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03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 1/40 Introdução à sociologia da violência (PGN1937) Forum de Contribuições das aulas 4 a 6 quinta-feira, 27 de setembro de 2012 COORDENAÇÃO - POLÍTICAS E GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBL Fórum das Aulas 4 a 6: Caros Alunos, Esse é o espaço destinado para discussão dos conteúdos e conceitos abordados nas aulas 4 a 6. Contribua com suas anotações, dúvidas e pontos de vista, visto que sua nota de participação será apurada por meio da colaboração nas discussões desse tópico. Além disso, o (a) tutor (a) a distância irá lançar questionamentos para interação de todos. Fórum Biblioteca Fórum Trabalhos INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA (PGN1937/1346132) 9002 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 2/40 terça-feira, 30 de abril de 2013 00:09 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Aluno. Proponho para este fórum a seguinte questão: Para o sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva, "a violência urbana não é um conceito (ou um recurso para a compreensão e explicação de um fenômeno social), mas o objeto a ser compreendido. A violência urbana é uma representação de práticas e modelos de conduta que moldam uma ordem social". A partir destas considerações, como compreender as sociedades ocidentais contemporâneas e seus processos de sociabilidade violenta? Que ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? Bom trabalho! terça-feira, 30 de abril de 2013 21:19 ALUNO(A) LUCIANO RISCAROLLI Ao nos depararmos com os modelos e praticas das condutas “violência urbana”, muitas vezes definida como crime comum, ou crime comum violento, estas praticas geram uma trinca na vida em sociedade tendo-se com isso uma anormalidade, prejudicando assim as relações entre as pessoas dai o surgimento de uma cultura onde a um individualismo que ninguém se preocupa com o que o outro faz, ou deixa de fazer, mas sim só com sigo mesmo. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 3/40 quarta-feira, 1 de maio de 2013 10:08 ALUNO(A) JOSE ANTONIO CHRISTO Bom dia a todos: A tranformação de práticas e especificidade da violência , se perde quando condesada e tratado como caso particular, vindo a ser submisso ou subordinado a uma ordem produzida pelo medo ( mais conhecida como lei do silêncio .A violência urbana têm seus contornos sociais na vida e no contidiano urbano, se necessário criar estrátegia no ordenamento politico - social, estruturar e avaliar os meios para alcançar os objetivos desejados. quarta-feira, 1 de maio de 2013 23:18 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Certo, José. Sua análse da situação da violência é pertinente e interessante. Como profissional de segurança, como pensa a possibilidade do desenvolvimento de ações concretas que possibilitem o senso de cidadania e pertencimento, de valorização e de equivalência? 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 4/40 quarta-feira, 1 de maio de 2013 23:16 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Certo, Luciano. E que ações concretas podem ser desenvolvidas na área de segurança pública que possibilitem o senso de cidadania e pertencimento, de valorização e de equivalência? quinta-feira, 2 de maio de 2013 12:43 ALUNO(A) LUCIANO RISCAROLLI Acredita-se que nem sempre seja uma questão de segurança publica, mas sim uma questão cultural e educacional onde impera o famoso “jeitinho brasileiro”, se não é comigo não estou nem ai, enquanto for com os outros tudo certo, sem preocupação nenhuma com os problemas sociais, formando-se assim uma sociedade individualista. Daí a necessidade de se investir em educação e cultura também em segurança publica pois uma esta ligada a outra, devemos fazer com que desperte nos cidadãos as questões de responsabilidade e patriotismo pois se todos estiverem engajados nas questões sociais tudo se torna mais fácil e responsável. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 5/40 sábado, 4 de maio de 2013 18:04 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Correto, Luciano. Também acho a educação uma via importante. O "jeitinho brasileiro" está em função de um modo de operar na sociedade, fruto da particularidade clientelista de nossa história. quarta-feira, 1 de maio de 2013 14:01 ALUNO(A) PAULO HONÉSIMO CARDOSO DA SILVA Segundo o sociólogo vem surgindo uma nova forma de sociabilidade, de relação social, marcada pela violência, que expressa um individualismo contemporâneo. Analisando esse individualismo atual, fica fácil entender o porque das relações entre as pessoas estarem sendo afetadas. Esse clima de tensão e desconfiança entre as pessoas ultimamente acaba sendo comum, pois quem está ao seu lado no trânsito, na rua pode te assaltar ou te agredir a qualquer momento sem que nenhum motivo tenha sido dado. A proposta sugerida é oferecer educação e dignidade para todas as pessoas. quarta-feira, 1 de maio de 2013 23:19 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Paulo. Concretamente, de que forma se pode oferecer educação e dignidade para as pessoas? Em sua área de atuação profissional, que ações têm sido desenvolvidas com vista a equacionar os problemas da violência urbana? 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 6/40 sexta-feira, 3 de maio de 2013 11:29 ALUNO(A) JOSE ANTONIO CHRISTO Bom dia a todos Penso que atráves de uma educação constituida, e continuada não rotulada e garantias aos direitos fundamentais, com desenvolvimento de polìticas públicas de segurança, poderemos amenizar e desenvolver pacificação social, vitando o desejo contraditório. sábado, 4 de maio de 2013 18:08 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado José. Penso que as ações de educação são importantes, mas as boas ações, os exemplos, podem ter um impacto significativo nas formas de operar as mudanças na sociedade. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 7/40 sábado, 4 de maio de 2013 10:25 ALUNO(A) RONALDO REZENDE DE JESUS JUNIOR Bom dia a todos!!! Acredito que o aumento da violência nos paises ocidentais ocorre principalmente pela forma errada de se combater a violência, ou seja, combate- se a violência com mais violência. E em segundo lugar, a violência é reflexo de uma sociedade altamente consumerista, onde você é o que você tem, e quem não tem busca uma forma violenta de ter. Acredito que o melhor caminho para a redução da violência e o investimento em educação e a redução da desigualdade social. Abraços. sábado, 4 de maio de 2013 18:11 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Ronaldo. Concordo que a saída para o controle da expansão da violência seja a prevenção, que pode ser traduzida por educação. Esta, por sua vez, deve estar subsidiada por formas positivas de consideração da diversidade, não hierarquizantes ou excludentes, que permitam ao jovem enxergar nas políticas públicas estratégias privilegiadas para a conquista de direitos, oportunidades e exercício da cidadania. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 8/40 sábado, 4 de maio de 2013 17:30 ALUNO(A) CINTIA ALVES MIGUEL DOS SANTOS Na atualidade a questão da violência têm se mostrado alvo de inúmeros estudos que buscam sua compreensão, o que por muitas vezes termina por enfocar o tráfico de entorpecentes como o maior dos "vilões" e "produtor" de violência. Contudo, sabemos que a violência não se restringe a um só fator (como o tráfico, por exemplo) mas sim está presente em todos os momentos da história social e política de nosso país, moldando a sociedade e contribuindo, muitas vezes, para uma cultura da violência, como forma de ser e estar no mundo. Infelizmente vemos que em nosso país existe uma rede que fomenta ações violentas e por muitas vezes "acoberta" a violência e desrespeito aos direitos humanos. Aos profissionais de segurança cabe a propostade uma micropolítica na qual por meio de pequenas ações cotidianas não seja difundida a violência em suas atitudes. Também penso que a desnaturalização do "tiro, porrada e bomba" é essencial para que em suas práticas o policial possa se colocar no lugar de um profissional atuante em prol da dignidade humana, o que pode ser construído coletivamente por meio do processo de formação e de grupos de reflexão acerca de um novo perfil de profissional da área de segurança. Abraços! 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 9/40 sábado, 4 de maio de 2013 18:13 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Boa discussão, Cintia. Pois é, vemos aí um descompasso entre as conclusões de especialistas e estudiosos das sociedades e a implementação de políticas e ações de combate a problemas endêmicos (ou epidêmicos) como o uso de drogas e o narcotráfico, bombas, tiro e "porradaria". Ao que parece, dispositivos reativos parecem ser mais interessantes politicamente do que ações preventivas e educativas. Mais interessantes para quem? quarta-feira, 8 de maio de 2013 14:34 ALUNO(A) CINTIA ALVES MIGUEL DOS SANTOS Ações preventivas demandam tempo, investimento e pesquisa para que sejam consideradas um "sucesso", fatores que, quase sempre, não são considerados pelas instituições responsáveis! Parece mais fácil combater as conseqüências do que os fatores geradores de violência, localizando, muitas vezes, o indivíduo como produtor de violência, e, deixando "de lado" as instituições que produzem e reproduzem violência. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 10/40 quinta-feira, 9 de maio de 2013 09:52 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezada Cintia. Infelizmente... Com tudo isto, criam-se processos de retroalimentação infindáveis e insolúveis. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 11/40 domingo, 5 de maio de 2013 21:05 ALUNO(A) MARCOS AURELIO MUGESKI Vejo a violência nos países ocidentais como um reflexo do sistema capitalista que impõe a necessidade do "ter" em detrimento do "ser", não que o sistema capitalista seja o culpado, mas a forma como ele é operado nos países em desenvolvimento. Enquanto que, nas culturas orientais existe a valorização das pessoas, seu conhecimento e o desenvolvimento da sociedade como um todo, nos países de cultura ocidental as politicas de domínio e individualistas impõe uma segregação econômica e desigualdade social. As grandes corporações ditam regras de comportamento social e têm os mecanismos jurisdicionais como aliados na defesa de seus interesses. Não adianta apenas impor regras opressoras mais rígidas, deve-se atuar na base do problema social vivenciado nas sociedades ocidentais, ou seja: desenvolver políticas de melhoramento da sociedade, investindo em educação, a fim de desenvolver a intelectualidade nas classes menos favorecidas. Oferecer oportunidades aos jovens de forma que se mostre o verdadeiro valor do trabalho e o mais importante acabar com a impunidade e corrupção, pois a mentalidade de "dinheiro fácil" sem consequências faz com que muitos deixem do caminho da legalidade para se aventurarem na vida fácil (crime) sem ter que trabalhar ou estudar. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 12/40 domingo, 5 de maio de 2013 22:01 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Marcos. Ao que parece, o combate, ou melhor, a prevenção à violência e a criminalidade deve abarcar todos os dispositivos institucionais da sociedade, focando mais nas causas do que nas consequências: melhor distribuição de renda, acesso à saúde e a assistência social, emprego, lazer, educação etc. segunda-feira, 6 de maio de 2013 22:57 ALUNO(A) CLAUDETE PEREIRA DA SILVA É inegável que vivemos dias difíceis, a violência em toda sua plenitude tem envolvido grande parte da sociedade mundial. No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas, em alguns casos esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas. A criminalidade não é um “privilégio” exclusivo dos grandes centros urbanos do país, entretanto o seu crescimento é largamente maior do que em cidades menores. Att, Claudete P.S. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 13/40 quinta-feira, 9 de maio de 2013 09:55 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Correto Caludete. E como entende a afirmação de Machado da Silva de que "a violência urbana não é um conceito (ou um recurso para a compreensão e explicação de um fenômeno social), mas o objeto a ser compreendido. A violência urbana é uma representação de práticas e modelos de conduta que moldam uma ordem social"? Como entende a possibilidade de construção de ações, por parte dos profissionais de segurança, que possam promover a normalidade da vida cotidiana? Aguardo. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 14/40 terça-feira, 7 de maio de 2013 22:24 ALUNO(A) FATIMA CONCEIÇÃO OLIVEIRA SILVA Antes de expor a minha opinião sobre o conteúdo e o que foi colocado neste fórum, gostaria de dizer que concordo e muito com as palavras do amigo LUCIANO RISCAROLLI. Acredito que a criminalidade se torna maior e se faz mais presente onde não há o acesso a educação e um ensino de grande qualidade. A educação permite a formação de cidadãos plenos de seus direitos e deveres, conscientes de seu papel na sociedade e a importância no mesmo na estrutura e convívio social. Um cidadão que reflete mais os seus problemas, mas que ao mesmo tempo é capaz de buscar meios ou soluções a fim de conduzi-los da melhor forma, dentro de uma conduta moral e ética. Quanto ao que foi exposto pela amiga Cíntia, a Policia Militar, nisso cito a PMERJ, vem conduzindo em seu processo de formação de soldados, disciplinas voltadas aos Direitos Humanos, para que a mentalidade de "tiro, porrada e bomba" seja extinta. Tanto é que as UPPs são o reflexo desta nova mentalidade da Policia Militar, que mesmo sem o devido amparo do estado, vem tentando buscar uma relação de confiabilidade nas áreas ocupadas. quinta-feira, 9 de maio de 2013 09:56 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezada Fatima. Também acho que a educação é um bom caminho para a mudança do quadro de violência que temos hoje. Também entendo que ações exemplares são ferramentas fundamentais à medida que informam aos cidadãos modos atitudes e comportamentos esperados em sociedade. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 15/40 sexta-feira, 10 de maio de 2013 16:26 ALUNO(A) MARCO ANTONIO DOS SANTOS A violência configura-se na atualidade como um problema social grave cuja complexidade constitui um desafio para estudiosos preocupados em aprofundar as discussões e teorizações sobre este tema. Em suas múltiplas formas de manifestação, a violência tornou-se um fenômeno presente em diferentes situações da sociedade brasileira, ocupa um lugar significativo na vida cotidiana das pessoas e contraria as expectativas de civilidade e solidariedade. Sem dúvida alguma, a violência é um fenômeno complexo e difícil de equacionar, tornando-se quase impossível apontar uma origem única diante da multiplicidade de motivos e formas como ele se manifesta. Antes disso, a gravidade e a urgência das situações brasileira e mundial indicam que essa generalização da violência é sintomática. Ela se caracteriza como um tipo de linguagem, que é a expressão dos conflitos de poder, da cultura individualista, da subjetividade instrumental, e do sofrimento psíquico e social experimentado pelas sociedades ocidentais modernas. Nesse Contexto várias ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança Pública no intuito de promover a normalidade da vida cotidiana, no entanto essas ações serão basicamente de combate as consequencias da violências e raramente das causas pois entendo que as causas deveriam ser combatidadas sob outros aspectos por outras políticascomo de Governo, de diminuição das desigualdades sociais com melhor distribuição de renda, de educação de qualidade, de combate a corrupção, na reformulação das leis, e na valorização da familia. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 16/40 sábado, 11 de maio de 2013 20:29 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Marcos. Parte de sua postagem é transcrição não referenciada de documentos online. Que ações concretas podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública, principalmente sobre as causas, já que sobre as consequências, já sabemos que nem sempre atingimos os objetivos desejados? sábado, 11 de maio de 2013 12:32 ALUNO(A) MARCIO LEANDRO FAGUNDES A violência urbana cresce assustadoramente e atinge níveis alarmantes, o que faz aumentar a sensação de insegurança. As pessoas estão cada vez mais agressivas, individualistas, egoístas, dentro de suas "ilhas" de convívio individual. Esse tipo de conduta antissocial, fomenta a violência em suas várias formas, dentre as quais, a intolerância, que não respeita as diferenças do seu próximo, passando pela violência física, onde o mais forte subjulga o mais fraco, impondo suas regras. Políticas públicas voltadas para a educação e a conscientização da necessidade do convívio em harmonia, devem ser implantadas e postas em prática pelos profissionais de segurança pública, que não devem esquecer que estão incessantemente sob os olhares da sociedade, devendo assim, dar bons exemplos de cidadania. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 17/40 sábado, 11 de maio de 2013 20:39 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Marcio. O combate à criminalidade deve considerar diversas dimensões, apostando, menos em dispositivos reativos, e mais em ações preventivas e de promoção da ordem social. A educação e a conscientização são ferramentas fundamentais neste processo. domingo, 12 de maio de 2013 02:22 ALUNO(A) ELVIS SATIRO DOS SANTOS Pode-se analisar que na sociedade ocidental, devido à exclusão socioeconômica e a negligência dos espaços periféricos por parte do Estado, a violência urbana se deu principalmente nas áreas ditas ilegais, onde as formas de integração social não se faziam presentes. Com o processo de urbanização e consequentemente a industrialização, modifica-se os padrões de consumo e surge o rótulo do bandido que é entendido não como aquele que comete o crime, mas sim como alguém que possui um estereótipo padrão para ser intendido como marginal da lei. Já os profissionais de segurança devem somar forças com as comunidades a fim de se acabar com os espaços onde ocorra violação aos direitos humanos e com maior fragilidade socioeconômica. Com vistas a incluir esse grupo que outrora se encontrava excluído. Deve-se primar principalmente pelo investimento de educação nas áreas retomadas. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 18/40 domingo, 12 de maio de 2013 18:13 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Elvis. Boa compreensão e análise da situação da violência urbana. Falamos de um processo multifatorial que se atualiza no jogo entre as instituições sociais ao longo de processos sócio históricos. Por outro lado, temos que pensar ações concretas, exemplares, que funcionem como uma espécie de "espelho social". Penso que as ações educativas, imprescindíveis, devem vir acompanhadas de modos exemplares de atitudes e comportamentos. domingo, 12 de maio de 2013 18:05 ALUNO(A) BIANE DANTAS DE JESUS LIMA A normalidade na vida cotidiana do profissional da segurança pública, principalmente aqueles que lidam com o cambate e confronto direto à violência e aos crimes cometidos em nossa sociedade, só é possível mediante um distancimento entre a vida profissional e pessoal, o que se torna tarefa árdua uma vez que não é fácil promover esse tipo de separaçao entre o que somos no trabalho e em nossas vidas pessoais. É por essa razão que muitas vezes os profissionais veem suas vidas particulares prejudicadas pela influência negativa que a profissão acaba trazendo. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 19/40 domingo, 12 de maio de 2013 18:15 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezada Biane. Não entendi bem sua discussão. Lembro que a proposta do fórum é: Para o sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva, "a violência urbana não é um conceito (ou um recurso para a compreensão e explicação de um fenômeno social), mas o objeto a ser compreendido. A violência urbana é uma representação de práticas e modelos de conduta que moldam uma ordem social". A partir destas considerações, como compreender as sociedades ocidentais contemporâneas e seus processos de sociabilidade violenta? Que ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? Aguardo nova postagem. domingo, 12 de maio de 2013 18:08ALUNO(A) JOSUE DOS REIS Para entender a violência urbana nas sociedades ocidentais contemporâneas é necessária uma abordagem multidisciplinar. Do ponto de vista da sociologia e antropologia existem diferentes interpretações, uma delas é a do sociólogo Luiz Antônio Machado da Silva, que construiu a teoria da “sociabilidade violenta”, segundo a qual o convívio social está moldado por condutas e práticas em que o uso da força deixa de ser eventual e passa a ser um princípio. Michel Misse interpreta o fenômeno desenvolvendo a teoria da “acumulação social da violência”, percebendo-a como fruto de um processo histórico e cumulativo. Assim, temos um processo de “acumulação social da violência urbana” do malandro, representação social do período que vai do século XIX até a década de 1950, figura astuta, “sujeito que consegue viver honestamente do 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 20/40 a década de 1950, figura astuta, “sujeito que consegue viver honestamente do trabalho alheio, ao contrário do ladrão que é desonesto” (FARIAS, 2002), até o “bandido”, representação social do período seguinte, caracterizado pela brutalidade. Sérgio Adorno e Alba Zaluar procuram compreender a violência urbana associando-a à desigualdade socioeconômica e violação dos direitos humanos. Adorno defende que as causas do aumento da violência urbana estão relacionadas às mudanças nos padrões de violência e criminalidade, à crise no sistema de justiça criminal e à desigualdade social e segregação urbana. Zaluar critica a teoria de Adorno, sendo a primeira voz acadêmica a dissociar a pobreza e violência, demonstrando que, muitas vezes, há menos crimes nas cidades mais pobres e mais crimes onde há circulação de riqueza e dinheiro. Zaluar demonstra ainda que há aspectos subjetivos associados a violência, como a construção da masculinidade. Segundo a autora, os valores no mundo do crime são construídos pela imposição da força e da ameaça, sendo as relações de lealdade e solidariedade instáveis. Luiz Eduardo Soares desenvolve a teoria da “dupla mensagem” que faz com que o indivíduo, sobretudo o jovem, ora receba informações a partir de um modelo que enfatiza a igualdade individualista e ora a interdependência hierárquica como forma de estruturação social. “[...] o autor mostra que existe um conteúdo cultural – conectado às estruturas da desigualdade socioeconômica – que influencia a construção do indivíduo enquanto sujeito social [...]”. Soares defende, ainda, a teoria da “elaboração coletiva da violência”, fazendo uma analogia com o Tribunal da Verdade e da Reconciliação criado pelo presidente sul-africano Nelson Mandela para julgar os crimes cometidos no Apartheid. Segundo ele, a verbalização e o compartilhamento de experiências de violência ajuda no processo de construção de uma nova realidade. As contribuições dos autores citados são significativas para entendermos a centralidade da segurança pública na atualidade, decorrente do processo de “sociabilidadeviolenta”, mas no meu entendimento existe uma variável que não foi considerada e que ajuda a explicar o crescimento da violência nas sociedades contemporâneas: o esquecimento de Deus. No Antigo Testamento a idolatria (adoração de deuses estranhos) era o pecado mais abominado por Deus, motivo pelo qual as sociedades da época viviam em constantes conflitos e guerras, sem estabilidade duradoura, sendo destruídas pela atuação divina. As sociedades contemporâneas continuam cometendo o mesmo pecado da idolatria, só que o deus que adoramos atualmente é o capital, o dinheiro, nos esquecendo do Deus verdadeiro. Luiz Eduardo Soares escreveu sobre o “Perdão e esquecimento”, relatando a experiência do Tribunal da Verdade e da 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 21/40 “Perdão e esquecimento”, relatando a experiência do Tribunal da Verdade e da Reconciliação sul-africano. A Bíblia Sagrada relata uma história de violência sofrida por José cometida pelos próprios irmãos (Gênesis, capítulos 37 a 45), mas que foi superada pelo perdão e esquecimento. José foi vendido como escravo pelos irmãos por ciúme aos 17 anos, mas devido a sua habilidade de interpretar sonhos se tornou vice-governador do Egito e livrou a sua família da fome. A questão sobre as ações que podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida me remete ao fenômeno da “sujeição” estudado por Michel Misse. Há uma “sujeição criminal” quando “há reprodução social de ‘tipos sociais’ representados como criminais ou potencialmente criminais” (MISSE, 1999, p.66). A sujeição relaciona-se com o efeito Pigmalião, teoria da expectativa ou profecia auto-realizável. [...] interessei-me especialmente pelo modo como a percepção se forma e com ela determina a maneira de nós vermos as coisas, e a maneira como vemos determina nosso comportamento. Isso me levou ao estudo da teoria da expectativa e das profecias auto-realizáveis ou seja, do “efeito Pigmalião”, e à constatação de quão profundamente arraigadas estão nossas percepções. Aprendi que precisamos enxergar as lentes que usamos para ver o mundo, assim como o mundo propriamente dito, e perceber que estas lentes modelam nossa interpretação do mundo (COVEY, 2005a, p.28). O efeito Pigmalião é um processo cognitivo em referência a uma lenda da mitologia grega. Pigmalião era escultor e se apaixonou por sua escultura feminina perfeita e por acreditar que ela fosse uma mulher de verdade Vênus deu vida à estátua. [...] O efeito Pigmaleão consiste na transformação que se opera em uma pessoa em razão das crenças a seu respeito por parte de outra pessoa que lhe é significativa, como o pai, a mãe e o professor para uma criança, e o gerente para um funcionário. Não é a expectativa que opera a transformação, mas o comportamento baseado nessa expectativa [...] (CAVALCANTI et al., 2009, p.102) Assim, se quisermos mudar uma situação precisamos mudar a nós mesmos, ou seja, a mudança é de dentro para fora (COVEY, 2005a). Dessa forma, os profissionais de segurança pública que, além de conhecerem as teorias sociológicas e antropológicas estudadas nesta disciplina, fizerem uma reflexão do processo cognitivo de como constroem as suas representações sociais estarão contribuindo para a normalidade da vida, já que “’policiamento preventivo’ passa a ser sujeição criminal dirigida às camadas populares e o 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 22/40 princípio orientador da prática de policiais que leva à concretização da profecia que se autorrealiza”. REFERÊNCIAS BÍBLIA. Antigo Testamento. Gênesis. Português. Bíblia sagrada. 2. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1983. Cap. 37-45, p. 66-76. COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. Rio de Janeiro: Best Seller, 2005. CAVALCANTI, Vera Lúcia et al. Liderança e motivação. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. FARIAS, Antonio Carlos de. O malandro de pijama. Pensata. Folha On Line, 28/03/2002. MISSE, Michel. Malandros, marginais e vagabundos. Rio de Janeiro: IUPERJ, tese de doutorado, 1999. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 23/40 domingo, 12 de maio de 2013 18:23 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Josué. Muito boas suas reflexões. Obrigado por sua contrbuição. Como disse em outro momento, temos que fugir da armadilha da naturalização dos eventos sociais e atentar para sua dimensão multifatorial ou multideterminada. Assim, trazemos para a análise do fenômeno da violência, seja na versão de Machado da Silva - sociabilidade violenta -, seja na de Misse - acumulação social da violência -, aspectos da formação social que estão para além de uma suposta anormalidade naturalmente criminosa, portanto, excepcional. Ao contrário, temos a violência como consequência (previsível) de modos particulares de operar sobre o mundo social, nos processos de produção e distribuição de bens e serviços. Nesse sentido, resgatar as dívidas sociais que remarcam desigualdades e inequidades parece ser um começo necessário para a instauração da ordem social. domingo, 12 de maio de 2013 21:56 ALUNO(A) JOSE ANTONIO CHRISTO Boa noite a todos: Para que haja sucesso nas ações entendemos, tem que haver prevenção, o melhor caminho para minimizar a violência urbana e a educação e o compartilhamento das informações, tendo em vista que aqui no ES o Governo criou um aplicativo para celulares onde a iniciativa viabiliza a consulta de dados do automovel atraves das placas, e passa a colabora com ações de segurança em tempo real. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 24/40 segunda-feira, 13 de maio de 2013 00:22 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Jose. Boa iniciativa do Governo do ES. Obrigado pelo compartilhamento da informação. Abraço. quinta-feira, 2 de maio de 2013 09:48 ALUNO(A) FELIPE CAETANO DE AGUIAR As sociedades ocidentais estão entrelaçadas no capitalismo onde ocorre divisões de classes levando a conflitos. O problema esta acima dos profissionais de segurança pública, que atuam no problema já estabelecido, uma das soluções é a prevenção política que atende as demandas sociais de emprego e educação para diminuir os índices de violência urbana causados em grande parte por descontentamentos de classes desfavorecidas. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 25/40 sábado, 4 de maio de 2013 18:33 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Correto, Felipe. Mas penso que, se ficarmos aprisionados à ideia de que o que está acima dos profissionais não pode ser alterado, negamos sua função de agente de transformação. É claro que mudanças macrossociais não serão feitas por indivíduos isolados, senão com ações compartilhadas e integradas entre os diversos atores sociais. Nesse sentido, penso que a educação para a cidadania é uma grande arma para estabelecer mudanças estruturais. domingo, 5 de maio de 2013 15:15 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO Verdade professor, às vezes a sensação de inércia é tanta que acabamos por minimizarmos a nosso capacidade de mudança. Isto deve-se ao reflexo de que na prática é diferenre que na teoria, mas o segredo já foi dito:"educção para cidadania". domingo, 5 de maio de 2013 22:03 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Educação é ações exemplares! 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 26/40 sexta-feira, 3 de maio de 2013 01:18 ALUNO(A) WELLINGTON CANDIDO MOREIRA JUNIOR Acreditamos, de acordo com o que foi visto até o momento na disciplina, que os fenômenos sociais em muito tem haver com a criminalidade, no entanto esta se diferencia daquela, pois existe crimes que não são cometidos com uso de viôlência. Outro fator a se obsevar, é qe existem atos que ão considerados violentos e não constiuem crimes( artes marciais). Sendo assim, parece nos certo afirmar que a discilpina em debate mostra se degrande valia para o futuro gestor de segurança pública. sábado, 4 de maio de 2013 18:37 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Wellingon. Não entendi muito bem sua discussão. Você diz algo sobre tipos de violências que se diferenciam. De que exatamente está falando? Por outro lado, temos uma discussão proposta sobre o conceito de "sociabilidade violenta", proposto por Machado da Silva. Como entende esta ideia do sociólogo? Que ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? Aguardo. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 27/40 sexta-feira, 3 de maio de 2013 11:12 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO Com os diversos processos de modernização, o ser humano passou a ter novas demandas, sejam elas pessoais ou profissicionais, dentre elas: mais tempo, mais conhecimento, mais atitude, perspicácia, e etc. A nova ordem social ficou sustentada nos reflexos de nossas atitudes e hábitos. A oferta de novas tecnologias, a facilidade de acesso às informações, o aumento da capacidade produtiva e o aumento do poder aquisitivo (de alguns) gerou, de certo modo, uma nova forma de relacionamento, exaltando a importância do "ter"e minimizando a necessidade do "ser"(tanto o verbo quanto o substantivo). A sociedade contemporânea está vivenciando um novo dinamismo, em seus mais variados aspectos. Ser pró-ativo é uma necessidade, ser veloz é uma obrigação, só que estamos sendo testemunhas de atitudes cada vez mais individualistas, gestos e palavras agressivas, comportamentos inaceitáveis e incompatíveis com a vida em sociedade. A violência urbana se enrraizara de forma aparentemente definitiva, fazendo com que a habitualidade minimize algumas atitudes criminosas. Precisamos refletir sobre uma nova ótica social. sábado, 4 de maio de 2013 18:40 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Ricardo. Não entendi bem a relação de sua discussão com a proposta do fórum. De que forma suas ideias se articulam com o conceito de "sociabilidade violenta" proposto pelo sociólogo por Machado da Silva? Por outro lado, que ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? Aguardo. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 28/40 domingo, 5 de maio de 2013 14:55 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO A minha análise foi feita em relação a um modelo de cidadão "ambioso- moderno", inserido em uma sociedade capitalista, geradora de novos paradigmas conceituais e que impõe novos valores sociais. Tal "cultura' se instala como se fosse regra, traçando para o cidadão qual caminho trilhar. Este mesmo cidadão, sem possuir capacidade técnica, educacional ,psicológica e financeira, se vê impossibilitado de alcançar determinado status, condição sine qua non para que se sinta bem dentro doseu grupo. Esta sociabilidade impositiva, em muitos casos alavanca a violência urbana. Predomina o ter a qualquer custo, não importa como, mas logo, mesmo que para isso tenha que ultrapassar as barreiras do respeito, da lei, da ordem e da sociedade. domingo, 5 de maio de 2013 22:10 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Ricardo. Compreendi a relação que estabelece. Esta análise encontra eco nas discussões sobre a dupla mensagem a que estão expostos os grupos mais vulneráveis da sociedade. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 29/40 quarta-feira, 8 de maio de 2013 13:57 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO Exatamente professor, os principais alicerces de formação do indivíduo estão sendo minados e colocados à prova. A família e a escola estão sendo literalmente violentadas em câmera lenta, e a sociedade parece não se importar ou não saber como agir. quinta-feira, 9 de maio de 2013 10:01 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Ricardo. Cabe a todos nós pensarmos formas de fortalecer as insituições sociais, à medida que somos os seus componentes. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 30/40 sexta-feira, 3 de maio de 2013 14:17 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO Sobre as ações que podem ser propostas, tenho particularmente, uma confiança no trabalho que está sendo realizado pela secretaria de segurança do Estado do Rio de Janeiro através das UPPs. Esta política de aproximação com as comunidades é um fator essencial à credibilidade do setor. O fator educação é essencial para o aumento da qualidade de vida e da melhora do convívio no dia a dia. Uma proposta seria a implantação, de fato, de uma matéria de educação de trânsito nas escolas primárias, que teoricamente consta no Código de Trânsito mas na prática são pouco difundidas. A paz tão sonhada por uma sociedade começa em casa, segue para um trânsito mais harmônico, e se traduz no respeito mútuo entre os indivíduos. Outra questão um tanto discutida é a diminuição da maioridade penal, que deve ser amplamente debatida. sábado, 4 de maio de 2013 18:44 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Prezado Ricardo. Penso que temos um quadro complexo, onde diversos elementos se somam e produzem um campo fértil para a disseminação da cultura da violência. Parece recorrente a ideia de que o elemento fundamental capaz de fazer frente à vertiginosa escalada da violência e outras formas de conflito social é a formulação de políticas e ações educativas, com vistas a sensibilizar crianças, adolescentes, jovens e adultos para outras formas possíveis de inserção social. Entretanto, penso que, além de processos educacionais, ações exemplares devem funcionar como fortalecedores das ideias trabalhadas. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 31/40 domingo, 5 de maio de 2013 15:11 ALUNO(A) RICARDO SANTOS DE CARVALHO Boa tarde professor, com certeza a questão vai muito além dos processos educacionais, mas a meu ver uma reforma educacional é o cerne da questão. As políticas públicas têm um alcance inimaginável e um reflexo imediato na vida das pessoas. A educação é sim o elemento fundamental, mas é um segmento de longo prazo, devemos atentar para ações que tenham resultado imediato. A ampliação dos postos de trabalho para jovens(sem a exigência de experiência), o aumento das oportunidades envolvendo esportes(como as vilas olímpicas), o aumento dos salários dos profissionais de segurança(como fator motivador)para novos jovens ingressarem nas forças policiais, política de aproximação entre a comunidade e as polícias, são eexmplos que melhorariam a perspectitiva da sociedade. domingo, 5 de maio de 2013 22:08 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Ricardo. Vemos, portanto que, por estarmos diante de um fenômeno complexo, multideterminado, uma série de condições deve estar presente, concorrendo para o fortalecimento do senso de pertencimento social, promovendo a equivalência entre grupos, com iguais oportunidades de trabalho, lazer, distribuição de renda, educação, segurança etc. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 32/40 sábado, 4 de maio de 2013 11:48 ALUNO(A) EDUARDO DE BARROS ALMEIDA Acredito que para compreender as sociedades ocidentais contemporâneas e a questão da violência, devemos entender primeiro que a violência atual é um dos vetores que o modo de produção capitalista contemporâneo. Afinal, violência entendida como padrão de comportamento desviado dos padrões de convívio da sociedade sempre existiu, a questão é que o modo de como o violência se apresenta hoje, acompanhada da organização criminal, das desconsiderações de valores sociais e da banalização da força, são oriundos de uma sociedade que concilia a evolução técnica e científica com a distorção e desequilíbrio das desigualdades sociais, assim, vivemos em meio uma cultura de violência e corrupção inseridos numa lógica passada do individualismo em meio a agentes que utilizam a violência para atingir objetivosindividuais imediatistas de satisfação. As ações de segurança pública dos profissionais de segurança pública devem acompanhar como ressalta Sérgio Adorno, os problemas sociais geradores das causas. Fazer por exemplo, uma política puramente belicista e de invocação a guerra contra o inimigo, não vai adiantaria sem que o Estado se preocupe em resolver os problemas sociais a médio e longo prazo. A história já nos mostrou o quão desastroso é utilizar os agentes de segurança pública como faxineiros dos indesejáveis. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 33/40 sábado, 4 de maio de 2013 18:56 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Muito boa discussão, Eduardo. Penso que a questão da violência, bem como de outros fenômenos sociais, deve ser entendido como um processo multideterminado, que vai desde a formação da sociedade, sua estrutura e os determinantes dos modos de produção e distribuição das riquezas produzidas, até ideários sociais compartilhados por indivíduos e grupos. Assim, tentar compreender fenômenos sociais como o da violência urbana é se disponibilizar a considerar diversos determinantes que concorrem para configurar um quadro social, sem dúvida, agudo e preocupante. Os profissionais de segurança pública, não raro, são chamados a resolver os incômodos ou transtornos que, longe de ser anomalias, estão estruturalmente previstos na conformação da sociedade. Nesse sentido, como bem argumenta, atribuir aos agentes de segurança pública a função de "faxineiros dos indesejáveis", é tentar esconder "em baixo do tapete" restos previsíveis de desencontros sociais. Como sair desta situação e enfrentar de forma adequada e eficaz problemas com raízes tão diversificadas e profundas? 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 34/40 segunda-feira, 6 de maio de 2013 20:59 ALUNO(A) EDUARDO DE BARROS ALMEIDA Investimento maciço e a longo prazo na educação do sociedade, principalmente ao se tratar que a segurança pública é responsabilidade de todos. Tirar da sociedade esse sentimento punitivo e vingativo Inserir o cidadão como participante ativo nos debates comunitários de prevenção da criminalidade Reforma no aparato jurídico cívil e penal Creio que talvez essas medidas possam contribuir em algo quinta-feira, 9 de maio de 2013 10:05 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Correto, Eduardo. À medida que corresponsabilizamos todos os atores envolvidos no processo social, podemos pensar em formas de participação compartilhada no planejamento, operacionalização e controle das ações. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 35/40 domingo, 5 de maio de 2013 19:24 ALUNO(A) WELLINGTON CANDIDO MOREIRA JUNIOR Em reposta a questão proposta pelo Professor Ralph Ribeiro, gostaríamos de expor o que entendemos como violência. Ao nosso ver, esta pode ser entendida, por um lado, como um comportamento que causa algum tipo de dano ou intimidação a outra pessoa, sendo esta nocivo ao cotidiano daquele que teve sua autonomia, integridade física e psicológica vilipendiada. No segundo momento nos parece interessante citar que as vezes esta se faz necessário, por exemplo, numa atuação policial na qual o supeito de determinada ato em desacordo com a normatização penal resiste a prisão. Por último, faz se necessário afirmar que a violência usada por organismo de segurança pública, tem que estar em acordo com os limites previstos na lei. Sendo assim, acreditamos que a violência apresenta várias faces, tendo em determinados momentos aspectos que prejuducam o cotidiano das pessoas e em outros beneficios a população como um todo. domingo, 5 de maio de 2013 22:14 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Correto, Wellington. Mas como podemos entender as proposições de Machado da Silva sobre "sociabilidade violênta"? O que justifica este estado disruptivo da sociedade e como os profissionais de segurança podem propor ações com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 36/40 segunda-feira, 6 de maio de 2013 16:03 ALUNO(A) WELLINGTON CANDIDO MOREIRA JUNIOR Em atenção a questão proposta pelo professor da disciplina, gostaríamos, inicialmente, de expor o que entendemos como as proposições de Machado Silva a respeito da sociabilidade violenta. O autor afirma que os crimes comuns promovem a "ruptura da normalidade da vida cotidiana", o que acaba acarretando numa nova forma de relação social, que fica evidente quando vemos a forma de individualismo contemporâneo. Outro fator a se observar, é que analisando a violência em seu conteúdo mais básico, vemos que esta ameaça a integridade física e garantia patrimonial. Cabe ainda frisar, que ao nosso ver o estado de dirupçaõ em que se encontra a sociedade, deve se ao estágio em que a violência encontra se em nosso país, constatantes casos de troca de tiros entre marginais da lei e autoridades policiais, sequestros, assaltos, etc. Portanto creditamos aos organismos que compõem os orgãos de segurança pública , um papel de destaque na mudança desse quadro de descrédito, através dos conselhos comunitários, no qual podem ser desenvolvidos políticas de segurança pública com os mais diferentes entes da sociedade. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 37/40 quinta-feira, 9 de maio de 2013 10:12 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Caro Wellington. Obrigado por complementar sua resposta. Como temos discutido reiteradamente, estamos diante de um fenômeno complexo, multideterminado. Assim, se quisermos mudar a realidade advers das sociedades contemporêneas, temos que possibilitar condições que fortaleçam o senso de pertencimento social, promovendo a equivalência entre grupos, com iguais oportunidades de trabalho, lazer, distribuição de renda, educação, segurança etc. segunda-feira, 6 de maio de 2013 21:05 ALUNO(A) RONALDO FERREIRA EGIDIO violência urbana, muitas vezes não nos atentamos para os factores que conduziram a tal situação, no entanto, podemos exemplificar o crescimento urbano desordenado. Em razão do acelerado processo de êxodo rural, as grandes cidades brasileiras absorveram um número de pessoas elevado, que não foi acompanhado pela infraestrutura urbana (emprego, moradia, saúde, educação, qualificação, entre outros); fato que desencadeou uma série de problemas sociais graves. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 38/40 quinta-feira, 9 de maio de 2013 10:18 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Certo, Ronaldo. Esta é a história do nosso país. Entretanto, penso que temos que propor ações concretas que incidam sobre a realidade adversa em que vivemos de forma a mudar percepções, à medida que apontem ou ofereçam dispositivos promotores de emancipação e senso de cidadania. Em que medida o profissional de segurança pode contribuir para atransformação da realidade social? domingo, 12 de maio de 2013 01:27 ALUNO(A) ELIENE ALVARENGA DE ALMEIDA COUTINHO Atividade proposta: Há violência na sua escola? (se não for, conhece alguma escola aonde exista violência) Como se manifesta? Como os professores, pais e alunos tratam desta questão? Conforme entrevista a alguns alunos incluindo escola pública e particular, foi relatado que a violência ocorre dentro do ambiente escolar, seja por parte dos alunos, seja por parte dos professore. Elas são manifestadas em forma de bulling entre os alunos e muitas vezes os casos não são apresentados aos responsáveis escolares. Quando chega a ser apresentado muitas vezes os professores não têm competência para resolver os conflitos gerados entre os alunos. Já os pais questionam e cobram a criação de políticas públicas que venham reduzir os índices de violência dentro das escolas. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 39/40 domingo, 12 de maio de 2013 18:05 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIROMESQUITA Prezada Eliene. Não entendi sua postagem. A que ela se refere? A proposta do fórum é: Para o sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva, "a violência urbana não é um conceito (ou um recurso para a compreensão e explicação de um fenômeno social), mas o objeto a ser compreendido. A violência urbana é uma representação de práticas e modelos de conduta que moldam uma ordem social". A partir destas considerações, como compreender as sociedades ocidentais contemporâneas e seus processos de sociabilidade violenta? Que ações podem ser propostas pelos profissionais de segurança pública com vistas a promover a normalidade da vida cotidiana? Aguardo nova postagem. 03/08/13 Fórum m.webaula.com.br/pos.estacio/forum-read-20245.aspx 40/40 domingo, 12 de maio de 2013 14:24 ALUNO(A) SHARLES ADRIANO OLIVEIRA DE ARANTES Boa tarde a todos! A violência urbana tem crescido em nossa sociedade devido ao descaso das autoridades a esse assunto, pois os problemas sociais não tem sido tratados como deveriam, mas com superficialidade, tem sido maquiado, pois a sociedade precisa de ferramentas plausíveis para sair desse colapso que se chama "violência urbana". Falta investimento em educação, cidadania, profissionalização, e incentivo a cultura e esporte. Isso tem que ser tratado com mais atenção, principalmente em periferias onde o cidadão tem mais dificuldade de inclusão com a sociedade contemporânea. Por outro lado falta investimento em projetos em relação a segurança Pública, pois infelizmente nossos governantes ainda pensam que a policia tem que agir na coerção, e na verdade deveria agir na prevenção, sociabilização e com projetos sociais nas comunidades. Agindo assim conseguiria resgatar a vida social dos que estão as margens da sociedade. domingo, 12 de maio de 2013 18:07 PROFESSOR(A) RALPH RIBEIRO MESQUITA Pois é, Sharles. Como profissionais de segurnça pública, cabe também pensar e implementar ações concretas que incidam sobre as questões que levanta. Que ações podem ser desenvolvidas com vistas a minimizar a violência urbana e a desigualdade social e promover a cidadania?
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