bem como às 10 preocupações com materiais de biblioteca que contêm informações científicas ou de saúde desatualizadas e potencialmente inseguras. Historicamente, as bibliotecas dependiam de quais materiais estavam disponíveis para construir coleções. A evolução das bibliotecas na antiguidade envolveu a busca de um material durável o suficiente para sobreviver como um registro permanente e relativamente fácil de usar. Argila e pedra forneciam permanência, mas escrever os registros exigia um trabalho considerável. Folhas de palmeira, tiras de bambu e papiro ofereciam uma superfície plana que aceitava mais facilmente a caligrafia, e dizia-se que o pergaminho passou a ser usado na Ásia Menor depois que a exportação de papiro do Egito foi proibida. Em 105 D.C. a invenção do papel foi anunciada por (Cai Lun) ao imperador chinês Ho-ti, e o Museu Britânicotem um fragmento de papel datado de cerca de 137. O uso de papel se espalhou lentamente, no entanto, e a maioria dos manuscritos sobreviventes mais antigos são de outros materiais, particularmente velino (pele de carneiro de grão fino, cabrito ou pele de bezerro). Amostras de escrita antiga são raras e, portanto, altamente valorizadas , e bibliotecas nacionais e outras bibliotecas acadêmicas coletam e preservam como parte de sua responsabilidade com a preservação da história e o avanço do aprendizado. A maioria das universidades tem coleções de livros raros. O Eton College , por exemplo, tem uma bela coleção de incunábulos, alguns dos quais foram comprados quando foram impressos pela primeira vez. A Bíblia de Gutenberg é um de seus melhores exemplos. Alguns, como a Biblioteca Duke Humphrey no Bodleian em Oxford e a Biblioteca Beinecke na Universidade de Yale , contêm coleções de manuscritos, e ricos colecionadores particulares estabeleceram instituições mundialmente famosas, como a Biblioteca Henry E. Huntington em San Marino, Califórnia , a Folger Shakespeare Library em Washington, DC, e as coleções Cotton e Harley na British Library Reference Division. A invenção da fotografia no século XIX possibilitou um novo tipo de registro, e as coleções de fotografias são populares, principalmente em bibliotecas públicas com interesse pela história local. Bibliotecas de fotos especializadas, como a BBC Hulton 11 Picture Library, são usadas regularmente para fornecer material ilustrativo para programas de cinema e televisão. Para o uso geral das bibliotecas, no entanto, a microfotografia desempenhou um papel muito mais importante. Muitos jornais e periódicos importantes reproduziram seus conjuntos inteiros de edições anteriores emfilme em rolo , que oferece uma economia considerável de espaço e possibilita que até mesmo uma pequena biblioteca abrigue um set inteiro. A desvantagem do filme em rolo é que o usuário deve começar a pesquisar o filme em rolo desde o início da bobina, não importando onde as páginas relevantes possam estar na bobina. Um avanço considerável foi alcançado com a invenção do Microcard transparente, ou microficha . Este é um pedaço de filme cortado em um tamanho e formato especificados, geralmente aproximando-se de um cartão de catálogo de biblioteca, mas disponível em mais de um tamanho (embora o tamanho mais favorecido seja 5 por 3 polegadas [8 por 13 centímetros]). A microficha oferece a vantagem de acesso aleatório; ou seja, em vez de começar do início, o usuário pode exibir qualquer seção da microficha diretamente na tela. As microfichas também são mais convenientes de armazenar e manusear, e se tornaram muito populares para a produção de catálogos e bibliografias , bem como para reprodução de textos. Existem várias formas de mídia audiovisual. O mais comum em bibliotecas é a gravação de áudio em disco ou fita, e a maioria das bibliotecas, especialmente bibliotecas públicas e escolares, acumularam extensas coleções de materiais não- livros, desde gravações de orquestras sinfônicas em discos de longa duração ou discos compactos até fitas. entrevistas de história oral gravadas. Empréstimos de fitas de vídeo também estão disponíveis em muitas bibliotecas. A cooperação entre bibliotecas escolares e públicas neste campo deu uma contribuição considerável para ahistória local. A importância atribuída a esses meios , principalmente nas escolas, é indicada pelo uso do nome centro de recursos para o que antes se chamava biblioteca escolar. Quando os professores estão ansiosos para usar materiais audiovisuais, muitas vezes também estão ansiosos para criar materiais, e esse entusiasmo pode permitir que os bibliotecários escolares construam uma relação forte e produtiva entre a biblioteca e o programa de ensino. 12 Os artigos mais recentes que exigem armazenamento em biblioteca incluem a fita magnética e o disco legíveis por máquina. Estes necessitam de um tratamento tão especializado, para a salvaguarda do seu conteúdo contra o apagamento acidental, que a maioria dos centros informáticos emprega o seu próprio bibliotecário especializado. Assim como o filme em rolo, as fitas e discos magnéticos não fornecem prontamente informações sobre seu conteúdo e, portanto, exigem cuidado especial na rotulagem e indexação , bem como equipamentos e programação para permitir a recuperação. Os bibliotecários de aquisição em outros tipos de bibliotecas realizam tarefas semelhantes. Os bibliotecários acadêmicos que trabalham em aquisições de bibliotecas devem garantir que a biblioteca assine os periódicos acadêmicos e profissionais necessários para a pesquisa de professores e alunos. Os bibliotecários jurídicos precisarão manter periódicos e livros jurídicos pertinentes à disposição dos membros de seu escritório de advocacia e também podem ser responsáveis pela aquisição e gerenciamento de bancos de dados jurídicos. Os bibliotecários corporativos também podem precisar adquirir uma variedade de materiais de negócios atualizados, incluindo recursos jurídicos, bem como revistas e relatórios do setor. 1.3 A política de desenvolvimento de coleções para seleção de materiais Dentro da política de desenvolvimento de coleções de sua biblioteca, deve haver critérios específicos para selecionar diferentes tipos de materiais. Alguns critérios típicos usados em bibliotecas pequenas incluem: 1. Interesse da comunidade no assunto. Existem algumas áreas temáticas que são de particular interesse para a comunidade da biblioteca. Para bibliotecas escolares e acadêmicas, esse interesse é normalmente determinado pelas necessidades do currículo. Para bibliotecas públicas, o interesse pode ser desenvolvido por eventos particulares na comunidade ou por um interesse geral em um assunto. Por exemplo, bibliotecas em áreas rurais geralmente desenvolvem coleções relacionadas à vida na fazenda. Livros sobre a área local ou de autores locais também seriam incluídos 13 nesta categoria. O interesse também pode ser desenvolvido pela publicidade nacional de um item. Se um livro foi colocado em vários programas de televisão ou foi transformado em um grande filme, o interesse da comunidade geralmente é despertado. 2. Solicitações de clientes. Muitas bibliotecas considerarão comprar um item que foi solicitado por um usuário. Normalmente este critério é fatorado com uma estimativa de interesse geral da comunidade e com os critérios de custo. Se um item for do interesse de outros membros da comunidade e tiver um preço razoável, a biblioteca considerará comprá-lo. Caso contrário, eles podem obter o item em empréstimo entre bibliotecas para o usuário, mas não comprar uma cópia para a biblioteca. 3. Materiais de autores populares. A maioria das bibliotecas públicas compra quase automaticamente livros de autores conhecidos por serem populares entre seus usuários. Por exemplo, é típico que as bibliotecas públicas encomendem qualquer romance de Stephen King, Mary Higgins Clark, Tom Clancy ou Danielle Steele, tendo ou não recebido críticas favoráveis. 4. Necessidades de cobrança. Alguns materiais são adquiridos em resposta às necessidades de coleta, conforme demonstrado por uma avaliação de coleta. Por exemplo, uma avaliação de coleção pode descobrir que uma posição sobre um assunto controverso está sub-representada e materiais podem ser adquiridos para corrigir essa deficiência. 5. Qualidade da informação. Para títulos de não ficção, a precisão e a confiabilidade das informações são uma grande preocupação. As bibliotecas geralmente querem que os livros que contenham informações factuais sejam tão precisos e atualizados quanto possível. A organização das informações também é uma preocupação, assim como as ferramentas, como índices e bibliografias, presentes no material para facilitar o acesso às informações. 6. Mérito literário. Embora as bibliotecas coletem materiais porque são exigidos por suas comunidades, as bibliotecas também normalmente desejam coletar materiais que sejam bem escritos e tenham mérito literário, mesmo que esses itens não sejam tão populares. 14 7. Comentários favoráveis. Como os bibliotecários não têm tempo para ler ou visualizar todos os itens que coletam, eles confiam nas revisões para julgar a qualidade da informação e o mérito literário de muitos dos itens que adquirem. As bibliotecas normalmente fazem muitas de suas compras com base em listagens em fontes de revisão, que fornecem os nomes de novos materiais e revisões imparciais deles. 8. Preço. O preço é sempre uma consideração para as bibliotecas. Embora um item possa atender aos critérios acima, se for caro, a biblioteca terá que considerar como essa compra afetará a disponibilidade de outros recursos importantes. 1.4 Ferramentas para seleção de material de biblioteca Princípio de Dewey sugere “Melhores livros para o maior número com o menor custo” (Mannan Khan, 2013). Este princípio foi formulado por Dewey tendo em mente o princípio da economia e a condição das bibliotecas da época. Enquanto Drury afirmou claramente certos princípios básicos para governar a seleção e reutilização de materiais para uma biblioteca. Ele afirma “Fornecer o livro certo para o leitor certo na hora certa” (Mannan Khan, 2013). Aqui o leitor é o tema central e a veracidade do documento está em relação ao leitor e o material/documento deve estar disponível para o leitor. McColvin afirmou que os livros em si são notáveis até que sejam tornados úteis pela demanda. Assim, a seleção de livros por este princípio está diretamente relacionada à demanda, quanto maior for o serviço resultante e possível (Mannan Khan, 2013). Segundo Ranganathan (1952), o trabalho de seleção de livros deve ser feito de tal forma que as Cinco Leis da Biblioteconomia sejam satisfeitas. As Cinco Leis são as seguintes. • Os livros são para uso • Cada leitor seu livro • Cada livro é seu leitor • Economize o tempo do leitor 15 • A biblioteca é um organismo em crescimento As três primeiras leis dizem respeito à relação com o livro do leitor; quarta lei com o tempo e quinta lei com o desenvolvimento da biblioteca. 3. Ferramentas para seleção de material de biblioteca Uma biblioteca não pode cumprir suas metas e objetivos a menos que seja fornecida com o material de leitura mais recente. Isso significa que o bibliotecário deve conhecer o material de leitura mais recente publicado em diversos ramos do conhecimento. Uma seção de aquisição responsável sem as ferramentas bibliográficas mais recentes em sua mesa é como um soldado no campo de batalha sem a arma. Em bibliotecas universitárias para programas de aquisição bem- sucedidos, as seguintes ferramentas são amplamente utilizadas. • Catálogos impressos de bibliotecas universitárias. • Catálogos da União. • Bibliografias nacionais. • Bibliografias de Assuntos. • Livros impressos e similares. • Lista de periódicos. • Lista de obras de referência. • Listas de publicação de Universidades, instituições de pesquisa. • Listas de edições atuais de periódicos. • Lista elaborada por departamentos governamentais e organizações profissionais. • Catálogos de livreiros e editoras e listas comerciais.