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Mecanismos de Resistência Bacteriana a Antimicrobianos e Avaliação Laboratorial da Sensibilidade Profa.Cristina Ferreira Resistência Bacteriana I-Resistência Intrínseca ¾Espécies intrinsecamente resistentes. ¾Características natural de determinados grupos bacterianos, sendo espécie ou gênero específica. ¾Utilizada para confirmar a correta identificação da bactéria e como marcador no monitoramento de procedimentos padronizados. ¾Enterococcus ¾Klebsiella resistente a ampicilina. Resistência Bacteriana II - Resistência Adquirida Diferentes mecanismos: Mutação: cromossômica. A resistência ocorre a medida que as bactérias se replicam. Erros de modificação na seqüência de codificação do DNA original, produzindo mutação que será transferida a futura gerações. Menos freqüentes. Resistência Bacteriana Resistência Adquirida Transferência de DNA: Conjugação – plasmídios – contato entre as células. Transdução- vírus bacteriófago. Transformação- entre célula doadora para receptora sem contato entre ambas. Transposição- transferência de um plasmídio a outro, cromossomo ou bacteriófago. Elemento responsável é o transposson. O Uso de antimicrobianos leva a: 1. Eliminação dos patógenos sensíveis e recolonizarão por cepas/espécies resistentes - Não há vazio ecológico. 2. Indução” de resistência ¾ Genes induzíveis Resistência Bacteriana ¾ Seleção de mutantes resistentes • Será maior quanto maior for o inóculo bacteriano (pneumonias, abscessos). • Será maior quanto mais próximo do MIC estiver a concentração do antibiótico no local da infecção. Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: 1. Produção de diferentes tipos de ENZIMAS que podem ser: • Constitutivas • Produzidas independentemente da presença dos antibióticos. Quando presente, exercem efeito seletivo. Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: • Induzíveis: • Determinados antibióticos quando em contato com a bactéria, estimulam a produção de enzimas que a protegerá dos efeitos dele. Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: 1. Alteração da permeabilidade da membrana Alteração na expressão dos canais de porina modifica a penetração e conseqüente ação de diferentes antibióticos. Pseudomonas resistente ao imipenem. Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: 2. Efluxo ativo de antibióticos Propriedade de expulsar ativamente os antibióticos para fora da célula, ocasionando uma concentração inadequada da droga e, conseqüentemente ação não- efetiva (bomba de efluxo). Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: 3. Alteração do sítio de ligação do Antibiótico (Alvo) Alteração do sítio de ligação. O antibiótico não pode efetivar a ligação e torna-se ineficiente contra a bactéria. Resistência Bacteriana ¾ Principais Mecanismos de Resistência: 4. Alteração do sítio de ligação do Antibiótico (Alvo) Essa alteração é físico-química, diminui a afinidade da droga pelo sítio e faz com que haja perda da atividade antimicrobiana. S. aureus resistente a meticilina Streptococcus pneumoniae resistente a penicilina. Resistência Bacteriana Degradação da droga Beta-lactâmicos Aminoglicosideos Alteração do sítio de ação Quinolonas Glicopeptídeos Beta-lactâmicos Aminoglicosideos (High-level) Resistência Bacteriana Diminuição da concentração intra-celular do antimicrobiano Resistência a beta-lactâmicos de amplo espectro em Gram-negativos. Porina Peptídeoglicano Gram-positivo Gram-negativo PAREDEPAREDE CELULAR BACTERIANABACTERIANA Testes de Suscetibilidade Ò Avaliação da sensibilidade do patógeno que está causando infecção aos antimicrobianos que podem ser utilizados para tratamento da infecção ÒAvaliação da atividade in vitro dos antimicrobianos que podem ser utilizados clinicamente contra o patógeno isolado Teste de Suscetibilidade Potência (MIC, MIC50, MIC90) Concentração necessária para inibir a bactéria Quanto menor o MIC maior a potência Quanto maior a potência maior a dificuldade da bactéria em desenvolver resistência • Isolado requer terapia antimicrobiana • Isolado cuja susceptibilidade não é preditiva • Isolado capaz de exibir resistência • Orientação terapêutica (vigilância) • Permite individualizar padrões de resistência. Teste de Suscetibilidade Quando e porquê realizar o antibiograma?Quando e porquê realizar o antibiograma? Teste de Suscetibilidade METODOLOGIAS Avaliação QUALITATIVA Classifica a bacta bactééria em S, I ou Rria em S, I ou R DISCO DIFUSÃODISCO DIFUSÃO AvaliaAvaliaçção QUANTITATIVA ão QUANTITATIVA AvaliaAvaliaçção da concentraão da concentraçção inibitão inibitóória mria míínima nima –– MICMIC Teste de Suscetibilidade METODOLOGIAS DILUIÇÃO EM CALDO Macrodiluição e Microdiluição Concentração Bactericida Mínima- MBC (µg/mL) que destrói 99,9% das bactérias Etest® Avaliação SEMI-QUANTITATIVA Estimação do MIC •AUTOMATIZADOS Macrodiluição em Tubos MIC Categorização da bactéria MIC < Nível Sérico → Sensível MIC > Nível Sérico → Resistente MIC ~ Nível Sérico → Intermediário Teste de Suscetibilidade • Laboratório Clínico • Infectologistas • Comissão de Infecção Hospitalar • Comissão de Controle de Antimicrobianos • Farmácia Seleção dos antibióticos Teste de Suscetibilidade METODOLOGIAS DISCO DIFUSÃO AUTOMATIZADOS Etest® Teste de Suscetibilidade Inóculo Inoculação Teste de Suscetibilidade Procedimento Inoculação Teste de Suscetibilidade Procedimento Teste de Suscetibilidade Procedimento Incubação •• Temperatura 35oC • Atmosfera atm ambiente exceção Haemoplilus spp., N. gonorrhoeae e estreptococos CO2 Teste de Suscetibilidade Procedimento Inóculo Teste de Disco Difusão em Ágar PrincPrincíípio do mpio do méétodotodo Teste de Suscetibilidade Métodos Automatizados Vitek® bioMérieux™ WalkAway® Dade Behring ™ Métodos Automatizados - Desvantagens / Baixo tempo de incubação pode não ser suficiente para a expressão de resistência contra certos ATBs em algumas espécies - Baixa acurácia / Baixa flexibilidade na escolha dos ATBs MIC - Uso Clínico • Na maioria das vezes um resultado qualitativo (R, I ou S) é suficiente • A maioria dos médicos não sabe interpretar o resultado • É útil em algumas situações específicas: Jorgensen. J Clin Microb 31:2841, 1993 MIC - Uso Clínico Quando o ATB não possui boa penetração no sítio infeccioso )Bactérias multirresistentes )Endocardites )Meningites )Osteomielites )Infecção em prótese Paciente imunossuprimido Etest® Macrodiluição em Tubos MIC Etest® Etest® Evolução Clínica Microrganismo Antimicrobiano Paciente Teste de sensibilidade Imunidade Farmacologia Correlação entre o resultado do teste de sensibilidade e a evolução clínica do paciente • Infecções tratadas com antibióticos para os quais a bactérias é sensível apresenta maior chance de apresentar boa evolução clínica • A sensibilidade da bactéria ao antibiótico NÃO garante evolução clínica favorável R I S 40% 60% 80% % Sucesso terapêutico Antibiótico EV Antibiótico VO Sensibilidade do microrganismo Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência BacterianaResistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Resistência Bacteriana Slide Number 15 Testes de Suscetibilidade Teste de Suscetibilidade Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Macrodiluição em Tubos Categorização da bactéria Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Métodos Automatizados Vitek® WalkAway® Métodos Automatizados - Desvantagens MIC - Uso Clínico MIC - Uso Clínico Slide Number 38 Macrodiluição em Tubos Etest Etest Evolução Clínica Correlação entre o resultado do teste de sensibilidade e a evolução clínica do paciente
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