Direito_e_Meio_Ambiente_Unidade II Slides

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Unidade II
DIREITO E MEIO AMBIENTE
Profa. Ma. Valéria Cristina Farias
O direito ambiental
 Evolução da preocupação com a 
preservação do meio ambiente.
 Fragmentação da normatização: Código 
Florestal e Código de Águas.
O direito ambiental
 Marco na história – Encontro de 
Estocolmo em 1972, contendo o Brasil 
como signatário do Tratado 
Internacional.
 Momento político – Regime ditatorial 
militar – Política do crescimento 
econômico a qualquer preço.
 Pressão da sociedade. 
O direito ambiental
 Instituição da Política Nacional do Meio 
Ambiente – Lei 6.938/81.
 Início da regulação holística do 
meio ambiente.
 O que é regulação holística ? É a tutela doO que é regulação holística ? É a tutela do 
meio ambiente como um todo.
O direito ambiental
Tripé do arcabouço legislativo de 
proteção ambiental: 
 Lei 7.347, de 24/07/1985.
 Constituição Federal de 1988.
 Lei 9 605 de 12/02/1998 Lei 9.605, de 12/02/1998.
O que é meio ambiente?
Sentido gramatical e legal 
“Meio indica metade de um todo. A 
totalidade dos fatores externos suscetíveis 
de influírem sobre a vida biológica, social 
ou cultural de um indivíduo ou grupo. 
Ambiente indica aquilo que envolve os 
corpos por todos os lados Aquilo quecorpos por todos os lados. Aquilo que 
cerca os seres vivos ou as coisas”. 
“Conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida 
em todas as suas formas” art 3º inciso Iem todas as suas formas” – art. 3º., inciso I, 
da Lei 6.938/81.
O que é meio ambiente ?
Sentido legal 
 Conceito legal vigente – a Lei 6.938/81 foi 
recepcionada pela Constituição Federal.
 Definição legal imprecisa – não incluiu 
vários aspectos do meio ambiente.
 Definição legal deve ser analisada emDefinição legal deve ser analisada em 
conjunto com o artigo 225 CF: “Todos 
têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações”.
Proteção jurídica dos 
bens ambientais 
Conceito de bem:
 Visão civilista de bem: público e privado, 
com as noções de uso, gozo, disposição 
e fruição ilimitada.
 Visão moderna: natureza difusa,Visão moderna: natureza difusa, 
Indivisibilidade e Transindividualidade.
Proteção jurídica dos 
bens ambientais 
Natureza difusa do bem ambiental:
 Bem de uso comum do povo.
 Proteção originariamente pública e 
secundariamente privada.
 Tutela da sadia qualidade de vida Tutela da sadia qualidade de vida 
humana (piso vital mínimo).
Interatividade
Com base na Constituição Federal, pode-se 
afirmar que o bem ambiental foi 
classificado como:
a) Bens dominicais.
b) Bens de uso especial.b) Bens de uso especial.
c) Bens de uso comum do povo.
d) Bens patrimoniais.
e) Bens móveis e imóveis.
Proteção constitucional 
ao meio ambiente
 Destinatários da proteção ambiental: 
brasileiros natos, naturalizados e 
estrangeiros que se encontrem em solo 
nacional (Cidadania).
 Defesa do bem ambiental limitado aos 
contornos, aos limites do território 
nacional, regendo-se pela estrutura 
legislativa nacional (Soberania).
 Natureza antropocêntrica ou biocêntrica 
da tutela constitucional?
Proteção constitucional 
ao meio ambiente
 Prevalência da dignidade da pessoa 
humana, oferecendo-se condições 
mínimas de vida saudável (tutela da 
educação, da saúde, do trabalho, da 
moradia, do lazer, da segurança, da 
previdência social da proteção àprevidência social, da proteção à 
maternidade, da proteção à infância, 
da assistência aos desamparados, 
dentre outros) – o rol do artigo 6º. 
da CF não é taxativo.
A ordem econômica 
constitucional do meio ambiente
Limitação da ordem econômica:
 Livre iniciativa – Art. 170 CF: a ordem 
econômica brasileira é “fundada na 
valorização do trabalho humano e na 
livre iniciativa”, mas deve obediência, 
entre outros princípios, à “defesa do 
meio ambiente”.
 Sistema capitalista temperado – admite 
intervenção pública na economia.
A ordem econômica 
constitucional do meio ambiente
 Necessidade de conciliar o crescimento 
econômico ao respeito ao meio ambiente 
através do: Desenvolvimento 
sustentável.
Natureza pública da 
proteção ambiental
 A preservação ambiental é finalidade e 
objetivo do Estado.
 Princípio do In dubio pro ambiente.
 Bens ambientais são de natureza 
indisponível.indisponível.
 A atuação pública deve ser efetiva: 
através de política fiscal, intervenção 
estatal na ordem econômica e social, 
exercício do poder de polícia 
administrativa, assinatura de tratados etc.administrativa, assinatura de tratados etc. 
Interatividade 
Assinale a alternativa correta:
a) A defesa do bem ambiental, diz respeito ao meio 
ambiente limitado aos contornos, aos limites do 
território nacional, regendo-se, pois, pela 
estrutura legislativa nacional.
b) A defesa do bem ambiental, pela sua natureza 
transfronteiriça, coloca o bem ambiental 
nacional na modalidade de bem universal, 
admitindo-se a ingerência de legislação 
estrangeira, quando o assunto for preservação e 
proteção do bem ambiental.
c) Os destinatários do direito ao meio ambiente 
ecologicamente preservado são apenas os 
brasileiros.
d) O Direito Ambiental tem por finalidade proteger 
o meio ambiente e não o Homem.
e) O bem ambiental tem natureza 
divisível, admitindo fracionamento.
Princípios
 Da cooperação internacional para a 
proteção do meio ambiente – a 
preocupação ambiental não se limita aos 
contornos territoriais, devendo haver 
uma atuação coletiva dos países nesses 
sentido (Ex : repasse de recursos)sentido (Ex.: repasse de recursos).
 Da avaliação do impacto ambiental –
Atividades poluentes, para serem 
realizadas, devem ser precedidas de 
avaliação ambiental por equipe 
competente (Ex : licenças ambientais)competente (Ex.: licenças ambientais).
Princípios
 Da prevenção (já se conhecem os riscos, 
impondo-se medidas para evitá-los ou 
diminuí-los) e precaução (não há certeza 
jurídica acerca dos riscos, podendo 
autorizar a não autorização para 
realização de determinada atividade)realização de determinada atividade).
Princípios
 Poluidor pagador – o potencial poluidor 
deve arcar com os custos necessários 
para as medidas de prevenção (Ex.: 
instalação de filtros).
 Usuário pagador – aquele que se utiliza 
do bem ambiental deve arcar com os 
custos para garantir a continuidade de 
seu uso (Ex.: tarifas pagas em parques 
ecológicos).
Princípios
 Participação cidadã – as decisões devem 
ser tomadas com a participação da 
coletividade (Ex.: audiências públicas).
 Informação – a informação ambiental é 
dever do Estado, assim como a 
educação e conscientização ambiental 
da população.
Princípios
 Função social da propriedade – os 
proprietários são responsáveis pela 
preservação dos recursos ambientais 
existentes em sua propriedade. 
(Ex.: possibilidade de desapropriação 
de imóvel que não atende suasde imóvel que não atende suas 
funções sociais).
 Solidariedade – os bens ambientais 
são de natureza difusa.
Princípios
Desenvolvimento sustentável -
necessidade de equilíbrio entre o 
desenvolvimento e a proteção ambiental.
Interatividade
Assinale a opção correta:
a) O princípio da participação popular na 
proteção do meio ambiente é assegurado 
por meio das audiências públicas.
b) O princípio da prevenção aplica-se a 
eventos incertos e prováveis causadoreseventos incertos e prováveis causadores 
de dano ambiental.
c) O princípio do poluidor-pagador aplica-se 
ao usuário que capta água parairrigação de 
produtos orgânicos sem agrotóxico.
d) Para o licenciamento e a instalação de 
antenas de telefonia nas proximidades 
de escolas e hospitais, deve-se levar 
em conta o princípio ambiental do 
usuário-pagador.
e) NDA.
Dano e poluição
Degradação: “alteração adversa das 
características do meio ambiente” – são 
transformações espontâneas da própria 
natureza, sem interferência humana.
Dano e poluição
Poluição: “a degradação da qualidade 
ambiental resultante da atividade que direta 
ou indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem 
estar da população; 
b) criem condições adversas às atividadesb) criem condições adversas às atividades 
sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou 
sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energiae) lancem matérias ou energia 
em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos.” – Decorre de interferência 
humana. 
Dano e poluição
 A degradação ambiental não constitui 
dano, o dano é decorrente da poluição 
intolerável.
 Necessidade de padrões para 
identificação do limite de alteração 
ambiental tolerável.
Responsabilidade jurídica
A responsabilidade jurídica diante do dano 
ou risco ambiental reflete-se nas esferas 
cível, administrativa e penal.
Responsabilidade jurídica cível
 Natureza objetiva – não necessita da 
comprovação de dolo ou culpa.
Requisitos: 
 prática de ação ou omissão;
 ocorrência do dano ou potencialidade ocorrência do dano ou potencialidade 
de dano;
 nexo de causalidade.
Responsabilidade jurídica 
administrativa
 Poder Público funciona como agente 
fiscalizador (Ex.: licenças, vistorias etc.) 
e controlador (Ex.: poder de polícia).
 Responsabilidade de natureza objetiva.
Responsabilidade jurídica penal
 Atinge a pessoa física ou jurídica.
 Diferença entre pessoa física e jurídica.
 Crítica da doutrina.
Responsabilidade jurídica penal –
Pessoa física
 A natureza da responsabilidade da 
pessoa física é subjetiva – necessita da 
demonstração de dolo e culpa, para ser 
caracterizada.
 Penas: aquelas previstas no Código 
Penal (privativa de liberdade, restritiva 
de direitos e multa).
Responsabilidade jurídica penal –
Pessoa jurídica
 Admite-se a responsabilização da pessoa 
jurídica de forma objetiva.
Requisitos: 
 Prática do ato determinado por decisão 
da cúpula da empresa e em seu benefício.da cúpula da empresa e em seu benefício.
 Resultado danoso ou 
potencialmente danoso. 
 Relação de causalidade.
 Penas: Multa, restritiva de direitos e 
prestação de serviços à comunidade.
 Possibilidade de liquidação forçada.
Responsabilidade jurídica penal –
Pessoa jurídica
Penas Cabíveis: 
 Multa.
 Restritiva de direitos - suspensão total 
ou parcial das atividades sociais, 
interdição temporária deinterdição temporária de 
estabelecimento, obra ou atividade e 
proibição de contratar com o Poder 
Público (Ex.: obter subsídios, 
subvenções, doações etc.).
 Prestação de serviços à comunidade.Prestação de serviços à comunidade.
 Possibilidade de liquidação forçada (não 
é pena, é efeito secundário da sentença 
condenatória).
Interatividade 
Com relação à responsabilidade por danos 
ambientais, assinale a opção correta.
a) A responsabilidade civil é de 
natureza subjetiva.
b) A responsabilidade penal é sempre deb) A responsabilidade penal é sempre de 
natureza subjetiva.
c) Não se admite a responsabilização penal 
da pessoa jurídica.
d) A responsabilidade se projeta apenas no 
âmbito cível e penalâmbito cível e penal.
e) NDA.
ATÉ A PRÓXIMA!