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Estudo dos Sistemas Dispersos Dispersões Uma dispersão consiste em um sistema no qual uma substância A , sob a forma de pequenas partículas, distribui-se, uniformemente, em toda a extensão de outra substância B. A substância A constituirá o disperso do sistema; B será o dispersante (dispergente). Dependendo do tamanho da partícula que constitui o disperso, a dispersão assume características diversas, sendo classificada de acordo com o diâmetro médio das partículas dos dispersos, em três tipos: •Solução •Colóide •Suspensão e Emulsão Exemplos: Ao agitar a mistura, a sacarose (disperso) se dissemina na água (dispersante) sob a forma de pequenas partículas, as quais se distribuem uniformemente na água. Quando agitada, a gelatina (disperso) se dissemina na água (dispersante) sob a forma de pequenas partículas, as quais se distribuem uniformemente na água. Ao agitarmos a mistura por um dado momento, o enxofre se dissemina na água, sob a forma de partículas que se distribuem uniformemente na água. Pouco tempo depois o enxofre sedimenta- se, e o sistema deixa de ser uma dispersão Solução •O disperso é constituído de átomos, íons ou pequenas moléculas. •As soluções sempre serão sistemas homogêneos. •Não há sedimentação das partículas e não é possível a sua separação por nenhum tipo de filtro. Ex: NaCl em água, sacarose em água, etanol em água. Sistema homogêneo. Como se forma uma solução ? A disseminação do soluto no solvente ocorre de forma espontânea ! substância A substância B mistura A + B (solução) O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O parede de separação removendo a parede Classificação das Soluções 1.Estado de agregação: a)SOLIDA – solvente sólido - Soluto Solido Exemplos: Liga de ouro e prata Liga de cobre e níquel Solvente: ouro Solvente: cobre Soluto: prata Soluto: níquel - Soluto Liquido Exemplo: Amálgama de Ouro Solvente: ouro Soluto: mercúrio - Soluto Gasoso Exemplo: Liga de Paládio e Hidrogênio Solvente: paládio Soluto: hidrogênio b) LIQUIDA – solvente líquido - Soluto solido - Soluto liquido -Soluto gasoso Exemplo: Água e açúcar Água e álcool Solução aquosa de Oxigênio Solvente: água Solvente: água Solvente: água Soluto: açúcar Soluto: álcool Soluto: gás oxigênio c) Gasosa – solvente e soluto gasosos Exemplo: ar isento de poeira (predomina N2 e O2) 2. Proporção entre o soluto e o solvente (quanto ao coeficiente de solubilidade). O coeficiente de solubilidade representa a maior massa que pode ser dissolvida em certa quantidade padrão de um solvente, em determinada temperatura. Ex: NaCl = 35,7g/100g de H2O à 0ºC. CaSO4 = 0,2g/100g de H2O à 0ºC. AgNO3 = 122g/100g de H2O à 0ºC. Quanto ao coeficiente de solubilidade (C.S.), as soluções podem ser: •Diluídas •Saturadas •Supersaturadas 1. Diluídas: A quantidade de soluto dissolvido é muito pequena em relação a de solvente, sendo inferior ao C.S. Ex: 3,0 gramas de NaCl em 100g de água a 0ºC. 2. Saturada: A quantidade de soluto dissolvido é igual ao C.S., ou seja, contém o máximo de soluto dissolvido a uma dada temperatura e é estável na presença do soluto não dissolvido. Ex: 35,7g/100g de H2O à 0ºC 3. Super-saturadas: São soluções obtidas por técnicas especiais, nas quais a quantidade de soluto dissolvido é superior ao C.S., ou seja, é superior à máxima quantidade permitida. É instável. Trata-se de: Solução saturada com corpo de fundo, corpo de chão ou precipitado quando a temperatura é de 20oC. A 50oC, conseguimos dissolver 40g do KCl em 100g de água. Como estão dissolvidos 36g, é uma solução insaturada. Com a diminuição lenta da temperatura e sem nenhuma agitação, conseguimos dissolver 36g do KCl em 100g de água a 20oC; logo, uma solução supersaturada. Solução Supersaturada: No preparo de tais soluções aquece-se a solução na qual haja corpo de fundo do soluto até uma temperatura na qual ocorra total dissolução, resfriando-se, após, de forma gradativa, até alcançar a temperatura de referência com o excesso de soluto dissolvido. Estas soluções são muito instáveis, podendo o excesso de soluto precipitar (sedimentar) por agitação mecânica, choque brusco de temperatura ou adição de um “germem de cristalização”. Como? Introduzindo-se um cristal do soluto na solução supersaturada, há imediatamente a cristalização de todo o excesso de soluto (em relação à solução saturada a mesma temperatura). E a solução supersaturada transforma- se em solução saturada. 3. Natureza das partículas dispersas: a) Moleculares: as partículas do soluto são moléculas. Ex.: C2H22O11 C2H22O11 H2O (sólida) (aquosa) b) Iônicas: as partículas do soluto são íons. NaCl Na+ + Cl- (sólida) H2O (aquoso) (aquoso) Não conduzem corrente elétrica. Conduzem corrente elétrica. A DISSOLUÇÃO Esse processo ocorre porque as moléculas do solvente bombardeiam as partículas do sólido, mantendo-as dispersas, devido, principalmente ao fenômeno da solvatação, ou seja, a partícula arrancada fica rodeada por moléculas do solvente. Os compostos iônicos se dissolvem na água quando as forças de atração entre os dipolos da água e os íons são maiores que as forças de atração entre os íons do cristal. • “O teor alcoólico do vinho é 12%” •“Não devemos dirigir um automóvel quando houver, em nossa corrente sanguínea, mais de 0,2g de álcool por litro de sangue.” •“ O teor normal de glicose, em nosso sangue, situa-se entre 75 e 110 mg/dL (= 0,75g/L) – valores acima dessa faixa indicam tendência à diabete.” •“O ar contém 0,94% de argônio em volume.” •“As águas do rio estão poluídas por 8 ppm de mercúrio.” Concentração das soluções - Está no nosso dia a dia! Solubilidade e temperatura Para solutos sólidos, em geral, o aumento da temperatura provoca aumento na solubilidade. Esse efeito varia de substância para substância e pode ser facilmente evidenciado em diagramas de solubilidade. Para substâncias gasosas o fenômeno é oposto pois o aumento da temperatura diminui a solubilidade. Por esse motivo devemos conservar um refrigerante, após aberto, em geladeira, pois a menor temperatura favorece a dissolução do CO 2 . Curvas de Solubilidade são gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em função da temperatura. Exemplo: Solubilidade de KNO3 (nitrato de potássio) em água. Temperatura ( ºC ) gramas de KNO3 em 100 g de água 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 13 20 32 46 64 85 110 137 169 204 246 Soluções Curvas com ponto(s)de inflexão referem-se a solutos ´hidratados´. Na temperatura da inflexão ocorre um decréscimo (total ou parcial) do número de moléculas de hidratação na fórmula do composto. Curva ascendente – dissolução endotérmica Curva descendente – dissolução exotérmica Curvas de Solubilidade Dispersão coloidal • O disperso é constituído por aglomerados de átomos, moléculas ou íons ou, até mesmo por macromoléculas. Ex.: Neblina (gotículas de água no ar), poeira e etc. • Tanto o meio de dispersão quanto a fase dispersa podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. • As partículas do disperso são visualizáveis em equipamentos óticos de alta resolução. • As partículas podem ser separadas por ultracentrifugação ou por ultrafiltração. Ex.: Gelatina Na dispersão coloidal da gelatina em água, as partículas dispersas são as macromoléculas das proteínas que constituem a gelatina. Ex. de colóides: Shampoo (surfactantes e aditivos) Tintas (pigmentos e solventes) Neblina (água e ar) Fumaça (materias particulados e ar) Sorvetes (gorduras, aromatizantes e água) Sangue (glóbulos, plaquetas e plasma) Creme chantilly (ar e creme de leite) Classificação dos colóides: SOL Colóide constituído por: Disperso = sólido Dispersante = líquido Exemplos: gelatina em água; goma arábica em água; vernizes e tintas. GEL Colóide constituído por: Disperso = líquido Dispersante = sólido Exemplos: geléias; manteiga; queijo. EMULSÃO Colóide constituído por: Disperso = líquido Dispersante = líquido Exemplos: maionese; leite. ESPUMA Colóide constituído por: Disperso = gás Dispersante = líquido Exemplos: ar na espuma de sabão; ar no chantilly; no colarinho do chope. AEROSSOL Colóide constituído por: Disperso = sólido Dispersante = gás (o ar) Exemplos: fumaças. Suspensão e Emulsão (Denominações específicas de colóides) •O disperso é constituído de grandes aglomerados de átomos ou moléculas. •As partículas do disperso são visíveis no microscópico comum, constituindo-se em sistemas heterogêneos. •As partículas do disperso sedimentam-se por ação da gravidade ou em centrífugas comuns podendo, também, ser separadas por filtros comuns de laboratório. *Na emulsão, tanto o disperso, quanto o dispersante são líquidos. * Na suspensão, o disperso é sólido e o dispersante, líquido. Leite: gorduras e água. Mg(OH)2 em água. O creme é uma emulsão de água e óleo (materiais imiscíveis). Para que as fases não se separem , ou seja, para que a emulsão seja mantida estável, são usados agentes emulsificantes , os quais são constituídos por moléculas com uma extremidade polar e outra apolar, por isso, na composição dos cremes são encontrados agentes emulsificantes. Tipos de Emulsão: • O/A: óleo em água (neste caso a fase dispersa é o óleo e a fase dispersante a água) – fig. B • A/O: água em óleo (a fase interna é a água, enquanto que a externa o óleo). – fig. A Propriedades dos sistemas coloidais • Este efeito recebeu esse nome, em homenagem ao brilhante físico inglês, John Tyndall (1820– 1893), que estudou de forma muito completa os fenômenos de espalhamento da luz por partículas e poeira. • Esse efeito também foi observado por Tyndall quando um pincel de luz atravessava alguns sistemas coloidais. • Esse espalhamento da luz é seletivo, isto é, depende das dimensões das partículas dispersas e do comprimento de onda da radiação. Efeito Tyndall • O efeito Tyndall é, na verdade, um efeito óptico de espalhamento ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de uma dispersão do tipo aerossol. • O efeito Tyndall é o que torna possível, por exemplo, observar as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de luz, ou, ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina através do farol do carro. Propriedades dos sistemas coloidais Efeito Tyndall Movimento Browniano • é resultante dos choques das partículas do dispergente (principalmente quando este se encontra na fase líquida) com as partículas do disperso. • Devido a estes choques constantes, as partículas do disperso adquirem um movimento de ziguezague ininterrupto que pode ser observado ao ultramicroscópio. Propriedades dos sistemas coloidais
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