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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas Fábio Lúcio Felix Fernanda Lahr Guilherme de Melo Lozano Pedro José Trindade Campos Rafael José de Freitas Experimento nº: 05 e 06 Preparo de Soluções e Titulação Ácido-Base Benecildo Amauri Riguetto Laboratório de Química Uberaba – MG 04/11/2014 2 Fábio Lúcio Felix Fernanda Lahr Guilherme de Melo Lozano Pedro José Trindade Campos Rafael José de Freitas Experimento nº: 05 e 06 Preparo de Soluções e Titulação Ácido-Base Relatório apresentado para fins avaliativos da disciplina de Laboratório de Química da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Prof. Dr. Benecildo Amauri Riguetto Uberaba – MG 04/11/201 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1.1. SOLUÇÕES – CONCENTRAÇÃO............................................................................4 1.2. ÁCIDOS E BASES FORTES.....................................................................................5 1.3. TITULAÇÃO...............................................................................................................5 2. OBJETIVOS..................................................................................................................6 3. PARTE EXPERIMENTAL..............................................................................................7 3.1. MATERIAIS................................................................................................................7 3.2. MÉTODOS.................................................................................................................7 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................10 4.1. SOLUÇÕES – CONCENTRAÇÕES........................................................................10 4.2. TITULAÇÃO.............................................................................................................13 5. CONCLUSÕES...........................................................................................................15 6. QUESTIONÁRIOS.......................................................................................................16 7. REFERÊNCIAS...........................................................................................................19 4 1. INTRODUÇÃO 1.1. SOLUÇÕES - CONCENTRAÇÃO Os processos de análise química, na maioria das vezes, sempre envolvem o preparo de soluções. Uma solução, no sentido amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. Nessas condições, as dispersões que apresentam as partículas do disperso, ou soluto, com um diâmetro inferior a 1 nm são denominadas soluções verdadeiras. Quando este diâmetro situa-se entre 1nm e 1000 nm, são classificadas como soluções coloidais. Como exemplos de soluções coloidais tem-se a gelatina, goma arábica, dispersões de proteínas e a fumaça. Em contrapartida, quando as partículas do disperso possuem diâmetro superior a 1000 nm obtém-se as suspensões. O "leite de magnésia" constitui uma suspensão de partículas de hidróxido de magnésio em água. [1] A concentração de uma solução é a relação entre a quantidade do soluto e a quantidade do solvente ou da solução. Dessa forma, uma vez que as quantidades de solvente e soluto podem ser dadas em massa, volume ou quantidade de matéria, existem diversas maneiras de se exprimir a concentração das soluções, tais como: concentração em gramas por litro (g/L), porcentagem em massa por massa (%m/m), porcentagem em volume por volume (%v/v), mol por litro (mol/L), molal (mol/Kg) e concentração em partes por milhão (p.p.m). Sendo assim, determinou-se corretamente a massa das substâncias sólidas NaOH e NaCl e o volume de soluções aquosas de HCl e NaCl necessários para se obter soluções que apresentem a concentração desejada, utilizando as seguintes equações apresentadas abaixo: C = n / V (1) n = m / MM (2) C1V1 = C2V2 (3) 5 1.2. ÁCIDOS E BASES FORTES Existem inúmeras substâncias conhecidas e catalogadas na Química e, estuda- las, individualmente, seria praticamente impossível. Nesse sentido, agrupá-las, de acordo com suas propriedades e características químicas semelhantes, foi a solução encontrada para esse problema. Segundo Arrhenius, ácidos são todos os compostos, exclusivamente moleculares, que dissolvidos em água sofrem ionização, liberando como único cátion o íon H+. Em meio aquoso, esse íon é capturado pela água, dando origem ao íon denominado hidrônio ou hidroxônio, H3O+. Já as bases são todos os compostos que, por dissociação, em solução aquosa, originam como único ânion o OH-, que é designado hidroxila ou oxidrila. [2] A força de cada ácido está relacionada de acordo com o seu grau de ionização. Em outras palavras os ácidos fortes são aqueles capazes de gerar grande quantidade de íons H3O+ e os ácidos fracos são aqueles que geram pequenas quantidades desse íon. O ácido clorídrico (HCl), sulfúrico (H2SO4) e nítrico (HNO3), por exemplo, são ácidos fortes utilizados como reagentes em indústrias de produtos de limpeza e em laboratórios, na fabricação de fertilizantes e produção de explosivos, respectivamente. Por outro lado, a força de cada base deve-se ao grau de dissociação, ou seja, uma base forte gera grandes quantidades de OH- e uma base fraca produz pequenas quantidades desse íon. O hidróxido de sódio (NaOH) e o hidróxido de cálcio Ca(OH)2 são bases fortes empregadas em processos da indústria petroquímica e na agricultura como reagente para diminuir a acidez do solo, respectivamente. [3] 1.3. TITULAÇÃO A titulação é um procedimento, amplamente empregado em vários setores industriais, que visa determinar a concentração de uma solução, fazendo-a reagir com outra solução de concentração conhecida. Dessa forma, a titulação se divide em: acidimetria, que determina a concentração de uma solução ácida e alcalimentria que consiste na identificação da concentração de uma solução básica. 6 A solução ácida ou básica cuja concentração deve ser definida recebe o nome de solução titulada. Essa solução é colocada em um utensílio denominado erlenmeyer, ao qual é adicionada uma substância indicadora como a fenolftaleína, por exemplo. Em uma bureta é colocada a solução de concentração conhecida, designada solução- padrão ou titulante. Assim, deixa-se gotejar, cuidadosamente, a solução padrão observando-se o término da titulação pela mudança de coloração da solução titulada. No contexto estudado, determinou-se, por meio dos processos de titulação, a concentração de uma solução aquosa de HCl, empregando-se, como a solução titulante, a solução aquosa de concentração conhecida de NaOH. Ademais, verificou-se ainda, que por meio dessa técnica, é possível determinar a acidez de determinadas substâncias, largamente, usadas no consumo diário, como o vinagre. 2. OBJETIVOS Os principais objetivos do experimento estão vinculados à preparação de uma solução diluída de um ácido forte, por meio da diluição de soluções concentradas em estoque, e de uma solução aquosadiluída de uma base forte, a partir do soluto sólido. Além disso, utilizar corretamente os utensílios de laboratório tais como, a pipeta volumétrica e graduada, balões volumétricos, bureta e balança analítica, assim como, efetuar cálculos para determinar a massa de uma substância e volume de uma solução concentrada para se preparar uma solução diluída. Aliado a isso, padronizar e utilizar uma solução diluída de base por meio da titulação e, a partir das reações de neutralização, determinar a concentração de soluções de ácidos e bases fortes. Finalmente, empregar indicadores ácido-base para identificar o ponto de equivalência em uma titulação. 7 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1. MATERIAIS Para a realização do experimento utilizou-se os seguintes instrumentos listados abaixo: Balança analítica Béquer de 100 mL Bastão de vidro Balão volumétrico de 100 mL Bureta de 10 mL Bureta de 25 mL Pipetador Espátula ou colher de plástico Erlenmeyer de 125 mL Pisseta com água destilada Tubo de ensaio Hidróxido de sódio (PA) Ácido clorídrico Fenolftaleína em solução alcoólica 1% Erlenmeyer de 125 mL Suporte universal Garra para bureta (tipo borboleta) 3.2. MÉTODOS 3.2.1. Preparação de 100 mL de uma solução de NaOH a 0,100 mol/L. Para preparar a solução calculou-se a massa necessária de soluto. Em seguida, com auxílio de uma espátula, transferiu-se a massa NaOH, correspondente ao valor 8 calculado, para um béquer de 100 mL. Colocou-se, aproximadamente, 40 mL de água destilada a esse béquer e dissolveu-se a mistura com a ajuda de um bastão de vidro. Após um curto intervalo de tempo, transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 100 ml e adicionou-se nele água destilada até a altura do menisco. Para homogeneizar a solução contida no balão volumétrico, inverteu-se essa vidraria várias vezes. Ao final, rotulou-se o esse balão com auxílio de caneta para vidro. 3.2.2. Preparação de 100 mL de uma solução a 0,100 mol/L em HCl Calculou-se o volume necessário de solução de HCl concentrada para preparar uma solução 0,100 mol/L e com uma pipeta graduada adicionou-se o volume medido em um béquer de 100 mL, que já continha aproximadamente 50 mL de água destilada. Depois disso, agitou-se a solução com auxílio do bastão de vidro. Logo após um tempo, transferiu-se a solução, cuidadosamente, para um balão volumétrico de 100 mL e, imediatamente, adicionou-se água destilada até a altura do menisco. Para homogeneizar a solução contida no balão volumétrico, inverteu-se essa vidraria várias vezes. Ao final, rotulou-se esse balão com auxílio de caneta para vidro. 3.2.3. Preparo de uma solução aquosa de um sal a partir do soluto sólido Calculou-se a massa de soluto necessária para preparar 50 mL de solução 0,100 molal de cloreto de sódio. Em seguida, com auxílio de uma espátula, transferiu-se a massa NaOH, correspondente ao valor calculado, para um béquer de 100 mL. Colocou- se, aproximadamente, 10 mL de água destilada a esse béquer e dissolveu-se a mistura com a ajuda de um bastão de vidro. Então, transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 50 mL e adicionou-se nele água destilada até a altura do menisco. Para homogeneizar a solução contida no balão volumétrico, inverteu-se essa vidraria várias vezes. Ao final, rotulou-se o balão com auxílio da caneta. 9 3.2.4. Preparo de uma solução aquosa diluída a partir da solução em estoque Calculou-se o volume de solução 0,100 molal de NaCl, necessário para preparar 25 ml de solução 0,0500 molal de cloreto de sódio. Logo após, com auxílio de uma pipeta graduada, transferiu-se, do balão volumétrico de 50 mL, contendo a solução 0,100 molal de NaOH, o volume correspondente ao valor encontrado nos cálculos, para o balão volumétrico de 25 mL. Adicionou-se água destilada até a altura do menisco e para homogeneizar a solução contida nesse balão volumétrico, inverteu-se essa vidraria várias vezes. Ao final, rotulou-se o balão com auxílio de caneta para vidro. 3.2.5. Titulação de uma solução de HCl Mediu-se em um béquer 100 mL, aproximadamente, 50 mL de solução de NaOH de concentração 0,100 mol/L. Com pipeta volumétrica mediu-se 10 mL de solução de HCl, contida em estoque. Depois disso, adicionou-se esse volume em um erlenmeyer de 125 mL. Nesse utensílio colocou-se, aproximadamente, 15 mL de água destilada e agitou-se com o bastão de vidro. Nesse mesmo recipiente acrescentou-se uma gota do indicador ácido-base fenolftaleína. Logo depois, com a bureta de 25 mL, ajustada no suporte universal, despejou-se, cuidadosamente, 25 mL da solução de NaOH contida no béquer de 100 mL. Então, posicionou-se o erlenmeyer abaixo da bureta, abriu-se a chave desse equipamento e deixou-se gotejar a solução padrão e, simultaneamente, executou-se movimento circulares sobre o erlenmeyer até que a solução mudasse de cor. Por fim, anotou-se o volume gasto para neutralização, medido na bureta, e, a partir disso, calculou-se a concentração exata de HCl. Repetiu-se esse procedimento 2 vezes. 3.2.6. Determinação da acidez do vinagre (Ácido acético – HAc) Pipetou-se 5 mL de vinagre e diluiu-se para 50 mL em um balão volumétrico. Então, retirou-se 10 mL dessa nova solução, com auxílio da pipeta volumétrica de 10 mL e transferiu-se para um erlenmeyer de 125 mL. Posteriormente, adicionou-se uma gota de fenolftaleína e a titulou, com solução de NaOH 0,100 mol/L, conforme descrito 10 no item anterior. Anotou-se o resultado obtido e assim, calculou-se a acidez do vinagre em (% m/v). Repetiu-se esse procedimento 2 vezes. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. SOLUÇÕES - CONCENTRAÇÕES 4.1.1. Preparação de 100 mL de uma solução de NaOH a 0,100 mol/L A Tabela 1, apresentada abaixo, fornece os dados necessários, para determinar a massa de hidróxido de sódio para o preparo de uma solução aquosa de 100 mL e concentração 0,100 mol/L. Tabela 1 – Dados empregados no cálculo da massa de NaOH a ser pesada Massa molar (NaOH) Volume da solução a ser preparada Concentração molar da solução a ser preparada 40 g/mol 100 ml 0,100 mol/L A partir dos dados, apresentados na Tabela 1 acima, e dos cálculos, baseados nas equações (1) e (2), determinou-se que a massa de NaOH, necessária para preparar 100 mL de uma solução de NaOH a 0,100 mol/L, corresponde a 0,4 g. Com auxílio de uma espátula pesou-se, rapidamente, essa quantidade, pois o hidróxido de sódio, em seu estado sólido, é uma substância altamente higroscópica e, por isso, é capaz de absorver elevados teores de umidade presente no meio ambiente. Por outro lado, ao dissolver essa massa em 40 mL de água destilada, contida no béquer de 100 mL, verificou-se que houve um relativo aquecimento do béquer, liberando calor para a vizinhança. Nessas condições, pode-se afirmar que se trata de uma reação exotérmica. Reações como essas se caracterizam pela liberação de energia térmica, pois como os reagentes são mais energéticos do que os produtos essa energia é liberada pelo sistema promovendo um aumento da temperatura do meio. 11 Depois disso, despejou-se a mistura presente nesse béquer no balão volumétrico de 100 mL e completou-se o com água destilada até a altura do menisco. Por fim, inverteu-se esse utensílio tampado para homogeneizar a solução. 4.1.2 Preparação de 100 mL de uma solução a 0,100 mol/L em HCl A Tabela 2, apresentada a seguir, fornece os dados necessários, para determinar o volume da solução de ácido clorídrico, em estoque, necessário para o preparo de uma solução aquosade 100 mL e concentração 0,100 mol/L. Tabela 2 – Dados empregados no cálculo do volume de solução de HCl a ser medido na pipeta graduada Densidade da solução de HCl em estoque Concentração molar da solução Título da solução de HCl em estoque Massa molar do HCl 1,19 0,100 mol/L 37% 36,46 g/mol A partir dos dados, apresentados na Tabela 2 acima, e dos cálculos, baseados nas expressões (1) e (2), determinou-se que o volume de solução aquosa de HCl, necessário para preparar 100 mL de uma solução a 0,100 mol/L em HCl corresponde a 0,830 mL. Mediu-se esse volume com auxílio de uma pipeta graduada e, logo depois, adicionou-se essa quantidade ao béquer de 100 mL que continha 50 mL de água. Essa diluição prévia se faz necessária, uma vez que a reação de hidratação do ácido clorídrico é altamente exotérmica. Se a água for adicionada sobre o ácido clorídrico concentrado, poderá ferver e espirrar de forma perigosa. Sendo assim, verificou-se que se deve adicionar o ácido sobre a água e não o contrário. Depois disso, a solução foi transferida para o balão volumétrico de 100 mL e completou-se o volume restante com água destilada até a altura do menisco. Por fim, agitou-se a solução várias vezes para sua homogeneização. 12 4.1.3. Preparação de uma solução aquosa de um sal a partir do soluto sólido A Tabela 3, apresentada adiante, fornece os dados necessários, para determinar a massa de cloreto de sódio necessária para o preparo de uma solução aquosa de 50 mL e concentração 0,100 mol/L. Tabela 3 - Dados empregados no cálculo da massa de NaCl a ser pesada Densidade da água a 25°C Massa molar (NaCl) Volume de solução Molalidade 0,9975 58,44 g/mol 50 ml 0,100 mol/Kg A partir dos dados apresentados na Tabela 3 acima, e dos cálculos envolvendo regras de três simples, determinou-se que a massa de NaCl, necessária para preparar 50 mL de uma solução de NaCl a 0,100 molal corresponde a 0,291 g. Após dissolver essa quantidade em uma pequena quantidade de água destilada contida no béquer de 100 mL, transferiu-se essa mistura para o balão volumétrico de 50mL e completou-se com água destilada até a altura do menisco. Por último inverteu-se o balão várias vezes para homogeneização dessa solução. É necessário salientar que, utilizou-se a concentração em molalidade, visto que como a concentração em molaridade (mol/L) depende do volume de solução ela pode se alterar conforme a variação de temperatura, devido à dilatação e contração das substâncias na fase líquida. Nesse contexto, usar uma concentração que não dependa da variação da temperatura, faz-se necessário nesses casos. 4.1.4. Preparo de uma solução aquosa diluída a partir da solução em estoque A Tabela 4, apresentada em seguida, fornece os dados necessários, para determinar o volume da solução de NaCl, 0,100 molal, em estoque, necessário para o preparo de uma solução aquosa de 25 mL e concentração 0,0500 molal. 13 Tabela 4 - Dados empregados no cálculo do volume de solução de NaCl, 0,100 molal, a ser medido na pipeta graduada Molalidade da solução (NaOH) em estoque Volume de solução a ser preparada Molalidade da solução a ser preparada 58,44 g/mol 25 ml 0,0500 mol/Kg A partir dos dados, apresentados pela Tabela 4 acima, e do cálculo baseado na equação (3), determinou-se que o volume de solução aquosa de NaCl, 0,100 molal, necessário para preparar 25 mL de uma solução aquosa de NaCl a 0,0500 molal corresponde a 12,5 mL. Mediu-se o volume com auxílio de uma pipeta graduada e, logo depois, adicionou-se essa quantidade diretamente ao balão volumétrico de 25 mL, completou-se com água destilada até a altura do menisco e inverteu-se a vidraria para homogeneizar a nova solução. 4.2. TITULAÇÃO 4.2.1 Titulação de uma solução de HCl Para a titulação da solução aquosa de ácido clorídrico, utilizou-se como titulante, a solução aquosa de hidróxido de sódio a uma concentração de 0,1025 mol/L. Sendo assim, para realizar esse procedimento, pipetou-se 10 mL de solução de HCl para um erlenmeyer de 125 ml, adicionou-se 15 mL de água destilada e uma gota do indicador ácido/base fenolftaleína. Nesse sentido, verificou-se que a adição de água se dá apenas para efeito de observação do experimento, pois uma menor concentração facilita a identificação do ponto de viragem. Além disso, a adição de água não compromete o processo de titulação, uma vez que o número de mols de soluto permanece o mesmo. Ao término da titulação, notou-se que para a neutralização completa da solução aquosa de HCl é necessário, aproximadamente, 7 mL de solução de NaOH. De fato, no momento em que a solução titulada mudou de cor adquirindo coloração rosa-escuro, 14 fechou se a torneira da bureta, e os volumes nominais lidos nesse utensílio, nas duas repetições do processo se aproximavam de 7,0 mL. Obteve-se a concentração exata da solução de HCL partindo-se do pressuposto de que toda neutralização segue o princípio da equivalência. Em outras palavras, ela só se completa quando o número de hidrogênios ionizáveis é igual ao número de hidroxilas dissociáveis. Logo, como se conhecia, a partir da bureta, o volume gotejado de base na solução titulada até a mudança de cor, por cálculos estequiométricos simples, determinou-se a concentração do ácido, como verificado na Tabela 5, apresentada abaixo: Tabela 5 - Volume gasto da solução de NaOH para neutralização completa da solução de HCl. Execução Concentração NaOH (mol/L) Volume adicionado de NaOH (mL) Concentração HCl Obtido 1ª 0,1025 7,0 0,071 mol/L 2ª 0,1025 6,9 0,070 mol/L 4.2.2. Determinação da acidez do vinagre Após pipetar 5 mL de vinagre, diluiu-se para 50 mL em um balão volumétrico. Em seguida, utilizou-se apenas 10 mL dessa solução para a titulação. Durante esse processo, verificou-se que é necessário em torno de 8 mL, de solução de NaOH a uma concentração de 0,1025 mol/L para atingir o ponto de viragem, conforme verificado nas duas repetições. Para determinar a acidez do vinagre em %m/v, baseando-se no volume aferido de solução de NaOH, calculou-se a concentração da solução de HAc, utilizando-se regra de três simples. Neste contexto, foi feita a análise quantitativa do valor da acidez do vinagre, como mostra a Tabela 6, apresentada a seguir: 15 Tabela 6 – Volume necessário para determinação da concentração e acidez do HAc Execução Concentração NaOH (mol/L) Volume adicionado de NaOH (mL) Concentração HAc Obtido Acidez HAc 1ª 0,1025 8 0,82 mol/L 4,8% 2ª 0,1025 8,2 0,84 mol/L 5,04% 5. CONCLUSÕES Os objetivos dos experimentos foram obtidos. No primeiro experimento, preparou-se uma solução aquosa diluída do ácido forte HCl, empregando o método de diluição de soluções com concentração conhecida. Além disso, obteve-se outra solução aquosa diluída de uma base forte, a partir de um soluto sólido NaOH. Sendo assim, compreendeu-se que é possível determinar, a partir de cálculos estequiométricos simples, a massa de uma substância ou volume de uma solução, necessários para o preparo de uma solução com concentração definida. Por outro lado, na etapa de preparação de tais soluções, trabalhou-se com reagentes considerados perigosos, por isso entendeu-se que se deve ter cuidado extra ao manuseá-los, para evitar acidentes no laboratório. Já no segundo experimento, aprendeu-se que a titulação é o método mais fácil para padronizar uma solução desconhecida baseando-se em outra solução de concentração conhecida. Nesse sentido, éde notória importância conhecer as reações de neutralização envolvidas e o princípio da equivalência, para determinar com exatidão a concentração de soluções de ácidos e bases fortes. Ademais, durante esse processo verificou-se que a identificação do ponto de viragem empregando um indicador ácido- base específico é um processo, relativamente, simples de ser observado. Com esses dois experimentos, aprimorou-se as técnicas de transferência de volumes de líquidos por meio das pipetas graduadas e volumétricas, assim como, o manuseio correto de equipamentos como os balões volumétricos, erlenmeyer, bureta e balança analítica. Por tudo isso, percebe-se que estudar as técnicas, envolvidas nos 16 processos de preparo de soluções e titulação de soluções, é essencial para o desenvolvimento de inúmeros setores industriais contemporâneos. 6. QUESTIONÁRIOS 1) Defina o que é uma solução. RESPOSTA: Uma solução é qualquer mistura homogênea de duas ou mais substâncias. 2) O que é uma reação exotérmica? Dê um exemplo. RESPOSTA: Uma reação exotérmica é uma reação química cuja energia é transferida de um meio interior para o meio exterior, assim aquecendo o ambiente, ou seja, ocorre liberação de calor, sendo, portanto, a energia final dos produtos menor que a energia inicial dos reagentes. Um exemplo de reações é a queima de produtos inflamáveis, como o álcool e a gasolina. 3) Defina concentração de uma solução. RESPOSTA: A concentração é a razão entre a quantidade ou a massa de uma substância e o volume do solvente em que esse composto se encontra dissolvida. 4) O que é uma substância higroscópica? RESPOSTA: Uma substância higroscópica é aquela substância que possui a propriedade de absorver água. 17 5) Dissolveu-se 58,6g de 𝑁𝑎2𝑆𝑂4 em água e completou-se com o volume para 1000 mL. Qual a concentração, em mol/L, desta solução? RESPOSTA: Concentração: 56,8 𝑔 (142 𝑔 𝑚𝑜𝑙 )(1 𝐿) = 0,37 mol/L 6) Neste experimento utiliza-se uma solução padronizada de base para padronizar uma solução básica. Poderia se usar uma solução ácida para padronizar uma básica? Caso, afirmativo, quais as considerações práticas e teóricas que se deve levar em consideração? RESPOSTA: Na realidade utilizou-se uma solução básica para padronizar uma solução ácida. Mas, se a solução a ser padronizada fosse uma base, o procedimento ocorreria normalmente da mesma forma, pois o objetivo é padronizar a solução. 7) Por que é necessário padronizar a solução de hidróxido de sódio? RESPOSTA: É necessário padronizar a solução de hidróxido de sódio para que se encontre a concentração real da solução. Por ser uma substância que reage facilmente com o CO2 do ar e também absorve a umidade do mesmo. Logo a solução de NaOH deve ser titulada pela titulação direta de uma solução de padrão primário 8) O que é e para que ser um padrão primário? RESPOSTA: É uma substância empregada como titulante em uma análise volumétrica. Ela deve possuir uma concentração exata para que seja possível determinar a concentração exata de outras substâncias. 18 9) Quais as características desejáveis de um padrão primário? RESPOSTA: Um padrão primário é uma substância que deve ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação. As impurezas devem ser facilmente identificáveis em ensaios qualitativos conhecidos, o teor de impurezas não deve ser superior a 0,01 – 0,02%, a substância não deve ser higroscópica ou eflorescente. Não deve possuir também elevados Kps, de modo a formar uma solução perfeita. Além também de possuir elevado peso molecular e ser sólida. 10) Por que precisamos usar uma pipeta volumétrica para medir a alíquota da solução ácida na titulação. RESPOSTA: Deve-se usar a pipeta volumétrica para colocar corretamente a quantidade de solução ácida, sem que ultrapasse exageradamente a quantidade de solução para o ponto de viragem. 11) Determine o teor de ácido acético em sua amostra de vinagre. Mostre explicita e organizadamente todos os cálculos realizados. Expresse seus resultados em mol/L e gramas de ácido acético por mL de solução. RESPOSTA: Inicialmente, utilizando um volume de 10 mL de Vinagre, 8 mL de base a uma concentração de 0,1025 obtém-se a seguinte relação: (10 mL).C1 = (8 mL) (0,1025 mol/mL) C1 = 0,082 mol/mL A partir dessa concentração em 10 mL, pode-se encontrar a concentração para 1 litro. 19 0,082 mol – 10 mL w - 1000 mL w = 8,2 mol/L Assim, encontrou-se uma concentração de ácido acético no vinagre de 8,2 mol/L 12) Sabendo que o teor nominal de ácido acético no vinagre é 4,0 % (m/v), compare este resultado com o resultado que você obteve. Discuta as prováveis fontes de erro. RESPOSTA: Foi encontrado um teor de 4,8% de ácido acético no vinagre. Um possível erro para essa diferença entre o valor encontrado e o valor nominal, está na incorreta aferição da quantidade de vinagre para diluir em 50 mL no balão volumétrico. 7. REFERÊNCIAS [1] DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DA UFP. Preparo de Soluções. Disponível em: <http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoes_Pr atica2.pdf> [2] RAGAZZI, Marcos. Ácidos de Arrhenius. Apostila Bernoulli. 4 ed. Vol 3. Editora Bernoulli. Belo Horizonte – MG, 2013, p. 25- 33. [3] RAGAZZI, Marcos. Bases de Arrhenius. Apostila Bernoulli. 4 ed. Vol 3. Editora Bernoulli. Belo Horizonte – MG, 2013, p.33- 41.
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