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IED- Introdução ao Estudo de Direito.

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Conteúdo 30 Bimestre de Introdução ao Estudo do Direito-IED- Adria Priotto.
 Hermenêutica Jurídica, Ciência, Sentido e Alcance
A interpretação tem dupla finalidade, uma é teórica quando se destina apenas esclarecer. Como exemplo a doutrina. E a outra é prática quando se destina a administração da justiça e aplicação das relações sociais.
 	Interpretar é fixar o verdadeiro sentido e alcance de uma Norma Jurídica. É o ato de explicar o sentido de alguma coisa, é revelar o significado de uma expressão artística ou constituída por um objeto atitude ou gesto. Já a hermenêutica é a teoria científica da interpretação. Interpretar o direito é revelar o sentido e o alcance de suas expressões. A interpretação depende de três elementos: a fixação do sentido, o alcance, e a norma Jurídica. 
O sentido tem sua razão de ser porque a Norma Jurídica como todo objeto cultural possui um significado, um sentido, uma finalidade. Exemplo: férias remuneradas tem a finalidade de assegurar um descanso para a saúde física e mental do homem que trabalha.
 Alcance: duas leis com o mesmo sentido podem ter extensão ou alcance diferentes. A quem se destina. Exemplo: o estatuto do funcionário público federal e a consolidação das leis do trabalho, por exemplo ao estabelecer o princípio do descanso semanal remunerado adotam normas que tem o mesmo sentido, ou seja a mesma razão ou mesmo motivo, porém alcance ou extensão diferente. A primeira tem como destinatários os Servidores Públicos federais e a segunda aos empregados das empresas.
 	Norma Jurídica ou interpretação das leis abrange desde as normas constitucionais até as normas contratuais ou testamentárias de caráter individual.
 	A interpretação é sempre necessária, sejam obscuras ou claras as palavras da Lei ou de qualquer outra norma. É sempre preciso determinar seu sentido e alcance.
Espécies de interpretação jurídica.
Quanto as Teorias de interpretação:
 Duas teorias interpretação jurídica se enfrentam numa grande polêmica relativa ao critério metodológico que o intérprete ou aplicador deve seguir para desvendar o sentido da Norma. Seria a vontade do legislador ou a da lei a meta da interpretação autêntica?
Mens legislatoris : Teoria subjetiva. Entende que a meta da interpretação é estudar a vontade histórico psicológica do legislador expressa na norma. ex tunc ,desde então, ou seja desde o aparecimento da norma.
 Mens legis: Teoria objetiva. Voluntas legi, ex nunc, desde agora. Essa é a teoria acatada no Brasil. Preconiza que na interpretação deve se ater a vontade da lei, independente do querer subjetivo do legislador, porque após o ato legislativo a lei se desliga do seu elaborador, adquirindo existência objetiva. A norma seria uma vontade transformada em palavras, uma força objetivada independente do seu autor, por isso, deve-se procurar o sentido imanente do texto e não o que seu prolator teve em mira. A Norma Jurídica é um imperativo independente, pois depois de promulgada não procede de nenhuma pessoa de modo concreto, e tem vida própria.
 Motivo para Mens legis “a norma é mais sábia do que o seu elaborador”. 
 0 da vontade- O legislador moderno é um ser anônimo constituído por várias pessoas. Os motivos que levaram alguém a propor a lei podem não coincidir com os que levaram outros a aceita-la. A vontade do legislador não será a da maioria dos que tomam parte na votação da Norma, porque poucos se informam com antecedência dos termos do projeto; portanto, não podem querer o que não conhecem. Quando muito, desejam o principal, por exemplo, baixar um imposto. Às vezes nem isso; no momento da votação, perguntam do que se trata ou acompanham com indiferença os líderes, que por sua vez prestigiam apenas o voto de determinados membros da comissão permanente que emitiu parecer sobre o projeto. Logo, a vontade do legislador é a minoria, a da elite intelectual. De forma que é muito difícil determinar a vontade do elaborador da norma.
O da forma- O legislador nada mais é senão uma competência legal Lato Sensu.
O da confiança- O intérprete deve conceder essa confiança a palavra contida na norma. 
O da Integração- Só uma interpretação objetiva atende aos interesses de integração e complementação do direito pelo órgão competente.
 	Segundo Tércio Sampaio Ferraz Júnior, nenhuma das duas teorias da interpretação é satisfatória, enquanto subjetiva, Mens Legislatoris, favorece o autoritarismo, por preconizar a preponderância da vontade do legislador; a objetiva, Mens Legis, ao dar posição de destaque à equidade do intérprete, favorece o anarquismo. Trata-se de uma polêmica insolúvel, mas que nos aponta alguns pressupostos hermenêuticos.
 Quanto aos Métodos de interpretação:
Gramatical, filológica, literal ou semântica.
Conhecer regras da língua portuguesa, o significado das palavras, muitas vezes o intérprete alcança seu objetivo adotando apenas o elemento gramatical e o lógico sistemático.
 	É a leitura de reconhecimento. Obrigatório para todos os textos. É a que toma por base o significado das palavras da lei, e sua função gramatical contribui para o aperfeiçoamento da redação das leis.
 É sem dúvida o primeiro passo a dar na interpretação de um texto. Mas por si só é insuficiente, porque não considera a unidade que constitui o ordenamento jurídico e sua adequação à realidade social. É necessário por isso, colocar seus resultados em confronto com os elementos das outras espécies de interpretação. É o Sentido literal do texto normativo. Por exemplo: “É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo...” (art 134.CPC). Preciso saber o significado de defeso, que é não permitido, proibido. 
Deve o hermeneuta ter sempre em vista as seguintes regras:
As palavras podem ter uma significação comum, e uma técnica, caso em que deve dar se preferência ao sentido técnico.
 Deve ser considerada a colocação da norma, por exemplo, uma disposição, incluída no capítulo sobre curatela, está indicando a quem se destina a regular essa forma de incapacidade;
 Havendo antinomia entre o sentido gramatical e o lógico; e se deve prevalecer. 
O significado da palavra deve ser tomado em conexão com a lei.
 O termo deve ser interpretado em relação aos demais. 
Havendo palavras com sentido diverso, cumpre ao intérprete fixar-lhes o adequado ou o verdadeiro. 
Lógico sistemático.
 Leva em conta o sistema. Obrigatório para todos os textos jurídicos. Codificações. Por exemplo, interprete a alínea, do capítulo LXX, do artigo 50 da Constituição Federal, para interpretar tem que ler o artigo todo. Sistemático organizado. Geralmente, vem a afirmação e depois a exceção.
 Leva em conta o sistema em que se insere o texto e procura estabelecer a concatenação entre esses e os demais elementos da própria lei do respectivo campo do direito, ordenamento jurídico em geral. O objetivo é desvendar o sentido e o alcance da Norma, estudando por meio de raciocínios lógicos analisando os períodos da lei e combinando entre si com o escopo de atingir perfeita compatibilidade.
 O processo sistemático é o que considera o sistema em que se insere a norma relacionando a cumprir as normas concernentes ao mesmo objetivo. O sistema jurídico não se compõe de um único sistema normativo mas de vários que constitui um conjunto harmônico em ter dependente embora cada qual esteja fixado em seu lugar próprio. Deve-se portanto comparar o texto normativo em exame com outros do mesmo diploma Legal ou de leite diversas mas referentes ao mesmo objetivo pois por uma Norma pode desvendar o sentido de outra. Examinando as normas conjuntamente é possível verificar o sentido de cada uma delas.
Histórico - Evolutivo
Estudo do Passado no nosso país. Conhecer os fatos históricos e trazer para o nosso contexto. Se perguntar: Quando surgiu? O que estava acontecendo naquele momento no nosso país? Qual é o fato que motivou aquela lei? Por exemplo; a lei dos crimes hediondos só foi elaborada depois da morte da filha da Glória Perez, a Lei Maria da Penha só surgiu pelo sofrimento de Maria daPenha. Esse método refere-se ao histórico do processo legislativo, desde o projeto de lei, sua justificativa ou exposição de motivos, emendas, aprovação e promulgação ou as circunstâncias fáticas que a precederam e que lhe deram origem, às causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborá-la, ou seja, as condições culturais e psicológicas sobre as quais o preceito normativo surgiu (occasio legis). Como a maior parte das normas constitui a continuidade ou modificação das disposições precedentes, é bastante útil que o aplicador investiga o desenvolvimento histórico das instituições jurídicas, a fim de captar o exato significado das normas, tendo sempre em vista a razão delas (ratio legis), ou seja, os resultados que visam atingir. Essa investigação pode conduzir à descoberta do sentido e alcance da norma.
Sociológico, Teleológico ou Finalista. 
Que relaciona um fato com sua causa final. Trata-se de valores. Depois de lida e feita a compreensão, com esse método me pergunto qual a finalidade, qual é o valor que se busca nessa norma, Qual é a finalidade social? É a vida? É a segurança pública? Porque é importante para a sociedade? É a busca ao bem comum. O artigo 50 da Lei de introdução às normas do direito brasileiro-LIMDB, reza que: “ Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. ” A técnica teleológica procura o fim a ratio do preceito normativo, para a partir dele determinar o seu sentido. 
 	 Convém lembrar, ainda, que as diversas técnicas interpretativas não operam isoladamente, não se excluem reciprocamente, antes se completam, mesmo porque não há, uma hierarquização segura das múltiplas técnicas de interpretação.
Toda interpretação jurídica é de natureza teleológica fundada na consistência valorativo do direito.
Quanto aos resultados da interpretação.
Declarativa: O legislador disse exatamente o que queria dizer. Exatamente o que está escrito. Quando há correspondência entre a expressão linguística legal e a voluntas legis, sem que haja necessidade de dar ao comando normativo um alcance ou sentido mais amplo ou mais restrito. O intérprete chega a constatação de que as palavras expressam, com medida exata, o espírito da lei.
 Extensiva- é suscetível de extensão. O alcance da lei é mais amplo do que indicam seus termos. Quando a lei precisa de amplitude pois diz menos do que deveria dizer. Não há falta de conteúdo na norma, mas de concordância entre o sentido e a palavra, por conter termos muito restritos. Será extensiva a interpretação, portanto, quando o resultado do ato interpretativo revelar na disposição casos nela contidos implicitamente, sem quebrar sua estrutura. Analogia. Por exemplo, a lei do inquilinato foi feita para locador e locatário, porém se eu quiser emprestar minha casa para um amigo posso usar essa lei por analogia para que se faça cumprir direitos e obrigações pelas partes.
 Restritiva- limita a incidência do comando normativo, impedindo que produza efeitos injustos ou danosos, porque suas palavras abrangem hipóteses que nela na realidade não se contêm. Visa possibilitar a aplicação razoável e justa da norma de modo que corresponda a sua conexão de sentido. Resumindo, é quando a lei possui palavras que ampliam a vontade da lei, mas a interpretação a reduz o seu alcance. Por exemplo, na Constituição Federal diz que todos têm direito à educação, mas se você quiser estudar na Federal terá que passar no vestibular, todos têm direito à moradia, mas a interpretação diz que para isso você tem que comprar uma casa.
Interpretação – Integração – Subsunção – Antinomia.
 	Já vimos que a clareza de um texto legal é coisa relativa. Uma mesma disposição pode ser clara em sua aplicação aos casos mais imediatos e pode ser duvidosa quando se aplica a outras relações que nela possam enquadrar e às quais não se refere diretamente, e as outras questões que, na prática, em sua atuação, podem surgir. Uma disposição poderá parecer clara a quem a examinar superficialmente, ao passo que se revelará tal a quem a considerar nos seus fins, nos seus precedentes históricos, nas suas conexões com todos os elementos sociais que agem sobre a vida do direito na sua aplicação a relação que, como produto de novas exigências e condições, não poderiam ser consideradas, ao tempo da formação da lei, na sua conexão com sistema geral do direito positivo vigente.
 É tarefa do intérprete, enquanto jurista, apenas determinar mediante ato de conhecimento não só o sentido exato e extensão da fórmula normativa, mas também fornecer ao aplicador o conteúdo e o alcance dos conceitos jurídicos. O ato interpretativo não se resume, portanto, em simples operação mental, reduzida à meras inferências lógicas a partir das normas, pois o intérprete deve levar em conta o coeficiente axiológico e social nela contido, baseado no momento histórico em que está vivendo.
 Ou seja, após o intérprete realizar a interpretação ele encontrará a norma dentro do ordenamento jurídico e aplicará. Se ao fazer isso ele chegar à conclusão que não há lei para aquele caso, será feita a integração. Afinal, no ordenamento jurídico não há lacunas, pode ser que haja falta de lei para resolver um caso específico nesse caso então far-se-á integração, aplicando o artigo 40 da LINDB, que diz que: " Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito". 
 Integração - O direito auto integra-se. Ele mesmo supre seus espaços vazios, através do processo de aplicação e criação de normas, logo o sistema jurídico, poder-se-ia dizer, não é completo, mas completável. Poder-se-á até falar, ainda, que as lacunas no direito são provisórias, porque podem ser supridas pela própria força interna do direito, porém não eliminados pelo Judiciário.
 Subsunção- associar uma Norma abstrata jurídico ao caso concreto. Suas características são a norma é abstrata e antecedente ao caso, e o caso é concreto.
Antinomia- pode ser que, ao subsumir uma lei o intérprete dessa, se depare com um problema, encontrar várias leis que se aplicam ao seu caso, porém elas não se complementam, ao contrário ela se contradizem se opõe, quando isso acontece chamamos de antinomia. Ou seja, antinomia é um conflito de duas ou mais normas, válidas, pois se uma delas não for não haverá qualquer antinomia. Não é correto haver antinomia no ordenamento jurídico brasileiro, isso acontece por descuido do legislador, e o aplicador do direito fiquei num dilema, já que terá que escolher, e sua opção por uma das normas conflitantes, implicará a violação da outra. Sendo assim, a ciência jurídica, aponta critérios e o aplicador deverá recorrer para sair dessa situação anormal, fazendo assim uma interpretação corretiva. Esses critérios são:
Hierárquico- ( lex superior derogat Legi inferiori ). A Hierarquia prevalece, ou seja, 
Constituição Federal, PEC,
 Leis complementares,
 Leis ordinárias, lei delegada, medidas Provisórias, decretos legislativos resoluções. 
 Decretos regulamentares. 
 Normas internas (Despachos, estatutos, regimentos e etc.) 
 Normas individuais (contratos, testamentos, sentenças e etc.)
 Embora, ás vezes possa haver incerteza para decidir qual das duas normas antinômicas é a superior. Nesse caso, passamos para o próximo critério.
 2) Cronológico- ( Lex posterior derogat legi priori) Analisa, qual lei começou a ter vigência primeiro. Revogação tácita, ou seja, fica subentendido que a lei mais nova prevalecerá.
3) Especialidade- ( lex specialis derogat legi generali) para Bobbio, a superioridade da norma especial sobre a geral constitui expressão da exigência de um caminho da Justiça, da legalidade à igualdade, por refletir, de modo claro, a regra da Justiça suun cuique tribuere. 
 A lei especial, sobrepõe as leis Gerais (códigos), porque a lei geral, como o próprio nome já diz é muito genérica. Lembrando que lei específica é sobre um único assunto. Por exemplo, a lei do inquilinato.4) Controle de Constitucionalidade - Esse critério só será usado se os outros não forem suficientes para resolver a antinomia, o controle de constitucionalidade é feito pelo Supremo Tribunal Federal, de modo concentrado, – controle concentrado de constitucionalidade- ADIN, ADECON- ação declaratória de constitucionalidade, por todo judiciário de modo difuso, e pelo STJ mediante recurso especial. O objetivo desse controle é verificar qual norma está em conformidade com a Constituição Federal, nossa Carta Magna.
Obs: No controle concentrado o efeito é erga omnes, ou seja, sobre todos, retirando a norma jurídica do ordenamento. Já no controle difuso o efeito geralmente entre as partes. 
 ADIN- Ação direta de inconstitucionalidade. Em caso de revogação de uma das normas, o Superior Tribunal Federal constata que é inconstitucional, porém quem revoga, sob recomendação, é o poder legislativo, só pode revogar a lei quem a fez. Se as duas normas forem declaradas constitucionais, será julgado cada caso em específico. Por exemplo: No caso de uma criança precisar de transfusão de sangue, e sua família não autorizar porque sua religião não permite. Tanto direito à Vida quando liberdade religiosa estão previstas na Constituição Federal, porém, na subsunção, ou seja, naquele caso concreto e específico prevalece o direito à Vida, o STF julgará pela razoabilidade, flexibilizando o direito. Outro exemplo, direito à intimidade e direito à imprensa, o STF fará subsunção julgará naquela situação de uma forma razoável qual o normal ser aplicada, lembrando que, no Brasil por jurisprudência, o direito à imprensa está ganhando, prova disso são as tantas bibliografias não autorizadas, mas, cada caso deve ser julgado como único, o famoso " cada caso é um caso". Existem casos de crianças que fazem tatuagem por que faz parte da tradição cultural, ou ainda de criança circuncidada por liberdade religiosa, é papel do STF julgar sempre com razoabilidade e flexibilidade.
Classificação das normas jurídicas.
 Quanto à natureza de suas disposições.
Material, objetiva ou substantivas, se definem e regulam relações jurídicas ou criam direitos e impõem deveres, como por exemplo, as disposições do Código Penal, do Código Civil, do código comercial etc. Direito material é quando a norma diz qual o direito que você tem, qual é o seu dever e qual a sua obrigação. A matéria dela, a substância, o conteúdo da Norma é objetivo. Ela fala que é certo e o que é errado, o que pode é o que não pode fazer.
Processual, formal, instrumental ou adjetivas, regulam o modo ou o processo de ativar as relações jurídicas, ou de fazer valer os direitos ameaçados ou violados, tais, por exemplo, os artigos do Código de Processo Penal e do Código de Processo Civil. Norma processual me diz como devo proceder para que meu direito seja respeitado. Ela fala sobre formalidade, procedimento, como agir. Por exemplo, explicar como propor mandado de segurança, qual é o prazo que tem para ser feito, quais são os documentos que tem que usar, etc. Ou seja, ela serve de instrumento para fazer que a norma material aconteça.
 A norma material depende da processual e vice versa.
Quanto à validade
Válida- promulgada. A validade tem relação com o ingresso da Norma no ordenamento jurídico, ou seja, uma norma será válida quando não contradizer norma superior e tenha ingressado no ordenamento atendendo o processo legislativo pré-estipulado. Ou seja, tem que ser feita pelo órgão competente, poder legislativo. É norma promulgada, não pode mais ser alterada. Será válida a norma se a autoridade legiferante for tecnicamente competente e se agiu de conformidade com as normas de sua competência Legislativa.
 Vigente- publicada- A obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial, mas sua vigência não se inicia no dia da sua publicação, salvos e ela assim o determinar. O intervalo entre a data de sua publicação e a sua entrada em vigor chama se vacatio legis, pelo qual a norma entra, não havendo estipulação legal da data de sua vigência em vigor a um só tempo em todo o País, ou seja, 45 dias após sua publicação, aplicação no exterior 3 meses depois de publicada. (art 10 ,LINDB). A norma pode ter vigência temporária, porque o elaborador fixou o tempo de sua duração. A norma pode ter vigência Para o Futuro sem prazo determinado, durando até que seja modificada ou revogada por outra (art 20, LINDB). Como exemplo, temos o novo CPC, é uma Norma válida exigente, porém ainda está no período vacatio legis.
 Eficaz- efeitos, preparada para surtir efeitos jurídicos. Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior, norma será eficaz se tiver condições fáticas de atuar, por ser adequada à realidade (eficácia semântica); e condições técnicas de atuação (eficácia sintática), por estarem presentes os elementos normativos para adequá-la a produção de efeitos concretos. Será ineficaz por exemplo, a norma que prescrever o uso de certa máquina para proteger o operário, mas que não existe no mercado, por ser inadequada realidade; a lei determina que entrará em vigor imediatamente, mas requer regulamentação, pois não pode produzir efeitos.
 	Kelsen declara que" uma Norma que nunca e em parte alguma é, aplicada e respeitada, isto é uma norma que não é eficaz em uma certa medida, não será considerada como Norma válida (vigente). Um mínimo de eficácia é a condição da sua vigência (validade). O mínimo de eficácia é, portanto, a possibilidade da norma poder ser obedecida e não aplicada pelo Tribunal, desobedecido pelos indivíduos a ela subordinados e aplicadas pelos órgãos jurídicos, ou melhor, seguindo de descida ou não aplicada. Nítida é a relação entre vigência e eficácia, pois a norma deixará de ser vigente, se permanecer duradouramente ineficaz. O mínimo de eficácia é condição de vigência da norma, logo, se ela nunca puder ser aplicada pela autoridade competente nem obedecida pelo seu destinatário, perderá sua vigência.
 Quanto ao tempo.
 A Norma Jurídica pode ter vigência temporária ou determinada, pelo simples fato de que o seu elaborador já fixou-lhe o tempo de duração, por exemplo, as leis orçamentárias que fixam as despesas e a receita Nacional pelo período de um ano; durante 10 anos as indústrias que se estabelecerem em determinadas regiões; ou as leis que subordinam sua duração é um fato: Guerra, calamidade pública e etc. Armas desaparecem do cenário jurídico com decurso do prazo preestabelecido.
 A norma de Direito pode ter vigência Para o Futuro sem prazo determinado, durando até que seja modificada ou revogada por outra. Não sendo temporária vigência, a norma não só atua, podendo ser invocada para produzir efeitos, mas também tem força vinculante até sua revogação. Trata se do princípio de continuidade, que assim se enuncia: não se destinando à vigência temporária, a norma estará em vigor enquanto não surgir outra que a altere ou revogue (art 20 LINDB). Contudo, as normas só pode ser revogada por outra de hierarquia igual ou superior.
 	Revogar é tornar sem efeito uma Norma, retirando sua obrigatoriedade. A revogação é o gênero, que contém duas espécies: 
ab rogação, suspensão total da Norma anterior; 
Derrogação, que torna sem efeito uma parte da Norma. Logo, se derrogada, é normal não sair de circulação jurídica, Pois somente os dispositivos atingidos é que quem perde a obrigatoriedade. .
 A revogação pode ser ainda: 
Expressa, quando elaborador da Norma declarar a lei da velha extinta em todos os seus dispositivos ou apontar os artigos que pretende retirar; ou
 Tácita, subentendida, se houver incompatibilidades entre a lei nova e antiga, pelo fato de que a nova passa a regular inteiramente a matéria tratada pela anterior.
 Vale lembrar que, a lei revogadora de outra lei revogadora não tem efeito repristinatório sobre a velha norma abolida, senão quando houver pronunciamento expresso do legislador a esse respeito.
Quanto à hierarquia.
Normas constitucionais- Constituição Federal, Projeto de Emenda à Constituição-PEC.
Lei complementares.Lei ordinária, Lei delegada, Medida Provisória, Decretos legislativos e Resoluções.
 Decretos regulamentares. 
 Normas internas (despachos, estatutos, Regimentos e etc.)
Normas individuais (contratos, testamentos, sentenças e etc.)
 Quanto à obrigatoriedade.
Imperativa, Impositiva, Absoluta, Proibitiva, Coativa ou Ordem Pública - São as que ordenam ou proíbem alguma coisa de modo absoluto. Por exemplo, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, os menores de 16 anos...ART 3. CC.) A imperatividade absoluta de algumas normas é motivada pela convicção de que determinadas relações ou estados da vida social não podem ser deixados ao arbítrio individual, o que é acarretaria graves prejuízos para a sociedade. As normas impositivas tutelam interesses fundamentais, diretamente ligados ao bem comum, por isso são também chamados de “ordem pública”.
 Dispositiva, Primitiva ou Supletiva - que não ordenam nem proíbem de modo absoluto; permitem ação ou abstenção, ou suprem declaração de vontade não existente. Norma obrigatória também, porém, flexível. Se estes nada estipularem em determinada circunstância, a norma o fato em lugar deles. Por exemplo:" Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente..." (CC, ART,327,1 partes); " não havendo convenção, ouvindo ela no La ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial" (CC, art 1640, caput).
Quanto à aplicação.
Autoaplicável- ela é completa, satisfatório, ela mesmo se basta, não preciso de complementação. Não precisa de regulamentação, e pode ser aplicada de imediato.
 Dependente de regulamentação- a maior parte do nosso ordenamento jurídico. Preciso de uma outra lei venha regulamenta-la, para que ela possa ser aplicada. Por exemplo, nossa Constituição Federal, que necessita de leis complementares.
 Quanto à sanção-
Mais que perfeitas- As que por sua violação autoriza uma aplicação de duas sanções: a nulidade do ato praticado ou restabelecimento da situação anterior e ainda aplicação de uma pena ao violador. Como por exemplo dessa norma podemos citar o Código Civil, "ART 1521, VI. Não podem casar as pessoas casadas..."; com a violação dessa disposição legal, autoriza Norma que se descreve a nulidade do casamento. ART 1548,CC," é nulo o casamento contraído por infringência de impedimento" . Pelo código penal é aplicada uma pena ao transgressor: "Art 235. Contrair alguém, sendo casado, no casamento: pena- reclusão, de 2 a 6 anos".
Perfeitas - São aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do praticado contra sua disposição e-mail aplicação de pena ao violador. São exemplos dessas normas O Código Civil:"Art 1647. Ressalvado o disposto no artigo 1648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação absoluta: I- animais ou gravar de ônus real os bens Imóveis", sob pena de nulidade relativa, não havendo um suprimento judicial(Art 1649, CC.); "Art 1730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que, ao tempo de sua morte, não tinha o poder familiar".
Menos que perfeitas - As que autorizam, no caso de serem violadas, aplicação de pena ao violador, mas não há nulidade ou anulação do ato que as violou. Como por exemplo "Art 1523,I. Não devem casar ou viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros...". Violada essa Norma, não está nulo o novo matrimônio, porque ela não autoriza que declara a nulidade desse ato. Com efeito, o artigo 1641, I, do mesmo Código diz: " é obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I- das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento".
 Imperfeitas- (pena indireta). Aquela cuja violação não acarreta qualquer consequência jurídica. São Norma sui generis; para Goffredo Telles Júnior, não são propriamente normas jurídicas, Pois Essas são autorizantes. Casos típicos são as obrigações decorrentes de dívidas de jogo, dívidas prescritas eu juro não convencionados." a dívida do jogo deve ser paga". Tal norma não é, contudo, positiva, não encontramos no Código Civil brasileiro, não está prescrita em Norma Jurídica; assim sendo, o lesado pela sua violação pela sua violação não poderá, certamente, exigir o seu cumprimento, e ninguém pode ser obrigado a pagar tal débito, já que essa Norma não é autorizante.
Quanto ao espaço-
Interna- Norma que dentro das Fronteiras de um determinado estado. Lei nacional, validade dentro do nosso território. Ou seja, solo, rios, lagos e mares interiores, Golfo, Bahias e portos. O território brasileiro se estende a 12 milhas ou 22 quilômetros da Costa do mar. Princípio da territorialidade- em que a Norma se aplica no território do estado que a promulgou. Ler art 8 e 9 LINDB.
 Externa- Em que a norma incide fora das fronteiras do Estado. Princípio da extraterritorialidade- pelo qual os estados permitem que, em seu território, se apliquem Em certas hipóteses normas estrangeiras. Ler art 7, 10 12 17 LINDB.
PESQUISAR.
 Extradição- HOUAISS- entrega de uma pessoa, ordenada pelas autoridades do país em que se encontra, refugiada ou não, ao país que reclama essa entrega, para que, neste, seja julgada por crime de que é acusada.
 Asilo político- abrigo político
 Deportação- mandar embora. HOUAISS-pena que o Estado impõe ao estrangeiro que se torna nocivo à ordem pública nacional, e que consiste em fazê-lo sair do país, não podendo a ele retornar
 
 Exílio- impor-se voluntariamente o exílio; expatriar(-se)
 Banimento- mandar embora do Brasil.
pena imposta a alguém para deixar o país e não retornar a ele enquanto durar a pena.

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