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1 FACULDADE BRASILEIRA – MULTIVIX VITÓRIA Engenharia Mecânica 8º período Processos de fabricação PRÁTICAS LABORATORIAIS - USINAGEM Bruno Manhães Davi Correa Gladson Antunes José Carlos Murilo Vasconcelos Rodrigo Altoé Thiago Toscano Yuri José Vitória, 2015 2 Índice Introdução: .................................................................................................................................. 03 Processo de torneamento. ...................................................................................................... 03 Ferramenta: ............................................................................................................................. 04 Operações Fundamentais: .......................................................................................................... 04 Torneamento circular externo: ............................................................................................... 04 Facear: ..................................................................................................................................... 05 Equipamento de Usinagem ......................................................................................................... 05 Material Fornecido: ..................................................................................................................... 05 Conclusão .................................................................................................................................... 07 Bibliografia .................................................................................................................................. 08 3 1. Introdução Este relatório diz respeito às aulas ministradas pelo professor Vinicius Dellacqua, realizadas no laboratório de mecânica localizado na faculdade Multivix Serra, ocorridas nos dias 3 e 10 de setembro de 2015. Com o objetivo de oferecer aos alunos uma oportunidade de colocar em prática as teorias estudadas em sala, as aulas laboratoriais mostravam as etapas inicias do processo de usinagem utilizando-se um torno universal, o qual os próprios alunos manuseavam com o auxílio de um instrutor. A meta estabelecida pelo professor era obter uma peça com determinadas dimensões fazendo uso do corte e dos processos de usinagem. Processo de torneamento: O Processo de torneamento é o processo de usinagem mecânica que usa o equipamento chamado Torno e tem por finalidade a obtenção de peças com superfícies de revolução sendo estas cônicas ou cilíndricas. No processo geralmente são usadas ferramentas monocortantes. Na confecção das peças três modos de corte podem ser utilizados: 1- O modo de corte axial em que o avanço da ferramenta se dá paralelamente ao eixo da peça; 2- O modo de corte radial em que o avanço da peça se dá no sentido perpendicular ao eixo; e 3- O modo combinado ou misto que permite os dois movimentos anteriores em paralelo ao muito utilizados pra gerar chanf ros. As grandezas que se encontram no processo são divididas em grandezas que podem ser mensuradas como: o avanço, velocidade de giro da peça, geometria da ferramenta; e em fatores que geram defeitos de usinagem como: vibração, falta de alinhamento ou centralização, desgaste da ferramenta. As operações possíveis de serem realizadas no torneamento são: torneamento cilíndrico externo; torneamento cilíndrico interno; torneamento cônico externo; torneamento cônico interno; faceamento; perfilhamento; sangramento; recartilhamento entre outras como pode ser observado na figura 2: Figura 1: Tipos de movimentos da ferramenta no torno durante a confecção da peça Figura 2: Principais operações realizadas por torneamento 4 Ferramenta: A superfície nova, gerada pela usinagem da peça, irá depender da ferramenta utilizada. Dependendo da geometria como: ângulo de incidência ou de folga; β – ângulo do fio, do gume ou da cunha; γ – ângulo de saída ou de ataque; δ – ângulo de corte; κ – ângulo de orientação ou de posição, ou de rendimento; ε – ângulo da ponta ou de perfil; λ – ângulo de inclinação. Estes ângulos são mostrados na figura 3: Operações Fundamentais: Torneamento circular externo: Operação obtida pelo deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo da peça. Para tornear externamente, sempre que possível avançar o carro da direita para a esquerda, isto é, no sentido do cabeçote fixo, a fim de reduzir a pressão sobre à contra ponta. Nesse caso, que é o mais comum, usar-se uma ferramenta à direita, o desbaste deve ser tão profundo quanto à ferramenta e o torno o permitirem e é feito até que fique uma espessura de material de 0,2 a 0,7 mm para o acabamento (o diâmetro da obra deve ser verificado após cada passe). O acabamento da peça requer, usualmente, uma ferramenta de bico arredondado ( r ≈ 1 a 2 mm ). A peça é acabada com um ou mais cortes pouco profundos e de pequeno avanço, geralmente com maior rotação do que para desbastar. Figura4: Figura 4: Representação do torneamento circular externo Figura 3: Ângulos e geometria da ferramenta monocortante usada no torno mecânico 5 Facear: Operação que tem como objetivo nivelar a face do tarugo a ser trabalhado. É obtida pelo deslocamento da ferramenta, normalmente ao eixo de rotação da peça. Figura6: Figura 5: Representação de um faceamento Houveram operações não desenvolvidas na peça sugerida, tal como sangramento do material, recartilhamento, rosqueamento e usinagem cônica que não iremos desenvolver no presente relatório por acharmos desnecessário. Equipamento de Usinagem: Quanto ao processo de usinagem por torneamento foi observado que o ajuste de avanço não seria possível ser realizado por não termos atentado para a relação de transmissão por correias, por não se tratar de um torno industrial, sendo apenas um equipamento de experimentos acadêmicos. Figura 7: Marca do torno universal Ferrari Modelo BV-20 Material fornecido: Para começarmos o trabalho, cortamos com o desejado tamanho uma barra de aço 1045 de diâmetro 1”, utilizando uma serra circular. Após a peça ter sido cortada e preparada para dar início ao processo de usinagem, foi constatado que a máxima profundidade de corte por passo suportada pelo torno era de 0,5 milímetro, fazendo com que o progresso se tornasse bastante lento. Após algum tempo de uso, o torno que estávamos utilizando apresentou um defeito. A trava de avanço do cabeçote móvel se rompeu, fazendo com que a peça sendo usinada escapasse do contraponto e sofresse danos irreparáveis acarretando em sua perda. 6 Figura 8 e 9: Barra redonda DN 1” e Operação de Corte Depois de descartada a primeira peça, voltamos à estaca zero e redimensionamos um novo corte a ser feito para uma nova peça. Desta vez não haveria contato com o contraponto durante a usinagem, portanto a peça deveria ser menor para que os distúrbios provenientes das vibrações fossem amenizados. Após substituída a peça e retomarmos nossas atividades, o torno apresentou mais um problema. Desta vez, a base que suportava a cunha se afrouxou, acarretando em um corte impreciso. Entretanto, este problema foi rapidamente identificado e corrigido pelo auxiliar de laboratório. Modelo da peça solicitada pelo docente a ser fabricada pelo método de usinagem serviu de modelo no decorrer de toda a operação de usinagem. Figura 10: Modelo da peçaa ser usinada O processo de usinagem a partir daí se deu de forma tranquila, com a participação de todos os alunos revezando o manuseio do torno. O cavaco formado geralmente apresentava um comprido formato helicoidal. Uma medição do diâmetro da peça era feita com o paquímetro a cada três ou quatro passos para averiguar o progresso. Figura 11: Processo de usinagem com participação de todos integrantes 7 Quando estávamos realizando o último passo necessário na parte mais externa da peça, ela se rompe abruptamente. Possíveis motivos para o rompimento foram às vibrações presentes no torno e o uso do avanço automático do carro quando se deveria fazer uso do avanço manual, por se tratar de uma etapa muito delicada em uma parte muito fina da peça. Após a ruptura, encerramos nossas atividades no laboratório, mas percebemos que houve um diâmetro muito pequeno que exigia um avanço de corte menos profundo na peça. A produção do cavado se deu de forma helicoidal intermitente, conforme observamos na figura 12. Contudo, pelo posicionamento da ferramenta de corte, constatamos que houve um superaquecimento e quebra de parte da ferramenta, sendo necessário em refazer toda a angulação correta para prosseguir na usinagem. Figura 12: Cavaco produzido Conclusão Levando em consideração toda a experiência adquirida e todo o trabalho realizado pelo grupo, obtivemos como resultado final uma peça com as dimensões aproximadas do que foi solicitado previamente, porém com uma ruptura em sua parte mais externa pelo problema já descrito, acabamos perdendo o eixo e mediante diversos contratemos de não ter havido um cálculo de avanço e mau posicionamento da ferramenta de corte, identificamos também uma baixa qualidade no acabamento e a não realização do furo sugerido na furadeira vertical. Na próxima sessão, durante as aulas de soldagem, tentaremos fazer a recuperação da peça. Figura 13: Eixo usinado Medidas de Diâmetro Nominal: DN 1: 20,46 mm; DN 2: 10,05 mm; DN 3; 5,32 mm Comprimento: Medida 4 = 51 mm; Medida 5 = 25,34 mm; Medida 6 = 28,50 mm 8 Bibliografia Coelho , Reginaldo Teixeira; Machado, Álisson Rocha; Abrão, Alexandre Mendes; Silva, Márcio bacci da- Teoria da Usinagem dos materiais- editora Blucer 1ª edição Normas: ABNT- NBR 6162(‘Movimentos e Relações Geometricas na usinagem dos metais: terminologia’); ABNT- NBR ISSO 4287(‘Rugosidade-método perfil- Termos definições e parâmetros de rugosidade’) http://www.rcrtornearia.com.br/rcrtornearia/tempoPassa.html (acessado em 21 de março de 2012)
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