Buscar

JK e crise 1956-1963

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
*
Dos “anos dourados de JK” à crise não resolvida (1956-1963)
a aceleração da transformação estrutural
*
*
*
Por que motivos o Governo JK promoveu a continuidade do crescimento ao mesmo tempo em que foram se deteriorando as contas internas e externas?
Por que o Governo JK tinha um “solene desprezo” pela inflação?
Por que o Plano Trienal não atingiu seus objetivos?
*
*
*
Antecedentes
O nacional-desenvolvimentismo:
Processo de substituição de importações;
Intervencionismo;
Protecionismo;
Nacionalismo;
Populismo.
*
*
*
Antecedentes
Liderado pelo economista Celso Furtado, o Grupo Misto Cepal/BNDE elaborou uma proposta de planejamento para o desenvolvimento do país que influenciaria, em grande medida, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.
Por sua vez, a CMBEU (1951) teria sido o “embrião” do Conselho de Desenvolvimento de JK (1956)
A estratégia de industrialização intensiva de JK consagrava o processo de substituição de importações e ia além: 
o PSI ganhava um planejamento com um nível de sistematização e institucionalização nunca visto antes; enquanto o PSI tradicional atacava apenas os pontos de estrangulamento da economia, o plano de JK focava, também, os principais pontos de germinação.
*
*
*
Governo JK (1956-1960)
O Plano de Metas e o “aprofundamento” do PSI:
Principal fonte de financiamento: gasto público com inflação.
Atração de IED: desenvolvimentismo-internacionalista.
Foco: energia e transporte (71,3%), indústria de base (22,3%), alimentação e educação (6,4%), de 5% do PIB.
Etapas da industrialização e peso dos setores (tab. p. 31). 
Reflexos nas contas públicas e outros indicadores macroeconômicos (tabela, p.28).
Contas externas: câmbio como instrumento de política produtiva, combinado com protecionismo.
*
*
*
Alguns aspectos relativos ao Plano de Metas
O plano pode ser dividido em três pontos chaves: 
i.	investimentos estatais em infra-estrutura (transporte e energia elétrica).
ii.	estímulo ao aumento da produção de bens intermediários (aço, carvão, cimento, zinco etc).
iii.	incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de capital.
O cumprimento das metas estabelecidas foi bastante satisfatório (tab. p.36)
*
*
*
*
*
*
Brasil: participação dos setores no PIB
Gráf1
		24.3		24.1		51.6
		17.8		32.2		50
		16.3		32.5		51.2
primário
secundário
terciário
Plan1
		
						1950		1960		1963
				primário		24.3		17.8		16.3
				secundário		24.1		32.2		32.5
				terciário		51.6		50		51.2
Plan1
		
primário
secundário
terciário
Plan2
		
Plan3
		
*
*
*
Plano de Metas: instrumentos
Os principais instrumentos de ação do governo para alcançar as metas foram:
investimentos das empresas estatais; 
crédito com juros baixos e carência longa por meio do Banco do Brasil e do BNDE;
 uma política de reserva de mercado;
avais para a obtenção de empréstimos externos;
incentivos ao capital estrangeiro.
*
*
*
IED líquido e reinvestimentos – Brasil – 1947-1964 (em US$ milhões)
Fonte de dados: Banco Central do Brasil - Departamento de Capitais Estrangeiros e Câmbio (BCB-DECEC)
*
*
*
Plano de Metas: Problemas
Os principais problemas do plano estavam na questão do financiamento.
Os investimentos públicos, na ausência de uma reforma fiscal condizente com as metas e os gastos, tiveram que ser financiados pelo menos em parte pela emissão monetária;
Existe alguma aceleração inflacionária no período;
Do ponto de vista externo há uma deterioração do saldo em transações correntes e o crescimento da dívida externa. 
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Governos Jânio e Jango (1961-63)
1961: pacote ortodoxo; estabilizar a economia e retomar a credibilidade e os investimentos externos.
↑ PIB com ↑ inflação e ↓ TX de I ↑ X ↓ dívida externa/X.
1962: o Plano Trienal e seus objetivos (p.41)- desenvolver “aprofundando” o PSI
1963: crise e incompatibilidade do “modelo” de substituição de M.
*
*
*
Início dos anos 60
forte reversão da situação econômica com:
queda dos investimentos; 
queda da taxa de crescimento da renda;
 aceleração da inflação.
Em parte estes problemas refletem os desequilíbrios do Plano de Metas do governo J.K. 
*
*
*
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 1
A. Instabilidade política do início dos anos 60:
O Presidente Jânio Quadros renuncia depois de 8 meses de mandato e o vice João Goulart enfrenta dificuldades para assumir.
Jango assume em um período de grandes turbulências. O Brasil passa para o regime parlamentarista, que dura apenas três anos.
As trocas de presidentes e ministérios impediam a adoção de uma política consistente, dificultando o cálculo econômico e diminuindo os investimentos no país.
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 2
B. a chamada Crise do populismo está na raiz da instabilidade política e da crise econômica, além de explicar também o golpe militar de março de 1964.
Os governos populistas desde a revolução de 1930 deviam incorporar as massas urbanas como base de apoio político sem que as concessões fossem exageradas do ponto de vista patronal e sem estender estas concessões para o campo nem alterar a estrutura agrária do país.
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 3
C. a Política econômica restritiva que foi adotada até 1967 como forma de combate à inflação pós Plano de Metas levam à diminuição da atividade econômica. 
Pode-se destacar dois planos de estabilização: Trienal e PAEG
Tais planos de estabilização adotam medidas como o controle dos gastos públicos, a diminuição do crédito e o combate aos excessos da política monetária.
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 4
D. Visão estagnacionista 
 a redução nas taxas de crescimento do produto se devem ao esgotamento do dinamismo do PSI exigindo cada vez mais recursos financeiros e tecnológicos com retorno cada vez menor. 
Pelo lado da demanda, os novos setores a serem substituídos possuem ganhos de escala cada vez maiores, exigindo uma demanda também cada vez maior. 
Como o PSI é concentrador, o crescimento do mercado não se faz a taxas suficientes para viabilizar os novos investimentos.
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 5
E. Crise cíclica endógena 
 típica de uma economia industrial ou capitalista. A crise dos anos 60 se deve a uma desaceleração dos investimentos em bens de capital que repercute sobre o restante da economia. 
A queda destes investimentos se deve ao fato que o Plano de Metas representar um grande bloco de investimentos que acabou por gerar excesso de capacidade produtiva. 
*
*
*
A Crise dos anos 60 e suas explicações 6
F. Reformas institucionais 
 eram necessárias reformas institucionais para a retomada dos investimentos. 
Sem as reformas não havia mecanismos de financiamento adequados, tanto para o setor público como para o setor privado. 
Outras problemas: estrutura fundiária, acesso à educação, legislação incompatível com as taxas de inflação etc. 
*
*
*
Principais problemas do “aprofundamento” do PSI
Proteção excessiva e problemas de competitividade:
Tarifas elevadas, controles quantitativos de importação, Lei do Similar Nacional (conteúdo de origem);
Valorização cambial:
Estrangulamento externo.
Inflação:
Inviabiliza instrumentos de financiamento de LP;
Dificulta programação financeira dos agentes (distorção de cálculos);
Concentra renda;
Corrosão da arrecadação tributária.
*
*
*
Principais problemas do “aprofundamento” do PSI
Descontrole fiscal e monetário:
 instituições financeiras suscetíveis a pressões;
Ausência de instrumentos de financiamento do déficit público.
Hostilidade ao K financeiro estrangeiro de risco:
Problemas com rendimentos e remessas de ganhos/lucros.
Crise habitacional:
Agravada pelo êxodo rural
Mercado de trabalho ineficiente:
Reduzido incentivo
à qualificação.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais