contrato administrativo

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PREPARATÓRIO PARA 
CONCURSOS PÚBLICOS
Aula
Contratos Administrativos
Parte 1
Coordenação: Dra. Elaine Borges
DISCIPLINA:
Direito Administrativo
Professor: Dra. Flávia Formigoni
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"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - PARTE 1
A doutrina diverge um pouco com relação ao conceito de contrato administrativo, visto que alguns 
entendem que teríamos duas classificações, uma de contrato administrativo em sentido estrito e outra de 
contrato administrativo em sentido amplo, ou seja, um regido pelas regras exclusivas de direito público 
administrativo e outra com algumas regras e conteúdo de direito privado.
Contrato administrativo, segundo Hely Lopes Meirelles, é o ajuste que a Administração Pública, 
agindo nessa qualidade, firma com o particular ou outro entidade administrativa para a consecução de 
objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração.
Celso Antônio “é um tipo de avença travada entre a Administração Pública e terceiros na qual, por 
força de lei, de cláusulas pactuadas ou do tipo de objeto, a permanência do vínculo e as condições 
preestabelecidas assujeitam-se a cambiáveis imposições do interesse público, ressalvados os interesses 
patrimoniais dos particulares” 
Diógenes Gasparini – “ato plurilateral ajustado pela Administração Pública ou por quem lhe faça as 
vezes com certo particular, cuja vigência e condições de execução a cargo do particular podem ser 
instabilizados pela Administração Pública, ressalvados os interesses patrimoniais do contratante particular” 
A primeira diferença existente entre contrato privado e o contrato administrativo é que no primeiro, 
não se admite a alteração ou extinção do contrato sem a anuência de AMBAS as partes, já no segundo, a 
Administração tem essa prerrogativa, que lhe é conferida pela própria lei.
O contrato administrativo possui um regime jurídico de direito público próprio, mas que, em 
determinadas situações, serão aplicadas, SUBSIDIARIAMENTE, as normas de direito privado.
A Constituição Federal confere à União a competência legislativa para expedir normas gerais sobre 
os contratos firmados pela Administração Pública. 
Atualmente, as normas gerais sobre os contratos da Administração estão previstas na Lei 8666/93.
Regime Jurídico
Os Contratos Administrativos respeitam um regime jurídico próprio, ou seja, seguem as regras 
previstas no Direito Administrativo, inclusive os princípios que regem esta matéria. Por ter um regime jurídico 
próprio que a Administração Pública tem autonomia para modificar e extinguir os contratos administrativos. 
Inclusive impor sanções ao contratado.
Características do Contrato Administrativo
No contrato administrativo, diferente do que ocorre no direito privado, existem as chamadas 
especiais, que alguns chamam de cláusulas exorbitantes, que são prerrogativas instrumentais que o 
ordenamento jurídico atribui à Administração Pública. Tais cláusulas asseguram uma posição de supremacia 
para a Administração em relação ao contratado, sendo o seu exercício condicionado ao que for adequado, 
Direito Administrativo
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necessário e razoável para a concretização do interesse público.
A Administração Pública, no que tange os contratos administrativos, pode, segundo o artigo 58 da 
Lei 8666:
1)modificá-lo, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado.
2)extingui-lo, unilateralmente, nos casos especificados em lei. Esta prerrogativa merece uma 
atenção especial.
3)fiscalizar-lhe a execução
4)aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
5)Nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços 
vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas 
pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Os elementos básicos do contrato administrativo são:
1)consensual, ou seja, deve ser um acordo de vontades, mesmo com as cláusulas tidas como 
exorbitantes.
2)formal, ou seja, deve obedecer a forma escrita e requisitos especiais. 3)oneroso, ou seja, deve 
ser remunerado na forma pactuada
4)comutativo, ou seja, deve estabelecer as vantagens recíprocas e equivalentes entre as partes
5)intuitu personae, ou seja, deve ser executado pela própria pessoa. 
Classificação – Profª Maria Sylvia Zanella di Pietro:
1)presença da Administração Pública como Poder Público
2)finalidade pública
3)obediência à forma prescrita em lei
4)procedimento legal 
5)natureza de contrato de adesão 
6)natureza intuitu personae 
7)presença de cláusulas exorbitantes 
8)mutabilidade
Sobre as cláusulas exorbitantes, Hely Lopes Meirelles afirma que: ”Cláusulas Exorbitantes são, pois, 
as que excedem do Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma restrição à Administração ou ao 
contratado. A cláusula exorbitante não seria lícita num contrato privado, porque desigualaria as partes na 
execução do avençado, mas é absolutamente válida no contrato administrativo, desde que decorrente da lei 
ou princípios que regem a atividade administrativa, porque visa estabelecer uma prerrogativa em favor de 
uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses 
particulares.”
Objeto do Contrato Administrativo
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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O objeto da licitação será o objeto do contrato.
As características do objeto são:
1) poderá recair:
a) obra
b) bem
c) serviço
d) fornecimento
2) deverá ser:
a) possível
b) lícito
c) suscetível de apreciação econômica
Partes Contratantes Administração
1)Administração Pública Art. 6º XIV Lei 8666/93
2)Particular Art. 6º XV – Lei 8666/93
Quando o contrato administrativo termina?
O fim do contrato administrativo se dá no último dia de sua vigência ou até o dia de sua rescisão.
Prorrogação do Contrato Administrativo
A prorrogação do contrato só pode ser feita no final do mesmo. NUNCA NO COMEÇO ou DEPOIS 
DE SUA EXTINÇÃO.
A prorrogação pode ser:
a) menor
b) igual ao já estabelecido anteriormente
c) maior
Para a prorrogação não se exige licitação, mas só será admitida nas hipóteses do artigo 57, § 1º da 
8666/93. (CASO CONTRÁRIO NÃO CABE PRORROGAÇÃO).
A prorrogação será formalizada por TERMO DE ADITAMENTO OU TERMO DE PRORROGAÇÃO, 
devendo este ser analisado e aprovado pela Assessoria Jurídica da Administração Pública art. 38,§ único da 
Lei 8666/93, bem como assinado e publicado (art. 61, § único da 8666).
PUBLICAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
O artigo 61, parágrafo único da Lei 8666, estabelece que: para que o contrato administrativo gere 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão domaterial e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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efeitos e seja eficaz, deverá, até o quinto dia útil do mês seguinte após a assinatura, ser levado à publicação 
na imprensa oficial.
Cláusulas Necessárias São elas:
1)o regime de execução ou a forma de fornecimento
2)os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação
3)os casos de rescisão 4)os direitos e responsabilidade das partes,
5)as penalidades cabíveis e os valores das multas.
Vigência e Eficácia
Vigência do contrato - tem como início a data de assinatura do mesmo. Só a partir dessa data se 
pode ter como vigente o contrato. Lembrando que não existe contrato com prazo indeterminado, como prevê 
o artigo 57, § 3º da Lei 8666. Via de regra, o prazo de vigência do contrato é de 1 (um) ano. Porém, o próprio 
artigo 57, I, II e III, prevê que existirão alguns contratos administrativos que terão prazo de vigência superior a 
1 (um) ano, desde que fique assegurada a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. 
Eficácia do contrato - os contratos são eficazes quando seus efeitos estão disponíveis para as partes. 
(as partes podem executar suas obrigações e gozar de seus direitos). Via de regra, a eficácia ocorre 
simultaneamente com a vigência.
A prorrogação do contrato só pode ser feita no final do mesmo. NUNCA NO COMEÇO ou DEPOIS 
DE SUA EXTINÇÃO.
GARANTIA
A Lei 8666/93 faculta à Administração Pública o direito de exigir dos que com ela contratam uma 
garantia, que tem por fim assegurar a execução do contrato, como prevê o artigo 56 da Lei 8666/93.
O Prof. Diógenes Gasparini conceitua garantia como toda reserva de bem ou de responsabilidade 
pessoal com vistas a assegurar a execução do contrato e, conforme o caso, utilizável pelo Poder Público 
contratante para ressarcir-se de prejuízos causados pelo contratado ou pagar-se de multa que lhe fora 
aplicada e não satisfeita.
As espécies de garantia estão previstas no artigo 56, § 1º, I, II e III, da Lei 8666/93. São elas:
1)caução em dinheiro ou títulos da dívida pública - é a reserva de bem que o contratado faz para 
garantir a execução do contrato.
2)seguro-garantia - é a obrigação contratualmente assumida por seguradora até o montante 
previsto no edital, objetivando a execução do contrato. Formaliza-se mediante apólice de seguro.
3)fiança bancária - é o dever de responder pelas obrigações contratuais devidas e não cumpridas 
pelo contratado ou afiançado, que certo banco assume perante a Administração Pública contratante.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO
O contrato deve ser cumprido conforme estipulado, podendo ser alterado, no entanto, para 
conservação do seu equilíbrio inicial, visando manter a igualdade entre os encargos do contratado e a 
remuneração a que ele faz jus.
Nos termos do artigo 65 da Lei 8666/93, a alteração pode se dar:
1)unilateralmente
2)por acordo entre as partes, também chamada de bilaterais.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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