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Aneurisma de Aorta Abdominal

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CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO AMERICANO – UNIEURO
UNIDADE: Águas Claras
DISCIPLINA: Saúde do Adulto I
DOCENTE: Msc. Leuda Rodrigues
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL
A.A.A.
Brasília
Setembro, 2015.
CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO AMERICANO
UNIDADE: ÁGUAS CLARAS
DISCENTES: Bruna Nascimento (021642); Daniela Basílio (021737); Isabela Alvares (021890); Larissa Pinheiro (022178); Tamires Sousa ( ).
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL
A.A.A.
Trabalho à ser apresentado fará a composição da nota do 1º (primeiro) bimestre do 2º (segundo) semestre de 2015.
Brasília
Setembro, 2015.
INTRODUÇÃO:
 O aneurisma é uma dilatação localizada na parede de um vaso sanguíneo. Os aneurismas podem se formar em qualquer artéria do corpo, como as ilíacas, femorais, poplíteas e viscerais, incluindo artérias do cérebro. Porém, é mais comum se desenvolverem na aorta, a maior artéria do corpo. Os aneurismas podem se desenvolver em qualquer parte da aorta-torácica e/ou abdominal. O local mais comum de dilatação da aorta é na sua porção abdominal, logo abaixo das artérias renais. O aneurisma da aorta é uma doença séria, pois, dependendo do tamanho, pode se romper causando hemorragia interna.
 O presente trabalho tem por objetivo apresentar como ocorre um aneurisma da aorta abdominal, bem com conhecer o seu tratamento e seu diagnostico. Buscando esclarecer mais sobre o assunto para a turma.
FISIOLOGIA DO SISTEMA APRESENTADO:
 O sistema circulatório se compõe do coração, dos vasos sanguíneos e do sangue. Os movimentos de contração impulsionam o sangue o sangue venoso do ventrículo direito aos pulmões , num circuito conhecido como pequena circulação pulmonar e também ejetam sangue do ventrículo esquerdo à artéria aorta a partir da qual o sangue é distribuído a todo o organismo através da grande circulação ou circulação sistêmica.
 Os movimentos de relaxamento ou diástole cardíaca proporcionando o aumento de volume do coração enquanto este se enche de sangue, considera-se a pressão sistólica normal no valor de 120mmHg e a diastólica no valor de 80mmHg.
 O coração consiste em duas bombas separadas: um coração direito que bombeia o sangue através dos pulmões e um coração esquerdo que que bombeia o sangue atrasves dos órgão periféricos. O átrio funciona principalmente como uma bomba fraca, que auxilia a impulsionar o sangue para o ventrículo. O ventrículo, por sua vez, fornece a principal força para impedir o sangue através das circulações pulmonar e periférica.
 Um aneurisma de aorta desenvolve-se na aorta, a maior artéria do nosso corpo. 
A aorta sobe do coraçao formando um arco e depois viaja para baixo através do tórax e regiao abdominal. 
Os aneurismas podem se desenvolver em qualquer lugar do corpo, ao longo de seu comprimento, mas sao mais comuns na seçao de passagem através do abdômen, o restante pode ocorrer na seçao peito.
O aneurisma da aorta abdominal é uma doença degenerativa que se nao descoberta precocemente pode levar até a morte. Quanto mais cedo for diagnosticado maior é a chance de cura.
FISIOPATOLOGIA ESPECIFICA: 
 Todos os aneurismas envolvem uma camada média lesionada do vaso. Isso pode ser causado por fraqueza congênita, trauma ou doença. Depois que um aneurisma se desenvolve, ele tende a aumentar. Os fatores de risco incluem a predisposição genética, tabagismo e a hipertensão; mais da metade dos pacientes com aneurisma exibem hipertensão.
 O Aneurisma da Aorta Abdominal é uma doença que pode ser fatal. A dilatação da aorta pode causar a sua ruptura, causando uma hemorragia interna muito severa, estado de choque ou até a morte. É a terceira causa de morte súbita em homens acima dos 60 anos nos Estados Unidos. No Brasil, não há dados da real incidência dos AAAs.
 Os tamanhos podem ser variáveis em centímetros ou milímetros. Quando um aneurisma passa de dois centímetros de diâmetro é considerado de grande calibre, já um aneurisma pequeno tem apenas alguns milímetros. Mas há pacientes que apresentam aneurismas de 6 cm de diâmetro e o risco de ruptura é mais grave. O crescimento acelerado do aneurisma é de mais de 10% do volume em apenas um ano.
 Muitos aneurismas abdominais ocorrem em pacientes entre 60 e 90 anos de idade. A ruptura é provável com a hipertensão coexistente e com aneurismas maiores que 6cm. Na maioria dos casos nesse ponto, as chances de ruptura são maiores que a chance de morte durante a reparação cirúrgica. Se paciente idoso é considerado em risco moderado para complicações relacionadas com a cirurgia ou anestesia, o aneurisma não é reparado até que tenha, pelo menos, 5cm de largura.
 As formais mais comuns de aneurisma são saculares e fusiformes. Um aneurisma sacular projeta-se apenas a partir de um lado do vaso. Quando um segmento arterial se torna dilatado, desenvolve-se ummaneurisma fusiforme. Aneurismas muitos pequenos decorrentes da infecção localizada são chamados de aneurismas micóticos.
ETIOLOGIA:
 Aterosclerose é a causa mais comum de aneurismas da aorta, é uma condição potencialmente séria, em que as artérias ficam entupidas por placas de gordura, como por exemplo, o colesterol. Isto faz com que a luz das artérias diminua e sua parede fique endurecida. Mas não há consenso sobre o que causa um AAA. A principal teoria defende que o aneurisma é resultado de uma inflamação (Arterite de Takayasu), que faz com que a parede da aorta se enfraqueça. 
 Embora a incidência de aterosclerose seja semelhante em homens e mulheres, os homens têm 10 vezes mais chances de desenvolver aneurismas da aorta (como envelhecimento, a diferença entre os sexos diminiui). Outras causas da formação de aneurismas são traumas, tabagismo, pois pode causar o endurecimento e o estreitamento das artérias (aterosclerose), e existem substâncias prejudiciais no tabaco que poderão danificar as paredes da aorta, hipertensão, causar o endurecimento e o estreitamento das artérias (aterosclerose), e existem substâncias prejudiciais no tabaco que poderão danificar as paredes da aorta.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
 Alguns pacientes queixam-se de que podem sentir o coração batendo no abdome, quando deitam, ou podem dizer que sentem uma massa abdominal está associado ao trombo, um vaso importante pode ser ocluído ou oclusões distais menores podem resultar de êmbolos. Um pequeno êmbolo de colesterol, plaquetário ou de fibrina pode alojar-se nas artérias interósseas ou digitais, deixando os dedos dos pés cianóticos.
DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico envolve a avaliação clínica e de imagem. Mediante o exame físico pode ser identificado alargamento e expansão transversal da pulsação da aorta abdominal. È uma massa pulsátil nas porções média e superior do abdome. Aproxima-se 80% desses aneurismas podem ser palpados. Um sopro sistólico pode ser ouvido sobre a massa. A ultra- sonografia dúplex ou Tomografia computadorizada é empregada para determinar o tamanho, comprimento e localização do aneurisma. Quando o aneurisma é pequeno, a ultra-sonografia é realizada a intervalos de 6 meses até que o aneurisma alcance o tamanho em que a cirurgia para evitar a ruptura seja mais benéfica que as possíveis complicações de procedimento cirúrgico. Alguns aneurismas permanecem estáveis durante muitos anos de observação.
 A ultrassonografia abdominal com Doppler é de alta sensibilidade e especificidade, além de seu baixo custo e sua facilidade tornou-se a modalidade de escolha para triagem diagnóstica e seguimento, entretanto deve-se ter sempre em mente que este é um método diagnóstico examinador dependente, sujeito a erros de interpretação.
 A tomografia computadorizada abdominal é mais precisa que a ultrassonografia no diagnóstico e na medida do AAA, porém é significativamente mais cara e apresenta necessidade do uso de contraste que pode ser prejudicial ao doente com função renal alterada. Mesmo com essas desvantagens, consegue demonstrar toda a informação anatômica necessária para o planejamento operatório.
 A angiorressonânciamagnética apresenta ótima resolução e ausência de risco para pacientes com insuficiência renal, pois não utiliza contraste iodado, mas um agente paramagnético, o gadolínio, sendo contra-indicada apenas para portadores de próteses metálicas e marca-passo.
 DIAGNÓSTICO PADRÃO OURO: 
 Atualmente, o padrão ouro para o tratamento da doença oclusiva aorto-ilíaca e aneurisma da aorta abdominal é a cirurgia convencional com o uso de prótese vascular, com uma mortalidade menor do que 5%. Com o advento da cirurgia endovascular, a exclusão do aneurisma por meio da colocação de prótese emdovascular e a angioplastia com colocação de stent para o tratamento da doença aorto-ilíaca vêm se tornando uma alternativa segura com bons resultados a curto e médio pazos (21,21). Todavia, os resultados a longo prazo da endoprótese para o aneurisma da aorta, principalmente a taxa de reoperação (10-34%), devido vazamentos (10-20%), migração da prótese (3,6-15%), oclusões (3-4%) e ruptura do aneurisma (1%), ainda não são motivos de preocupação. Para o tratamento de pacientes portadores de aneurisma da aorta abdominal e doença aorto-ilíaca significativa com limitações clinicas para a cirurgia convencional e não-candidatos à cirurgia endovascular surge a cirurgia laparoscópica como uma alternativa.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E CIRURGICO:
  O objetivo do tratamento dos aneurismas de aorta abdominal é a prevenção de sua ruptura. O Tratamento de Aneurisma da aorta abdominal pode ser cirúrgico ou não.
TRATAMENTO NÃO CIRURGICO: No tratamento não cirúrgico há aquele AAA pequeno (<5,5cm), que não cresce rapidamente e é assintomático. Nesse caso, devido a baixa taxa de ruptura, opta-se por acompanhamento semestral. Naqueles com tamanho entre 4 e 5,4cm ou ainda anual ou bianual naqueles entre 3 e 4 cm. Para ambos os casos, O acompanhamento se dá por exames de imagens.
   O tratamento clínico, com a modificação dos fatores de risco, é fundamental. A dislipidemia e a hipertensão devem ser cuidadosamente controladas. O tabagismo ativo deve ser abandonado, devido ao maior risco de ruptura em fumantes ativos. Os betabloqueadores são indicados, pois são eficazes, sobretudo em pacientes com aneurismas maiores, independentemente da redução pressórica. O acompanhamento clínico cuidadoso e por meio de exames de imagem seriados se faz necessário para identificar o tamanho e a velocidade de expansão do aneurisma.
   Para tratar paciente com AAA não cirúrgico, é importante usar medicamento que possam prevenir a aterosclerose, a principal causa de AAA, e automaticamente tratar a Hipertensão. Como por exemplo:
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) para baixar a pressão arterial e proteger coração e rins;
Aspirina para prevenir a formação de coágulos nas artérias;
Betabloqueadores para reduzir os batimentos cardíacos, baixar a pressão arterial e o consumo de oxigênio pelo coração
Bloqueadores de canais de cálcio que relaxam as artérias, baixam a pressão arterial e reduzem a tensão no coração
Diuréticos para baixar a pressão e tratar a insuficiência cardíaca
Nitratos para aliviar a dor no peito e melhorar o fluxo de sangue para o coração
Estatinas para reduzir o colesterol.
Estreptoquinase: Este trombolítico é um pouco menos efetivo que os demais, para dissolver o trombo (coágulo), no entanto, causa menos sangramentos. É a medicação de escolha para ser usada em idosos. Ativa o sistema fibrinolítico endógeno. Facilita mecanismos que farão a transformação de plasminogênio em plasmina. A plasmina destrói coágulos de fibrina.
TRATAMENTO CIRURGICO: No tratamento cirúrgico estão os aneurismas de grande tamanho > 5,5cm, sintomáticos e os associados a aneurismas em artérias ilíacas. Nestes casos o risco de ruptura do aneurisma é significativo e progressivo, por isso opta-se na maioria das vezes pelo tratamento cirúrgico.
AAAs e diversas outras doenças dos vasos sanguíneos podem ser corrigidos por um procedimento minimamente invasivo utilizando uma endoprótese (estrutura tubular metálica revestida com tecido).Seu uso mais comum é no tratamento de aneurismas, substituindo a parte enfraquecida da artéria e evitando a ocorrência de rupturas. A endoprótese tem a função de selar a artéria acima e abaixo da área comprometida, permitindo a passagem do fluxo sanguíneo sem pressionar a parede enfraquecida do aneurisma.
. O aneurisma é então excluído do contato com a pressão sanguínea direta, o que faz com que diminua de tamanho eliminando o risco de ruptura da artéria ou de hemorragia fatal.
   As condições adequadas para o uso da técnica endovascular incluem condição física do paciente, aspectos anatômicos, especificações do dispositivo e questões técnicas específicas. Deve-se avaliar a expectativa de vida e os riscos potenciais do reparo cirúrgico convencional. Os pré-requisitos anatômicos importantes a considerar incluem localização e morfologia da dissecção, acesso vascular distal de dimensão suficiente e limitada tortuosidade da aorta. Os objetivos principais para o sucesso do procedimento incluem acesso à meta de implantação local, fixação segura e criação de selo hemostático entre enxerto e parede do vaso nativo.
  Ao receber alta, o paciente deverá seguir instruções específicas, como por exemplo, manter uma dieta saudável, pobre em gorduras e com restrição de sal em caso de hipertensão associada, praticar exercícios físicos e/ou fazer caminhadas leves com orientação e não levantar peso até que o local da incisão esteja completamente cicatrizado. Em caso de dor, deve-se usar Paracetamol 750 mg por via oral, de 6 em 6 horas; se não houver alívio, a equipe médica deverá ser contatada. É recomendado ainda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) 100 mg (aspirina infantil), a saber, 2 comprimidos por via oral no almoço, para prevenir as complicações da aterosclerose.
CASO CLÍNICO: 
Identificação
Paciente B M W, 65 anos de idade, branco do sexo masculino, pesando 98kg, altura 1.67cm, aposentado. 
Queixa Principal
Refere-se a dor lombar e pulsação na região abdominal
História Pregressa da doença atual 
Paciente deu entrada na emergência com queixa principal de dor lombar. Apresenta quadro hipertensivo, sobrepeso (Obesidade II, severa), Tabagista, etilista e sedentário Na ocasião apresentava PA 150 x 70 mmHg, FC 66 bpm e FR 20 rpm. Relatou não fazer uso medicamentoso para controle da hipertensão. Relato de Aneurisma da Aorta Abdominal no histórico familiar. 
Exame Físico
Pele hipocorada, pulsos periféricos diminuídos, presença de pequenas maculas e cianose em região distal de membros inferiores e proximal de membros superiores. Ligeiro edema em ambos os membros inferiores. Pelos com boa implantação e sem presença de sinais flogísticos. Crânio normoencefálico, pupilas isocóricas e fotoreagentes, pescoço simétrico sem intumescimento ou linfonodos palpáveis e presença de anarcas em MMII. Tórax simétrico, implantação dos membros superiores simétrica, respiração torácica com murmúrio vesicular audível em ambos os hemitórax, sem identificação de ruídos adventícios. Abdome globoso, sopros abdominais e Massa abdominal palpável com distensão do quadrante inferior esquerdo doloroso.
	DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM
	INTERVENÇÃO DE
ENFERMAGEM
	IMPLEMENTAÇÃO
	EVOLUÇÃO/AVALIAÇÃO
	
- Débito Cardíaco Diminuído relacionado com frequência cardíaca alterada caracterizada por taquicardia.
- Aneurisma da Aorta Abdominal relacionada a hipertensão 
	
- Verificar Sinais Vitais de 6/6 horas;
- Encaminhar paciente para fazer exames como ultrassonografia abdominal (doopler) 
- Providenciar a associação de diurético e betabloqueador afim de controlar a hipertensão. ( 12/12 h )
- Orientá-lo sobre o programa nacional de controle do tabagismo e programa hiperdia e sobre a consequência do uso de bebidas alcoólicas. 
- Incentivá-lo a ir ao nutricionista e aderir a atividades físicas.

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