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PATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO EM OBRAS INDUSTRIAIS AS ESTRUTURAS DE CONCRETO NÃO SÃO ETERNAS, POIS SE DETERIORAM COM O PASSAR DO TEMPO E NÃO ALCANÇAM SUA VIDA ÚTIL SE NÃO BEM PROJETADAS, EXECUTADAS COM CAPRICHO, UTILIZADAS COM CRITÉRIO E, FINALMENTE, SUBMETIDAS A UMA MANUTENÇÃO PREVENTIVA. APRESENTAÇÃO CASO CONTRÁRIO APRESENTARÃO ANOMALIAS E DEVERÃO SER RECUPERADAS PARA GARANTIR O PROLONGAMENTO DE SUA VIDA ÚTIL. O TRATAMENTO DEVERÁ SER BASEADO EM UM EFICIENTE DIAGNÓSTICO. APRESENTAÇÃO APRESENTAR OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE FORMAÇÃO DAS ANOMALIAS E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS, OBJETIVANDO IDENTIFICÁ-LAS NAS ESTRUTURAS, ORIENTAR O ENTENDIMENTO DE SUA ORIGEM E DEMONSTRAR AS PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO. OBJETIVO ENTENDE-SE COMO PATOLOGIA O ESTUDO DAS ORIGENS, FORMAS DE MANIFESTAÇÃO, CONSEQUÊNCIAS E MECANISMOS DE OCORRÊNCIAS DAS FALHAS E DOS SISTEMAS DE DEGRADAÇÃO DAS ESTRUTURAS. CONCEITO ANOMALIAS SÃO AS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS VIDA ÚTIL É O PERÍODO NO QUAL A ESTRUTURA CUMPRE SUA FUNÇÃO PROJETADA SEM CUSTOS IMPORTANTES DE MANUTENÇÃO, OU SEJA, DEVERÁ ESTAR SOB MANUTENÇÃO PREVENTIVA E NÃO SOFRER MANUTENÇÃO CORRETIVA. CONCEITO VIDA ÚTIL DE PROJETO; VIDA ÚTIL DE SERVIÇO OU DE UTILIZAÇÃO; VIDA ÚTIL TOTAL; VIDA ÚTIL RESIDUAL. CAUSAS INTRÍNSECAS DA DETERIORAÇÃO FALHAS DE EXECUÇÃO: Deficiências na concretagem; Inadequação de escoramentos e fôrmas; Deficiências nas armaduras; Utilização incorreta dos materiais de construção; Inexistência de controle de qualidade. CAUSAS NATURAIS: Causas próprias à estrutura porosa do concreto; Causas químicas; Causas físicas; Causas biológicas. FALHAS DURANTE A UTILIZAÇÃO (ausência de manutenção). CAUSAS EXTRÍNSECAS DA DETERIORAÇÃO FALHAS DURANTE O PROJETO; FALHAS DURANTE A UTILIZAÇÃO; AÇÕES MECÂNICAS; AÇÕES FÍSICAS; AÇÕES QUÍMICAS; AÇÕES BIOLÓGICAS; AÇÕES TÉRMICAS. DIAGNÓSTICO INSPEÇÃO VISUAL; MAPEAMENTO DAS ANOMALIAS; AUSCULTAÇÃO PERCURSIVA; ENSAIOS; ANÁLISE DO MICROCLIMA; PROJETOS; HISTÓRICO/ REPAROS ANTERIORES. FISSURAS; CONCRETO DISGREGADO/ DESPLACADO; CONCRETO DESAGREGADO; CONCRETO SEGREGADO; INFILTRAÇÃO; CARBONATAÇÃO; CORROSÃO. DIAGNÓSTICO Anomalias mais comuns: DIAGNÓSTICO Dióxido de Carbono CO2 pH decresce umidade pH 13 pH 10 DIAGNÓSTICO Estrutural Retração de secagem Acabamento Retração plástica DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO CARBONATAÇÃO avalia o pH do concreto (proteção das armaduras); FISSURÔMETRO determina a abertura de fissuras; ESCLEROMETRIA avalia dureza superficial (noção da homogeneidade); ULTRASOM detecta falhas internas (compacidade e resistência); ADERÊNCIA avalia a capacidade da superfície; PACOMETRIA avalia posição das armaduras; TEOR DE CLORETOS avalia despassivação das armaduras; POTENCIAL DE CORROSÃO avalia a propensão das armaduras; PERDA DE SEÇÃO determina a diferença em relação ao projeto; ÍNDICE DE VAZIOS avalia qualidade e compacidade do concreto. DIAGNÓSTICO Algumas das principais técnicas e ensaios para avaliação da durabilidade: DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 1. ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE PONTOS DETERIORADOS; 2. DEMOLIÇÃO/ESCARIFICAÇÃO DAS ÁREAS DETERIORADAS; 3. DELIMITAÇÃO COM SERRA MÁRMORE; 4. JATEAMENTO COM JATO ABRASIVO OU HIDROJATEAMENTO; 5. RECOMPOSIÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DE ARMADURAS; 6. APLICAÇÃO DE GROUT OU ARGAMASSAS POLIMÉRICAS NOS LOCAIS DE REPAROS (Manual, através de fôrmas ou projeção); 7. TRATAMENTO DE FISSURAS (COLMATAÇÃO OU INJEÇÃO); 8. ESTUCAMENTO; 9. PINTURA BASE EPOXI; 10. SISTEMA EPÓXI - POLIURETANO (SUPERFÍCIES EXTERNAS). TRATAMENTO TRATAMENTO Demolição na face inferior da viga Regiões demolidas no pilar TRATAMENTO Regiões demolidas e delimitadas em quina de pilar Regiões demolidas e delimitadas em muro e contraforte TRATAMENTO Jateamento da armação em parede Hidrojateamento em viga e pilar TRATAMENTO Recomposição das armaduras em muro e contraforte Aplicação manual de argamassa Argamassa projetada Aplicação através de fôrmas TRATAMENTO Injeção de fissuras Colmatação de fissuras TRATAMENTO Estucamento Superfície estucada TRATAMENTO Pintura a base epóxi Sistema de pintura epóxi+poliuretano Armação jateada e recomposta Tela metálica para aumentar aderência, diminuir a incidência de fissuras e com função estrutural. Projeção de microconcreto RECUPERAÇÃO DE MURO Muro em recuperação, com concreto projetado e acabamento com régua de alumínio. Muro recuperado RECUPERAÇÃO DE MURO Armaduras corroídas devido a deterioração do concreto. RECONSTRUÇÃO DE MURO Reconstrução e reforço de muro que sofreu influência de altas temperaturas. Recomposição das armaduras Colocação de fôrmas RECONSTRUÇÃO DE MURO TRATAMENTO Lançamento de graute auto-adensável em piso de sala de bombas. Piso acabado TRATAMENTO Pintura epóxi+poliuretano em parte externa de espessador TRATAMENTO TRATAMENTO TRATAMENTO TRATAMENTO TRATAMENTO • Engenharia Civil • Materiais de Construção Durabilidade e proteção do concreto armado Um prédio dura de 50 a 100 anos, mas esse período depende de como ele é feito, usado e mantido. A parte estrutural, geralmente feita de concreto armado, mantém o prédio de pé enquanto estiver firme. Mas, se ela balançar... "Vigas deformadas ou rachaduras nos pilares são critérios importantes para se interditar um edifício", diz o engenheiro civil da USP Vanderlei John, especialista em durabilidade de materiais. Mas muito antes de cair o prédio pode se tornar um lugar perigoso. Quanto tempo dura um prédio? Duro de matar Sol, chuva, umidade e fungos detonam os materiais que sustentam um edifício Concreto armado Durabilidade - 50 a 100 anos O concreto armado é uma armação de barras de aço preenchida de concreto (mistura de água, cimento, pedra e areia). Quando o cimento absorve o CO2 do ar, a mistura fica ácida e corrosiva Vigas Durabilidade - 50 a 100 anos Quando o cimento ácido corrói a viga, o aço fica hidratado e ganha volume, fica quebradiço e "incha". Como o concreto não é elástico, o aumento de volume das vigas faz com que ele rache, esfarele e caia Fundações Durabilidade - Indefinida Como há pouco oxigênio no subsolo, as fundações de um prédio ficam protegidas da corrosão e são a última parte a ruir. A não ser que lençóis de água contaminados ou dejetos industriais dissolvam as fundações 1848 Joseph-Louis Lambo construiu um barco utilizando cimento com reforço de ferro 1824 Joseph Aspdin da Inglaterra inventou cimento portland EVOLUÇÃO DO CONCRETO MODERNO 1875 Joseph Monier A primeira ponte de concreto armado sobre o fosso, castelo de Chazelet, França 1908 Thomas Edison , casas de concreto populares em Union, NJ., ainda existentes. 1892 Francois Hennebique patenteou seu sistema pioneiro de construção em concreto armado (usando barras de aço), integrando diferentes elementos de construção, tais como a coluna e a viga, em um único elemento monolítico.Ele construiu o primeiro edifício no sistema de concreto armado. (rua Danton, Paris.) A origem do concreto armado foi totalmente intuitiva e empírica. Nesse contexto, é compreensível que não se tenha pensado cuidadosamente na durabilidade dos materiais envolvidos A união desses dois materiais (aço + concreto) contou com um pouco de sorte para alcançar a grande aplicação que tem nos dias atuais. Isso porque, felizmente, os coeficientes de expansão térmica dos dois materiais são similares e porque o aço dentro do concreto encontra-se em um meio altamente alcalino devido à formação de cal, e esse meio com pH acima de 12 faz com que o aço não corroa. A menos que haja a presença de íons despassivantes ou redução do pH devido ao ataque por CO2, por exemplo. Pode-se dizer que foi sorte, porque essa teoria não era conhecida quando Lambot resolveu confeccionar os seus barcos.
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