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poder de policia

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CURSO
PREPARATÓRIO PARA
CONCURSOS PÚBLICOS
DISCIPLINA:Direito Civil
Professor: Dra. Raquel Valési
Aula
Da Organização dos Estados
Coordenação: Dra. Elaine Borges
www.r2direito.com.br
CURSO
PREPARATÓRIO PARA
CONCURSOS PÚBLICOS
DISCIPLINA:Direito Administrativo
Professor: Dra. Rebeca Tenório
AulaPoder de Polícia
www.r2direito.com.br
Conceito:
De acordo com o professor Hely Lopes Meirelles, poder de polícia é a faculdade de que dispõe a 
Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos 
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
O poder de polícia tem fundamentação infraconstitucional no Código Tributário Nacional, artigo 
78, caput.
Assim, quando o Poder Público presta uma determinada atividade no exercício do poder de 
polícia, pode exigir do particular, à título de contraprestação, o pagamento de taxa.
Competência:
Via de regra, será competente para praticar atos de poder de polícia a autoridade que tiver 
competência para legislar sobre a matéria.
Deste modo, se o assunto de interesse público tiver caráter nacional, será competente a União; se 
tiver interesse regional será competente o estado e se tiver caráter municipal será competente o 
município do local do interesse.
Porém, se o interesse for de mais de uma pessoa política, haverá competência concorrente para os 
atos de polícia administrativa, de acordo com os artigos 22, parágrafo único, 23 e 24 da 
Constituição da República. São os casos, por exemplo, de salubridade pública e segurança.
De acordo com a Súmula 645 do Supremo Tribunal Federal, é competente o município para fixar 
horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
E estabelece a Súmula 19 do Superior Tribunal de Justiça, que a fixação do horário bancário, para 
atendimento ao público, é da competência da União. 
Cumpre anotar ainda que, no caso de competência concorrente entre as diversas pessoas 
federativas, poderão estes entes firmar convênios administrativos e consórcios públicos para o 
atendimento dos interesses comuns, calcado no regime de gestão associada, de acordo com o 
artigo 241 da Constituição da República.
De acordo com o doutrinador e professor José dos Santos Carvalho Filho, não há impedimento a 
que qualquer entidade da Administração Pública indireta exerça o poder de polícia. Para tanto, há 
a necessidade de que ele receba a competência por lei e restrinja-se aos atos de natureza 
fiscalizatória. Ele não poderá inovar a ordem jurídica criando restrições a bens, atividades e 
direitos dos administrados.
No que pertine aos particulares, não será possível a delegação de atos jurídicos de polícia 
administrativa, salvo as hipóteses excepcionalíssimas dos capitães de navio.
No entanto, válidas serão as delegações dos atos materiais precedentes e sucessivos de atos 
jurídicos de polícia administrativa aos particulares.
Características:
1. discricionariedade: são nos atos discricionários que se confere ao administrador público 
margem de liberdade de atuação para escolher, segundo um juízo de conveniência e 
oportunidade, qual melhor solução que atenda o caso concreto dentre as expressas disposições 
legais.
Muito embora os atos de poder de polícia sejam, conforme dito, eminentemente discricionários, 
existem atos vinculados de poder de polícia. É o que ocorre com as licenças expedidas pelo Poder 
Público.
A licença é ato vinculado de poder de polícia, na qual preenchidos os requisitos legais pelo 
particular, não resta outra alternativa ao administrador senão conceder a licença àquele.
O Supremo Tribunal Federal entende que no que pertine a licença para construir, muito embora 
seja ato vinculado e não se sujeite a revogação, antes de iniciada a construção a licença pode ser 
revogada, porque considera que o direito de construir, nos termos da licença deferida, só nasce 
com o início da construção.
Outro meio pelo qual veicula-se o poder de polícia é por intermédio da autorização.
Assim, a autorização atende ao mero interesse de quem o requer, podendo ser deferida ou 
negada conforme seja conveniente ou não ao interesse público.
2. auto-executoriedade: pelo atributo da auto-executoriedade a Administração Pública coloca em 
prática suas decisões sem necessitar da autorização do Poder Judiciário.
Existem autores que dividem este atributo em exigibilidade e executoriedade.
Pela exigibilidade a Administração Pública pode se utilizar de meios indiretos de coação para fazer 
cumprir suas decisões.
Executoriedade é o atributo de dispõe a Administração Pública de se utilizar de meios direitos de 
coação para fazer cumprir suas decisões.
A executoriedade pressupõe exigibilidade. Ela só existe se houver expressa disposição legal ou se a 
situação for de tal urgente, que se não for tomada o interesse público será comprometido.
3. coercibilidade: a coercibilidade autoriza a Administração Pública a se utilizar até mesmo de 
força física, caso seja necessário, para impor coativamente as medidas adotadas.
4. atividade negativa: existem autores que acrescentam uma quarta característica ao poder de 
polícia, no sentido de que ele seria uma atividade negativa, porque impõe ao administrado uma 
abstenção, um não fazer, na medida que visa-se evitar que o dano ao interesse público venha a 
ocorrer.
Limites:
1. direitos fundamentais: em face de duas duas premissas, preservação dos direitos fundamentais x 
interesse público, cabe ao administrador público verificar, com base no princípio da 
proporcionalidade, qual interesse deva ser resguardado em detrimento do outro.
Nesta esteira, se houver lei disciplinadora do direito fundamental o poder de polícia será limitado 
pelos preceitos estampados na lei. Porém, se não houver lei disciplinadora do direito fundamental 
a medida de polícia, fundamentada no interesse público e na lei, poderá ser adotada se 
necessária, eficaz e proporcional à gravidade da possível perturbação.
Verifica-se a necessidade se o interesse público demandar seja tutelado.
Estará presente a eficácia se a medida adotada pela Administração Pública for suficiente e 
adequada a tutelar os interesses públicos.
E com base na proporcionalidade dos meios, a Administração deve escolher a melhor solução 
para resguardar o interesse público. 
2. legalidade dos meios: 
A Administração ao exercer o poder de polícia deve se utilizar dos meios e modos de exercícios 
disciplinados em lei.
Caso estes não estejam previstos na norma, o administrador público deverá escolher os meios 
observando os princípios e limites estudados ao longo desse nosso curso, isto é, o agente público 
deve obedecer aos princípios aplicáveis à Administração Pública e aos limites ao exercício do 
poder de polícia, quais sejam, deve exercer o princípio da proporcionalidade quando houver 
colidência de interesses entre o público e o fundamental particular; deve utilizar-se de meios legais 
para a prática do ato.
3. o administrador público deve obedecer ainda as regras de competência, forma, motivo, objeto 
e finalidade como limite a sua liberdade de atuação. 
Razão e fundamento: 
A razão do poder de polícia é o interesse social, e o seu fundamento está na supremacia geral que 
o Estado exerce em seu território sobre todas as pessoas, bens e atividades.
Objeto e finalidade:
O objeto do poder de polícia administrativa é todo bem, direito ou atividade individual que possa 
afetar a coletividade ou por em risco a segurança nacional, exigindo, por isso mesmo, 
regulamentação, controle e contenção pelo Poder Público.
A finalidade do poder de polícia é a proteção ao interesse público no seu sentido mais amplo.
Extensão: 
A extensão do poder de polícia é hoje muito ampla, abrangendo desde a proteçãoà moral e aos 
bons costumes, a preservação da saúde pública, a segurança das construções e dos transportes, a 
manutenção da ordem pública em geral, até à segurança nacional em particular. 
Polícia administrativa e polícia judiciária:
A doutrina clássica afirma que a polícia administrativa atua preventivamente e a polícia judiciária 
atua repressivamente.
No entanto, corrente contemporânea leva em consideração como fator de distinção entre ambas 
tão somente a ocorrência ou não do ilícito penal, pois que ambas as polícias atuam 
preventivamente e repressivamente.
Assim , se ocorrer, no caso concreto, a violação as leis penais, a polícia judiciária atuará, seja 
reprimindo o seu infrator, visando a que o delinquente não volte a delinquir, seja prevenindo o 
interesse geral, mostrando a sociedade a repressão específica dada àquele infrator.
Porém, se o ilícito administrativo restar caracterizado atuará a polícia administrativa.
Outro critério diferenciador reside no fato de que a polícia judiciária é privativa de certas 
corporações, como a polícia civil e como a polícia militar. Já a polícia administrativa se espalha 
por toda a Administração Pública, sendo certo que até as polícias civil e militar exercem a polícia 
administrativa.
O uso e abuso de poder:
O abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, 
ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades
administrativas; o abuso de poder é sempre uma ilegalidade invalidadora do ato que contém; o 
abuso de poder pode tanto revestir a forma comissiva como a omissiva, porque ambas são 
capazes de afrontar a lei e causar lesão a direito individual do administrado.
Excesso de Poder: ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além 
do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas.
Desvio de Finalidade: verifica-se quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua 
competência, pratica o ato por motivos ou fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo 
interesse público.
Omissão da Administração: pode representar aprovação ou rejeição da pretensão do 
administrado, tudo dependendo do que dispuser a norma pertinente; o silêncio não é ato 
administrativo; é conduta omissiva da Administração que, quando ofende direito individual ou 
coletivo dos administrados ou de seus servidores, sujeita-se à correção judicial e a reparação 
decorrente de sua inércia, então a inércia da Administração, retardando ato ou fato que deva 
praticar, é abuso de poder, que enseja correção judicial e indenização ao prejudicado. 
Prescrição da ação punitiva:
Prescreve em cinco anos, a contar da data da prática do ato ou, em caso de infração permanente 
ou continuada, do dia em que tiver cessado, a apuração a infração à legislação em vigor, de 
acordo com o artigo 1°, “caput”, da Lei n° 9.873/99.
Porém, interromper-se-à a prescrição para apuração do fato:
1. pela citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital
2. por qualquer ato inequívoco que importe apuração do fato;
3. pela decisão condenatória recorrível.
E suspender-se-à a prescrição durante a vigência:
1. dos compromissos de cessação de dessempenho, previstos nos artigos 53 e 58 da Lei n° 
8.8884/94 (lei de defesa da concorrência);
2. do termo de compromisso de que trata o artigo 11, §5°, da Lei n° 6.385/76 (lei de mercado 
imobiliário e atuação punitiva da comissão de valores mobiliários).
Av. Indianópolis, 1581 - Moema
São Paulo/SP - CEP.: 04063-003
	Apostila_03
	Direito Administrativo - Rebeca Tenorio - PoderPolicia
	Apostila_00

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