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INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL - Modulo1Aula2Inst

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IDENTIFICAÇÃO 
Cada instrumento ou função programada será identificada por um conjunto de letras que 
o classifica funcionalmente e, um conjunto de algarismo que indica a malha a qual o 
instrumento ou função programada pertence. Eventualmente, para completar a 
identificação, poderá ser acrescido um sufixo. O exemplo seguinte mostra como 
identificar um instrumento: 
P T 2000 02 
Variável Função Área de Atividades Nº Seqüencial da malha 
Identificação Funcional Identificação da Malha 
 
Identificação do Instrumento: Onde; 
P: - Variável medida ou indicadora: PRESSÃO; 
T: - Modificadora da variável medida ou iniciadora: TRANSMISSOR; 
2000: - Área de atividades, onde o instrumento ou função programada atua; 
02: - Número seqüencial da malha; 
 
 
4.1 IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
4.1.1 A identificação funcional é formada por um conjunto de letras cujos significados é 
dado na Tabela do Anexo 01. O 1º Grupo de letras identifica a variável medida ou 
iniciadora. O 2º Grupo de letras identifica as funções do instrumento ou função 
programada. 
 
4.1.2 A identificação funcional é estabelecida de acordo com a função do instrumento 
ou função programada e não de acordo com sua construção. Assim um registrador de 
pressão diferencial usado para registro de vazão é identificado por FR. Um identificador 
de pressão e um pressostato conectados à saída de um transmissor de nível pneumático 
são identificados co mo LI e LS, respectivamente. 
 
4.1.3 O 1º Grupo de Letras de Identificação funcional é selecionado de acordo com a 
variável e não de acordo com a variável manipulada. Logo uma válvula de controle que 
varia a vazão para controlar um nível, comandado por um controlador de nível, é 
identificada como LV e não FV. 
 
4.1.4 O 2º Grupo de letras identifica as funções do instrumento ou função programada, 
que podem ser: 
o Função Passiva: Elemento primário, orifício de restrição, poço; 
 
o Função de Informação: Alarme, indicador, registrador; 
 
o Função ativa ou de saída: Controlador, transmissor, chave. 
 
4.1.5 Algumas letras podem ser usadas com modificadoras. A letra modificadora altera 
ou complementa o significado da letra precedente. 
 
 
 
4.1.6 A seleção das letras de identificação deve estar de acordo com a Tabela do Anexo 
I, como segue: 
a) Variável medida ou iniciadora: 1ª letra ( EX: Pressão ? P ); 
b) Modificadora da variável medida ou iniciadora, quando necessário 
( EX: Diferencial ? D ); 
c) Funções passiva ou de informação, em qualquer ordem entre si ( EX: Alarme ? A ); 
d) Função ativa ou de saída, em qualquer ordem entre si, exceto quando as funções 
controle ( C ) e válvula ( V ) estão simultaneamente presente. Nestes casos a letra C 
deve preceder à letra V, como exemplo: HCV, PCV; 
e) Modificadora de funções, quando necessário ( EX: Baixo ? L ). 
 
4.1.7 Dispositivos com funções múltiplas devem ser representados nos fluxogramas 
com tantos símbolos quantos forem as variáveis medidas, saídas e/ou funções. 
Assim por exemplo, um controlador de temperatura com uma chave deve ser 
representado por dois círculos tangentes um identificado com TIC ? 211102 e o outro 
com TSH ? 211102. 
Admite-se que seja identificado por TIC/TSH-211202 em texto ou referência. 
 
 
 
 
 
4.1.8 A identificação funcional deve ser composta de no máximo 4 letras. Dentro deste 
limite, recomenda-se ainda, usar no mínimo de letras, adotando os seguintes 
procedimentos: 
a) Para instrumentos com funções múltiplas, as letras podem ser divididas em 
subgrupos conforme estabelece item 4.1.7 
b) No caso de um instrumento com indicação e registro da mesma variável, a letra I 
pode ser omitida. 
 
4.1.9 Todas as letras da identificação funcional devem ser maiúsculas. 
 
 
4.2 IDENTIFICAÇÃO DA MALHA 
 
4.2.1 Complementando a identificação funcional, cada instrumento recebe um número 
que identifica a malha a qual ele pertence. Este número é comum a todos os 
instrumentos que compõem a mesma malha. 
 
4.2.2 Um instrumento que pertence a duas malhas pode receber o número de malhas 
principal, nos casos em que não for conveniente caracterizar uma das malhas como 
principal, o instrumento pode ser numerado considerando-o integrante de uma nova 
malha. 
 
4.2.3 A identificação da malha é composta por um prefixo numérico que corresponde à 
codificação da área. 
 
4.2.4 Em documentos, com fluxogramas, onde aparece uma única área de atividades 
claramente identificada, o prefixo característico da área pode ser omitido no intuito de 
se evitar a repetição. Porém, um instrumento que no fluxograma foi identificado sem o 
 
 
prefixo, quando referidas em documentos avulsos, tipicamente requisições, devem ser 
identificado com o número completo incluindo o prefixo. 
 
4.2.5 As malhas são numeradas em seqüência por área de atividades e por variável de 
processo, isto é, dentro de uma área haverá uma seqüência numérica para cada variável. 
Exemplo: TIC ? 211102 é o segundo instrumento de temperatura da Área 2111. 
Exceção deve ser feita para Válvula de Segurança e/ou Alívio, que terão seqüência 
numérica particular. A mesma regra se aplica para Discos de Ruptura e Visores de 
Nível. 
 
4.2.6 Na fase inicial de um projeto, as malhas são preferencialmente numeradas em 
seqüência crescente de acordo com o fluxo principal de processo. Porém, quando no 
decorrer do projeto são eventualmente acrescentados novos instrumentos, a seqüência já 
estabelecida não deve sofrer revisões, sendo as malhas novas acrescidas à seqüência 
existente. 
 
4.2.7 Em alguns casos pode haver interesse de se agrupar um certo tipo de instrumento 
em relação aos demais. Recomenda-se nestes casos prever faixas numéricas para cada 
grupo que se deseje destacar. Assim, devido a abundância, poderá haver interesse em 
agrupar em manômetros e termômetros locais, numerando-os na parte final da seqüência 
numérica. Por exemplo, numa unidade em que há 12 malhas de Temperatura, excluindo 
os termômetros locais, estes poderiam ser numerados a partir de 21, deixando-se a 
seqüência de 13 a 20 para eventuais acréscimos futuros. 
 
4.2.8 Sempre que numa malha houver mais que um instrumento com a mesma 
identificação funcional, é usado um sufixo para individualizar cada um deles. 
 
4.2.9 Um instrumento com mais de uma função, preferencialmente é designado por 
todas suas funções. Assim, um registrador de duas penas, registrando Vazão e Pressão é 
identificada: 
FR?211102 / PR 211104. Opcionalmente este Registrador pode ser designado por UR-
211101. 
 
4.2.10 Acessórios de instrumentos, tais como Reguladores de Ar, Rotâmetros de Purga, 
Potes de Selagem e outros que não são simbolizados nos fluxogramas mas que precisam 
de designação em outros documentos são identificados pela primeira letra de 
Identificação funcional e pelo número de malha a que servem. As letras subseqüentes 
são escolhidas de acordo com a função do Acessório. Assim, o poço do termômetro TI-
211107 é TW 211107; o Poço de teste de temperatura é TP-211102 e o Rotâmetro de 
Purga de um manômetro PI-211109 é PX-211109. 
 
 
4.3 IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS NO USO DOS SISTEMAS 
DIGITAIS 
 
Devido à limitação de números de dígitos para identificação de instrumentos no uso de 
sistemas digitais ( 8 dígitos nos sistemas de controle distribuídos atuais ), é 
responsabilidade de cada usuário a definição das letras e algarismos a serem suprimidos, 
na identificação dos instrumentos de painel ( virtuais ), para torná-la compatível com o 
equipamento utilizado. 
 
 
SÍMBOLOS GRÁFICOS 
5.1 Os desenhos dos anexos III a XII indicam símbolos com o objetivo de representar a 
instrumentação em fluxogramas e outros desenhos, estendendo sua aplicação para uma 
variedade de processos. As aplicações mostradas foram escolhidas para ilustrar os princípios 
dos métodos de identificação e símbolos gráficos. 
 
5.2 Os símbolos gráficos geraispara instrumentos ou funções programadas do anexo IV são 
usadas com finalidade distintas: 
a) Representar e identificar um instrumento ( EX: Controlador ). 
b) Identificar um instrumento que tem símbolo próprio ( EX: Válvula de Controle ). Neste caso, 
o traço que une o símbolo com identificação do instrumento ao símbolo representativo do 
instrumento não tocam este último. 
 
5.3 O número de identificação de um componente de uma malha de controle não precisa ser 
obrigatoriamente, colocado em todos os componentes da malha. ( EX: Válvula de Controle, 
Placa de Orifício e Termopares ) podem deixar de ser identificado. 
 
5.4 Notações abreviadas podem ser acrescentadas junto aos símbolos, para esclarecer sua 
função na malha. ( EX: Válvulas de Controle que trabalhem em alcance bipartido devem ter as 
notações 3‐9psig e 9‐15psig, bem como as respectivas ações na falta de energia de atuação, 
apresentadas adjacentes às linhas de sinal. 
 
5.5 Os símbolos podem ser traçados com qualquer orientação. As linhas de sinal podem ser 
desenhadas entrando ou saindo de um símbolo de qualquer ângulo. Entretanto os indicadores 
de função e as identificações dos instrumentos devem estar sempre na horizontal. As setas 
direcionais devem ser usadas nas linhas de sinal quando necessárias para o esclarecimento do 
sentido de fluxo de informações. 
 
5.6 As fontes de suprimento elétrico, pneumático ou outras são omitidas, a não ser que sua 
representação seja essencial para se entender a operação de um instrumento ou malha de 
controle. 
 
5.7 De um modo geral apenas uma linha de sinal é suficiente para representar a interconexões 
entre dois instrumentos, embora fisicamente, tais interconexões se façam através de várias 
linhas. 
 
5.8 A seqüência em que os instrumentos ou funções programadas de uma malha são 
conectados num fluxograma, devem refletir, a lógica funcional, podendo ou não corresponder 
à seqüência das conexões físicas. 
 
5.9 Fluxogramas de Processo são normalmente menos detalhados que os Fluxogramas de 
Engenharia. Os Fluxogramas de Engenharia devem mostrar todos os componentes essenciais 
de um Processo, mas podem diferir de usuário para usuário quanto à quantidade de detalhes 
não essenciais a serem implementados. Em qualquer caso, a consistência deve estar presente 
 
 
em cada aplicação. 
 
5.10 Os termos, Conceituale, Simplificado como aplicados nos Fluxogramas dos anexos XI e XII, 
foram escolhidos para representar exemplos típicos de utilização dos símbolos gráficos. Cada 
usuário deve estabelecer o grau de detalhes que preencha os propósitos de um documento 
especifico ou esquema a ser gerado. 
 
5.11 É comum omitir‐se em Fluxograma de Engenharia, os símbolos de componentes de 
intertravamento elétrico. Por exemplo, uma chave de nível para parada de bomba deve ser 
representada na malha, bem como termostatos e pressostatos que atuam válvulas solenóides 
ou outros dispositivos de intertravamento. Nestes casos, relés auxiliares e outros 
componentes podem ser omitidos e apresentados em documentos específicos tais como 
Diagramas funcionais.

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