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PROCESSO CIVIL IV

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Processo Civil IV
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		Da Execução 
	1) Noção: O Juiz busca satisfazer a obrigação contida no título executivo, através dos chamados meios executivos. 
	
	2) Generalidade: 
	A) Atividade cognitiva x executiva 
	B) Meios executivos: Coerção (multa e prisão) e Sub-rogação.
	- Meios Executivos: * Coerção ( multa e prisão): Meio utilizado para exercer pressão psicológica no devedor executado para que ele cumpra a obrigação. 
Multa: astreintes ART 645 CPC- Multa periódica que o juiz pode fixar para o devedor cumprir com a obrigação (resultado pratico equivalente só será aplicado caso não seja possível a realização da obrigação principal). 
Prisão: Somente é permitida em caso de não pagamento dos alimentos (pensão alimentícia). 
*** MULTA ¹ PERDAS E DANOS
Multa é um meio de coerção; perdas e danos é uma forma de reparação pelo não cumprimento.
	- Sub-rogação: (meio mais utilizado) Quando alguém se sub-roga no lugar de outro, se põe no lugar de outro. Utilizados pelo juiz em que ele se coloca na figura do devedor para dar ao credor aquilo que ele faz jus . Ex: penhora de valor.
*** A coerção é realmente um meio executivo? Discussão doutrinaria 
	C) Títulos Executivos: 
	- Judicial - ART 475 - N (NCPC ART 515) Aquele que vem de um ato do juiz. 
	 
	- Extrajudicial - ART 585 (NCPC ART 783)
** os títulos executivos extrajudiciais sempre irão formar um processo autônomo de execução.
	3) Princípios Informativos 
	A) Toda execução é REAL ART 591 (789)- Ela atinge o patrimônio do devedor, mas não atinge o devedor. Seja para a obtenção de uma execução especifica ou subsidiária.
	**Exceção: ART 5º LXVII e súmula 25 STF. 
*execução específica: o juiz vai fazer de tudo para que a obrigação se execute in natura.
*execução subsidiária: de fazer e de não fazer (o juiz determinará que outro faça o serviço às custas do devedor), entregar coisa (o juiz determinará que seja entregue coisa semelhante).
	ART 805 CPC - "A execução sempre se faz da forma menos gravosa p/ o devedor".
	B) É atividade precipuamente SATISFATIVA, sendo a execução, portanto, PARCIAL ART 653 (830), ART 692 (891) , ART 659 (831). 
	C) Princípio da EFETIVIDADE da execução ou ESPECIFICIDADE. 
	**Ex: execução de obrigação de fazer ~> conversão em perdas e danos. 
	D) Princípio da UTILIDADE - ART 659 § 2º (836). 
Os bens penhorados tem que trazer alguma utilidade para o credor. Não adianta penhor, por ex., se seus valores não conseguem pagar nem as custas processuais.
	E) Princípio da ECONOMIA - ART 620 (805). 
	F) Princípio do ÔNUS da execução - ART 651 (851). 
	Quem paga as custas e honorários é quem dá causa a instauração do processo.
	G) Princípio do RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA - ART 649 (883). 
	Em regra, o bem de família é impenhorável!!!
Suponhamos que o devedor tenha apenas uma casa, e nenhum outro bem, esta não poderá ser penhorada. Bens de família que obedeçam a um padrão médio como TV, etc e vestuário (em regra) não podem ser penhorados.
	H) Princípio da DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO - ART 569 (765). 
** Processo autônomo de execução. 
	Disponibilidade = poder de desistência do autor.
Na fase de conhecimento, o autor só pode desistir com anuência do réu até o recebimento da denúncia.
	No processo de execução, pode o exequente desistir da execução a qualquer momento? E se já houver impugnação/ embargos a execução?
	O instrumento de defesa através do qual o devedor, na fase de execução do processo de conhecimento, surte contra o credor denomina-se IMPUGNAÇÃO.
ART 569 (775) - Pode o credor desistir da execução sem anuência do embargante? Se os embargos versarem sobre questões judiciais - EXTINÇÃO; Se os embargos versarem sobre questão de mérito - somente com ANUENCIA.
	Na hipótese do processo autônomo de execução, segundo a regra do ART 569 CPC, o credor pode desistir da execução mesmo sem a concordância do devedor executado.
	Em havendo embargos a execução, dúvidas não restam de que a execução estará extinta se nos embargos houver a discussão de questão meramente processual, pois, nesta hipótese tanto a ação de execução quanto os embargos estarão extintos.
	A discussão doutrinária que aqui surge diz respeito à existência de embargos que versem sobre a matéria de mérito. Neste particular, iremos encontrar duas correntes:
I - Para alguns doutrinadores a execução somente sera extinta se com ela concordar o devedor/ executado/ embargante;
II - Para outros, entretanto, a execução será sempre extinta e os embargos transmudar-se-ão em "AÇÃO DECLARATÓRIA AUTÔNOMA" ~> Posição majoritária!
	Como subsistir embargos à execução sem a execução? Transmudando o rótulo da peça de embargos à execução a AÇÃO DECLARATÓRIA, pois não é possível a subsistência dos embargos com a execução extinta.
***Existem três tipos de ação: declaratória, negatória e constitutiva.
	
	I) Princípio do CONTRADITÓRIO (Divergência Doutrinária). 
	Possibilidade que ambas as partes tem de influenciarem na decisão do juiz.
					TEM CONTRADITÓRIO NA EXECUÇÃO!!!!
	4) Tipos de execução:
	A) Execução especifica ou obrigação in natura
	B) Execução subsidiária ou genérica
	C) Execução diferida - ART 572 (514)
	D) Execução de título judicial (Fase executiva ~> o processo é sincrético)
	E) Execução de titulo extrajudicial (processo autônomo de execução)
** Processo sincrético: cognição e execução no mesmo processo.
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	ATIVIDA COGNITIVA 	X	 ATIVIDADE EXECUTIVA
A.C.> O juiz toma conhecimento dos fatos. Campo propicio: fase de conhecimento.
A.E.> É imprescindível a existência do titulo executivo - "nulla executio sine titulo". Campo propicio: fase de execução. * Nessa fase já existe a presunção de que o exequente é o titular do direito.
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> A execução não é praticada somente no processo de execução, ela pode ser realizada na fase de cumprimento da sentença. O executado é intimado.
Questões:
- O QUE É EXECUTAR? "Fazer valer" o direito consolidado no título executivo.
- COMO EXECUTAR? Através de meios executivos.
- QUAIS SÃO OS MEIOS EXECUTIVOS? A coerção (multa e prisão) e a sub-rogação.
		1°) Tutela Específica
		2°) Resultado pratico equivalente
		3°) Perdas e danos
** O juiz vai sempre fazer de tudo para que o exequente adquira a tutela especifica, e somente quando não for possível esta, e nem o resultado prático equivalente é que a obrigação se converterá em perdas e danos.
	Obrigação de fazer	~ fungível
			 	~ infungível
*** MULTA ¹ PERDAS E DANOS
multa é um meio de coerção; perdas e danos é uma forma de reparação pelo não cumprimento.
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	TUTELA CAUTELAR	X	TUTELA ANTECIPADA
Enquanto na T.C. o objetivo é a garantia da eficácia de um provimento jurisdicional, na T.A. o objetivo é de proteger o próprio direito substancial, ou seja, o próprio direito material.
** Instrumento do direito substancial: Processo Civil.
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	Obrigação	~ de fazer/ não fazer
		 	~ entregar coisa
			~ pagar quantia certa
QUESTÃO: Existe mérito na execução?
O mérito é sempre objeto do processo, não existe processo sem mérito! ~> Item 6 exp. de motivos 
No PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO o mérito é resolvido nos embargos de execução.
Pode o exequente desistir da execução a qualquer momento? Sim 
Precisa da anuência do executado? Não. 
E se já houver ou impugnação ou embargos de execução? Não, só se os embargos forem sobre questão de mérito. Caso em que a ação de execução é extinta. 
Transmudar o rótulo dos embargos para ação declaratória negativa, porque não é possível subsistência dos embargos sem existência da ação de execução. 
QUESTÃO: Na ação de despejo cumulada com alugueres em atraso, não tendo o fiadorsido parte no processo, a execução poderá ser movida contra ele? Súmula 268 STJ
R.: Não, quando o fiador não integrar a ação ele não poderá ser executado. 
	5) Cumulação de Execução: Requisitos ART 573 (780)
	6) Competência: 
	A) Se o título for judicial. ART 475 P (516). 
	B) Se o título for extrajudicial - A execução segue as mesmas regras do processo de conhecimento ART 576 (781). 	
	Execução Diferida
Condição: Evento futuro e incerto
Termo: Evento futuro e incerto *diferido = adiantado
	A execução diferida é aquela execução que contém uma obrigação cujos efeitos estão vinculados a uma condição ou termo.
** "Nulla executio sine titulo"
Condições da Ação: interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do pedido.
- Legitimidade para a execução: 
Ativa: ART 566, 567 CPC
> Credor com título executivo
> O M.P. nos casos previstos em lei, como por ex. nas seguintes hipóteses: ART 16 Lei 4717/65, ART 2º I CDC, ART 68 CPP. 
Passiva: ART 568 CPC
* Ação popular: só o cidadão tem legitimidade para propor ação popular. 
Legitimidade: 				ART 566, 567 CPC
Relação material - ex.: na separação, o marido e a mulher; na ação de despejo, o locatário e o proprietário.
- Relação direta que existe entre os titulares de direito material e a titularidade judicial.
Legitimação extraordinária: terceiro que vai em nome próprio pleitear direito de outrem. 
ART 42, 43 CPC, ART 1314 CC 
Legitimação ordinária: ART 566 "O credor a quem a lei confere o título..."
ART 567 Podem também propor a ação, ou nela prosseguir:
		I) O espólio, os herdeiros (são ordinários, pois passam a ser titulares);
		II) O cessionário (sucessão inter vivos) - NÃO SE APLICA regra do ART 42 §2º 										concordância do executado. 
O STJ já consolidou o entendimento segundo o qual no inciso II do ART 567 CPC não se aplica a regra contida no §2º do ART 42. Ou seja, a sucessão independe do consentimento do executado. No novo CPC, o legislador dirimiu a questão no §2º do ART 778. 
ART 568 - Legitimado passivo ~> ART 597
	Para se instaurar a execução é imprescindível que a obrigação contida no título seja LIQUIDA, CERTA e EXIGÍVEL.
**A LIQUIDEZ consiste na determinação do objeto da execução; a CERTEZA consiste na identificação da natureza, da espécie e dos sujeitos; a EXIGIBILIDADE é relativa ao vencimento do título.
QUESTÃO: O ART 568 IV menciona como sujeito passivo da execução apenas o fiador judicial.
E o fiador convencional? Pode ele ser legitimado passivo de uma execução?
** Se a ação cognitiva pelo rito sumário ART 275 II para a cobrança de encargos do condomínio é proposta em face do condômino.
ART 585 - Locador em face do locatário para arcar com as despesas do condomínio, quando estiver previsto no contrato.
ART 784 VIII, X - Contrato de locação.
QUESTÃO: Qual o único titulo executivo extrajudicial formado unilateralmente pelo credor?
~> Certidão de dívida ativa (CDA - Fazenda Pública).
Obs.: Benefício de ordem 	≠ 	Benefício do inventário 
O benefício de ordem na hipótese da fiança consiste na possibilidade do fiador requerer que primeiro sejam apreendidos os bens do devedor, ficando o seu patrimônio sujeito a execução somente se os bens do devedor forem insuficientes a satisfação do direito do credor (ART 595 CPC). 
O benefício do inventário (ART 597 CPC) é o direito de cada herdeiro de responder pelo falecido somente na proporção que couber na herança. 
	Liquidação de Sentença 
A liquidação de sentença de que trata o ART 475 A e seguintes do CPC consiste num incidente do processo cognitivo que tem o objetivo de dar ao vencido a possibilidade de cumprir o julgado, e ao vendedor a possibilidade de executá-lo.
** SENTENÇA ILIQUIDA É EXCEÇÃO!!!
Só se pode falar em sentença ilíquida se o pedido for genérico. Princípio da congruência ou adstrição - o juiz vinculado ao que foi pedido. 
- Conceito 
- Legitimidade: Credor e Devedor ART 475, 475- A CPC (509). 
- Limites da liquidação ART 475 G (509 §4º). 
- Natureza do ato que decide a liquidação ~> Decisão Interlocutória ART 475- H 
- Espécies:		~ Por Artigos	 ART 475- E (509, II) ~> FATO NOVO
			~ Por Arbitramento ART 475 C (509, I) ~> PERITO
** An Debeatur = Título Executivo 
Quantum Debeatur = Quanto 
ART 286 CPC - O pedido deve ser certo e determinado. 
II- Pedido genérico. ~> SENTENÇA ILIQUIDA É EXCEÇÃO!
Alguns entendem que o título executivo é um documento, pois representaria o direito do credor. Criticas são feitas no sentido de que título não é objeto de prova, pois não é fato. 
	Títulos Executivos Judiciais ART 475 N
** Sentença Condenatória (Esse entendimento não é pacifico, há autores que entendem que a sentença declaratória enseja execução)
V- Decisão homologatória
	Títulos Executivos Extrajudiciais
** Prevalece o entendimento sobre qual a ação de conhecimento pelo rito sumario para cobranças de taxas de condomínio do que trata o ART 275 B é proposta pelo condomínio em face do condômino. Por outro lado a execução prevista no ART 585 é proposta pelo locador em face do locatário quando previsto no contrato de locação que incube ao locatário arcar com as despesas do condomínio. 
Competência para execução 
ART 475 P - Uma vez fixada a competência ela se torna imutável. 
III- Sentença penal condenatória - ART. 100 V, A e § único. 
ART 100 IV- D Sentença arbitral. 
Sentença Estrangeira - Justiça Federal ART 109 X CF. Domicílio do executado. 
	Formas de Execução 
	1- Formas ART 587: 
		-Execução provisória
		-Execução Definitiva
	2- Regras sobre a execução provisória ART 475- O
	Responsabilidade Patrimonial 
	
	1- Conceito 
	2- Previsão legal ART 591/597 (785/796) 
	3- Distinção entre bens presentes, futuros e passados para fins de responsabilidade. 
	4- Espécies de alienação fraudulenta: 
		- Fraude contra credores
		- Fraude a execução
A liquidação de sentença é um incidente processual que tem por objetivo apurar o quantum debeatur nas hipóteses em que a sentença for iliquida.
A liquidação de sentença, no processo de conhecimento, se dá entre a fase cognitiva e a fase executiva.
Arbitramento: quando o juiz depende de um conhecimento técnico que ele não tem ~> perícia.
**No NCPC juiz terá a possibilidade da chamada distribuição dinâmica do ônus da prova. ART 331 
Incidente de liquidação por arbitramento: juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a apresentação do laudo. (As partes tem poder para indicar o perito) 
Por artigo: FATO NOVO que diga respeito ao quantum.
Procedimento da liquidação por artigo: Se instaura quando há necessidade de se alegar e provar fato novo. ART 475 D caput e § único
ART 475 I, §2º 
A despeito de vozes em sentido contrario prevalece o entendimento segundo o qual a liquidação de sentença poderá ser instaurada ainda que o recurso de apelação tenha sido recebido em seu duplo efeito, prevalecendo aqui a regra segundo a qual aonde a lei não distingue não cabe ao interprete fazê-lo. 
Art 404 § D, E
No JEC (ART 38 LEI 9099/98) não existe liquidação de sentença, pois o juiz não pode proferir sentença ilíquida. 
Liquidação por mero cálculo aritmético: não é incidente de liquidação de sentença.
	7) Responsabilidade executória secundária (Lielman) 
	I- Excussão de bens do sucessor singular (ART 592, I c/c 42/ NCPC 790, I) 
	II- Excussão de bens do sócio ( ART 592,II e 596/ NCP 790, II e 795) 
	III- Bens do devedor em poder de terceiro (ART 592, III/ NCPC 790 III)
	IV- Excussão de bens do devedor casado (ART 592 IV/ NCPC 790 IV) 
	V- Bens alienados ou onerados em fraude à execução (ART 592 V c/c 593/ NCPC 790 c/c 792) 
	VI- Excussão de bens do fiador (ART 595/ NCPC 794) 
	VII- Bens de espólio (ART 597/ NCPC 796)
	Legitimação para execução	X	Responsabilidade Patrimonial
ART 566, 567, 568 Legitimidade para execução 
ART 592 e seguintes do CPC Responsabilidade patrimonial 
	Responsabilidade Patrimonial	
	O CPC nos seus ART 595597 traz o que o legislador chama de responsabilidade patrimonial. Entende-se como a situação meramente potencial caracterizada pela sujeitabilidade do patrimônio de alguém às medidas executivas destinadas à atuação da vontade concreta do legislador.
	
	O marco caracterizador do momento para fins de definição de bens presentes para a maioria da doutrina é o momento da instauração do processo.
QUESTÃO: Quando bens passados poderão ser objeto de responsabilidade patrimonial? FRAUDE CONTRA CREDORES.
Os bens presentes e os bens futuros podem ser objeto de execução judicial. 
Os bens passados somente poderão ser objeto de execução judicial quando se tratar de alienação fraudulenta. 
Fraude contra os credores é quando o devedor se desfaz dos seus bens, se torna insolvente, lesando os seus credores. 
	Temos dois elementos na fraude contra credores: 
		- Dano: Insolvência 
		- Consilium fraudes: O comprador tem noção da fraude que o vendedor está praticando. Parte final do ART 159 CC. 
	Fraude contra credores em duas formas: 
		- Onerosa: Venda/ O credor deverá provar o consilium fraudes. 
		- Gratuita: Doação/ Nesse caso o consilium fraudes é presumido não precisa ser comprovado pelo credor que quer anular a doação. 
QUESTÃO: Qual a natureza do ato praticado em fraude contra credores? Nulidade ou falta de eficácia?
ART 158 - 165 CC 
Ação Pauliana é a ação proposta pelo credor que ter por objetivo anular, ou seja, desfazer o negócio jurídico firmado pelo seu devedor para com um terceiro que o levou a insolvência. 
Esse ato jurídico é anulável para os civilistas. Para os processualistas é um ato valido que não produz efeitos em relação ao credor, em tese não há diferença jurídica entre o fraude contra credores e a fraude à execução. 
ART 161 CC - Legitimado ativo e legitimado passivo na Ação Pauliana. 
Fraude á execução		 ART 593 CPC
O devedor comete fraude contra credores quando não há ação em curso, já na fraude a execução ele se desfaz do seu patrimônio quando já pendente uma ação judicial. 
* Na fraude à execução não é necessária a ação Pauliana, ela somente é 					proposta para desfazer negocio jurídico em fraude contra credores. 
A natureza do ato praticado - Valido, liquido, mas não produz efeitos/ é ineficaz em relação ao credor. 
ART 593 II CPC - Não é a demanda que leva o devedor à insolvência, é sim o ato de alienação. 
O ato de disposição do bem é considerado ato ineficaz em relação ao credor. 
Na hipótese do inciso I ART 593 a doutrina e a jurisprudência vem se manifestando no sentido da necessidade da averbação da ação junto ao registro publico para fins de reconhecimento da ocorrência da fraude. 
375 STJ- Tem que tornar publica a existência da ação para se tornar publica a execução. 
ART 592 caput / ART 792 §1º/ NCPC. 
Responsabilidade executória secundária
Art. 592 
I c/c 42 - sucessão de partes/ ato entre vivos 
II c/c 596 - Primeiro devem ser excutidos os bens da sociedade para depois serem executados os bens do sócio. 
III - Bens do devedor em favor de terceiro. Ex: Bens dos devedores que estão emprestados. 
IV - Cônjuge. 
V - Fraude de execução - Ato ineficaz. 
Art. 595 - Se o fiador não estiver renunciado ao benefício de ordem. 
No benefício de inventário os herdeiros só responderão até o limite da herança. 
Procedimento Executivo
A execução do título executivo judicial é a fase de cumprimento de sentença. 
A execução do título executivo extrajudicial é o processo autônomo de execução. 
Título executivo judicial não contem obrigação de fazer ou não fazer. ART 461 CPC
- Tutela específica 
- Resultado prático equivalente 
- Perdas e danos 
Síntese do procedimento no cumprimento de uma sentença que contenha obrigação de fazer ou não fazer:
1 - Tutela específica 
	O juiz intima o devedor a cumprir a obrigação no prazo por ele fixado quer na própria sentença quer na decisão que intima. 
2 - Resultado Pratico equivalente 
	Caso não seja possível a realização da tutela específica deverá ser aplicado o resultado prático equivalente. 
3-Perdas e danos. 
Quando não for possível a realização da tutela específica nem o resultado equivalente, o juiz condenará o devedor a perdas e danos. 
*Astreintes (multa), meio que o juiz usa para o devedor cumprir com a obrigação. 
A intimação tem que ser pessoal quando houver multa. 
Art. 475 L, CPC. 
Enunciado 210 e 410 STJ 
Art. 461 §1º CPC. 
§3º Tutela antecipada 
§5º Medidas de apoio 
A multa é limitada para não gerar enriquecimento sem causa!
Processo autônomo quando estiver diante de um titulo executivo extrajudicial
Cumprimento de sentença - Obrigação de fazer ou não fazer ART 461
Sentença ______ A intimação do devedor para cumprir a obrigação sobre pena de multa(astreintes) ______ 
** Intimação do devedor 	1ºCumprir a obrigação
				2º Se defender (petição)
				3º Omisso (quando o devedor ficar omisso o credor poderá requerer). 
Impugnação ART 475 L (Por quantia) Lei 11.232/05. 
410 STJ a controvérsia sobre esse enunciado. O próprio STJ diverge a respeito dessa questão. 
ART 461 CPC 
*Multa não se confunde com a perdas e danos. A multa tem como objetivo exercer pressão psicológica para que o devedor pague as obrigações. As perdas é danos consiste na perda sofrida pelo devedor ante o não cumprimento da obrigação. 
*Pela sistemática do CPC a multa não está limitada ao valor da obrigação, no entanto, exige o legislador que ela seja compatível com a obrigação. Neste particular vale ressaltar que o STJ já consolidou o entendimento segundo o qual o juiz não pode permitir que a multa se transforme em forma de enriquecimento por parte do credor. Deve o juiz repelir a chamada "indústria das astreintes". 
§5º Medidas de apoio 
ART 537 §4º 
QUESTÃO: O juiz deferiu uma tutela antecipada de uma obrigação de fazer ou não fazer, fixando inclusive multa. Pode o autor, em tendo sido deferida uma tutela antecipada com obrigação de fazer, sob pena de multa, executar provisoriamente está multa? Mesmo antes de uma sentença confirmando a tutela antecipada? 
- O entendimento do STJ é que não. Para o STJ essa decisão não pode ser executada pois não é titulo executivo. Só poderá sê-lo após a confirmação através de uma sentença. Mesmo assim, o recurso de apelação não poderá ter sido recebido no seu duplo efeito, somente no efeito devolutivo. 
*No novo CPC será possível essa execução pois a decisão interlocutória passa a ser titulo executivo. 
- Cumprimento de sentença de obrigação de entregar coisa. ART 461 A 
Na sentença o juiz já fixará o prazo para o cumprimento. Sob pena de multa §3º. 
Existem duas espécies de coisa: §1º 
- Certa: Determinada pelo gênero, pela quantidade e pela qualidade. 
- Incerta: Determinada tão somente sobre o gênero e sobre a quantidade. 
A determinação em relação a qualidade é que vai dizer se é uma coisa certa ou incerta. 
Concentração da Obrigação - Momento do direito material que transforma uma coisa incerta em certa. 
Se a obrigação for de coisa certa o juiz vai intimar o devedor para que ele entregue a coisa. 
§2º ART 461
Se a obrigação for de coisa incerta e a escolha couber ao credor, este a concentrar a obrigação desde a petição inicial. 
Se a concentração da obrigação couber ao devedor este somente concentrara a obrigação quando for intimado para o cumprimento da sentença. 
Direito de retenção das benfeitorias é o direito que o credor tem de deter a coisa ate ser indenizado das benfeitorias necessárias e uteis realizadas por ele. 
QUESTÃO: Tem o devedor o direito de exercer o direito de retenção de benfeitorias na fase de cumprimento de sentença? 
- há quem entenda que sim porque o legislador não veda essa possibilidade. E outros entendem que não, uma vez que ele já deveria ter alegado o fato na contestação e não na fase de cumprimento de sentença. 
§1º e 2º Art. 538 NCP

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