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1. SINAIS E SISTEMAS 1.1. Definições Sinal - função que fornece informação acerca do estado ou comportamento de um fenómeno físico. Sinal contínuo no tempo, x(t) - quando a variável independente (tempo) é contínua. Exemplos: ? corrente eléctrica num determinado ramo de um circuito, i(t) ? tensão eléctrica entre 2 pontos de uma determinada rede, v(t) i(t) t v(t) t 1.2 ? energia absorvida por um sistema, ao longo do tempo, w(t) ? temperatura de um corpo ao logo do tempo, T(t) ? distância de um objecto a uma determina referência espacial, d(t) ? quantidade de água armazenada num reservatório, Q(t) ? altura média da vegetação de uma zona geográfica restrita, h(t) ? etc ... Sinal discreto no tempo ou sequência, x[n] - quando a variável independente (tempo) é discreta. Exemplos: ? total de alunos presentes no DEI, em cada dia, x[n] ? saldo de golos (marcados - sofridos) por jornada de uma equipa, g[n] alunos n (dias) g[n] n (jornadas) 1.3 Reflexão de um sinal: x[−n] é a reflexão de x[n] em n = 0. x(−t) é a reflexão de x(t) em t = 0. Escala dos tempos: x(t), x(2t), x(t/3) são sinais "idênticos", com escalas temporais diferentes. Desvio temporal: x[n] e x[n−n0] são sequências "idênticas" desfasadas no tempo. x[n−n0] é a versão atrasada x[n+n0] é a versão adiantada Sinal par: x(t) tem simetria par, se for igual à sua reflexão x(−t). Sinal impar: x[n] tem simetria impar, se x[n] = −x[−n]. Sinal periódico: quando se verifica x[n] = x[n+N]. x(t) = x(t+T). Período fundamental: é o menor dos N's. é o menor dos T's. Sinal determinístico: quando é completamente caracterizado por uma regra matemática (função) para todo o seu domínio. Sinal aleatório: quando é descrito por uma forma probabilística (ex: ruído). 1.4 Energia de um sinal ( ) dttxE ∫+∞∞−= 2 [ ]∑+∞∞−= 2nxE Potência de um sinal ( ) dttx T P T TT ∫+−→∞= 221lim [ ]∑ + −=→∞ = N NnN nx N P 2 2 1lim 1.2. Sinais Básicos Contínuos no Tempo ? Sinal exponencial complexo ateCtx −= .)( com C e a complexos Se C e a são reais: x(t) é uma exponencial real Se a for imaginário puro (a=jω0): x(t) é uma exponencial complexa periódica 0 0 2 ω π=T ( )000 Ttjtj ee += ωω O período será pois −1 1 j −j Re Im tje 0ω t0ω tjte tj 00 sincos0 ωωω += = 1 ω0t )(122 Zkee jkj ∈== ππ 1.5 Será importante relembrar as fórmulas de Euler: donde: ? Sinal sinusoidal )cos(.)( 0 ϕω += tAtx { } { } { }tjtjjtj eCeeeAeeAetx 000 ...)( )( ωωϕϕω ℜ=ℜ=ℜ= + ou, de outra forma tjjtjj eeAeeAtx 00 22 )( ωϕωϕ −−+= x(t) tem pois o mesmo período de tje 0ω : 0 0 2 ω π=T ? Sinais harmónicos exponenciais complexos Zket tjkk ∈=Φ 0)( ω Conjunto de todos os sinais exponenciais complexos periódicos que têm frequências múltiplas de uma determinada frequência de base ω0. θθθ sincos je j += ( ) 2 cos θθ θ jj ee −+= ( ) j ee jj 2 sin θθ θ −−= 1.6 ? Sinal "degrau unitário" > <= 01 00 )( t t tu ? Sinal "impulso unitário" dt tdut )()( =δ ( )∫ ∞−= t dtu ττδ)( )(lim)( 0 tt ∆→∆= δδ =∞ ≠= 0 00 )( t t tδ ( ) 1=∫+∞∞− dttδ Nota: )().0()().( txttx δδ = )().()().( 000 tttxtttx −=− δδ u(t) t 1 u∆(t) t 1 ∆ δ∆(t) t∆ 1 ∆ δ (t) t (área sob o impulso) 1.7 1.3. Sinais Básicos Discretos no Tempo ? Sequência "degrau unitário" [ ] ≥ <= 01 00 n n nu ? Sequência "impulso unitário" [ ] = ≠= 01 00 n n nδ [ ] [ ] [ ]1−−= nununδ 1ª derivada ? 1ª diferença [ ] [ ]∑ −∞= = n m mnu δ [ ] [ ] [ ] [ ]nxnnx δδ ⋅=⋅ 0 integral ? soma [ ] [ ] [ ] [ ]000 nnnxnnnx −⋅=−⋅ δδ ? Sequência exponencial complexa [ ] naeCnx ..= com C e a complexos Se C e a são reais: x[n] é uma exponencial real Se a for imaginário puro (a=jΩ0): [ ] njeCnx 0. Ω= u[n] n 1 δ [n] n 1 1.8 ? Sequência sinusoidal [ ] )cos(. 0 ϕ+Ω= nAnx 1.4. Periocidade das sequências sinusoidais e exp. complexas )(00 Nnjnj ee +ΩΩ = N = período fundamental (nº inteiro positivo) )(.2.1 0 )( 000 ZmmNeee NjNnjnj ∈=Ω⇔=⇔= Ω+ΩΩ π m mN 00 22 Ω=⋅Ω= ππ lfundamentafreq. 0 =Ω m Temos então: inteiros e com2 0 Nm N m=Ωπ racional número umser deve 2 0 π Ω Exemplos: ? [ ] = nnx 12 2cos.31 π periódico racional 12 1 212 2 0 0 ⇒=Ω→=Ω π π )1(12122 0 ==⋅=⋅Ω= mmmN π 1.9 ? [ ] njenx 3152 π = periódico racional 62 5 231 5 0 0 ⇒=Ω→=Ω π π )5(62 5 622 0 ==⋅=⋅Ω= mmmN π ? [ ] = nnx 6 1cos3 periódico não irracional 12 1 26 1 0 0 ⇒=Ω→=Ω ππ Em resumo: tje 0ω nje 0Ω Sempre periódico Freq. fundamental ω0 Sinais distintos em ω0 Só nalguns casos Freq. fundamental Ω0/m (às vezes) Sinais idênticos de Ω0 sep. de 2π njnj ee 00 )2( Ω+Ω =π !!! Vejamos: njnjnjnjnj eeeee 0000 12)2( ΩΩΩ+Ω =⋅=⋅= ππ A exponencial complexa de freq. (Ω0 + 2π) é a mesma que a exponencial de freq. Ω0 , situação bem distinta do caso contínuo! 1.10 Temos então que, no caso discreto, sinais com freq. Ω0 são idênticos aos sinais com freq(s) (Ω0 ± 2π), (Ω0 ± 4π), (Ω0 ± 6π), etc. Então, basta apenas considerar o intervalo de largura 2π no qual Ω0 está contido. Na maior parte dos casos usam-se os intervalos básicos: [ ] [ ]πππ <Ω≤−<Ω≤ 00 ou 20 O sinal não tem assim um aumento contínuo no índice de oscilações, à medida que se aumenta Ω0: Ω0 de 0 a π ? índice de oscilações aumenta Ω0 de π a 2π ? índice de oscilações diminui Exemplo: [ ] )cos( 0nnx Ω= 00 =Ω 80 π=Ω π=Ω020 π=Ω 40 π=Ω 2 3 0 π=Ω 4 7 0 π=Ω 8 15 0 π=Ω π20 =Ω 1.11 Sinais de baixa freq. ? valores de Ω0 próximos de 0, 2π, ou qualquer múltiplo par de π. Sinais de alta freq. ? valores de Ω0 próximos de -π, π, ou qualquer múltiplo ímpar de π. 1.5. Sistemas: propriedades e classificação Sistemas x = entrada ou excitação y = saída ou resposta Sistema LIT (linear e invariante no tempo) += linear é sistema O )( a resposta a é )( )( a resposta a é )( )(.)(.)( Se 22 11 21 txty txty txbtxatx )(.)(.)( Então 21 tybtyaty += Obedece simultaneamente aos princípios da homogeneidade e da sobreposição. tempono invariante é sistema O )( a resposta a é )( Se txty )( a resposta a é )( Então 00 ttxtty −− Sistema contínuo x(t) y(t) Sistema discreto x[n] y[n] 1.12 Resposta de um sistema LIT a uma entrada arbitrária Verifica-se que qualquer sinal se pode escrever na forma: ττδτ dtxtx ∫+∞∞− −⋅=)()()( [ ] [ ] [ ]∑+∞ −∞= −⋅= k knkxnx δ [ ] [ ]{ } [ ] [ ]{ }∑+∞ −∞= −⋅== k knLITkxnxLITny δ Se a resposta impulsional (resposta a δ[n]) for h[n], a resposta a δ[n−k] será h[n−k] em virtude da invariância no tempo. Portanto: [ ] [ ] [ ]∑+∞ −∞= −⋅= k knhkxny De igual modo: τττ dthxty ∫+∞∞− −⋅= )()()( O comportamento de um sistema LIT fica completamente caracterizado pela sua resposta ao impulso h y = x * h Sistema LIT x[n] y[n] e também pela linearidade do sistema Soma de convolução Integral de convolução h x y 1.13 Propriedades da convolução: Exemplos: y = v * h2 = (x * h1) * h2 y = w * h1 = (x * h2) * h1 Os sistemas são equivalentes devido às propriedades comutativa e associativa. y = y1 + y2 = x * h1 + x * h2 y = x * (h1 + h2) A propriedade distributiva torna os sistemas equivalentes. - comutativa x * h = h * x - associativa x * (h1 * h2) = (x * h1) * h2 - distributiva x * (h1 + h2) = x * h1 + x * h2(soma e integral) h1 x v y h2 h2 x w y h1 h2 x y h1 y1 y2 Σ h1 + h2 x y 1.14 Sistema sem memória Se a saída for apenas função da entrada presente. Exemplos (s/ memória): Exemplos (c/ memória): [ ] [ ] [ ]nxnxny txaty .3 )(.)( 2 −= = [ ] [ ] [ ]41 )2()( −+−= −= nxnxny txty LIT sem memória: h[n] = k.δ[n] h(t) = k.δ(t) Sistema causal (fisicamente realizável) Se a saída for unicamente função das entradas presente e passada. Exemplos: [ ] [ ] [ ] causal 32 causal não )1(.2)( →+−⋅= →+= nxnxny txty LIT causal: h[n] = 0 , n < 0 h(t) = 0 , t < 0 Estabilidade Um sistema é estável se obedecer à seguinte condição: [ ] ∞<∑+∞ −∞=k kh ( ) ∞<∫+∞ ∞− dtth
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