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Semiologia da Dor

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Conceito, classificação, 
avaliação e tratamento
Profª Drª Miriam Seligman
UFSM
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Conhecimento da Dor : evolução
Inadequado tratamento da dor
Ausência de informações científicas sobre mecanismos de dor
Dor: produto da doença
Médicos que “tratavam” a doença deveriam manejar a dor
Sofrimento desnecessário dos pacientes
Não reconhecimento da necessidade de estudos básicos e clínicos sobre dor
IASP e regionais
Publicações sobre Dor
Órgãos governamentais e não governamentais de pesquisa em Dor
Expansão de programas de treinamento e atividades educacionais em todos os níveis
1º “guideline” sobre tratamento da dor no câncer
1960-1970
Dr John J Bonica 1980
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Importância do conhecimento da Dor:
Uma das grandes preocupações da humanidade;
Ocorrência crescente da dor crônica: novos hábitos de vida, maior longevidade, prolongamento da sobrevida de doentes com patologias graves e modificações do ambiente em que vivemos;
Reconhecimento de novos quadros dolorosos;
Estresse físico e emocional para doentes e cuidadores;
Fardo econômico e social para sociedade.
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Situação atual da Dor:
Grandes avanços na anatomia, fisiologia e psicologia da dor
Novas abordagens de tratamento
Dor crônica permanece sub-tratada
Queixas de dor permanecem como 2ª causa de procura médica (EEUU)
Melhora significativa na abordagem de dor pós-operatória e dor do câncer
Melhor abordagem da dor nos extremos de idade
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“Experiência sensitiva e emocional desagradável 
associada ou relacionada a lesão real ou potencial 
dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo
 através das suas experiências anteriores.” 
IASP- International Association for the Study of Pain
 
DOR
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Classificação da Dor
Aguda
Crônica
Recorrente 
Nociceptiva
Neuropática
 Oncológica
 Não oncológica
Tempo:
Mecanismo de ação:
Etiologia:
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DOR AGUDA
Manifestação transitória por período curto (minutos a semanas);
Associada a lesão em tecidos e órgãos;
Ocasionada por inflamação, infecção, traumatismos, e outras causas;
Desaparece após diagnóstico e tratamento correto;
Exemplos: dor pós-operatória, dor do parto, dor do politraumatizado, dor do queimado, dor de dente, cólicas em geral.
Tempo:
FÁCIL TRATAMENTO - BOA RESPOSTA AOS ANALGÉSICOS
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DOR CRÔNICA
Duração prolongada (meses a anos);
Muito freqüentemente associada a processo de doença crônica ou conseqüente à uma lesão já previamente tratada;
Exemplos: dor articular da AR, dor do câncer, LER/DORT,fibromialgia, neuralgia pós-herpética, neuropatia diabética, dor do membro fantasma, síndrome dolorosa regional complexa tipo I e II.
Tempo:
DIFÍCIL DE TRATAR - MULTIDICIPLINARIDADE 
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DOR RECORRENTE
Períodos de curta duração que se repetem com freqüência;
Podem ocorrer durante toda a vida do indivíduo mesmo sem estar associado a processo específico;
Exemplo: enxaqueca, lombalgia, dor miofascial
Tempo:
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DOR NOCICEPTIVA
Mecanismo de ação:
Fibras C
Fibras A-delta
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 DOR NEUROPÁTICA
Mecanismo de ação:
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 DOR ONCOLÓGICA
Invasão tumoral ou compressão de outros tecidos pelo tumor
Cirurgias e biópsias
Lesão dos tecidos provocada por irradiação
Neuropatias causadas por quimioterapia ou outros tratamentos
Isquemia
Inflamação
Bloqueio ou lesão de estruturas de órgãos (dor visceral)
Mobilidade reduzida e artropatias (dor musculoesquelética)
Fraturas patológicas
Outras comorbidades
Etiologia:
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 DOR NÃO ONCOLÓGICA
Dor pós-operatória
Enxaqueca,cefaléia
Bursite,tendinite
Lombalgia, cervicalgia, lombociatalgia
Fibromialgia, dor miofascial
LER/DORT
Síndrome Dolorosa regional complexa tipo I e II
NPH, ND, NT
Dor pélvica, dor torácica, dor abdominal
Etiologia:
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Lesão nos tecidos
Condições físicas
Efeito das medicações
Suporte social
Relações familiares
Influências culturais
Comportamento
Tipo de personalidade
Grau de conhecimento
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NOCICEPÇÃO
DOR
SOFRIMENTO
COMPORTAMENTO
DOLOROSO
detecção do
dano tecidual
resposta ao 
estímulo nocivo
resposta afetiva
negativa gerada
pela dor
dor e sofrimento
(quantificáveis)
COMPONENTES 
 DA DOR:
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Diagnóstico da Dor:
Identificação do agente causal
Origem da dor
Intensidade e influência de fatores psicossociais
Determinar o método mais 
adequado para o tratamento
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Métodos diagnósticos para Dor:
Anamnese
Exame clínico
Exames complementares (eletrofisiológicos, exames de imagem, exames laboratoriais)
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ANAMNESE
Início
Duração
Periodicidade
Localização
Evolução
Fatores agravantes e atenuantes
Repercussão nas atividades diárias
Estado de ânimo, relacionamento familiar, atitudes frente à dor, crenças, valores do indivíduo e da família
Medicações e outros tratamentos já realizados 
Atividades físicas e sobrecargas
Posições do corpo ao sentar, deitar e levantar
Alterações comportamentais, tipo de sono, atividade sexual, apetite, hábitos alimentares, atividades domiciliares e laborativas, atividades de lazer e muitas outras.
 
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Características da dor:
DOR
qualidade
duração
localização
etiologia
natureza
intensidade
freqüência
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Perguntas sugeridas na anamnese:
Fale-me sobre sua dor
Aonde você sente dor? 
Ela se move ou dispara?
Como ela parece?
Que outras palavras podem descrever sua dor?
O que faz você se sentir melhor?
O que faz você se sentir pior?
Que medicações ajudam para o alívio?
Você pode reproduzir sua dor?
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Impacto da dor na qualidade de vida:
O que sua dor significa para você?
Como sua dor atua no seu papel na família; em sua habilidade de trabalho; em seu papel no trabalho; em seu papel na comunidade?
O que significa sofrimento para você?
Você sente que está sofrendo?
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Ferramentas auxiliares na anamnese de Dor:
Unidimensionais
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Descritor verbal da Dor
Nenhuma dor (0)
Dor leve (1)
Dor moderada (2)
Dor intensa (3)
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5 a 15 minutos
Multidimensional
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Diagnóstico através de desenhos (crianças)
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“The Brief Pain
Inventory”
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“Edmonton Symptom
 Assessment Scale”
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“ Distress Thermometer”
Sintomas físicos
Sintomas psicológicos
Suporte familiar
Suporte espiritual
Problemas financeiros
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EXAME FÍSICO
Observação criteriosa do paciente (desde a sala de espera);
Observar estrutura músculo-esquelética para constatar possíveis deformidades, atrofias e outras manifestações anormais;
Testes ou manobras clínicas especiais que podem auxiliar determinados diagnósticos como tendinites, compressão de nervos, ciatalgias e outros;
Palpação de diferentes estruturas do corpo, que permitem delimitar áreas dolorosas, consistência muscular, alterações em órgãos internos como fígado, baço e outros;
Pesquisar a presença de PONTOS GATILHO, que são pequenas áreas de dor intensa, localizadas em músculos muito tensos – irradiação da DOR.
 
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EXAMES COMPLEMENTARES
Eletrofisiológicos: determinam, através de aparelhos, o funcionamento de tecidos (eletromiografia, exame de ondas positivas, presença de fibrilações)
Exames de Imagem: identificação de anormalidades nos locais afetados (RX, TC, RM, US, CO, etc)
Exames laboratoriais: detectar ou excluir anormalidades inflamatórias, metabólicas, degenerativas
“Quando justificados e quando contribuirem para o plano de tto”
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Tratamento da DOR:
O tratamento adequado dos processos dolorosos
 tem como pilar fundamental o diagnóstico das 
causas que provocaram o seu aparecimento, com 
base no exame clínico e nos exames
 complementares. 
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Tratamento da Dor:
DOR AGUDA: remoção da causa da dor, uso de 
medicamentos adequados e em determinados casos 
procedimentos de fisioterapia e / ou psicologia. 
DOR CRÔNICA: demanda um tratamento mais
complexo e prolongado, por ser resultante de 
mecanismos multifatoriais que conduziram o organismo
afetado a esse ponto de cronicidade. Em geral, demanda
avaliação por especialistas de várias áreas
para se obter 
um melhor alívio da dor. 
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Tratamento Medicamentoso:
Analgésicos e antiinflamatórios
Opióides
Analgésicos adjuvantes
Antidepressivos tricíclicos
Anticonvulsivnates
Neurolépticos
Corticoesteróides
Via oral, IV, SC, espinhal, SL, transdérmica
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Tratamentos Auxiliares
Psicoterapia
Ludoterapia
Tto multidisciplinar
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Prevenção da Dor:
Dor Aguda: cronificação pode ser prevenida desde que tratada prontamente e adequadamente;
Dor Crônica : tratamento dos sintomas; identificação e modificação das condições que favorecem o seu aparecimento (parte emocional, ambiente físico, ambiente social,postura,estilo de vida) 
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“dor é o que o paciente diz ser e existe quando ele diz existir" 
O diagnóstico da dor é baseado na queixa do paciente e sua descrição da experiência do sintoma;
Como não existem meios objetivos de quantificar a dor, é essencial acreditar e aceitar o relato de dor do paciente;
Em casos de dor crônica ou persistente, sinais físicos e evidências diagnósticas podem estar ausentes ou confusas;
Um inventários de dor incluindo uma figura anatômica pode ser útil em substanciar e documentar a dor do paciente bem como avaliar a resposta às intervenções.
McCaffery, 1983

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