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Resumo Bioquímica Lipídeos

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Lipídeos
Características gerais
Os lipídeos são um grupo de compostos quimicamente diversos, cuja característica comum que os define é sua insolubilidade em água. Possuem várias funções, como energética (triglicerídeos), estrutural (fosfolipídeos) e hormonal (esteróis). Lipídeos são ésteres de ácidos graxos com álcoois. Óleos e gorduras representam a maioria dos lipídeos e são formados a partir de ácidos graxos. A oxidação dos ácidos graxos é altamente exergônica e seus produtos finais são CO2 e H2O.
Ácidos Graxos
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicas com cadeias longas, de 8 a 28 carbonos, podendo ser saturados ou insaturados. Nomenclatura simplificada dos ácidos carboxílicos não ramificados: “no de carbonos”:“no de ligações duplas”. Exemplo: ácido palmítico, de 16 carbonos e nenhuma dupla é representado como 16:0. A posição das duplas, se presente, é representada em parênteses, após um Δ (letra grega delta maiúscula).
Triglicerídeos
Os triglicerídeos (ou triacilgliceróis) são a forma preferível de armazenamento de energia nos seres vivos. Em vertebrados, as células adiposas possuem lipases, enzimas que catalisam a hidrólise dos triacilgliceróis armazenados, liberando ácidos graxos para serem transportados para os lugares onde são necessários como combustíveis. Existem duas vantagens significativas em se usar os triglicerídeos como armazenamento de energia: sua hidrólise libera mais do que o dobro de energia por grama, em comparação aos carboidratos e, como são hidrofóbicos, não adsorvem água, portanto ficam mais compactos e o organismo não precisa carregar água extra “grudada” na estrutura dos triacilglicerídeos, como acontece nos carboidratos (por grama de carboidrato, estão associadas 2g de água).
Fosfolipídeos
Toda membrana biológica possui uma bicamada lipídica. Os lipídeos de membrana são anfipáticos: possuem uma extremidade hidrofílica e outra hidrofóbica. As porções hidrofílicas nesses compostos anfipáticos podem ser tão simples quanto um único grupo –OH em uma extremidade ou podem ser bem mais complexas.
Quando o grupo polar da cabeça está unido à porção hidrofóbica por uma ligação fosfodiéster, é chamado fosfolipídeo; quando não apresentam fosfato, mas um açúcar simples ou oligossacarídeo complexo em suas extremidades polares, são chamados glicolipídeos.
Os fosfolipídeos possuem um resíduo de ácido fosfórico (fosfato) na estrutura e duas caudas hidrofóbicas, podendo ser separados em dois grupos: nos glicerofosfolipídeos, o álcool ligado à estrutura é o glicerol, e nos esfingofosfolipídeos, é a esfingosina.
As interações hidrofóbicas entre os lipídeos com uma única cauda fazem com que se agrupem primeiramente em uma estrutura esférica, fechada, chamada micela, com as cabeças hidrofílicas na superfície e o interior preenchido pelas caudas hidrofóbicas. Os lipídeos de membrana, que possuem duas caudas, agrupam-se em bicamadas, como a bicamada das membranas biológicas e os lipossomas.
Esteroides
Esteroides são lipídeos estruturais presentes nas membranas da maioria das células eucarióticas. A característica marcante desse grupo de lipídeos é o núcleo esteroide, que consiste em 4 anéis fusionados (núcleo ciclopentanoperidrofenantreno), 3 com 6 carbonos e 1 com 5. O colesterol é o principal esterol nos tecidos animais, e é componente em todas as membranas nesses seres. Nas membranas, faz a regulação da fluidez, quanto mais colesterol uma membrana possui, menor é a fluidez. A excreção de colesterol ocorre por meio do fígado na forma de sais biliares. Ele é precursor de vários hormônios, como a progesterona, testosterona e outros.
 
Ciclopentanoperidrofenantreno			Colesterol
A Peroxidação de Lipídeos é fonte de Radicais Livres
A peroxidação (auto-oxidação) dos lipídeos expostos ao oxigênio é responsável não somente pela deterioração dos alimentos (rancidez), mas também pela lesão de tecidos in vivo, onde pode ser a causa de câncer, doenças inflamatórias, aterosclerose e envelhecimento. Os efeitos deletérios são considerados como sendo causados por radicais livres produzidos durante a formação de peróxido a partir de ácidos graxos poli-insaturados naturais.
Biossíntese de Colesterol
O principal local onde ocorre a biossíntese de colesterol é o fígado. A estrutura do colesterol revela que são necessários uma fonte de átomos de carbono, uma fonte de força redutora e um consumo de quantidade significante de energia.
O processo da biossíntese de Colesterol inicia com a Acetil Coenzima A (ACoA). 3 moléculas de ACoA são transformadas primeiramente em 3-hidróxi-3-metilglutaril CoA (HMG-CoA) pelas enzimas Acetil CoA tiolase e HMG-CoA sintase e, posteriormente, transformadas irreversivelmente em Ácido Mevalônico, catalisada pela enzima HMG-CoA redutase.
O ácido mevalônico (ou mevalonato) é convertido em isopreno, com gasto de 3 ATP/isopreno. 3 Isoprenos, então, são condensadas em unidades de 15 carbonos, o farmesil pirofosfato. 2 farmesil pirofosfatos são convertidos em 1 esqualeno pelo complexo enzimático esqualeno sintase. A lanosterol ciclase faz com que o esqualeno sofra ciclização, formando o colesterol.
Resumo: Formou AcoA, forma HMG-CoA, a HMG-CoA redutase transforma em mevalonato. Este será transformado em isopreno, que será transformado em esqualeno, e esse em colesterol.
As estatinas são fármacos que inibem a HMG-CoA Redutase, sendo a principal estatina a sinvastatina. A inibição máxima de uma estatina é de 45%.

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