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PERFIL DO CONSUMIDOR JOVEM: COMPREENSÃO SOBRE OS FATORES QUE OS LEVAM À CONSUMIR

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INTRODUÇÃO 
Conforme pesquisa do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ) de 1996 que classifica como população jovem a faixa etária de 15 à 24 anos, faixa na qual o consumo tem aumentado conforme o decorrer dos anos, haja vista que em 1940 somavam 8,2 milhões e em dados recentes somam aproximadamente 31,1 milhões, representando uma estimativa de crescimento de 379,27 % em 56 anos. 
Com o intuito de compreender esta crescente vertente no mercado, visto que, com grandes ofertas em um mercado consumista, busca-se responder neste, quais são os fatores que influenciam este público em questão à consumir, considerando que o comportamento do consumidor é influenciado pelo mercado.
Compreender o tema fornece uma importante ferramenta para uma definição do perfil consumidor, haja vista, do público jovem, as áreas de maior interesse e os elementos que induzem este público à consumir. Contudo entender o cotidiano e as mudanças que ocorrem em sua vida, garantindo certos produtos que estão sendo comercializados da maneira certa, para o cliente certo. Considerando que as compreensões destes conceitos buscam adquirir uma visão holística sobre o mercado atuante. 
Este estudo se designa a estudiosos e as empresas que desejam conhecer seus clientes, buscando aprimorar ferramentas de marketing, para que possam ter maior direcionamento nas campanhas, aos administradores e empresários, para um direcionamento focado neste perfil para o empreendedorismo e estudantes que estão inseridos neste contexto para demonstrar sua importância no mercado. 
Todavia basear-se neste contexto requer um estudo aprofundado de várias vertentes do mercado. A estrutura da pesquisa, traz conceitos de livros que abordam assuntos relacionados ao tema e artigos acadêmicos, baseando-se em sites específicos como scielo.br e google acadêmico, que podem dar subsídios para a construção deste.
No primeiro capítulo será abordada uma breve contextualização do perfil consumidor e dados obtidos em pesquisas: como a crescente mudança deste, áreas de maior interesse e conceituação sobre quais os fatores que levam este público jovem ao consumo. No segundo capítulo suscitar o problema, fazendo referencia à teoria. No terceiro capítulo dar luz conceitos estudados e explanar as discussões sobre o tema.
1 - PERFIL CONSUMIDOR
Segundo KOTLER ( 2010 ) existem dez tendências que modelam o cenário do consumo, em um viés norte-americano, são estas: envelhecimento dos baby-boomers, retardamento da aposentadoria, mutação do trabalho, maior grau de instrução, escassez de mão de obra, aumento da imigração, crescente influência latina, mudanças nas tendencias da natalidade, diferenças entre as regiões norte americanas e mudança na piramide etária. 
Complementando, o autor cita, que o envelhecimento dos baby-boomers, exerce grande impacto no consumo, já que esta parcela está decidida a atrasar o processo de envelhecimento e continuarão a ganhar e gastar. Pode-se considerar que com a expectativa de vida aumentada, esta tendencia de gastar e consumir no mercado seja ampliada, por sua vez, estes tem maior qualidade de vida, o que implica muitas vezes em realizar viagens, que estão diretamente ligadas ao consumo em outros lugares desconhecidos até o momento por estes. 
Conforme artigo de ENNE (2010) traz em seus estudos que: 
Embora alguns traços sejam específicos dessa fase tardia da modernidade, a juventude como espírito do tempo (eidos) e estilo de vida (ethos) já estava sedimentada com a própria ideia de modernidade, e se adensará após a entrada em cena do jovem propriamente dito, como ator social, e com o crescimento e acelerada diversificação das formas midiáticas e das práticas de consumo. 
A autora ainda defende a idéia de que no início do século XX, a publicidade começa a mudar consideravelmente de formato, e a presença de figuras e valores jovens nos anúncios, já se faz sentir nas primeiras décadas. Pode-se considerar com esta imagem jovem sendo plantada como algo inovador a tendencia do mercado é que este viés seja aplicável até os dias atuais, já que ter uma imagem jovial, liga a pessoa ao um estado de espírito bom, o que afasta a idéia de morte súbita.
Sendo assim, a autora complementa que a cultura romântica da boemia, sem dúvida já no século XIX, lócus do espírito inquieto e inovador dos novos tempos. Considerando que a boemia se torna um estilo de vida, que levam os jovens pensadores da época, há um momento único na história, ligados diretamente ao processo de transformação da indústria e a implantação tecnológica. 
Sendo assim pode-se compreender que a multiplicidade de transformações está diretamente ligada a visão que os sujeitos terão de adotar no momento da compra de algo, já que os padrões de compra iniciam mudanças significativas. 
Nos anos que se sucederam esta construção da imagem jovem foi se fortificando, com cultura, cinema que resgastou a imagem olimpiana, em que preservava a imagem dos deuses sempre jovens. A influencia exercida através dos meios de comunicação trazem conceitos de moda até os dias atuais, o que se é levado ao uso de diversos produtos através da mídia. 
Com a ascensão dos pensadores no séc XIX, dito que os mesmo vislumbrem a história, a fixação pelos acontecimentos ocorridos do passado, traz luz a visão de como o presente se baseia no passado, ou seja, os meios de comunicação começam a influenciar padrões de comportamento no presente, por isso uma visão olimpiana baseada na juventude dos deuses, se faz tão importante no comportamento do mercado do momento histórico aqui descrito. 
GUATTARI (1992 apud ENNE, 2010) refere em seus estudos que esta flexibilização das possibilidades de construção das identidades dos sujeitos, em poesis mais complexas e fluídas. 
Segundo BORELLI e FREIRE (2008) a associação entre jovens e consumos estabelece uma espécie de cilada conceitual que tende à regulação dos prazeres juvenis e à sua adequação ao universo consumista.
Rocha (2000) cita que muitos desses jovens não trabalham e usam o dinheiro dos pais para estarem sempre bem vestidos para ganhar elogios ou mostram para as pessoas ao redor que podem mais que elas. 
A autora ainda complementa que este acontecimento acaba na maior parte das vezes quando eles começam a trabalhar, pois param de comprar várias roupas caras e acabam comprando nas lojas de departamento, porque não estão mais usando dinheiro de seus pais e assim passam a dar valor no dinheiro que eles mesmos ganham não esbanjando como antes.
BORDIEU apud PEREIRA (2010) cita em seus estudos sobre a juventude, que é uma construção dos adultos e tem por finalidade um controle social que estabelece uma divisão do poder, o mesmo autor ainda cita que esta “irresponsabilidade provisória”, ou seja são adultos e crianças dependendo da situação. Complementando o autor, PEREIRA (2010) suscita que a juventude está no comando do jogo, ou seja, do mercado, um indicador desta crescente vertente está no aumento considerável de pesquisas para compreender este perfil que passam a orientar diversos mercados, como a da moda, da tecnologia e do entretenimento.
ENNE (2010), suscita em seus estudos que os jovens seriam atores fundamentais, se não os principais, em razão de sua própria história, uma fase de transição que se adequa perfeitamente às demandas por fluidez e experimentação valorizadas na modernidade adensada. 
CAMPBELL (2006) apud BRAGAGLIA (2010), vislumbra esses comportamentos de consumo como maneira de identificar uma resposta ao estigma de compreender o consumo como maneira de encontrar uma resposta à “crise de identidade’”. Assim sob esse enfoque o autor cita que o consumo seria caracterizado não como ato de “ter”, mas de “ser”, e as pessoas que consomem não como vítimas de um egoísmo materialista e de compra, mas em busca de significado para a sua vida, propiciado pelo conhecimento de si mesmas (CAMPBELL, 2006, apud BRAGAGLIA, 2010).
Baseada nos conceitos dos que os autores suscitam pode-se dizer que o “ter” deixa
de ser importante, quando o “ser” no mundo se torna como algo vital, ligado diretamente a energia que o sujeito dispensa em sua existencia, pode-se assim dizer que um produto exerce como uma extensão de como o sujeito é no mundo e não necessariamente o que ele tem. 
KOTLER (2010) suscita que as pessoas pertencentes à mesma classe social ou grupo tendem a se comportar de maneira mais semelhante do que duas pessoas de grupos ou classes sociais diferentes e ainda define que classes mais elevada dão maior preferencia a revistas e livros , porem todas as classes tem preferencias por meios de comunicação. Considerando esta citação do autor pode-se dizer que a juventude também se enquadra neste conceito, pois são totalmente influenciáveis pelo grupo no qual convivem, já que tendem a ser levados pela opinião do grupo, muitas vezes influenciando comportamentos de compra.
Apesar desses fatores, há certos produtos e serviços que são consumidos independentemente dos costumes e opções que são exercidas sobre ele; as influencias tecnológicas tem grande preponderância ao consumo de produtos inovadores; a economia vem trabalhando e desenvolvendo técnicas do poder de compra dos consumidores, podendo levar ao consumo desenfreado; a política acaba levando os consumidores a uma enorme gama que levam ao absenteísmo de compra.
Segundo COBRA (2010) diversos autores o publico consumidor é influenciado por fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicos. A cultura torna o mais importante desejo de compra de uma pessoa, ultimamente a população cresce aprendendo a estabelecer valores e suas preferências, através de processo de socialização envolvendo toda a outra parte dos indivíduos atuante no processo.
Os jovens acabam sendo consumistas pelo fato de querer estar na moda e mostrar que podem comprar com o dinheiro de seus pais, acabam querendo ser iguais, não tendo sua própria identidade, mas sim mostrar que pode ser igual ou melhor que o outro, para muitas vezes se inserirem no grupo ao qual pertencem. 
Os fatores pessoais reagem em cada consumidor de uma forma diferente, sobre estímulos iguais, e isso cada individuo é diferente perante a sociedade, de acordo com sua personalidade e teorias psicológicas da personalidade. As motivações que são respostas do individuo pelo estimulo recebido, são distinguidas a cada um, sofrendo a influencia na escolha de um produto por reflexo de uma experiência passada. A estrutura do conhecimento leva os consumidores a agirem de formas diferentes.
PINHEIRO (2006) em sua definição de juventude aborda um teórico que tem uma perspectiva sobre a juventude não limitante de idade, mas de conceitos.
Ela se situa no interior das margens móveis entre a dependência infantil e a autonomia adulta, naquele período de pura inquietude em que se realizam as promessas de adolescência, entre a imaturidade sexual e a maturidade, entre a formação e o pleno florescimento das faculdades mentais, entre a falta de aquisição de autoridade e de poder. (LEVI apud, 1996)
Todavia, PINHEIRO (2006) abordou de modo em que o viés da juventude, tivesse diversos olhares, o que chama a atenção sobre a definição social, suscita sobre a socialização, que está diretamente ligado à definição escolar. Isso requer que a cada ano letivo, as novas conexões sejam importantes na constituição de como o sujeito interpretará e se verá como sujeito existente no mundo. A autora complementa que a cada ano letivo há uma grande assimilação de novas etapas, visto que o conhecimento de novas pessoas traz novos conceitos, de como o sujeito deve se inserir no grupo, cita-se abaixo um autor que firma o que quis se referir.
A evolução intelectual está diretamente ligada ao processo de socialização e tem, entre outras, a função básica de permitir ao sujeito não só a adaptação ao ambiente físico, mas também ao ambiente social. (RAPPAPORT, 2002 apud PINHEIRO, 2006)
Alguns teóricos podem trazer a definição de juventude como um fenômeno social. MORIN (2006 apud PEREIRA, 2010) afirma que a “juventude” é uma “classe de idade”, no sentido de que está presente em todas as classes sociais, mas que é transitória, ou seja, se renova perpetuamente, já que os indivíduos, só serão jovens durante algum tempo.
O crescimento do mercado tem tido significativos resultados positivos, cada dia mais, devido a existência de “modinhas”, o mercado cria uma demanda, e acaba por investir forte dentro do marketing, voltado para o público jovem, usando esta imagem muitas vezes como fator predominante nas campanhas de lançamento.
KOTLER (2010) refere que compreender que o comportamento do mercado-alvo é a tarefa essencial do administrador de marketing, sendo assim o mercado é constituído de uma gama de individuos que compram ou adquirem produtos e serviços para o consumo pessoal ou do domicilio. 
O consumismo é recebido como algo normal dentro da sociedade, não há uma maneira de impor um limite, pois não existe alguém empenhado para esse tipo de autoridade. A maior parte dos adolescentes de hoje se espelham em seus pais e familiares ou tendem a ter comportamentos que estejam inseridos na moda, compram compulsivamente para estarem sempre na moda ou porque foram criados deste modo.
Diante do viés de que o comportamento do consumidor influencia o mercado, COBRA (2010) cita que o consumo é altamente visto de fatores como: idade, renda, nível de educação, pelo padrão de mobilidade e gosto dos consumidores, o que requer dos estudiosos de marketing, estejam sempre alinhados aos segmentos do mercado e suas mudanças. 
E como essa mobilidade do mercado só tende a crescer cada vez mais, pois oferece exatamente o que o público procura, pois este mesmo cria demandas de consumo. Sabendo que os jovens sempre procuram o que tem nomes renomados, já que estes investem alto em campanhas de marketing, sendo estes revertidos ao preço do produto, por muitas vezes superfaturando-o.
Podendo ser observado entre os ambientes em que os fazem presentes; entre eles está o macro ambiente, recebendo uma série de influencias do ambiente físico, tecnológico e econômicas; que acabam estimulando a compra, o sistema político vigente do país e por fim as influências legais: leis e regulamentos judiciais. 
Segundo KOTLER (2010) para que o marketing seja bem sucedido, as empresas devem conhecer seus clientes, sendo assim adotar um marketing holístico que amplifica o conhecimento dos seus clientes, entendendo-os, compreendendo as mudanças do seu cotidiano. Assegurando que os produtos certos estejam disponíveis para o cliente certo na hora que ele deseja. Esta dinâmica de compra dos consumidores requer que o marketing esteja sempre ligado as tendências de mercado.
Cita também que o propósito do marketing é satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes-alvo, sendo assim conforme citado anteriormente, estudar o comportamento do consumidor como pessoas, grupos e organizações faz com que estes selecionem, comprem, usem e descartem artigos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas necessidades e desejos do público que tem por finalidade alcançar. 
“Entender o comportamento do consumidor do mercado-alvo é a tarefa essencial do administrador de marketing, pois o mercado de consumo é constituído de todos os indivíduos e domicílios que compram ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoal” (KOTLER apud COBRA, 2010)
Finalmente a preferência e a manifestação de compras vão manifestar-se em função da sua percepção de papel a desempenhar.
Segundo KOTLER (2010) em 2025, com a geração dos baby boomers envelhecendo e a expectativa de vida aumentando, a população com 50 anos ou mais nos Estados Unidos terá dobrado para mais de 70 milhões de pessoas, sendo que a população dos Estados Unidos deverá ultrapassar a marca de 350 milhões de habitantes, 
ou seja, um quinto da população terá mais de 50 anos, uma parcela significativa do mercado.
Com as diversas mudanças no mercado, as empresas não devem perder de repente todo interesse pela população entre
18 e 34 anos, e devem aprender aperfeiçoando suas técnicas de vendas para ser atrativo para este público em questão.
Uma boa estratégia de marketing deve ser desenvolvida elencando estratégias multiculturais, pois no cenário atual tem-se um mercado segmentado, a dinâmica procurará abranger muitas nacionalidades em uma única campanha, de modo a se ter uma gama maior do mercado, procurando atendê-las da melhor forma possível.
COBRA (2010) traz que dentro do fator cultura, pode-se dividir em subculturas, que são identificadas especificamente para cada grupo. Entre eles estão o agrupamento de nacionalidade; que separa de acordo com costumes de cada região mundial, vindo em sequência o agrupamento de religiões.
Quando essas subculturas crescem e se tornam influentes o bastante, as empresas geralmente elaboram programas de marketing especiais para atendê-las (KOTLER, 2010).
O mercado está buscando atender de forma holística, assim acaba vendendo aquele produto muito mais caro do que ele vale, pois eles sabem que vão vender independente do preço, pois o produto carrega consigo o status, em que muitas vezes, agrega valor ao produto. Por isso o mercado abusa muito, colocando um preço altíssimo em determinado produto, que já tem conhecimento da importância que este exerce em determinada faixa etária porque sabe que existe um público que fará de tudo para comprar e não importa quanto valha aquele produto.
Esta influência das nacionalidades, abarcadas nas subculturas traz hábitos específicos de acordo com os estilos culturais e suas atitudes características, por fim, o agrupamento regional; baseia-se determinando a área e costumes em que o individuo é influenciado de acordo com sua região. 
Assim MAZZON e HERNANDEZ (2013) referem que a produção sobre o comportamento do consumidor tem representado 23,6% das publicações científicas da década, o que representa que os pesquisadores tem tido o intuito de desenvolver ferramentas próprias para o mercado, procurando compreendê-lo. 
 	
2- INFLUÊNCIAS NO CONSUMO
A cada ano a população jovem vem crescendo ainda mais, com isso, gera uma grande influência no mercado, na qual, faz-se necessário as empresas se atualizarem sobre esse aumento, analisando os principais pontos para desenvolverem suas estratégias. O Brasil assim como outros países, vem tendo um grande consumo de informática, roupas modernas e produtos de última geração por conta do consumo jovem, colocando o Brasil na sexta colocação de países com população mais jovem. 
O universo teen, como abordado por diversos autores traz os conceitos no “existir”, já que tem grande representação social, em sentir-se inserido no grupo no qual pertence, usar as mesmas roupas, ter os mesmos aparelhos celulares e até mesmo se libertar dos moldes dos quais eram impostos pelos pais, ou seja,uma fase de transição entre criança à adolescente. Tendo este conceito elucidado e a grande fluidez de informações trocadas entre os jovens, fica a questão, quais os verdadeiros motivos que levam o público jovem à consumir ?
Antenados, independentes, vaidosos, os consumidores jovens estão buscando no mercado itens que indicam modernidade, tendo mais liberdade para escolha. Essa população jovem está diariamente ligada às redes sociais, aplicativos telefônicos, entre outros equipamentos tecnológicos que facilitam comunicação.
O trabalho de marketing e os recursos a serem desenvolvidos para atrair esses jovens devem ser através de fatores que eles mais utilizam, fatores estes que, possibilitam uma grande divulgação da marca, do produto, exercendo assim uma forte influência no fator de compra.
Segundo conceitos abordados por PEREIRA (2010) suscita que a noção de estilo de vida deve extrapolar o “trivial”, no qual os jovens são movidos por escolhas, já que a globalização requer muito mais do que conhecimento exacerbado das mídias eletrônicas, mas sim, práticas que preencham as necessidades do cotidiano, dando assim indícios que o mesmo está atualizado. 
A mesma autora ainda afirma que ser jovem não é um privilégio de uma faixa etária socialmente construída, mas sim um projeto de vida que se estende além dos vinte e poucos anos. O que se pode complementar que o paradigma instituído pela sociedade em que o viés do jovem, não está atrelado à idade, apesar de ser muito considerado no cotidiano, já que pode complementar que o conceito idade está pouco implícito na qualidade de vida do jovem, já que se está diretamente ligado ao estilo de vida que a pessoa vive. 
O estilo de vida adotado pelas pessoas na contemporaneidade requer atualização das mídias eletrônicas, o que necessariamente está diretamente ligada à um real motivo para se consumir, já que muitas das mídias usadas, começam ser obsoletas à novas mídias utilizadas atualmente.
Pode-se dizer que a mídia exerce um fator predominante no comportamento de compra dos jovens e agrega valores aos produtos aos quais considera importante para esta parcela da população, tendo em vista que o “status” tem grande importância para os jovens, inserir-se no grupo também, a demanda criada pela mídia tem que ser atrelada à tecnologia e mobilidade.
Complementando, não é apenas a qualidade do item que o torna desejável, mas o que ele pode proporcionar: distinção e pertencimento a um determinado grupo do qual se deseja fazer parte ou ser visto como pertencente a ele. Todavia o prazer emocional proporcionado pela aquisição de um objeto de desejo está diretamente relacionado a intenção de comunicar à outras pessoas uma dada imagem, inclusive no intuito de obter aprovação social ou até mesmo competir com os demais membros do grupo como sendo o que detêm o melhor produto.
Segundo dados recentes, os jovens tem grande capacidade em usar diversos meios de comunicação, remetendo a grande facilidade de adaptação deste público, o que pode-se dizer há uma vasta gama de usuários de redes sociais e mensagens instantâneas, aos usuários de redes de dados nos celulares. 
Diversos pontos podem ser observados com o uso das redes sociais, já que a rapidez da comunicação seja bem sucedida, objetividade, mobilidade e simultaneidade.
Objetividade, a mensagem ser clara e objetiva no qual o assunto a ser tratado está em ênfase. Mobilidade, onde quer que o sujeito esteja, as informações podem chegar, atreladas a simultaneidade, com rapidez, por sua vez com a agilidade de informações corrente entre os jovens o que requer dos mesmos um aparelho de celular com uma memória ampla, para armazenar todos os dados recebidos e enviados.
	Sendo assim, esta fluidez de informações recebidas entre os jovens é um indicador do quanto às informações podem chegar rapidamente, o que faz com que a troca de informações entre os grupos também aumente, um fator expressivo do conceito social exercido nos comportamentos do jovem. Uma grande tendência no mercado com o avanço das tecnologias, o acesso à internet tende a aumentar, o que significa que as comunicações entre os jovens, também aumentem, contudo a rapidez da troca das informações entre os mesmos seja maior, fazendo assim referência ao estilo de vida dos jovens.
PARENTE (2009) suscita que a “busca pela conveniência” e a “falta de tempo” são características marcantes que vêm moldando o comportamento e os hábitos de compra, ou seja, os consumidores não tem muito tempo para disponibilizar, o que remete à muitas vezes compras em “fast food” ou até mesmo pela internet em que o consumidor pode comprar e pagar sem ao menos sair de casa. 
	Com esta mudança de paradigmas em que o mercado tem de se adaptar, houve-se uma exigência de um ajustamento por parte dos varejistas, buscando aprimorar seus conceitos de facilidades e rapidez aos clientes, foram adotados “layouts” , no sentido de departamentalizar, sendo assim mais bem sinalizada, expondo os produtos e deixando os de fácil acesso aos consumidores. 
O autor deixa claro em seus estudos tal afirmação:
	“ ... procurando se ajustar-se a essas novas expectativas dos clientes oferecendo:
maior agilidade no atendimento e nos caixas, uma departamentalização mais bem sinalizada, para facilitar o processo de compra, serviços que agregam conveniência, como funcionamento 24 horas, entregas em domicilio, vendas por telefone e internet, e ampliação da gama de produtos e serviços em um único local por meio de lojas maiores e de centros de compras planejados (shopping centers). PARENTE (2009)
Reconhecendo este comportamento as multinacionais fazem de tudo para agradar este público, muitas vezes contratam profissionais especializados ou até empresas que são especializadas em pesquisa de mercado.
Tendo este comportamento bem explicito pode-se ter maior embasamento nas campanhas de marketing, os itens mais procurados são: informação e tecnologia, são um dos pontos fortes que os jovens procuram se atualizar para ficar dentro dos diversos assuntos, atualmente o consumo de aparelhos de comunicação tem sido o mais consumido entre esse público.
A preponderância do contexto social no jovem está diretamente ligada aos padrões de comportamentos, sendo estes de compra de produtos que o grupo usa, já que isto faz com que o jovem se sinta inserido. O que direciona o comportamento de compra, que por muitas vezes é um fator preponderante de se sentir inserido ao grupo, no qual pertence, usando determinado produto, muitas vezes criado demanda pela mídia como algo particular de um grupo.
Os jovens querem adquirir os objetos de desejo muitas vezes por quererem “pertencer”, “ascender socialmente”, “afirmar sua personalidade” e “satisfazer a vontade” de ter produtos de ostentação que os diferenciem e os destaquem dentro da sociedade. 
Em uma sociedade marcada por hierarquias sociais, o consumo e sua ostentação acabaram sendo eleitos socialmente como elementos fundamentais para a distinção social, sobretudo entre os jovens.
Todavia, não pode-se negar que o jovem tem grande importância no mercado e que o segmento que trabalha com este público tem de estar sempre a frente e como já fora dito anteriormente trabalhar com uma questão holística, ampla de conceitos no qual aborda todas as etnias e grupos sociais. 
Os hábitos e a rotina dos jovens são muito observados no momento da seleção dos seus produtos, já que se importam cada vez mais com moda e estilo, segundo dados do IBGE (1996) grande maioria dos jovens se preocupam com a beleza, o que direciona o mercado a investimentos voltados à este público.O que difere que este direcionamento tem de ser bem trabalhado de modo à deixar claro sobre seus referenciais de imagem e personalidade.
Diante de tal perspectiva e facilidades oferecidas aos consumidores, o valor agregado dos produtos tem sua diferenciação, paga-se pela comodidade que são oferecidos nestes centros de compras. O que se pode considerar que muitos jovens preferem frequentar estes centros, considerando pela facilidade em adquirir todos os produtos que se procura em um único lugar. Outro fator importante, são oferecidas diversas opções em um mesmo local, à exemplo de um vestuário que são diversas lojas do mesmo setor, o que amplia as opções apresentadas aos jovens. 
PORTO (apud PARENTE, 2009) a incorporação de novas tecnologias na comercialização de produtos e serviços fez com que as estratégias adotadas, fossem diretamente embasadas nas pesquisas de marketing. Com a ascensão do comércio através dos canais de comunicação virtuais, internet, tem contribuído para mudança de paradigmas referentes à relação cliente-empresa, ou seja, este vínculo é isento no comércio virtual.
As empresas tem direcionado grande parte do seu marketing virtual em estimular este tipo de comércio virtual, o que pode-se dizer que foi bem aceito pelo público jovem, diferentemente dos consumidores de outrora, em que os produtos tinham de ser visualizados e experimentados antes da efetivação da compra, com a contemporaneidade, este comércio inovou e fez com que o público jovem viesse a consumir mais assiduamente. 
	
“ A utilização da internet pelas empresas representa uma forma de ampliação de seus canais de marketing para o escoamento de produtos e serviços. (...) parece sinalizar que o varejo virtual, pela internet, será utilizado cada vez mais como forma de comercialização de bens e serviços, substituindo ( ou complementando) o varejo tradicional e físico por meio de lojas” ( PORTO, apud PARENTE, 2009)
Com a ascensão e a fluidez de informações pelo público jovem requer das empresas um maior investimento nas tecnologias de informação, já que as facilidades de acesso e em muitas vezes em tempo real às informações disponíveis no mercado, se fez necessário expandir o acesso à sites de vendas e até mesmo à mídias demonstrando os produtos. 
PORTO ( apud PARENTE, 2009 ) refere que uma nova tecnologia é mais rapidamente aceita quando oferece mais conveniência para o usuário do que a tecnologia que está sendo substituída, ou seja, a tecnologia oferecida ao consumidor torna-se obsoleta. Todavia, a mudança do perfil do consumidor foi parcial, ou seja, foi bem aceita pelo público jovem, apesar de ainda carregar alguns preconceitos na compra de determinados produtos.
Com o acesso por meios de comunicação, muitas vezes portáteis, celulares e afins, facilitou que este mercado seja explorado e se tenha uma dimensão do preço, qualidade, vantagens e até mesmo prazo de entrega do produto. As empresas entenderam que o mercado está em constante mudança e facilitaram o acesso aos seus conteúdos, realizando estratégias de marketing para que sobrevivam neste meio, não tornando obsoletas, visto aos seus concorrentes virtuais. 
Para tal investimento no comércio virtual, houve-se um estudo preliminar no qual possibilitou perceber qual o público teria maior aceitação, visto que muitas das campanhas publicitárias estão atreladas à redes sociais, mas para que esta inovação se firmasse teria que oferecer segurança aos usuários. Os investimentos foram direcionados ao rastreamento dos produtos, informação aos usuários sobre o roteiro de entrega, muitas vezes este serviço só é disponibilizado através de um protocolo de compra, disponibilizado no ato da compra do produto.
Essa forte influência pode ser vista no perfil de consumo de vestuário, na qual, colocam-se o público jovem em segunda colocação diante da população geral, abrangendo seus conhecimentos em marcas e modelos mais que qualquer outro nicho no mercado, investindo muitas vezes em produto de marcas para poder manter sua posição financeira na sociedade.
Como muitas vezes o poder de compra tende a ser ampliado com a ascensão profissional, requer também das empresas de vários segmentos, um planejamento estratégico de marketing, que busca ter uma visão ousada, no qual este público se sinta atraído e valorizado em adquirir o seu produto, atrelado às condições de pagamento que podem ser facilitadas, fazendo com que o jovem adquira um produto de maior valor, que na verdade representa muitas vezes o “status”.
A beleza e a moda são fatores de extrema importância para essa geração e com o tempo ela vem sendo customizada de acordo com o gosto de cada um, fazendo a juventude expressar seu valor diante das aparências com as ultimas tendências, representando um elo com a sociedade que atua. 
Os jovens ingressam na faculdade com uma perspectiva do que trazem de casa sobre como conduzir suas compras, já que trazem moldes dos seus familiares, tendo em vista este viés, os jovens que tem ingresso na vida profissional através de programas de estágio remunerado durante a faculdade podem começar a suprir suas necessidades, este fato tem grande representatividade no mercado consumidor. 
Sendo assim, quanto maior a oferta de emprego, maior a procura por suprir necessidades, sejam estas, como citadas anteriormente criadas por demanda de marketing focada para este público ou demanda necessária.
Pode-se dizer que esta inserção do mercado precoce, pode guiar os jovens estudantes, serem promovidos e manter-se na mesma empresa até o término de sua graduação, por este motivo há uma elevação salarial, o que
se pressupõe que as necessidades começam a se diferenciar e o poder de compra começam aumentar.
Algumas empresas e organizações já observaram esse grande e importante fator e começaram a desenvolver seu plano de trabalho em cima desta situação. 
Com a ascensão no mercado de trabalho dos jovens, a observância das campanhas de marketing também mudaram, o que representa uma visualização de campanhas das quais não tinham muito significado anteriormente. Pode-se dizer que os desejos por algo não considerados anteriormente começam a ter dimensões maiores fazendo com que o jovem tenha outras perspectivas das quais não tinha anteriormente.
O consumo é considerado o termômetro da economia, quanto mais rica a população for, mais poder de consumo ela terá, a parcela da população que mais consome no Brasil atualmente é a classe média e segundo dados do IBGE (1996), a faixa etária que mais consome é entre 16 à 24 anos. 
	Segundo PEREIRA (2010) de qualquer forma, deixa explicitado que a sensação de que a maior contribuição da juventude para a publicidade está nas amplas possibilidades criativas, já que, culturalmente, as gerações reinventam-se continuamente, produzindo culturas e modas. 
Influenciados por tendências da moda, hábitos de consumo dos pais, propagandas e, principalmente, pelas redes sociais, os adolescentes principalmente já são responsáveis por uma boa fatia do mercado.
Não se pode desconsiderar que muitos jovens tem em sua dinâmica, o imediatismo, o que requer dos produtos resultados eficazes em curto espaço tempo. Outro ponto a ser acrescentado que os jovens não aceitam mais a ideia de ter que dividir os seus produtos, principalmente os produtos que adquirem para sua própria beleza.
	Os jovens da atualidade apresentam um padrão de comportamento heterogêneo, já que determinados grupos de jovens apresentam determinados padrões de comportamento e estilos de vida. Dito que muitos dos jovens dão preferência por produtos de marcas famosas e valorizam lojas que tornem seu processo de compra uma atividade lúdica. 
	As empresas têm realizado pesquisas que traçam um perfil do seu consumidor, isto fez com que houvesse quebra de paradigmas e traçassem vendedores e atendentes conforme seu público, para o perfil jovem, sempre há procura por vendedores mais jovens, que são vistos como referência identitária, ou seja, entenderá mais facilmente o desejo de compra.
	Novamente suscita-se o que leva o consumidor jovem a consumir, diante de todos os conceitos abordados, pode-se dizer que um amplo viés do mercado faz com que este público consuma, o que não se pode fechar um conceito, de que o consumir é levado somente por tal vertente do mercado ou por outro. Há grandes influências como: mídia, internet, grupo social, desejos e até mesmo facilidades de acesso ao mercado consumidor nos centros de compras planejados.
3 – DISCUSSÕES 
Diante de todos os conceitos abordados neste trabalho e embasados em teóricos que suscitam discussões sobre o comportamento do consumidor e temas relacionados sobre o problema de pesquisa, discutem-se elementos para que este possa conter ideias que possam contribuir com estudiosos do tema aqui abordados.
	Assim como é feito nos dias atuais a mídia ainda exerce papel fundamental no comportamento de compra dos consumidores, haja vista, que o papel exercido pela mesma tem um fator preponderante nos jovens, visto que, este trabalho aborda tal comportamento.
	Tendo em vista que os jovens apresentam diversas influências no seu perfil consumidor, serão abordadas, cada qual em sua amplitude neste capítulo, fechando assim os conceitos abordados nos anteriores, tais reflexões sobre o comportamento do jovem, são visualizadas pelo marketing, já que estudiosos do tema buscam entender tais comportamentos cotidianamente. 
Diversos autores estudados na construção deste, citam em seus estudos que o fator de consumo está diretamente ligado ao preenchimento de um vazio existente na contemporaneidade, por diversos fatores a serem acrescidos neste, já que vivem diante de uma mudança de comportamento do consumidor em um contexto amplo.
Fazendo-se valer de conceitos de que a mudança de comportamento fica explícita em nosso cotidiano, fica a distinção, a singularidade, à exemplo de como se troca presentes hoje, muitas vezes se busca um produto único, trazendo luz à um conceito da importância do outro como algo ímpar, único, de grande importância. 
O consumidor busca por objetos artesanais, que o objeto seja raro, que contenha uma particularidade, já que a distinção do mesmo, faz com que se sinta lembrado em sua singularidade.
O inigualável conceito de existência dos jovens na modernidade requer de sua excentricidade única algo particular, que por mais que seja ligada aos conceitos da moda, sejam únicos, sejam verdadeiros, sejam lembrados em sua existência, o que faz referência ao conceito se “existir” para o outro.
Sendo assim um dos teóricos que fundamentam a construção deste cita que o público consumidor é diretamente ligado aos fatores psicológicos, sociais, culturais e pessoais e tendo em vista tais conceitos este seguirá com apontamentos sobre tais comportamentos.
	Fatores Psicológicos: consumir como um ato de “ser”, mostra que diante da personificação como adultos e autoafirmação para si mesmos, está diretamente ligado ao possuir algo que esteja aquém do seu desejo é a afirmação de “ser” no mundo. Este conceito mostra que o objeto de desejo, simboliza o “rito de passagem”, no qual possuir objeto de desejo faz com que se sinta importante, se sinta “adulto”, seja este jovem em qualquer idade.
Este elemento também faz jus ao sentimento de sentir-se só, como fuga dos problemas, ao invés de tratá-los em sua raiz, consome como alívio de suas frustrações, proporcionando alívio efêmero, ou seja, alívio temporário de seus insucessos, sejam estes na vida pessoal ou profissional.
O fator de consumir tem como contribuição que, consumir está diretamente ligado à satisfação de necessidades, procura do prazer, defesa ou afirmação de status, imitação dos outros, e mais filosófica de todas as afirmações, o verdadeiro propósito de existência, ou seja, “Quem sou eu no mundo em que vivo?” 
Tendo em vista tais contribuições pode-se dar à luz a conceitos como de Maslow, já que a constituição da sua pirâmide está relacionada a todos os desejos, limitações e realizações, quando o sujeito transcende uma etapa da pirâmide tende a buscar a realização da próxima escala, tendo no final sua plenitude, a realização completa, o que pode oscilar em diversos momentos da vida, como o próprio autor cita em seus estudos.
Ainda fazendo referência à Maslow, pode-se ter como base a explicação sobre o verdadeiro propósito de consumir, ou seja, “Quem sou eu no mundo em que vivo?”, se o jovem passa por diversas transformações e amadurece, isto dá indícios que o comportamento também oscila. Em determinados momentos pode buscar se inserir em um mundo que não o seu pertencente, requer que este tenha um determinado produto, ou seja, faz jus ao “status quo”. 
Muitas vezes também o consumo está diretamente ligado aos conceitos de procura de prazer, fazendo referência a momentos que fazem recordar episódios prazerosos da vida, muitos jovens apresentam este comportamento, principalmente ligados ao cinema, futebol e outros temas. 
Outro fator ligado à este conceito está na compra de determinados produtos do uso cotidiano, em que muitas vezes há grande predominância em demonstrar um estilo arrojado, adquirindo objetos, não pela sua durabilidade e sim pelo seu design inovador, fora do comum e cores muitas vezes, pautadas na moda do momento. 
O comportamento de compra dos jovens têm ligação com à mudança de estilo de vida, já que quando existe tal mudança, seja esta de: estado civil, casa, cidade, país, se há quaisquer elementos que queira esquecer-se do seu antigo estado, busca adquirir produtos que não tem ligação nenhuma com estado antigo e se desfaz muitas vezes de algo que queira
deixar no passado, representação simbólica do comportamento do jovem. Um exemplo simplório desta vertente está em um rompimento de relacionamento em que se há compra de novos objetos que não fazem referência nenhuma com a antiga relação.
Fatores Sociais: O ato de consumir permeando os conceitos de classe social, em que tendem a ser influenciadas pelo comportamento do grupo, no qual são inseridos. O que diferem entre as classes média e as mais elevadas, são suas preferências já que a classe mais elevada tem grande apreço por livros e revistas, um conceito à ser considerado que na sua grande maioria todas as classes sociais tem admiração por itens de comunicação como: celulares, notebooks e afins.
Outro fator à ser levado em consideração é sobre o comportamento de compra ser associado a uma sensação de preenchimento pelo vazio que os pais deixam no cotidiano dos filhos, considerando que por se ter como base um viés do mundo atual pode-se concluir que muitos dos pais trabalham fora e os filhos são criados com terceiros como: avós, tios ou até mesmo tutores. 
Como compensação desta lacuna deixada, no oferecimento de afeto, os pais proporcionam todos os objetos de desejo dos filhos, que muitas vezes são levados pelos desejos de outrem, desejos estes que são oferecidos sem quaisquer objeções. 
Outro fator à ser levado em consideração, ainda embasado na questão da falta ou compensação, como dito anteriormente, é que muitos deste pais não tiveram acesso a muitos dos seus desejos, talvez pela oportunidade que tiveram na sua criação ou até mesmo por se tratar de proles de filhos muito grandes, o que dificultava este processo atender os desejos dos filhos.
Muitos destes jovens são provenientes da nova classe média e de um passado sem tanta privação quanto o de seus pais. Esse grupo tem força e poder de compra, pode-se responsabilizar este fácil acesso ao mercado, como a facilidade de crédito disponibilizada, sendo assim estes ficam mais ávidos para adquirir produtos que lhe tragam satisfação.
O mercado publicitário está diretamente ligado nesta parcela do mercado, pois tem como indicador que os jovens são ávidos por inovações e por consumir. Pensando neste conceito as empresas agregam valor à seus produtos, usando das mídias disponíveis, fazendo referência à pessoas famosas sendo assim passam ser referência ao uso do produto, estas propagandas tem o forte poder de associação à imagem.
Utilizar de intermeios que associação, se faz uma construção de uma marca, bem sucedida, o mercado já tem esta vertente do mercado clara, e sabe que os jovens sofrem forte influência da mídia e, mais recentemente, das redes sociais. Sendo assim, nesses espaços midiáticos, configuram e fortalecem seus estilos de vida próprios, os quais são perseguidos por outros jovens. 
Tendo a internet como ferramenta à seu favor o mercado explora de diversas formas a busca pela informação dos jovens e faz com que as inovações sejam bem claras e explícitas, utilizando de imagens para que deixe bem clara a sua intenção. 
Buscando interpretar a contextualização do perfil do consumidor, muitas vezes à mídia contextualiza os problemas sociais, principalmente fazendo referência ao poder aquisitivo. 
Tendo um viés contemporâneo das novelas, que exercem e contribuem no comportamento da sociedade em um contexto geral, pregado maciçamente pela teledramaturgia, seja esta no horário nobre, em uma determinada rede televisiva. À exemplo, em que este conflito de classes sociais, pode ser facilmente resolvido pelo casamento e ou pelo amor. 
O que se pode ter como contribuição, que os problemas sociais são magicamente resolvidos, estas opções morais entre o rico e o pobre, fortes e fracos, bons e maus são tidos como conceitos de resolução de problemas sociais.
Entretanto pode-se perceber que muitas vezes as mídias estão implícitas nos comportamentos dos jovens e até mesmo na sociedade, o desejo de se tornar rico, ter um poder aquisitivo bom, poder conhecer o mundo e até mesmo viver em uma situação confortável, faz com que as relações amorosas na contemporaneidade, sejam baseadas nestes conceitos, fazendo referência à um dito popular, em que, “a ficção copia a realidade e vice versa”. 
Elucidando tais conceitos que a posição dos jovens diante de vários opiniões e a diversidade de informações recebidas no cotidiano de diversas formas faz com que este conceito seja inimaginável diante do comportamento que o jovem possa ter, tendo em vista que o jovem traz introjetado uma ótica cultural que remete em seu comportamento, o que fica claro em todas as investigações que a contextualização do perfil do consumidor jovem é ampla e como atuará no mercado, não há como ter uma precisão à respeito.
Fatores culturais: Este conceito aborda a cultura em que o jovem está inserido considerando o que o mesmo traz de “bagagem” de sua família, ou seja, a cultura, que lhe foi passada, muitas vezes a cultura introjetada na família, preza alguns fatores como predominantes e outros não.
Todos os conceitos levantados dão indícios que a opinião do jovem possa o levar à consumir, principalmente o mercado das novas tecnologias, em que investe-se muito nas propagandas, porém a aceitação ou não de determinado produto, passa por fatores como: variações de região para região, de país para país e principalmente de cultura para cultura.
Pode-se considerar que há elementos que provocam tal variação, como classe social à qual pertencem, o acesso a determinados meios de informação, a faixa etária e a região em que residem, elementos que podem ter alta significância no ato de compra, considerando o acesso que se tem a todos os meios de comunicação, principalmente como já fora citado anteriormente, acesso à redes sociais.
Tendo em vista tais fatores e diante de todos os conceitos aqui abordados, considera-se que há diversos aspectos que influenciam o comportamento de compra dos jovens, a grande observância que os fatores culturais têm, faz com que exista uma gama de preponderância nos comportamentos de compra, isso requer que a mídia exerce papel essencial seja no meio social, no meio cultural ou até mesmo no meio pessoal.
Fatores pessoais: Questões de desejos pessoais, em que estão diretamente ligados ao conjunto de fatores que o individuo carrega em sua vida, este conceito pode ser visto como algo que tem ligação com todos os anteriores. Haja vista que sofre influência psicológica, social e cultural.
Sabendo-se que para se possuir um desejo, a construção do mesmo tem influencia de diversos fatores como da mídia em que apresenta um produto, muitas vezes lançamento no mercado, do grupo que se é inserido, em que um amigo tem. Pode-se ter como contribuição que este desejo pode ou não estar ligado, necessariamente ao objeto “chave” da inserção do grupo, ou seja, não é um objeto que o faz inserir-se no grupo, tem muitas vezes algo à ver com o imaginário.
	Fazendo referência ao conceito de social, pode-se levantar a questão no qual o jovem passa a usar determinado produto para se inserir no grupo no qual pertence, ou seja, o grupo rege a moda, normatiza leis à serem seguidas para que se assim sinta-se um membro do time, para tanto, pode-se dizer que este conceito pode ser considerado ambíguo, já que o grupo sofre influência da mídia e os integrantes do mesmo regem sua identidade como seres pertencentes ao grupo. 
Os jovens influenciados por tendências da moda, hábitos de consumo dos pais, propagandas e , principalmente pelas redes sociais, já são responsáveis por uma boa fatia de consumo no mercado, as empresas vem investindo maciçamente em produtos voltados para este público. 
Tendo como base este conceito de inserção no grupo, o grupo escolar, também se insere neste viés, já que muitos dos jovens convivem por muitos anos dentro da mesma, o que faz com que os grupos sofram alterações entre si, os jovens amadureçam e mudem de desejos, influenciados ou não pela mídia, mas sempre haverá um modelo implícito nas relações para que os mesmos se sintam incluídos no grupo.
Devido à
necessidade de se autoafirmar e pertencer a um grupo, os jovens geralmente se anulam individualmente, este conceito se firma quando fala-se de conceitos de auto imagem, que podem ser notados quando olha-se em grupo de adolescentes, todos usam praticamente as mesmas roupas, os mesmos celulares, os mesmos sapatos, ou seja, o conceito individual está totalmente anulado, pelo conceito grupal. 
Este comportamento tende a ficar mais aparente na adolescência, pois quando crianças que antes eram levados pelos desejos dos pais, quando ficam mais velhos, procuram se identificar com os grupos, com a escola, com o que está na moda, ou seja, se auto afirmar, mais uma vez utiliza-se conceitos, agora do fator psicológico. 
Fazendo referência a idade, este tem como objetivo estudar uma parcela do mercado, parcela esta de 15 à 24 anos, fase que passa por diversas mudanças. 
Pode-se considerar uma ascensão ao ensino médio, terminam o ensino médio aos 17 anos. Aos 18 anos, muitos dos jovens começam a dirigir, para muitos esta mudança tem uma grande importância, poder ir e vir sem depender dos pais, além desta mudança, iniciam a faculdade, muitos as vezes mudam de cidade, por conta dos estudos. Neste momento, o vinculo com os pais é quebrado, são inseridos no mercado de trabalho, muitos por vezes através de estágios remunerados. 
Chegam aos 21 anos, amadurecem, muitos compram carros, até os 25 anos terminam a faculdade, iniciam uma carreira profissional. Outro fator importante que durante estes nove anos namoram, o que faz com que influencie também no comportamento consumidor. 
Todavia todas estas mudanças que acontecem nesta etapa, os jovens amadurecem em muitos aspectos, isso faz com que os comportamentos de consumo também mudem consideravelmente. Estes parâmetros podem nortear o mercado, o marketing exerce papel fundamental neste estudo, traçando o perfil de consumidor, seja este em diversas regiões, em diversas idades e até mesmo em diversas culturas, fazendo um viés à mobilidade, ou seja um mercado de amplitude holística. 
Após este mapeamento de mercado, cruza-se as informações coletadas com as tendências de mercado como exemplo da moda, estilo de vida, foco que a empresa quer atingir e estilo de vida. O resultado de toda esta pesquisa é o desenvolvimento de produtos que correspondem diretamente à necessidades e desejos desses jovens consumidores. 
Outro fator importante, é como o jovem se vê, sua imagem, esta preocupação está aparente cada vez mais cedo, isto dá indícios que há uma parcela do mercado rentável que está sendo explorada de forma sutil, isto dá um indicador que os jovens estão preocupados com a beleza. 
Todavia o objetivo deste trabalho é falar sobre o perfil do consumidor e o que leva este à consumir, há considerações à respeito sobre o que o mercado faz para que este processo seja bem sucedido para ambos, já que o mercado é a presença imediatista no cotidiano, ou seja, fala a língua que o jovem consumidor quer saber, da forma mais fluída e mais inovadora possível. 
	Diante de todos os conceitos apresentados neste trabalho tem um aspecto investigativo sobre os comportamentos de compra dos jovens, não se pode fechar como um conceito já que cada um tem sua subjetividade, porém conclui-se que através de pesquisas bibliográficas pode-se ter uma base que grande parte do comportamento dos jovens tem grande influencia social, sejam estas por parte do meio em que vivem ou do grupo no qual pertencem.
CONCLUSÃO
Diante de todos os conceitos conclui-se que há diversas formas de compreender o perfil consumidor jovem e o que faz com que ele consuma. Diversos fatores influenciam, o que faz com que haja reflexões à respeito, pode-se dizer que diante do contexto estudado, pode-se afirmar que não é um conceito diretivo. 
Esta faixa etária passa por diversas mudanças, isto faz com que o amadurecimento das escolhas também ocorram, se houver um direcionamento sobre quaisquer aspectos que apareceram na construção deste pode-se limitar os conteúdos estudados, deixando a desejar o objetivo esperado do trabalho. 
Considerando a singularidade deste público um fator que aparece como grande imponência em todos os teóricos estudados, que com a contemporaneidade versus modernidade, as tecnologias tornam-se obsoletas muito rapidamente e o interesse por tecnologias é clara em grande parte do público aqui estudado.
Todavia a fluidez de informações do mundo moderno faz com que todos os envolvidos no processo de fabricação de objetos de consumo deste público, estejam à frente, no desenvolvimento de novas tecnologias, antes mesmo que haja demanda. 
Assim deixa-se a contribuição para todos os interessados em se informar de como o mercado do consumidor jovem se baseia e onde estão os nichos à serem explorados. Deixa-se aqui também a contribuição que este foi um recorte dos teóricos estudados, que não pode ser tomado como um estudo aprofundado, tal fundamentação à ser corroborada teria que ser feita uma pesquisa de campo, deixando assim clara um recorte de uma determinada região. Para maiores aprofundamentos deve se estudar e aprofundar-se mais à respeito.
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